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Teoria Econômica
L. R. MARSHALL
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O que éTeoria Econômica ?
ATeoria Econômica é o estudo da economia,
a partir de uma determinada perspectiva
epistemológica.
O que é Economia ?
A economia trata de como as sociedades
se organizam para fornecer bem-estar
material para seus cidadãos.
Ela estuda como opera o fenômeno da
produção e da distribuição de bens e serviços
dentro de uma determinada sociedade.
Economia X Crematística
Aristóteles identificou em sua
obra Política
dois tipos de atividades
produtiva e distributiva na
sociedade grega.
Uma ele chamou de œconomia;
a outra de chrematistiké.
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Economia
é
œco (casa)
e
nomia (lei)
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É a administração da casa, do lar. Estava associada com
as ocupações regulares, da confiança, como a produção
de alimentos para a subsistência e a criação de animais,
ou o trabalho artesanal envolvido na produção de
roupas, instrumentos, mobília etc.
Economia
Crematística
Chrematístike diz respeito ao ganho e empréstimo de
dinheiro, ao acúmulo de riquezas, ao comércio, aos
lucros, e a todas aquelas ocupações que identificamos
como nossas rotineiras atividades econômicas.
Se fôssemos considerarAristóteles, o estudo e o
fenômeno da produção e da distribuição, assim como
das relações entre empresas, mercados e negócios,
deveria chamar-se crematísitica e não economia.
Economia
Embora toda as sociedades apresentem
um sistema econômico, o estudo da economia
trata basicamente da análise de uma
economia capitalista, ou orientada pelo
mercado, do que de uma economia planejada.
Lógica
Matemática
SerHumano
SerHumano
Economia
Ser
Humano
Sociedades sem economia
Nas sociedades tradicionais primitivas ou de
comando, os mercados não estavam presentes ou
eram subsidiários de outras maneiras de organizar a
produção e a distribuição.
Nas sociedades tradicionais, a economia ficava
incorporada naquilo que hoje chamaríamos de
instituições culturais (ou mesmo rituais ou religiosas).
Sociedades sem economia
Nas sociedades de comando, a economia ficava
incorporada nas instituições políticas, como o
feudalismo europeu ou as várias formas de sistemas
de produção baseados na escravidão.
Só com o desenvolvimento
do capitalismo, a economia
se tornou ‘desincorporada’.
Sociedades com economia
O surgimento de economias orientadas pelo mercado
estabeleceu um sistema econômico para determinar a
produção e a distribuição.
Com o avanço do capitalismo, questões foram levantadas
a respeito da operação dos sistemas de mercado e das
forças que deviam regular tal sistema.
Os sistemas de mercado não são perfeitos: existem
crescimentos e quebras, recessões e depressões, inflação e
deflação, desemprego e crises financeiras, mas nem esses
eventos são totalmente aleatórios.
O Capitalismo O Capitalismo é
um sistema
econômico baseado
na propriedade
privada dos meios
de produção, que
vê os indivíduos e
as empresas,
motivados pelo
lucro, concorrerem
uns com os outros,
de modo a negociar
produtos em um
mercado livre.
Sociedades com economia
Mesmo os economistas que enfatizaram os
problemas do Capitalismo,
como Karl Marx e John Maynard Keynes,
perceberam que os mercados eram regidos por
Tendências ou Leis Básicas,
fazendo com que mercados, empresas e negócios
tivessem mecanismos auto-reguladores.
0
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100
Escolas Econômicas
Existem diversas teorias a respeito das
Leis Básicas do Mercado.
EstasTeorias estão ordenadas em Escolas Econômicas:
•Mercantilista;
•Clássica;
•Neoclássica;
•Marxista;
•Keynesiana;
•Institucionalista. 0
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4
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Escolas Econômicas
AsTeorias e as Escolas:
Tentam organizar a desordem;
Tentam prever o imprevisível;
Tentam conhecer o desconhecido;
Tentam apreender o que não é estático, mas dinâmico;
Devem compreender sempre o momento histórico;
Devem observar que economia está ligada à política;
Devem notar que a vida humana é sentido da política e
da economia. E não o lucro, a riqueza ou a mercadoria.
As leis econômicas dependem
de inúmeras variáveis.
A mais difícil variável
econômica é o
comportamento humano.
Escolas Econômicas
Escola Mercantilista
Mercantilismo vem da palavra mercante, que significa
comerciante. O mercantilismo surgiu na Europa, na
metade do século XVI, e manteve sua força até meados
do século XVIII.
O comércio, e especialmente o comércio internacional,
ocupava um lugar central nos princípios mercantilistas.
Os mercantilistas viveram em um período de expansão
comercial contínua na Europa,com a proliferação de
mercados e o surgimento da classe mercantil.
Escola Mercantilista
Os mercantilistas viam a acumulação de dinheiro em moedas
(ouro, prata, platina) como o núcleo da prosperidade e da
riqueza nacional e individual.
O Mercantilismo afirmava que a prosperidade de uma nação
dependia do suprimento de capital e, que o volume do
comércio global é imutável.
Assim, a melhor maneira para uma Nação aumentar sua
quantidade de capital é incentivar um saldo comercial positivo
com outras nações, baixas importações e altas exportações.
Escola Mercantilista
Escola Mercantilista
A importação de matérias-primas baratas era incentivada,
já que elas seriam usadas na fabricação de produtos
acabados e caros que seriam, então, vendidos em troca de
ouro e prata.
A ideia principal era que o fluxo de saída de ouro e prata
deveria ser menor do que o seu fluxo de entrada final.
A máxima era, portanto, “vender mais do que comprar”
de modo a aumentar o tesouro ou a riqueza da nação.
Escola Mercantilista
O PROBLEMA
Os mercantilistas falharam em
reconhecer que o acúmulo de
dinheiro através do comércio
não é o mesmo que criar riqueza.
Para os mercantilistas, o comércio internacional deveria ser
uma situação de ganhar e perder, na qual o país vencedor
ficaria com o saldo positivo e o perdedor sofreria o déficit.
A economia clássica foi elaborada e sistematizada
pelos economistas Adam Smith e John Stuart Mill.
Além de Smith e Mill, outros importantes responsáveis
pela formação da economia clássica foram
Jean-Baptiste Say (1767-1832),
David Ricardo e Robert Malthus (1766-1834).
Escola Clássica
Escola Clássica
Escola Clássica
A ideia central da Escola Clássica é a de concorrência.
Para esta teoria, embora os indivíduos ajam apenas em
proveito próprio, os mercados em que vigora a
concorrência funcionam espontaneamente, de modo a
garantir (por um mecanismo abstrato designado por
Smith como "a mão invisível" que ordena o mercado) a
alocação mais eficiente dos recursos e da produção, sem
que haja excesso de lucros.
Escola Clássica
Por essa razão, o único papel econômico do governo é
a intervenção na economia quando o mercado não existe
ou quando deixa de funcionar em condições satisfatórias,
ou seja, quando não há livre concorrência.
Para a teoria clássica, numa economia concorrencial a
oferta de cada bem e de cada fator de produção tende
sempre a igualar a procura. Em todos os mercados, o
elemento que determina esse equilíbrio entre oferta e
procura são os preços (sendo que o preço do trabalho,
nesse caso, seria o salário).
Escola Clássica
Neste sentido, conforme o capitalismo
se desenvolveu e as ideias dos
mercantilistas perderam
relevância, o foco do raciocínio
econômico mudou da esfera da
acumulação para a esfera da produção e da concorrência.
O mercado e o trabalho, mais do que os metais preciosos,
foram reconhecidos como a fonte da riqueza da nação.
Escola Clássica
A produção era um processo
circular de realizar excedentes
e acreditava-se que o excedente
era a chave da prosperidade.
O conceito-chave era o do “excedente econômico”,
isto é, o excesso da saída (produto) deveria ser maior
do que a entrada (insumo) usado na produção,
inclusive os alimentos e outras mercadorias
necessárias para a subsistência da força de trabalho.
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3.5
4.5
2.4
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Escola Clássica
Em outras palavras,
o excedente era a quantidade de produtos gerados que
sobrava depois daquilo que era reservado para a
reprodução da sociedade e a substituição do insumo.
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6
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Escola Clássica Fisiocrata
A Escola Clássica via a economia
como um sistema, similar ao
sistema circulatório do corpo
humano, com seus fluxos de
Mercadorias e dinheiro, girando
em torno de vários setores.
Essa perspectiva, chamada de fisiocrata, colocava a
ênfase central na natureza e nas leis naturais para
explicar a atividade econômica.
Os fisiocratas viam a agricultura como
o único setor produtivo, em que o
valor dos produtos agrícolas era maior
do que o valor dos insumos agrícolas
(e, assim, o setor que produzia excedente).
O aumento do excedente agrícola teria o efeito de
realimentar toda a economia.
Os fisiocratas viam a produção de mercadorias e serviços
como consumo do excedente agrícola.
Escola Clássica
Adam Smith
Adam Smith
O Pai da Escola Clássica foi o economista e filósofo escocês
do século XVIII, Adam Smith, que viveu e trabalhou na
época da Primeira Revolução Industrial, da expansão do
comércio e da economia monetária, do desenvolvimento
da ciência e das ideias filosóficas do iluminismo britânico.
Todos estes avanços trouxeram com eles a crença nos
poderes da humanidade, na liberdade e na
autodeterminação, junto com o otimismo referente ao
futuro da humanidade.
Produção e trabalho
Em contraste com os mercantilistas, Adam Smith via a
Riqueza das Nações (1776) não em termos de ouro e prata,
mas na liberdade do mercado, na produção e no trabalho
da nação.
Para ele, quanto maior a
amplitude do mercado, mais
possibilidades existiriam
para maior especialização
do trabalho e para uma
maior produtividade.
Mão Invisível
Adam Smith acreditava que uma ‘Mão Invisível’ operava a
favor da ordem natural do mercado.
A Mão Invisível é uma força que leva à busca do
interesse próprio individual,
de modo a contribuir para o bem comum.
Cada indivíduo persegue seu próprio interesse, o que contribui
para o maior bem-estar social.
A busca do interesse próprio individual se torna o motivo
fundamental na política econômica.
O conceito de Adam Smith do interesse próprio nas
trocas de mercado não deve ser associado com a crença
na natureza absolutamente egoísta do ser humano.
O que é característico do comportamento humano nas
trocas de mercado pode não se manter em outros
cenários sociais.
Defesa do egoísmo ?
22 33 09 6 77 4 56 6 54
Como todos os economistas clássicos, Adam Smith
previu a possibilidade do capitalismo rumar para um
estado de declínio ou estacionário, mais do que para um
estado de acúmulo e progresso contínuos.
A saturação do mercado, o crescimento da população, o
declínio dos recursos naturais e a queda dos salários e
das taxas de lucro foram alguns fatores, citados por
Smith, que limitariam o crescimento econômico em
sociedades do mercado.
Adam Smith e o capitalismo
David Ricardo
Um célebre pensador da
Escola Clássica foi o economista
britânico David Ricardo,
autor de Princípios da Economia
Política (1817), escrita no calor
entre interesses dos capitalistas
e dos donos de terras.
David Ricardo 32
32
28
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12
12
21
28
David Ricardo exerceu uma grande influência tanto
sobre os economistas neoclássicos, como sobre os
economistas marxistas, o que revela sua importância
para o desenvolvimento da ciência econômica.
Os temas presentes nas suas obras incluem a
teoria do valor-trabalho, a teoria da distribuição
(as relações entre o lucro e os salários), o
comércio internacional e temas monetários.
David Ricardo
Uma das principais questões levantadas por Ricardo
trata-se da distribuição do produto gerado pelo trabalho
na sociedade. Isto é, a aplicação conjunta de trabalho,
maquinaria e capital no processo produtivo gera um
produto, o qual se divide entre as 3 classes da sociedade:
1. proprietários de terra (sob a forma de renda da terra),
2. trabalhadores assalariados (sob a forma de salários) e
3. arrendatários capitalistas (sob a forma de lucros do capital).
David Ricardo
David Ricardo
O papel da ciência econômica
seria, então, determinar as leis
naturais que orientam essa
distribuição, como modo de
análise das perspectivas atuais
da situação econômica, sem perder
a preocupação com o crescimento
em longo prazo.
David Ricardo
A teoria das vantagens comparativas
constitui a base essencial da teoria do
comércio internacional.
Demonstrou que duas nações podem se beneficiar do
comércio livre, mesmo que uma nação seja menos
eficiente na produção de bens que seu parceiro comercial.
David Ricardo
Ricardo defendia que
nem a quantidade de dinheiro
nem o valor desse dinheiro era o
mais importante para riqueza de
uma nação.
Para ele, uma nação é rica
em razão da abundância de
mercadorias que contribuam
para a comodidade e o
bem-estar de seus habitantes.
John Stuart Mill
John Stuart Mill é tido como o pai do utilitarismo,
teoria que tem como critério a
avaliação dos atos humanos e seus efeitos.
No utilitarismo, o valor moral do agir está relacionado com
as consequências, devendo-se procurar qual a finalidade
intrínseca da ação para se avaliar a sua qualidade ética.
Mill apresenta como o princípio da utilidade
o princípio da maior felicidade,
considerando-o como o fundamento da teoria ética.
John Stuart Mill
O agir será
eticamente correto se
proporcionar felicidade
ou ausência de
sofrimento.
Além disso, o agir
humano deverá procurar
sempre a maximização
dos benefícios ou do
bem-estar do maior
número de pessoas, ou
pelo menos a redução dos
inconvenientes.
John Stuart Mill
Há, contudo, diferentes interpretações quanto ao
que é considerado ‘bom’ na perspectiva utilitarista.
Jeremy Bentham identifica a felicidade com o prazer
(perspectiva hedonista) e neste sentido o agir correto está
condicionado ao fato de proporcionar ou não prazer.
Mill entende que existem outros valores para além do
prazer, como a amizade, a saúde ou a coragem. Ele até
aceita a tese do ‘prazer’, dando, porém, mais importância
aos prazeres intelectuais e morais do que aos sensoriais.
John Stuart Mill
Atualmente, a perspectiva utilitarista é visível nas decisões
que têm por base a análise custo-benefício, já que o
comportamento será considerado ético se o número de
benefícios causados for superior aos custos originados por
esse comportamento.
O utilitarismo não hesitará assim em violar uma regra
moral para tentar obter um grande bem para um grande
número de pessoas. O que importa é maximizar o bem para
o maior número de pessoas possível.
John Stuart Mill
Escola Marxista
Escola Marxista
A principal reação política e ideológica ao classicismo foi
feita pelos socialistas, mais precisamente por Karl Marx
(1818-1883) e Friedrich Engels.
Eles criticavam a "ordem natural" e a "harmonia de
interesses", pois, para eles, havia uma concentração de
renda e uma grave exploração do trabalho.
Marx preconizava a derrubada da ordem capitalista e a
introdução do sistema socialista.
O pensamento de Karl Marx não se restringe unicamente
ao campo da economia, mas abrange, também, a
filosofia, a sociologia e a história.
Em contraposição aos clássicos, Marx afirmava que estes
erraram ao afirmar que a estabilidade e o crescimento
econômico seria efeito da atuação da ordem natural.
Para ele, “as forças que criaram essa ordem procuram
estabilizá-la, sufocando o crescimento de novas forças
que ameaçam solapá-la, até que essas novas forças
finalmente se afirmem e realizem suas aspirações".
Karl Marx
Ao afirmar que "o valor da força de
trabalho é determinado, como no
caso de qualquer outra mercadoria,
pelo tempo de trabalho à produção,
e consequentemente à reprodução, desse artigo em
especial", Marx modificou a análise do valor-trabalho
(teoria objetiva do valor).
Desenvolveu, também, a teoria da mais- valia , que é a
origem do lucro capitalista. Analisou as crises econômicas,
a distribuição de renda e a acumulação de capital.
Karl Marx
Karl Marx
No decorrer da evolução do pensamento econômico,
Marx exerceu grande impacto e provocou importantes
transformações com a publicação de duas conhecidas
obras: Manifesto Comunista e O Capital.
Segundo sua doutrina, a industrialização vinha
acompanhada de efeitos danosos ao proletariado, tais
como, baixo padrão de vida, longa jornada de trabalho,
reduzidos salários e ausência de legislação trabalhista.
Teoria da MaisValia
Marx afirmava que a força de trabalho era explorada pelo
patrão e transformada em mercadoria.
Apesar de receber um salário, o trabalhador acabava por
criar um sobre-valor durante o processo de produção, ou
seja, gerava mais do que aquilo que o produto valia.
A mais valia, ou o sobre-valor, era apropriado pelo dono dos
meios de produção, ao invés de ser dividido com o
trabalhador.
Karl Marx
Os capitalistas procuram
multiplicar seus ganhos
reduzindo o rendimento
da classe trabalhadora.
Em vez de receber um salário digno, o trabalhador
amealha apenas um salário de subsistência, o mínimo
para assegurar a manutenção e reprodução do trabalho.
E é esta situação de exploração da Força deTrabalho
pelo Capital que Marx mais critica.
Escola Neo Clássica
A escola neoclássica ou marginalista caracterizou-se
pelas contribuições que deu para o conhecimento da
utilidade de um bem e da sua escassez.
Notabilizou-se ainda pela abordagem microeconômica
e pelo forte instrumentário matemático com que
revestia a fundamentação das suas teorias.
Os principais nomes desta escola foramAlfred
Marshall(1842-1924), LéonWalras(1834-1910), Carl
Menger(1840-1921) eWillian Stanley Jevons(1835-1882).
.
Escola Neo Clássica
Alfred Marshall
Alfred Marshall foi um
dos principais fundadores
da teoria Neoclássica no séc. XIX.
No processo de sua construção, procurou
apoiar-se em dois paradigmas de ciência que
não se combinam confortavelmente: o mecânico e o
evolucionário.
Alfred Marshall
Alfred Marshall
No paradigma mecânico, a economia real é entendida
como um sistema de elementos (basicamente,
consumidores e firmas) que permanecem idênticos a si
mesmos exteriores uns aos outros, e que estabelecem
relações de trocas orientados unicamente pelos preços.
Estes últimos têm a função de equilibrar as ofertas e
demandas que constituem os mercados .Na economia
como um sistema mecânico todo movimento é reversível
e nenhum envolve qualquer mudança qualitativa.
Alfred Marshall
Na visão evolucionária, a economia real é compreendida
como um sistema em permanente processo de auto-
organização que apresenta propriedades emergentes.
Os elementos do sistema evolucionário podem se
transformar no tempo. Influenciam-se mutuamente ,
relacionando-se de várias formas.
Ao contrário do que ocorre no sistema mecânico, o
movimento evolucionário acompanha a flecha do tempo
e os acontecimentos são irrevogáveis.
Alfred Marshall
Para Marshall,
é preciso tomar um
caminho evolucionário
e este caminho hoje
está aberto mesmo o
plano do formalismo já
que a era do
computador permite o
desenvolvimento de
modelos com base em
dinâmicas complexas.
Escola Keynesiana
ATeoria de John Maynard Keynes (1883-1946)
é o conjunto de ideias que propunham a
intervenção estatal na vida econômica com o objetivo
de conduzir a um regime de pleno emprego.
Sua teoria teve enorme influência na
renovação das teorias clássicas e na reformulação da
política de livre mercado.
Escola Keynesiana
Keynes acreditava que a economia seguiria o caminho
do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação
temporária que desapareceria graças às forças do
mercado.
O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento
da demanda em paridade com o aumento da
capacidade produtiva da economia, de forma suficiente
para garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois
isto provocaria um aumento da inflação.
Escola Keynesiana
Escola Keynesiana
Terminada a 2ª Guerra Mundial,
participou ativamente dos
trabalhos de criação do
Fundo Monetário Internacional
(FMI) e do Banco Internacional para a
Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).
Dizia que o capitalismo não regulado mostrava-se
incompatível com a manutenção do pleno emprego e
da estabilidade econômica.
11
6
33 0
9
5 88
7
8
Escola Keynesiana
Suas ideias explicavam as flutuações econômicas ou
flutuações de mercado e o desemprego generalizado, ou
seja, o estudo do desemprego em uma economia de
mercado, sua causa e sua cura.
Opondo-se ao pensamento marxista, Keynes acreditava
que o capitalismo poderia ser mantido, desde que
fossem feitas reformas significativas, já que o
capitalismo houvera se mostrado incompatível com a
manutenção do pleno emprego e da estabilidade
econômica.
Escola Keynesiana
Na área da Ciência Econômica, até agora não surgiu
nenhuma obra que provocasse impacto semelhante a
Keynes.
Nem ideias que revolucionassem tão intensamente a
maneira de considerar os problemas econômicos,
políticos, sociais e culturais, tal como aconteceu com
o keynesianismo.
Escola Keynesiana
O pensamento Keynesiano deixou algumas tendências que
prevalecem até hoje no nosso atual sistema econômico.
Dentre as principais, os grandes modelos
macroeconômicos, o intervencionismo estatal moderado,
a revolução matematizante da ciência econômica...
0
5
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
Escola Keynesiana
Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas
críticas por parte de uma nova doutrina econômica:
o monetarismo.
Em quase todos os países industrializados o pleno
emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25
anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos pela
inflação.
Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o
pleno emprego e o controle da inflação, considerando,
sobretudo, as negociações dos sindicatos com os
empresários por aumentos salariais.
Escola Keynesiana
Por esta razão, foram tomadas medidas que
evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a
partir da década de 1960 os índices de inflação foram
acelerados de forma alarmante.
A partir do final da década de 1970, os economistas
têm adotado argumentos monetaristas em
detrimento daqueles propostos pela doutrina
keynesiana; mas as recessões, em escala mundial, das
décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da
política econômica de John Maynard Keynes.
Escola Institucionalista
ThorsteinVeblen (1857-1929) é considerado o
fundador da escola institucionalista de economia,
ao lado de John Commons e deWesley Mitchell.
A economia institucionalista nasceu nos Estados
Unidos na virada do século XIX para o XX , com
o ímpeto de oferecer uma teoria alternativa às
escolas de economia que a precederam,
sobretudo as clássica, marxista e neoclássica.
Escola Institucionalista
A visão institucionalista deVeblen propõe
uma abordagem evolucionária da economia,
fruto da influência direta de Darwin.
O pensador propôs um sistema de ciência
econômica que teria por mote uma análise
não-teleológica, o que ele considerava o
principal problema da economia praticada
no seu tempo. Para tal ele buscou conceitos
sobretudo na biologia evolutiva de Darwin.
Escola Institucionalista
A economia deThorsteinVeblen é chamada de
institucionalista em razão da grande ênfase que o
autor de ATeoria da Classe Ociosa coloca sobre o que
ele chamou de instituições.
Na economia vebleniana, instituições são hábitos,
rotinas de conduta bastante arraigadas num
determinado momento histórico. Assim, por
exemplo, a existência de uma classe de indivíduos
que se abstêm do trabalho produtivo, a "classe
ociosa", é uma instituição.
Escola Institucionalista
Outros exemplos de instituições são:
1) a propriedade absenteísta, ou seja, o hábito, bastante
presente na economia capitalista, de o dono do negócio
não ser exatamente quem cuida pessoalmente dele.
2) a financeirização da riqueza, isto é, a representação do
equipamento produtivo da sociedade através de "papéis";
3) a emulação, que diz respeito ao hábito dos indivíduos
de se compararem uns com os outros invejosamente,
ou melhor, o desejo das pessoas de serem reconhecidas
como melhores que os outros indivíduos.
Escola Institucionalista

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Teorias econc3b4micas

  • 1. Teoria Econômica L. R. MARSHALL 4.3 2.5 3.5 4.5 2.4 4.4 1.8 2.8 2 2 3 5 1990 2000 2010
  • 2. O que éTeoria Econômica ? ATeoria Econômica é o estudo da economia, a partir de uma determinada perspectiva epistemológica.
  • 3. O que é Economia ? A economia trata de como as sociedades se organizam para fornecer bem-estar material para seus cidadãos. Ela estuda como opera o fenômeno da produção e da distribuição de bens e serviços dentro de uma determinada sociedade.
  • 4. Economia X Crematística Aristóteles identificou em sua obra Política dois tipos de atividades produtiva e distributiva na sociedade grega. Uma ele chamou de œconomia; a outra de chrematistiké. 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 0 2 4
  • 5. Economia é œco (casa) e nomia (lei) 1 22 3114 5- É a administração da casa, do lar. Estava associada com as ocupações regulares, da confiança, como a produção de alimentos para a subsistência e a criação de animais, ou o trabalho artesanal envolvido na produção de roupas, instrumentos, mobília etc. Economia
  • 6. Crematística Chrematístike diz respeito ao ganho e empréstimo de dinheiro, ao acúmulo de riquezas, ao comércio, aos lucros, e a todas aquelas ocupações que identificamos como nossas rotineiras atividades econômicas. Se fôssemos considerarAristóteles, o estudo e o fenômeno da produção e da distribuição, assim como das relações entre empresas, mercados e negócios, deveria chamar-se crematísitica e não economia.
  • 7. Economia Embora toda as sociedades apresentem um sistema econômico, o estudo da economia trata basicamente da análise de uma economia capitalista, ou orientada pelo mercado, do que de uma economia planejada. Lógica Matemática SerHumano SerHumano Economia Ser Humano
  • 8. Sociedades sem economia Nas sociedades tradicionais primitivas ou de comando, os mercados não estavam presentes ou eram subsidiários de outras maneiras de organizar a produção e a distribuição. Nas sociedades tradicionais, a economia ficava incorporada naquilo que hoje chamaríamos de instituições culturais (ou mesmo rituais ou religiosas).
  • 9. Sociedades sem economia Nas sociedades de comando, a economia ficava incorporada nas instituições políticas, como o feudalismo europeu ou as várias formas de sistemas de produção baseados na escravidão. Só com o desenvolvimento do capitalismo, a economia se tornou ‘desincorporada’.
  • 10. Sociedades com economia O surgimento de economias orientadas pelo mercado estabeleceu um sistema econômico para determinar a produção e a distribuição. Com o avanço do capitalismo, questões foram levantadas a respeito da operação dos sistemas de mercado e das forças que deviam regular tal sistema. Os sistemas de mercado não são perfeitos: existem crescimentos e quebras, recessões e depressões, inflação e deflação, desemprego e crises financeiras, mas nem esses eventos são totalmente aleatórios.
  • 11. O Capitalismo O Capitalismo é um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção, que vê os indivíduos e as empresas, motivados pelo lucro, concorrerem uns com os outros, de modo a negociar produtos em um mercado livre.
  • 12. Sociedades com economia Mesmo os economistas que enfatizaram os problemas do Capitalismo, como Karl Marx e John Maynard Keynes, perceberam que os mercados eram regidos por Tendências ou Leis Básicas, fazendo com que mercados, empresas e negócios tivessem mecanismos auto-reguladores. 0 50 100
  • 13. Escolas Econômicas Existem diversas teorias a respeito das Leis Básicas do Mercado. EstasTeorias estão ordenadas em Escolas Econômicas: •Mercantilista; •Clássica; •Neoclássica; •Marxista; •Keynesiana; •Institucionalista. 0 2 4 6
  • 14. Escolas Econômicas AsTeorias e as Escolas: Tentam organizar a desordem; Tentam prever o imprevisível; Tentam conhecer o desconhecido; Tentam apreender o que não é estático, mas dinâmico; Devem compreender sempre o momento histórico; Devem observar que economia está ligada à política; Devem notar que a vida humana é sentido da política e da economia. E não o lucro, a riqueza ou a mercadoria.
  • 15. As leis econômicas dependem de inúmeras variáveis. A mais difícil variável econômica é o comportamento humano. Escolas Econômicas
  • 16. Escola Mercantilista Mercantilismo vem da palavra mercante, que significa comerciante. O mercantilismo surgiu na Europa, na metade do século XVI, e manteve sua força até meados do século XVIII. O comércio, e especialmente o comércio internacional, ocupava um lugar central nos princípios mercantilistas. Os mercantilistas viveram em um período de expansão comercial contínua na Europa,com a proliferação de mercados e o surgimento da classe mercantil.
  • 18. Os mercantilistas viam a acumulação de dinheiro em moedas (ouro, prata, platina) como o núcleo da prosperidade e da riqueza nacional e individual. O Mercantilismo afirmava que a prosperidade de uma nação dependia do suprimento de capital e, que o volume do comércio global é imutável. Assim, a melhor maneira para uma Nação aumentar sua quantidade de capital é incentivar um saldo comercial positivo com outras nações, baixas importações e altas exportações. Escola Mercantilista
  • 19. Escola Mercantilista A importação de matérias-primas baratas era incentivada, já que elas seriam usadas na fabricação de produtos acabados e caros que seriam, então, vendidos em troca de ouro e prata. A ideia principal era que o fluxo de saída de ouro e prata deveria ser menor do que o seu fluxo de entrada final. A máxima era, portanto, “vender mais do que comprar” de modo a aumentar o tesouro ou a riqueza da nação.
  • 20. Escola Mercantilista O PROBLEMA Os mercantilistas falharam em reconhecer que o acúmulo de dinheiro através do comércio não é o mesmo que criar riqueza. Para os mercantilistas, o comércio internacional deveria ser uma situação de ganhar e perder, na qual o país vencedor ficaria com o saldo positivo e o perdedor sofreria o déficit.
  • 21. A economia clássica foi elaborada e sistematizada pelos economistas Adam Smith e John Stuart Mill. Além de Smith e Mill, outros importantes responsáveis pela formação da economia clássica foram Jean-Baptiste Say (1767-1832), David Ricardo e Robert Malthus (1766-1834). Escola Clássica
  • 23. Escola Clássica A ideia central da Escola Clássica é a de concorrência. Para esta teoria, embora os indivíduos ajam apenas em proveito próprio, os mercados em que vigora a concorrência funcionam espontaneamente, de modo a garantir (por um mecanismo abstrato designado por Smith como "a mão invisível" que ordena o mercado) a alocação mais eficiente dos recursos e da produção, sem que haja excesso de lucros.
  • 24. Escola Clássica Por essa razão, o único papel econômico do governo é a intervenção na economia quando o mercado não existe ou quando deixa de funcionar em condições satisfatórias, ou seja, quando não há livre concorrência. Para a teoria clássica, numa economia concorrencial a oferta de cada bem e de cada fator de produção tende sempre a igualar a procura. Em todos os mercados, o elemento que determina esse equilíbrio entre oferta e procura são os preços (sendo que o preço do trabalho, nesse caso, seria o salário).
  • 25. Escola Clássica Neste sentido, conforme o capitalismo se desenvolveu e as ideias dos mercantilistas perderam relevância, o foco do raciocínio econômico mudou da esfera da acumulação para a esfera da produção e da concorrência. O mercado e o trabalho, mais do que os metais preciosos, foram reconhecidos como a fonte da riqueza da nação.
  • 26. Escola Clássica A produção era um processo circular de realizar excedentes e acreditava-se que o excedente era a chave da prosperidade. O conceito-chave era o do “excedente econômico”, isto é, o excesso da saída (produto) deveria ser maior do que a entrada (insumo) usado na produção, inclusive os alimentos e outras mercadorias necessárias para a subsistência da força de trabalho. 4.3 2.5 3.5 4.5 2.4 4.4 1.8 2.8 2 2 3 5
  • 27. Escola Clássica Em outras palavras, o excedente era a quantidade de produtos gerados que sobrava depois daquilo que era reservado para a reprodução da sociedade e a substituição do insumo. 22 33 09 6 77 4 56 6 54
  • 28. Escola Clássica Fisiocrata A Escola Clássica via a economia como um sistema, similar ao sistema circulatório do corpo humano, com seus fluxos de Mercadorias e dinheiro, girando em torno de vários setores. Essa perspectiva, chamada de fisiocrata, colocava a ênfase central na natureza e nas leis naturais para explicar a atividade econômica.
  • 29. Os fisiocratas viam a agricultura como o único setor produtivo, em que o valor dos produtos agrícolas era maior do que o valor dos insumos agrícolas (e, assim, o setor que produzia excedente). O aumento do excedente agrícola teria o efeito de realimentar toda a economia. Os fisiocratas viam a produção de mercadorias e serviços como consumo do excedente agrícola. Escola Clássica
  • 31. Adam Smith O Pai da Escola Clássica foi o economista e filósofo escocês do século XVIII, Adam Smith, que viveu e trabalhou na época da Primeira Revolução Industrial, da expansão do comércio e da economia monetária, do desenvolvimento da ciência e das ideias filosóficas do iluminismo britânico. Todos estes avanços trouxeram com eles a crença nos poderes da humanidade, na liberdade e na autodeterminação, junto com o otimismo referente ao futuro da humanidade.
  • 32. Produção e trabalho Em contraste com os mercantilistas, Adam Smith via a Riqueza das Nações (1776) não em termos de ouro e prata, mas na liberdade do mercado, na produção e no trabalho da nação. Para ele, quanto maior a amplitude do mercado, mais possibilidades existiriam para maior especialização do trabalho e para uma maior produtividade.
  • 33. Mão Invisível Adam Smith acreditava que uma ‘Mão Invisível’ operava a favor da ordem natural do mercado. A Mão Invisível é uma força que leva à busca do interesse próprio individual, de modo a contribuir para o bem comum. Cada indivíduo persegue seu próprio interesse, o que contribui para o maior bem-estar social. A busca do interesse próprio individual se torna o motivo fundamental na política econômica.
  • 34. O conceito de Adam Smith do interesse próprio nas trocas de mercado não deve ser associado com a crença na natureza absolutamente egoísta do ser humano. O que é característico do comportamento humano nas trocas de mercado pode não se manter em outros cenários sociais. Defesa do egoísmo ? 22 33 09 6 77 4 56 6 54
  • 35. Como todos os economistas clássicos, Adam Smith previu a possibilidade do capitalismo rumar para um estado de declínio ou estacionário, mais do que para um estado de acúmulo e progresso contínuos. A saturação do mercado, o crescimento da população, o declínio dos recursos naturais e a queda dos salários e das taxas de lucro foram alguns fatores, citados por Smith, que limitariam o crescimento econômico em sociedades do mercado. Adam Smith e o capitalismo
  • 37. Um célebre pensador da Escola Clássica foi o economista britânico David Ricardo, autor de Princípios da Economia Política (1817), escrita no calor entre interesses dos capitalistas e dos donos de terras. David Ricardo 32 32 28 12 15 12 12 12 21 28
  • 38. David Ricardo exerceu uma grande influência tanto sobre os economistas neoclássicos, como sobre os economistas marxistas, o que revela sua importância para o desenvolvimento da ciência econômica. Os temas presentes nas suas obras incluem a teoria do valor-trabalho, a teoria da distribuição (as relações entre o lucro e os salários), o comércio internacional e temas monetários. David Ricardo
  • 39. Uma das principais questões levantadas por Ricardo trata-se da distribuição do produto gerado pelo trabalho na sociedade. Isto é, a aplicação conjunta de trabalho, maquinaria e capital no processo produtivo gera um produto, o qual se divide entre as 3 classes da sociedade: 1. proprietários de terra (sob a forma de renda da terra), 2. trabalhadores assalariados (sob a forma de salários) e 3. arrendatários capitalistas (sob a forma de lucros do capital). David Ricardo
  • 40. David Ricardo O papel da ciência econômica seria, então, determinar as leis naturais que orientam essa distribuição, como modo de análise das perspectivas atuais da situação econômica, sem perder a preocupação com o crescimento em longo prazo.
  • 41. David Ricardo A teoria das vantagens comparativas constitui a base essencial da teoria do comércio internacional. Demonstrou que duas nações podem se beneficiar do comércio livre, mesmo que uma nação seja menos eficiente na produção de bens que seu parceiro comercial.
  • 42. David Ricardo Ricardo defendia que nem a quantidade de dinheiro nem o valor desse dinheiro era o mais importante para riqueza de uma nação. Para ele, uma nação é rica em razão da abundância de mercadorias que contribuam para a comodidade e o bem-estar de seus habitantes.
  • 44. John Stuart Mill é tido como o pai do utilitarismo, teoria que tem como critério a avaliação dos atos humanos e seus efeitos. No utilitarismo, o valor moral do agir está relacionado com as consequências, devendo-se procurar qual a finalidade intrínseca da ação para se avaliar a sua qualidade ética. Mill apresenta como o princípio da utilidade o princípio da maior felicidade, considerando-o como o fundamento da teoria ética. John Stuart Mill
  • 45. O agir será eticamente correto se proporcionar felicidade ou ausência de sofrimento. Além disso, o agir humano deverá procurar sempre a maximização dos benefícios ou do bem-estar do maior número de pessoas, ou pelo menos a redução dos inconvenientes. John Stuart Mill
  • 46. Há, contudo, diferentes interpretações quanto ao que é considerado ‘bom’ na perspectiva utilitarista. Jeremy Bentham identifica a felicidade com o prazer (perspectiva hedonista) e neste sentido o agir correto está condicionado ao fato de proporcionar ou não prazer. Mill entende que existem outros valores para além do prazer, como a amizade, a saúde ou a coragem. Ele até aceita a tese do ‘prazer’, dando, porém, mais importância aos prazeres intelectuais e morais do que aos sensoriais. John Stuart Mill
  • 47. Atualmente, a perspectiva utilitarista é visível nas decisões que têm por base a análise custo-benefício, já que o comportamento será considerado ético se o número de benefícios causados for superior aos custos originados por esse comportamento. O utilitarismo não hesitará assim em violar uma regra moral para tentar obter um grande bem para um grande número de pessoas. O que importa é maximizar o bem para o maior número de pessoas possível. John Stuart Mill
  • 49. Escola Marxista A principal reação política e ideológica ao classicismo foi feita pelos socialistas, mais precisamente por Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels. Eles criticavam a "ordem natural" e a "harmonia de interesses", pois, para eles, havia uma concentração de renda e uma grave exploração do trabalho. Marx preconizava a derrubada da ordem capitalista e a introdução do sistema socialista.
  • 50. O pensamento de Karl Marx não se restringe unicamente ao campo da economia, mas abrange, também, a filosofia, a sociologia e a história. Em contraposição aos clássicos, Marx afirmava que estes erraram ao afirmar que a estabilidade e o crescimento econômico seria efeito da atuação da ordem natural. Para ele, “as forças que criaram essa ordem procuram estabilizá-la, sufocando o crescimento de novas forças que ameaçam solapá-la, até que essas novas forças finalmente se afirmem e realizem suas aspirações". Karl Marx
  • 51. Ao afirmar que "o valor da força de trabalho é determinado, como no caso de qualquer outra mercadoria, pelo tempo de trabalho à produção, e consequentemente à reprodução, desse artigo em especial", Marx modificou a análise do valor-trabalho (teoria objetiva do valor). Desenvolveu, também, a teoria da mais- valia , que é a origem do lucro capitalista. Analisou as crises econômicas, a distribuição de renda e a acumulação de capital. Karl Marx
  • 52. Karl Marx No decorrer da evolução do pensamento econômico, Marx exerceu grande impacto e provocou importantes transformações com a publicação de duas conhecidas obras: Manifesto Comunista e O Capital. Segundo sua doutrina, a industrialização vinha acompanhada de efeitos danosos ao proletariado, tais como, baixo padrão de vida, longa jornada de trabalho, reduzidos salários e ausência de legislação trabalhista.
  • 53. Teoria da MaisValia Marx afirmava que a força de trabalho era explorada pelo patrão e transformada em mercadoria. Apesar de receber um salário, o trabalhador acabava por criar um sobre-valor durante o processo de produção, ou seja, gerava mais do que aquilo que o produto valia. A mais valia, ou o sobre-valor, era apropriado pelo dono dos meios de produção, ao invés de ser dividido com o trabalhador.
  • 54. Karl Marx Os capitalistas procuram multiplicar seus ganhos reduzindo o rendimento da classe trabalhadora. Em vez de receber um salário digno, o trabalhador amealha apenas um salário de subsistência, o mínimo para assegurar a manutenção e reprodução do trabalho. E é esta situação de exploração da Força deTrabalho pelo Capital que Marx mais critica.
  • 56. A escola neoclássica ou marginalista caracterizou-se pelas contribuições que deu para o conhecimento da utilidade de um bem e da sua escassez. Notabilizou-se ainda pela abordagem microeconômica e pelo forte instrumentário matemático com que revestia a fundamentação das suas teorias. Os principais nomes desta escola foramAlfred Marshall(1842-1924), LéonWalras(1834-1910), Carl Menger(1840-1921) eWillian Stanley Jevons(1835-1882). . Escola Neo Clássica
  • 58. Alfred Marshall foi um dos principais fundadores da teoria Neoclássica no séc. XIX. No processo de sua construção, procurou apoiar-se em dois paradigmas de ciência que não se combinam confortavelmente: o mecânico e o evolucionário. Alfred Marshall
  • 59. Alfred Marshall No paradigma mecânico, a economia real é entendida como um sistema de elementos (basicamente, consumidores e firmas) que permanecem idênticos a si mesmos exteriores uns aos outros, e que estabelecem relações de trocas orientados unicamente pelos preços. Estes últimos têm a função de equilibrar as ofertas e demandas que constituem os mercados .Na economia como um sistema mecânico todo movimento é reversível e nenhum envolve qualquer mudança qualitativa.
  • 60. Alfred Marshall Na visão evolucionária, a economia real é compreendida como um sistema em permanente processo de auto- organização que apresenta propriedades emergentes. Os elementos do sistema evolucionário podem se transformar no tempo. Influenciam-se mutuamente , relacionando-se de várias formas. Ao contrário do que ocorre no sistema mecânico, o movimento evolucionário acompanha a flecha do tempo e os acontecimentos são irrevogáveis.
  • 61. Alfred Marshall Para Marshall, é preciso tomar um caminho evolucionário e este caminho hoje está aberto mesmo o plano do formalismo já que a era do computador permite o desenvolvimento de modelos com base em dinâmicas complexas.
  • 63. ATeoria de John Maynard Keynes (1883-1946) é o conjunto de ideias que propunham a intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego. Sua teoria teve enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado. Escola Keynesiana
  • 64. Keynes acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desapareceria graças às forças do mercado. O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação. Escola Keynesiana
  • 65. Escola Keynesiana Terminada a 2ª Guerra Mundial, participou ativamente dos trabalhos de criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Dizia que o capitalismo não regulado mostrava-se incompatível com a manutenção do pleno emprego e da estabilidade econômica. 11 6 33 0 9 5 88 7 8
  • 66. Escola Keynesiana Suas ideias explicavam as flutuações econômicas ou flutuações de mercado e o desemprego generalizado, ou seja, o estudo do desemprego em uma economia de mercado, sua causa e sua cura. Opondo-se ao pensamento marxista, Keynes acreditava que o capitalismo poderia ser mantido, desde que fossem feitas reformas significativas, já que o capitalismo houvera se mostrado incompatível com a manutenção do pleno emprego e da estabilidade econômica.
  • 67. Escola Keynesiana Na área da Ciência Econômica, até agora não surgiu nenhuma obra que provocasse impacto semelhante a Keynes. Nem ideias que revolucionassem tão intensamente a maneira de considerar os problemas econômicos, políticos, sociais e culturais, tal como aconteceu com o keynesianismo.
  • 68. Escola Keynesiana O pensamento Keynesiano deixou algumas tendências que prevalecem até hoje no nosso atual sistema econômico. Dentre as principais, os grandes modelos macroeconômicos, o intervencionismo estatal moderado, a revolução matematizante da ciência econômica... 0 5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
  • 69. Escola Keynesiana Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova doutrina econômica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais.
  • 70. Escola Keynesiana Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram acelerados de forma alarmante. A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as recessões, em escala mundial, das décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da política econômica de John Maynard Keynes.
  • 72. ThorsteinVeblen (1857-1929) é considerado o fundador da escola institucionalista de economia, ao lado de John Commons e deWesley Mitchell. A economia institucionalista nasceu nos Estados Unidos na virada do século XIX para o XX , com o ímpeto de oferecer uma teoria alternativa às escolas de economia que a precederam, sobretudo as clássica, marxista e neoclássica. Escola Institucionalista
  • 73. A visão institucionalista deVeblen propõe uma abordagem evolucionária da economia, fruto da influência direta de Darwin. O pensador propôs um sistema de ciência econômica que teria por mote uma análise não-teleológica, o que ele considerava o principal problema da economia praticada no seu tempo. Para tal ele buscou conceitos sobretudo na biologia evolutiva de Darwin. Escola Institucionalista
  • 74. A economia deThorsteinVeblen é chamada de institucionalista em razão da grande ênfase que o autor de ATeoria da Classe Ociosa coloca sobre o que ele chamou de instituições. Na economia vebleniana, instituições são hábitos, rotinas de conduta bastante arraigadas num determinado momento histórico. Assim, por exemplo, a existência de uma classe de indivíduos que se abstêm do trabalho produtivo, a "classe ociosa", é uma instituição. Escola Institucionalista
  • 75. Outros exemplos de instituições são: 1) a propriedade absenteísta, ou seja, o hábito, bastante presente na economia capitalista, de o dono do negócio não ser exatamente quem cuida pessoalmente dele. 2) a financeirização da riqueza, isto é, a representação do equipamento produtivo da sociedade através de "papéis"; 3) a emulação, que diz respeito ao hábito dos indivíduos de se compararem uns com os outros invejosamente, ou melhor, o desejo das pessoas de serem reconhecidas como melhores que os outros indivíduos. Escola Institucionalista