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25 de Abril de 1974
Revolução dos Cravos
Vera Azevedo – 20
Vitor Peixoto - 22
9º F
Escola
Secundária
Padre
Benjamim
Salgado
Neste trabalho, realizado na disciplina de História, iremos abordar
um dos mais importantes acontecimentos da história portuguesa, o 25 de Abril
de 1974, denominado entre o povo como a Revolução dos Cravos. A Revolução
de 25 de Abril de 1974, que ficou conhecida como a Revolução dos
Cravos, derrubou o regime autoritário iniciado por Salazar quarenta e oito anos
antes e abriu o caminho para a democracia em Portugal.
Esperemos que o trabalho seja do agrado de todos os visualizadores.
Introdução
Fig. 1 – Pintura mural na Chamusca, Coruche
Apesar do seu carácter fechado e repressivo, o regime corporativo fora
profundamente afetado pela década de 1960. Depois da campanha oposicionista do
general Humberto Delgado (assassinado pela polícia política em 1965), a contestação
social e política atingira níveis nunca vistos, ultrapassando os círculos intelectuais e
alastrando aos meios operários e ao movimento estudantil. À medida que se
avançava na década, a Guerra Colonial entretanto iniciada (1961) tornava-se o alvo
especial da oposição - consumia os esforços e as vidas do país e revelava-se como um
combate longo, sangrento e inútil.
Fig. 2 – Soldados portugueses nas matas de Angola
Contestação
doRegime
A solução acabou por vir do lado de quem fazia a guerra: os militares.
No ano de 1973, um dos mais mortíferos da Guerra Colonial, nascia uma conspiração
de oficiais de patente intermédia, descontentes com a duração e as condições do
conflito. Começava o Movimento das Forças Armadas (MFA). Este movimento
politizou-se rapidamente, concluindo pela inevitabilidade do derrube do regime em
Portugal para se poder chegar à paz em África.
Fig. 3 – Símbolo do Movimento das Forças Armadas
Derrubedo
Regime
Depois de um golpe falhado nas Caldas da Rainha, o MFA decidiu
avançar: o major Otelo Saraiva de Carvalho elaborou o plano militar e, na
madrugada de 25 de Abril, a operação “Fim-regime” tomou conta dos pontos
estratégicos da cidade de Lisboa, em especial do aeroporto, da rádio e da televisão.
Lideradas pelo capitão Salgueiro Maia, as forças revoltosas cercaram e tomaram o
quartel do Carmo, onde se refugiara o chefe do governo, Marcelo Caetano. A
revolução foi pacífica, com apenas 4 mortos. Rapidamente, o golpe de estado militar
foi aclamado nas ruas pela população portuguesa, cansada da guerra e da
ditadura, transformando-se o movimento numa imensa explosão social e numa
revolução pacífica, que ficou conhecida no estrangeiro como a “Revolução dos
Cravos”.
Fig. 4 – Salgueiro Maia, a figura principal da Revolução
Derrubedo
Regime
Os cravos nas espingardas têm uma explicação muito óbvia. Após o
comunicado para as pessoas refugiarem em casa, uma florista, tendo os seus cravos
recém-encomendados, parados, decidiu distribuí-los pela população, esta aderiu
efusivamente e rapidamente os cravos chegaram aos soldados, que os puseram nas
pontas das espingardas. A imagem dos cravos passou e ficou famosa, tendo dado o
nome à Revolução de Abril.
Porquêos
Cravos?
Fig. 5 – Espingarda com cravo
Eram 4:26 da madrugada de 25 de Abril de 1974, quando o MFA emite o
seu primeiro comunicado à população, numa emissão do RCP:
“Aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas. As Forças
Armadas portuguesas apelam a todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido
de recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a máxima calma.
Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente
assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos o bom senso dos
comandos das forças militarizadas, no sentido de serem evitados quaisquer
confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderá
conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os
portugueses, o que há que evitar a todo o custo. Não obstante a expressa
preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português,
apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua
acorrência aos hospitais a fim de prestar a sua eventual colaboração, que se deseja,
sinceramente, desnecessária.”
OPrimeiro
Comunicado
http://www.youtube.com/watch?v=zmPAlc9h1GQ&feature=related
“COMUNICADO DAS FORÇAS ARMADAS”
Organismo constituído pelo MFA, após a revolução do 25 de Abril de
1974, com o poder e a legitimidade exclusiva de executar o programa.
A junta era composta por sete membros. Presidida pelo general António
de Spínola, integrava Rosa Coutinho, Pinheiro de Azevedo, Costa Gomes, Jaime
Silvério Marques, Galvão de Melo e Diogo Neto. A agitação e o descontrolo do
processo revolucionário comprometeram as linhas programáticas originais propostas
pela junta, situação agravada com a tentativa de golpe militar de António de
Spínola em 11 de Março de 1975, vindo a fixar-se como dogma o modelo socialista.
O socialismo revolucionário assumiu-se, então, como linha inspiradora da nova
Constituição, por opção do MFA, decisão confirmada por Costa Gomes, então
presidente da República, na abertura da Assembleia Constituinte.
JuntaSalvação
Nacional
http://www.youtube.com/watch?v=hiUWYGu1Qco
“Portugal. Proclamação da Junta de Salvação Nacional
A nacionalização da banca e dos seguros e oinício da ocupação de terras
no Alentejo, foram as medidas da ala esquerdista do MFA. Atravessava-se o célebre
«Verão Quente de 75», em que as divergências sobre as opções dos governos e do
Conselho da Revolução acenderam mesmo o rastilho dos atentados políticos.
No entanto, a movimentação social e sindical ao longo do período
revolucionário, apesar da crescente hegemonia dos comunistas, foi muito
diversificada e complexa, não podendo ser reduzida à ação destes últimos. Tudo isto
se refletiu no acidentado processo que levou à redação da Constituição de 1976.
Pouco depois, tinham lugar as primeiras eleições legislativas livres para a Assembleia
da República, tendo saído vencedor o PS, liderado por Mário Soares. Acabava-se o
ciclo dos governos provisórios e entrava-se numa via de normalização democrática.
Socialismoeregresso
àdemocracia
Fig. 6 – Símbolo do mais importante
partido comunista português
A Revolução dos Cravos, normalmente conhecida como 25 de Abril, foi
conduzido pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), composto por oficiais
intermédios da hierarquia militar, na sua maior parte capitães que tinham
participado na Guerra Colonial e que foram apoiados por oficiais
milicianos, estudantes recrutados, muitos deles universitários. Este movimento nasceu
por volta de 1973, baseado inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta
pelo prestígio das forças armadas, acabando por se estender ao regime político em
vigor. Sem apoios militares, e com a adesão em massa da população ao golpe de
estado, a resistência do regime foi praticamente inexistente, registando-se apenas
quatro mortos em Lisboa pelas balas da PIDE. Implantara-se assim a democracia.
Conclusão
Fig. 7 – Felicidade nas ruas de Lisboa
http://www.educacao.te.pt/professores/index.jsp?p=167&idDossier=50&idDossierCapitu
lo=193&idDossierPagina=426
https://www.google.pt/imghp?hl=pt-BR&tab=wi
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_dos_Cravos
http://www.youtube.com
http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/historia/08_revolucao_dos_cravos.htm
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  • 1. 25 de Abril de 1974 Revolução dos Cravos Vera Azevedo – 20 Vitor Peixoto - 22 9º F Escola Secundária Padre Benjamim Salgado
  • 2. Neste trabalho, realizado na disciplina de História, iremos abordar um dos mais importantes acontecimentos da história portuguesa, o 25 de Abril de 1974, denominado entre o povo como a Revolução dos Cravos. A Revolução de 25 de Abril de 1974, que ficou conhecida como a Revolução dos Cravos, derrubou o regime autoritário iniciado por Salazar quarenta e oito anos antes e abriu o caminho para a democracia em Portugal. Esperemos que o trabalho seja do agrado de todos os visualizadores. Introdução Fig. 1 – Pintura mural na Chamusca, Coruche
  • 3. Apesar do seu carácter fechado e repressivo, o regime corporativo fora profundamente afetado pela década de 1960. Depois da campanha oposicionista do general Humberto Delgado (assassinado pela polícia política em 1965), a contestação social e política atingira níveis nunca vistos, ultrapassando os círculos intelectuais e alastrando aos meios operários e ao movimento estudantil. À medida que se avançava na década, a Guerra Colonial entretanto iniciada (1961) tornava-se o alvo especial da oposição - consumia os esforços e as vidas do país e revelava-se como um combate longo, sangrento e inútil. Fig. 2 – Soldados portugueses nas matas de Angola Contestação doRegime
  • 4. A solução acabou por vir do lado de quem fazia a guerra: os militares. No ano de 1973, um dos mais mortíferos da Guerra Colonial, nascia uma conspiração de oficiais de patente intermédia, descontentes com a duração e as condições do conflito. Começava o Movimento das Forças Armadas (MFA). Este movimento politizou-se rapidamente, concluindo pela inevitabilidade do derrube do regime em Portugal para se poder chegar à paz em África. Fig. 3 – Símbolo do Movimento das Forças Armadas Derrubedo Regime
  • 5. Depois de um golpe falhado nas Caldas da Rainha, o MFA decidiu avançar: o major Otelo Saraiva de Carvalho elaborou o plano militar e, na madrugada de 25 de Abril, a operação “Fim-regime” tomou conta dos pontos estratégicos da cidade de Lisboa, em especial do aeroporto, da rádio e da televisão. Lideradas pelo capitão Salgueiro Maia, as forças revoltosas cercaram e tomaram o quartel do Carmo, onde se refugiara o chefe do governo, Marcelo Caetano. A revolução foi pacífica, com apenas 4 mortos. Rapidamente, o golpe de estado militar foi aclamado nas ruas pela população portuguesa, cansada da guerra e da ditadura, transformando-se o movimento numa imensa explosão social e numa revolução pacífica, que ficou conhecida no estrangeiro como a “Revolução dos Cravos”. Fig. 4 – Salgueiro Maia, a figura principal da Revolução Derrubedo Regime
  • 6. Os cravos nas espingardas têm uma explicação muito óbvia. Após o comunicado para as pessoas refugiarem em casa, uma florista, tendo os seus cravos recém-encomendados, parados, decidiu distribuí-los pela população, esta aderiu efusivamente e rapidamente os cravos chegaram aos soldados, que os puseram nas pontas das espingardas. A imagem dos cravos passou e ficou famosa, tendo dado o nome à Revolução de Abril. Porquêos Cravos? Fig. 5 – Espingarda com cravo
  • 7. Eram 4:26 da madrugada de 25 de Abril de 1974, quando o MFA emite o seu primeiro comunicado à população, numa emissão do RCP: “Aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas. As Forças Armadas portuguesas apelam a todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a máxima calma. Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos o bom senso dos comandos das forças militarizadas, no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os portugueses, o que há que evitar a todo o custo. Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua acorrência aos hospitais a fim de prestar a sua eventual colaboração, que se deseja, sinceramente, desnecessária.” OPrimeiro Comunicado http://www.youtube.com/watch?v=zmPAlc9h1GQ&feature=related “COMUNICADO DAS FORÇAS ARMADAS”
  • 8. Organismo constituído pelo MFA, após a revolução do 25 de Abril de 1974, com o poder e a legitimidade exclusiva de executar o programa. A junta era composta por sete membros. Presidida pelo general António de Spínola, integrava Rosa Coutinho, Pinheiro de Azevedo, Costa Gomes, Jaime Silvério Marques, Galvão de Melo e Diogo Neto. A agitação e o descontrolo do processo revolucionário comprometeram as linhas programáticas originais propostas pela junta, situação agravada com a tentativa de golpe militar de António de Spínola em 11 de Março de 1975, vindo a fixar-se como dogma o modelo socialista. O socialismo revolucionário assumiu-se, então, como linha inspiradora da nova Constituição, por opção do MFA, decisão confirmada por Costa Gomes, então presidente da República, na abertura da Assembleia Constituinte. JuntaSalvação Nacional http://www.youtube.com/watch?v=hiUWYGu1Qco “Portugal. Proclamação da Junta de Salvação Nacional
  • 9. A nacionalização da banca e dos seguros e oinício da ocupação de terras no Alentejo, foram as medidas da ala esquerdista do MFA. Atravessava-se o célebre «Verão Quente de 75», em que as divergências sobre as opções dos governos e do Conselho da Revolução acenderam mesmo o rastilho dos atentados políticos. No entanto, a movimentação social e sindical ao longo do período revolucionário, apesar da crescente hegemonia dos comunistas, foi muito diversificada e complexa, não podendo ser reduzida à ação destes últimos. Tudo isto se refletiu no acidentado processo que levou à redação da Constituição de 1976. Pouco depois, tinham lugar as primeiras eleições legislativas livres para a Assembleia da República, tendo saído vencedor o PS, liderado por Mário Soares. Acabava-se o ciclo dos governos provisórios e entrava-se numa via de normalização democrática. Socialismoeregresso àdemocracia Fig. 6 – Símbolo do mais importante partido comunista português
  • 10. A Revolução dos Cravos, normalmente conhecida como 25 de Abril, foi conduzido pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), composto por oficiais intermédios da hierarquia militar, na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que foram apoiados por oficiais milicianos, estudantes recrutados, muitos deles universitários. Este movimento nasceu por volta de 1973, baseado inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por se estender ao regime político em vigor. Sem apoios militares, e com a adesão em massa da população ao golpe de estado, a resistência do regime foi praticamente inexistente, registando-se apenas quatro mortos em Lisboa pelas balas da PIDE. Implantara-se assim a democracia. Conclusão Fig. 7 – Felicidade nas ruas de Lisboa