2. TÓPICO O1 Denotação e conotação
SENTIDO DENOTATIVO E O SENTIDO CONOTATIVO
A linguagem é, sobretudo, polissêmica. As palavras estabelecem entre si
estranhas e surpreendentes alianças. Assim, podem tanto ser exploradas em
seu sentido comum quanto apresentar uma significação absolutamente
nova, criativa, imaginativa.
3. O SENTIDO DENOTATIVO
Denotação é o emprego da palavra em seu sentido de dicionário:
Ele comprou uma caneta de ouro. (metal)
•Distraído, machucou o pé numa pedra. (rocha)
•A mariposa voava de flor em flor. (inseto)
•O leão, ao anoitecer, fugiu do circo. (animal)
4. O SENTIDO CONOTATIVO
Conotação é o emprego de palavra em seu sentido figurado, subjetivo,
incomum, que foge ao dicionário:
•Não perca essa oportunidade de ouro. (valiosa)
•Anda com quatro pedras na mão. (agressividade)
•À noite, a cidade é invadida pelas mariposas. (prostitutas)
•Se contrariado, ele vira um leão. (feroz, violento)
5. EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
INVERNAL
Hoje amanheci nublado. Meu nascente esconde o sol e o nariz da
manhã constipa nuvens em passos lentos. Os bois do terreiro não
conseguem mover seus passos de tanto peso. Os pássaros viraram
tanajuras e se arrastam pelo chão em procissão. Na parede, o Cristo
crucificado já encosta a cabeça ao joelho. Tudo chumba. Há um tumor
imenso maltratando esta manhã. Ele precisa estourar em chuva ou
morreremos sufocados.
(LIMA, José Batista, Invernal. Revista do Escritor Brasileiro, jan/abr 2005, p.112)
6. Questão 01
No primeiro período do microconto, a palavra “nublado” é empregada no
sentido conotativo. A escolha dessa expressão ajuda a reforçar a ideia de
que o personagem está:
A) Desencantado e decepcionado com sua vida.
B) Pensando na morte.
C) Questionando as injustiças sociais.
D) Entristecido naquele dia.
E) Revoltado com o tratamento que dão aos bois.
7. Questão 01
No primeiro período do microconto, a palavra “nublado” é empregada no
sentido conotativo. A escolha dessa expressão ajuda a reforçar a ideia de
que o personagem está:
A) Desencantado e decepcionado com sua vida.
B) Pensando na morte.
C) Questionando as injustiças sociais.
D) Entristecido naquele dia.
E) Revoltado com o tratamento que dão aos bois.
8. O que se reforça pelo neologismo “Tudo chumba”, a sugerir que tudo fica
cinzento, quer no homem, quer
na passagem.
9. POEMA DO NADADOR
(Jorge de Lima)
A água é falsa, a água é boa.
Nada, nadador!
A água é mansa, a água é doida,
Aqui é fria, ali é morna,
A água é fêmea.
Nada, nadador!
A água sobe, a água desce,
A água é mansa, a água é doida.
Nada, nadador!
A água te lambe, a água te abraça,
A água te leva, a água te mata.
Nada, nadador!
Senão, que restará de ti, nadador?
Nada, nadador!
10. Questão 02
Marque a proposição verdadeira:
01)O poema se estrutura a partir de dois elementos: água e nadador, que se
integram sem nenhum conflito.
02)O nadador e a água se defrontam num conflito; mas no final do texto se
harmonizam.
03)A água é apresentada num plano de ambigüidade ou duplicidade; o
nadador, porém, tem apenas uma possibilidade: nadar.
04)A estrutura do poema se faz pela relação de elementos opostos referidos
mais ao nadador que à água.
05)O movimento do texto define um caráter de ambigüidade e unicidade,
porém o caráter de unicidade aplica-se mais à água.
11. Questão 02
Marque a proposição verdadeira:
01)O poema se estrutura a partir de dois elementos: água e nadador, que se
integram sem nenhum conflito.
02)O nadador e a água se defrontam num conflito; mas no final do texto se
harmonizam.
03)A água é apresentada num plano de ambigüidade ou duplicidade; o
nadador, porém, tem apenas uma possibilidade: nadar, que o conduz a nada.
04)A estrutura do poema se faz pela relação de elementos opostos referidos
mais ao nadador que à água.
05)O movimento do texto define um caráter de ambigüidade e unicidade,
porém o caráter de unicidade aplica-se mais à água.
12. No poema, a água se caracteriza por diversificadas ações, movimentos e
qualificações: sobe, desce, lambe, abraça; falsa, boa, mansa, doida. O
nadador, porém, é mostrado apenas na ação de nadar.
13. SONETO DE SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Moraes)
14. Questão 03
Com base no texto, podem-se constatar algumas características do texto
literário e sua linguagem, exceto em:
01)O escritor manipula a linguagem de forma pessoal.
02)O escritor adapta o seu código à mensagem de forma impessoal e
universal.
03)O texto não tem um sentido predeterminado; ele é um campo de
significados.
04)O poeta tece uma rede variada de informações e emoções.
05)O emissor quebra a rotina da linguagem para aguçar a percepção do leitor.
15. Questão 03
Com base no texto, podem-se constatar algumas características do texto
literário e sua linguagem, exceto em:
01)O escritor manipula a linguagem de forma pessoal.
02)O escritor adapta o seu código à mensagem de forma impessoal e
universal.
03)O texto não tem um sentido predeterminado; ele é um campo de
significados.
04)O poeta tece uma rede variada de informações e emoções.
05)O emissor quebra a rotina da linguagem para aguçar a percepção do leitor.
17. Questão 04
A mensagem, no presente texto, pode ser depreendida como:
01) A surpresa do homem diante dos desencontros afetivos e sentimentais.
02)A transitoriedade da vida das pessoas bem como de seus sentimentos.
03)A insatisfação do ser humano diante do vaivém da vida.
04)A aceitação conformada da transitoriedade dos sentimentos.
05)A compreensão de que o desamor é uma fatalidade, mas o homem pode
evitá-lo.
18. Questão 04
A mensagem, no presente texto, pode ser depreendida como:
01) A surpresa do homem diante dos desencontros afetivos e sentimentais.
02)A transitoriedade da vida das pessoas bem como de seus sentimentos.
03)A insatisfação do ser humano diante do vaivém da vida.
04)A aceitação conformada da transitoriedade dos sentimentos.
05)A compreensão de que o desamor é uma fatalidade, mas o homem pode
evitá-lo.
19. O poeta imprime ao texto o sentido de surpresa e
perplexidade, através da repetição do elemento adverbial “de
repente”.
20. METÁFORA
Uma lata existe para conter algo,
Mas quando o poeta diz lata
Pode estar querendo dizer o incontível
Uma meta existe para ser um alvo,
Mas quando o poeta diz meta
Pode estar querendo dizer o inatingível
Por isso não se meta a exigir do poeta
Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudo-nada cabe,
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na Lata venha a caber
O incabível
Deixe a meta do poeta, não discuta,
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora.
(Gilberto Gil)
21. Questão 05
Assinale a idéia dominante nas duas primeiras estrofes do poema:
01)O fazer poético pode desautomatizar os sentidos e finalidades da linguagem.
02)O poeta, quando escreve, tem um objetivo já determinado.
03)O papel do poeta é criar dubiedades para tornar seu texto hermético,
inatingível.
04)O poema é um ato de comunicação arbitrário cujos signos devem ser
totalmente abstratos.
05)Os signos poéticos são unívocos. Cabe ao leitor descobrir os seus
significados.
22. Questão 05
Assinale a idéia dominante nas duas primeiras estrofes do poema:
01)O fazer poético pode desautomatizar os sentidos e finalidades da linguagem.
02)O poeta, quando escreve, tem um objetivo já determinado.
03)O papel do poeta é criar dubiedades para tornar seu texto hermético,
inatingível.
04)O poema é um ato de comunicação arbitrário cujos signos devem ser
totalmente abstratos.
05)Os signos poéticos são unívocos. Cabe ao leitor descobrir os seus
significados.
23. Essa assertiva pode ser comprovada no significado de ressalva
da conjunção “mas”.
24. O GRANDE DESASTRE AÉREO DE ONTEM
Vejo sangue no ar, vejo o piloto que levava uma flor para a noiva, abraçado com a hélice. E o
violinista, em que a morte acentuou a palidez, despenhar-se com sua cabeleira negra e seu
estradivárius. Há mãos e pernas de dançarinas arremessadas na explosão. Corpos
irreconhecíveis identificados pelo Grande Reconhecedor. Vejo sangue no ar, vejo chuva de
sangue caindo nas nuvens batizadas pelo sangue dos poetas mártires. Vejo a nadadora
belíssima, no seu último salto de banhista, mais rápida porque vem sem vida. Vejo três meninas
caindo rápidas, enfunadas, como se dançassem ainda. E vejo a louca abraçada ao ramalhete de
rosas que ela pensou ser o pára-quedas, e a prima-dona com a longa cauda de lantejoulas
riscando o céu como um cometa. E o sino que ia para uma capela do oeste, vir dobrando
finados pelos pobres mortos. Presumo que a moça adormecida na cabine ainda vem dormindo,
tão tranqüila e cega! Ó amigos, o paralítico vem com extrema rapidez, vem como uma estrela
cadente, vem com as pernas do vento. Chove sangue sobre as nuvens de Deus. E há poetas
míopes que pensam que é o arrebol.
(Jorge de Lima)
25. Questão 06
O caráter literário do texto se define pelo fato de:
01)O texto abordar um fato real, que é documentado com riqueza de detalhes.
02)O autor conferir à linguagem e ao relato um tratamento utilitário.
03)A linguagem não apresentar nenhuma combinação nova ou inesperada de
palavras.
04)As imagens serem produto da fusão do real com a imaginação do autor.
05)De o autor desprender-se de qualquer referência da realidade e atingir o
lado mítico das coisas.
26. Questão 06
O caráter literário do texto se define pelo fato de:
01)O texto abordar um fato real, que é documentado com riqueza de detalhes.
02)O autor conferir à linguagem e ao relato um tratamento utilitário.
03)A linguagem não apresentar nenhuma combinação nova ou inesperada de
palavras.
04)As imagens serem produto da fusão do real com a imaginação do autor.
05)De o autor desprender-se de qualquer referência da realidade e atingir o
lado mítico das coisas.
27. A realidade – desastre aéreo – é recriada pelo narrador
que lhe confere caráter surreal.
28. TÓPICO 02 Diálogos artísticos
INTERTEXTUALIDADE
Intertextualidade é a superposição de um texto a outro; isto é, a relação que se
estabelece entre dois textos, uma vez que um faz citação do outro:
•“Poema de sete faces”, de Carlos Drummond de Andrade:
Quando eu nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai, Carlos, ser gauche na vida.
29. “Com licença poética”, de Adélia Prado:
Quando nasci, um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
Esta espécie ainda envergonhada.
[...]
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Após a leitura dos dois fragmentos, infere-se que Adélia Prado dialoga com
Carlos Drummond de Andrade – e essa conversa já está anunciada no próximo
título da poetisa também mineira: “Com licença poética”. Vários elementos da
composição de Drummond reaparecem na de Adélia Prado, tais como: o “anjo”,
o “vai”, o jogo “gauche” x “coxo”.
30. Quando, na intertextualidade, existe uma intenção de distorcer as
idéias do texto original, de ironizar-lhe a visão de mundo, de fazer-lhe uma
crítica, tal recurso constitui uma paródia; mas as fronteiras entre uma e
outra nem sempre são bem precisas:
“Canção do exílio”, de Gonçalves Dias:
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
“Canção”, de Eduardo Alves da Costa:
Minha terra tem Palmeiras,
Corinthians e outros times,
E um futebol maravilhoso
Que esconde muitos crimes.
31. INTRATEXTUALIDADE
Às vezes, um autor cita a si mesmo, isto é, imprime, em um novo texto seu, imagens,
passagens, de um anterior; nesse caso, ocorre uma intratextualidade:
“Poema de sete faces”, de Carlos Drummond de Andrade:
Mundo mundo vasto mundo,
Se me chamasse Raimundo
Seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
Mais vasto é meu coração.
“Mundo grande”, de Carlos Drummond de Andrade:
Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,
Por isso me grito,
Por isso frequento jornais, me exponho cruelmente nas livrarias:
Preciso de todos.
32. EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
TEXTO I
Lutar com palavras
É a luta mais vã.
Entanto lutamos
Mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco.
Algumas, tão fortes
Como o javali.
Não me julgo louco.
Se o fosse, teria
Poder de encantá-las.
Mas lúcido e frio,
Apareço e tento
Apanhar algumas
Para meu sustento
Num dia de vida.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p. 84)
33. TEXTO II
Lutar com palavras
Até nos domingos
É voltar à infância
Por outros caminhos.
Lutar com palavras
É luta profunda.
Começa na estúpida
Manhã de segunda.
Lutar com palavras
É luta perversa.
No entanto voltamos
À luta na terça.
Lutar com palavras
No verso ou na carta
De amor. Por desleixo,
Lutamos na quarta.
Lutar com palavras
De forma sucinta
É estar acordado
À espera da quinta.
Lutar com palavras
É a luta mais besta
E falaz. Mas sempre
Lutamos na sexta.
Lutar com palvras
Em dia de sábado
É não se dar conta
Do tempo acabado.
(CARVALHO,Francisco. Mortos não jogam xadrez. Fortaleza:
Expressão Gráfica, 2008, p. 49)
34. Questão 07
Na relação entre esses dois textos:
01)Imprimem-se as marcas da intratextualidade, uma vez que se anuncia uma
única voz poemática.
02)Evidencia-se o tom de paródia, pois, a rigor, a intenção do texto II é
desdenhar do empenho da criação.
03)Assomam os traços da intertextualidade no tratamento do mesmo tema: a
questão do ato de fazer poesia.
04)Depara-se o modo debochado como, no texto I, o autor encara a natureza
da inspiração e da criação artística.
05)Observa-se, claramente, que, no texto II, o autor apropriou-se das ideias do
texto I, para, então, destruí-las.
35. Questão 07
Na relação entre esses dois textos:
01)Imprimem-se as marcas da intratextualidade, uma vez que se anuncia uma
única voz poemática.
02)Evidencia-se o tom de paródia, pois, a rigor, a intenção do texto II é
desdenhar do empenho da criação.
03)Assomam os traços da intertextualidade no tratamento do mesmo tema: a
questão do ato de fazer poesia.
04)Depara-se o modo debochado como, no texto I, o autor encara a natureza
da inspiração e da criação artística.
05)Observa-se, claramente, que, no texto II, o autor apropriou-se das ideias do
texto I, para, então, destruí-las.
36. O texto II dialoga o texto I, em exercícios de metalinguagem.
37. REFLEXÕES ACERCA DA INTERTEXTUALIDADE
[...] Este critério subsume as relações entre um dado texto e os outros textos
relevantes encontrados em experiências anteriores, com ou sem mediação.
Há hoje um consenso quanto ao fato de se admitir que todos os textos
comungam com outros textos, ou seja, não existem textos que não
mantenham algum aspecto intertextual, pois nenhum texto se acha isolado e
solitário.
Pode-se dizer que a intertextualidade é uma propriedade constitutiva
de qualquer texto e o conjunto das relações explícitas ou implícitas que um
texto ou um grupo de textos determinado mantém com outros textos... [...] A
intertextualidade supõe a presença de um texto em outro.
(MARCHUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e
compreensão. São Paulo: Parábola, 2010, p. 129-0)
38. PARÁFRASE DE RONSARD
Foi para vós que ontem colhi, senhora,
Este ramo de floras que ora envio.
Não no houvesse colhido e o vento e o frio
Tê-las-iam crestado antes da aurora.
Meditai nesse exemplo, que se agora
Não sei mais do que o vosso outro macio
Rosto nem boca de melhor feitio,
A tudo a idade afeia sem demora.
Senhora, o tempo foge... o tempo foge...
Com pouco morreremos e amanhã
Já não seremos o que somos hoje...
Por que é que o vosso coração hesita?
O tempo foge... A vida é tão breve e é vã...
Por isso, amai-me... enquanto sois bonita.
(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979).
39. Questão 08
O título “Paráfrase de Ronsard” já diz claramente que o poema constitui:
01)Uma tradução fiel de um texto composto em outra língua.
02)Um texto elaborado a partir de outro, sem alteração do significado original.
03)Uma imitação cômica ou satírica de algum texto ou frase.
04)Um comentário malevolente do conteúdo explorado por um autor.
05)Uma paródia redigida com intuito puramente humorístico.
40. Questão 08
O título “Paráfrase de Ronsard” já diz claramente que o poema constitui:
01)Uma tradução fiel de um texto composto em outra língua.
02)Um texto elaborado a partir de outro, sem alteração do significado original.
03)Uma imitação cômica ou satírica de algum texto ou frase.
04)Um comentário malevolente do conteúdo explorado por um autor.
05)Uma paródia redigida com intuito puramente humorístico.
41. Paráfrase é interpretação ou tradução em que o autor procura seguir mais o
sentido do texto que a sua letra.
42. Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamen
Que um dia traduzi num exame escrito:
“Libertas que serás também”
E repito!
(MORAES, Vinícius de. Antologia Poética.)
43. Questão 09
A frase em Latim traduz-se, comumente, por “liberdade ainda que tardia”.
Considere as seguintes afirmações:
I .O diálogo com outros textos (intertextualidade) é procedimento central na
composição da estrofe.
II .O espírito de contradição manifesto nos versos indica que o amor da
pátria que eles expressam não é oficial nem conformista.
III .O apego do eu lírico à tradição da poesia clássica patenteia-se na
escolha de um verso latino como núcleo da estrofe.
Está correto o que se afirma em:
01)I, apenas
02)II, apenas
03)I e II, apenas
04)II e III, apenas
05)I, II e III.
44. Questão 09
A frase em Latim traduz-se, comumente, por “liberdade ainda que tardia”.
Considere as seguintes afirmações:
I .O diálogo com outros textos (intertextualidade) é procedimento central na
composição da estrofe.
II .O espírito de contradição manifesto nos versos indica que o amor da
pátria que eles expressam não é oficial nem conformista.
III .O apego do eu lírico à tradição da poesia clássica patenteia-se na
escolha de um verso latino como núcleo da estrofe.
Está correto o que se afirma em:
01)I, apenas
02)II, apenas
03)I e II, apenas
04)II e III, apenas
05)I, II e III.
45. O primeiro verso alude ao Hino Nacional; a passagem em latim é
fragmento de um verso
de Virgílio; ao dizer que pátria tem uma “quentura, um querer bem”
vai de encontro ao texto
oficial de louvação que é tônica do Hino Nacional.
46. Não deixarei de mim nenhum canto radioso,
Uma foz matinal palpitando na bruma
E que arranque de alguém seu mais secreto espinho,
De tudo quanto foi meu passo caprichoso
Na vida, restará, pois o resto se esfuma,
Uma pedra que havia em meio do caminho.
(ANDRADE, C.D. Poesia e prosa. Rio: Aguilar, 1992, p.202).
Questão 10
No último verso desse poema, o poeta faz alusão a outro poema
intitulado “No meio do caminho”, com tal recurso utiliza-se de:
01)Intratextualidade
02)Ironia
03)Metalinguagem
04)Intertextualidade
05)Citação
47. Não deixarei de mim nenhum canto radioso,
Uma foz matinal palpitando na bruma
E que arranque de alguém seu mais secreto espinho,
De tudo quanto foi meu passo caprichoso
Na vida, restará, pois o resto se esfuma,
Uma pedra que havia em meio do caminho.
(ANDRADE, C.D. Poesia e prosa. Rio: Aguilar, 1992, p.202).
Questão 10
No último verso desse poema, o poeta faz alusão a outro poema
intitulado “No meio do caminho”, com tal recurso utiliza-se de:
01)Intratextualidade
02)Ironia
03)Metalinguagem
04)Intertextualidade
05)Citação