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IBHES – INSTITUTO BELO HORIZONTE DE ENSINO SUPERIOR
              CURSO DE ADMINISTRAÇÃO




       ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
            Trabalho Integrado de Administração




                      BELO HORIZONTE
                           2011
2



                                                 Autores:

Barbara Rafaela Rodrigues Silva.............................................................01500001230
Carina Marques........................................................................................01500001232
Daniel Victor Froes...................................................................................01500001279
Kelly Cristina da Costa Araujo..................................................................02430001220
Naiara da Silva Baldiiotti Coelho..............................................................01500001440
Nayara Duarte Silva.................................................................................01500001275
Shirley da Costa Resende........................................................................01500001301
Valéria Aparecida Paiva Soares...............................................................01500001415
Vanessa Guerra de Faria.........................................................................01500001278
Vinicius Fernando Galvão Otaviano.........................................................01500001439




              PERFIL DA ORGANIZAÇÃO VITALLIS SAÚDE S/A.


  Um estudo sobre a Administração, Contabilidade e Tecnologia da
                             Informação em planos de saúde.




                                          Programa de Iniciação às Práticas Administrativas – trabalho
                                          apresentado como exigência para a avaliação do primeiro
                                          semestre, do curso de Administração da IBHES – Instituto Belo
                                          Horizonte de Ensino Superior, sob orientação do professor
                                          Jailton de Souza.




                                           BELO HORIZONTE
                                                     2011
3




Neste trabalho estudaremos como é
o funcionamento de planos de saúde
através da empresa Vitallis Saúde
S/A      e       seus     processos
administrativos, contábeis e a
tecnologia da informação.
4



                            AGRADECIMENTOS




      Agradecemos primeiramente a Deus, depois aos nossos pais, esposos (as),
namorados (as) e filhos (as), que demonstraram dedicação, paciência e carinho, aos
nossos colegas de equipe, que demonstraram entusiasmo e interesse a
aprendizagem, à instituição IBHES, que nos proporciona todos os ensinamentos
necessários para a evolução intelectual e profissional, ao Sr.Ely Manoel Rosa
Machado, gerente da empresa Vitallis Saúde S/A            pelo apoio dado ao
desenvolvimento desta pesquisa. Por último, não podíamos deixar de agradecer ao
Sr. Prof. Jailton de Souza o apoio, a orientação, e o interesse que sempre
demonstrou, além de todo o carinho, respeito e a compreensão dedicados durante
todo o nosso trabalho.
5



                                                      SUMÁRIO

Introdução ........................................................................................................... 07
Abstract ............................................................................................................... 08


1 – Cobertura de Plano de Saúde Segundo o Tipo de Adesão ao Plano....... 09
         1.1 – Conceitos de Planos de Saúde ......................................................... 10
         1.2 – Quem tem Plano de Saúde no Brasil ................................................ 11
         1.3 – Principais Mudanças dos Planos de Saúde por Adesão................... 14




2 – Evolução dos Planos de Saúde .................................................................. 15
         2.1 – Evolução dos Planos médicos segundo a contratação ..................... 15
         2.2 – Evolução dos aspectos econômicos nos planos de assist. Médica .. 16
         2.3 – Evolução de Preços .......................................................................... 16
         2.4 – Evolução de Custos .......................................................................... 21




3 – A empresa pesquisada ................................................................................ 28
         3.1 – Missão da Empresa .......................................................................... 28
         3.2 – Pontos de atuação ............................................................................ 28
         3.3 – Ambiente competitivo ........................................................................ 29
         3.4 – Perfil Gerencial ................................................................................. 29
         3.5 – Tipos de planos................................................................................. 29
         3.6 – Tecnologia utilizada .......................................................................... 31
         3.7 – Sugestões de Melhoria ..................................................................... 31




4 - Conclusões .................................................................................................... 32


Referências Bibliográficas ................................................................................ 33
6




       INSTITUTO BELO HORIZONTE DE ENSINO SUPERIOR - CURSO DE
                           ADMINISTRAÇÃO

               APS – AULAS PRATICAS SUPERVISIONADAS – 2011

                              FICHA DE AVALIAÇÃO

TURMA/SEMESTRE: AD1Q44-0244 / 2º SEMESTRE

PROF. ORIENTADOR: JAILTON DE SOUZA

EMPRESA: VITALLIS SAÚDE S/A.

    TEMA: Um estudo sobre a Administração, Contabilidade e Tecnologia da
                         Informação em planos de saúde.


                                  TRABALHO ESCRITO



        ASPECTOS AVALIADOS                              PONTUAÇÃO

Formatação e cuidado na apresentação do
                                            0,0   0.1     0,2   0,3   0,4   0,5
relatório

Elementos Pré-Textuais                      0,0   0.1     0,2   0,3   0,4   0,5

Elementos Pós-Textuais                      0,0   0.1     0,2   0,3   0,4   0,5

Ortografia, Clareza e Coerência             0,0   0.1     0,2   0,3   0,4   0,5

Discurso imparcial e não promocional        0,0   0.1     0,2   0,3   0,4   0,5

               CONTEÚDO                                 PONTUAÇÃO

Introdução                                  0,0   0.1     0,2   0,3   0,4   0,5

Descrição do Perfil da Organização          0,0   0.1     0,2   0,3   0,4   0,5

Roteiro Específico                          0,0   0,2     0,4   0,6   0,8   1,0

Fundamentação Teórica                       0,0   0,2     0,4   0,6   0,8   1,0

Conclusão                                   0,0   0,1     0,2   0,3   0,4   0,5

                Nota do Trabalho Escrito:
7




                                    Introdução




      O presente trabalho foi elaborado com o objetivo de compreender o
Comportamento Organizacional em relação à administração da Vitallis com foco nas
áreas de Tecnologia da Informação, Contabilidade no ramo de Planos de Saúde.
Para tal, foram revistos artigos científicos, livros com temas relacionais e pesquisas
em sítios da internet.

      Para vivenciar o tema proposto foram realizadas visitas para observação na
empresa VITALLIS SAÚDE S/A.

      A necessidade do trabalho surgiu como disciplina obrigatória do curso de
Administração de Empresas do Instituto Belo Horizonte de Ensino Superior.

      Um dos maiores desafios para a Vitallis foi à criação do plano de saúde para
os idosos, pois a maioria dos planos de saúde cobram valores exorbitantes devido
ao alto custo que os mesmos causam para os planos de saúdes com o uso
freqüente.
8




                                   ABSTRACT:




      This work was done in order to understand organizational behavior in relation
to the administration of Vitallis focused in the areas of Information Technology,
Accounting in the field of Health Plans To this end, we reviewed scientific articles,
books and research on issues related in websites.

      To experience the theme proposed for observation visits were made in the
company Vitallis HEALTH S / A.

      The necessity of work emerged as a compulsory course in Business
Administration from the IBHES - Belo Horizonte Institute of Higher Education.

      One of the biggest challenges for Vitallis was the creation of health insurance
for the elderly, because most health plans charge exorbitant prices due to high costs
that they cause to health plans with the frequent use
9




      Capítulo 1

      COBERTURA DE PLANO DE SAÚDE SEGUNDO O TIPO DE
      ADESÃO AO PLANO


      Esta subseção apresenta as modalidades de adesão ao plano de saúde
privado: planos de adesão coletiva e planos de adesão voluntária ou individual. Os
planos de adesão coletiva são aqueles adquiridos através do vínculo empregatício e
os planos de adesão voluntária são aqueles onde o indivíduo tem seu plano
comprado diretamente da seguradora. Para separar os dois tipos de adesão ao
plano de saúde utilizamos a variável da PNAD sobre “Quem paga a mensalidade
deste plano de saúde?”14. Como essa variável se refere apenas aos titulares do
plano de saúde, associamos a resposta do titular para os dependentes do plano.
Dessa forma, nosso pressuposto é que pessoas da mesma família que são
dependentes no plano de saúde têm o mesmo tipo de adesão que a do chefe de
família. A separação entre planos de adesão coletiva e individual se justifica uma
vez que o contexto da escolha é diferente e pode ser determinante da existência e
do tipo de cobertura. Planos de adesão coletiva são ofertados pelo empregador que
em geral subsidia o pagamento do prêmio, estabelece as regras de contrato com as
seguradoras e tem maior poder de barganha junto às seguradoras, o que resulta em
prêmios mais reduzidos. No caso dos planos de adesão individual a escolha é feita
diretamente pelos indivíduos e o desenho de cobertura não tem nenhuma restrição
de oferta a priori. Essas modalidades de adesão também podem se diferenciar pelo
sistema de tarifação.

      A literatura propõe dois sistemas principais de tarifação (Van de Vem, 2000).
O primeiro, denominado experience rating, considera o risco individual, ou seja, o
cálculo do prêmio é realizado com base no gasto esperado de cada indivíduo. No
segundo sistema, denominado community rating, o prêmio é calculado com base no
risco médio do grupo de indivíduos que compõem a carteira da seguradora. Os
planos de adesão individual seguem o sistema de tarifação pelo risco enquanto que
10



os planos de adesão coletiva tem a opção de adotar o sistema de taxação pelo risco
médio da carteira.

        Os planos de saúde individuais cobrem cerca 8% da população. Nos anos de
1998 e 2003 ocorreu um discreto aumento da participação desses planos no total da
população com plano (de 32,69% para 35,52%). Os planos coletivos cobrem cerca
de 16% da população. Comparando a cobertura de planos individuais e coletivos
segundo grupos etários, observamos que a cobertura de planos coletivos tende a
diminuir com a idade enquanto que a cobertura por planos individuais tende a
aumentar. Em relação à cobertura segundo sexo, a proporção de mulheres nos
planos individuais é maior que nos planos de adesão coletiva, 56 contra 2% em
2003.



        1.1 – Conceito de Planos de Saúde


        O Plano de Saúde nasceu da necessidade do homem em controlar os riscos
a que está exposto, tais como doenças, acidentes e eventos naturais. Todo risco é
incerto, já que não podemos afirmar se ele ocorrerá. Caso aconteça, é preciso ter
meios para restabelecer a normalidade. Um dos meios encontrados foi à formação
de um grupo de pessoas que colaboram financeiramente para se proteger desse
risco. Ao contratar um Plano de Saúde, os valores pagos individualmente não são
suficientes para cobrir despesas médicas como consultas, exames ou internações.
Mas quando as mensalidades de um grupo de clientes formam uma reserva forte o
suficiente, a operadora de saúde tem condições de arcar com os custos da
assistência prestada. Este princípio chama-se mutualismo.

        Plano de Saúde é um produto oferecido para pessoas que buscam proteção
para sua saúde. São comercializados por Operadoras de saúde, devidamente
habilitadas pela ANS que fiscaliza e regulamenta o setor. Você pode consultar os
dados da sua operadora e do seu plano no Portal Bio Saúde, que disponibiliza um
canal de comunicação com todos os usuários de planos de saúde.

        Ao contratar um plano de saúde o beneficiário passa a ter direito A certas
coberturas. O seu plano lhe oferecerá em sua rede credenciada Hospitais,
11



Laboratórios e Clínicas pagos através de uma mensalidade sem adicionais por uso
de acordo com o Plano Escolhido. Você também pode escolher profissionais ou
instituições de saúde de sua preferência que não fazem parte da rede. Neste caso,
você deve efetuar o pagamento diretamente ao prestador de serviço e depois
solicitar o reembolso à sua operadora mediante apresentação da documentação
necessária, sempre respeitando as coberturas, limites e exclusões contratadas em
seu Plano de Saúde.



      1.2 – Quem tem Plano de Saúde no Brasil?


      Os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por amostra de domicílios) de 1998 e
2003 indicam que cerca de 25% da população possui plano de saúde privado no
Brasil. Entre os indivíduos com plano de saúde, a maioria é de mulheres, cerca de
54%. A literatura empírica mostra que os homens têm, na média, um risco menor
que mulheres, mas esse risco varia dependendo do grupo etário (Van de Vem,
2000). Nas faixas etárias mais elevadas os homens passam a ter um risco maior o
que das mulheres. Uma forma de mensurar esse risco é através do gasto médio. O
gasto médio para homens é inferior ao observado para mulheres, mas essa relação
se inverte nos grupos etários mais elevados. Para o Brasil as evidências empíricas
corroboram esse fato estilizado tanto no setor público como no setor privado (Brito
2005). A presença maior de mulheres na carteira de segurados no Brasil é, portanto
uma evidência de seleção de risco (Maia, 2004).

      A análise da proporção de pessoas com plano de saúde segundo a idade
simples mostra que no Brasil não temos uma concentração em nenhuma idade
específica. Ressalta-se que a partir dos trinta anos de idade, a proporção de
pessoas com plano de saúde tem um discreto aumento. Esse aumento deve estar
associado às adesões de plano de saúde coletivo, visto que esta faixa etária
compreende a parcela da população em idade ativa que já completou o ciclo
escolar. Para analisar como os grupos etários se distribuem na composição da
carteira, segmentamos a população segundo os mesmos 10 grupos propostos na
regulamentação13: 0 a 17; 18 a 29; 30 a 39; 40 a 49; 50 a 59; 60 a 69 e acima de 70
anos. A regulamentação brasileira só permite a discriminação dos indivíduos pelo
12



critério de grupos de idade e impõe através do mecanismo de determinação de
prêmios proposto, uma relação de risco entre os grupos. Esse tipo de política pode
resultar em perdas de bem estar na medida em que pode ocorrer seleção adversa.
(Andrade, 2000) Quanto menos concentrada fora carteira maior o pool de risco que
sociedade está realizando.

      Em relação aos grupos etários vigentes na regulamentação de 98, a figura 3
mostra que a distribuição da população coberta segundo esses grupos é crescente
com a idade. A computação de 1998 com 2003 já evidencia a saída de indivíduos
mais jovens da cobertura privada e ampliação da participação da população idosa.

      O sistema de saúde no Brasil tem como formas de acesso o sistema público e
os serviços privados. Os serviços públicos são financiados pelo Sistema Único de
Saúde (SUS), criado com a Constituição de 1988, tendo sua regulação se
consolidado a partir de 1990.

      O SUS tem como finalidade precípua a garantia de acesso universal em todos
os níveis de atenção. Os serviços privados, por sua vez, são financiados por meio
do sistema de desembolso direto (out of pocket), que se trata do pagamento direto
aos prestadores privados na ocasião da utilização, e pelo sistema de saúde
suplementar.

      O sistema de saúde suplementar é baseado na contratação privada de planos
ou seguros (doravante planos) de saúde. Dentre as diferentes formas de
combinação entre as instâncias pública e privada1, no Brasil a estrutura que se criou
foi à combinação de um sistema único e universal, o SUS, com o sistema
suplementar, no qual a cobertura privada é usada como uma alternativa ao sistema
público. Essa modalidade de contratação se constitui numa importante via de
atendimento ao cidadão. Hoje no Brasil, praticamente a quarta parte da população
esta associada a algum tipo de plano. A regulação desse setor se consolidou a partir
de 1998, com a Lei 9.656/98, que regulamenta os planos, e especialmente a partir
de 2000, com a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (doravante
ANS). Atualmente a regulação tem evoluído no sentido de consolidar os avanços
realizados na área da regulação das empresas e fortalecer os aspectos técnico-
assistenciais.
13



       Ao longo desses anos o número de beneficiários de planos de saúde cresceu
significativamente, apresentando uma distinção marcante quanto ao tipo de
contratação, que pode ser individual/familiar (doravante individual) ou coletiva. A
contratação coletiva em geral está relacionada ao mercado de trabalho pelo fato de
ser o segmento no qual o contratante são pessoas jurídicas, diferente do mercado
individual, no qual o contratante são pessoas físicas.

       Os dois tipos de contratação também apresentam diferenciação relevante na
regulação econômica dos planos de saúde2. Existe uma dinâmica diferenciada em
cada um desses mercados. No universo dos planos individuais, há uma tendência
de que o poder de barganha dos beneficiários seja inferior ao dos planos coletivos,
no qual a negociação é feita por meio de uma pessoa jurídica contratante. Assim, é
que se justifica uma regulação menos intensa por parte do poder público para os
planos coletivos. Uma das características dessa regulação menos rígida são os
reajustes de preços, totalmente livres no mercado coletivo.

       Essa diferenciação de amplitude e intensidade de regulação, bem como da
evolução de beneficiários, suscita a importância da avaliação comparativa entre os
dois tipos de contratação. Nesse contexto, o estudo pretende contribuir com a
reflexão sobre a evolução dos aspectos sócio-econômicos deste mercado.


1
  Os planos e seguros privados de saúde podem prover cobertura para a população sob diferentes
combinações com o sistema público. MAIA et al (2006) informam que a literatura internacional
destaca três formas principais: complementar, substitutiva e suplementar. A forma complementar é
aquela em que o seguro ou plano privado de saúde promove cobertura de serviços de saúde que não
são cobertos pelo sistema público. Na forma substitutiva, esses seguros promovem cobertura a
grupos populacionais excluídos da cobertura do sistema público. Por fim, a suplementar é aquela
onde a cobertura privada por plano ou seguro de saúde é usada como uma alternativa ao sistema
público.
2
  Convém registrar que o diferencial regulatório nem sempre é caracterizado especificamente pelos
recortes coletivo e individual. Por exemplo, os reajustes de planos coletivos de Autogestão não-
patrocinada e com número de vidas inferior a 50 apresentam regulamentação igual ou muito próxima
dos individuais.
14



      No Brasil, o sistema público de saúde foi regulamentado em 1988
determinando acesso universal, integral e gratuito para toda a população e
permitindo a livre atuação do setor privado. O sistema de saúde suplementar cobre
cerca de 25% da população e essa participação tem se mantido praticamente
estável nos últimos 08 anos. Essa opção de sistema institucional embora seja
democrática gera iniqüidades no acesso aos serviços de saúde. Os grupos de status
sócio-econômico mais elevado têm duplo acesso ao sistema. Apesar dessa
iniqüidade a ampliação da população coberta por seguro privado é uma alternativa
interessante do ponto de vista de bem estar social na medida em que pode minorar
o problema de congestão no provimento dos serviços públicos de saúde.




      1.3 – Principais Mudanças dos Planos de Saúde por Adesão



      Os planos de Saúde por Adesão são idealizados para os associados de
entidades   como   sindicatos   e   associações    oferecendo    a   mesma rede de
atendimento e benefícios dos contratos tradicionais de pessoas físicas e jurídicas
firmados com as operadoras de planos de saúde.

      Planos de saúde de Adesão ou Coletivos são os planos feitos por intermédio
de associações.

      As principais mudanças são:

           Só poderão ter reajuste uma vez por ano;
           Não poderá haver reajustes diferenciados para beneficiários de um
      mesmo contrato;
           Não poderá haver distinção entre o valor cobrado dos beneficiários que
      já fazem parte do plano e os que vierem a ser incluídos;
           A rescisão, que antes podia ocorrer a qualquer momento, só será feita
      depois de um ano de contrato e tem de ser comunicada com 60 dias de
      antecedência;
15



             Não podem mais exigir carência do beneficiário que entrar no plano no
       mesmo mês em que o contrato entre a associação e a operadora de saúde foi
       fechado;




       Capítulo 2

       EVOLUÇÃO DOS PLANOS DE SAÚDE




       2.1 – Evolução dos planos de médicos segundo o tipo de
       contratação



       Os planos de saúde apresentam dois tipos de contratação, que são o
individual/familiar, no qual o contratante é uma pessoa física, ou o coletivo, aquele
firmado por intermédio de uma pessoa jurídica (empresa, associação, fundação ou
sindicato).

       Em relação à evolução de beneficiários de planos médicos, observa-se na
que também há uma significativa distinção entre os dois tipos de contratação, no
período de mar/2000 a dez/2006, sendo o crescimento mais intenso para o mercado
coletivo (9 para 26 milhões), em relação ao individual (4 para 8 milhões).
Complementarmente, registra-se que a parcela a ser somada aos dois tipos de
contratação supracitados para atingir o total de beneficiários é o tipo de contratação
“não informado”, que não foi objeto da análise, mas ilustra a melhora da qualidade
da informação, pois o respectivo número de beneficiários evoluiu de cerca de 18
milhões em mar/2000 para 3 milhões em dez/2006 (redução na participação no total
de beneficiários de 58,3% para 8,5%).
16



       Beneficiários de planos médicos segundo tipo de contratação
–mar/2000 a dez/2006


       Tendo em vista a distinção na evolução de beneficiários entre os planos
individuais e coletivos, e a possível associação desse resultado com a diferenciação
na regulação do produto, este trabalho adota como recorte metodológico a
caracterização segundo tipo de contratação, ao sistematizar a regulação econômica
dos planos de saúde médicos, para em seguida avaliar os seus resultados e discutir
as possibilidades de aperfeiçoamento.




       2.2 Evolução dos aspectos econômicos dos planos de
assistência médica.


       Esta seção trata da análise da evolução de indicadores socioeconômicos tais
como receitas (ou preços), despesas e perfil etário de beneficiários dos planos de
saúde de assistência médica (planos médicos) no Brasil, considerando a
segmentação segundo tipo de contratação.




       2.3 - Evolução de preços


       Os reajustes de planos médicos novos são livres apenas para os planos
coletivos, exceto          aqueles sem patrocínio operados por autogestões sem
mantenedor. O restante dos planos médicos novos, especialmente os planos
individuais, pode reajustar seus preços no máximo no nível do índice da ANS,
calculado a partir do comportamento médio do mercado coletivo (exclusive planos
com até 50 beneficiários e os que não têm patrocínio).

       A evolução do índice de reajuste da ANS é ilustrada na Tabela 1, que mostra
também a evolução de diversos índices para comparação, conforme já realizado na
                      12
literatura nacional    . Uma contribuição relevante do presente trabalho é a estimativa
17



da importância, no mercado individual, da variação de preços por motivo de
mudança de faixa etária13, fato este impacta os valores finais das contraprestações
pagas pelos consumidores. Essa estimativa de variação por faixa etária foi acrescida
ao índice de reajuste da ANS, conforme apresentado na Tabela 1, com o objetivo de
ilustrar a variação global de valores no mercado individual. A variação global dos
valores no mercado coletivo é ilustrada pelo próprio índice da ANS, conforme
explicado inicialmente.




    Tabela 1: Evolução das tarifas e dos índices de preços e PIB
nominal


                                                                                                        Acumulado
                                      2000     2001    2002    2003     2004    2005    2006    2007
                                                                                                        2000 a 2007

                       IPCA           5,97%   7,67%   12,53%   9,30%   7,60%    5,69%   3,14%   3,62%     70,58%
   Índices de      IPCA - Planos de
                       Saúde          5,42%   4,28%   8,42%    8,66%   10,51% 12,03% 12,29% 10,72%        99,34%
     Preços
                       IGP-M          9,95%   10,38% 25,31%    8,71%   12,41%   1,21%   3,83%   3,47%    102,80%

  Reajuste Autorizado pela ANS        5,42%   8,71%   7,69%    9,27%   11,75% 11,69%    8,89%   5,76%     93,84%
    Reajuste ANS acrescido do
   impacto da variação de Faixa       8,28%   11,65% 10,61% 12,29% 14,88% 14,82% 12,05%         8,60%    141,02%
              Etária
  Produto interno Bruto Nominal       10,75% 10,40% 13,49% 15,03% 14,21% 10,63%         8,14%   8,42%    136,47%

Fonte: Elaboração própria, com dados do BACEN e TABNET-ANS. Previsão de Crescimento
real do PIB de 4,3% em 2007 (estimativa do IPEA de Jun/2007)




 Para análises da evolução de reajustes de diversos setores regulados comparados aos índices de
preços ver SAINTIVE e CHACUR (2006). Além disso, há estudos específicos sobre a evolução dos
reajustes da ANS, como OCKÉ-REIS e CARDOSO (2006), TEIXEIRA (2006), IDEC (2006) e IESS
(2006). Esse último estudo aponta críticas aos índices de preços e discute algumas das
especificidades dos planos de saúde que não são capturadas nos índices, como aumento da
freqüência de uso, envelhecimento médio da população e aceleração da introdução de novas
tecnologias.
 13
    Este cálculo foi obtido com estimativas a partir da pirâmide etária dos beneficiários de planos de
saúde. A simplificação adotada é a de que todos os planos individuais têm suas variações de faixa
etária no limite estabelecido pela RN Nº 63. Assim, foi utilizada a distribuição de beneficiários
segundo os intervalos de faixas etárias, com a hipótese de distribuição proporcional por cada ano
compreendido neste intervalo.
Sendo assim, foi estimada a população das idades limítrofes em cada uma das faixas etárias, e daí
aplicado o reajuste ao qual estaria submetida. Por fim, foi calculado o impacto médio anual desses
reajustes sobre o conjunto dos beneficiários de planos individuais.
18



        Essa comparação evidencia que os índices de preços têm de um modo geral
e, especificamente nos anos mais recentes, evolução em ritmo inferior ao dos
reajustes concedidos pela ANS. Essa diferença fica mais acentuada quando se
observa os reajustes acrescidos da estimativa da variação de faixas etárias.

        Contudo, os reajustes concedidos pela ANS não são de natureza de preços
strictu sensu posto que consideram variações de preços e de quantidades
(conjuntamente

        (Impregnadas de efeitos de variações de aumento de preços, freqüência de
utilização, introdução de novas tecnologias e mudança de faixas etárias). Trata-se
de um índice de valor (preço multiplicado por quantidade, portanto) cuja comparação
mais adequada é com outros índices da mesma natureza, tais como o PIB Nominal
(que leva em consideração o crescimento físico do Produto acrescido da variação de
preços). Assim, é importante destacar a proximidade que os índices de reajustes dos
planos individuais da ANS apresentaram com a evolução do PIB Nominal, refletindo
uma relativa estabilidade dos gastos com planos de saúde em relação ao PIB,
conforme pode ser constatado na Figura 3.

        Figura 3 - Evolução dos reajustes autorizados pela ANS* e do PIB nominal




                         2000      2001       2002       2003      2004       2005    2006     2007

  Reajuste ANS + Fx Et   8,28      20,89      33,72      50,15     72,49      98,06   121,93   141,02

  PIB Nominal            10,75     22,27      38,76      59,62     82,30     101,86   118,10   136,47
Fonte: Elaboração própria, com dados da ANS e BACEN.
19



Nota: O índice de reajuste autorizado pela ANS foi acrescido dos efeitos das variações de
faixas etárias


       Uma segunda fonte para a avaliação dos impactos da evolução dos preços
em saúde é a informação da receita das operadoras, que também se trata de um
índice de valor, Não foi identificada, nas informações divulgadas pela ANS das
operadoras médico-hospitalares, desagregação desta informação segundo o tipo de
contratação, mas ainda assim, foi calculado o indicador de receita por beneficiário,
pertinente para a presente análise, pois considera a evolução dos preços dos planos
da operadora em geral, incluindo os preços de venda, bem como os reajustes de
quaisquer planos.

       É possível inferir, a partir das informações da Tabela 2 e de novos cálculos
com os dados da Tabela 1, no período de 2001 a 2006, que a variação acumulada
da receita por beneficiários para as operadoras médico-hospitalares (58,17%) é
menor do que a variação acumulada do índice de reajuste da ANS (73,86%),
entendido como representativo do mercado coletivo, e do índice da ANS acrescido
da mudança de faixa etária (104,96%), entendido como representativo do mercado
individual 14. Tal conclusão surpreende à primeira vista, mas sua explicação pode ter
relação com a própria especificidade dos dados de receita, que pelo fato de não
apresentarem     maior    desagregação     não    contemplam      uma    análise    mais
pormenorizada das hipóteses explicativas.
20



                    Tabela 2: Evolução das receitas das operadoras médico-hospitalares




                                                                                Receita por benefício -
                                    Receita de
                                                          Beneficiários -                R$
       INFORMAÇÃO                contraprestações
                                                               (2)
                                      (1) - R$                                    Anual          Mensal

                  2001              21.563.879.788             31.287.966                 689         57
                  2002              25.201.453.836             31.368.085                 803         67
                  2003              27.880.517.964             31.893.487                 874         73
 Período
                  2004              31.513.411.501             33.583.357                 938         78
                  2005              35.195.664.573             35.335.258                 996         83
                  2006              40.734.512.174             37.366.085                1.090        91
              Valor Médio           30.348.239.973             33.472.373                 899         75
             Desvio Padrão            6.963.818.543              2.463.177                142         12

Indicador    Coeficiente de
                                               22,9%                   7,4%          15,8%         15,8%
               Variação
                Variação
                                              88,90%                19,43%          58,17%        58,17%
               Acumulada
Fonte: Elaboração própria, com dados de ANS (2007c), originados do SIB (06/2007) e do
Diops/FIP (04/06/2007).
Nota:
(1) Não são incluídas as Autogestões patrocinadas.
(2) Informações correspondentes aos meses de dezembro.




Mesmo ao se considerar as variações dos reajustes da ANS no conceito de fluxo (somatório de área
relacionado com somatório de área, mais comparável, portanto com as variações das despesas) os
resultados obtidos (59,36% no lugar de 73,86 e 82,80% no lugar de 104,96%) confirmam as
conclusões anteriormente apontadas.

       Numa análise preliminar, esses resultados podem refletir fatores tais como: i)
aumento da participação de beneficiários nas faixas etárias com menor preço; ii)
aumento da participação dos planos odontológicos dentre os planos ofertados pelas
operadoras médicas; iii) variação menos intensa dos preços de venda em função da
competição no mercado; e iv) variação menos intensa dos preços dos planos
antigos.
21



       2.4 - Evolução de custos



       A estrutura das despesas dos planos de saúde pode ser separada, de forma
simplificada, entre as despesas assistenciais, que são relacionadas diretamente à
utilização dos serviços de saúde, e as despesas não-assistenciais, como as
despesas de comercialização, administrativas e outras.

       Em primeiro lugar, analisa-se os dados das despesas assistenciais das
operadoras, um indicador de valor, e não de preços, Não foi identificada, nas
informações   divulgadas    pela   ANS    das    operadoras    médico-hospitalares,
desagregação desta informação segundo o tipo de contratação, mas ainda assim, foi
calculado o indicador de despesa assistencial 14 Mesmo ao se considerar as
variações dos reajustes da ANS no conceito de fluxo (somatório de área relacionado
com somatório de área, mais comparável portanto com as variações das despesas)
os resultados obtidos (59,36% no lugar de 73,86 e 82,80% no lugar de 104,96%)
confirmam as conclusões anteriormente apontadas, por beneficiário, pertinente para
a presente análise, pois considera a evolução das despesas dos planos da
operadora em geral. Como ressalva, registra-se que não foi identificada nas diversas
fontes de informações divulgadas pela ANS série temporal para a variável despesa
das operadoras médico-hospitalares, impossibilitando a análise de sua evolução. Tal
limitação não invalida a presente análise, que tem foco nas especificidades dos
custos em saúde segundo tipo de contratação, e utilizará outras informações para
este fim.
22



      Tabela 3: Evolução da despesa assistencial das operadoras médico-hospitalares




                                                                                  Despesa assistencial
                                      Despesa
                                                           Beneficiários -        por beneficiário - R$
      INFORMAÇÃO                   assistencial (1) -
                                                                (2)
                                          R$                                          Anual     Mensal

                  2001               17.151.926.014             31.287.966                548        46
                  2002               19.949.211.972             31.368.085                636        53
                  2003               22.680.579.881             31.893.487                711        59
 Período
                  2004               25.665.291.661             33.583.357                764        64
                  2005               28.668.306.523             35.335.258                811        68
                  2006               32.461.699.143             37.366.085                869        72
              Valor Médio            24.429.502.532             33.472.373                723        60
            Desvio Padrão              5.658.721.947              2.463.177               117        10

Indicador    Coeficiente de
                                                23,2%                   7,4%           16,2%      16,2%
               Variação
                Variação
                                               89,26%                19,43%           58,47%     58,47%
               Acumulada
Fonte: Elaboração do autor, com dados de ANS (2007c), originados do SIB (06/2007) e do
Diops/FIP (04/06/2007).
Nota:
(1) Não são incluídas as Autogestões patrocinadas.
(2) Informações correspondentes aos meses de dezembro.


      Ao comparar, no conjunto de operadoras médico-hospitalares, as informações
das despesas assistenciais (Tabela 3), com as de receitas (Tabela 2), observa-se
que, conforme esperado, as despesas assistenciais apresentam valores inferiores às
receitas em todos os períodos. Ao calcular o indicador receita / despesa assistencial
(índice de sinistralidade), constata-se que tem comportamento relativamente estável
no período, em torno de 80%, com oscilação de apenas cerca de 1pp. Nesse
período, a variação acumulada das duas variáveis foi bastante próxima, sutilmente
superior para as despesas (58,47%), em relação às receitas (58,17%). Esses dados
conduzem à conclusão de que, não obstante o controle de reajustes de preços e
elevação das despesas assistenciais houve, no geral, tênue recuperação das
margens econômicas das operadoras.

      Em segundo lugar, cabe registrar que o nível das despesas assistenciais é
afetado diretamente por dois componentes, a evolução da quantidade utilizada e a
23



evolução dos custos médios com os procedimentos médicos. No contexto da saúde
suplementar, são utilizados principalmente dois indicadores que refletem esses
componentes (ANS, 2007c, pg. 31). O primeiro é o custo médio dos eventos (CmEv),
que é a relação entre a despesa nos eventos (DeEv) e o número de eventos (Ev), e
reflete, em tese, a evolução da inflação médica, inclusive da variação tecnológica,
relacionada aos custos dos procedimentos, isolando o aumento do impacto da
quantidade utilizada. O segundo é a freqüência média de utilização (FrUt), que é a
relação entre o número de eventos (Ev) e o número de expostos (Ex), e reflete, em
alguma medida, o aumento do grau de utilização dos usuários que têm direito à
utilização dos serviços médicos. Em resumo, os dois indicadores são calculados
dessa forma:



1- CmEv = DeEv
           Ev

2- FrUt = Ev
          Ex

      Esses dois indicadores são calculados com as informações dos Sistema de
Informações de Produtos, e divulgadas pela ANS (2007c) segundo tipo de
contratação (individual, coletivo com patrocinador e coletivo sem patrocinador) e
segundo o tipo de evento (para os planos médicos, são as consultas médicas, as
internações, os exames complementares, as terapias e os outros atendimentos
ambulatoriais), conforme apresentado no Anexo 1 e no Anexo 2.

      Há também um terceiro indicador, o custo médio por exposto (CmEx), que é a
relação entre a despesa nos eventos (DeEv) e o número de expostos (Ex), ou seja,
visa representar a despesa média dos usuários que têm direito à utilização dos
serviços médicos. Dentre os indicadores analisados, este é o mais próximo da
despesa por beneficiário, e, nesse contexto, pode ser comparado com a evolução da
receita média por beneficiário, ou preço, dos planos de saúde. Em termos
algébricos, é possível calcular o Custo médio por exposto por meio da multiplicação
da freqüência de utilização pelo custo médio por evento, conforme demonstrado a
seguir:
24



3- DeEv   =    Ev   x   DeEv
   Ex         Ex        Ev


4- CmEx =     FrUt x    CmEv


      De acordo com essa fórmula, calculou-se o custo médio por exposto, para
cada um dos tipos de procedimentos, e em seguida, estimou-se o custo médio por
exposto em todos os procedimentos, por meio da simples soma dos valores para
cada um dos cinco tipos de procedimentos. Tais estimativas são apresentadas na
Tabela 4. Ao analisar os dados em nível segundo o tipo de contratação, observa-se
que, em todos os períodos, a despesa por exposto dos planos coletivos com
patrocinador é a que apresenta menores níveis, seguida pelos planos individuais,
enquanto os planos coletivos sem patrocinados apresentam os maiores níveis de
despesa por exposto. Observando os dados segundo tipo de procedimento,
percebe-se que os menores níveis de despesa por exposto para os planos coletivos
com patrocinados são verdadeiros para todos os cinco tipos de procedimentos.

      Já na análise da variação acumulada, observa-se que, em termos de despesa
por exposto geral, foi bastante próxima para os três tipos de contratação. Ao avaliar
as informações segundo tipo de procedimento, destaca-se que a maior diferenciação
foi identificada nos outros atendimentos ambulatoriais, que representam uma parcela
reduzida do total da despesa. Para os três tipos de contratação, foi mais significativa
a variação acumulada das terapias. A menor variação acumulada, por sua vez, foi
identificada em exames complementares, para os planos sem patrocínio, e em
outros atendimentos ambulatoriais, para os planos individuais e para os coletivos
com patrocínio.
25



           Tabela 4: Custo médio por exposto, segundo o tipo de evento de assistência médica e o tipo de contratação
do plano



                                                                                                          Coef.
                                                                         Var.         Desvio
    Tipo de evento            2002 2003       2004    2005    2006              Média                       de
                                                                      Acumulada       padrão
                                                                                                         variação
Consultas médicas
Individual e Familiar          133     134      146     162     179         34,9%       151        20      13,0%
Colet. com patrocin.           102     104      112     128     142         39,5%       118        17      14,5%
Colet. sem patrocin.           129     137      152     163     174         34,8%       151        18      12,2%


Internações
Individual e Familiar          271     294      330     326     407         50,5%       326        52      15,9%
Colet. com patrocin.           203     235      245     256     300         47,4%       348        35      14,1%
Colet. sem patrocin.           301     334      377     390     435         44,6%       367        52      14,1%


Exames complem.
Individual e Familiar          182     184      201     223     234         28,5%       204        23      11,3%
Colet. com patrocin.           133     140      150     165     181         36,1%       154        19      12,6%
Colet. sem patrocin.           203     223      231     249     261         28,6%       234        23       9,7%


Terapias
Individual e Familiar            39      51      55      74      72         82,7%        58        15      25,4%
Colet. com patrocin.             26      32      38      46      50         94,2%        38        10      25,8%
Colet. sem patrocin.             49      59      62      84      83         67,4%        67        15      22,7%


Outros at. ambulat.
Individual e Familiar            55      59      68      57      70         27,2%        62          7     10,8%
Colet. com patrocin.             42      44      48      48      51         21,8%        47          4      7,9%
Colet. sem patrocin.             53      53      61      66      75         41,4%        61          9     15,0%


Geral
Individual e Familiar          679     723      799     843     961         41,5%       801       110      13,7%
Colet. com patrocin.           506     556      593     643     724         43,1%       604        84      13,8%
Colet. sem patrocin.   735    806  884   952 1.027       39,8%    881     116    13,1%
Fonte: Elaboração própria, com dados de ANS (2007c), baseados no Sistema de Informações
de Produtos - SIP- ANS/MS - 04/2007.


           Ao comparar com a evolução das despesas assistenciais das informações
contábeis das operadoras, analisadas anteriormente, observa-se que os níveis de
despesas assistenciais por beneficiário (ao ano) não apresentam distinção marcante
com os níveis de custo geral por exposto para os planos individuais e coletivos com
patrocinador, o que é positivo para a validade desse conjunto de dados. Quanto à
26



variação acumulada, de 2002 a 2006, foi superior para a despesa assistencial
contábil por beneficiário (36,6%), em relação ao custo geral médio por exposto para
qualquer um dos três tipos de contratação.

      Com o objetivo de aprofundar a presente análise utilizando as informações de
freqüência de utilização e custo médio por evento, foram calculados os índices de
variação para os diversos tipos de procedimentos médicos, bem como o índice de
variação agregado, considerando para a ponderação o peso do custo médio por
exposto daquele procedimento em relação à soma do custo médio por exposto, que
representa o peso de cada procedimento nos gastos do usuário médio. Desse modo,
foram obtidos os resultados das Tabelas 5 e 6, a seguir.

      As informações da Tabela 5 indicam que a freqüência de utilização
apresentou   crescimento    mais   significativo   para   os   planos   coletivos   com
patrocinados, especialmente em 2005 e 2006, em relação aos outros dois tipos de
planos. Ao avaliar as informações para os tipos de procedimento, infere-se que os
três tipos de contratação obtiveram variação relativamente próxima, resultando nos
mesmo destaques, que são as terapias, como maior variação, e outros atendimentos
ambulatoriais, como diminuição mais intensa.
27



         Tabela 5 - Variação da freqüência média de utilização, segundo o tipo de evento de assistência médica e o
tipo de contratação do plano.



                                                                                                    Var.
     Tipo de evento             2003             2004             2005             2006
                                                                                                 Acumulada
Consultas médicas
Individual e Familiar               -4,2%             1,2%             0,9%             2,7%              0,4%
Colet. com patrocin.                -2,3%             0,2%             3,5%             4,0%              5,3%
Colet. sem patrocin.                 0,3%             3,6%            -1,5%             0,2%              2,6%


Internações
Individual e Familiar               -8,7%            -1,6%            -8,0%             7,0%           -11,6%
Colet. com patrocin.                -0,9%            -8,3%            -5,0%             4,0%           -10,2%
Colet. sem patrocin.                -2,7%            -5,2%          -10,4%              4,2%           -14,0%


Exames complem.
Individual e Familiar               -4,8%             3,8%           19,8%              2,7%            21,6%
Colet. com patrocin.                 2,5%             5,2%           19,3%              3,4%            33,1%
Colet. sem patrocin.                 2,8%             0,8%           20,4%              4,2%            29,9%


Terapias
Individual e Familiar               14,3%           11,2%            24,3%            13,3%             79,0%
Colet. com patrocin.                20,1%           17,9%            21,3%            14,4%            -18,8%
Colet. sem patrocin.                 6,1%           12,6%            13,0%            22,6%            -22,0%


Outros at. ambulat.
Individual e Familiar              -0,06%           0,00%           -0,25%            0,09%            -23,3%
Colet. com patrocin.               -0,05%           -0,03%          -0,16%            0,05%            -18,8%
Colet. sem patrocin.               -0,13%           -0,03%          -0,14%            0,07%            -22,0%


Geral
Individual e Familiar               -5,0%             1,2%             2,8%             5,7%              4,5%
Colet. com patrocin.                 0,6%            -1,2%             4,0%             4,6%              8,1%
Colet. sem patrocin.          -0,7%      -0,7%         1,0%         5,2%          4,7%
Fonte: Elaboração própria, com dados de ANS (2007c), baseados no Sistema de Informações
de Produtos - SIP- ANS/MS - 04/2007.
28



      Capítulo 3

      A EMPRESA PESQUISADA



      A Vitallis é uma empresa no segmento de plano de saúde que atua em todo o
estado de Minas Gerais, com forte atuação na grande BH tendo dois hospitais
próprios, sendo um no Barreiro e o outro no cetro de Belo Horizonte contando
também com dois centros clínicos.

      É sinônimo de saúde inteligente, qualidade de vida e prestação de serviço.
Atua no mercado há mais de 12 anos , contando com os mais capacitados
profissionais da área médica.

      Além de ser de uma operadora moderna, ágil, pronta para oferecer aos
funcionários da sua empresa o melhor produto saúde com adequada relação custo
benefício e alto padrão de atendimento.




      3.1 – Missão da Empresa


      Fornecer excelente assistência médica e contribuir para a melhoria da
qualidade e expectativa de vida de cada um de nossos clientes.




      3.2 – Pontos de atuação


      A maior rede de minas com projetos ousados para credenciamento, a Vitallis
Saúde possui a melhor rede de atendimento no interior de Minas Gerais, inclusive
atendendo repasses de grandes operadoras de outros Estados.
29




       3.3 – Ambiente competitivo


       Hoje a Vitallis é considerada a segunda maior operadora de Minas Gerais, e a
nível Brasil está classificada entre as maiores.




       3.4 – Perfil Gerencial


       Trabalha com hospitais, laboratórios, clinicas, consultórios parceiros e
também com sua rede própria em algumas localidades, o fator de ter um solução
mais rápida das patologias traz um alto grau de satisfação ao seus clientes além do
controle de sinistros, mantendo um equilíbrio técnico com clientes.




       3.5 – Tipos de planos


       A capacidade em criar produtos flexíveis e customizados foi desenvolvida nos
últimos 13 anos de atuação, contando com a gestão de mais de 150.000 vidas
distribuídas em cerca de 5.000 clientes empresariais nos mais diversos segmentos
de mercado, tais como mineração, alimentos, logística, comércio, indústria,
transporte, entre outros.

       A VITALLIS tem como objetivo a pessoalidade no seu atendimento. Criamos
uma vasta rede de escritórios de relacionamento para sempre estar perto dos
beneficiários.

       O foco na qualidade de vida dos seus clientes é um diferencial obtido com a
agilidade no atendimento, a satisfação dos beneficiários e na consolidação de
projetos preventivos e sociais.
30



      Com esse perfil empreendedor, a VITALLIS cria planos sob medida, tornando-
se uma parceira estratégica para gestão de Recursos Humanos de sua empresa.

    Programa Bebê Vitallis: Curso onde são abordados temas sobre os cuidados
      materno infantil e as relações inter-familiares;
    PAD Vitallis: Visa a promoção, manutenção e/ou restauração da saúde e o
      desenvolvimento     e     adaptação    de     suas     funções    de       maneira    a
      restabelecimento da independência e a preservação da autonomia do
      indivíduo no domicílio;
    Grupo Leve Saúde: Visando proporcionar melhor condição de vida para os
      usuários, a Vitallis criou um grupo de acompanhamento nutricional e
      psicológico, que tem como objetivo, oferecer orientações para uma dieta
      saudável, ou seja, reeducação alimentar;
    Gato (Grupo de acompanhamento e tratamento a obesidade): Para este
      grupo são encaminhados, pacientes obesos em grau III, que tem indicação do
      médico endocrinologista, para realizar cirurgia bariátrica;
    Cuidar (grupo de apoio aos cuidadores de pessoas portadoras de
      necessidades    especiais):   Visando       maior    interação   social,    a   Vitallis
      proporcional um encontro mensal entre os cuidadores, onde é estimulada a
      integração da saúde física, emocional e social dos familiares;
    Programa de saúde da melhor idade (PSMI): É o primeiro projeto em Minas
      Gerais disposto a trabalhar com a promoção e prevenção da saúde das
      pessoas idosas. O programa é composto por equipe multiprofissional
      especializada em saúde do idoso, trabalhando com idéias inovadoras para
      incentivar o envelhecimento ativo e integração social.
    Grupo acolher: O Grupo Acolher nasceu da necessidade de orientação aos
      parentes, conjugues e todos aqueles que cuidam de pessoas acamadas e
      impossibilitadas de realizarem o auto-cuidado.
      Em algum ponto de nossas vidas, a maioria de nós vamos nos deparar com a
      necessidade de cuidar de alguém ou até mesmo de sermos cuidados. E quem
      irá nos dar suporte para realização deste trabalho?
      Está é uma reflexão que não podemos nos furtar a fazê-la. A relação
      família/paciente/cuidador na verdade precisa ser trabalhada no âmbito do
      cuidado.
31



       3.6 – Tecnologia utilizada


       A Vitallis conta com uma ampla estrutura tecnológica, call Center próprio com
atendimento 24hs, trazendo agilidade, qualidade, rapidez e eficácia.

       Conta também com um moderno sistema de web : Movimentação cadastral,
consulta de faturas, relatórios e consulta a rede.

       Para facilitar a comunicação interna entre os funcionários contam ainda com o
apoio da intranet (A Intranet simplifica a interação do usuário, tornando fácil o acesso a
aplicações e informações, não importando onde esteja ou qual a plataforma utilizada,
também auxilia no processo de descentralização das informações, da distribuição de dados
e do desenvolvimento de aplicações, além de permitir maior participação do usuário final na
criação destas aplicações).




       3.7 – Sugestões de Melhorias:


       De acordo com as visitas feitas na empresa Vitallis Saúde S/A e após a
realização e o desenvolvimento na empresa, podemos sugerir a mesma uma analise
mensal do atendimento prestado aos seus usuários através de pesquisas, pois e de
suma importância à avaliação constante da qualidade do atendimento prestado aos
usuários.
32



      4 – Conclusão


      O Brasil vem registrando avanços importantes no setor da saúde a partir da
implantação dos planos privados, o que tem favorecido a melhoria das condições da
saúde e contribuindo para a qualidade de vida da população brasileira.

      A Vitallis Saúde configura-se como um sistema básico de saúde no Brasil. A
vitallis e uma operadora moderna, ágil, pronta para oferecer aos usuários o melhor
produto de saúde com adequada relação custo e beneficio e alto padrão de
atendimento em toda Minas Gerais.
33



5 – Referências Bibliográficas

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http://www2.camara.gov.br/internet/publicacoes/estnottec/tema10/2005_7377.pdf

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Análise da Vitallis Saúde S/A: Administração, TI e Contabilidade em Planos de Saúde

  • 1. 1 IBHES – INSTITUTO BELO HORIZONTE DE ENSINO SUPERIOR CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS Trabalho Integrado de Administração BELO HORIZONTE 2011
  • 2. 2 Autores: Barbara Rafaela Rodrigues Silva.............................................................01500001230 Carina Marques........................................................................................01500001232 Daniel Victor Froes...................................................................................01500001279 Kelly Cristina da Costa Araujo..................................................................02430001220 Naiara da Silva Baldiiotti Coelho..............................................................01500001440 Nayara Duarte Silva.................................................................................01500001275 Shirley da Costa Resende........................................................................01500001301 Valéria Aparecida Paiva Soares...............................................................01500001415 Vanessa Guerra de Faria.........................................................................01500001278 Vinicius Fernando Galvão Otaviano.........................................................01500001439 PERFIL DA ORGANIZAÇÃO VITALLIS SAÚDE S/A. Um estudo sobre a Administração, Contabilidade e Tecnologia da Informação em planos de saúde. Programa de Iniciação às Práticas Administrativas – trabalho apresentado como exigência para a avaliação do primeiro semestre, do curso de Administração da IBHES – Instituto Belo Horizonte de Ensino Superior, sob orientação do professor Jailton de Souza. BELO HORIZONTE 2011
  • 3. 3 Neste trabalho estudaremos como é o funcionamento de planos de saúde através da empresa Vitallis Saúde S/A e seus processos administrativos, contábeis e a tecnologia da informação.
  • 4. 4 AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus, depois aos nossos pais, esposos (as), namorados (as) e filhos (as), que demonstraram dedicação, paciência e carinho, aos nossos colegas de equipe, que demonstraram entusiasmo e interesse a aprendizagem, à instituição IBHES, que nos proporciona todos os ensinamentos necessários para a evolução intelectual e profissional, ao Sr.Ely Manoel Rosa Machado, gerente da empresa Vitallis Saúde S/A pelo apoio dado ao desenvolvimento desta pesquisa. Por último, não podíamos deixar de agradecer ao Sr. Prof. Jailton de Souza o apoio, a orientação, e o interesse que sempre demonstrou, além de todo o carinho, respeito e a compreensão dedicados durante todo o nosso trabalho.
  • 5. 5 SUMÁRIO Introdução ........................................................................................................... 07 Abstract ............................................................................................................... 08 1 – Cobertura de Plano de Saúde Segundo o Tipo de Adesão ao Plano....... 09 1.1 – Conceitos de Planos de Saúde ......................................................... 10 1.2 – Quem tem Plano de Saúde no Brasil ................................................ 11 1.3 – Principais Mudanças dos Planos de Saúde por Adesão................... 14 2 – Evolução dos Planos de Saúde .................................................................. 15 2.1 – Evolução dos Planos médicos segundo a contratação ..................... 15 2.2 – Evolução dos aspectos econômicos nos planos de assist. Médica .. 16 2.3 – Evolução de Preços .......................................................................... 16 2.4 – Evolução de Custos .......................................................................... 21 3 – A empresa pesquisada ................................................................................ 28 3.1 – Missão da Empresa .......................................................................... 28 3.2 – Pontos de atuação ............................................................................ 28 3.3 – Ambiente competitivo ........................................................................ 29 3.4 – Perfil Gerencial ................................................................................. 29 3.5 – Tipos de planos................................................................................. 29 3.6 – Tecnologia utilizada .......................................................................... 31 3.7 – Sugestões de Melhoria ..................................................................... 31 4 - Conclusões .................................................................................................... 32 Referências Bibliográficas ................................................................................ 33
  • 6. 6 INSTITUTO BELO HORIZONTE DE ENSINO SUPERIOR - CURSO DE ADMINISTRAÇÃO APS – AULAS PRATICAS SUPERVISIONADAS – 2011 FICHA DE AVALIAÇÃO TURMA/SEMESTRE: AD1Q44-0244 / 2º SEMESTRE PROF. ORIENTADOR: JAILTON DE SOUZA EMPRESA: VITALLIS SAÚDE S/A. TEMA: Um estudo sobre a Administração, Contabilidade e Tecnologia da Informação em planos de saúde. TRABALHO ESCRITO ASPECTOS AVALIADOS PONTUAÇÃO Formatação e cuidado na apresentação do 0,0 0.1 0,2 0,3 0,4 0,5 relatório Elementos Pré-Textuais 0,0 0.1 0,2 0,3 0,4 0,5 Elementos Pós-Textuais 0,0 0.1 0,2 0,3 0,4 0,5 Ortografia, Clareza e Coerência 0,0 0.1 0,2 0,3 0,4 0,5 Discurso imparcial e não promocional 0,0 0.1 0,2 0,3 0,4 0,5 CONTEÚDO PONTUAÇÃO Introdução 0,0 0.1 0,2 0,3 0,4 0,5 Descrição do Perfil da Organização 0,0 0.1 0,2 0,3 0,4 0,5 Roteiro Específico 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 Fundamentação Teórica 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 Conclusão 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 Nota do Trabalho Escrito:
  • 7. 7 Introdução O presente trabalho foi elaborado com o objetivo de compreender o Comportamento Organizacional em relação à administração da Vitallis com foco nas áreas de Tecnologia da Informação, Contabilidade no ramo de Planos de Saúde. Para tal, foram revistos artigos científicos, livros com temas relacionais e pesquisas em sítios da internet. Para vivenciar o tema proposto foram realizadas visitas para observação na empresa VITALLIS SAÚDE S/A. A necessidade do trabalho surgiu como disciplina obrigatória do curso de Administração de Empresas do Instituto Belo Horizonte de Ensino Superior. Um dos maiores desafios para a Vitallis foi à criação do plano de saúde para os idosos, pois a maioria dos planos de saúde cobram valores exorbitantes devido ao alto custo que os mesmos causam para os planos de saúdes com o uso freqüente.
  • 8. 8 ABSTRACT: This work was done in order to understand organizational behavior in relation to the administration of Vitallis focused in the areas of Information Technology, Accounting in the field of Health Plans To this end, we reviewed scientific articles, books and research on issues related in websites. To experience the theme proposed for observation visits were made in the company Vitallis HEALTH S / A. The necessity of work emerged as a compulsory course in Business Administration from the IBHES - Belo Horizonte Institute of Higher Education. One of the biggest challenges for Vitallis was the creation of health insurance for the elderly, because most health plans charge exorbitant prices due to high costs that they cause to health plans with the frequent use
  • 9. 9 Capítulo 1 COBERTURA DE PLANO DE SAÚDE SEGUNDO O TIPO DE ADESÃO AO PLANO Esta subseção apresenta as modalidades de adesão ao plano de saúde privado: planos de adesão coletiva e planos de adesão voluntária ou individual. Os planos de adesão coletiva são aqueles adquiridos através do vínculo empregatício e os planos de adesão voluntária são aqueles onde o indivíduo tem seu plano comprado diretamente da seguradora. Para separar os dois tipos de adesão ao plano de saúde utilizamos a variável da PNAD sobre “Quem paga a mensalidade deste plano de saúde?”14. Como essa variável se refere apenas aos titulares do plano de saúde, associamos a resposta do titular para os dependentes do plano. Dessa forma, nosso pressuposto é que pessoas da mesma família que são dependentes no plano de saúde têm o mesmo tipo de adesão que a do chefe de família. A separação entre planos de adesão coletiva e individual se justifica uma vez que o contexto da escolha é diferente e pode ser determinante da existência e do tipo de cobertura. Planos de adesão coletiva são ofertados pelo empregador que em geral subsidia o pagamento do prêmio, estabelece as regras de contrato com as seguradoras e tem maior poder de barganha junto às seguradoras, o que resulta em prêmios mais reduzidos. No caso dos planos de adesão individual a escolha é feita diretamente pelos indivíduos e o desenho de cobertura não tem nenhuma restrição de oferta a priori. Essas modalidades de adesão também podem se diferenciar pelo sistema de tarifação. A literatura propõe dois sistemas principais de tarifação (Van de Vem, 2000). O primeiro, denominado experience rating, considera o risco individual, ou seja, o cálculo do prêmio é realizado com base no gasto esperado de cada indivíduo. No segundo sistema, denominado community rating, o prêmio é calculado com base no risco médio do grupo de indivíduos que compõem a carteira da seguradora. Os planos de adesão individual seguem o sistema de tarifação pelo risco enquanto que
  • 10. 10 os planos de adesão coletiva tem a opção de adotar o sistema de taxação pelo risco médio da carteira. Os planos de saúde individuais cobrem cerca 8% da população. Nos anos de 1998 e 2003 ocorreu um discreto aumento da participação desses planos no total da população com plano (de 32,69% para 35,52%). Os planos coletivos cobrem cerca de 16% da população. Comparando a cobertura de planos individuais e coletivos segundo grupos etários, observamos que a cobertura de planos coletivos tende a diminuir com a idade enquanto que a cobertura por planos individuais tende a aumentar. Em relação à cobertura segundo sexo, a proporção de mulheres nos planos individuais é maior que nos planos de adesão coletiva, 56 contra 2% em 2003. 1.1 – Conceito de Planos de Saúde O Plano de Saúde nasceu da necessidade do homem em controlar os riscos a que está exposto, tais como doenças, acidentes e eventos naturais. Todo risco é incerto, já que não podemos afirmar se ele ocorrerá. Caso aconteça, é preciso ter meios para restabelecer a normalidade. Um dos meios encontrados foi à formação de um grupo de pessoas que colaboram financeiramente para se proteger desse risco. Ao contratar um Plano de Saúde, os valores pagos individualmente não são suficientes para cobrir despesas médicas como consultas, exames ou internações. Mas quando as mensalidades de um grupo de clientes formam uma reserva forte o suficiente, a operadora de saúde tem condições de arcar com os custos da assistência prestada. Este princípio chama-se mutualismo. Plano de Saúde é um produto oferecido para pessoas que buscam proteção para sua saúde. São comercializados por Operadoras de saúde, devidamente habilitadas pela ANS que fiscaliza e regulamenta o setor. Você pode consultar os dados da sua operadora e do seu plano no Portal Bio Saúde, que disponibiliza um canal de comunicação com todos os usuários de planos de saúde. Ao contratar um plano de saúde o beneficiário passa a ter direito A certas coberturas. O seu plano lhe oferecerá em sua rede credenciada Hospitais,
  • 11. 11 Laboratórios e Clínicas pagos através de uma mensalidade sem adicionais por uso de acordo com o Plano Escolhido. Você também pode escolher profissionais ou instituições de saúde de sua preferência que não fazem parte da rede. Neste caso, você deve efetuar o pagamento diretamente ao prestador de serviço e depois solicitar o reembolso à sua operadora mediante apresentação da documentação necessária, sempre respeitando as coberturas, limites e exclusões contratadas em seu Plano de Saúde. 1.2 – Quem tem Plano de Saúde no Brasil? Os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por amostra de domicílios) de 1998 e 2003 indicam que cerca de 25% da população possui plano de saúde privado no Brasil. Entre os indivíduos com plano de saúde, a maioria é de mulheres, cerca de 54%. A literatura empírica mostra que os homens têm, na média, um risco menor que mulheres, mas esse risco varia dependendo do grupo etário (Van de Vem, 2000). Nas faixas etárias mais elevadas os homens passam a ter um risco maior o que das mulheres. Uma forma de mensurar esse risco é através do gasto médio. O gasto médio para homens é inferior ao observado para mulheres, mas essa relação se inverte nos grupos etários mais elevados. Para o Brasil as evidências empíricas corroboram esse fato estilizado tanto no setor público como no setor privado (Brito 2005). A presença maior de mulheres na carteira de segurados no Brasil é, portanto uma evidência de seleção de risco (Maia, 2004). A análise da proporção de pessoas com plano de saúde segundo a idade simples mostra que no Brasil não temos uma concentração em nenhuma idade específica. Ressalta-se que a partir dos trinta anos de idade, a proporção de pessoas com plano de saúde tem um discreto aumento. Esse aumento deve estar associado às adesões de plano de saúde coletivo, visto que esta faixa etária compreende a parcela da população em idade ativa que já completou o ciclo escolar. Para analisar como os grupos etários se distribuem na composição da carteira, segmentamos a população segundo os mesmos 10 grupos propostos na regulamentação13: 0 a 17; 18 a 29; 30 a 39; 40 a 49; 50 a 59; 60 a 69 e acima de 70 anos. A regulamentação brasileira só permite a discriminação dos indivíduos pelo
  • 12. 12 critério de grupos de idade e impõe através do mecanismo de determinação de prêmios proposto, uma relação de risco entre os grupos. Esse tipo de política pode resultar em perdas de bem estar na medida em que pode ocorrer seleção adversa. (Andrade, 2000) Quanto menos concentrada fora carteira maior o pool de risco que sociedade está realizando. Em relação aos grupos etários vigentes na regulamentação de 98, a figura 3 mostra que a distribuição da população coberta segundo esses grupos é crescente com a idade. A computação de 1998 com 2003 já evidencia a saída de indivíduos mais jovens da cobertura privada e ampliação da participação da população idosa. O sistema de saúde no Brasil tem como formas de acesso o sistema público e os serviços privados. Os serviços públicos são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), criado com a Constituição de 1988, tendo sua regulação se consolidado a partir de 1990. O SUS tem como finalidade precípua a garantia de acesso universal em todos os níveis de atenção. Os serviços privados, por sua vez, são financiados por meio do sistema de desembolso direto (out of pocket), que se trata do pagamento direto aos prestadores privados na ocasião da utilização, e pelo sistema de saúde suplementar. O sistema de saúde suplementar é baseado na contratação privada de planos ou seguros (doravante planos) de saúde. Dentre as diferentes formas de combinação entre as instâncias pública e privada1, no Brasil a estrutura que se criou foi à combinação de um sistema único e universal, o SUS, com o sistema suplementar, no qual a cobertura privada é usada como uma alternativa ao sistema público. Essa modalidade de contratação se constitui numa importante via de atendimento ao cidadão. Hoje no Brasil, praticamente a quarta parte da população esta associada a algum tipo de plano. A regulação desse setor se consolidou a partir de 1998, com a Lei 9.656/98, que regulamenta os planos, e especialmente a partir de 2000, com a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (doravante ANS). Atualmente a regulação tem evoluído no sentido de consolidar os avanços realizados na área da regulação das empresas e fortalecer os aspectos técnico- assistenciais.
  • 13. 13 Ao longo desses anos o número de beneficiários de planos de saúde cresceu significativamente, apresentando uma distinção marcante quanto ao tipo de contratação, que pode ser individual/familiar (doravante individual) ou coletiva. A contratação coletiva em geral está relacionada ao mercado de trabalho pelo fato de ser o segmento no qual o contratante são pessoas jurídicas, diferente do mercado individual, no qual o contratante são pessoas físicas. Os dois tipos de contratação também apresentam diferenciação relevante na regulação econômica dos planos de saúde2. Existe uma dinâmica diferenciada em cada um desses mercados. No universo dos planos individuais, há uma tendência de que o poder de barganha dos beneficiários seja inferior ao dos planos coletivos, no qual a negociação é feita por meio de uma pessoa jurídica contratante. Assim, é que se justifica uma regulação menos intensa por parte do poder público para os planos coletivos. Uma das características dessa regulação menos rígida são os reajustes de preços, totalmente livres no mercado coletivo. Essa diferenciação de amplitude e intensidade de regulação, bem como da evolução de beneficiários, suscita a importância da avaliação comparativa entre os dois tipos de contratação. Nesse contexto, o estudo pretende contribuir com a reflexão sobre a evolução dos aspectos sócio-econômicos deste mercado. 1 Os planos e seguros privados de saúde podem prover cobertura para a população sob diferentes combinações com o sistema público. MAIA et al (2006) informam que a literatura internacional destaca três formas principais: complementar, substitutiva e suplementar. A forma complementar é aquela em que o seguro ou plano privado de saúde promove cobertura de serviços de saúde que não são cobertos pelo sistema público. Na forma substitutiva, esses seguros promovem cobertura a grupos populacionais excluídos da cobertura do sistema público. Por fim, a suplementar é aquela onde a cobertura privada por plano ou seguro de saúde é usada como uma alternativa ao sistema público. 2 Convém registrar que o diferencial regulatório nem sempre é caracterizado especificamente pelos recortes coletivo e individual. Por exemplo, os reajustes de planos coletivos de Autogestão não- patrocinada e com número de vidas inferior a 50 apresentam regulamentação igual ou muito próxima dos individuais.
  • 14. 14 No Brasil, o sistema público de saúde foi regulamentado em 1988 determinando acesso universal, integral e gratuito para toda a população e permitindo a livre atuação do setor privado. O sistema de saúde suplementar cobre cerca de 25% da população e essa participação tem se mantido praticamente estável nos últimos 08 anos. Essa opção de sistema institucional embora seja democrática gera iniqüidades no acesso aos serviços de saúde. Os grupos de status sócio-econômico mais elevado têm duplo acesso ao sistema. Apesar dessa iniqüidade a ampliação da população coberta por seguro privado é uma alternativa interessante do ponto de vista de bem estar social na medida em que pode minorar o problema de congestão no provimento dos serviços públicos de saúde. 1.3 – Principais Mudanças dos Planos de Saúde por Adesão Os planos de Saúde por Adesão são idealizados para os associados de entidades como sindicatos e associações oferecendo a mesma rede de atendimento e benefícios dos contratos tradicionais de pessoas físicas e jurídicas firmados com as operadoras de planos de saúde. Planos de saúde de Adesão ou Coletivos são os planos feitos por intermédio de associações. As principais mudanças são:  Só poderão ter reajuste uma vez por ano;  Não poderá haver reajustes diferenciados para beneficiários de um mesmo contrato;  Não poderá haver distinção entre o valor cobrado dos beneficiários que já fazem parte do plano e os que vierem a ser incluídos;  A rescisão, que antes podia ocorrer a qualquer momento, só será feita depois de um ano de contrato e tem de ser comunicada com 60 dias de antecedência;
  • 15. 15  Não podem mais exigir carência do beneficiário que entrar no plano no mesmo mês em que o contrato entre a associação e a operadora de saúde foi fechado; Capítulo 2 EVOLUÇÃO DOS PLANOS DE SAÚDE 2.1 – Evolução dos planos de médicos segundo o tipo de contratação Os planos de saúde apresentam dois tipos de contratação, que são o individual/familiar, no qual o contratante é uma pessoa física, ou o coletivo, aquele firmado por intermédio de uma pessoa jurídica (empresa, associação, fundação ou sindicato). Em relação à evolução de beneficiários de planos médicos, observa-se na que também há uma significativa distinção entre os dois tipos de contratação, no período de mar/2000 a dez/2006, sendo o crescimento mais intenso para o mercado coletivo (9 para 26 milhões), em relação ao individual (4 para 8 milhões). Complementarmente, registra-se que a parcela a ser somada aos dois tipos de contratação supracitados para atingir o total de beneficiários é o tipo de contratação “não informado”, que não foi objeto da análise, mas ilustra a melhora da qualidade da informação, pois o respectivo número de beneficiários evoluiu de cerca de 18 milhões em mar/2000 para 3 milhões em dez/2006 (redução na participação no total de beneficiários de 58,3% para 8,5%).
  • 16. 16 Beneficiários de planos médicos segundo tipo de contratação –mar/2000 a dez/2006 Tendo em vista a distinção na evolução de beneficiários entre os planos individuais e coletivos, e a possível associação desse resultado com a diferenciação na regulação do produto, este trabalho adota como recorte metodológico a caracterização segundo tipo de contratação, ao sistematizar a regulação econômica dos planos de saúde médicos, para em seguida avaliar os seus resultados e discutir as possibilidades de aperfeiçoamento. 2.2 Evolução dos aspectos econômicos dos planos de assistência médica. Esta seção trata da análise da evolução de indicadores socioeconômicos tais como receitas (ou preços), despesas e perfil etário de beneficiários dos planos de saúde de assistência médica (planos médicos) no Brasil, considerando a segmentação segundo tipo de contratação. 2.3 - Evolução de preços Os reajustes de planos médicos novos são livres apenas para os planos coletivos, exceto aqueles sem patrocínio operados por autogestões sem mantenedor. O restante dos planos médicos novos, especialmente os planos individuais, pode reajustar seus preços no máximo no nível do índice da ANS, calculado a partir do comportamento médio do mercado coletivo (exclusive planos com até 50 beneficiários e os que não têm patrocínio). A evolução do índice de reajuste da ANS é ilustrada na Tabela 1, que mostra também a evolução de diversos índices para comparação, conforme já realizado na 12 literatura nacional . Uma contribuição relevante do presente trabalho é a estimativa
  • 17. 17 da importância, no mercado individual, da variação de preços por motivo de mudança de faixa etária13, fato este impacta os valores finais das contraprestações pagas pelos consumidores. Essa estimativa de variação por faixa etária foi acrescida ao índice de reajuste da ANS, conforme apresentado na Tabela 1, com o objetivo de ilustrar a variação global de valores no mercado individual. A variação global dos valores no mercado coletivo é ilustrada pelo próprio índice da ANS, conforme explicado inicialmente. Tabela 1: Evolução das tarifas e dos índices de preços e PIB nominal Acumulado 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2000 a 2007 IPCA 5,97% 7,67% 12,53% 9,30% 7,60% 5,69% 3,14% 3,62% 70,58% Índices de IPCA - Planos de Saúde 5,42% 4,28% 8,42% 8,66% 10,51% 12,03% 12,29% 10,72% 99,34% Preços IGP-M 9,95% 10,38% 25,31% 8,71% 12,41% 1,21% 3,83% 3,47% 102,80% Reajuste Autorizado pela ANS 5,42% 8,71% 7,69% 9,27% 11,75% 11,69% 8,89% 5,76% 93,84% Reajuste ANS acrescido do impacto da variação de Faixa 8,28% 11,65% 10,61% 12,29% 14,88% 14,82% 12,05% 8,60% 141,02% Etária Produto interno Bruto Nominal 10,75% 10,40% 13,49% 15,03% 14,21% 10,63% 8,14% 8,42% 136,47% Fonte: Elaboração própria, com dados do BACEN e TABNET-ANS. Previsão de Crescimento real do PIB de 4,3% em 2007 (estimativa do IPEA de Jun/2007) Para análises da evolução de reajustes de diversos setores regulados comparados aos índices de preços ver SAINTIVE e CHACUR (2006). Além disso, há estudos específicos sobre a evolução dos reajustes da ANS, como OCKÉ-REIS e CARDOSO (2006), TEIXEIRA (2006), IDEC (2006) e IESS (2006). Esse último estudo aponta críticas aos índices de preços e discute algumas das especificidades dos planos de saúde que não são capturadas nos índices, como aumento da freqüência de uso, envelhecimento médio da população e aceleração da introdução de novas tecnologias. 13 Este cálculo foi obtido com estimativas a partir da pirâmide etária dos beneficiários de planos de saúde. A simplificação adotada é a de que todos os planos individuais têm suas variações de faixa etária no limite estabelecido pela RN Nº 63. Assim, foi utilizada a distribuição de beneficiários segundo os intervalos de faixas etárias, com a hipótese de distribuição proporcional por cada ano compreendido neste intervalo. Sendo assim, foi estimada a população das idades limítrofes em cada uma das faixas etárias, e daí aplicado o reajuste ao qual estaria submetida. Por fim, foi calculado o impacto médio anual desses reajustes sobre o conjunto dos beneficiários de planos individuais.
  • 18. 18 Essa comparação evidencia que os índices de preços têm de um modo geral e, especificamente nos anos mais recentes, evolução em ritmo inferior ao dos reajustes concedidos pela ANS. Essa diferença fica mais acentuada quando se observa os reajustes acrescidos da estimativa da variação de faixas etárias. Contudo, os reajustes concedidos pela ANS não são de natureza de preços strictu sensu posto que consideram variações de preços e de quantidades (conjuntamente (Impregnadas de efeitos de variações de aumento de preços, freqüência de utilização, introdução de novas tecnologias e mudança de faixas etárias). Trata-se de um índice de valor (preço multiplicado por quantidade, portanto) cuja comparação mais adequada é com outros índices da mesma natureza, tais como o PIB Nominal (que leva em consideração o crescimento físico do Produto acrescido da variação de preços). Assim, é importante destacar a proximidade que os índices de reajustes dos planos individuais da ANS apresentaram com a evolução do PIB Nominal, refletindo uma relativa estabilidade dos gastos com planos de saúde em relação ao PIB, conforme pode ser constatado na Figura 3. Figura 3 - Evolução dos reajustes autorizados pela ANS* e do PIB nominal 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Reajuste ANS + Fx Et 8,28 20,89 33,72 50,15 72,49 98,06 121,93 141,02 PIB Nominal 10,75 22,27 38,76 59,62 82,30 101,86 118,10 136,47 Fonte: Elaboração própria, com dados da ANS e BACEN.
  • 19. 19 Nota: O índice de reajuste autorizado pela ANS foi acrescido dos efeitos das variações de faixas etárias Uma segunda fonte para a avaliação dos impactos da evolução dos preços em saúde é a informação da receita das operadoras, que também se trata de um índice de valor, Não foi identificada, nas informações divulgadas pela ANS das operadoras médico-hospitalares, desagregação desta informação segundo o tipo de contratação, mas ainda assim, foi calculado o indicador de receita por beneficiário, pertinente para a presente análise, pois considera a evolução dos preços dos planos da operadora em geral, incluindo os preços de venda, bem como os reajustes de quaisquer planos. É possível inferir, a partir das informações da Tabela 2 e de novos cálculos com os dados da Tabela 1, no período de 2001 a 2006, que a variação acumulada da receita por beneficiários para as operadoras médico-hospitalares (58,17%) é menor do que a variação acumulada do índice de reajuste da ANS (73,86%), entendido como representativo do mercado coletivo, e do índice da ANS acrescido da mudança de faixa etária (104,96%), entendido como representativo do mercado individual 14. Tal conclusão surpreende à primeira vista, mas sua explicação pode ter relação com a própria especificidade dos dados de receita, que pelo fato de não apresentarem maior desagregação não contemplam uma análise mais pormenorizada das hipóteses explicativas.
  • 20. 20 Tabela 2: Evolução das receitas das operadoras médico-hospitalares Receita por benefício - Receita de Beneficiários - R$ INFORMAÇÃO contraprestações (2) (1) - R$ Anual Mensal 2001 21.563.879.788 31.287.966 689 57 2002 25.201.453.836 31.368.085 803 67 2003 27.880.517.964 31.893.487 874 73 Período 2004 31.513.411.501 33.583.357 938 78 2005 35.195.664.573 35.335.258 996 83 2006 40.734.512.174 37.366.085 1.090 91 Valor Médio 30.348.239.973 33.472.373 899 75 Desvio Padrão 6.963.818.543 2.463.177 142 12 Indicador Coeficiente de 22,9% 7,4% 15,8% 15,8% Variação Variação 88,90% 19,43% 58,17% 58,17% Acumulada Fonte: Elaboração própria, com dados de ANS (2007c), originados do SIB (06/2007) e do Diops/FIP (04/06/2007). Nota: (1) Não são incluídas as Autogestões patrocinadas. (2) Informações correspondentes aos meses de dezembro. Mesmo ao se considerar as variações dos reajustes da ANS no conceito de fluxo (somatório de área relacionado com somatório de área, mais comparável, portanto com as variações das despesas) os resultados obtidos (59,36% no lugar de 73,86 e 82,80% no lugar de 104,96%) confirmam as conclusões anteriormente apontadas. Numa análise preliminar, esses resultados podem refletir fatores tais como: i) aumento da participação de beneficiários nas faixas etárias com menor preço; ii) aumento da participação dos planos odontológicos dentre os planos ofertados pelas operadoras médicas; iii) variação menos intensa dos preços de venda em função da competição no mercado; e iv) variação menos intensa dos preços dos planos antigos.
  • 21. 21 2.4 - Evolução de custos A estrutura das despesas dos planos de saúde pode ser separada, de forma simplificada, entre as despesas assistenciais, que são relacionadas diretamente à utilização dos serviços de saúde, e as despesas não-assistenciais, como as despesas de comercialização, administrativas e outras. Em primeiro lugar, analisa-se os dados das despesas assistenciais das operadoras, um indicador de valor, e não de preços, Não foi identificada, nas informações divulgadas pela ANS das operadoras médico-hospitalares, desagregação desta informação segundo o tipo de contratação, mas ainda assim, foi calculado o indicador de despesa assistencial 14 Mesmo ao se considerar as variações dos reajustes da ANS no conceito de fluxo (somatório de área relacionado com somatório de área, mais comparável portanto com as variações das despesas) os resultados obtidos (59,36% no lugar de 73,86 e 82,80% no lugar de 104,96%) confirmam as conclusões anteriormente apontadas, por beneficiário, pertinente para a presente análise, pois considera a evolução das despesas dos planos da operadora em geral. Como ressalva, registra-se que não foi identificada nas diversas fontes de informações divulgadas pela ANS série temporal para a variável despesa das operadoras médico-hospitalares, impossibilitando a análise de sua evolução. Tal limitação não invalida a presente análise, que tem foco nas especificidades dos custos em saúde segundo tipo de contratação, e utilizará outras informações para este fim.
  • 22. 22 Tabela 3: Evolução da despesa assistencial das operadoras médico-hospitalares Despesa assistencial Despesa Beneficiários - por beneficiário - R$ INFORMAÇÃO assistencial (1) - (2) R$ Anual Mensal 2001 17.151.926.014 31.287.966 548 46 2002 19.949.211.972 31.368.085 636 53 2003 22.680.579.881 31.893.487 711 59 Período 2004 25.665.291.661 33.583.357 764 64 2005 28.668.306.523 35.335.258 811 68 2006 32.461.699.143 37.366.085 869 72 Valor Médio 24.429.502.532 33.472.373 723 60 Desvio Padrão 5.658.721.947 2.463.177 117 10 Indicador Coeficiente de 23,2% 7,4% 16,2% 16,2% Variação Variação 89,26% 19,43% 58,47% 58,47% Acumulada Fonte: Elaboração do autor, com dados de ANS (2007c), originados do SIB (06/2007) e do Diops/FIP (04/06/2007). Nota: (1) Não são incluídas as Autogestões patrocinadas. (2) Informações correspondentes aos meses de dezembro. Ao comparar, no conjunto de operadoras médico-hospitalares, as informações das despesas assistenciais (Tabela 3), com as de receitas (Tabela 2), observa-se que, conforme esperado, as despesas assistenciais apresentam valores inferiores às receitas em todos os períodos. Ao calcular o indicador receita / despesa assistencial (índice de sinistralidade), constata-se que tem comportamento relativamente estável no período, em torno de 80%, com oscilação de apenas cerca de 1pp. Nesse período, a variação acumulada das duas variáveis foi bastante próxima, sutilmente superior para as despesas (58,47%), em relação às receitas (58,17%). Esses dados conduzem à conclusão de que, não obstante o controle de reajustes de preços e elevação das despesas assistenciais houve, no geral, tênue recuperação das margens econômicas das operadoras. Em segundo lugar, cabe registrar que o nível das despesas assistenciais é afetado diretamente por dois componentes, a evolução da quantidade utilizada e a
  • 23. 23 evolução dos custos médios com os procedimentos médicos. No contexto da saúde suplementar, são utilizados principalmente dois indicadores que refletem esses componentes (ANS, 2007c, pg. 31). O primeiro é o custo médio dos eventos (CmEv), que é a relação entre a despesa nos eventos (DeEv) e o número de eventos (Ev), e reflete, em tese, a evolução da inflação médica, inclusive da variação tecnológica, relacionada aos custos dos procedimentos, isolando o aumento do impacto da quantidade utilizada. O segundo é a freqüência média de utilização (FrUt), que é a relação entre o número de eventos (Ev) e o número de expostos (Ex), e reflete, em alguma medida, o aumento do grau de utilização dos usuários que têm direito à utilização dos serviços médicos. Em resumo, os dois indicadores são calculados dessa forma: 1- CmEv = DeEv Ev 2- FrUt = Ev Ex Esses dois indicadores são calculados com as informações dos Sistema de Informações de Produtos, e divulgadas pela ANS (2007c) segundo tipo de contratação (individual, coletivo com patrocinador e coletivo sem patrocinador) e segundo o tipo de evento (para os planos médicos, são as consultas médicas, as internações, os exames complementares, as terapias e os outros atendimentos ambulatoriais), conforme apresentado no Anexo 1 e no Anexo 2. Há também um terceiro indicador, o custo médio por exposto (CmEx), que é a relação entre a despesa nos eventos (DeEv) e o número de expostos (Ex), ou seja, visa representar a despesa média dos usuários que têm direito à utilização dos serviços médicos. Dentre os indicadores analisados, este é o mais próximo da despesa por beneficiário, e, nesse contexto, pode ser comparado com a evolução da receita média por beneficiário, ou preço, dos planos de saúde. Em termos algébricos, é possível calcular o Custo médio por exposto por meio da multiplicação da freqüência de utilização pelo custo médio por evento, conforme demonstrado a seguir:
  • 24. 24 3- DeEv = Ev x DeEv Ex Ex Ev 4- CmEx = FrUt x CmEv De acordo com essa fórmula, calculou-se o custo médio por exposto, para cada um dos tipos de procedimentos, e em seguida, estimou-se o custo médio por exposto em todos os procedimentos, por meio da simples soma dos valores para cada um dos cinco tipos de procedimentos. Tais estimativas são apresentadas na Tabela 4. Ao analisar os dados em nível segundo o tipo de contratação, observa-se que, em todos os períodos, a despesa por exposto dos planos coletivos com patrocinador é a que apresenta menores níveis, seguida pelos planos individuais, enquanto os planos coletivos sem patrocinados apresentam os maiores níveis de despesa por exposto. Observando os dados segundo tipo de procedimento, percebe-se que os menores níveis de despesa por exposto para os planos coletivos com patrocinados são verdadeiros para todos os cinco tipos de procedimentos. Já na análise da variação acumulada, observa-se que, em termos de despesa por exposto geral, foi bastante próxima para os três tipos de contratação. Ao avaliar as informações segundo tipo de procedimento, destaca-se que a maior diferenciação foi identificada nos outros atendimentos ambulatoriais, que representam uma parcela reduzida do total da despesa. Para os três tipos de contratação, foi mais significativa a variação acumulada das terapias. A menor variação acumulada, por sua vez, foi identificada em exames complementares, para os planos sem patrocínio, e em outros atendimentos ambulatoriais, para os planos individuais e para os coletivos com patrocínio.
  • 25. 25 Tabela 4: Custo médio por exposto, segundo o tipo de evento de assistência médica e o tipo de contratação do plano Coef. Var. Desvio Tipo de evento 2002 2003 2004 2005 2006 Média de Acumulada padrão variação Consultas médicas Individual e Familiar 133 134 146 162 179 34,9% 151 20 13,0% Colet. com patrocin. 102 104 112 128 142 39,5% 118 17 14,5% Colet. sem patrocin. 129 137 152 163 174 34,8% 151 18 12,2% Internações Individual e Familiar 271 294 330 326 407 50,5% 326 52 15,9% Colet. com patrocin. 203 235 245 256 300 47,4% 348 35 14,1% Colet. sem patrocin. 301 334 377 390 435 44,6% 367 52 14,1% Exames complem. Individual e Familiar 182 184 201 223 234 28,5% 204 23 11,3% Colet. com patrocin. 133 140 150 165 181 36,1% 154 19 12,6% Colet. sem patrocin. 203 223 231 249 261 28,6% 234 23 9,7% Terapias Individual e Familiar 39 51 55 74 72 82,7% 58 15 25,4% Colet. com patrocin. 26 32 38 46 50 94,2% 38 10 25,8% Colet. sem patrocin. 49 59 62 84 83 67,4% 67 15 22,7% Outros at. ambulat. Individual e Familiar 55 59 68 57 70 27,2% 62 7 10,8% Colet. com patrocin. 42 44 48 48 51 21,8% 47 4 7,9% Colet. sem patrocin. 53 53 61 66 75 41,4% 61 9 15,0% Geral Individual e Familiar 679 723 799 843 961 41,5% 801 110 13,7% Colet. com patrocin. 506 556 593 643 724 43,1% 604 84 13,8% Colet. sem patrocin. 735 806 884 952 1.027 39,8% 881 116 13,1% Fonte: Elaboração própria, com dados de ANS (2007c), baseados no Sistema de Informações de Produtos - SIP- ANS/MS - 04/2007. Ao comparar com a evolução das despesas assistenciais das informações contábeis das operadoras, analisadas anteriormente, observa-se que os níveis de despesas assistenciais por beneficiário (ao ano) não apresentam distinção marcante com os níveis de custo geral por exposto para os planos individuais e coletivos com patrocinador, o que é positivo para a validade desse conjunto de dados. Quanto à
  • 26. 26 variação acumulada, de 2002 a 2006, foi superior para a despesa assistencial contábil por beneficiário (36,6%), em relação ao custo geral médio por exposto para qualquer um dos três tipos de contratação. Com o objetivo de aprofundar a presente análise utilizando as informações de freqüência de utilização e custo médio por evento, foram calculados os índices de variação para os diversos tipos de procedimentos médicos, bem como o índice de variação agregado, considerando para a ponderação o peso do custo médio por exposto daquele procedimento em relação à soma do custo médio por exposto, que representa o peso de cada procedimento nos gastos do usuário médio. Desse modo, foram obtidos os resultados das Tabelas 5 e 6, a seguir. As informações da Tabela 5 indicam que a freqüência de utilização apresentou crescimento mais significativo para os planos coletivos com patrocinados, especialmente em 2005 e 2006, em relação aos outros dois tipos de planos. Ao avaliar as informações para os tipos de procedimento, infere-se que os três tipos de contratação obtiveram variação relativamente próxima, resultando nos mesmo destaques, que são as terapias, como maior variação, e outros atendimentos ambulatoriais, como diminuição mais intensa.
  • 27. 27 Tabela 5 - Variação da freqüência média de utilização, segundo o tipo de evento de assistência médica e o tipo de contratação do plano. Var. Tipo de evento 2003 2004 2005 2006 Acumulada Consultas médicas Individual e Familiar -4,2% 1,2% 0,9% 2,7% 0,4% Colet. com patrocin. -2,3% 0,2% 3,5% 4,0% 5,3% Colet. sem patrocin. 0,3% 3,6% -1,5% 0,2% 2,6% Internações Individual e Familiar -8,7% -1,6% -8,0% 7,0% -11,6% Colet. com patrocin. -0,9% -8,3% -5,0% 4,0% -10,2% Colet. sem patrocin. -2,7% -5,2% -10,4% 4,2% -14,0% Exames complem. Individual e Familiar -4,8% 3,8% 19,8% 2,7% 21,6% Colet. com patrocin. 2,5% 5,2% 19,3% 3,4% 33,1% Colet. sem patrocin. 2,8% 0,8% 20,4% 4,2% 29,9% Terapias Individual e Familiar 14,3% 11,2% 24,3% 13,3% 79,0% Colet. com patrocin. 20,1% 17,9% 21,3% 14,4% -18,8% Colet. sem patrocin. 6,1% 12,6% 13,0% 22,6% -22,0% Outros at. ambulat. Individual e Familiar -0,06% 0,00% -0,25% 0,09% -23,3% Colet. com patrocin. -0,05% -0,03% -0,16% 0,05% -18,8% Colet. sem patrocin. -0,13% -0,03% -0,14% 0,07% -22,0% Geral Individual e Familiar -5,0% 1,2% 2,8% 5,7% 4,5% Colet. com patrocin. 0,6% -1,2% 4,0% 4,6% 8,1% Colet. sem patrocin. -0,7% -0,7% 1,0% 5,2% 4,7% Fonte: Elaboração própria, com dados de ANS (2007c), baseados no Sistema de Informações de Produtos - SIP- ANS/MS - 04/2007.
  • 28. 28 Capítulo 3 A EMPRESA PESQUISADA A Vitallis é uma empresa no segmento de plano de saúde que atua em todo o estado de Minas Gerais, com forte atuação na grande BH tendo dois hospitais próprios, sendo um no Barreiro e o outro no cetro de Belo Horizonte contando também com dois centros clínicos. É sinônimo de saúde inteligente, qualidade de vida e prestação de serviço. Atua no mercado há mais de 12 anos , contando com os mais capacitados profissionais da área médica. Além de ser de uma operadora moderna, ágil, pronta para oferecer aos funcionários da sua empresa o melhor produto saúde com adequada relação custo benefício e alto padrão de atendimento. 3.1 – Missão da Empresa Fornecer excelente assistência médica e contribuir para a melhoria da qualidade e expectativa de vida de cada um de nossos clientes. 3.2 – Pontos de atuação A maior rede de minas com projetos ousados para credenciamento, a Vitallis Saúde possui a melhor rede de atendimento no interior de Minas Gerais, inclusive atendendo repasses de grandes operadoras de outros Estados.
  • 29. 29 3.3 – Ambiente competitivo Hoje a Vitallis é considerada a segunda maior operadora de Minas Gerais, e a nível Brasil está classificada entre as maiores. 3.4 – Perfil Gerencial Trabalha com hospitais, laboratórios, clinicas, consultórios parceiros e também com sua rede própria em algumas localidades, o fator de ter um solução mais rápida das patologias traz um alto grau de satisfação ao seus clientes além do controle de sinistros, mantendo um equilíbrio técnico com clientes. 3.5 – Tipos de planos A capacidade em criar produtos flexíveis e customizados foi desenvolvida nos últimos 13 anos de atuação, contando com a gestão de mais de 150.000 vidas distribuídas em cerca de 5.000 clientes empresariais nos mais diversos segmentos de mercado, tais como mineração, alimentos, logística, comércio, indústria, transporte, entre outros. A VITALLIS tem como objetivo a pessoalidade no seu atendimento. Criamos uma vasta rede de escritórios de relacionamento para sempre estar perto dos beneficiários. O foco na qualidade de vida dos seus clientes é um diferencial obtido com a agilidade no atendimento, a satisfação dos beneficiários e na consolidação de projetos preventivos e sociais.
  • 30. 30 Com esse perfil empreendedor, a VITALLIS cria planos sob medida, tornando- se uma parceira estratégica para gestão de Recursos Humanos de sua empresa.  Programa Bebê Vitallis: Curso onde são abordados temas sobre os cuidados materno infantil e as relações inter-familiares;  PAD Vitallis: Visa a promoção, manutenção e/ou restauração da saúde e o desenvolvimento e adaptação de suas funções de maneira a restabelecimento da independência e a preservação da autonomia do indivíduo no domicílio;  Grupo Leve Saúde: Visando proporcionar melhor condição de vida para os usuários, a Vitallis criou um grupo de acompanhamento nutricional e psicológico, que tem como objetivo, oferecer orientações para uma dieta saudável, ou seja, reeducação alimentar;  Gato (Grupo de acompanhamento e tratamento a obesidade): Para este grupo são encaminhados, pacientes obesos em grau III, que tem indicação do médico endocrinologista, para realizar cirurgia bariátrica;  Cuidar (grupo de apoio aos cuidadores de pessoas portadoras de necessidades especiais): Visando maior interação social, a Vitallis proporcional um encontro mensal entre os cuidadores, onde é estimulada a integração da saúde física, emocional e social dos familiares;  Programa de saúde da melhor idade (PSMI): É o primeiro projeto em Minas Gerais disposto a trabalhar com a promoção e prevenção da saúde das pessoas idosas. O programa é composto por equipe multiprofissional especializada em saúde do idoso, trabalhando com idéias inovadoras para incentivar o envelhecimento ativo e integração social.  Grupo acolher: O Grupo Acolher nasceu da necessidade de orientação aos parentes, conjugues e todos aqueles que cuidam de pessoas acamadas e impossibilitadas de realizarem o auto-cuidado. Em algum ponto de nossas vidas, a maioria de nós vamos nos deparar com a necessidade de cuidar de alguém ou até mesmo de sermos cuidados. E quem irá nos dar suporte para realização deste trabalho? Está é uma reflexão que não podemos nos furtar a fazê-la. A relação família/paciente/cuidador na verdade precisa ser trabalhada no âmbito do cuidado.
  • 31. 31 3.6 – Tecnologia utilizada A Vitallis conta com uma ampla estrutura tecnológica, call Center próprio com atendimento 24hs, trazendo agilidade, qualidade, rapidez e eficácia. Conta também com um moderno sistema de web : Movimentação cadastral, consulta de faturas, relatórios e consulta a rede. Para facilitar a comunicação interna entre os funcionários contam ainda com o apoio da intranet (A Intranet simplifica a interação do usuário, tornando fácil o acesso a aplicações e informações, não importando onde esteja ou qual a plataforma utilizada, também auxilia no processo de descentralização das informações, da distribuição de dados e do desenvolvimento de aplicações, além de permitir maior participação do usuário final na criação destas aplicações). 3.7 – Sugestões de Melhorias: De acordo com as visitas feitas na empresa Vitallis Saúde S/A e após a realização e o desenvolvimento na empresa, podemos sugerir a mesma uma analise mensal do atendimento prestado aos seus usuários através de pesquisas, pois e de suma importância à avaliação constante da qualidade do atendimento prestado aos usuários.
  • 32. 32 4 – Conclusão O Brasil vem registrando avanços importantes no setor da saúde a partir da implantação dos planos privados, o que tem favorecido a melhoria das condições da saúde e contribuindo para a qualidade de vida da população brasileira. A Vitallis Saúde configura-se como um sistema básico de saúde no Brasil. A vitallis e uma operadora moderna, ágil, pronta para oferecer aos usuários o melhor produto de saúde com adequada relação custo e beneficio e alto padrão de atendimento em toda Minas Gerais.
  • 33. 33 5 – Referências Bibliográficas ANDRADE, M. V. LISBOA, M. B. Velhos dilemas no provimento de bens e serviços de saúde: uma comparação dos casos canadense, inglês e americano. Nova Economia, v.10, n.2, p.73- 115, dez. 2000. ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar. Home Page. Disponível em: <http://www.ans.gov.br>. FOUBISTER, T.; THOMSON, S.; MOSSIALOS, E.; McGUIRE, A. Private medical insurance in the United Kingdom. European Observatory on Health Systems and Policies, 2006. MAIA, A.C. Seleção Adversa e Risco Moral no Sistema de Saúde Suplementar Brasileiro. Dissertação de mestrado em Economia. CEDEPLAR. UFMG. 2004. MOSSIALOS, E. THOMSON, S. Voluntary health insurance in the Europe Union. European Observatory on Health Care Systems and London School of Economics and Political Science. Report prepared for Directorate General for Employment and Social Affairs of the European Commissions, 27 February, 2002. ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT - OECD. Health at a Glance: OECD Indicators 2005. ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT – OECD Private Health Insurance in OECD Countries. The OECD Health Projects, 2004 VAN DE VEM, W. P. M. M., ELLIS, R. P. Risk adjustment in competitive health plan markets. In: CULYER, A. J., NEWHOUSE, J.P. (Eds.) Handbook of health economics. Amsterdam: North-Holland, 2000. v.1A, part.3, p.757-845. WOOLDRIGE, J. M. Econometric analysis of cross section and panel data. Cambridge, Mass.: MIT, 2002. 752p.
  • 34. 34 Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Regulação e Saúde: Planos odontológicos: uma abordagem econômica no contexto regulatório. Elisabeth Covre e Sandro Leal Alves. Série Regulação e Saúde, v.2. 2002. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Reajuste de mensalidade: Conceitos básicos, reajuste por variação de custos, reajuste por mudança de faixa etária. 2. ed. rev. ampl., 2005a. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Carência, doenças e lesões preexistentes, urgência e emergência: prazos de carência, cheque-caução, preenchimento da declaração de saúde. 3. ed. rev. ampl., 2005b. ALMEIDA, Célia. O mercado privado de serviços de saúde no Brasil: panorama atual e tendências da assistência médica suplementar, Texto para Discussão nº 599, IPEA, Brasília: 1998. BAHIA, Ligia. Private health plans: light and shadow in the 1990s health sector debate. Ciênc. saúde coletiva., Rio de Janeiro, v. 6, n. 2, 2001. BAHIA, Ligia; LUIZ, Ronir Raggio. Informações sobre coberturas e preços de planos e seguros privados de saúde: as perspectivas da complementaridade entre fontes administrativas e de base populacional. Ciência & Saúde Coletiva, vol.11, n.4, pp.878- 880, 2006, BAHIA, Ligia; LUIZ, Ronir Raggio; SALM, Cláudio et al. O mercado de planos e seguros de saúde no Brasil: uma abordagem exploratória sobre a estratificação das demandas segundo a PNAD 2003. Ciênc. saúde coletiva., Rio de Janeiro, v. 11, n. 4, pp. 951-965 2006. BAUMOL, W. e BLACKMAN, S. “Perfect Markets and Easy Virtue: Business ethics and the invisible hand”. 1992.
  • 35. 35 BRASIL (1998), Lei 9.656, de 03 de junho de 1998 - atualizada até a medida provisória n° 2.177-44, de 24 de agosto de 2001 – dispõe sobre os planos e seguros provados de assistência à saúde. Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). Saúde Suplementar. Coleção Progestores – Para entender a gestão do SUS, vol. 11. Brasília, 2007. Disponível em: http://www.ans.gov.br/portal/upload/biblioteca/11_Saúde%20Suplementar.pdf Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC). Planos de saúde: nove anos após a Lei 9.656/98. São Paulo, 2007. GERSCHMAN, S. O setor filantrópico e alguns desafios para as políticas públicas em saúde. Revista de Administração Pública, vol.37. no.2, 2003. Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC). Estudo sobre os reajustes anuais de planos de saúde e a atuação da ANS na regulação dessa questão. São Paulo, 2006. Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Inflação, conceitos e metodologia e os limites a sua aplicabilidade nos reajustes de planos de saúde. Série IESS 002/2006. São Paulo. Disponível em: http://www.iess.org.br/html/serie_iess_2006002.pdf Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). A nova dinâmica dos planos de saúde. São Paulo, maio de 2007. Disponível em: http://www.iess.org.br/html/SerieIESS200702caderno.pdf MACERA, Andréa Pereira; SAINTIVE, Marcelo Barbosa. O mercado de saúde suplementar no Brasil. SEAE/MF, Documento de Trabalho n° 31, 2004.
  • 36. 36 MAIA, Ana Carolina; ANDRADE, Mônica Viegas; RIBEIRO, Miriam Martins; BRITO, Rubens José Amaral. Estudo sobre a regulação do setor brasileiro de planos de saúde. SEAE/MF, Documento de trabalho nº 37, 2006. MONTONE, Januário. Evolução e desafio da regulação do setor de saúde suplementar. In: Agência Nacional de Saúde Suplementar. Documentos de apoio ao Fórum de Saúde Suplementar de 2003: Regulação e Saúde. Rio de Janeiro, v.3, tomo I, 2004, p.9-31. OCKÉ-REIS, Carlos Octávio; CARDOSO, Simone de Souza. Uma descrição do comportamento dos preços dos planos de assistência à saúde, 2001-2005. T.D IPEA n° 1.232, 2006. SAINTIVE, M. B.; CHACUR, R. S. A regulação tarifária e o comportamento dos preços administrados. Brasília: Seae/MF, Documento de trabalho, n. 33, 2006. SANTOS, Fausto Pereira. A regulação publica da saúde no Brasil : o caso da saúde complementar. Tese de doutorado apresentada à Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas para obtenção do título em doutor em saúde coletiva. Campinas, 2006. Disponível em: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000386630 SANTOS, Maria Angélica Borges dos; GERSCHMAN, Silvia. Segmentations of health service supply in Brazil: institutional arrangements, creditors, payers and providers. Ciênc. saúde coletiva., Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, 2004. TEIXEIRA, Luciana da Silva. Reajustes de preços administrados no setor saúde. Estudo da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. Fevereiro de 2006. Disponível em: http://www2.camara.gov.br/internet/publicacoes/estnottec/tema10/2005_7377.pdf