O CNC solicita a prorrogação da declaração de emergência fitossanitária em Minas Gerais devido à broca-do-café, já que a portaria atual expira em março e, sem controle, a praga pode causar grandes perdas na safra. As cotações do café caíram no mercado futuro devido ao dólar forte e chuvas em regiões produtoras, pressionando os preços para baixo.
1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 27/02/2015
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Broca: CNC solicita prorrogação da emergência fitossanitária para MG
P1 / Ascom CNC
27/02/2015
— CNC solicita prorrogação do prazo de vigência da emergência fitossanitária e da adoção das
medidas emergenciais para a broca do café em Minas Gerais.
EMERGÊNCIA FITOSSANITÁRIA — O CNC, na condição de representante dos produtores de café
do Brasil, encaminhou ofício, no dia 24 de fevereiro, para o secretário de Defesa Agropecuária do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Décio Coutinho, solicitando a
prorrogação do prazo de vigência da emergência fitossanitária e da adoção das medidas
emergenciais para a broca do café (Hypothenemus hampei) no Estado de Minas Gerais, conforme a
Portaria Mapa nº 188, de 12 de março de 2014.
Essa medida se faz necessária, pois a vigência da Portaria 188 expira no dia 13 de março e, se não
prorrogada, teremos um cenário crítico para o controle da praga no próximo mês, sendo inaceitável
que os produtores mineiros não possam ter acesso e aplicar produtos eficientes para o combate.
Ademais, é incoerente que Minas Gerais, o maior produtor e exportador de café do Brasil, não mais
tenha acesso a medidas de controle contra a broca, enquanto essa autorização acaba de ser
estendida para Espírito Santo e São Paulo, também importantes Estados produtores, por meio das
Portarias Mapa nº 11 e nº 12, de 23 de janeiro de 2015, as quais alertam para a situação de
infestação nos cafezais do País.
É válido recordar que a broca é uma das principais pragas que ocorrem no cafeeiro, cujo prejuízo
maior é a depreciação do grão a ser comercializado. Para cada 5% de frutos atacados, até 1% dos
grãos apresenta defeito, interferindo diretamente na qualidade da bebida e, consequentemente, no
preço recebido pelos produtores. Além disso, a praga causa significativas perdas quantitativas, que,
em casos graves de infestação máxima, podem atingir 12 kg em cada saca de 60 kg de café
beneficiado.
— Histórico: após a decisão das autoridades de Registro e Regulamentação de Agrotóxicos de
proibir o uso e a comercialização do Endosulfan, consagrado e único inseticida existente para o
controle dessa praga, a partir de 1º de julho de 2013, sem garantir a existência de ingredientes ativos
eficientes no mercado, os cafezais ficaram vulneráveis aos efeitos da broca.
Apenas em setembro de 2014 essa situação começou a ser remediada com a autorização,
emergencial e temporária, para a DuPont importar o produto Benevia
TM
, que possui como ingrediente
ativo o Ciantraniliprole, a ser utilizado no combate à broca no Estado de Minas Gerais, de acordo com
as medidas estipuladas pelas Portaria nº 188, de 12 de março de 2014, e Portaria nº 711, de 17 de
julho de 2014.
No entanto, a Portaria nº 188 estabelece que o prazo de vigência da emergência fitossanitária e da
adoção das medidas emergenciais no combate à broca do café no Estado de Minas Gerais terminará
em 13 de março de 2015. Caso não sejam tomadas rápidas providências para a publicação de um
novo ato prorrogando tal prazo, o maior estado produtor de café do Brasil ficará impossibilitado de
utilizar o único produto, com eficiência, existente no mercado para controlar a praga.
2. Conselho Nacional do Café – CNC
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Considerando esse cenário, o CNC reiterou, junto ao secretário Décio Coutinho, a urgência nas
medidas necessárias para a publicação, antes de 13 de março de 2015, de um novo ato do Ministério
da Agricultura prorrogando o prazo de vigência da emergência fitossanitária e da adoção das
medidas emergenciais para a broca do café em Minas Gerais. Entendemos que, somente dessa
maneira, será garantido o acesso dos cafeicultores às opções tecnológicas para o controle da praga
em suas lavouras e preservado o maior parque cafeeiro do mundo.
MERCADO — As cotações futuras do café acentuaram as perdas nesta semana, pressionadas pelo
dólar valorizado em relação ao real e ao peso colombiano e pelas chuvas em partes das regiões
produtoras brasileiras. O aumento da umidade no Sudeste do País em fevereiro, mesmo não
beneficiando as regiões produtoras de café de forma homogênea e não garantindo a reversão das
perdas já registradas no campo, tem estimulado a tendência de baixa no mercado futuro da
commodity. Para os próximos dias, a Climatempo prevê que uma frente fria provocará chuvas sobre o
estado de Minas Gerais. O acumulado das precipitações pode variar entre 70 e 150 mm.
Outro fator de desvalorização das cotações é o fortalecimento do dólar ante as moedas dos principais
países exportadores de café arábica, o Brasil e a Colômbia. Ontem, o dólar comercial encerrou a
sessão a R$ 2,8852, com valorização de 0,2% desde a última sexta-feira e em seu maior patamar
desde 15 de setembro de 2004.
Diante dessa conjuntura, na Bolsa de Nova York, o vencimento maio do Contrato C foi cotado, na
quinta-feira, a US$ 1,4055 por libra-peso, acumulando queda de 1.235 pontos em relação ao final da
semana passada. Na ICE Futures Europe, as cotações do robusta também apresentaram tendência
de baixa. Ontem, o vencimento maio/2015 encerrou o pregão a US$ 1.869 por tonelada, com perdas
de US$ 105 desde o final da semana anterior.
Acompanhando o cenário externo, os preços do café se desvalorizaram no mercado físico nacional,
que continuou com baixa liquidez. Na quinta-feira, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$
430,49/saca e a R$ 291,44/saca, respectivamente, com variação de -7,1% e -4,9% no acumulado da
semana.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo
3. Conselho Nacional do Café – CNC
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Café especial: leilão do Cup of Excellence Naturals será dia 4 de março
P1 / Ascom BSCA
27/02/2015
Paulo A. C. Kawasaki
Dia 4 de março. Essa
é a data em que o
mundo do café voltará
ainda mais seus olhos
ao Brasil, com foco no
leilão dos 23
vencedores do Cup of
Excellence Naturals
2014, certame
realizado pela
Associação Brasileira
de Cafés Especiais
(BSCA) em parceria
com a Agência
Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Alliance for Coffee Excellence (ACE) e
Sebrae.
Mesmo diante das fortes oscilações do mercado cafeeiro, a expectativa é grande para a obtenção de
bons preços no leilão, haja vista que o café campeão do concurso, produzido pelos irmãos Antônio
Márcio e Sebastião Afonso da Silva, no Sítio Baixadão, em Cristina, região da Mantiqueira de Minas
Gerais, bateu o recorde ao obter 95,18 pontos. Além disso, os quatro primeiros colocados tiveram
notas superiores a 90 pontos, sendo considerados presidenciais pelos jurados internacionais.
O presidente da BSCA, Silvio Leite (foto: arquivo pessoal), está
otimista com a possibilidade de serem registrados bons lances no
leilão. “Todos os cafés que serão ofertados são fantásticos,
revelando ao mundo a qualidade do produto natural brasileiro. É
complicado prever algo quando pensamos em um leilão, mas o fato
de o vencedor ter quebrado o recorde da competição e termos
outros três cafés acima de 90 pontos nos deixa esperançosos”,
revela.
Participando pela primeira vez de um concurso Cup of Excellence
no mundo, a trader de cafés especiais da Starbucks Coffee Trading
Company, Ann Traumann (foto: divulgação BSCA), comenta que
teve uma experiência incrível durante a fase internacional realizada
em Araxá (MG) e que se encantou com o produto nacional.
“Descobri muitos lotes de cafés naturais maravilhosos. Os
produtores brasileiros mostraram e me provaram que o Brasil é um país de cafés especiais”, anota.
O leilão será online, realizado através de uma plataforma na internet criada pela ACE, com início
previsto para as 11h (horário de Brasília) do dia 4. Os interessados poderão acompanhar o pregão
acessando o site da entidade, através do link http://www.allianceforcoffeeexcellence.org/en/. Já as
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informações dos 23 cafés vencedores, seus produtores e propriedades estão disponíveis no site da
BSCA (http://bsca.com.br/cup-of-excellence-late-harvest.php?id=25).
Brasil participa da 114ª sessão do Conselho Internacional do Café da OIC
Ascom Social do Mapa
27/02/2015
Cláudia Lafetá
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) será representado na 114ª sessão do Conselho
Internacional do Café e demais reuniões da Organização
Internacional do Café (OIC), agendadas para o período de
2 a 6 de março deste ano. Todas as reuniões vão ser realizadas na sede da Organização, em
Londres, Inglaterra. O encontro possibilita que Governos e o setor privado troquem opiniões sobre
questões cafeeiras e sobre as condições e tendências do mercado, além de coordenar políticas em
conjunto.
Os assuntos do evento são abordados em diversos comitês, como os de finanças e administração,
projetos, promoção e desenvolvimento do mercado e no comitê de estatística. Para o diretor do
departamento do Café do Mapa, que representará o Ministério, Rodolfo Oliveira, “a participação do
Mapa nas reuniões da OIC é de grande importância para proteger os interesses do Brasil, uma vez
que o país responde por um terço da produção mundial de café”.
Além do Mapa, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
(SEAPA-MG), o Conselho Nacional do Café (CNC), a Confederação Nacional da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CECAFÉ) vão compor a
Delegação Brasileira no encontro.
Sobre a OIC — A OIC, do qual o Brasil é membro, é o principal organismo intergovernamental a
serviço do café e reúne 46 países exportadores e importadores para enfrentar os desafios com que o
café se depara no mundo todo. A organização administra o Acordo Internacional do Café de 2007
(AIC de 2007), cujo objetivo é fortalecer o setor cafeeiro global num clima de mercado, promovendo
sua expansão sustentável em benefício de todos os participantes. Seus Países-Membros
representam 94% da produção mundial de café e mais de 75% do consumo mundial.
Outras informações: www.ico.org
OIC informa que exportação mundial de café tem leve alta em janeiro
Agência Estado
27/02/2015
A exportação mundial de café apresentou pequeno
aumento de 0,25% em janeiro passado, em comparação
com o mesmo mês de 2014. Foram embarcadas 8,79
milhões de sacas de 60 kg ante 8,77 milhões de sacas em
janeiro de 2014. A informação é da Organização Internacional do Café (OIC), divulgada hoje.
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A exportação mundial nos quatro primeiros meses no ano cafeeiro 2014/15 (outubro de 2014 a
janeiro de 2015) apresentou leve queda de 0,12% em comparação com o mesmo período anterior, de
34,42 milhões para 34,38 milhões de sacas.
Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro de 2015, a exportação de café arábica totalizou 68,44
milhões de sacas, em comparação com volume de 68,38 milhões de sacas no ano anterior. O
embarque de robusta no período foi de 43,56 milhões de sacas, em comparação com 41,86 milhões
de sacas.
Minas Gerais promove maior evento de cafeicultura irrigada do País
Embrapa Café
27/02/2015
Flávia Bessa
De 3 a 5 de março, em Araguari, no
Triângulo Mineiro, será realizada a 20ª
edição da Feira Nacional de Irrigação em
Cafeicultura – Fenicafé, a maior feira de
irrigação e tecnologia para a cadeia
produtiva cafeeira. A feira reúne três
grandes eventos: XX Encontro Nacional
de Irrigação da Cafeicultura do Cerrado,
XVIII Feira de Irrigação em Café do Brasil
e o XVII Simpósio de Pesquisa em
Cafeicultura Irrigada. O evento é
promovido pela Associação dos
Cafeicultores de Araguari - ACA e a
Federação dos Cafeicultores do Cerrado,
com apoio da Embrapa Café, Consórcio
Pesquisa Café, Universidade de Uberaba – Uniube e Prefeitura Municipal.
"A Fenicafé tem, na sua programação, o Simpósio de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada, que
apresenta os resultados de trabalhos de pesquisa com ênfase no uso correto da irrigação,
proporcionando ganhos significativos em produtividade e qualidade. O evento como um todo tem
grande repercussão para os seus diferentes públicos-alvo, pois trata de temas que os afetam de
forma direta e imediata", diz o gerente-geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo.
Destaques e resultados - Um dos destaques dessa edição comemorativa é o workshop internacional
‘Como o cafeicultor brasileiro pode se tornar um produtor de água?' com a palestra ‘Reservação e
alocação negociadas da água para a agricultura irrigada – o caso americano', proferida por Steve
Deverel, do Hydrofocus/Californonia Department of Water Resources, nos Estados Unidos. A
temática da água também estará presente na palestra sobre ‘O Programa Produtor de Água no
Brasil', do representante da Agência Nacional de Águas – ANA Devanir Garcia dos Santos.- A Feira
irá abordar outros temas de pesquisa, como doenças do cafeeiro, tecnologias para produção de
mudas de café, segurança e proteção para o agricultor, fertilizantes, adubação, selo de origem e
qualidade, cafeicultura de precisão, poda, entre outros.
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Referência nacional e internacional para discussão de aspectos relevantes da cafeicultura irrigada, a
Fenicafé tem contribuído para a crescente adoção dessa tecnologia no Brasil. De acordo com
professor da Universidade de Uberaba – Uniube, André Fernandes, em 1995, havia pouco mais de 5
mil hectares de café irrigado no País. Passados 20 anos, hoje a irrigação da área cultivado no País
cresceu bastante.
Em busca de mais informações sobre essa edição da Fenicafé, a Embrapa Café entrevistou André
Luís Teixeira Fernandes, engenheiro agrônomo, formado na ESALQ/USP e com mestrado em
Irrigação e Drenagem pela mesma instituição e doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade
Estadual de Campinas - UNICAMP. Atualmente é Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e
Extensão da Universidade de Uberaba - UNIUBE. Fernandes também é membro da comissão
organizadora da Fenicafé e do Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.
Embrapa Café – Conte-nos como surgiu a Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura – Fenicafé,
objetivos e principais contribuições para a cafeicultura.
André Fernandes – Esse evento teve início em 1995, na Câmara dos Dirigentes Lojistas - CDL de
Araguari, Minas Gerais. O evento era realizado apenas no período da tarde, com dois palestrantes,
eu e Roberto Santinato, da Fundação Procafé. Era um evento previsto para 120 pessoas, mas
compareceram mais de 200. Já nesse ano percebemos que o tema irrigação de café era importante
para a região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e também para todas as regiões cafeeiras do
Brasil. Isso pode ser demonstrado pela grandiosidade do evento nos dias de hoje. Além disso, a área
cafeeira irrigada aumentou muito desde então: em 1995, era algo em torno de 5 mil hectares
irrigados. Hoje são quase 300 mil hectares irrigados. E toda essa evolução em números e em
tecnologia foi discutida nos últimos 19 eventos e será também abordada na edição comemorativa de
2015. Podemos dizer que atualmente a Fenicafé é o maior evento de irrigação de café do Brasil e do
mundo.
Embrapa Café – Quais os principais desafios para a realização do evento e como têm sido
superados?
André Fernandes – A principal dificuldade é sempre a financeira. Trata-se de evento sem fins
lucrativos, mas montar toda a infraestrutura custa muito, além dos custos com palestrantes, viagens,
estadias. E não temos apoio irrestrito do governo, como outros eventos. Sempre contamos com
verbas da União, mas é preciso buscar outras fontes. Temos aprovado, nos últimos anos, fomento do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de Minas Gerais - Fapemig, o que também engrandece o evento, principalmente em termos
científicos. Mas o que realmente torna possível a realização é a participação maciça de empresas do
setor. Este ano, teremos mais de 70 empresas com stands internos e externos. Esse apoio nos
permite que a participação da população no ambiente da feira não seja cobrada. Apenas há uma
pequena taxa de inscrição para os que queiram assistir às palestras. Outro ponto forte é a escolha
dos temas e dos palestrantes. Existe uma comissão técnica composta por cafeicultores, lideranças
rurais, consultores e técnicos que permite a elaboração de programação extremamente interessante
em cada ano do evento, tornando-a sempre atrativa. Voltando a falar em dificuldades, outro fator é a
equipe para a organização da feira. Como não temos verba destinada para a contratação de empresa
organizadora de eventos, todo o trabalho é feito pela equipe da Associação dos Cafeicultores de
Araguari, a ACA, junto com voluntários (professores, estudantes de graduação e pós graduação).
Embrapa Café – Qual a programação desta edição de 20 anos e o que há de novidade para o
público participante? Quais os principais destaques nos debates, palestras, workshops e área de
exposição?
7. Conselho Nacional do Café – CNC
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André Fernandes – Este ano a programação está imperdível, tratando de vários assuntos relevantes
para a cafeicultura nacional e mundial. No dia 3 de março, serão tratados assuntos como
"Importância dos recursos hídricos para a produção de alimentos" "Doenças do cafeeiro: novidades e
desafios" e "Tecnologia para produção de mudas de café: sacolas plásticas, tubetes e mudas
enxertadas". No dia 4 de março, ocorrerá a abertura do XV Simpósio Brasileiro de Pesquisa em
Cafeicultura Irrigada e ainda serão debatidos os temas "Ferti-irrigação do cafeeiro: resultados
conclusivos para lavouras de alta tecnologia", "Gotejamento enterrado: Tecnologia a ser utilizada na
irrigação localizada do cafeeiro – Prós e Contras" e "Cenários climáticos no Brasil e no mundo e suas
implicações para o cultivo e mercado de café". Também haverá o workshop "Como o cafeicultor
brasileiro pode se tornar um produtor de água?". Nesse dia, haverá as palestras "Reservação e
alocação negociadas da água para a agricultura irrigada – o caso americano" e "O Programa Produtor
de Água no Brasil", além de abordagem sobre "A função das veredas na hidrologia regional e os
impactos da implantação de barramentos". No último dia do evento, 5 de março, será realizado o
workshop "Uso de fertilizantes na cafeicultura (título do Workshop): qual a diferença entre Fertilidade
do solo e nutrição de planta?" e o painel "Selo de Origem e Qualidade Região Cerrado Mineiro como
oportunidade de Negócios e Diferenciação". Além disso, serão discutidos o "Uso eficiente de
fertilizantes: considerações práticas para a otimização da adubação do cafeeiro", "Cafeicultura de
precisão: resultados e custo/benefício da aplicação em taxa variável levando em conta a amostragem
georreferenciada do solo" e "Manejo nutricional no programa de podas do cafeeiro".
O principal destaque do evento é a participação maciça de mais de 70 empresas expondo produtos e
serviços, gerando volume de negócios em torno de R$ 30 milhões. Além dos 20 anos da Fenicafé,
esta edição marca os 30 anos de fundação da Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA. Em
novembro de 2014, já fizemos um grande evento para comemorar os 30 anos da ACA. Durante a
Fenicafé, vamos relembrar os principais momentos dessa trajetória durante a programação das
palestras.
Embrapa Café – A respeito dos três grandes eventos (XX Encontro Nacional de Irrigação da
Cafeicultura do Cerrado, XVIII Feira de Irrigação em Café do Brasil e o XVII Simpósio de Pesquisa em
Cafeicultura Irrigada), realizados simultaneamente na Fenicafé, como surgiram, objetivos, destaques
desta edição e principais resultados alcançados?
André Fernandes – O Encontro Nacional de Irrigação da Cafeicultura do Cerrado é o mais antigo,
com esse nome há 20 anos. Depois surgiram os outros, o Simpósio de Pesquisa em Cafeicultura
Irrigada, para a discussão científica de assuntos relacionados à irrigação do café, e a Feira de
Irrigação em Café do Brasil, que fez com que as empresas do setor pudessem mostrar aos
participantes as novidades ano a ano.
Embrapa Café – Muito se tem falado sobre a crise de água no Sudeste. Como utilizar a irrigação de
forma mais sustentável e que tecnologias inovadoras estão disponíveis para melhor uso da água na
irrigação?
André Fernandes – O que vai ser muito discutido neste evento é o fato de o produtor rural irrigante
não ser o vilão da história, como está sendo veiculado na mídia. A irrigação no Brasil ocupa apenas
7% da área. Não é possível que ela seja responsabilizada pelo caos no abastecimento,
principalmente o urbano. Serão discutidos todos esses aspectos, tantos os climáticos, que
promoveram a falta de água nas principais regiões cafeeiras nos últimos dois anos, até os que
permitem que os cafeicultores se tornem produtores de água, com a adoção de sistemas de irrigação
mais eficientes, recuperação de áreas degradadas, proteção dos mananciais, entre outros assuntos.
E vamos trazer experiências internacionais, principalmente da Califórnia, região que passa por
período crítico de escassez de água similar ao que estamos passando, mas já realizou uma correta
gestão dos seus recursos hídricos, o que permitirá atravessar a crise sem grandes problemas.
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Embrapa Café – Em geral, qual tem sido o perfil dos participantes da Fenicafé, o que buscam e
trazem de contribuição? Qual a estimativa de público para este ano?
André Fernandes – A participação é de técnicos, estudantes, cafeicultores e empresários rurais de
todas as regiões cafeeiras do Brasil. Não é mais um evento do Cerrado Mineiro, mas sim um evento
nacional. Estamos prevendo novamente a participação de cerca de 1500 inscritos para assistirem às
palestras, mas um público flutuante de 20 mil pessoas nos três dias da feira.
Embrapa Café – O que o evento traz de oportunidades para esses participantes e como esse público
poderá tirar o melhor proveito do evento em termos de geração de novos e melhores negócios,
informações e conhecimentos?
André Fernandes – Os participantes terão acesso às mais diversas tecnologias, produtos e serviços
durante o evento. Poderão participar de palestras e ter conhecimento de assuntos do mais alto grau
de relevância para a melhoria do seu negócio. E, o principal, poderão realizar muitos contatos durante
os três dias de feira.
Embrapa Café – Quantos trabalhos científicos foram apresentados no Simpósio de Pesquisa em
Cafeicultura Irrigada durante os 17 anos de realização desse evento? Como pesquisa, setor produtivo
e transferência de tecnologia têm se beneficiado desse intercâmbio?
André Fernandes – Mais de 500 trabalhos científicos já foram apresentados, mas, por ser um
assunto específico, irrigação de café, não temos submissão expressiva de artigos científicos, talvez
até pela concorrência com outros eventos de pesquisa mais abrangentes. O maior diferencial desse
evento é que os trabalhos são apresentados a quem efetivamente necessita de melhorias, que são os
cafeicultores, maior público da feira. Os resultados gerados não são engavetados, são apresentados
e discutidos por pesquisadores, estudantes, técnicos, consultores e, principalmente, produtores.
Embrapa Café – Qual a mensagem final que gostaria de transmitir aos cafeicultores e demais
interessados no agronegócio café em relação à Fenicafé.
André Fernandes – Gostaríamos de convidar cafeicultores, pesquisadores, estudantes de
graduação, pós-graduação, consultores, técnicos e demais interessados para nos prestigiar com a
presença na Fenicafé, que, cada vez, mais se consolida com um dos principais eventos da
cafeicultura nacional e mundial.
Para conhecer mais sobre a feira, visite as páginas do evento na internet e nas redes sociais:
www.fenicafe.com.br, www.facebook.com/fenicafe, www.youtube.com/fenicafeari.
Consórcio Pesquisa Café divulga primeira edição da revista Coffee Science de 2015
Embrapa Café
27/02/2015
Flávia Bessa e Lucas Tadeu Ferreira
A Coffee Science, revista técnico-científica especializada em cafeicultura,
lança mais uma edição (volume 10, número 1, 2015). A publicação é uma
iniciativa do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, em
parceria com a Universidade Federal de Lavras -Ufla e tem o objetivo de
contribuir para o desenvolvimento da cultura do café no Brasil. A revista
publica trimestralmente artigos originais completos com tradução integral dos
artigos para o inglês e está disponível no Observatório do Café do Consórcio
Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, e no site da revista Coffee
Science.
9. Conselho Nacional do Café – CNC
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Para o gerente-geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, "a Coffee Science traz importantes
contribuições da comunidade científica brasileira para manter o nosso País na vanguarda da
cafeicultura mundial ao promover a pesquisa, desenvolvimento e inovação do agronegócio café. A
revista foi criada pelo Consórcio Pesquisa Café, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de Minas Gerais (Fapemig) e do Polo de Excelência do Café (PEC/Café)", conclui.
Pesquisas publicadas – Entre os artigos dessa edição, destaca-se pesquisa sobre caracterização
nutricional de acessos de café arábica provenientes da Etiópia, que é o centro de origem da espécie.
Essa caracterização visa identificar acessos de material genético que apresentem boa produtividade
com menos impacto no meio ambiente. Nesse sentido, a caracterização de acessos provenientes do
centro de origem é um importante subsídio para os programas de melhoramento genético, visando à
seleção de materiais de interesse para produção de novas cultivares.
Também há estudo sobre variabilidade genética de genótipos de café robusta no estado de Minas
Gerais para serem utilizados em um programa de melhoramento genético. Foram avaliados a
divergência genética de 71 genótipos pertencentes ao Banco de Germoplasma do programa de
melhoramento genético da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - EPAMIG, em
parceria com a Universidade Federal de Viçosa - UFV.
Outro resultado de pesquisa apresentado nesta edição da Coffee Science é sobre disponibilidade
hídrica no solo no desenvolvimento inicial do cafeeiro conilon, tendo em vista que estresses abióticos,
como a seca, podem reduzir significativamente o rendimento do cafeeiro conilon. Observou-se que o
desenvolvimento inicial do café conilon foi comprometido com a redução da disponibilidade hídrica do
solo. A restrição hídrica prolongada influenciou, significativamente, o desenvolvimento inicial do
cafeeiro conilon. Concluiu-se que as plantas submetidas a um período de 30 dias de restrição hídrica
apresentaram total recuperação, quando comparadas àquelas mantidas com umidade do solo
próximo de 100% da água disponível.
Outros artigos com temas relevantes para a cafeicultura encontram-se disponíveis nesta edição da
revista Coffee Science.
Revista Coffee Science: avanços e consolidação – A Coffee Science é publicada trimestralmente
na versão impressa e eletrônica contendo artigos originais completos da comunidade científica
nacional e internacional, visando promover o desenvolvimento da cafeicultura nas áreas de Ciências
Agrárias, Ciências Biológicas, Ciência dos Alimentos e Ciências Sociais Aplicadas, entre outras.
Café: embarques de robusta de Camarões saltam 41,7% no ciclo 2014/15
Agência SAFRAS
27/02/2015
Cândida Schaedler
Nos dois primeiros meses do ciclo 2014/15, as exportações de Camarões
subiram em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com
estatísticas do Conselho Nacional de Cacau e Café do país. As exportações de
robusta entre dezembro e janeiro totalizaram 510 toneladas, acima das 360
exportadas no mesmo período da temporada passada - o que representa um
crescimento de 41,7%.
10. Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
O ciclo de café do país se estende de dezembro a novembro. Em 2012/13, Camarões exportou
19.704 toneladas de robusta, muito acima das 14.724 toneladas em 2011/12. As informações são de
agências internacionais.
CAFÉ ARÁBICA
A fraca colheita de café arábica em Camarões no ciclo atual manteve as exportações do grão
inalteradas, de acordo com o Conselho Nacional de Cacau e Café do país. Os embarques da
variedade entre outubro e dezembro ficaram inalterados em 284 toneladas, pois não houve
exportação nos últimos três meses - novembro, dezembro e janeiro. Similarmente, as exportações no
mesmo período do ano passado estagnaram em 132 toneladas.
A temporada de café arábica de Camarões se estende de outubro a setembro. A Nação Africana
exportou 2.165 toneladas de arábica em 2013/14, levemente abaixo das 2.175 toneladas em 2012/13.
No ciclo anterior, a produção do país somou 2.849 toneladas, acima das 2.734 toneladas em
2012/13. As informações são de agências internacionais.