Este documento fornece um resumo das Fiji, incluindo sua história como colônia britânica, demografia atual com diferentes grupos étnicos, economia baseada em agricultura e turismo, e cultura que mantém tradições como cerimônias meke.
1. Trabalho realizado por:Joana Gomes, nº4Salomé Relvas, nº19<br />Indice<br /> TOC quot;
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Introdução PAGEREF _Toc287538203 3Uma colónia da Coroa Britânica PAGEREF _Toc287538204 4As ilhas Fiji actualmente PAGEREF _Toc287538205 5A economia PAGEREF _Toc287538206 6A população PAGEREF _Toc287538207 7Viti Levu e Vanua Levu PAGEREF _Toc287538208 8As ilhas coralíneas e as ilhas vulcânicas PAGEREF _Toc287538209 9Vida marinha e vida terrestre PAGEREF _Toc287538210 10A cultura das Fiji PAGEREF _Toc287538211 11As ilhas dos canibais PAGEREF _Toc287538212 12A manutenção das tradições PAGEREF _Toc287538213 13<br />Introdução<br />DADOS BÁSICOS-57151016000434975217170PAÍSNome oficial: Fiji.Capital: Suva.Regiões naturais: mais de 800 ilhas.Clima: tropical; temperaturas moderadas por ventos oceânicos.Rios principais: Rewa, Sigatoka e Nidreketi.POPULAÇÃOHabitantes (1987): 715 000.Línguas: Inglês (oficial), fiji e hindi.Religião: cristã (51%), hindu (40%) e muçulmana (8%).ECONOMIAMoeda: dólar de Fiji.Produto nacional bruto per capita (1987): 1510 dólares.Importações: produtos alimentares, combustíveis e máquinas.Exportações: açúcar, óleo de coco, ouro, gengibre, bananas, manganés e peixe.<br />A população das ilhas Fiji está dividida em dois grandes grupos, de origens, culturas, religiões e de línguas diferentes, e ainda com actividades políticas e económicas distintas. <br />Uma colónia da Coroa Britânica <br />Em 1643, o navegador holandês Abel Tasman terá sido o primeiro a visitar as ilhas Fiji, e em 1774 o capitão James Cook visitou-as, mantendo assim a imigração europeia até à anexação das ilhas pela Grã-Bretanha, em 1874. <br />A administração colonial queria estabelecer aí uma economia de plantações, mas o primeiro governador das ilhas, Sir Arthur Gordon, optou por uma forma original, concedendo aos indígenas direitos prediais, autorizando-os legalmente a vender as suas terras e desviando o trabalho das plantações de cana-de-açúcar. Para fornecer aos plantadores a mão-de-obra necessária, Gordon contratou indianos, onde muitas vezes, estes eram obrigados a trabalharem em condições horríveis.<br />Muitos dos indianos preferiam alugar terras ou criar gado, ou até arranjar trabalho na indústria açucareira, devido aos contratos que expiravam. Os indianos eram tratados com desprezo tanto pelos indígenas como pelos os europeus e tiveram de ir impedir uma dura luta para conseguir o conhecimento tanto politico como social.<br />No inicio do século XX, organizou-se manifestações contra o sistema de contrato a que estavam sujeitos. Foi também um ponto de partida de um longo período de agitação politica, que terminou pelo reconhecimento do seu estatuto. <br />As ilhas Fiji actualmente <br />285369036455353072765378460Desde a sua independência, em 1970, as ilhas Fiji fizeram face a um certo número de problemas internos, sociais e políticos, causados pela oposição ética. Actualmente, os centros urbanos são dominados pelos indianos, que controlam a maior parte da economia, quer se trate do sector comercial quer financeiro, acabando por um grande número de indígenas se sentirem em desvantagem. Em 1987, um golpe de estado, imediato as eleições parlamentares, impediu o governo, maioritariamente indiano, de tomar o poder. <br />Houve confrontos sangrentos entre diversos grupos éticos e um segundo golpe de estado, organizado pelos militares. Os indígenas conseguiram deste modo a vitória, em prejuízo dos indianos. Mas a crise política teve graves reflexões na economia do país e no plano político. Em 1987, as Fiji foram excluídas da Commonwealth. <br />A economia<br />A agricultura está na base da economia do país, em especial a cana-de-açúcar, que ainda hoje representa quase 50% das exportações. Copra, óleo de coco e outros produtos agrícolas, tais como o arroz e as bananas, são para consumo interno. As ilhas Fiji também exportam ouro e madeira.<br />Há já alguns anos que outros ramos da economia se vêm desenvolvendo, nomeadamente a indústria alimentar, a dos têxteis e da madeira. Desde 1982, é o turismo a principal fonte de marcas estrangeiras.<br />SAÚDE E ALIMENTAÇÃOESPERANÇA DE VIDA EM ANOS73701,9%CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO152404445<br />A população<br />O conjunto das ilhas situa-se entre o equador e o trópico de Capricórnio. O calor tropical é suportável graças aos ventos frescos que sopram no mar.<br />25863552748280<br />Viti Levu e Vanua Levu<br />Cerca de 85% da superfície total das Fiji repartem-se entre as duas maiores ilhas: Viti Levu («Grande Fiji») e Vanua Levu («Grande Terra»), que são simultaneamente os dois cumes mais altos de um maciço vulcânico em grande parte submerso e que termina no monte Tomanivi.<br />As duas ilhas beneficiam de um solo naturalmente fértil, graças á erosão da rocha vulcânica de que são formadas. Nas regiões suficientemente regadas, os rios depositam no contorno dos planaltos e ao longo das costas um sedimento rico que vai formar férteis planícies aluviais.<br />As chuvas são abundantes no litoral sudoeste de Viti Levu, enquanto a costa «debaixo do vento» não é minimamente regada. A estação húmida dura desde Novembro até Abril. A vegetação reflecte claramente esta dicotomia climatérica.<br />O litoral é debruado por mangues e os coqueiros dominam as planícies costeiras, a floresta tropical ocupa mais de metade da superfície do país. Os cocos fornecem bebida e alimento, enquanto as palmas são entrançadas para fazer tapetes e cestos. Os habitantes servem-se dos troncos dos coqueiros, de bambus e de canas para construir as suas casas e os seus telhados. <br />As ilhas coralíneas e as ilhas vulcânicas<br />Um enorme recife de coral circunda o arquipélago, que conta imensa quantidade de ilhas coralíneas.<br />As ilhas coralíneas são, em regra, muito planas e mal afloram acima do nível do mar. A terra arável é pouca e as raras chuvas depressa são absorvidas pelo solo, o que não impede que as ilhas maiores tenham uma vegetação luxuriante – lindas, ervas, arvores com grande folhas e coqueiros. As ilhas mais pequenas são muitas vezes desoladas e inóspitas, por falta de água doce.<br />As outras ilhas do arquipélago são de origem vulcânica. Ao centro, os vales nas colinas apresentam-se cobertos por uma luxuriante vegetação florestal.<br />Vida marinha e vida terrestre<br />As águas límpidas que rodeiam os recifes são ricas em oxigénio e abundantes em fauna marinha. No decorrer dos séculos, os naturais de certas regiões litorais das Fiji desenvolveram um talento curioso: chamam as criaturas marinhas das profundezas do mar.<br />A fauna terrestre é muito limitada, em comparação com a vida marinha. Além de seis espécies de morcegos e de um pequeno rato polinésio, não há mamíferos indígenas. Os primeiros colonos trouxeram consigo porcos e cães; todos os outros mamíferos vieram da Europa. Existe um certo número de variedades de cobras e de répteis, e a osga é sempre um visitante bem-vindo porque consome grandes quantidades de moscas e mosquitos.<br />A cultura das Fiji<br />Ao visitar as ilhas Fiji, é impossível não se ficar impressionado com a extraordinária hospitalidade e gentileza da população. Desde crianças, os habitantes das Fiji aprendem a importância da família e dos amigos, tradição que mantém a sua força apesar do incremento recente do turismo.<br />O estrangeiro que se dê ao trabalho de passar algum tempo com a população local e se mostre respeitador das regras fundamentais da delicadeza, ver-se-á sem duvida convidado a participar no cerimonial do Kawa, sentado no chão, em família, para partilhar uma tigela dessa bebida, confeccionada com pimenta. Embora provoque, diz-se, uma ligeira sensação de euforia, não é uma bebida alcoólica e o seu objectivo principal é estreitar os laços sociais.<br />As ilhas dos canibais<br />É difícil acreditar que outrora as Fiji eram conhecidas por «ilhas dos canibais» e que os seus habitantes tinham a fama de ser a população mais feroz e mais aguerrida da Melanésia.<br />Quando começaram a ter contactos regulares com os europeus, no principio do século XIX, os habitantes das Fiji foram rapidamente dizimados. As doenças ocidentais, contra as quais não estavam imunizados, mataram muitos deles, por outro lado, as armas de fogo, importadas pelos europeus permitiram que as tribos rivais resolvessem as suas querelas de uma maneira muito mais eficaz.<br />O mais temerário foi sem duvida Charles Savage, um mercenário e salteador sueco que viveu cinco anos na ilha de Bau, multiplicando o número das suas esposas e organizando batalhas sangrentas. Foi nessa mesma ilha de Bau que residiu o primeiro «rei das Fiji», uma figura poderosa, conhecido por «chefe Cakebau», que tornou o seu poder extensivo a quase todas as ilhas e conseguiu levá-las a uma certa paz. Em 1874, concordou em vender as ilhas Fiji à Grã-Bretanha, que fez delas uma colónia da Coroa. Os britânicos mantiveram-nas sob o seu domínio durante quase um século, até á independência das ilhas em 1970.<br />A manutenção das tradições<br />O turismo aumentou consideravelmente desde há dezenas de anos e muitas aldeias balneares adaptaram-se de forma a satisfazer uma clientela sofisticada. Os mais audaciosos podem no entanto afastar-se dos paraísos tropicais do litoral e explorar as regiões isoladas do interior.<br />A ajuda tradicional entre os membros de uma família de uma aldeia, de uma tribo, a arte de invocar os animais marinhos, a solene cerimónia de boas-vindas é tudo lembranças de uma outra época.<br />Os processos rituais meke, que aliam musica, dança e cantares são actualmente muitas vezes executados para prazer dos turistas, mas pleo menos garantem a sobrevivência das antigas histórias e lendas por mais algum tempo. No decurso da cerimónia, os jovens caminham lentamente de pés descalços sobre calhaus redondos, antecipadamente aquecidos ao rubro em fogueiras de troncos. Os executantes não queimam a planta dos pés e não sentem dor alguma. Peritos do mundo inteiro têm tentado, em vão, encontrar uma explicação para o fenómeno, que parece contradizer toda a lógica científica. Esta cerimónia é um dos legados do misterioso passado da região.<br />