O documento discute a importância de ver o mundo ao nosso redor com olhos atentos e curiosos, como crianças, poetas e artistas fazem. Também fala sobre como o hábito torna nosso olhar indiferente e como isso pode levar ao surgimento do "monstro da indiferença".
1. Ver Vendo
Otto Lara Rezende
“De tanto ver, a gente banaliza o olhar – vê... não vendo.
Experimente ver, pela primeira vez, o que você vê todo dia, sem ver.
Parece fácil, mas não é: o que nos cerca, o que nos é familiar, já não
desperta curiosidade.
(...)
O hábito suja os olhos e baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver:
gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que o adulto não. Tem olhos atentos e limpos para o
espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que,
de tão visto, ninguém vê. Há pai que raramente vê o próprio filho. Marido
que nunca viu a própria mulher.
Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos.
...É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.”
5. Crise (socio)ambiental
Traduz o caráter problemático da relação
sociedade-meio ambiente;
Revela as contradições resultantes das interações
internas ao sistema social e deste com o meio
ambiente. Situações marcadas por conflitos,
esgotamento, limites.
Expressa o retrato de uma crise pluridimensional
◦ Exaustão de um determinado modelo de sociedade
Precisa que haja mudanças de paradigmas
6. Crise socioambiental
Crise de paradigmas
Mas o que é um paradigma?
Como posso interpretar a frase abaixo?
Vendo
lagoas
e
florestas
Edneida Cavalcanti & Fábio Pedrosa
7. Pragmatismo
Capitalista
Vendo
lagoas
e
florestas
Lirismo
Ecologista
Vendo
lagoas
e
florestas
Soffiati, 1993
9. Dado é um emaranhado de códigos decifráveis ou não.
Informação é o resultado do processamento, manipulação e
organização de dados.
Conhecimento é o ato ou efeito de abstrair idéia ou noção de
alguma coisa.
Sabedoria seria a capacidade humana de identificar seus erros e os
da sociedade e corrigi-los.
Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É um
fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos
constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a
partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos
culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao
ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade.
Fonte: Wikipédia
10. Porque educação (socio)ambiental
“A adjetivação ‘ambiental’ se
justifica tão somente à medida
que serve para destacar
dimensões ‘esquecidas’
historicamente pelo fazer
educativo, no que se refere ao
entendimento da vida e da
natureza, e para revelar ou
denunciar as dicotomias da
modernidade capitalista e do
paradigma analítico-linear, não-
dialético” (Loureiro, 2004: 66).
11. “Falar que a educação pode gerar a mudança vira
discurso vazio de sentido prático se for
desarticulado da compreensão das condições que
dão forma ao processo educativo nas sociedades
capitalistas contemporâneas” (Loureiro, 2004: 77).
12. Trajetória da EA
História
Definição
Arcabouço legal (PCNs, Temas Transversais, PNEA,
ProNEA)
Objetivos e princípios
Diferentes correntes
Conservacionista, comportamentalista
Crítica, social, emancipatória
13. A importância da problematização
Consequências
Problema
Socioambiental
Causas
14.
15. Princípios da educação socioambiental
A educação ambiental deve envolver uma
perspectiva holística, enfocando a relação entre o
ser humano, a natureza e o universo de forma
interdisciplinar;
A educação ambiental deve tratar as questões globais
críticas, suas causas e inter-relações em uma
perspectiva sistêmica, em seu contexto social
e histórico;
16. A educação ambiental valoriza as diferentes
formas de conhecimento. Este é diversificado,
acumulado e produzido socialmente, não devendo ser
patenteado ou monopolizado.
17. Como abordar a temática socioambiental?
A compreensão das questões ambientais vista de
forma transversal exige a formação de uma
“consciência ambiental” e a preparação para o
desenvolvimento da cidadania. Para que isto ocorra é
imprescindível lançar mão de três importantes
recursos do processo educativo:
Informação + Conhecimento + Vivência participativa
18. Edneida Cavalcanti
Não é qualquer educação (ambiental)
que vai nos levar a auto-gestão
Pedagogia transmissora
Sociedades imitativas
Paternalismo
Conteúdos
19. Edneida Cavalcanti
Pedagogia problematizadora
Propõe o desenvolvimento:
•da inteligência
•da capacidade de observação da realidade
• da auto estima
E cria:
Teorização * O protagonismo responsável
Pontos chaves Hipóteses de solução
Análise da realidade Aplicação à realidade
O ESQUEMA DO ARCO
20. Realização
Apoio
ane
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etsedroN
- Etapas para o projeto
- Sistematização de experiências
Edneida Cavalcanti
21. O QUE É UM PROJETO?
Situação A Situação B
COMO
CHEGAR?
COMO CONSTRUÍ-LO?
22. Um projeto surge em resposta a uma situação
concreta. Elaborar um projeto é, antes de mais
nada, contribuir para transformar IDÉIAS em
AÇÕES.
23. Qual o tema? Água
Bacia do Capibaribe
Que situação, caso, problema,
conflito? Escopo
Para quem? Público
O quê? Objetivo (geral e específicos)
Como? Metodologia e atividades
O que será concretizado? Produto
Com quem? Equipe e parceiros
Quando? Cronograma de Atividades
Quanto custará? Orçamento
Como saber se e por que esta
Avaliação
ou não dando certo?
Como garantir a memória e Sistematização
as lições do processo?
25. Sistematização de experiências
Permite a reflexão sobre a prática
“A sistematização é aquela interpretação crítica de
uma ou várias experiências que, a partir de seu
ordenamento e reconstrução, descobre ou explicita a
lógica do processo vivido, os fatores que intervieram
no dito processo, como se relacionaram entre si e
porque o fizeram desse modo”. (JARA, 2006)
Dimensão mobilizadora, criativa e educativa.
26. A sistematização se faz para:
Favorecer o intercâmbio de experiências;
Para que a equipe tenha melhor compreensão de seu
trabalho;
Adquirir conhecimentos teóricos a partir da prática;
Para melhorar a prática.
Dificuldades
Parece uma tarefa complexa
Não se conta com definições claras
Na prática não é dada prioridade a sistematização