SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 6
Em situações de litoral agressivo e de subida do nível médio do mar, a preservação das dunas ganha uma dimensão estratégica na defesa de pessoas e de bens, e uma dimensão ecológica na defesa de sistemas sensíveis às alterações provocadas pelo Homem.<br />1. O que é uma duna?<br />Muito simplesmente, uma duna, também chamada em português “medão” ou “medo”, é uma elevação (ou “monte”) de areia, com as formas características que a sua relação dinâmica com o vento lhe confere.<br />As dunas podem ser móveis (as mais comuns se houver contínua acção do vento), fixas (por exemplo se estabilizadas por vegetação) ou fósseis (consolidadas e formadas em época geológica antiga).<br />As dunas formam-se com quatro componentes. Areia seca, vento, uma superfície de deposição e um pequeno obstáculo (como uma pedra ou uma planta).<br />O pequeno obstáculo é indispensável para criar condições de adesão a barlavento (donde o vento entra) e de protecção a sotavento (donde o vento sai), permitindo assim que a areia transportada pelo vento comece a juntar-se, criando um quot;
montinhoquot;
.<br />Com a continuação do processo esta pequena acumulação de areia começa ela própria a tornar-se um obstáculo, pelo que, se continuar a haver vento na mesma direcção e areia suficiente, a continuação do processo criará uma duna.<br />À medida que a duna cresce, começa também uma migração da mesma para sotavento, provocada pelos movimentos dos grãos de areia empurrados pelo vento da face exposta, caindo depois para a face protegida. É por isso que elas têm ângulos diferentes, mais suave na face a barlavento, mais inclinada a sotavento.<br />Existem vários tipos de dunas, mas todas têm estes princípios de formação e evolução. Normalmente as dunas junto ao mar, dada a direcção mais ou menos constante do vento, formam zonas de dunas transversas, quer dizer compridas e transversais ao sentido do vento, paralelas entre si.<br /> <br />As dunas formam-se, como visto atrás, essencialmente onde houver areia e vento, ou seja, junto a zonas litorais e nas zonas interiores, nos desertos. Em Portugal existem apenas dunas com extensão considerável na zona litoral, como é o caso das dunas da Costa da Caparica.<br />2. O que são e como se formam os sistemas dunares?<br />Os sistemas dunares são conjuntos de dunas organizados principalmente de acordo com as condições de vento de um dado local e, visto que estas raramente aparecem isoladas, constituem a forma mais comum de ocorrência das dunas.<br />Nas zonas litorais, o sistema dunar forma-se com o aparecimento de uma acumulação de areia, de acordo com o descrito no ponto 3., na zona mais próxima à água, mas fora da zona de rebentação. Esta duna vai aumentando e movimentando-se no sentido do vento - em Portugal normalmente do litoral para o interior - da forma referida.<br />O afastamento assim feito da zona mais próxima ao mar, pode deixar espaço para aparecimento de outras acumulações de areia nesse mesmo local, que começam a “bloquear” o vento que empurra a duna inicial. Esta diminuição do vento pode criar as condições para que uma duna inicial, mais afastada agora do mar, comece a estabilizar e a ser recoberta com vegetação, fixando-se.<br />Este processo pode ir acontecendo até que todo um sistema dunar esteja fixo, quer por razões naturais, quer por intervenção humana através de plantações de espécies vegetais fixadoras (o que aconteceu nas dunas da Costa da Caparica durante o século XX).<br />Dada a fixação das dunas mais em terra, a duna mais junto ao mar adquire o seu perfil de equilíbrio, que embora variando ao longo do ano face à proximidade da rebentação e como tal à disponibilidade de areia na praia, mantêm-se também mais ou menos constante num dado local e permitindo assim o início da sua fixação pelas plantas.<br />Neste sistema dunar assim criado, à duna mais próxima ao mar chama-se “duna primária”, à duna seguinte “duna secundária” e à zona entre elas “espaço inter-dunar”.<br />Os sistemas dunares podem ser muito complexos e extensos, como é o caso da Costa da Caparica onde o mesmo se desenvolve desde o mar até ao topo da arriba fóssil, numa extensão que chega a ser de quase 1,5 quilómetros e que ronda em média cerca de 1 quilómetro. Este sistema dunar tem (ou teve quando todo existia) um comprimento de cerca 13 quilómetros, desde a Cova do Vapor até à Mina do Ouro, a sul da Fonte da Telha.<br />3. Como deve ser ordenado um sistema dunar?<br />Com os conhecimentos anteriores sobre a criação das dunas, da sua relação dinâmica com o vento e a fragilidade das plantas estabelecidas dadas as difíceis condições de sobrevivência das mesmas nas dunas, podemos estruturar o uso potencial dos sistemas dunares fixos da seguinte forma:<br />• Praia – tolerante ao recreio• Duna primária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas• Espaço interdunar – sensível, mas tolerante a certos usos recreativos e instalação de construções leves• Duna secundária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas• Zona pós-dunar – tolerante ao recreio e construção, tendo em conta as capacidades de carga, níveis freáticos e outros parâmetros biofísicos.<br />Esta é a distribuição natural das ocupações em função do valor e sensibilidade do sistema dunar. Qualquer outra situação implica sempre impactes significativos ao nível da utilização do património colectivo que esses sistemas constituem.<br />São por isso sempre indicados esquemas de ordenamento que afastem edificações das dunas, como é o caso da Carta Europeia do Litoral, Decreto-Lei nº 302/90 de 26 de Setembro (princípios a que deve obedecer a ocupação, uso e transformação da faixa costeira) e dos modelos de ocupação do território, de que aqui se transpõe um exemplo.<br />  <br />É preciso não esquecer a importância cada vez maior que as dunas, principalmente as dunas primárias, têm como “tampão natural” à violência das ondas, criando com elas um equilíbrio dinâmico – recebendo, armazenando e largando areia - que protege os usos do solo a sotavento e que implica sempre a sua conservação, bem como da duna secundária associada.<br />Sem este sistema e em situações de litoral “agressivo” e níveis de subida médios do mar inquestionáveis, a preservação das dunas ganha dimensões tanto estratégicas na defesa de pessoas e bens como ecológicas de defesa de um sistema sensível ás alterações que o Homem faz.<br />4. Como é que os sistemas dunares são destruídos?<br />As dunas são sistemas instáveis, mesmo quando estabilizadas pela vegetação, pois essa estabilização constitui um “fio-de-navalha”, que qualquer perturbação altera.<br />Por exemplo, quando a vegetação é continuamente pisada a ponto de desaparecer, a areia solta não oferece resistência e o vento é rápido a explorar um caminho preferencial, que inicia um chamado “blow-out” ou “duna em ferradura”, que avança rapidamente e que em casos extremos pode por em risco todo o sistema dunar e os usos a ele associados.<br />Se o simples pisoteio pode ter estas consequências, o que dizer da instalação artificial permanente? A destruição total da vegetação em grandes áreas transforma uma duna fixa numa duna móvel, sendo assim os processos de novo dominados pela presença da areia e do vento e da relação entre eles e as estruturas ocorrentes na duna. O desfecho deste encontro de factores traduz-se quase sempre na destruição da duna e/ ou da estrutura artificial (por exemplo, por ficar enterrada na areia), com riscos de recuo da linha de costa significativos.<br /> <br />5. Como é que os sistemas dunares podem ser recuperados?<br />Essencialmente nas dunas mais próximas ao mar, por repor estruturas de vegetação pioneira como o estorno associadas a linhas de canas enterradas, que constituem os “obstáculos” à volta dos quais a duna se começa a criar (acção das canas) e a fixar (acção das plantas).<br />Este processo de recuperação pode ser lento e obriga a uma acção de gestão e manutenção constante.<br />A recuperação implica também naturalmente a retirada das estruturas construídas que provocam a destruição da duna, bem como o controlo dos acessos, que deverá ser feito por estruturas aéreas, apenas com apoios pontuais na duna (passadiços sobrelevados em madeira, por exemplo).<br />6. BibliografiaBTCV (1999). Sand dunes. A pratical handbook. British Trust for Conservation Volunteers. Wallingford.Carter, R.W.G. (1991). Coastal Environments. An Introduction to the Physical, Ecological and Cultural Systems of Coastlines. Academic Press. LondonMcHarg, I. (1992). Design with nature. John Wiley and Sons. New York<br />
Conservação e recuperação de sistemas dunares
Conservação e recuperação de sistemas dunares
Conservação e recuperação de sistemas dunares
Conservação e recuperação de sistemas dunares
Conservação e recuperação de sistemas dunares

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Resumo de Biologia de 10º ano
Resumo de Biologia de 10º anoResumo de Biologia de 10º ano
Resumo de Biologia de 10º anoRenata Sofia
 
Ensaio pobreza
Ensaio pobrezaEnsaio pobreza
Ensaio pobrezaInês Mota
 
Ficha formativa de orações com correção
Ficha formativa de orações com correçãoFicha formativa de orações com correção
Ficha formativa de orações com correçãoRaquel Antunes
 
III - TECTÓNICA DE PLACAS
III - TECTÓNICA DE PLACASIII - TECTÓNICA DE PLACAS
III - TECTÓNICA DE PLACASsandranascimento
 
Ficha sobre funções sintáticas
Ficha sobre funções sintáticasFicha sobre funções sintáticas
Ficha sobre funções sintáticasTeresa Oliveira
 
Princípios Estratigráficos
Princípios EstratigráficosPrincípios Estratigráficos
Princípios EstratigráficosGabriela Bruno
 
Modificadores
ModificadoresModificadores
Modificadoresgracacruz
 
Formação de Portugal
Formação de PortugalFormação de Portugal
Formação de PortugalIsabel Alves
 
Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)
Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)
Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)Ilda Bicacro
 
Determinantes e pronomes
Determinantes e pronomesDeterminantes e pronomes
Determinantes e pronomesCelina Medeiros
 
Ciências naturais 7 os minerais
Ciências naturais 7   os mineraisCiências naturais 7   os minerais
Ciências naturais 7 os mineraisNuno Correia
 
D.JoãO Mestre De Avis
D.JoãO Mestre De AvisD.JoãO Mestre De Avis
D.JoãO Mestre De Aviscrie_historia8
 
Formas relevo litoral
Formas relevo litoralFormas relevo litoral
Formas relevo litoralmanjosp
 
Relatório de experiências 7.a
Relatório de experiências 7.aRelatório de experiências 7.a
Relatório de experiências 7.aSandra Lemos
 
Conditional - Type 0, 1, 2 and 3
Conditional - Type 0, 1, 2 and 3Conditional - Type 0, 1, 2 and 3
Conditional - Type 0, 1, 2 and 3Sofia Marques
 

La actualidad más candente (20)

Resumo de Biologia de 10º ano
Resumo de Biologia de 10º anoResumo de Biologia de 10º ano
Resumo de Biologia de 10º ano
 
Mobilismo Geológico
Mobilismo Geológico Mobilismo Geológico
Mobilismo Geológico
 
Ozono na estratosfera
Ozono na estratosferaOzono na estratosfera
Ozono na estratosfera
 
Guia do professor CN_ ASA
Guia do professor CN_ ASAGuia do professor CN_ ASA
Guia do professor CN_ ASA
 
Ensaio pobreza
Ensaio pobrezaEnsaio pobreza
Ensaio pobreza
 
Ficha formativa de orações com correção
Ficha formativa de orações com correçãoFicha formativa de orações com correção
Ficha formativa de orações com correção
 
III - TECTÓNICA DE PLACAS
III - TECTÓNICA DE PLACASIII - TECTÓNICA DE PLACAS
III - TECTÓNICA DE PLACAS
 
Ficha sobre funções sintáticas
Ficha sobre funções sintáticasFicha sobre funções sintáticas
Ficha sobre funções sintáticas
 
Princípios Estratigráficos
Princípios EstratigráficosPrincípios Estratigráficos
Princípios Estratigráficos
 
Teste fernao lopes_site
Teste fernao lopes_siteTeste fernao lopes_site
Teste fernao lopes_site
 
Sismologia
SismologiaSismologia
Sismologia
 
Modificadores
ModificadoresModificadores
Modificadores
 
Formação de Portugal
Formação de PortugalFormação de Portugal
Formação de Portugal
 
Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)
Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)
Os problemas e as potencialidades no aproveitamento dos recursos do subsolo (1)
 
Determinantes e pronomes
Determinantes e pronomesDeterminantes e pronomes
Determinantes e pronomes
 
Ciências naturais 7 os minerais
Ciências naturais 7   os mineraisCiências naturais 7   os minerais
Ciências naturais 7 os minerais
 
D.JoãO Mestre De Avis
D.JoãO Mestre De AvisD.JoãO Mestre De Avis
D.JoãO Mestre De Avis
 
Formas relevo litoral
Formas relevo litoralFormas relevo litoral
Formas relevo litoral
 
Relatório de experiências 7.a
Relatório de experiências 7.aRelatório de experiências 7.a
Relatório de experiências 7.a
 
Conditional - Type 0, 1, 2 and 3
Conditional - Type 0, 1, 2 and 3Conditional - Type 0, 1, 2 and 3
Conditional - Type 0, 1, 2 and 3
 

Destacado

Teste sistema respiratório homem
Teste sistema respiratório homemTeste sistema respiratório homem
Teste sistema respiratório homemmarcommendes
 
Importância das plantas para o mundo vivo - 6.º ano
Importância das plantas para o mundo vivo - 6.º anoImportância das plantas para o mundo vivo - 6.º ano
Importância das plantas para o mundo vivo - 6.º anoProfcris 81
 
2ºteste 1ºp sist.digestivo e respiratório
2ºteste  1ºp sist.digestivo e respiratório2ºteste  1ºp sist.digestivo e respiratório
2ºteste 1ºp sist.digestivo e respiratóriomarcommendes
 
Ficha trabalho sist. respiratório
Ficha trabalho   sist. respiratórioFicha trabalho   sist. respiratório
Ficha trabalho sist. respiratórioCristina Jesus
 
Notícia Ação de Prevenção de Incêndios e Preservação da Natureza
Notícia Ação de Prevenção de Incêndios e Preservação da NaturezaNotícia Ação de Prevenção de Incêndios e Preservação da Natureza
Notícia Ação de Prevenção de Incêndios e Preservação da NaturezaAgrupamento de Escolas de Mortágua
 
Ficha de revisões sist respiratório
Ficha de revisões sist  respiratórioFicha de revisões sist  respiratório
Ficha de revisões sist respiratórioCristina Jesus
 
8700358 ficha-de-avaliacao-de-ciencias-da-natureza-do-6-ano-sistema-respirato...
8700358 ficha-de-avaliacao-de-ciencias-da-natureza-do-6-ano-sistema-respirato...8700358 ficha-de-avaliacao-de-ciencias-da-natureza-do-6-ano-sistema-respirato...
8700358 ficha-de-avaliacao-de-ciencias-da-natureza-do-6-ano-sistema-respirato...Alda Lima
 
Ficha orientacao de estudo sistema digestivo humano
Ficha orientacao de estudo sistema digestivo humanoFicha orientacao de estudo sistema digestivo humano
Ficha orientacao de estudo sistema digestivo humanoOI Tavares
 

Destacado (17)

Ficha formativa de Mat6 nº1
Ficha formativa de Mat6 nº1 Ficha formativa de Mat6 nº1
Ficha formativa de Mat6 nº1
 
Percepção Ambiental dos jovens em relação à Ed. Ambiental
Percepção  Ambiental dos jovens em relação à Ed. AmbientalPercepção  Ambiental dos jovens em relação à Ed. Ambiental
Percepção Ambiental dos jovens em relação à Ed. Ambiental
 
Ficha revisao 6.º Ano
Ficha revisao 6.º AnoFicha revisao 6.º Ano
Ficha revisao 6.º Ano
 
Ficha de avaliação final MAT6
Ficha de avaliação final MAT6Ficha de avaliação final MAT6
Ficha de avaliação final MAT6
 
S. respiratorio - ficha de trabalho
S. respiratorio - ficha de trabalhoS. respiratorio - ficha de trabalho
S. respiratorio - ficha de trabalho
 
Teste sistema respiratório homem
Teste sistema respiratório homemTeste sistema respiratório homem
Teste sistema respiratório homem
 
Importância das plantas para o mundo vivo - 6.º ano
Importância das plantas para o mundo vivo - 6.º anoImportância das plantas para o mundo vivo - 6.º ano
Importância das plantas para o mundo vivo - 6.º ano
 
Mat 9 5jul2013 ch2
Mat 9  5jul2013 ch2 Mat 9  5jul2013 ch2
Mat 9 5jul2013 ch2
 
2ºteste 1ºp sist.digestivo e respiratório
2ºteste  1ºp sist.digestivo e respiratório2ºteste  1ºp sist.digestivo e respiratório
2ºteste 1ºp sist.digestivo e respiratório
 
Ficha trabalho sist. respiratório
Ficha trabalho   sist. respiratórioFicha trabalho   sist. respiratório
Ficha trabalho sist. respiratório
 
Teste 2- Polígonos e simetrias no 6º ano
Teste 2- Polígonos e simetrias no 6º anoTeste 2- Polígonos e simetrias no 6º ano
Teste 2- Polígonos e simetrias no 6º ano
 
Ficha formativa final de matemática 6 - 2013
Ficha formativa final de matemática 6 - 2013Ficha formativa final de matemática 6 - 2013
Ficha formativa final de matemática 6 - 2013
 
Notícia Ação de Prevenção de Incêndios e Preservação da Natureza
Notícia Ação de Prevenção de Incêndios e Preservação da NaturezaNotícia Ação de Prevenção de Incêndios e Preservação da Natureza
Notícia Ação de Prevenção de Incêndios e Preservação da Natureza
 
Ficha de avaliação CN6 - alimentação e s. digestivo
Ficha de avaliação CN6 - alimentação e s. digestivoFicha de avaliação CN6 - alimentação e s. digestivo
Ficha de avaliação CN6 - alimentação e s. digestivo
 
Ficha de revisões sist respiratório
Ficha de revisões sist  respiratórioFicha de revisões sist  respiratório
Ficha de revisões sist respiratório
 
8700358 ficha-de-avaliacao-de-ciencias-da-natureza-do-6-ano-sistema-respirato...
8700358 ficha-de-avaliacao-de-ciencias-da-natureza-do-6-ano-sistema-respirato...8700358 ficha-de-avaliacao-de-ciencias-da-natureza-do-6-ano-sistema-respirato...
8700358 ficha-de-avaliacao-de-ciencias-da-natureza-do-6-ano-sistema-respirato...
 
Ficha orientacao de estudo sistema digestivo humano
Ficha orientacao de estudo sistema digestivo humanoFicha orientacao de estudo sistema digestivo humano
Ficha orientacao de estudo sistema digestivo humano
 

Similar a Conservação e recuperação de sistemas dunares

Relatório de visita de estudo ao litoral norte
Relatório de visita de estudo ao litoral norteRelatório de visita de estudo ao litoral norte
Relatório de visita de estudo ao litoral norteMaria Paredes
 
Zonas Costeiras C2
Zonas Costeiras C2Zonas Costeiras C2
Zonas Costeiras C2sshjj2
 
trabalho
trabalhotrabalho
trabalhosshjj2
 
ApresentaçãO1
ApresentaçãO1ApresentaçãO1
ApresentaçãO1sshjj2
 
Obras portuárias de abrigo
Obras portuárias de abrigoObras portuárias de abrigo
Obras portuárias de abrigoPedroJr123
 
Trabalho de geologia
Trabalho de geologia   Trabalho de geologia
Trabalho de geologia biomaniacas
 
Trabalho: Visita ao litoral norte
Trabalho: Visita ao litoral norteTrabalho: Visita ao litoral norte
Trabalho: Visita ao litoral norteMaria Paredes
 
Nota técnica | CONTENSÃO DE EROSÃO COSTEIRA
Nota técnica | CONTENSÃO DE EROSÃO COSTEIRANota técnica | CONTENSÃO DE EROSÃO COSTEIRA
Nota técnica | CONTENSÃO DE EROSÃO COSTEIRAMarco Lyra
 
Geomorfologia litorânea
Geomorfologia litorâneaGeomorfologia litorânea
Geomorfologia litorâneaHenrique Soares
 
Zonas costeiras
Zonas costeirasZonas costeiras
Zonas costeirasdanikj
 
Zonas costeiras
Zonas costeirasZonas costeiras
Zonas costeiraschave1999
 
Zonas costeiras
Zonas costeirasZonas costeiras
Zonas costeiraschave1999
 
A ProtecçãO Das Dunas
A ProtecçãO Das DunasA ProtecçãO Das Dunas
A ProtecçãO Das Dunassbernardes
 
Zonas De Vertente Acabado 22[1]
Zonas De Vertente   Acabado 22[1]Zonas De Vertente   Acabado 22[1]
Zonas De Vertente Acabado 22[1]sandrarodrigues
 

Similar a Conservação e recuperação de sistemas dunares (20)

Relatório de visita de estudo ao litoral norte
Relatório de visita de estudo ao litoral norteRelatório de visita de estudo ao litoral norte
Relatório de visita de estudo ao litoral norte
 
Zonas Costeiras C2
Zonas Costeiras C2Zonas Costeiras C2
Zonas Costeiras C2
 
trabalho
trabalhotrabalho
trabalho
 
ApresentaçãO1
ApresentaçãO1ApresentaçãO1
ApresentaçãO1
 
Ocupação Antrópica
Ocupação AntrópicaOcupação Antrópica
Ocupação Antrópica
 
Obras portuárias de abrigo
Obras portuárias de abrigoObras portuárias de abrigo
Obras portuárias de abrigo
 
Trabalho de geologia
Trabalho de geologia   Trabalho de geologia
Trabalho de geologia
 
Trabalho: Visita ao litoral norte
Trabalho: Visita ao litoral norteTrabalho: Visita ao litoral norte
Trabalho: Visita ao litoral norte
 
Nota técnica | CONTENSÃO DE EROSÃO COSTEIRA
Nota técnica | CONTENSÃO DE EROSÃO COSTEIRANota técnica | CONTENSÃO DE EROSÃO COSTEIRA
Nota técnica | CONTENSÃO DE EROSÃO COSTEIRA
 
Geomorfologia litorânea
Geomorfologia litorâneaGeomorfologia litorânea
Geomorfologia litorânea
 
Resumo geologia (0)
Resumo geologia (0)Resumo geologia (0)
Resumo geologia (0)
 
Zonas costeiras
Zonas costeirasZonas costeiras
Zonas costeiras
 
9 a aula geo cpvem relevo-2
9 a aula geo cpvem   relevo-29 a aula geo cpvem   relevo-2
9 a aula geo cpvem relevo-2
 
Ecossistema dunar
Ecossistema dunarEcossistema dunar
Ecossistema dunar
 
Zonas costeiras
Zonas costeirasZonas costeiras
Zonas costeiras
 
Zonas costeiras
Zonas costeirasZonas costeiras
Zonas costeiras
 
A ProtecçãO Das Dunas
A ProtecçãO Das DunasA ProtecçãO Das Dunas
A ProtecçãO Das Dunas
 
Relatório experimental
Relatório experimentalRelatório experimental
Relatório experimental
 
Geomorfologia
GeomorfologiaGeomorfologia
Geomorfologia
 
Zonas De Vertente Acabado 22[1]
Zonas De Vertente   Acabado 22[1]Zonas De Vertente   Acabado 22[1]
Zonas De Vertente Acabado 22[1]
 

Más de Agrupamento de Escolas de Mortágua

Más de Agrupamento de Escolas de Mortágua (20)

Somos Iguais Diferentes
Somos Iguais DiferentesSomos Iguais Diferentes
Somos Iguais Diferentes
 
Direitos das Crianças (versão amigável)
Direitos das Crianças (versão amigável) Direitos das Crianças (versão amigável)
Direitos das Crianças (versão amigável)
 
Alimentos e nutrientes
Alimentos e nutrientesAlimentos e nutrientes
Alimentos e nutrientes
 
Sistema digestivo
Sistema digestivoSistema digestivo
Sistema digestivo
 
Mat9 ch1 resolucao apm
Mat9 ch1 resolucao apmMat9 ch1 resolucao apm
Mat9 ch1 resolucao apm
 
Mat6 - 26jun2013
Mat6 - 26jun2013Mat6 - 26jun2013
Mat6 - 26jun2013
 
Mat6 5jul2013_ch2
Mat6  5jul2013_ch2Mat6  5jul2013_ch2
Mat6 5jul2013_ch2
 
Prova final mat9 ch2 2013
Prova final mat9 ch2 2013Prova final mat9 ch2 2013
Prova final mat9 ch2 2013
 
Sida - médicos e namorados adolescentes
Sida - médicos e namorados adolescentesSida - médicos e namorados adolescentes
Sida - médicos e namorados adolescentes
 
Ficha de avaliação MAT5 nº6
Ficha de avaliação MAT5 nº6Ficha de avaliação MAT5 nº6
Ficha de avaliação MAT5 nº6
 
Ficha formativa 6 de MAT5
Ficha formativa 6 de MAT5Ficha formativa 6 de MAT5
Ficha formativa 6 de MAT5
 
Ficha de avaliação final de MAT6 - pca
Ficha de avaliação final de MAT6 - pcaFicha de avaliação final de MAT6 - pca
Ficha de avaliação final de MAT6 - pca
 
Transmissão da vida nas plantas
Transmissão da vida nas plantasTransmissão da vida nas plantas
Transmissão da vida nas plantas
 
Fotossíntese, respiração e transpiração nas plantas
Fotossíntese, respiração e transpiração nas plantasFotossíntese, respiração e transpiração nas plantas
Fotossíntese, respiração e transpiração nas plantas
 
Micróbios
MicróbiosMicróbios
Micróbios
 
Higiene e problemas sociais
Higiene e problemas sociaisHigiene e problemas sociais
Higiene e problemas sociais
 
Ficha de avaliação MAT5 nº 5
Ficha de avaliação MAT5 nº 5Ficha de avaliação MAT5 nº 5
Ficha de avaliação MAT5 nº 5
 
Tarefa MAT6: escalas
Tarefa MAT6: escalasTarefa MAT6: escalas
Tarefa MAT6: escalas
 
S. circulatório humano
S. circulatório humanoS. circulatório humano
S. circulatório humano
 
Tarefas matemáticas com o mmc e mdc entre dois números
Tarefas matemáticas com o mmc e mdc entre dois númerosTarefas matemáticas com o mmc e mdc entre dois números
Tarefas matemáticas com o mmc e mdc entre dois números
 

Último

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 

Último (20)

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 

Conservação e recuperação de sistemas dunares

  • 1. Em situações de litoral agressivo e de subida do nível médio do mar, a preservação das dunas ganha uma dimensão estratégica na defesa de pessoas e de bens, e uma dimensão ecológica na defesa de sistemas sensíveis às alterações provocadas pelo Homem.<br />1. O que é uma duna?<br />Muito simplesmente, uma duna, também chamada em português “medão” ou “medo”, é uma elevação (ou “monte”) de areia, com as formas características que a sua relação dinâmica com o vento lhe confere.<br />As dunas podem ser móveis (as mais comuns se houver contínua acção do vento), fixas (por exemplo se estabilizadas por vegetação) ou fósseis (consolidadas e formadas em época geológica antiga).<br />As dunas formam-se com quatro componentes. Areia seca, vento, uma superfície de deposição e um pequeno obstáculo (como uma pedra ou uma planta).<br />O pequeno obstáculo é indispensável para criar condições de adesão a barlavento (donde o vento entra) e de protecção a sotavento (donde o vento sai), permitindo assim que a areia transportada pelo vento comece a juntar-se, criando um quot; montinhoquot; .<br />Com a continuação do processo esta pequena acumulação de areia começa ela própria a tornar-se um obstáculo, pelo que, se continuar a haver vento na mesma direcção e areia suficiente, a continuação do processo criará uma duna.<br />À medida que a duna cresce, começa também uma migração da mesma para sotavento, provocada pelos movimentos dos grãos de areia empurrados pelo vento da face exposta, caindo depois para a face protegida. É por isso que elas têm ângulos diferentes, mais suave na face a barlavento, mais inclinada a sotavento.<br />Existem vários tipos de dunas, mas todas têm estes princípios de formação e evolução. Normalmente as dunas junto ao mar, dada a direcção mais ou menos constante do vento, formam zonas de dunas transversas, quer dizer compridas e transversais ao sentido do vento, paralelas entre si.<br /> <br />As dunas formam-se, como visto atrás, essencialmente onde houver areia e vento, ou seja, junto a zonas litorais e nas zonas interiores, nos desertos. Em Portugal existem apenas dunas com extensão considerável na zona litoral, como é o caso das dunas da Costa da Caparica.<br />2. O que são e como se formam os sistemas dunares?<br />Os sistemas dunares são conjuntos de dunas organizados principalmente de acordo com as condições de vento de um dado local e, visto que estas raramente aparecem isoladas, constituem a forma mais comum de ocorrência das dunas.<br />Nas zonas litorais, o sistema dunar forma-se com o aparecimento de uma acumulação de areia, de acordo com o descrito no ponto 3., na zona mais próxima à água, mas fora da zona de rebentação. Esta duna vai aumentando e movimentando-se no sentido do vento - em Portugal normalmente do litoral para o interior - da forma referida.<br />O afastamento assim feito da zona mais próxima ao mar, pode deixar espaço para aparecimento de outras acumulações de areia nesse mesmo local, que começam a “bloquear” o vento que empurra a duna inicial. Esta diminuição do vento pode criar as condições para que uma duna inicial, mais afastada agora do mar, comece a estabilizar e a ser recoberta com vegetação, fixando-se.<br />Este processo pode ir acontecendo até que todo um sistema dunar esteja fixo, quer por razões naturais, quer por intervenção humana através de plantações de espécies vegetais fixadoras (o que aconteceu nas dunas da Costa da Caparica durante o século XX).<br />Dada a fixação das dunas mais em terra, a duna mais junto ao mar adquire o seu perfil de equilíbrio, que embora variando ao longo do ano face à proximidade da rebentação e como tal à disponibilidade de areia na praia, mantêm-se também mais ou menos constante num dado local e permitindo assim o início da sua fixação pelas plantas.<br />Neste sistema dunar assim criado, à duna mais próxima ao mar chama-se “duna primária”, à duna seguinte “duna secundária” e à zona entre elas “espaço inter-dunar”.<br />Os sistemas dunares podem ser muito complexos e extensos, como é o caso da Costa da Caparica onde o mesmo se desenvolve desde o mar até ao topo da arriba fóssil, numa extensão que chega a ser de quase 1,5 quilómetros e que ronda em média cerca de 1 quilómetro. Este sistema dunar tem (ou teve quando todo existia) um comprimento de cerca 13 quilómetros, desde a Cova do Vapor até à Mina do Ouro, a sul da Fonte da Telha.<br />3. Como deve ser ordenado um sistema dunar?<br />Com os conhecimentos anteriores sobre a criação das dunas, da sua relação dinâmica com o vento e a fragilidade das plantas estabelecidas dadas as difíceis condições de sobrevivência das mesmas nas dunas, podemos estruturar o uso potencial dos sistemas dunares fixos da seguinte forma:<br />• Praia – tolerante ao recreio• Duna primária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas• Espaço interdunar – sensível, mas tolerante a certos usos recreativos e instalação de construções leves• Duna secundária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas• Zona pós-dunar – tolerante ao recreio e construção, tendo em conta as capacidades de carga, níveis freáticos e outros parâmetros biofísicos.<br />Esta é a distribuição natural das ocupações em função do valor e sensibilidade do sistema dunar. Qualquer outra situação implica sempre impactes significativos ao nível da utilização do património colectivo que esses sistemas constituem.<br />São por isso sempre indicados esquemas de ordenamento que afastem edificações das dunas, como é o caso da Carta Europeia do Litoral, Decreto-Lei nº 302/90 de 26 de Setembro (princípios a que deve obedecer a ocupação, uso e transformação da faixa costeira) e dos modelos de ocupação do território, de que aqui se transpõe um exemplo.<br />  <br />É preciso não esquecer a importância cada vez maior que as dunas, principalmente as dunas primárias, têm como “tampão natural” à violência das ondas, criando com elas um equilíbrio dinâmico – recebendo, armazenando e largando areia - que protege os usos do solo a sotavento e que implica sempre a sua conservação, bem como da duna secundária associada.<br />Sem este sistema e em situações de litoral “agressivo” e níveis de subida médios do mar inquestionáveis, a preservação das dunas ganha dimensões tanto estratégicas na defesa de pessoas e bens como ecológicas de defesa de um sistema sensível ás alterações que o Homem faz.<br />4. Como é que os sistemas dunares são destruídos?<br />As dunas são sistemas instáveis, mesmo quando estabilizadas pela vegetação, pois essa estabilização constitui um “fio-de-navalha”, que qualquer perturbação altera.<br />Por exemplo, quando a vegetação é continuamente pisada a ponto de desaparecer, a areia solta não oferece resistência e o vento é rápido a explorar um caminho preferencial, que inicia um chamado “blow-out” ou “duna em ferradura”, que avança rapidamente e que em casos extremos pode por em risco todo o sistema dunar e os usos a ele associados.<br />Se o simples pisoteio pode ter estas consequências, o que dizer da instalação artificial permanente? A destruição total da vegetação em grandes áreas transforma uma duna fixa numa duna móvel, sendo assim os processos de novo dominados pela presença da areia e do vento e da relação entre eles e as estruturas ocorrentes na duna. O desfecho deste encontro de factores traduz-se quase sempre na destruição da duna e/ ou da estrutura artificial (por exemplo, por ficar enterrada na areia), com riscos de recuo da linha de costa significativos.<br /> <br />5. Como é que os sistemas dunares podem ser recuperados?<br />Essencialmente nas dunas mais próximas ao mar, por repor estruturas de vegetação pioneira como o estorno associadas a linhas de canas enterradas, que constituem os “obstáculos” à volta dos quais a duna se começa a criar (acção das canas) e a fixar (acção das plantas).<br />Este processo de recuperação pode ser lento e obriga a uma acção de gestão e manutenção constante.<br />A recuperação implica também naturalmente a retirada das estruturas construídas que provocam a destruição da duna, bem como o controlo dos acessos, que deverá ser feito por estruturas aéreas, apenas com apoios pontuais na duna (passadiços sobrelevados em madeira, por exemplo).<br />6. BibliografiaBTCV (1999). Sand dunes. A pratical handbook. British Trust for Conservation Volunteers. Wallingford.Carter, R.W.G. (1991). Coastal Environments. An Introduction to the Physical, Ecological and Cultural Systems of Coastlines. Academic Press. LondonMcHarg, I. (1992). Design with nature. John Wiley and Sons. New York<br />