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          Izabel de Almeida e Silva
                   Julita Benevides
                          Livia Lage




Alexander S. Neill
BIOGRAFIA:
• Nasceu em 17 de outubro de 1883 em Forfar,
  subúrbio de Edimburgo, na Escócia.

• Seu pai era professor primário e diretor de escola e
  sua mãe, também professora primária, deixou de
  ensinar para educar os filhos.

• Foi o único entre os irmãos a não fazer os estudos
  secundários.

• Começou a trabalhar aos 14 anos, mas também não
  obteve sucesso.
• Aos 15 anos entrou como aluno-monitor na escola
  do pai e aos 19 anos passou no exame nacional que
  autorizava ensinar e pode ser contratado como “ex-
  aluno-mestre”.

• Posteriormente    ensinou   também     em    outras
  instituições.

• Matriculou-se na Universidade de Edimburgo aos 25
  anos e obteve sua licença em letras depois de quatro
  anos de estudo.

• Desenvolveu o gosto pela escrita e tornou-se redator
  chefe da revista da universidade.
• Em 1914, como diretor de uma escola, publicou o seu
  primeiro livro A Dominie’s Log (Diário de um mestre-
  escola do campo), onde já apontava a sua concepção
  pedagógica e o seu descontentamento com a escola
  tradicional.

• Em 1921 fundou Summerhill.

• Casou duas vezes. Sua segunda mulher, Ena Wood
  Neill, administrou Summerhill junto com ele por
  algumas décadas até que a filha do casal, Zoë
  Readhead, assumiu o cargo.

• Faleceu em 23 de setembro de 1973, aos 90 anos.
CONTEXTO HISTÓRICO:
• Pós-Guerra, onde o pensamento libertário se fortalece
  com as críticas à sociedade repressora.
• Crítico da escola tradicional, Neill acreditava ser
  possível construir um mundo melhor por meio da
  escola.
• Princípios radicais que se opunham até às propostas da
  Escola Nova, consideradas de vanguarda. Segundo
  Neill, elas propunham mudanças didáticas mas não
  faziam referência a modificações na sociedade.
INFLUÊNCIAS PSICANALÍTICAS:
• Contato com Homer Lane e Wilhelm Reich
• Crença na bondade original da criança que é
  pervertida pela sociedade
• Atribui à sexualidade papel fundamental         no
  desenvolvimento infantil e na saúde do homem
• Concorda com Reich e discorda de Freud no que diz
  respeito à sublimação dos desejos  desejos devem
  ser satisfeitos e não substituídos
• Utiliza sessões psicoterapêuticas com as crianças 
  “Lições Particulares”
IDEIAS PEDAGÓGICAS:
• Fazer com que a escola se adapte às crianças e não
  ao contrário

• Não há um método de ensino → educação =
  exploração afetiva do si

• Ensinar às crianças através da liberdade e não da
  autoridade

• Deixar que a criança esgote seus desejos e interesses

• A educação deve ser tanto intelectual quanto
  emocional → desenvolvimento humano integral
• A criança é fundamentalmente boa, é a sociedade que
  a perverte

• Disciplina e castigo só geram medo e hostilidade, é
  importante ser sempre sincero com a criança

• Liberdade ≠ Anarquia→ respeito às regras coletivas e
  às pessoas deve ser sempre observado

• O alvo da educação é o encontro da felicidade e da
  vida equilibrada → criança deve esgotar seus desejos
  e interesses naturais
• Não pretende formar seres bem preparados para o
  êxito de mercado; mais importante do que “ter” ou
  “saber” é poder “ser”

• Contra o aprendizado “livresco”: livros escolares não
  tratam do caráter humano → tentativa de
  subordinar o pensamento ao sentimento

• Ensino deve vir sempre depois do brinquedo o que é
  diferente de ensinar através do brinquedo →
  “dourar a pílula”: pois continua-se preso a
  associação entre brincar = perda de tempo.
SUMMERHILL
• Fundada em 1921, estabeleceu-se em Leiston,
  Inglaterra
• Atende crianças de 5 à 15 anos de idade, divididas
  em 3 grupos: 5 - 7; 8 - 10; 11 - 15 em formato de
  pensionato
• No início recebia mais crianças “difíceis”, mas nunca
  aceitou crianças especiais
• Ausência de método de ensino mas presença de
  regras claras estabelecidas pelas assembléias gerais
• Voto de crianças de 6 anos = voto dos adultos
• O papel do professor é descobrir em que reside o
  interesse da criança e ajudá-la a esgotá-lo

• O professor jamais deve insistir, direcionar ou motivar
  a criança ou adolescente a fazer algo que ele
  espontaneamente não demonstre interesse

• Mobiliário simples e despojado de todo refinamento
  opressivo com o objetivo de libertar a criança de
  qualquer amarra ou coação simbólica

• Estrutura simples de divisão do tempo: aulas
  opcionais entre 9:30 e 12:30, tardes livres e algumas
  noites dedicadas à atividades especiais
IMPLICAÇÕES: prós e contras
• Identidade, autonomia e autoconfiança → crianças
  desenvolvem um conhecimento claro sobre si
  mesmas, têm clareza sobre seus desejos, capazes de
  fazer suas próprias escolhas e não são facilmente
  influenciáveis.

• Quando a criança é livre e respeitada ela dificilmente
  será agressiva ou odienta

• Fortalecem seu sentido de cidadania, coletividade,
  respeito mútuo e capacidade colaborativa
• Summerhill é um caso excepcional → dificuldade da
  criança ou adolescente para adaptar-se à outras
  instituições
• Riscos inerentes a autonomia e a liberdade desde
  uma tenra idade → aspectos físicos, emocionais e
  intelectuais
• Excesso de liberdade pedagógica  caso da menina
  que com 17 anos ainda não sabia ler ou escrever
• Vantagens da mistura de idades  troca entre
  crianças e adolescentes
• Liberdade e brincadeira na infância e adolescência →
  adultos com maior maturidade emocional e
  sentimento de autenticidade
CRÍTICAS À PROPOSTA DE NEILL
• Crença/ingenuidade/pensamento carismático X
  embasamento teórico-metodológico
• Círculo vicioso→tanto os sucessos como os fracassos
  servem para corroborar uma doutrina irrefutável
• Ilusão/purismo X desejo da criança é desde sempre
  socializado:influências e estereótipos socioculturais
• Intervenção adulta pode ser importante para
  construir a personalidade da criança
• Noção de capacidades/interesses naturais→
  reproduz a estrutura social estabelecida ao invés de
  subvertê-la
FRASES DE NEILL:
• A função da criança é viver sua própria vida, não a vida
  que seus pais angustiados pensam que ela deve levar,
  nem a que está de acordo com os propósitos de um
  educador que pensa que sabe o melhor.
• Educação de alto nível e diplomas universitários não
  fazem a mínima diferença na confrontação dos males
  da sociedade. Um neurótico letrado não faz diferença
  alguma de um neurótico iletrado.
• O currículo que faz uma costureira em potencial
  estudar raiz quadrada ou a Lei de Boyle é absurdo.
• A maior parte do trabalho escolar que os adolescentes
  fazem é simplesmente desperdício de tempo, de energia,
  de paciência. Rouba à juventude seu direito de brincar,
  brincar e brincar.
• (...)compreendendo que meu trabalho essencial não é
  reformar a sociedade, mas dar felicidade a algumas, a
  poucas crianças.
• O mundo de Montessori é demasiado científico para mim;
  é organizado demais, didático demais. Só a expressão
  “material didático” me dá arrepios.
• Os livros são o material menos importante da escola. Tudo
  o que a criança precisa aprender é ler, escrever, e contar.
  O resto deveria compor-se de ferramentas, argila, esporte,
  teatro, pintura, e liberdade.
• A escola foge à sua finalidade básica: todo o grego, e
  matemática, e história, do mundo, não ajudará a
  fazer o lar mais amável, as crianças livres de inibição,
  os pais livres de neuroses. O próprio futuro de
  Summerhill pode ser de pequena importância. Mas o
  futuro da ideia de Summerhill é da maior
  importância para a humanidade. Novas gerações
  devem receber a oportunidade de crescer libertas. A
  outorga da liberdade é a outorga do amor. E só o
  amor pode salvar o mundo.

• Mas como, dirão, posso saber que o meu ideal é o
  certo? Não posso explicar, eu sei e é só.
BIBLIOGRAFIA:
• GAUTHIER, Clemont. Alexander Neill e a pedagogia
  leberária. IN: GAUTHIER, Clemont e TARDIF, Maurice.
  A Pedagogia, Teorias e práticas da antiguidade aos
  nossos dias. Petrópolis: Vozes, 2010. p.227-251.

• NEILL, Alexander S. Liberdade sem            medo
  (Summerhill). São Paulo: IBRASA, 1966.

• NEILL, Alexander S. Liberdade sem excesso. São
  Paulo: IBRASA, 1967.

• http://www.summerhillschool.co.uk/

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  • 1. Fernanda Diniz Izabel de Almeida e Silva Julita Benevides Livia Lage Alexander S. Neill
  • 2. BIOGRAFIA: • Nasceu em 17 de outubro de 1883 em Forfar, subúrbio de Edimburgo, na Escócia. • Seu pai era professor primário e diretor de escola e sua mãe, também professora primária, deixou de ensinar para educar os filhos. • Foi o único entre os irmãos a não fazer os estudos secundários. • Começou a trabalhar aos 14 anos, mas também não obteve sucesso.
  • 3. • Aos 15 anos entrou como aluno-monitor na escola do pai e aos 19 anos passou no exame nacional que autorizava ensinar e pode ser contratado como “ex- aluno-mestre”. • Posteriormente ensinou também em outras instituições. • Matriculou-se na Universidade de Edimburgo aos 25 anos e obteve sua licença em letras depois de quatro anos de estudo. • Desenvolveu o gosto pela escrita e tornou-se redator chefe da revista da universidade.
  • 4. • Em 1914, como diretor de uma escola, publicou o seu primeiro livro A Dominie’s Log (Diário de um mestre- escola do campo), onde já apontava a sua concepção pedagógica e o seu descontentamento com a escola tradicional. • Em 1921 fundou Summerhill. • Casou duas vezes. Sua segunda mulher, Ena Wood Neill, administrou Summerhill junto com ele por algumas décadas até que a filha do casal, Zoë Readhead, assumiu o cargo. • Faleceu em 23 de setembro de 1973, aos 90 anos.
  • 5. CONTEXTO HISTÓRICO: • Pós-Guerra, onde o pensamento libertário se fortalece com as críticas à sociedade repressora. • Crítico da escola tradicional, Neill acreditava ser possível construir um mundo melhor por meio da escola. • Princípios radicais que se opunham até às propostas da Escola Nova, consideradas de vanguarda. Segundo Neill, elas propunham mudanças didáticas mas não faziam referência a modificações na sociedade.
  • 6. INFLUÊNCIAS PSICANALÍTICAS: • Contato com Homer Lane e Wilhelm Reich • Crença na bondade original da criança que é pervertida pela sociedade • Atribui à sexualidade papel fundamental no desenvolvimento infantil e na saúde do homem • Concorda com Reich e discorda de Freud no que diz respeito à sublimação dos desejos  desejos devem ser satisfeitos e não substituídos • Utiliza sessões psicoterapêuticas com as crianças  “Lições Particulares”
  • 7. IDEIAS PEDAGÓGICAS: • Fazer com que a escola se adapte às crianças e não ao contrário • Não há um método de ensino → educação = exploração afetiva do si • Ensinar às crianças através da liberdade e não da autoridade • Deixar que a criança esgote seus desejos e interesses • A educação deve ser tanto intelectual quanto emocional → desenvolvimento humano integral
  • 8. • A criança é fundamentalmente boa, é a sociedade que a perverte • Disciplina e castigo só geram medo e hostilidade, é importante ser sempre sincero com a criança • Liberdade ≠ Anarquia→ respeito às regras coletivas e às pessoas deve ser sempre observado • O alvo da educação é o encontro da felicidade e da vida equilibrada → criança deve esgotar seus desejos e interesses naturais
  • 9. • Não pretende formar seres bem preparados para o êxito de mercado; mais importante do que “ter” ou “saber” é poder “ser” • Contra o aprendizado “livresco”: livros escolares não tratam do caráter humano → tentativa de subordinar o pensamento ao sentimento • Ensino deve vir sempre depois do brinquedo o que é diferente de ensinar através do brinquedo → “dourar a pílula”: pois continua-se preso a associação entre brincar = perda de tempo.
  • 10. SUMMERHILL • Fundada em 1921, estabeleceu-se em Leiston, Inglaterra • Atende crianças de 5 à 15 anos de idade, divididas em 3 grupos: 5 - 7; 8 - 10; 11 - 15 em formato de pensionato • No início recebia mais crianças “difíceis”, mas nunca aceitou crianças especiais • Ausência de método de ensino mas presença de regras claras estabelecidas pelas assembléias gerais • Voto de crianças de 6 anos = voto dos adultos
  • 11. • O papel do professor é descobrir em que reside o interesse da criança e ajudá-la a esgotá-lo • O professor jamais deve insistir, direcionar ou motivar a criança ou adolescente a fazer algo que ele espontaneamente não demonstre interesse • Mobiliário simples e despojado de todo refinamento opressivo com o objetivo de libertar a criança de qualquer amarra ou coação simbólica • Estrutura simples de divisão do tempo: aulas opcionais entre 9:30 e 12:30, tardes livres e algumas noites dedicadas à atividades especiais
  • 12. IMPLICAÇÕES: prós e contras • Identidade, autonomia e autoconfiança → crianças desenvolvem um conhecimento claro sobre si mesmas, têm clareza sobre seus desejos, capazes de fazer suas próprias escolhas e não são facilmente influenciáveis. • Quando a criança é livre e respeitada ela dificilmente será agressiva ou odienta • Fortalecem seu sentido de cidadania, coletividade, respeito mútuo e capacidade colaborativa
  • 13. • Summerhill é um caso excepcional → dificuldade da criança ou adolescente para adaptar-se à outras instituições • Riscos inerentes a autonomia e a liberdade desde uma tenra idade → aspectos físicos, emocionais e intelectuais • Excesso de liberdade pedagógica  caso da menina que com 17 anos ainda não sabia ler ou escrever • Vantagens da mistura de idades  troca entre crianças e adolescentes • Liberdade e brincadeira na infância e adolescência → adultos com maior maturidade emocional e sentimento de autenticidade
  • 14. CRÍTICAS À PROPOSTA DE NEILL • Crença/ingenuidade/pensamento carismático X embasamento teórico-metodológico • Círculo vicioso→tanto os sucessos como os fracassos servem para corroborar uma doutrina irrefutável • Ilusão/purismo X desejo da criança é desde sempre socializado:influências e estereótipos socioculturais • Intervenção adulta pode ser importante para construir a personalidade da criança • Noção de capacidades/interesses naturais→ reproduz a estrutura social estabelecida ao invés de subvertê-la
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  • 18. FRASES DE NEILL: • A função da criança é viver sua própria vida, não a vida que seus pais angustiados pensam que ela deve levar, nem a que está de acordo com os propósitos de um educador que pensa que sabe o melhor. • Educação de alto nível e diplomas universitários não fazem a mínima diferença na confrontação dos males da sociedade. Um neurótico letrado não faz diferença alguma de um neurótico iletrado. • O currículo que faz uma costureira em potencial estudar raiz quadrada ou a Lei de Boyle é absurdo.
  • 19. • A maior parte do trabalho escolar que os adolescentes fazem é simplesmente desperdício de tempo, de energia, de paciência. Rouba à juventude seu direito de brincar, brincar e brincar. • (...)compreendendo que meu trabalho essencial não é reformar a sociedade, mas dar felicidade a algumas, a poucas crianças. • O mundo de Montessori é demasiado científico para mim; é organizado demais, didático demais. Só a expressão “material didático” me dá arrepios. • Os livros são o material menos importante da escola. Tudo o que a criança precisa aprender é ler, escrever, e contar. O resto deveria compor-se de ferramentas, argila, esporte, teatro, pintura, e liberdade.
  • 20. • A escola foge à sua finalidade básica: todo o grego, e matemática, e história, do mundo, não ajudará a fazer o lar mais amável, as crianças livres de inibição, os pais livres de neuroses. O próprio futuro de Summerhill pode ser de pequena importância. Mas o futuro da ideia de Summerhill é da maior importância para a humanidade. Novas gerações devem receber a oportunidade de crescer libertas. A outorga da liberdade é a outorga do amor. E só o amor pode salvar o mundo. • Mas como, dirão, posso saber que o meu ideal é o certo? Não posso explicar, eu sei e é só.
  • 21. BIBLIOGRAFIA: • GAUTHIER, Clemont. Alexander Neill e a pedagogia leberária. IN: GAUTHIER, Clemont e TARDIF, Maurice. A Pedagogia, Teorias e práticas da antiguidade aos nossos dias. Petrópolis: Vozes, 2010. p.227-251. • NEILL, Alexander S. Liberdade sem medo (Summerhill). São Paulo: IBRASA, 1966. • NEILL, Alexander S. Liberdade sem excesso. São Paulo: IBRASA, 1967. • http://www.summerhillschool.co.uk/