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Concepções da Infância e História
 Social das Crianças no Brasil.
 Contextos individuais, familiares,
       sociais e políticos.

        Prof.ª Dr.ª Sônia M. Gomes Sousa
História Social e Concepções
de Infância
Formação multicultural da sociedade brasileira e a pluralidade étnica da
população leva a diferentes concepções de infância.


Bibliografia ainda não contempla estudos sobre a forma como índios, negros e
caboclos educavam/educam suas crianças e concebem a infância.


Teorias sobre a infância:
Ótica do adulto

Idealizada

Visão fragmentária

Perdem a dimensão dos conflitos, crises e tensões vividos pelas
crianças em seu processo de desenvolvimento.
Problemática infantil tem uma identidade que perpassa todas as
classes sociais: a posição que a criança ocupa no mundo produtivo
adulto.


  • Profundas diferenças no vir-a-ser de uma criança da burguesia ou
    das camadas populares.
Infância
   Infante (origem latina) ausência de fala

   “Por não falar, a infância não se fala e não se falando, não ocupa a
    primeira pessoa nos discursos que dela se ocupam. (...) Por isso é
    sempre definida por fora”. (Lajolo, 1997, p.226)

   ECA – Art. 2o “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a
    pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela
    entre doze e dezoito anos de idade”.
Infância (Santos, 1996)
   Período do ciclo da vida que têm dimensões biológicas e culturais

   Vai do nascimento até a puberdade (0 a 12 anos ECA)

   Mudanças anatômicas, fisiológicas, psíquicas e sociais.

   Desenvolvimento biológico é universal, mas o recorte desse
    continuum obedece às diferenças do ritmo fisiológico e varia de
    indivíduo para indivíduo e de acordo com o sexo.

   Idade cronológica não constitui critério válido de maturação física
    (tempo de duração porta conotações diferentes em diferentes
    sociedades e culturas)

   Mais apropriado “infâncias”
Os Estudos de Philippe Ariès
   Ariès – Historiador francês ainda vivo

   História social da criança e da família (1960)

   Traça um quadro da criança/família em lenta transformação (velhos
    diários, testamentos, igrejas, e túmulos, pinturas)
Século XI: crianças são adultos em
miniatura (expressões faciais, roupas e
forma do corpo)
   Século XII (+/-): a arte medieval “desconhecia” a infância

   O sentimento de infância surge na sensibilidade ocidental entre os
    séculos XIII e XVIII e é através de temas metafísicos e religiosos
    que a infância se introduz na iconografia medieval.

   Século XIII – não existem crianças caracterizadas por uma
    expressão particular, e sim homens de tamanho reduzido
Surgimento de algumas figurações de
crianças
   o Menino Jesus ou Nossa Senhora

   Anjo

   a criança morta
Da iconografia religiosa da infância, surgiu uma
iconografia leiga nos séculos XV e XVI (criança
ainda não estava sozinha: idades da vida,
estações, sentidos etc.)
Cenas de gênero:

3.   Na vida quotidiana as crianças estavam misturadas com os
     adultos (trabalho, passeio, jogo)

5.   Os pintores gostavam especialmente de representar a criança por
     sua graça ou por seu pitoresco e se compraziam em sublinhar a
     presença da criança dentro do grupo ou da multidão.
Século XV – o retrato e o puto

Século XVI – retrato da criança morta (sair do anonimato)

Século XVII:
 Multiplicam os retratos de crianças vivas;
 Nasce o sentimento de infância;
 Início do interesse pela criança;
 Retratos de crianças sozinhas e retratos de família em que a
  criança era o centro;
 Registro da linguagem infantil.
Teses de Àries

   Criança/família passam a ocupar lugar central nas chamadas
    sociedades industriais

   Ausência do sentimento de infância na Idade Média
Críticas
   Sua concepção de História e de mudança social

   Os fundamentos de suas evidências

   Metodologia empregada

   Tese da inexistência de uma consciência da natureza particular da
    infância nas sociedades medievais

   Olhando o mundo da infância medieval com os olhos da
    contemporaneidade e que não havia uma ausência do sentimento
    de infância, mas uma compreensão própria, e portanto diferente, da
    nossa visão contemporânea.
História da Infância no Brasil
    Colônia (1500-1808)
 Crianças indígenas e órfãos portugueses

“Também andava por lá uma outra mulher, ela também nova, com um
  menino ou uma menina atada com um pano – não sei é de que – aos
  peitos, e no resto de seu corpo, não havia pano algum”. (Carta de
  Pero Vaz de Caminha)

 Imagem   fragmentada da criança (“só pernas”)

 Surge,  assim, encoberta e incompreendida, a primeira personagem
 infantil da nossa história

 Perspectiva   adulta (não americano)

 Apagamento    da sexualidade (Lajolo, 1997, p. 230)
Representação infantil: criança mística

   Criança ser cheio de graça, inocência, beleza (olhar piedoso)

   Forte disciplina da Companhia de Jesus (o “muito mimo” devia ser
    repudiado)
Crianças indígenas (órfãos portugueses)
   Retiradas do convívio dos seus e levadas a morar com os jesuítas nos colégios

   Sedução para romper com a cultura indígena

   “Meninos-língua”

   Tinham vida de adultos

   “Papel blanco”

   No lazer e festas a cultura indígena se impunha

   Enquanto pequenas se submetiam, maiores rompiam com os ensinamentos e
    fugiam

   Puberdade (ruptura entre o ideal jesuítico e as realidades coloniais)
Fala dos Jesuítas sobre educação e
política

Fortemente   arraigada na psicologia de fundamento moral e religioso

Autos-sacramentais    alegóricos

“Gosto   de sangue”

 

Não adaptação do índio à escravidão contribuiu para que o
negro fosse trazido da África para ser escravo nas terras
brasileiras.
Crianças das camadas médias e altas da
população
Direito do pai, morte dos filhos

   até o século XIX permaneceu prisioneira do papel social do filho

   a família colonial ignorava-a ou subestimava-a e privou-a de toda
    expressão de afeição

   em uma estrutura social que favorecia o passado e o saber
    acumulado que dera certo a criança sem ter vivido o bastante para
    entender o passado e sem responsabilidade suficiente para
    respeitar a experiência, o “párvulo” não merecia a mesma
    consideração do adulto.
   Do ponto de vista da propriedade, a criança era um acessório
    supérfluo, por isso o fenômeno da adultização precoce.

   O filho-criança, segundo o catolicismo colonial, era o resultado
    inevitável da concupiscência humana (a criança enquanto ser
    biológico e sentimental era desprezada pela religião)

   A mentalidade religiosa colonial colocou em segundo plano a vida
    concreta e material das crianças, enquanto a vida sobrenatural era
    valorizada: criança morta e anjo.
Filho
   Posição instrumental dentro da família.

   Posto à serviço do poder paterno.

   Passividade frente ao poder despótico dos pais.

   Castigos físicos extremamente brutais os faziam não duvidar da
    prepotência paterna (Ex.: Infância – Graciliano Ramos)
Causas da mortalidade infantil
Um grande número deve-se a imprudência dos adultos:

   Escravas cuidavam das crianças

   As mães eram assistidas por parteiras inábeis

   Crianças eram levadas tardiamente aos médicos

   Vestiam-se mal e se alimentavam pior

   Prática de casamentos consangüíneos

   Atados a superstições e arcaísmos religiosos julgavam uma “felicidade” a morte
    dos filhos

   Devido em grande parte ao afrouxamento dos laços afetivos entre pais e filhos
Casa dos Enjeitados, Casa da Roda, Casa
dos Expostos ou Roda
   Criada em 1738 por Romão Mattos Duarte

   Objetivo caritativo-assistencial de recolher as crianças
    abandonadas e transformar a população pobre em classe
    trabalhadora e afastá-la da perigosa camada envolvida na
    prostituição e na vadiagem

   Fundada para proteger a honra da família colonial e a vida da
    infância, obteve um efeito oposto, pois as pessoas puderam contar
    com apoio seguro para as suas transgressões sexuais.

   Quem deixava as crianças na Roda: pessoas pobres , mulheres da
    elite e senhores que abandonavam crianças escravas e alugavam
    suas mães como amas-de-leite
   índice de mortalidade de 50% a 70%.

   as crianças permaneciam de um a dois meses até serem enviadas
    a ‘criadeiras’ pagas pela Santa Casa.

   ficavam com as ‘criadeiras’ até sete anos e seriam encaminhados
    para instituições onde ficariam até mais ou menos a idade de
    quatorze anos.

   essa prática generalizou o aluguel e a compra de escravas para
    amamentarem os filhos das famílias brancas.

   Apesar das discussões sobre a imoralidade e a alta mortalidade
    dos internados, no caso de São Paulo, a Roda sobreviveu até
    1948.
Crítica dos higienistas
   Preocupavam-se com a conduta das famílias abastadas

   A estrutura sócio-econômica da família, o papel da mulher na casa
    e a atitude do casal diante da vida dos filhos.

   Comportamento sexual do patriarca (prostituição doméstica e altos
    índices de mortalidade infantil)

   Aluguel de escravas como amas de leite
História da Infância no Brasil
    Império (1808-1889)
O lugar da criança negra no Brasil
escravocrata

Testemunha silenciosa de seu tempo:

   Quando escravo: fala pela rebelião, pela fuga, pelo suicídio, pelo
    crime

   Quando libertável ou liberto, o ex-escravo fala: através daqueles
    documentos que lhe restituíam a liberdade

   Analfabeto por vontade expressa da sociedade dominante
Duas idades de infância para escravos
   0 a 7, 8 anos (crioulinho, pardinho... geralmente sem desempenho de
    atividades de tipo econômico)

   Nascido o escrava nenê é batizado sem muita demora

   Olhado como escravo em redução

   Aquisição das artimanhas que vão lhe permitir, o mais rápido possível,
    tornar-se aquele escravo útil que dele se espera

   Iniciação aos comportamentos sociais no seu relacionamento com a
    sociedade dos senhores e com a comunidade escrava

   O senhor forma idéia sobre as capacidades e caráter da criança

   Vai perceber o que são os castigos corporais
   7, 8 anos a 12 anos (deixam de ser crianças para entrar no mundo
    dos adultos, mas na qualidade de aprendiz: moleque/moleca)

   Não terá mais o direito de acompanhar (brincando) sua mãe

   Se dá conta de sua condição inferior em relação principalmente às
    crianças livres brancas

   Deverá prestar serviços regulares para fazer jus às despesas que
    ocasiona a seu senhor

   As exigências dos senhores tornam-se precisas, indiscutíveis
    (obediência, não mais à mãe, mas a seu senhor)
1850 – (decretado em 1831) o fim do tráfico anunciava o declínio da escravidão como
   sistema de trabalho no Brasil.

1871 – Lei do ventre livre (28 de setembro de 1871)

   “Destruiu” a possibilidade de perpetuação do regime escravocrata através da
    reprodução interna da população escrava

   trouxe um aumento no número do abandono de crianças negras (RJ)

   artigo 1o.

   não impede a reescravização dos filhos de escravos

   O efeitos da libertação dos naciturnos foi praticamente nula para a transformação do
    sistema escravista no Brasil

1888 – Libertação dos escravos
Higienistas: protetores da infância branca
e abastada

   A apropriação médica da infância fez-se à revelia dos pais

   A idéia de nocividade do meio familiar pode ser tomada como o
    grande trunfo médico na luta pela hegemonia educativa das
    crianças.
A família nefasta
Essa imagem começou a difundir-se no século XIX através da
higiene

Chegou a ser preconizado o afastamento da criança da família,
pois a má influência do clima doméstico prejudicaria os benéficos
esforços da higiene (internatos e suas regras para visitas e convívio
familiar).

A idéia de nocividade familiar teve seu apogeu nas teses sobre
alienação mental (família = loucura = isolamento).

Na família higiênica, pais e filhos vão aprender a conservar a vida
para poder colocá-la a serviço da nação.
O cultivo da infância

   Concepção de criança = entidade físico - moral amorfa.

   Educação higiênica: instalação de hábitos (disciplina/
    domesticação)

   Criança utilizada como instrumento de poder, contra os pais, em
    favor do Estado
A infância “reduzida”
A higiene utilizou amplamente a tática de apropriar-se das crianças,
   separando-as dos pais e, em seguida, devolveu-as às famílias convertidas
   em soldados da saúde.


Semelhanças entre o aparelho disciplinar jesuítico e o dispositivo militar:

   Valorização e culto do corpo

   Promoção do desenvolvimento moral e espiritual através de exercícios

   Ordem preventiva

   Punição “terapêutica” (aceitação da culpa)

   Subjetividades produzidas: conformista ou delinqüente.
Por que os higienistas preocupavam-se com as
elites? E por que surgiu precisamente naquele
momento histórico?

Necessidades intrínsecas ao próprio poder médico



Objetivos políticos do Estado:
 questões populacionais



   substituição da mão-de-obra escrava

   incentivo a imigração

   autodefesa das camadas dominantes (maior número de negros do
    que de brancos)
História da Infância no Brasil
          República
   (1889 até a atualidade)
1889 (Proclamação da República)

   Novos discursos e novas direções seriam trilhadas

   Médicos e juristas colocaram-se à frente das batalhas em prol da
    infância pobre

   Um longo processo de transformação das crianças desvalidas e
    abandonadas em menores abandonados e delinqüentes, iniciado
    nos anos finais do Império, seria concretizado nos primeiros trinta
    anos da República Velha.
Menor

   Até o século XIX, a palavra menor – como sinônimo de criança,
    adolescente ou jovem – era usada para assinalar os limites etários
    que impediam as pessoas de ter direito à emancipação paterna ou
    assumir responsabilidades civis ou canônicas

   A partir de 1920 até hoje em dia a palavra passou a referir e indicar
    a criança em relação à situação de abandono, marginalidade, além
    de definir sua condição civil e jurídica e os direitos que lhe
    correspondem
   Não era o filho “de família” sujeito à autoridade paterna ou o órfão
    devidamente tutelado, mas a criança/adolescente abandonado
    tanto material como moralmente

   Principais responsáveis: decomposição da família e dissolução do
    poder paterno

   Lugar natural era a rua (lugar do crime)

   Vítima

   A expressão “menor” já fazia parte do vocabulário judicial do
    Império e também da mídia
Década de 1920
   1921 – lei orçamentária 4.242 de 5/1 que autorizou o Serviço de
    Assistência e Proteção à Infância Abandonada
   1927 – código de Menores



Década de 1930
   Constituição de 1934
Década de 1940
   1940 – Decreto lei 2.848 - 18 anos como marco que separa a
    menoridade da responsabilidade penal
   1946 – Constituição: 18 anos para a aptidão ao trabalho noturno
 

Década de 1960
   1964 – Política Nacional do Bem-Estar do Menor
   1965 – Criação da Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor e
    FEBMs
Década de 1970
   Enfrentamento da questão do Menor
   1978 – Ano Internacional da Criança
 

Década de 1980
   Articulação política de setores sociais sensibilizados com a questão
    da infância brasileira
   Criação do MNMMR
 

Década de 1990
   Promulgação do ECA
Infância e a Cultura da
Contemporaneidade: encontros e
          desencontros
   Novos aspectos da nossa realidade social e material:
       O consumo em massa
       O viver em uma grande cidade
       A solidão na multidão
       A expansão da comunicação pela mídia

   A tecnificação e a informatização do nosso cotidiano
Modificam-se:


   As condições em que a criança convive com os outros e
    constrói seu mundo interno e o mundo das suas
    relações sociais

   O modo como a criança é afetada pela realidade
    material e social da contemporaneidade
Questões da Infância na
Contemporaneidade:

   A criança parte de uma família. Mas de qual família?

   Novos parâmetros para a relação entre adultos e crianças (relações
    contraditórias)

   Relações tradicionais – (educador e educando; experiente e não-
    experiente; ser maduro e ser imaturo)

   Relações atuais – crianças/adolescentes/adultos passam a circular
    em espaços cada vez mais diferenciados e compartimentalizados
    (novas socialidades: rua, casa, shopping)
   Os novos tempos (outras condições de história e cultura) em que a
    criança está inserida produzem uma infância diferente daquela do
    início do século XX

   Crescimento paralelo da mídia para crianças (livros, quadrinhos,
    cinema e televisão) e da indústria de jogos e bonecas e de cadeias
    de lojas especializadas em brinquedos infantis;

   Marketing determina o “design” dos brinquedos e a repercussão
    que esse fato tem sobre a atual forma da criança brincar;
   Publicidade busca atingir amplas audiências infantis utilizando a TV
    de forma absoluta e desenvolve assim novas abordagens
    publicitárias (bonecos-personagens);

   Como numa linha de produção, a criança desde muito cedo é
    colocada num mercado ávido por consumo que a espera com
    novidades sempre “mais recentes” (ética);

   Brinquedos “fazem de tudo”, transformando a criança em
    espectador passivo;
   O espaço da “liberdade”, espontaneidade, descompromisso na
    infância, parece cada vez se estreitando mais. A questão da
    “competição” é forte e bem estimulada;

   Cultura do regulamento: disciplinar e planejar as massas, acena
    com normas a serem seguidas, que são devidamente reforçadas
    pela intervenção da mídia, com suas promessas de bem-estar e
    prazer.

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História Social da Infância no Brasil

  • 1. Concepções da Infância e História Social das Crianças no Brasil. Contextos individuais, familiares, sociais e políticos. Prof.ª Dr.ª Sônia M. Gomes Sousa
  • 2. História Social e Concepções de Infância Formação multicultural da sociedade brasileira e a pluralidade étnica da população leva a diferentes concepções de infância. Bibliografia ainda não contempla estudos sobre a forma como índios, negros e caboclos educavam/educam suas crianças e concebem a infância. Teorias sobre a infância: Ótica do adulto Idealizada Visão fragmentária Perdem a dimensão dos conflitos, crises e tensões vividos pelas crianças em seu processo de desenvolvimento.
  • 3. Problemática infantil tem uma identidade que perpassa todas as classes sociais: a posição que a criança ocupa no mundo produtivo adulto. • Profundas diferenças no vir-a-ser de uma criança da burguesia ou das camadas populares.
  • 4. Infância  Infante (origem latina) ausência de fala  “Por não falar, a infância não se fala e não se falando, não ocupa a primeira pessoa nos discursos que dela se ocupam. (...) Por isso é sempre definida por fora”. (Lajolo, 1997, p.226)  ECA – Art. 2o “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade”.
  • 5. Infância (Santos, 1996)  Período do ciclo da vida que têm dimensões biológicas e culturais  Vai do nascimento até a puberdade (0 a 12 anos ECA)  Mudanças anatômicas, fisiológicas, psíquicas e sociais.  Desenvolvimento biológico é universal, mas o recorte desse continuum obedece às diferenças do ritmo fisiológico e varia de indivíduo para indivíduo e de acordo com o sexo.  Idade cronológica não constitui critério válido de maturação física (tempo de duração porta conotações diferentes em diferentes sociedades e culturas)  Mais apropriado “infâncias”
  • 6. Os Estudos de Philippe Ariès  Ariès – Historiador francês ainda vivo  História social da criança e da família (1960)  Traça um quadro da criança/família em lenta transformação (velhos diários, testamentos, igrejas, e túmulos, pinturas)
  • 7. Século XI: crianças são adultos em miniatura (expressões faciais, roupas e forma do corpo)  Século XII (+/-): a arte medieval “desconhecia” a infância  O sentimento de infância surge na sensibilidade ocidental entre os séculos XIII e XVIII e é através de temas metafísicos e religiosos que a infância se introduz na iconografia medieval.  Século XIII – não existem crianças caracterizadas por uma expressão particular, e sim homens de tamanho reduzido
  • 8. Surgimento de algumas figurações de crianças  o Menino Jesus ou Nossa Senhora  Anjo  a criança morta
  • 9. Da iconografia religiosa da infância, surgiu uma iconografia leiga nos séculos XV e XVI (criança ainda não estava sozinha: idades da vida, estações, sentidos etc.) Cenas de gênero: 3. Na vida quotidiana as crianças estavam misturadas com os adultos (trabalho, passeio, jogo) 5. Os pintores gostavam especialmente de representar a criança por sua graça ou por seu pitoresco e se compraziam em sublinhar a presença da criança dentro do grupo ou da multidão.
  • 10. Século XV – o retrato e o puto Século XVI – retrato da criança morta (sair do anonimato) Século XVII:  Multiplicam os retratos de crianças vivas;  Nasce o sentimento de infância;  Início do interesse pela criança;  Retratos de crianças sozinhas e retratos de família em que a criança era o centro;  Registro da linguagem infantil.
  • 11. Teses de Àries  Criança/família passam a ocupar lugar central nas chamadas sociedades industriais  Ausência do sentimento de infância na Idade Média
  • 12. Críticas  Sua concepção de História e de mudança social  Os fundamentos de suas evidências  Metodologia empregada  Tese da inexistência de uma consciência da natureza particular da infância nas sociedades medievais  Olhando o mundo da infância medieval com os olhos da contemporaneidade e que não havia uma ausência do sentimento de infância, mas uma compreensão própria, e portanto diferente, da nossa visão contemporânea.
  • 13. História da Infância no Brasil Colônia (1500-1808)
  • 14.  Crianças indígenas e órfãos portugueses “Também andava por lá uma outra mulher, ela também nova, com um menino ou uma menina atada com um pano – não sei é de que – aos peitos, e no resto de seu corpo, não havia pano algum”. (Carta de Pero Vaz de Caminha)  Imagem fragmentada da criança (“só pernas”)  Surge, assim, encoberta e incompreendida, a primeira personagem infantil da nossa história  Perspectiva adulta (não americano)  Apagamento da sexualidade (Lajolo, 1997, p. 230)
  • 15. Representação infantil: criança mística  Criança ser cheio de graça, inocência, beleza (olhar piedoso)  Forte disciplina da Companhia de Jesus (o “muito mimo” devia ser repudiado)
  • 16. Crianças indígenas (órfãos portugueses)  Retiradas do convívio dos seus e levadas a morar com os jesuítas nos colégios  Sedução para romper com a cultura indígena  “Meninos-língua”  Tinham vida de adultos  “Papel blanco”  No lazer e festas a cultura indígena se impunha  Enquanto pequenas se submetiam, maiores rompiam com os ensinamentos e fugiam  Puberdade (ruptura entre o ideal jesuítico e as realidades coloniais)
  • 17. Fala dos Jesuítas sobre educação e política Fortemente arraigada na psicologia de fundamento moral e religioso Autos-sacramentais alegóricos “Gosto de sangue”   Não adaptação do índio à escravidão contribuiu para que o negro fosse trazido da África para ser escravo nas terras brasileiras.
  • 18. Crianças das camadas médias e altas da população Direito do pai, morte dos filhos  até o século XIX permaneceu prisioneira do papel social do filho  a família colonial ignorava-a ou subestimava-a e privou-a de toda expressão de afeição  em uma estrutura social que favorecia o passado e o saber acumulado que dera certo a criança sem ter vivido o bastante para entender o passado e sem responsabilidade suficiente para respeitar a experiência, o “párvulo” não merecia a mesma consideração do adulto.
  • 19. Do ponto de vista da propriedade, a criança era um acessório supérfluo, por isso o fenômeno da adultização precoce.  O filho-criança, segundo o catolicismo colonial, era o resultado inevitável da concupiscência humana (a criança enquanto ser biológico e sentimental era desprezada pela religião)  A mentalidade religiosa colonial colocou em segundo plano a vida concreta e material das crianças, enquanto a vida sobrenatural era valorizada: criança morta e anjo.
  • 20. Filho  Posição instrumental dentro da família.  Posto à serviço do poder paterno.  Passividade frente ao poder despótico dos pais.  Castigos físicos extremamente brutais os faziam não duvidar da prepotência paterna (Ex.: Infância – Graciliano Ramos)
  • 21. Causas da mortalidade infantil Um grande número deve-se a imprudência dos adultos:  Escravas cuidavam das crianças  As mães eram assistidas por parteiras inábeis  Crianças eram levadas tardiamente aos médicos  Vestiam-se mal e se alimentavam pior  Prática de casamentos consangüíneos  Atados a superstições e arcaísmos religiosos julgavam uma “felicidade” a morte dos filhos  Devido em grande parte ao afrouxamento dos laços afetivos entre pais e filhos
  • 22. Casa dos Enjeitados, Casa da Roda, Casa dos Expostos ou Roda  Criada em 1738 por Romão Mattos Duarte  Objetivo caritativo-assistencial de recolher as crianças abandonadas e transformar a população pobre em classe trabalhadora e afastá-la da perigosa camada envolvida na prostituição e na vadiagem  Fundada para proteger a honra da família colonial e a vida da infância, obteve um efeito oposto, pois as pessoas puderam contar com apoio seguro para as suas transgressões sexuais.  Quem deixava as crianças na Roda: pessoas pobres , mulheres da elite e senhores que abandonavam crianças escravas e alugavam suas mães como amas-de-leite
  • 23. índice de mortalidade de 50% a 70%.  as crianças permaneciam de um a dois meses até serem enviadas a ‘criadeiras’ pagas pela Santa Casa.  ficavam com as ‘criadeiras’ até sete anos e seriam encaminhados para instituições onde ficariam até mais ou menos a idade de quatorze anos.  essa prática generalizou o aluguel e a compra de escravas para amamentarem os filhos das famílias brancas.  Apesar das discussões sobre a imoralidade e a alta mortalidade dos internados, no caso de São Paulo, a Roda sobreviveu até 1948.
  • 24. Crítica dos higienistas  Preocupavam-se com a conduta das famílias abastadas  A estrutura sócio-econômica da família, o papel da mulher na casa e a atitude do casal diante da vida dos filhos.  Comportamento sexual do patriarca (prostituição doméstica e altos índices de mortalidade infantil)  Aluguel de escravas como amas de leite
  • 25. História da Infância no Brasil Império (1808-1889)
  • 26. O lugar da criança negra no Brasil escravocrata Testemunha silenciosa de seu tempo:  Quando escravo: fala pela rebelião, pela fuga, pelo suicídio, pelo crime  Quando libertável ou liberto, o ex-escravo fala: através daqueles documentos que lhe restituíam a liberdade  Analfabeto por vontade expressa da sociedade dominante
  • 27. Duas idades de infância para escravos  0 a 7, 8 anos (crioulinho, pardinho... geralmente sem desempenho de atividades de tipo econômico)  Nascido o escrava nenê é batizado sem muita demora  Olhado como escravo em redução  Aquisição das artimanhas que vão lhe permitir, o mais rápido possível, tornar-se aquele escravo útil que dele se espera  Iniciação aos comportamentos sociais no seu relacionamento com a sociedade dos senhores e com a comunidade escrava  O senhor forma idéia sobre as capacidades e caráter da criança  Vai perceber o que são os castigos corporais
  • 28. 7, 8 anos a 12 anos (deixam de ser crianças para entrar no mundo dos adultos, mas na qualidade de aprendiz: moleque/moleca)  Não terá mais o direito de acompanhar (brincando) sua mãe  Se dá conta de sua condição inferior em relação principalmente às crianças livres brancas  Deverá prestar serviços regulares para fazer jus às despesas que ocasiona a seu senhor  As exigências dos senhores tornam-se precisas, indiscutíveis (obediência, não mais à mãe, mas a seu senhor)
  • 29. 1850 – (decretado em 1831) o fim do tráfico anunciava o declínio da escravidão como sistema de trabalho no Brasil. 1871 – Lei do ventre livre (28 de setembro de 1871)  “Destruiu” a possibilidade de perpetuação do regime escravocrata através da reprodução interna da população escrava  trouxe um aumento no número do abandono de crianças negras (RJ)  artigo 1o.  não impede a reescravização dos filhos de escravos  O efeitos da libertação dos naciturnos foi praticamente nula para a transformação do sistema escravista no Brasil 1888 – Libertação dos escravos
  • 30. Higienistas: protetores da infância branca e abastada  A apropriação médica da infância fez-se à revelia dos pais  A idéia de nocividade do meio familiar pode ser tomada como o grande trunfo médico na luta pela hegemonia educativa das crianças.
  • 31. A família nefasta Essa imagem começou a difundir-se no século XIX através da higiene Chegou a ser preconizado o afastamento da criança da família, pois a má influência do clima doméstico prejudicaria os benéficos esforços da higiene (internatos e suas regras para visitas e convívio familiar). A idéia de nocividade familiar teve seu apogeu nas teses sobre alienação mental (família = loucura = isolamento). Na família higiênica, pais e filhos vão aprender a conservar a vida para poder colocá-la a serviço da nação.
  • 32. O cultivo da infância  Concepção de criança = entidade físico - moral amorfa.  Educação higiênica: instalação de hábitos (disciplina/ domesticação)  Criança utilizada como instrumento de poder, contra os pais, em favor do Estado
  • 33. A infância “reduzida” A higiene utilizou amplamente a tática de apropriar-se das crianças, separando-as dos pais e, em seguida, devolveu-as às famílias convertidas em soldados da saúde. Semelhanças entre o aparelho disciplinar jesuítico e o dispositivo militar:  Valorização e culto do corpo  Promoção do desenvolvimento moral e espiritual através de exercícios  Ordem preventiva  Punição “terapêutica” (aceitação da culpa)  Subjetividades produzidas: conformista ou delinqüente.
  • 34. Por que os higienistas preocupavam-se com as elites? E por que surgiu precisamente naquele momento histórico? Necessidades intrínsecas ao próprio poder médico Objetivos políticos do Estado:  questões populacionais  substituição da mão-de-obra escrava  incentivo a imigração  autodefesa das camadas dominantes (maior número de negros do que de brancos)
  • 35. História da Infância no Brasil República (1889 até a atualidade)
  • 36. 1889 (Proclamação da República)  Novos discursos e novas direções seriam trilhadas  Médicos e juristas colocaram-se à frente das batalhas em prol da infância pobre  Um longo processo de transformação das crianças desvalidas e abandonadas em menores abandonados e delinqüentes, iniciado nos anos finais do Império, seria concretizado nos primeiros trinta anos da República Velha.
  • 37. Menor  Até o século XIX, a palavra menor – como sinônimo de criança, adolescente ou jovem – era usada para assinalar os limites etários que impediam as pessoas de ter direito à emancipação paterna ou assumir responsabilidades civis ou canônicas  A partir de 1920 até hoje em dia a palavra passou a referir e indicar a criança em relação à situação de abandono, marginalidade, além de definir sua condição civil e jurídica e os direitos que lhe correspondem
  • 38. Não era o filho “de família” sujeito à autoridade paterna ou o órfão devidamente tutelado, mas a criança/adolescente abandonado tanto material como moralmente  Principais responsáveis: decomposição da família e dissolução do poder paterno  Lugar natural era a rua (lugar do crime)  Vítima  A expressão “menor” já fazia parte do vocabulário judicial do Império e também da mídia
  • 39. Década de 1920  1921 – lei orçamentária 4.242 de 5/1 que autorizou o Serviço de Assistência e Proteção à Infância Abandonada  1927 – código de Menores Década de 1930  Constituição de 1934
  • 40. Década de 1940  1940 – Decreto lei 2.848 - 18 anos como marco que separa a menoridade da responsabilidade penal  1946 – Constituição: 18 anos para a aptidão ao trabalho noturno   Década de 1960  1964 – Política Nacional do Bem-Estar do Menor  1965 – Criação da Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor e FEBMs
  • 41. Década de 1970  Enfrentamento da questão do Menor  1978 – Ano Internacional da Criança   Década de 1980  Articulação política de setores sociais sensibilizados com a questão da infância brasileira  Criação do MNMMR   Década de 1990  Promulgação do ECA
  • 42. Infância e a Cultura da Contemporaneidade: encontros e desencontros
  • 43. Novos aspectos da nossa realidade social e material:  O consumo em massa  O viver em uma grande cidade  A solidão na multidão  A expansão da comunicação pela mídia  A tecnificação e a informatização do nosso cotidiano
  • 44. Modificam-se:  As condições em que a criança convive com os outros e constrói seu mundo interno e o mundo das suas relações sociais  O modo como a criança é afetada pela realidade material e social da contemporaneidade
  • 45. Questões da Infância na Contemporaneidade:  A criança parte de uma família. Mas de qual família?  Novos parâmetros para a relação entre adultos e crianças (relações contraditórias)  Relações tradicionais – (educador e educando; experiente e não- experiente; ser maduro e ser imaturo)  Relações atuais – crianças/adolescentes/adultos passam a circular em espaços cada vez mais diferenciados e compartimentalizados (novas socialidades: rua, casa, shopping)
  • 46. Os novos tempos (outras condições de história e cultura) em que a criança está inserida produzem uma infância diferente daquela do início do século XX  Crescimento paralelo da mídia para crianças (livros, quadrinhos, cinema e televisão) e da indústria de jogos e bonecas e de cadeias de lojas especializadas em brinquedos infantis;  Marketing determina o “design” dos brinquedos e a repercussão que esse fato tem sobre a atual forma da criança brincar;
  • 47. Publicidade busca atingir amplas audiências infantis utilizando a TV de forma absoluta e desenvolve assim novas abordagens publicitárias (bonecos-personagens);  Como numa linha de produção, a criança desde muito cedo é colocada num mercado ávido por consumo que a espera com novidades sempre “mais recentes” (ética);  Brinquedos “fazem de tudo”, transformando a criança em espectador passivo;
  • 48. O espaço da “liberdade”, espontaneidade, descompromisso na infância, parece cada vez se estreitando mais. A questão da “competição” é forte e bem estimulada;  Cultura do regulamento: disciplinar e planejar as massas, acena com normas a serem seguidas, que são devidamente reforçadas pela intervenção da mídia, com suas promessas de bem-estar e prazer.