O documento discute substâncias químicas perigosas no ambiente de trabalho. Ele descreve os riscos potenciais que essas substâncias representam para a saúde dos trabalhadores, como asma, dermatites e câncer. Também explica como esses agentes químicos podem ser classificados de acordo com sua perigosidade e rotulagem, e discute as principais vias de entrada desses agentes no corpo humano, como a via respiratória, cutânea e digestiva.
2. Substâncias Perigosas
• As substâncias perigosas representam,
para a saúde dos trabalhadores, um
risco potencial, em todos os setores da
atividade.
• O seu efeito traduz-se em doenças
profissionais tais como: asma,
dermatites, cancro, danos em fetos ou
futuras gerações e uma quantidade de
outros efeitos negativos para a saúde e bem-
estar dos trabalhadores.
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3. Substâncias Perigosas
Todos os agentes químicos são
potencialmente perigosos, podendo
originar acidentes de trabalho com
danos graves para a saúde humana
(projeções, queimaduras, intoxicações,
asfixias,......) ou doenças profissionais
(saturnismo – chumbo, asbestose –
amianto, silicose – pó das minas, ....).
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4. Substâncias Perigosas
• A utilização dos agentes químicos numa
empresa, obriga ao conhecimento dos
riscos por parte de :
- empregador;
- técnico e/ou técnico superior de segurança;
- médico do trabalho;
- trabalhadores;
- ..............
• Logo a prevenção dos riscos da
exposição aos agentes químicos
perigosos, deve, assim, constituir um
objeto de TODOS numa empresa.
4
5. Substâncias Perigosas
AGENTE QUÍMICO – Qualquer
elemento ou composto químico, isolado
ou em mistura, que se apresenta no
estado natural ou seja produzido,
utilizado ou libertado em consequência
de uma atividade laboral, inclusivamente
sob a forma de resíduos, seja ou não
intencionalmente produzido ou
comercializado.
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6. Substâncias Elementares
SUBSTÂNCIAS ELEMENTARES
São constituídas por átomos de um só
elemento, ou moléculas com um só tipo de
elemento ex;
Molécula de O2
6
7. Substâncias Compostas
SUBSTÂNCIAS COMPOSTAS
São todas as substâncias constituídas por dois
ou mais átomos de elementos diferentes, ex:
Molécula de H20
Molécula de C02
7
9. Substâncias Perigosas
AGENTE QUÍMICO PERIGOSO* –
Qualquer elemento ou composto químico,
isolado ou em mistura, que se apresente no
estado natural ou seja produzido, utilizado
ou libertado em consequência de uma
atividade laboral, e possa ser considerado
como substância ou preparação explosiva,
comburente extremamente inflamável, ou
facilmente inflamável .
* Portaria n.º 732A/96 de 11de dezembro
9
10. Substâncias Perigosas
Rotulagem
Tóxica (T)
Muito Tóxica (T+) Nociva (Xn)
Se a gravidade do efeito Estes produtos penetram
sobre a saúde se manifestar no organismo por inalação,
com quantidades muito por ingestão ou através da
pequenas, o produto é pele.
assinalado pelo símbolo
tóxico
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11. Substâncias Perigosas
Rotulagem
Facilmente inflamável (F)
Extremamente inflamável (F+)
(F) – Os produtos facilmente
inflamáveis incendeiam-se em
presença de uma chama, de
uma fonte de calor (superfície
quente) ou de uma fagulha.
(F+) – Os produtos
extremamente inflamáveis
incendeiam-se sob a ação de
uma fonte de energia (chama,
fagulha, etc.) mesmo abaixo
de 0°C.
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12. Substâncias Perigosas
Rotulagem
Comburente (O)
Oxidante
A combustão tem necessidade
de substância combustível, de
oxigénio e de uma fonte de
inflamação ou é
consideravelmente acelerada
em presença de um produto
comburente (substância rica em
oxigénio) originando uma
reação fortemente exotérmica.
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13. Substâncias Perigosas
Rotulagem
Corrosiva (C)
As substâncias corrosivas
danificam gravemente os
tecidos da pele e atacam
igualmente outras matérias.
A reação pode ser devida à
presença de água ou de
humidade.
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15. Substâncias Perigosas
Rotulagem
Explosiva (E)
A explosão é uma combustão
extremamente rápida,
depende das características
do produto, da temperatura
(fonte de calor), do contacto
com os outros produtos
(reações), dos choques, das
frições, etc.
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16. Substâncias Perigosas
Rotulagem
Perigoso para o Ambiente (N)
A libertação dessa
substância no meio
ambiente pode
provocar danos ao
ecossistema a curto
ou longo prazo.
16
20. S.P. – Classificação dos Agentes
Químicos Quanto à Sua
Perigosidade
Os agentes químicos perigosos suscetíveis de
causar efeitos adversos (doenças
profissionais), na sequência das suas
propriedades toxicológicas, podem ser:
• Muito tóxicos – os que, por inalação
ingestão ou por via cutânea, podem
ocasionar intoxicações extremamente
graves, agudas ou crónicas, ou mesmo a
morte;
20
21. S.P. – Classificação dos Agentes
Químicos Quanto à Sua Perigosidade
Tóxicos – os que por inalação,
ingestão ou por via cutânea, podem
ocasionar intoxicações graves, agudas
ou crónicas, ou mesmo a morte;
Nocivos – os que, por inalação,
ingestão ou por via cutânea, podem
ocasionar efeitos de gravidade limitada;
21
22. S.P. – Classificação dos Agentes
Químicos Quanto à Sua
Perigosidade
Corrosivos – os que, em contacto
com tecidos vivos, podem exercer
sobre eles uma ação destrutiva;
Irritantes – os que, por contacto
imediato, prolongado ou repetido, com
a pele ou mucosa, podem provocar
uma reação inflamatória;
22
23. S.P. – Classificação dos Agentes
Químicos Quanto à Sua
Perigosidade
• Carcinogénicos – os que, por inalação,
ingestão ou por via cutânea, podem originar
cancro, ou aumentar a sua frequência;
• Tóxicos para a reprodução – os que, por
inalação, ingestão ou por via cutânea, podem
produzir ou induzir desvios funcionais, ou
anomalias não hereditárias no
desenvolvimento de embriões, fetos ou
animais;
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24. S.P. – Classificação dos Agentes
Químicos Quanto à Sua
Perigosidade
Mutagénicos – os que, por inalação,
ingestão ou por via cutânea, podem
induzir alterações no material genético
quer nos tecidos somáticos, quer nos
tecidos germinais.
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25. Substâncias Perigosas
PERIGO QUÍMICO
É a propriedade intrínseca de um agente
químico com potencial para provocar
danos.
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26. Substâncias Perigosas
RISCO QUÍMICO
É o risco inerente a um agente químico,
traduzido na possibilidade de que esse
perigo potencial se concretize, nas
condições de utilização e/ou exposição.
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28. Toxicologia Industrial
Substância perigosa
Qualquer substância capaz de reagir quimicamente
com algum dos constituintes do organismo
humano, produzindo novas moléculas que o
organismo não tolera, causando alterações ao seu
funcionamento normal.
Substância tóxica
Qualquer substância que possa afetar os tecidos,
órgãos ou interferir nos processos biológicos do
ser humano.
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29. Toxicologia Industrial
1. Toxicidade
De uma substância perigosa é a
propriedade que tem de provocar efeitos
nocivos em algum mecanismo biológico
ou, mais precisamente, é a sua capacidade
de provocar um efeito nocivo quando o
agente químico ativo alcança uma
concentração suficiente em determinado
local do corpo (órgão).
29
30. Toxicologia Industrial
2. Toxicidade Aguda Local
A exposição ocorre numa zona localizada
do organismo, durante um curto
período de tempo.
3. Toxicidade Crónica Local
A exposição ocorre numa zona localizada
do organismo, durante um longo
período de tempo.
30
31. Toxicologia Industrial
Toxicidade Aguda e Crónica
Efeitos fisiológicos da toxicidade
Condicionados pela capacidade das
substâncias penetrarem no organismo,
entrarem no sistema circulatório ou
linfático, ultrapassarem a membrana
celular e interferirem com o
metabolismo celular.
31
32. Substâncias Perigosas
6. Local do organismo Humano sujeito a
exposição
Principais vias de entrada ou de penetração, dos
tóxicos no organismo humano:
Respiratória -------------------------------- por inalação
Cutânea --------------- por absorção através da pele
Digestiva ------------------------------------ por ingestão
Parentérica --------- através da corrente sanguínea
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33. Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Via de entrada respiratória
Processa-se através das vias respiratórias: nariz,
garganta, traqueia, brônquios e alvéolos
pulmonares
Retenção de partículas:
◦ Partículas de dimensão acima de 5µ (10 a 15µ), cerca
de 80%, são retidas no tracto respiratório superior;
◦ Partículas de dimensões inferiores a 1µ são retidas
nos brônquios.
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34. Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Via de entrada respiratória
A quantidade total de um contaminante
químico que é absorvida pela via
respiratória, depende:
da sua concentração no ar;
do tempo de exposição;
da ventilação pulmonar;
da dimensão.
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35. Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Via de entrada cutânea
Contacto de uma substância perigosa
com a pele.
Penetra através da epiderme devido à sua
permeabilidade.
Ocorre por absorção.
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36. Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Via de entrada cutânea
Do contacto de uma substância perigosa com a
pele podem resultar quatro efeito possíveis:
a pele constitui uma barreira efetiva à
substância;
a substância provoca sensibilização da pele;
a substância reage com a pele e provoca
localmente uma irritação primária;
a substância penetra nos vasos sanguíneos (que
existem sob a pele) e entra na corrente
sanguínea.
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37. Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Via de entrada cutânea
Lesões na superfície de contacto
- remoção da camada de lípidos
(solventes e detergentes alcalinos)
- desidratação (ácidos e bases fracos)
- precipitação de proteínas (metais
pesados)
- oxidação (óxidos, peróxidos)
- destruição (ácidos e bases fortes)
37
38. Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Via de entrada digestiva
Ingestão de substâncias perigosas através do
trato gastrointestinal, absorção e passagem
para a corrente sanguínea.
Processa-se da boca, esófago, estômago e
intestino
As substâncias que irritam a pele afetam o
aparelho gastrointestinal quando deglutidas
(irritação, deformação e hemorragias),
38
39. Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Via de entrada parentérica
A substância perigosa pode entrar
diretamente no organismo através do
sistema circulatório.
Situação maioritariamente acidental e/ou
ocasional.
◦ Ex: existência de feridas na pele
manuseamento de agulhas (área da saúde)
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40. Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Condicionantes da exposição de um
indivíduo
Concentração
Quantidade
Exposição
Local do organismo sujeito à exposição
40
41. Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Condicionantes da interação com o
organismo
Características físico-químicas da substância
(fatores intrínsecos)
Estado do organismo, idade, género,
suscetibilidade
Forma de exposição (respiratória, cutânea
ou digestiva)
Tempo de exposição
Condições de trabalho
41
42. Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Concentração
Quantidade de uma substância perigosa expressa em
unidades de volume.
A severidade da ação depende do agente tóxico e,
depende da concentração da substância no órgão
sensível ao agente.
Unidade: % (peso ou volume), peso por unidade de
volume, normalidade, etc.
42
44. Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Concentração/quantidade (relação)
Ex:
A ingestão de ácido fosfórico concentrado
(100%) mesmo em pequenas quantidades, causa
queimaduras no sistema gastrointestinal. No
entanto, esta substância existe na composição
de diversas bebidas em concentração de cerca
de 5%, que mesmo quando ingeridas em
grandes quantidades, não geram efeitos
adversos notórios e de imediato.
44
45. Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Exposição
Depende da quantidade presente de um agente
químico no ar ou no ambiente de um local de
trabalho.
Frequência de exposição
EX:
A inalação de pó de cimento durante um ou
dois dias pode criar dificuldades respiratórias. A
inalação durante um longo período de tempo
provoca lesões respiratórias graves.
45
46. Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Tempo de exposição
Exposição de um trabalhador para um determinado
período de tempo.
Exposição aguda
Exposição a dose elevada num período de tempo
curto.
Exposição crónica
Exposição a pequenas doses em períodos de tempo
longos.
Ex: a exposição de curta duração a CO produz
tonturas, mas a exposição prolongada pode conduzir
à morte.
46
47. Toxicologia Industrial
4. Risco de exposição
É a possibilidade que a exposição a uma
substância perigosa tem de provocar
danos à saúde.
É a possibilidade que existe de, nas
condições efetivas da exposição, poder
ser alcançada a concentração suficiente
num determinado local do organismo
(órgão)
47
48. Toxicologia Industrial
5. Dose
É a quantidade de substância absorvida
por unidade de peso, num órgão ou por
indivíduo.
Dose Letal (LD)
Dose mortal para os animais ensaiados.
48
49. Toxicologia Industrial
Dose
LD/DL Lo – Dose Letal Inferior
É a menor dose (dose mais baixa) de uma
substância perigosa que causa morte nos
animais testados.
LD 50 / LC 50
Dose administrada, de uma determinada
substância, que num período de tempo
produz a morte a 50% dos animais
testados.
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50. Toxicologia Industrial
Dose
Potência tóxica de um agente químico nocivo
É a relação entra a dose e o efeito/resposta que é
induzida num sistema biológico.
Dose Efeito/
Agente Tóxico Resposta
(quantidade)
50
54. Avaliação de Riscos
Classificação da contaminação de
químicos quanto à FORMA
SÓLIDO
FIBRAS Partículas aciculares alongadas
de natureza animal, vegetal,
mineral ou química, provenientes da
desagregação mecânica e cuja relação
comprimento/largura é superior a 5:1.
54
55. Avaliação de Riscos
Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA
SÓLIDO PARTÍCULAS POEIRAS
Partículas sólidas suspensas no ar, de pequenas
dimensões (Ø>0,1<25µ), resultantes de
processos físicos de degradação (por
esmagamento, por moagem, por impacto
rápido) geradas por manipulação.
Sedimentares >50µ Visíveis
>40µ
Inaláveis <10µ/15µ Respiráveis <5µ
55
56. Avaliação de Riscos
Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA
SÓLIDO PARTÍCULAS FUMOS
Partículas sólidas suspensas no ar, de
pequenas dimensões (Ø<1 a 0,1µ),
facilmente inaláveis, procedentes de uma
combustão incompleta (soldadura,
“smoke”) ou resultantes da sublimação
de vapores de metais fundidos.
56
57. Avaliação de Riscos
Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA
SÓLIDO
AEROSSÓIS
LÍQUIDO
Partículas esféricas (sólidas ou líquidas), de
dimensão não visível, (Ø<100µ)
provenientes da dispersão mecânica de
líquidos/sólidos no ar.
57
58. Avaliação de Riscos
Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA
LÍQUIDO NEBLINAS
NEVOEIROS
Pequenas gotas de líquido suspensas no
ar, geradas por condensação
(vaporização) ou por dispersão mecânica
de líquidos (atomização) (Ø de 0,01 a
10µ).
58
59. Avaliação de Riscos
Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA
GASOSO GASES
São substâncias que nas condições normais
de pressão e temperatura se apresentam na
forma gasosa.
As partículas são de dimensão molecular.
Fluídos amorfos que ocupam o espaço que
os contém e podem mudar de estado físico,
somente por variação de pressão e
temperatura. Podem mover-se por
transferência de massa ou por difusão.
59
60. Avaliação de Riscos
Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA
GASOSO VAPORES
São substâncias sólidas ou líquidas (nas
condições normais de pressão e
temperatura), que se apresentam na
forma gasosa noutras condições.
As partículas são de dimensão molecular.
60
61. Avaliação de Riscos
Classificação dos contaminantes
químicos quanto ao EFEITO
Irritantes
Substâncias que produzem uma
inflamação da pele e/ou vias aéreas,
devido à ação física ou química.
61
62. Avaliação de Riscos
Classificação dos contaminantes químicos quanto ao EFEITO
Tóxicos sistémicos
Substâncias que se distribuem por todo o
organismo, produzindo efeitos diversos.
Anestésicos e narcóticos
Substâncias que atuam como depressivos
sobre o sistema nervoso central.
62
63. Avaliação de Riscos
Classificação dos contaminantes químicos quanto ao EFEITO
Cancerígenos
Substâncias que podem gerar ou potenciar o
desenvolvimento/crescimento desordenado
das células.
Alérgicos
Substâncias que requerem uma
predisposição fisiológica, não afetando a
generalidade dos indivíduos, e que apenas se
manifestam em indivíduos previamente
sensibilizados ou que desenvolvem alergia
durante a exposição.
63
64. Avaliação de Riscos
Classificação dos contaminantes químicos quanto ao EFEITO
Asfixiantes
Substâncias capazes de impedir a chegada
de oxigénio aos tecidos.
Produtores de dermatoses
Substâncias que dão origem a alterações
na pele.
64
65. Avaliação de Riscos
Contaminantes químicos inalados
que afetam a saúde.
Poeiras, fibras e fumos
Por decomposição no aparelho
respiratório, principalmente nos pulmões,
produzem alterações imediatas ou a
médio/longo prazo, dando origem ao
aparecimento de doenças.
65
66. Avaliação de Riscos
Contaminantes químicos inalados que afectam a saúde
Gases e vapores tóxicos
◦ Produzem reações adversas no aparelho
respiratório (principalmente nos pulmões).
◦ Alguns não afetam localmente os pulmões
mas, passam para o sangue, sendo
transportados para outros órgãos. Têm
efeitos adversos sistémicos:
1. na capacidade de transporte de oxigénio pelo
sangue para as células; ou
2. podem ser potencialmente cancerígenos.
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67. Avaliação de Riscos
Medição/Determinação de Riscos
Nível de intervenção a estabelecer:
1. Controlar os postos de trabalho que
apresentem maior exposição ao risco;
2. O mesmo que referido para 1., acrescido de
um maior n.º de amostras e/ou mais tempo de
amostragem;
3. Plano de controlo onde se efetua o
acompanhamento do 2., com comparação dos
valores das diferentes determinações e
verificações da sua representatividade.
67
68. Medição/Determinação da
Exposição
A avaliação da exposição dos
trabalhadores a produtos químicos (S.P.
nocivas) é feita com base na
concentração desses produtos, no ar
por eles inalado.
Campo de aplicação – todos os locais de
trabalho onde se verifique a libertação de
S.P. nocivas, resultantes dos processos de
trabalho.
68
69. Medição/Determinação da
Exposição
Os níveis de concentração de S.P. nocivas
existentes no ar atmosférico dos locais
de trabalho, não devem ultrapassar os
definidos em legislação específica.
Os VLE profissional e os Valores
Limite Biológicos, deverão ser afixados
com base na relação existente entre os
efeitos dos A.Q. perigosos para a saúde,
o nível de exposição profissional e o
respetivo tempo de exposição.
69
70. Medição/Determinação da
Exposição
Valor Limite de exposição profissional
Limite da concentração média ponderada,
em função do tempo de um A.Q. presente
na atmosfera do local de trabalho, na zona
de respiração de um trabalhador, em relação
a um período de referência específico.
Valor Limite Biológico
Limite de concentração no meio biológico
adequado do agente em causa, dos seus
metabolitos ou de um indicador de efeito.
70
71. Medição/Determinação da
Exposição
Monitorização Biológica
Para além do controlo ambiental (análise
das S.P. nocivas presentes no ar ambiente
dos locais de trabalho), o estudo dos
efeitos biológicos , que determinadas S.P.
nocivas possuem sobre o organismo,
permite contribuir para a prevenção de
algumas doenças profissionais.
71
72. Medição/Determinação da
Exposição
Guiaspara Exposição de
Contaminantes Químicos no ar
◦ Listas de substâncias perigosas tóxicas;
◦ Valores limites de concentração admissíveis.
Organismos/Organizações
◦ OSHA (Occupational Health and Safety Advisory Services);
◦ NIOSH (National Institute For Ocuppacional Safety and Health);
◦ ACGIH (Industrial Hygiene, Environmental, Occupational
Health).
72
73. Medição/Determinação da
Exposição
A Norma portuguesa (NP-1796:1988)
estabelece os VLE para S.P. nocivas
existentes no ar ambiente dos locais de
trabalho, e baseia-se na transposição dos
valores limite propostos pela ACGIH
Nota: A ACGIH publica anualmente a lista de valores limites admissíveis.
Em termos legislativos, apenas se
encontram regulamentados os VLE para o
chumbo metálico e respectivos
compostos iónicos, para o cloreto de
vinilo monómero e para o amianto.
73
74. Medição/Determinação da
Exposição
A metodologia utilizada para a
determinação dos VLE das S:P: nocivas,
baseia-se em:
◦ Estudos epidemiológicos;
◦ Analogia química;
◦ Experimentação em animais;
◦ Experimentação humana.
74
75. Medição/Determinação da
Exposição
O conhecimento e o manuseamento
correto dos VLE como “ferramenta”
importante que é em higiene do trabalho,
permite uma avaliação
(medição/determinação) quantitativa
correta, dos riscos químicos e da sua
maior ou menor gravidade para a saúde
dos trabalhadores expostos.
75
77. Medição/Determinação da
Exposição
VLE para as S.P. nocivas no ar
ambiente dos locais de trabalho
VLE – Valor Limite de Exposição
Concentrações de S.P. nocivas que
representam condições às quais se julga
(não é um valor estático) que a quase
totalidade dos trabalhadores possa estar
exposta, dia após dia, sem efeitos
prejudiciais para a saúde.
77
78. Medição/Determinação da
Exposição
Três categorias de VLE são
consideradas
1. VLE-MP: Valor Limite de Exposição – Média
Ponderada
Valor limite expresso em concentração
média diária, para um dia de trabalho de
8h e uma semana de 40h, ponderada em
função do tempo de exposição.
78
79. Medição/Determinação da
Exposição
2. VLE-CD: Valor Limite de Exposição – Curta
Duração
Valor limite expresso em concentração à
qual se considera que praticamente todos
os trabalhadores possam estar
repetidamente expostos por curtos
períodos de tempo, desde que o VLE-MP
não seja excedido e sem que ocorram
efeitos adversos.
79
80. Medição/Determinação da
Exposição
3. VLE-CM: Valor Limite de Exposição –
Concentração Máxima
Valor limite expresso por uma
concentração que nunca de ser excedida.
Refere-se a substâncias de ação rápida
sobre o organismo (ex: ácido cianídrico,
cloro, fumos de óxido de cádmio, ….).
80
81. Medição/Determinação da
Exposição
TLV-STEL (Threshold Limit Value-Short Term Exposure Level)
Concentração para a qual se julga que os
trabalhadores possam estar expostos
continuamente para períodos de curta
duração sem afeitos adversos.
81
82. Medição/Determinação da
Exposição
IDLH (Immediately Dangerous Limit to Health)
Concentração imediatamente perigosa
para a vida ou saúde do trabalhador, da
qual poderá sair sem sintomas graves
(intoxicação) nem efeitos irreversíveis
para a saúde.
82
83. Medição/Determinação da
Exposição
Toxicidade percutânea (P) – SKIN
Contribuição potencial, na exposição
global, da absorção por via cutânea
(incluindo as membranas mucosas e os
olhos) de uma substância, quer esta se
encontre presente no ar quer através do
contato direto.
83
84. Medição/Determinação da
Exposição
Expressão dos VLE
As concentrações das partículas são
expressas por volume de ar (mg/m³). No
caso do amianto, é expresso em n.º de
fibras/cm³.
As concentrações dos gases dos vapores
são expressas em massa por volume de
ar (mg/m³) e em volume por volume de
ar (ppm).
84
85. Medição/Determinação da
Exposição
Expressão dos VLE
A correspondência entre os valores expressos nas
duas unidades de medida, é dada, a 25°C e a
760mmHg (condições de referência), pelas seguintes
expressões:
Valor em X ppm=(Y mg/m3)*(24,45)/PMr
(Y mg/m³)= (X ppm)*(PMr)/24,45
X,Y- Concentração do composto ; PM-Massa molecular relativa do composto; 24,45 (Volume molar do ar nas condições PTN,
em dm3)
85
86. Medição/Determinação da
Exposição
VLE para Substância
Substância – elementos químicos e seus
compostos no seu estado natural ou tal
como obtidos por qualquer processo de
produção, que assegure a sua
estabilidade, sem alterar a sua
composição.
Ex: acetona, chumbo, mercúrio, etc.
86
87. Medição/Determinação da
Exposição
VLE para substâncias
C
VLE
C – Concentração atmosférica (medida)
VLE – Valor limite de exposição
(correspondente)
87
88. Medição/Determinação da
Exposição
VLE para preparações
Preparações – As misturas ou soluções
compostas por duas ou mais substâncias.
EX: tintas, vernizes, etc.
88
89. Medição/Determinação da
Exposição
VLE para preparações
Quando duas ou mais substâncias agem
simultaneamente, a um mesmo nível do
organismo humano, deve ser estudado o
seu efeito combinado e não o efeito de
cada um, tomado separadamente.
C1 + C2 + … + Cn C – Conc. atmosf. medida
VLE1 VLE2 VLEn VLE – VLE (correspondente)
89
91. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Equipamentos de Medição
Leitura direta
Colheita e análises é feita pelo aparelho
Leitura indireta
Análise é feita posteriormente em
laboratório
91
92. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Equipamentos de Leitura Direta Monitorização
Contínua e Descontínua
Funcionamento contínuo e descontínuo
Medem a concentração traduzindo este
valor num sinal analógico ou digital
Métodos cromatográficos,
espectrofotometria, fotoionização
Calibração prévia antes da sua utilização
Ex.: explosímetros, analisadores CO, CO₂
92
93. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Equipamentos de Leitura Directa
Tubos Colorímetros
Resposta qualitativa e quantitativa
Seletivos para o contaminante a medir
Aspiração do ar manual ou automática
93
94. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Tubos Colorímetros - Curta Duração
(absorção mais rápida)
Medição de concentrações em momentos
bem determinados (picos de concentração)
Medição da exposição de pessoas em locais
de trabalho
Deteção de fugas
Análise do ar ambiente em espaços
confinados
94
95. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Tubos Colorímetros – Longa Duração
(absorção mais lenta)
Medição em contínuo
Determinações de concentrações médias
de gases
Deteção de fugas
Recurso a uma bomba para amostragem
em contínuo
95
96. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Equipamentos de Leitura Direta
Suportes Individuais
São fixos no trabalhador (ex.: vestuário)
Podem ser contínuos ou descontínuos
A mudança de cor indica-nos o valor da
exposição
96
97. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Equipamentos de Leitura Indireta ou
por Colheita – Amostragem
Bomba (mecânica ou manual)
Coletor da amostra
97
98. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Equipamentos de Leitura Indireta ou
por colheita – Coletores de
amostras
Suportes sólidos
Suportes líquidos
Filtros
98
99. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Equipamentos de Leitura Indireta ou
por Colheita – Suportes
sólidos/líquidos
Retêm as substâncias por absorção
Sistemas ativos ou passivos
99
100. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Sistemas Ativos
Ar + contaminante
Aspiração
Substância adsorvente
(carvão activado, sílica gel)
100
102. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Filtros
Retêm contaminantes sólidos
Constituídos por materiais porosos
Ex.: fibra de vidro ou celulose
102
103. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Análises Laboratoriais
Métodos e estratégias de
amostragem
Limite da aplicação do método
Estabilidade das substâncias a dosear
Efeito da humidade
Limites de deteção e quantificação
Exatidão do método
103
104. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Análises Laboratoriais
Requisitos de amostragem
Representatividade
Local da colheita
Momento em que é efetuada
Duração
Eficiência do sistema de colheita (coletor,
caudal de ar).
104
105. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Requisitos da Amostragem
Local da colheita
Junto das vias respiratórias
É conveniente realizar colheitas no
ambiente geral, a cerca de 1,5m do chão,
assim como junto às possíveis fontes
emissoras.
105
106. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Requisitos da Amostragem
Momento da colheita
De acordo com o tempo de execução da
tarefa a analisar
O sistema coletor deve ser adequado à
situação que se pretende analisar
Prever situações de interferência e
encontrar formas de as eliminar
106
107. Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Calibração de Equipamentos
Conjunto de operações que estabelecem,
em condições específicas, a relação entre
os valores indicados por um instrumento
de medição, ou os valores representados
por um material de referência, e os
correspondentes valores conhecidos da
grandeza a medir.
107
108. Prevenção e Proteção de
Riscos
Conjunto das disposições ou medidas tomadas
ou previstas em todas as fases da atividade da
empresa, tendo em vista evitar ou diminuir os
riscos profissionais.
A prevenção dos riscos profissionais deve ser
desenvolvida segundo princípios, normas e
programas que visem nomeadamente:
◦ A determinação das substâncias, dos agentes ou
processos que devam ser proibidos, limitados ou
sujeitos a autorização, ou a controlo da autoridade
competente , bem como a definição dos VLE dos
trabalhadores a agentes químicos e das Normas
técnicas para a amostragem, medição e avaliação dos
resultados.
108
109. Prevenção e Proteção de
Riscos
Produto tóxico no ambiente
Identificação das Identificação
medidas coletivas
Medição
Critérios
Avaliação
de avaliação
Controlo
periódico
Situação Situação
segura perigosa
109
110. Prevenção e Proteção de
Riscos
É da responsabilidade dos empregadores
eliminar ao mínimo os riscos, mediante:
Prevenção técnica;
Prevenção médica;
Formação e informação dos
trabalhadores.
110
111. Prevenção e Proteção de
Riscos
Prevenção técnica
Conceção e organização dos métodos de
trabalho e de controlos técnicos e
equipamentos adequados, para evitar ou
reduzir ao mínimo o risco de exposição
aos agentes químicos perigosos.
A utilização de processos de manutenção
que garantam a proteção da saúde dos
trabalhadores
111
112. Prevenção e Protecção de
Riscos
Prevenção técnica
A redução ao mínimo do número de
trabalha dores expostos ou susceptíveis
de estarem expostos.
A redução ao mínimo do grau de
exposição.
A adoção de medidas de higiene
adequadas.
A redução da quantidade de agentes
químicos presentes, ao mínimo
necessário à execução do trabalho em 112
113. Prevenção e Proteção de
Riscos
Prevenção técnica
A utilização de processos de trabalho
adequados, nomeadamente, disposições que
assegurem a segurança durante o
manuseamento, a armazenagem e o
transporte dos agentes químicos perigosos
e dos resíduos que os contenham.
A adoção de medidas de proteção
individual, se não for possível evitar a
exposição por outros meios.
113
114. Prevenção e Proteção de
Riscos
Prevenção e Proteção de Riscos
A investigação para a prevenção dos riscos
químicos, baseia-se em 4 dimensões:
Medições no posto e ambiente de
Avaliação trabalho (concentrações ambientais e
contaminantes)
da
exposição
Avaliações no próprio trabalhador
(indicadores biológicos de exposição – ex:
pesquisa na urina de metabolitos dos
produtos a que se está exposto)
114
115. Prevenção e Proteção de
Riscos
Prevenção e Proteção de Riscos
Avaliação Determina o potencial tóxico das substâncias –
estudos de toxicologia experimental – referidos na
do perigo ficha de segurança e ficha toxicológica do(s)
produto(s).
Avaliação Elaboração de metodologias de melhoria –
do risco medidas técnicas de redução da exposição (ex:
sistemas de ventilação, horários reduzidos, EPI,
etc.).
115
116. Prevenção e Proteção de
Riscos
Prevenção e Proteção de Riscos
Elaboração de metodologias de melhoria – medidas
Gestão técnicas de redução da exposição (ex: sistemas de
ventilação, horários reduzidos, EPI, etc.).
de risco
116
117. Prevenção e Proteção de
Riscos
Rotulagem e Fichas de Segurança
Portaria n.º 732-A/96 e Portaria n.º 1151/97
Identificação do produto e do responsável pela
sua colocação no mercado
Composição do produto
Identificação de perigos e respectivos símbolos
Frases de risco (R)
Frases de segurança (S)
Quantidade nominal (massa ou volume) do
conteúdo, para as preparações vendidas ao
público em geral.
117
118. Prevenção e Proteção de
Riscos
Rotulagem e Fichas de Dados de Segurança
Obrigatoriedade de fornecimento aos
utilizadores profissionais
Para o público em geral não é necessário,
mas a informação existente no rótulo
tem que ser suficiente e clara.
118
119. Prevenção e Proteção de Riscos
Rotulagem e Fichas de Dados de Segurança-Conteúdo das
fichas de segurança
Identificação do produto e da entidade responsável;
Composição/Indicação dos componentes,
Identificação dos perigos inerentes à utilização do
produto;
Indicação das medidas de primeiros socorros e
assistência médica;
Indicação das medidas de combate a incêndios;
Indicação de medidas de proteção para fugas acidentais
individuais e para ambiente e método de limpeza
recomendado;
Informação sobre a estabilidade/reatividade;
Informação sobre os limites de exposição e EPI´s
119
120. Prevenção e Proteção de Riscos
Rotulagem e Fichas de Dados de Segurança – conteúdo
das fichas de segurança
Informação toxicológica;
Informação ecológica;
Informação das condições para eliminação do
produto;
Informação relativa às condições de transporte e
sua classificação;
Informação relativa ao seu armazenamento e
manuseamento;
Informação sobre as suas propriedades F.Q´s.
Informação sobre regulamentação específica;
Outras informações (No total devem conter 16
pontos).
120
121. CONTEÚDO DE INFORMAÇÃO DA FDS
1. Identificação do 16. Outras
produto e da empresa informações
2. Composição e informação 15.Regulamentações
sobre os ingredientes
3. Identificação 14. Informações
de perigos sobre transporte
13. Considerações
4. Medidas de
sobre tratamento e
primeiros-socorros
deposição
5. Medidas de
12. Informações
combate a incêndio
ecológicas
6. Medidas de controle
para derramamento ou 11.Informações
vazamento toxicológicas
7. Manuseamento e 10.Estabilidade
armazenamento e reatividade
8. Controle de 9.
exposição e proteção Propriedades
individual físico-químicas
122. Armazenagem Segura de Agentes
Químicos Perigosos (AQP)
(+) Podem ser armazenados juntos; (-) Não devem ser armazenados juntos; (0) Podem ser
armazenados juntos se se adoptarem certas medidas específicas de prevenção.
122
123. Prevenção e Proteção de
Riscos
Vigilância da Saúde
Exame de um trabalhador, com o
objetivo de determinar o seu estado de
saúde, relacionado com a exposição, no
local de trabalho, a agentes químicos
específicos.
123
124. Prevenção e Proteção de Riscos
Vigilância da Saúde
Sempre que a “exposição do trabalhador
a um agente químico perigoso for de
modo a que uma doença identificável, ou
efeito prejudicial para a saúde possa ser
relacionado com a exposição, e seja
verosímil que a doença ou efeito ocorra
nas condições de trabalho particulares
do trabalhador, e a técnica de
investigação for de baixo risco para os
trabalhadores”, deverá existir uma
vigilância da saúde. 124
125. Prevenção e Proteção de Riscos
Vigilância da Saúde
Avaliação do estado de saúde do
Admissão
Admissão trabalhador e de algum tipo de
sensibilidade alérgica. (Ficha de aptidão)
Dependentes do agente, características
Exames de Saúde Periódico
Periódico
de exposição, actividade profissional e
do próprio trabalhador.
Na sequência do aparecimento de um
Ocasional
Ocasional
problema de saúde do trabalhador.
125
126. Prevenção e Proteção de
Riscos
Vigilância da Saúde
Registo da história
clínica e profissional
Avaliação individual
do estado de saúde
Procedimentos
individuais de saúde
Vigilância biológica
Rastreio de efeitos
precoces e reversíveis
126
127. Prevenção e Proteção de Riscos
Vigilância da Saúde
Os registos relativos à vigilância da saúde dos
trabalhadores, devem:
Constar de registo individual de exposição, à
qual o trabalhador deve ter acesso;
Serem arquivados e mantidos actualizados;
Serem entregues ao trabalhador a quando da
cessação do contrato de trabalho;
Serem enviados ao Centro Nacional de
Proteção Contra, os Riscos Profissionais, caso
a empresa cesse a actividade.
127
128. Prevenção e Proteção de
Riscos
Vigilância da Saúde
Exposição a S.P. Cancerígenas ou Mutagénicas
Substâncias cancerígenas
As que por inalação, ingestão ou por via cutânea,
podem originar cancro, ou aumentar a sua
frequência.
Substâncias mutagénicas
As que, por inalação, ingestão ou por via cutânea,
podem induzir alterações no material genético,
quer nos tecidos somáticos quer nos tecidos
germinais.
128
129. Prevenção e Proteção de
Riscos
Vigilância da Saúde – exposição a S.P.
cancerígenas ou mutagénicas
EFEITO SUBSTÂNCIAS
Asbesto
Compostos de crómio
CARCINOGÉNICO Sílica cristalina
Benzeno
Chumbo e os seus
compostos
MUTAGÉNICO Mercúrio e os seus
compostos
Orgânicos
129
130. Prevenção e Proteção de
Riscos
Vigilância da Saúde
Riscos para à saúde associados à exposição a S.P. nocivas
S.P. Inalação Cutânea Ocular Ingestão
Destruição Reações Potencialmente
de tecidos alérgicas cancerígeno
das Pode
FORMALDEÍDO Distúrbios
mucosas e Destruição destruir
do trato dos tecidos tecidos gastrointestinais
respiratório
superior
130
131. Prevenção e Proteção de
Riscos
Vigilância da Saúde
Riscos para à saúde associados à exposição a S.P.
nocivas
S.P. Inalação Cutânea Ocular Ingestão
Cefaleias, Irritação
inconsciência (pode ser Irritação
e coma. absorvido). Irritação do trato
TOLUENO digestivo
Lesões do Dermatites
fígado e rins de contato
131
132. Prevenção e Proteção de
Riscos
Vigilância da Saúde
Riscos para à saúde associados à exposição a S.P.
nocivas
S.P. Inalação Cutânea Ocular Ingestão
Irritação do
ACETATO
trato Irritação Irritação Pode ser
DE ETILO
respiratório Dermatites fatal
superior
132
133. Prevenção e Proteção de
Riscos
Vigilância da Saúde
Riscos para à saúde associados à exposição a S.P.
nocivas
S.P. Inalação Cutânea Ocular Ingestão
Irritação
CRÓMIO VI perigosa se Irritação.
Cancerígeno absorvido Cancerígeno
pela pele. Reações
Reações alérgicas
alérgicas
133
134. Prevenção e Proteção de
Riscos
Vigilância da Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS
(CIAV)
R. Infante D. Pedro, n.º 8
1790-075 Lisboa
Tel: 21 795 01 43
Fax: 21 793 71 24
134
Notas del editor
Exemplo: Quando se afirma que a água poluída de um rio contém 5 ppm em massa de mercúrio significa que 1 g da água deste rio contém 5 µg de mercúrio. Se considerarmos a densidade das soluções aquosas = 1,00 g/mL (ou aproximado) pode usar-se as seguintes relações: Por exemplo, ao dizer que em uma solução há 75 ppm de KI, Iodeto de potássio, é o mesmo que dizer que em uma solução qualquer de 1kg em massa há 75mg de KI diluída nela Exemplo: O ar (solução gasosa ) contém 8 ppm de gás hélio . Isso significa que em cada 1 m 3 do ar atmosférico existe 8 mL de hélio.