(1) O presidente do Conselho Nacional do Café afirmou que os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira estarão disponíveis a partir de sexta-feira para os produtores; (2) Os preços do café arábica recuaram 10% no primeiro semestre e os custos de produção aumentaram 6,82%; (3) A Embrapa Rondônia desenvolveu um sistema de secagem de café sustentável e acessível chamado Barcaça Seca Café.
1. Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
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CLIPPING – 19/08/2015
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Governo deve liberar recursos do Funcafé nesta semana
Canal Rural
19/08/2015
Marcelo Lara
O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro
(foto: Ruy Baron/Valor), afirmou que os recursos do Fundo de Defesa
da Economia Cafeeira (Funcafé) já contratados pelos produtores para
as principais linhas de financiamento junto às instituições financeiras
estarão disponíveis a partir de sexta, dia 21.
A declaração foi feita após reunião com a ministra da Agricultura,
Kátia Abreu, e o secretário de Política Agrícola, André Nassar, em
Brasília. Os últimos dados apontam que o valor contratado pelos
produtores até o momento passa de R$ 3,1 bilhões.
Outra questão debatida entre o presidente do CNC e o Ministério foi o
endividamento dos cafeicultores por conta das questões climáticas
das últimas duas safras. Os produtores tentam esticar o praz de
pagamento das dívidas para dez anos, com um período de carência
de dois anos.
A proposta final deve ser apresentada até o final do mês. A dívida do setor soma quase R$ 1
bilhão.
Preço do café arábica recua 10% no semestre
Portal DBO
19/08/2015
Os preços do café Arábica apresentaram desvalorização de 10,33% no primeiro semestre de
2015. Em média, o preço pago ao produtor de Arábica nos primeiros seis meses do ano foi de
R$ 418,62/saca. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA) nesta terça-feira, 18.
A maior redução ocorreu no município de Manhumirim (MG), onde a saca de 60kg se
desvalorizou 16,57% e foi comercializada por R$360,00 em junho deste ano. Já a menor
redução nos preços foi observada em Guaxupé(MG),-1,51%, onde a saca ficou em R$403,55.
Já os custos de produção do café Arábica apresentaram aumento expressivo no primeiro
semestre de 2015. O Custo Operacional Efetivo (COE) aumentou 6,82% em média.
A maior variação foi verificada nos fertilizantes, com custos 11,57% maiores. Os preços destes
insumos aumentaram 19,36% em média. Apenas no período de abril/15 a junho/15 o
incremento foi de 12,17%.
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Nos demais grupos de insumos, o subgrupo de inseticidas apresentou preços 15,13% mais
altos em junho/15. Os preços dos adjuvantes subiram 15,12%, enquanto os herbicidas,
fungicidas e acaricidas subiram 12,10%, 9,42% e 3,55%, respectivamente.
Robusta – Entre janeiro e junho de 2015, o preço médio pago pelo café Robusta subiu 8,22%,
saindo de R$ 262,34/saca para R$ 283,80/saca. No município de Cacoal (RO) foi observado o
maior aumento (10,64%), seguido de Jaguaré-ES (7,87%) e Itabela-BA (7,67%).
Já o Custo Operacional Efetivo (COE) apresentou aumento de 6,96% no período, devido ao
aumento nos custos com fertilizantes. Estes insumos apresentaram preços 11,24% maiores ao
final do primeiro semestre.
Agricultores de Iúna sofrem com baixa no preço do café e apostam no morango
Redação Folha Vitória
19/08/2015
Lenilce Pontini
O morango no município de Iúna vem sendo
cultivado em canteiros com estufa (foto:
Divulgação/Prefeitura) para evitar as pragas e
doenças e para que as mudanças do tempo não
prejudiquem a plantação.
A orientação é do Instituto Capixaba de Pesquisa,
Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper, que
juntamente à Prefeitura local, incentiva a
diversificação agrícola naquele município.
Para o produtor rural Juarez Alves Nogueira, da localidade Córrego do Fama, que cultiva
morangos há dois anos, a indicação para o novo plantio foi a mais acertada. Ele conta com a
colaboração da família e já ocupa uma área de 650m² com quatro mil pés do fruto. “Nossa
produção nos últimos seis meses já passou dos 400 quilos. Atualmente vendemos o produto in
natura em embalagens de um quilo e também como polpa congelada nas cidades vizinhas”,
comemora.
O engenheiro agrônomo do Incaper, Matheus Fonseca de Souza, que assiste aos produtores
da região, explica que o preço variável da saca de café foi o principal motivo para o Incaper e a
Municipalidade incentivarem a cultura de morangos no município. Disse, ainda, que para o
produtor ter sucesso é necessário seguir algumas orientações técnicas, além de estar disposto,
pois é uma cultura trabalhosa, apesar de muito rentável.
“Vale a pena diversificar. Acho que o pequeno produtor não pode ficar apegado apenas ao
café, pois o preço varia muito e às vezes não podemos contar com o dinheiro. Já o morango é
um dinheiro garantido, todos os dias consigo vender facilmente toda a minha produção”,
ressalta o produtor rural Juarez Alves Nogueira.
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Pesquisa desenvolve sistema de secagem de café sustentável e acessível
Embrapa Rondônia
19/08/2015
Renata Silva
Desenvolvida pela Embrapa Rondônia, a Barcaça
Seca Café (foto: Rafael Rocha), uma grande
estrutura móvel que encobre o terreiro, apresenta
praticidade de operação, garante a qualidade do
grão durante todo o processo, além de operar a um
custo viável aos produtores. Projetada para
proporcionar uma secagem com qualidade do grão,
o invento possui facilidade de manuseio por meio de
cobertura móvel que pode ser adaptada a qualquer
terreiro de cimento convencional, tradicional em
propriedades que cultivam o café.
Além dessa base, o mecanismo é composto por uma estrutura metálica e telhas de plástico
transparentes ou lona de plástico. "Este terreiro é uma tecnologia viável para o produtor, pois
diminui mão de obra, é um processo de secagem com qualidade e de baixo custo e
ecologicamente sustentável, pois utiliza a luz do sol", argumenta o pesquisador da Embrapa
Rondônia responsável por esta tecnologia, Enrique Alves.
Trata-se de uma alternativa ecologicamente sustentável quando comparada aos métodos mais
utilizados pelos cafeicultores no Brasil, que são o terreiro suspenso, o de cimento, a estufa e o
secador a lenha de fogo indireto. Essa tecnologia demonstrou ser eficiente e acessível para
os cafeicultores que buscam aprimorar a qualidade do café.
Custos de operação
A estrutura tem custo de operação de R$ 13,00 por saca, em média, e proporciona uma
secagem homogênea e sem fermentação, gerando um produto de boa qualidade de bebida.
Para que seja possível uma comparação, o pesquisador calculou o custo médio também de
outros métodos de secagem do café e o secador a lenha de fogo direto ou indireto apresentou
um custo aproximado de R$ 17,00 por saca. Apesar de ser um sistema de alto rendimento, o
secador mecânico, de lenha ou carvão, demanda maior investimento no momento da
aquisição, necessita de combustível, lenha ou carvão, o que pode ser um problema em regiões
em que essa matéria-prima não é abundante. Alves ressalta ainda que o café obtido nesse
sistema é de baixa qualidade, quando não se respeita as recomendações técnicas de
secagem, como a temperatura adequada, e se utiliza fornalha de fogo direto, o que lança
fumaça na massa de grãos.
A secagem terceirizada no operador do secador mecânico fica em média R$ 25,00 por saca,
com a desvantagem de que nesse sistema há grande distância dos pontos de secagem até a
propriedade rural, além do uso indiscriminado de altas temperaturas, que costumam
ultrapassar os 200°C, bem acima da temperatura reco mendada, entre 35°C e 40°C, gerando
um café de baixíssima qualidade.
Já o terreiro suspenso coberto propicia um café de qualidade, porém, o processo é mais lento e
apresenta um custo aproximadamente 30% superior ao da Barcaça Seca Café.
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Já os custos da operação da secagem no terreiro de cimento são compatíveis aos da Barcaça
Seca Café, mas o contato dos grãos com a chuva, após iniciado o processo, pode facilitar a
proliferação de fungos e a fermentação, o que deprecia a qualidade de bebida.
As estufas com coberturas plásticas transparentes vêm se tornando cada dia mais popular por
proporcionar uma secagem de qualidade, entretanto, o pesquisador alerta para um problema
de saúde. "O trabalhador tende a sofrer efeitos do estresse de temperatura interna superior a
50°C. Isso torna o ambiente desagradável e insalubr e nos momentos de manejo do café,
principalmente nos horários de alta radiação solar. Já a Barcaça não oferece esse problema,
pois a cobertura móvel facilita o momento da movimentação dos frutos e grãos durante o
processo de secagem", explica Alves.
Custos de instalação
A Barcaça Seca Café tem custo de instalação superior ao terreiro suspenso e ao de cimento
tradicional, mas o pesquisador explica que as vantagens com a redução de mão de obra, a
facilidade de operação e a garantia de qualidade num processo de secagem em temperatura
adequada e viável mesmo ao pequeno produtor, oferecem uma razão custo/benefício
vantajosa.
O pesquisador usa como exemplo um pequeno produtor com área de seis hectares de café e
produtividade media de 50 sacas por hectare. Ele teria uma produção de 500 sacas por safra e,
considerando o custo de secagem médio de R$ 25,00 por saca de café beneficiado, resultaria
no total de R$12.500,00 em serviço terceirizado em secadores mecânicos.
O custo estimado de secagem por meio da Barcaça Seca Café é R$ 13,00 por saca
beneficiada, o que proporciona uma economia de quase 50%. "O cenário fica ainda melhor se
pensarmos que o próprio produtor pode realizar o processo de secagem incorporando esse
valor à sua renda. A economia poderia amortizar o investimento na Barcaça Seca Café em
poucos anos. Além disso, com a produção de café com qualidade, há grande possibilidade de
valor agregado na hora da venda do grão", afirma Enrique Alves.
Vantagens adicionais
A diminuição da utilização de mão de obra no manuseio da Barcaça Seca Café é outra
vantagem a ser considerada. Com a tecnologia, não é necessário fazer a amontoa do café nos
períodos de chuva, ou mesmo durante a noite. O telhado móvel permite cobrir e descobrir o
terreiro, já as roldanas, localizadas na base do mecanismo, oferecem leveza à grande estrutura
e são necessárias apenas duas horas diárias de mão de obra durante os quatro primeiros dias
e uma hora para os demais.
Outro benefício para o produtor é a utilização de energia solar, proporcionando a secagem em
temperatura próxima à ideal e sem gerar poluentes. O equipamento permite ainda a secagem
de grãos, como arroz, feijão, entre outros.
Pensada para o pequeno e médio produtor, que poderiam escalonar sua colheita de acordo
com o avanço do índice de maturação dos frutos nos diferentes talhões, a tecnologia também
se adequa muito bem ao grande produtor que trabalha com cafés diferenciados, uma vez que a
Barcaça proporcionaria uma segregação do café em pequenos lotes, separação que não seria
possível com um secador mecânico convencional.
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Produtores de café do Vietnã seguram vendas com preços enfraquecidos
Thomson Reuters
19/08/2015
Ho Binh Minh
Reuters - Os preços do café do Vietnã estão enfraquecidos em linha com os mercados futuros
globais, o que levou alguns vendedores vietnamitas a segurar seus estoques até a próxima
temporada e esperar por cotações mais altas, enquanto a demanda tem sido fraca.
A safra 2015/2016 de café começará em outubro no Vietnã, maior produtor da variedade
robusta do mundo, com o pico de colheita no cinturão produtor do Planalto Central no final de
novembro.
O preço do robusta em Daklak, principal província produtora, recuou para 36.900-37.300 dong
(1,67-1,69 dólar) por kg na terça-feira, ante 37.200-37.500 dong no dia anterior, mas ainda
próximo do valor de uma semana atrás.
"Os agricultores não estão vendendo, aderindo à idéia de que eles vão vender apenas quando
os preços subirem acima de 38.000 dong", disse um operador de uma grande empresa de
exportação Vietnamita em Buon Ma Thuot, capital de Daklak.