Este documento descreve os procedimentos de exame físico do abdome, incluindo inspeção, ausculta, percussão e palpação. A inspeção avalia alterações de forma, pele e movimentos. A ausculta identifica ruídos intestinais e sopros. A percussão determina presença de líquidos ou ar. A palpação profunda explora vísceras para avaliar forma, tamanho e sensibilidade.
21. Inspeção dinâmica
• Movimentos peristálticos
• Podem ser visualizados em indivíduos muito magros, porém geralmente
indicam obstrução com hiperperistaltismo
• Pulsações
• Hérnias
22. Ausculta
• Após a inspeção e antes da percussão e palpação
• Objetivos
• Avaliar o estado de motilidade intestinal
• Pesquisa de sopros vasculares na aorta e seus ramos
23. Ausculta
• Normal
• Ruído hidroaéreo
• Estalidos e gorgolejos (sons de água)
• Frequência – 5 a 34 por minuto
• 1-2 pontos de pesquisa em ambos
hemiabdomes, por 1 minutos
24. Ausculta
• Patológicos
• Exacerbação
• Diarréia, obstrução intestinal (inicialmente)
• Redução
• Íleo paralítico, obstrução (fases finais)
• Borborigmo
• Gorgolejo alto e prolongado
• Aumento da motilidade intestinal
• Gargarejo
• Exacerbação do borborigmo (bolhas grossas)
26. Percussão
• Técnica habitual (dígito-digital)
• Identificar presença de líquido ascítico, massas sólidas, aumento
exagerado de ar nas alças intestinas ou fora delas, determinação do
tamanho do fígado e baço
• Na ausência de suspeita de alterações significativas – pesquisar 4
quadrantes, fígado e baço
28. Palpação
• Superficial x Profunda
• Objetivos
• Avaliar o grau de resistência da parede abdominal
• Estabelecer as condições físicas das vísceras
• Explorar a sensibilidade dolorosa do abdome
• Paciente em decúbito dorsal, confortável, com pernas e braços
extendidos
29. Palpação
• Estruturas que podem ser palpadas:
• Borda inferior do fígado
• Grande curvatura do estômago
• Sigmóide
• Ceco
• Cólon ascendente
• Partes do cólon transverso e descendente
• Aorta
• Pólo inferior do rim direito
• Palpáveis em situações patológicas
• Duodeno
• Baço
• Vesícula biliar
• Apêndice
• Delgado
• *Bexiga
*Útero, ovários e trompas
-Palpação abdominovaginal
30. Palpação superficial
• Destinada à superfície cutânea da parede abdominal
• Mão direita espalmada, com movimentos rápidos e rotativos
• Reconhecer:
• Hiperestesia cutânea
• Hipertonicidade muscular- “defesa” muscular
31.
32. Palpação profunda
• Para toda víscera avaliar forma, consistência, limites, mobilidades,
sensibilidade
• Ruídos produzidos na palpação
• Roncos
• Borborigmos
• Gargarejo
• Vascolejo
• Patinhação
33. Palpação profunda
• Estômago
• Palpação difícil
• Grande curvatura – mãos oblíquas com dedos convergentes – percepção de
degrau acima da cicatriz umbilical
• Na estase gástrica pode ser percebido o vascolejo e a patinhação
34. Palpação profunda
• Ceco
• Fossa ilíaca direita
• Mãos oblíquas, em forma de arco, utilizando borda ulnar
• Consistência elástica e piriforme
• Cólon ascendente
• Cordão cilíndrico (especialmente se dilatado)
35. Palpação profunda
• Cólon descendente
• Examinador à esquerda
• Principalmente em pacientes com obstipação
• Sigmóide
• Mais fácil de palpar
• Mãos em arco, de cima para baixo
• Cordão móvel
36. Palpação profunda
• Músculo Psoas
• Entre a coluna lombar e trocanter menor do fêmur
• Na suspeita de inflamação, pesquisar sinal do psoas (mão sobre o joelho e
paciente tenta elevar a coxa; em seguida erguer a coxa sobre o quadril =
dor)
• Depois palpar, de cima para baixo, em zigue-zague
37.
38. Palpação profunda
• Tumores abdominais
• Verificar se é tumor de parede abdominal ou não – flexão do tronco
• Massas abdominais – avaliar localização, forma, tamanho, superfície,
consistência, mobilidade e pulsatilidade
• Tumores fixos – Geralmente retroperitoneais
• Aneurismas – Pulsação percebida em todos os sentidos e com intensidade
igual