A cultura romana era urbana, pragmática e cosmopolita. Os romanos construíram cidades com estruturas como fóruns, estradas, aquedutos e termas para melhorar a vida urbana. Eles assimilaram influências de outros povos como os etruscos, gregos e do oriente para criar uma síntese cultural própria.
4. Espírito dos Romanos
•Roma alia à sua predisposição para receber
estas influências a capacidade de as
transformar, misturando-as com as suas
práticas culturais, de modo a responderem às
suas necessidades e aos seus gostos.
•Originalidade da cultura romana: uma síntese
cultural, com um cunho essencialmente urbano,
pragmático, cosmopolita e político.
•Garante e consolidação do Império: estradas;
rede escolar urbana e uniformizada às
províncias (difusão do Latim e do Direito);
exército como meio de defesa das fronteiras e
transmissor dos valores romanos, promovendo o
novo estilo de vida.
•Conjugação da tendência militarista com o sentido
prático de organização da vida.
•Carácter pragmático que os levou a aceitar e assimilar
os saberes e costumes dos povos conquistados, dando
assim origem à civilização romana:
a) Etruscos (os princípios do urbanismo, o
arco de volta perfeita e o gosto pelo realismo das suas
esculturas);
b) Grécia (modelos literários, a Filosofia, o
racionalismo, os ideais estéticos das ordens
arquitectónicas e os seus cânones escultóricos);
c) Oriente (o gosto pela monumentalidade,
pelo luxo e algumas manifestações religiosas, como o
Cristianismo).
5. A Urbe Romana
• A cultura romana centrou-se em cidades – urbe -,
seguindo o modelo imperial, a cidade de Roma
(o centro do Mundo).
• A Urbe era entendida como local a que
pertenciam as pessoas, local de exercício dos
direitos cívicos e onde se desenrolavam as
actividades económicas, administrativas e
culturais de interesse comum.
• Império Urbano (influência oriental), constituído
por numerosas cidades, obedecendo quase sempre
a uma planta geométrica, rectangular, racional,
de traçado perpendicular (modelo de
acampamento romano).
• O pragmatismo dos Romanos orientou-os para a
busca de soluções que melhorassem as condições
de vida dos cidadãos.
• Povo Prático, não se importou de substituir o que
não era adaptável às novas situações que iam
surgindo.
6. Fórum Romano
•Situado no eixo central da urbe, era a praça
pública por excelência da cidade romana (tal como
a Ágora para os Gregos).
• Centro da vida urbana, política, económica,
cultural e religiosa – o verdadeiro coração da
cidade.
•Nele situavam-se os principais edifícios
religiosos – templos aos deuses e ao Imperador -,
políticos – a Cúria (Senado), a Basílica (tribunal)
-, económicos – lojas, mercado -, cultural – as
escolas ao ar livre, bibliotecas, termas (banhos
públicos).
•Por vezes, as cidades possuíam mais do que um
fórum, tal como ocorreu em Roma, sempre de
características monumentais, para realçar a
glória imperial.
9. •As estradas, as pontes e os aquedutos receberam grande atenção do Estado romano, uns por serem vitais à
comunicação, os outros por assegurarem a distribuição gratuita de água.
•Todas as cidades do Império eram abastecidas por água canalizada.
• As cidades beneficiavam ainda de redes de esgotos e de abastecimento de água, como fontes e latrinas
públicas (nas Insulae) e água canalizada e latrinas privadas (nas Domus).
10. As HAbitAções
RomAnAs
As casas particulares podiam ser muito
requintadas, para os grupos sociais mais
as abastados:
a)Nas cidades – as Domus (recinto
habitacional de grandes dimensões,
possuindo um atrium, ou pátio interno,
vários quartos, jardins, piscinas, termas,
e estavam decoradas com mosaicos e
frescos);
b)No campo – as Villae (ou moradias
rústicas);
As casas mais simples – as Insulae –
destinavam-se aos cidadãos dos grupos
sociais mais desfavorecidos, sendo
alugas e colectivas, de construção mais
frágil e de dimensões reduzidas.
12. •As termas, devido à sua dependência do abastecimento de água, ficavam situadas nas imediações dos
aquedutos, ou seja quase sempre na periferia das cidades, tal como os teatros, os anfiteatros e circos ou
estádios.
•As preocupações com a definição exacta das estruturas fundamentais de Roma, definindo bem as suas
principais ruas, para que o cidadão, em qualquer província imperial que estivesse, pudesse facilmente
alcançar o centro, o Fórum, sentindo-se em “casa”.
•Preocupação com a qualidade de vida dos habitantes da cidade – Urbanismo -, sem abranger as zonas
rurais limítrofes.
13. As termAs de
CArACAlA – romA – 211
A 217 d.C.
Este foi o primeiro edifício polivalente a funcionar com banhos
públicos, ginásios, zonas de negócios, biblioteca e centros de
cultura diurnos e como centro de diversão nocturna.
Esses banhos públicos podiam ter diversas finalidades, entre as
quais a higiene corporal e a terapia pela água com propriedades
medicinais; em geral as manhãs eram reservadas às mulheres e
as tardes aos homens.
As mais antigas termas romanas de que há conhecimento
datam do Século V a.C. em Delos e Olímpia, embora as mais
conhecidas sejam as de Caracala.
Ambientes
Normalmente, as termas romanas eram constituídas por
diversos cómodos ou salas:
•apodyterium - vestiário
•tepidarium - banhos tépidos
•praefurnium - local das fornalhas que aqueciam a água e o ar.
•caldarium - banhos de água quente
•palestra
•frigidarium - banhos de água fria
•Sudatorium - espécie de sauna.
Para os Romanos a prática mais elementar de higiene, o banho,
era um momento cultural, permanecendo como uma das
facetas mais civilizadas e agradáveis da vida quotidiana.
16. Sítios da Internet para futura consulta
• terrasdesantiago.planetaclix.pt/ruinas.htm
• http://www.conimbriga.pt
• The Roman Baths Museum
http://www.romanbaths.co.uk/
• Museu Nacional de Arte Romano (Mérida)
• http://www.mcu.es/mnar/index.htm
• Europa Romana
• http://www.europaromana.com
• De Imperatoribus Romanis - Enciclopédia online
• http://www.romanemperors.org/
• Reconstrução Virtual do Forum
• http://lsm.dei.uc.pt/forum/