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Agentes Químicos




           Formadora: Filipa Andrade
                                       1
Substâncias Perigosas
•   As substâncias perigosas representam,
    para a saúde dos trabalhadores, um
    risco potencial, em todos os setores da
    atividade.

•   O seu efeito traduz-se em doenças
    profissionais tais como: asma,
    dermatites, cancro, danos em fetos ou
    futuras gerações e uma quantidade de
    outros efeitos negativos para a saúde e bem-
    estar dos trabalhadores.
                                                   2
Substâncias Perigosas
Todos    os agentes químicos são
 potencialmente perigosos, podendo
 originar acidentes de trabalho com
 danos graves para a saúde humana
 (projeções, queimaduras, intoxicações,
 asfixias,......) ou doenças profissionais
 (saturnismo – chumbo, asbestose –
 amianto, silicose – pó das minas, ....).


                                             3
Substâncias Perigosas
•   A utilização dos agentes químicos numa
    empresa, obriga ao conhecimento dos
    riscos por parte de :
       - empregador;
       - técnico e/ou técnico superior de segurança;
       - médico do trabalho;
       - trabalhadores;
       - ..............
•   Logo a prevenção dos riscos da
    exposição aos agentes químicos
    perigosos, deve, assim, constituir um
    objeto de TODOS numa empresa.
                                                       4
Substâncias Perigosas
AGENTE QUÍMICO – Qualquer
 elemento ou composto químico, isolado
 ou em mistura, que se apresenta no
 estado natural ou seja produzido,
 utilizado ou libertado em consequência
 de uma atividade laboral, inclusivamente
 sob a forma de resíduos, seja ou não
 intencionalmente produzido ou
 comercializado.

                                            5
Substâncias Elementares
SUBSTÂNCIAS         ELEMENTARES
São constituídas por átomos de um só
  elemento, ou moléculas com um só tipo de
  elemento ex;




                             Molécula de O2



                                              6
Substâncias Compostas
SUBSTÂNCIAS         COMPOSTAS
São todas as substâncias constituídas por dois
  ou mais átomos de elementos diferentes, ex:




                                Molécula de H20
     Molécula de C02


                                                  7
Mistura de Substâncias
São  constituídas pela mistura de substâncias
 diferentes, ex:




                                                 8
Substâncias Perigosas
AGENTE        QUÍMICO PERIGOSO* –
  Qualquer elemento ou composto químico,
  isolado ou em mistura, que se apresente no
  estado natural ou seja produzido, utilizado
  ou libertado em consequência de uma
  atividade laboral, e possa ser considerado
  como substância ou preparação explosiva,
  comburente extremamente inflamável, ou
  facilmente inflamável .
* Portaria n.º 732A/96 de 11de dezembro


                                                9
Substâncias Perigosas
            Rotulagem
        Tóxica (T)
     Muito Tóxica (T+)              Nociva (Xn)




Se a gravidade do efeito      Estes produtos penetram
sobre a saúde se manifestar   no organismo por inalação,
com quantidades muito         por ingestão ou através da
pequenas, o produto é         pele.
assinalado pelo símbolo
tóxico

                                                           10
Substâncias Perigosas
Rotulagem
Facilmente inflamável (F)
Extremamente inflamável (F+)

                         (F) – Os produtos facilmente
                           inflamáveis incendeiam-se em
                           presença de uma chama, de
                           uma fonte de calor (superfície
                           quente) ou de uma fagulha.
                         (F+) – Os produtos
                           extremamente inflamáveis
                           incendeiam-se sob a ação de
                           uma fonte de energia (chama,
                           fagulha, etc.) mesmo abaixo
                           de 0°C.

                                                            11
Substâncias Perigosas
Rotulagem
Comburente (O)
Oxidante
                 A combustão tem necessidade
                 de substância combustível, de
                 oxigénio e de uma fonte de
                 inflamação ou é
                 consideravelmente acelerada
                 em presença de um produto
                 comburente (substância rica em
                 oxigénio) originando uma
                 reação fortemente exotérmica.


                                                  12
Substâncias Perigosas
Rotulagem
Corrosiva (C)
                As substâncias corrosivas
                danificam gravemente os
                tecidos da pele e atacam
                igualmente outras matérias.

                A reação pode ser devida à
                presença de água ou de
                humidade.



                                              13
Substâncias Perigosas
Rotulagem
Irritante (XI)



                 O contacto repetido com os
                 produtos irritantes provoca
                 reações inflamatórias da pele
                 e das mucosas.




                                                 14
Substâncias Perigosas
Rotulagem
Explosiva (E)

                A explosão é uma combustão
                extremamente rápida,
                depende das características
                do produto, da temperatura
                (fonte de calor), do contacto
                com os outros produtos
                (reações), dos choques, das
                frições, etc.


                                                15
Substâncias Perigosas
 Rotulagem
Perigoso para o Ambiente (N)

                          A     libertação dessa
                               substância no meio
                               ambiente pode
                               provocar danos ao
                               ecossistema a curto
                               ou longo prazo.



                                                     16
Substâncias Perigosas
Rotulagem(Diretiva 67/548/CEE e Portaria N.º 732-A/96, de 11 Dezembro)




                     validade           Nome
                                        Fórmula
                                        Massa relativa




                                                         Capacidade da
                                                         embalagem
                                                         (volume/peso)

                                                         Temperatura de
                                                         armazenagem (ºC)




                                                                            17
Substâncias Perigosas
Rotulagem (De acordo com a Directiva 67/548/CEE
e Portaria N.º 732-A/96 de 11 Dezembro)




                                                  18
Substâncias Perigosas
Rotulagem de acordo com o GHS (Globally
Harmonised System of Classification and Labelling-ONU)




                                                    19
S.P. – Classificação dos Agentes
Químicos Quanto à Sua
Perigosidade
Os agentes químicos perigosos suscetíveis de
 causar efeitos adversos (doenças
 profissionais), na sequência das suas
 propriedades toxicológicas, podem ser:

•   Muito tóxicos – os que, por inalação
    ingestão ou por via cutânea, podem
    ocasionar intoxicações extremamente
    graves, agudas ou crónicas, ou mesmo a
    morte;

                                               20
S.P. – Classificação dos Agentes
Químicos Quanto à Sua Perigosidade
 Tóxicos   – os que por inalação,
  ingestão ou por via cutânea, podem
  ocasionar intoxicações graves, agudas
  ou crónicas, ou mesmo a morte;

 Nocivos   – os que, por inalação,
  ingestão ou por via cutânea, podem
  ocasionar efeitos de gravidade limitada;
                                             21
S.P. – Classificação dos Agentes
Químicos Quanto à Sua
Perigosidade
 Corrosivos   – os que, em contacto
  com tecidos vivos, podem exercer
  sobre eles uma ação destrutiva;

 Irritantes  – os que, por contacto
  imediato, prolongado ou repetido, com
  a pele ou mucosa, podem provocar
  uma reação inflamatória;

                                          22
S.P. – Classificação dos Agentes
Químicos Quanto à Sua
Perigosidade
•   Carcinogénicos – os que, por inalação,
    ingestão ou por via cutânea, podem originar
    cancro, ou aumentar a sua frequência;

•   Tóxicos para a reprodução – os que, por
    inalação, ingestão ou por via cutânea, podem
    produzir ou induzir desvios funcionais, ou
    anomalias não hereditárias no
    desenvolvimento de embriões, fetos ou
    animais;
                                                   23
S.P. – Classificação dos Agentes
Químicos Quanto à Sua
Perigosidade

Mutagénicos     – os que, por inalação,
 ingestão ou por via cutânea, podem
 induzir alterações no material genético
 quer nos tecidos somáticos, quer nos
 tecidos germinais.



                                           24
Substâncias Perigosas
 PERIGO QUÍMICO

 É a propriedade intrínseca de um agente
 químico com potencial para provocar
 danos.




                                           25
Substâncias Perigosas
RISCO QUÍMICO

 É o risco inerente a um agente químico,
 traduzido na possibilidade de que esse
 perigo potencial se concretize, nas
 condições de utilização e/ou exposição.




                                           26
Toxicologia Industrial
Noções gerais/fundamentais:
1. Toxicidade;
2. Intoxicações agudas;
3. Intoxicações crónicas;
4. Riscos de exposição;
5. Dose;
6. Vias de entrada no organismo.



                                   27
Toxicologia Industrial
Substância perigosa
 Qualquer substância capaz de reagir quimicamente
 com algum dos constituintes do organismo
 humano, produzindo novas moléculas que o
 organismo não tolera, causando alterações ao seu
 funcionamento normal.

Substância tóxica
 Qualquer substância que possa afetar os tecidos,
 órgãos ou interferir nos processos biológicos do
 ser humano.


                                                    28
Toxicologia Industrial
1. Toxicidade
  De uma substância perigosa é a
  propriedade que tem de provocar efeitos
  nocivos em algum mecanismo biológico
  ou, mais precisamente, é a sua capacidade
  de provocar um efeito nocivo quando o
  agente químico ativo alcança uma
  concentração suficiente em determinado
  local do corpo (órgão).

                                          29
Toxicologia Industrial
2. Toxicidade Aguda Local
  A exposição ocorre numa zona localizada
  do organismo, durante um curto
  período de tempo.

3. Toxicidade Crónica Local
  A exposição ocorre numa zona localizada
  do organismo, durante um longo
  período de tempo.
                                            30
Toxicologia Industrial
Toxicidade Aguda e Crónica
Efeitos fisiológicos da toxicidade
 Condicionados pela capacidade das
 substâncias penetrarem no organismo,
 entrarem no sistema circulatório ou
 linfático, ultrapassarem a membrana
 celular e interferirem com o
 metabolismo celular.


                                        31
Substâncias Perigosas
6. Local do organismo Humano sujeito a
  exposição
  Principais vias de entrada ou de penetração, dos
  tóxicos no organismo humano:

 Respiratória  -------------------------------- por inalação
 Cutânea --------------- por absorção através da pele
 Digestiva ------------------------------------ por ingestão
 Parentérica --------- através da corrente sanguínea




                                                            32
Toxicologia Industrial
Vias de entrada
 Via de entrada respiratória

 Processa-se  através das vias respiratórias: nariz,
  garganta, traqueia, brônquios e alvéolos
  pulmonares
 Retenção de partículas:
   ◦ Partículas de dimensão acima de 5µ (10 a 15µ), cerca
     de 80%, são retidas no tracto respiratório superior;
   ◦ Partículas de dimensões inferiores a 1µ são retidas
     nos brônquios.

                                                            33
Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Via de entrada respiratória
 A quantidade total de um contaminante
 químico que é absorvida pela via
 respiratória, depende:
da sua concentração no ar;
do tempo de exposição;
da ventilação pulmonar;
da dimensão.


                                         34
Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Via de entrada cutânea

Contacto  de uma substância perigosa
 com a pele.
Penetra através da epiderme devido à sua
 permeabilidade.
Ocorre por absorção.




                                        35
Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Via de entrada cutânea
 Do contacto de uma substância perigosa com a
 pele podem resultar quatro efeito possíveis:
a pele constitui uma barreira efetiva à
 substância;
a substância provoca sensibilização da pele;
a substância reage com a pele e provoca
 localmente uma irritação primária;
a substância penetra nos vasos sanguíneos (que
 existem sob a pele) e entra na corrente
 sanguínea.
                                                  36
Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Via de entrada cutânea
Lesões na superfície de contacto
 - remoção da camada de lípidos
 (solventes e detergentes alcalinos)
 - desidratação (ácidos e bases fracos)
 - precipitação de proteínas (metais
 pesados)
 - oxidação (óxidos, peróxidos)
 - destruição (ácidos e bases fortes)

                                          37
Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Via de entrada digestiva
Ingestão de substâncias perigosas através do
 trato gastrointestinal, absorção e passagem
 para a corrente sanguínea.
Processa-se da boca, esófago, estômago e
 intestino
As substâncias que irritam a pele afetam o
 aparelho gastrointestinal quando deglutidas
 (irritação, deformação e hemorragias),


                                                38
Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Via de entrada parentérica
A substância perigosa pode entrar
 diretamente no organismo através do
 sistema circulatório.
Situação maioritariamente acidental e/ou
 ocasional.
  ◦ Ex: existência de feridas na pele
      manuseamento de agulhas (área da saúde)


                                                39
Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Condicionantes da exposição de um
 indivíduo

Concentração
Quantidade
Exposição
Local   do organismo sujeito à exposição


                                            40
Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Condicionantes da interação com o
 organismo
Características físico-químicas da substância
 (fatores intrínsecos)
Estado do organismo, idade, género,
 suscetibilidade
Forma de exposição (respiratória, cutânea
 ou digestiva)
Tempo de exposição
Condições de trabalho

                                                 41
Toxicologia Industrial
  Vias de entrada
Concentração
 Quantidade de uma substância perigosa expressa em
 unidades de volume.
A severidade da ação depende do agente tóxico e,
 depende da concentração da substância no órgão
 sensível ao agente.
Unidade: % (peso ou volume), peso por unidade de
 volume, normalidade, etc.



                                                     42
Toxicologia Industrial
Vias de entrada
ppm   (massa por volume)



 ppm   (massa por massa)



ppm   (volume por volume)

                             43
Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Concentração/quantidade (relação)
Ex:
  A ingestão de ácido fosfórico concentrado
  (100%) mesmo em pequenas quantidades, causa
  queimaduras no sistema gastrointestinal. No
  entanto, esta substância existe na composição
  de diversas bebidas em concentração de cerca
  de 5%, que mesmo quando ingeridas em
  grandes quantidades, não geram efeitos
  adversos notórios e de imediato.

                                              44
Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Exposição
 Depende da quantidade presente de um agente
 químico no ar ou no ambiente de um local de
 trabalho.

Frequência de exposição
EX:
 A inalação de pó de cimento durante um ou
 dois dias pode criar dificuldades respiratórias. A
 inalação durante um longo período de tempo
 provoca lesões respiratórias graves.
                                                  45
Toxicologia Industrial
Vias de entrada
Tempo de exposição
  Exposição de um trabalhador para um determinado
  período de tempo.
Exposição aguda
  Exposição a dose elevada num período de tempo
  curto.
Exposição crónica
  Exposição a pequenas doses em períodos de tempo
  longos.
Ex: a exposição de curta duração a CO produz
  tonturas, mas a exposição prolongada pode conduzir
  à morte.

                                                       46
Toxicologia Industrial
4. Risco de exposição
É a possibilidade que a exposição a uma
  substância perigosa tem de provocar
  danos à saúde.
É a possibilidade que existe de, nas
  condições efetivas da exposição, poder
  ser alcançada a concentração suficiente
  num determinado local do organismo
  (órgão)
                                            47
Toxicologia Industrial
5. Dose
  É a quantidade de substância absorvida
  por unidade de peso, num órgão ou por
  indivíduo.

Dose Letal (LD)
 Dose mortal para os animais ensaiados.


                                           48
Toxicologia Industrial
Dose
LD/DL Lo – Dose Letal Inferior
 É a menor dose (dose mais baixa) de uma
 substância perigosa que causa morte nos
 animais testados.

LD 50 / LC 50
 Dose administrada, de uma determinada
 substância, que num período de tempo
 produz a morte a 50% dos animais
 testados.
                                         49
Toxicologia Industrial
      Dose
   Potência tóxica de um agente químico nocivo
    É a relação entra a dose e o efeito/resposta que é
    induzida num sistema biológico.




    Dose                                    Efeito/
Agente Tóxico                              Resposta
 (quantidade)



                                                      50
Toxicologia Industrial
Dose




                         51
Avaliação de Riscos



      CONTAMINANTE
         QUÍMICO




                      52
Avaliação de Riscos
            FIBRAS      POEIRAS

SÓLIDO    PARTÍCULAS              COMBUSTÃO
                        FUMOS
            AEROSSÓIS
                                  SOLDADURA
            NEBLINAS
LÍQUIDO
            NEVOEIROS


            GASES
GASOSO
            VAPORES




                                          53
Avaliação de Riscos
    Classificação da contaminação de
    químicos quanto à FORMA
SÓLIDO
          FIBRAS  Partículas aciculares alongadas
                  de natureza animal, vegetal,
    mineral ou química, provenientes da
    desagregação mecânica e cuja relação
    comprimento/largura é superior a 5:1.



                                                    54
Avaliação de Riscos
   Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA


     SÓLIDO        PARTÍCULAS           POEIRAS

  Partículas sólidas suspensas no ar, de pequenas
  dimensões (Ø>0,1<25µ), resultantes de
  processos físicos de degradação (por
  esmagamento, por moagem, por impacto
  rápido) geradas por manipulação.
Sedimentares >50µ               Visíveis
  >40µ
Inaláveis         <10µ/15µ     Respiráveis <5µ
                                                              55
Avaliação de Riscos
Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA

SÓLIDO          PARTÍCULAS         FUMOS



 Partículas sólidas suspensas no ar, de
 pequenas dimensões (Ø<1 a 0,1µ),
 facilmente inaláveis, procedentes de uma
 combustão incompleta (soldadura,
 “smoke”) ou resultantes da sublimação
 de vapores de metais fundidos.


                                                           56
Avaliação de Riscos
      Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA

        SÓLIDO
                             AEROSSÓIS
         LÍQUIDO


    Partículas esféricas (sólidas ou líquidas), de
    dimensão não visível, (Ø<100µ)
provenientes da dispersão mecânica de
líquidos/sólidos no ar.


                                                                 57
Avaliação de Riscos
     Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA



LÍQUIDO          NEBLINAS

                   NEVOEIROS

      Pequenas gotas de líquido suspensas no
      ar, geradas por condensação
      (vaporização) ou por dispersão mecânica
      de líquidos (atomização) (Ø de 0,01 a
      10µ).

                                                                58
Avaliação de Riscos
 Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA
 
GASOSO        GASES

 São substâncias que  nas condições normais
  de pressão e temperatura se apresentam na
  forma gasosa.
 As partículas são de dimensão molecular.
 Fluídos amorfos que ocupam o espaço que
  os contém e podem mudar de estado físico,
  somente por variação de pressão e
  temperatura. Podem mover-se por
  transferência de massa ou por difusão.

                                                            59
Avaliação de Riscos
Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA
 
GASOSO              VAPORES



São substâncias sólidas ou líquidas (nas
 condições normais de pressão e
 temperatura), que se apresentam na
 forma gasosa noutras condições.
As partículas são de dimensão molecular.




                                                           60
Avaliação de Riscos
 Classificação dos contaminantes
 químicos quanto ao EFEITO

Irritantes
 Substâncias que produzem uma
 inflamação da pele e/ou vias aéreas,
 devido à ação física ou química.



                                        61
Avaliação de Riscos
    Classificação dos contaminantes químicos quanto ao EFEITO

Tóxicos   sistémicos
 Substâncias que se distribuem por todo o
 organismo, produzindo efeitos diversos.

Anestésicos   e narcóticos
 Substâncias que atuam como depressivos
 sobre o sistema nervoso central.


                                                                62
Avaliação de Riscos
Classificação dos contaminantes químicos quanto ao EFEITO
Cancerígenos
 Substâncias que podem gerar ou potenciar o
 desenvolvimento/crescimento desordenado
 das células.

Alérgicos
 Substâncias que requerem uma
 predisposição fisiológica, não afetando a
 generalidade dos indivíduos, e que apenas se
 manifestam em indivíduos previamente
 sensibilizados ou que desenvolvem alergia
 durante a exposição.
                                                            63
Avaliação de Riscos
Classificação dos contaminantes químicos quanto ao EFEITO
Asfixiantes
 Substâncias capazes de impedir a chegada
 de oxigénio aos tecidos.

Produtores    de dermatoses
 Substâncias que dão origem a alterações
 na pele.


                                                            64
Avaliação de Riscos
 Contaminantes químicos inalados
 que afetam a saúde.

Poeiras,  fibras e fumos
 Por decomposição no aparelho
 respiratório, principalmente nos pulmões,
 produzem alterações imediatas ou a
 médio/longo prazo, dando origem ao
 aparecimento de doenças.
                                         65
Avaliação de Riscos
Contaminantes químicos inalados que afectam a saúde
Gases      e vapores tóxicos
  ◦ Produzem reações adversas no aparelho
    respiratório (principalmente nos pulmões).
  ◦ Alguns não afetam localmente os pulmões
    mas, passam para o sangue, sendo
    transportados para outros órgãos. Têm
    efeitos adversos sistémicos:
      1. na capacidade de transporte de oxigénio pelo
         sangue para as células; ou
      2. podem ser potencialmente cancerígenos.

                                                        66
Avaliação de Riscos
Medição/Determinação de Riscos
Nível de intervenção a estabelecer:
  1. Controlar os postos de trabalho que
     apresentem maior exposição ao risco;
  2. O mesmo que referido para 1., acrescido de
     um maior n.º de amostras e/ou mais tempo de
     amostragem;
  3. Plano de controlo onde se efetua o
     acompanhamento do 2., com comparação dos
     valores das diferentes determinações e
     verificações da sua representatividade.

                                                   67
Medição/Determinação da
Exposição
A  avaliação da exposição dos
 trabalhadores a produtos químicos (S.P.
 nocivas) é feita com base na
 concentração desses produtos, no ar
 por eles inalado.
Campo de aplicação – todos os locais de
 trabalho onde se verifique a libertação de
 S.P. nocivas, resultantes dos processos de
 trabalho.

                                          68
Medição/Determinação da
Exposição
Os  níveis de concentração de S.P. nocivas
 existentes no ar atmosférico dos locais
 de trabalho, não devem ultrapassar os
 definidos em legislação específica.
Os VLE profissional e os Valores
 Limite Biológicos, deverão ser afixados
 com base na relação existente entre os
 efeitos dos A.Q. perigosos para a saúde,
 o nível de exposição profissional e o
 respetivo tempo de exposição.

                                          69
Medição/Determinação da
Exposição
Valor  Limite de exposição profissional
 Limite da concentração média ponderada,
 em função do tempo de um A.Q. presente
 na atmosfera do local de trabalho, na zona
 de respiração de um trabalhador, em relação
 a um período de referência específico.
Valor Limite Biológico
 Limite de concentração no meio biológico
 adequado do agente em causa, dos seus
 metabolitos ou de um indicador de efeito.

                                           70
Medição/Determinação da
Exposição
Monitorização Biológica
Para além do controlo ambiental (análise
 das S.P. nocivas presentes no ar ambiente
 dos locais de trabalho), o estudo dos
 efeitos biológicos , que determinadas S.P.
 nocivas possuem sobre o organismo,
 permite contribuir para a prevenção de
 algumas doenças profissionais.


                                              71
Medição/Determinação da
Exposição
Guiaspara Exposição de
 Contaminantes Químicos no ar
 ◦ Listas de substâncias perigosas tóxicas;
 ◦ Valores limites de concentração admissíveis.

Organismos/Organizações
 ◦ OSHA (Occupational Health and Safety Advisory Services);
 ◦ NIOSH (National Institute For Ocuppacional Safety and Health);
 ◦ ACGIH (Industrial Hygiene, Environmental, Occupational
   Health).


                                                                72
Medição/Determinação da
Exposição
 A    Norma portuguesa (NP-1796:1988)
    estabelece os VLE para S.P. nocivas
    existentes no ar ambiente dos locais de
    trabalho, e baseia-se na transposição dos
    valores limite propostos pela ACGIH
 Nota: A ACGIH publica anualmente a lista de valores limites admissíveis.

 Em     termos legislativos, apenas se
    encontram regulamentados os VLE para o
    chumbo metálico e respectivos
    compostos iónicos, para o cloreto de
    vinilo monómero e para o amianto.

                                                                            73
Medição/Determinação da
Exposição
A metodologia utilizada para a
 determinação dos VLE das S:P: nocivas,
 baseia-se em:
 ◦   Estudos epidemiológicos;
 ◦   Analogia química;
 ◦   Experimentação em animais;
 ◦   Experimentação humana.




                                          74
Medição/Determinação da
Exposição
O  conhecimento e o manuseamento
 correto dos VLE como “ferramenta”
 importante que é em higiene do trabalho,
 permite uma avaliação
 (medição/determinação) quantitativa
 correta, dos riscos químicos e da sua
 maior ou menor gravidade para a saúde
 dos trabalhadores expostos.


                                            75
Medição/Determinação da
Exposição
               Nomenclaturas

Portugal – VLE (Valor Limite de
 Exposição)
Inglaterra – MEL (Maximum Exposition
 Limit)
França - VME (Valeur Moyennes de
 Exposition)
E.U.A.   – TLV (Threshold Limit Value)

                                          76
Medição/Determinação da
Exposição
    VLE para as S.P. nocivas no ar
    ambiente dos locais de trabalho
VLE – Valor Limite de Exposição
 Concentrações de S.P. nocivas que
 representam condições às quais se julga
 (não é um valor estático) que a quase
 totalidade dos trabalhadores possa estar
 exposta, dia após dia, sem efeitos
 prejudiciais para a saúde.
                                            77
Medição/Determinação da
Exposição
       Três categorias de VLE são
               consideradas

1. VLE-MP: Valor Limite de Exposição – Média
 Ponderada
 Valor limite expresso em concentração
 média diária, para um dia de trabalho de
 8h e uma semana de 40h, ponderada em
 função do tempo de exposição.
                                               78
Medição/Determinação da
Exposição

2. VLE-CD: Valor Limite de Exposição – Curta
 Duração
 Valor limite expresso em concentração à
 qual se considera que praticamente todos
 os trabalhadores possam estar
 repetidamente expostos por curtos
 períodos de tempo, desde que o VLE-MP
 não seja excedido e sem que ocorram
 efeitos adversos.

                                               79
Medição/Determinação da
Exposição
3. VLE-CM: Valor Limite de Exposição –
 Concentração Máxima


 Valor limite expresso por uma
 concentração que nunca de ser excedida.

 Refere-se a substâncias de ação rápida
 sobre o organismo (ex: ácido cianídrico,
 cloro, fumos de óxido de cádmio, ….).
                                            80
Medição/Determinação da
Exposição
TLV-STEL (Threshold Limit Value-Short Term Exposure Level)
Concentração para a qual se julga que os
 trabalhadores possam estar expostos
 continuamente para períodos de curta
 duração sem afeitos adversos.




                                                             81
Medição/Determinação da
Exposição
IDLH (Immediately Dangerous Limit to Health)
Concentração imediatamente perigosa
 para a vida ou saúde do trabalhador, da
 qual poderá sair sem sintomas graves
 (intoxicação) nem efeitos irreversíveis
 para a saúde.




                                               82
Medição/Determinação da
Exposição
Toxicidade percutânea (P) – SKIN
Contribuição potencial, na exposição
 global, da absorção por via cutânea
 (incluindo as membranas mucosas e os
 olhos) de uma substância, quer esta se
 encontre presente no ar quer através do
 contato direto.



                                           83
Medição/Determinação da
Exposição
          Expressão dos VLE
As concentrações das partículas são
 expressas por volume de ar (mg/m³). No
 caso do amianto, é expresso em n.º de
 fibras/cm³.

As  concentrações dos gases dos vapores
 são expressas em massa por volume de
 ar (mg/m³) e em volume por volume de
 ar (ppm).
                                           84
Medição/Determinação da
      Exposição
      Expressão dos VLE
A    correspondência entre os valores expressos nas
    duas unidades de medida, é dada, a 25°C e a
    760mmHg (condições de referência), pelas seguintes
    expressões:

    Valor em X ppm=(Y mg/m3)*(24,45)/PMr

     (Y mg/m³)= (X ppm)*(PMr)/24,45
X,Y- Concentração do composto ; PM-Massa molecular relativa do composto; 24,45 (Volume molar do ar nas condições PTN,
    em dm3)


                                                                                                                  85
Medição/Determinação da
Exposição
           VLE para Substância
  Substância – elementos químicos e seus
  compostos no seu estado natural ou tal
  como obtidos por qualquer processo de
  produção, que assegure a sua
  estabilidade, sem alterar a sua
  composição.
Ex: acetona, chumbo, mercúrio, etc.



                                       86
Medição/Determinação da
Exposição
        VLE para substâncias

                     C
                    VLE

C – Concentração atmosférica (medida)
VLE – Valor limite de exposição
 (correspondente)

                                        87
Medição/Determinação da
Exposição
            VLE para preparações

Preparações – As misturas ou soluções
 compostas por duas ou mais substâncias.

EX: tintas, vernizes, etc.




                                           88
Medição/Determinação da
Exposição
         VLE para preparações
Quando duas ou mais substâncias agem
 simultaneamente, a um mesmo nível do
 organismo humano, deve ser estudado o
 seu efeito combinado e não o efeito de
 cada um, tomado separadamente.
C1     + C2 + … + Cn     C – Conc. atmosf. medida
VLE1     VLE2     VLEn   VLE – VLE (correspondente)



                                                      89
Medição/Determinação da Exposição
            VLE (NP 1796:1988)
          Substância      ppm          mg/m³
  Acetato de etilo              400       1400
  Acetona                       750       1780
  Éter etílico              1000          1900
  Amoníaco                       25            18
  Formaldeído                     1        1,5
  Cloro                           1             3
  Cloro hexavalente             ----      0,05
  Etilenoglicol                  50        125
  Tolueno                       100        375
                                                    90
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
      Equipamentos de Medição

Leitura  direta
 Colheita e análises é feita pelo aparelho

Leitura  indireta
 Análise é feita posteriormente em
 laboratório

                                             91
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
 Equipamentos de Leitura Direta Monitorização
           Contínua e Descontínua
Funcionamento    contínuo e descontínuo
Medem a concentração traduzindo este
 valor num sinal analógico ou digital
Métodos cromatográficos,
 espectrofotometria, fotoionização
Calibração prévia antes da sua utilização
          Ex.: explosímetros, analisadores CO, CO₂



                                                     92
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
  Equipamentos de Leitura Directa
        Tubos Colorímetros

Resposta  qualitativa e quantitativa
Seletivos para o contaminante a medir
Aspiração do ar manual ou automática




                                         93
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
 Tubos Colorímetros - Curta Duração
           (absorção mais rápida)
Medição de concentrações em momentos
 bem determinados (picos de concentração)
Medição da exposição de pessoas em locais
 de trabalho
Deteção de fugas
Análise do ar ambiente em espaços
 confinados

                                             94
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Tubos Colorímetros – Longa Duração
          (absorção mais lenta)
Medição em contínuo
Determinações de concentrações médias
 de gases
Deteção de fugas
Recurso a uma bomba para amostragem
 em contínuo

                                     95
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
   Equipamentos de Leitura Direta
        Suportes Individuais

São fixos no trabalhador (ex.: vestuário)
Podem ser contínuos ou descontínuos
A mudança de cor indica-nos o valor da
 exposição


                                             96
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Equipamentos de Leitura Indireta ou
     por Colheita – Amostragem

Bomba  (mecânica ou manual)
Coletor da amostra




                                      97
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Equipamentos de Leitura Indireta ou
     por colheita – Coletores de
              amostras

Suportes sólidos
Suportes líquidos
Filtros




                                      98
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Equipamentos de Leitura Indireta ou
      por Colheita – Suportes
          sólidos/líquidos

Retêm  as substâncias por absorção
Sistemas ativos ou passivos




                                      99
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação

                    Sistemas Ativos




Ar + contaminante
        Aspiração
                      Substância adsorvente
                    (carvão activado, sílica gel)

                                                    100
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
            Sistemas Passivos

Adsorção  do contaminante numa solução
Posterior análise




                                      101
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação

                        Filtros

Retêm  contaminantes sólidos
Constituídos por materiais porosos


Ex.: fibra de vidro ou celulose




                                      102
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação

         Análises Laboratoriais
Métodos e estratégias de
 amostragem
Limite da aplicação do método
Estabilidade das substâncias a dosear
Efeito da humidade
Limites de deteção e quantificação
Exatidão do método

                                         103
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
         Análises Laboratoriais
Requisitos de amostragem
Representatividade
Local da colheita
Momento em que é efetuada
Duração
Eficiência do sistema de colheita (coletor,
 caudal de ar).

                                           104
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação

      Requisitos da Amostragem
Local da colheita
Junto das vias respiratórias
É conveniente realizar colheitas no
 ambiente geral, a cerca de 1,5m do chão,
 assim como junto às possíveis fontes
 emissoras.

                                            105
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação

      Requisitos da Amostragem
Momento da colheita
De acordo com o tempo de execução da
 tarefa a analisar
O sistema coletor deve ser adequado à
 situação que se pretende analisar
Prever situações de interferência e
 encontrar formas de as eliminar

                                     106
Métodos de Identificação,
Amostragem e Quantificação
Calibração de Equipamentos
 Conjunto de operações que estabelecem,
 em condições específicas, a relação entre
 os valores indicados por um instrumento
 de medição, ou os valores representados
 por um material de referência, e os
 correspondentes valores conhecidos da
 grandeza a medir.


                                         107
Prevenção e Proteção de
Riscos
Conjunto   das disposições ou medidas tomadas
 ou previstas em todas as fases da atividade da
 empresa, tendo em vista evitar ou diminuir os
 riscos profissionais.
A prevenção dos riscos profissionais deve ser
 desenvolvida segundo princípios, normas e
 programas que visem nomeadamente:
  ◦ A determinação das substâncias, dos agentes ou
    processos que devam ser proibidos, limitados ou
    sujeitos a autorização, ou a controlo da autoridade
    competente , bem como a definição dos VLE dos
    trabalhadores a agentes químicos e das Normas
    técnicas para a amostragem, medição e avaliação dos
    resultados.

                                                      108
Prevenção e Proteção de
        Riscos
               Produto tóxico no ambiente
Identificação das        Identificação
medidas coletivas
                           Medição

                                               Critérios
                          Avaliação
                                              de avaliação
             Controlo
             periódico


             Situação                    Situação
              segura                     perigosa



                                                             109
Prevenção e Proteção de
Riscos
 É da responsabilidade dos empregadores
 eliminar ao mínimo os riscos, mediante:

Prevenção  técnica;
Prevenção médica;
Formação e informação dos
 trabalhadores.


                                           110
Prevenção e Proteção de
Riscos
Prevenção técnica
Conceção e organização dos métodos de
 trabalho e de controlos técnicos e
 equipamentos adequados, para evitar ou
 reduzir ao mínimo o risco de exposição
 aos agentes químicos perigosos.
A utilização de processos de manutenção
 que garantam a proteção da saúde dos
 trabalhadores
                                       111
Prevenção e Protecção de
Riscos
Prevenção técnica
A  redução ao mínimo do número de
 trabalha dores expostos ou susceptíveis
 de estarem expostos.
A redução ao mínimo do grau de
 exposição.
A adoção de medidas de higiene
 adequadas.
A redução da quantidade de agentes
 químicos presentes, ao mínimo
 necessário à execução do trabalho em      112
Prevenção e Proteção de
Riscos
Prevenção técnica
A  utilização de processos de trabalho
 adequados, nomeadamente, disposições que
 assegurem a segurança durante o
 manuseamento, a armazenagem e o
 transporte dos agentes químicos perigosos
 e dos resíduos que os contenham.
A adoção de medidas de proteção
 individual, se não for possível evitar a
 exposição por outros meios.

                                         113
Prevenção e Proteção de
Riscos
     Prevenção e Proteção de Riscos
 A investigação para a prevenção dos riscos
 químicos, baseia-se em 4 dimensões:
            Medições no posto e ambiente de
Avaliação   trabalho (concentrações ambientais e
            contaminantes)
da
exposição
            Avaliações     no     próprio  trabalhador
            (indicadores biológicos de exposição – ex:
            pesquisa na urina de metabolitos dos
            produtos a que se está exposto)

                                                         114
Prevenção e Proteção de
   Riscos
   Prevenção e Proteção de Riscos
Avaliação     Determina o potencial tóxico das substâncias –
              estudos de toxicologia experimental – referidos na
do perigo     ficha de segurança e ficha toxicológica do(s)
              produto(s).




Avaliação   Elaboração de metodologias de melhoria –
do risco    medidas técnicas de redução da exposição (ex:
            sistemas de ventilação, horários reduzidos, EPI,
            etc.).




                                                                   115
Prevenção e Proteção de
Riscos
Prevenção e Proteção de Riscos


           Elaboração de metodologias de melhoria – medidas
Gestão     técnicas de redução da exposição (ex: sistemas de
           ventilação, horários reduzidos, EPI, etc.).
de risco




                                                           116
Prevenção e Proteção de
Riscos
       Rotulagem e Fichas de Segurança
Portaria n.º 732-A/96 e Portaria n.º 1151/97
Identificação do produto e do responsável pela
  sua colocação no mercado
Composição do produto
Identificação de perigos e respectivos símbolos
Frases de risco (R)
Frases de segurança (S)
Quantidade nominal (massa ou volume) do
  conteúdo, para as preparações vendidas ao
  público em geral.
                                                   117
Prevenção e Proteção de
Riscos
Rotulagem e Fichas de Dados de Segurança
Obrigatoriedade de fornecimento aos
 utilizadores profissionais
Para o público em geral não é necessário,
 mas a informação existente no rótulo
 tem que ser suficiente e clara.




                                         118
Prevenção e Proteção de Riscos
Rotulagem e Fichas de Dados de Segurança-Conteúdo das
fichas de segurança
 Identificação do produto e da entidade responsável;
 Composição/Indicação dos componentes,
 Identificação dos perigos inerentes à utilização do
  produto;
 Indicação das medidas de primeiros socorros e
  assistência médica;
 Indicação das medidas de combate a incêndios;
 Indicação de medidas de proteção para fugas acidentais
  individuais e para ambiente e método de limpeza
  recomendado;
 Informação sobre a estabilidade/reatividade;
 Informação sobre os limites de exposição e EPI´s
                                                           119
Prevenção e Proteção de Riscos
Rotulagem e Fichas de Dados de Segurança – conteúdo
das fichas de segurança
   Informação toxicológica;
   Informação ecológica;
   Informação das condições para eliminação do
     produto;
   Informação relativa às condições de transporte e
     sua classificação;
   Informação relativa ao seu armazenamento e
     manuseamento;
   Informação sobre as suas propriedades F.Q´s.
   Informação sobre regulamentação específica;
   Outras informações (No total devem conter 16
     pontos).
                                                       120
CONTEÚDO DE INFORMAÇÃO DA FDS
  1.   Identificação   do         16. Outras
  produto e da empresa            informações
     2. Composição e informação       15.Regulamentações
     sobre os ingredientes
3. Identificação                            14. Informações
de perigos                                  sobre transporte
                                           13. Considerações
4. Medidas de
                                           sobre tratamento e
primeiros-socorros
                                           deposição
5. Medidas de
                                            12. Informações
combate a incêndio
                                            ecológicas
6. Medidas de controle
para derramamento ou                  11.Informações
vazamento                             toxicológicas
          7. Manuseamento e        10.Estabilidade
          armazenamento            e reatividade
       8.      Controle  de       9.
       exposição e proteção       Propriedades
       individual                 físico-químicas
Armazenagem Segura de Agentes
        Químicos Perigosos (AQP)




(+) Podem ser armazenados juntos; (-) Não devem ser armazenados juntos; (0) Podem ser
armazenados juntos se se adoptarem certas medidas específicas de prevenção.
                                                                                        122
Prevenção e Proteção de
Riscos
         Vigilância da Saúde

Exame   de um trabalhador, com o
 objetivo de determinar o seu estado de
 saúde, relacionado com a exposição, no
 local de trabalho, a agentes químicos
 específicos.



                                          123
Prevenção e Proteção de Riscos
Vigilância da Saúde
Sempre    que a “exposição do trabalhador
 a um agente químico perigoso for de
 modo a que uma doença identificável, ou
 efeito prejudicial para a saúde possa ser
 relacionado com a exposição, e seja
 verosímil que a doença ou efeito ocorra
 nas condições de trabalho particulares
 do trabalhador, e a técnica de
 investigação for de baixo risco para os
 trabalhadores”, deverá existir uma
 vigilância da saúde.                        124
Prevenção e Proteção de Riscos
        Vigilância da Saúde
                              Avaliação do estado de saúde do
                  Admissão
                  Admissão    trabalhador e de algum tipo de
                              sensibilidade alérgica. (Ficha de aptidão)



                              Dependentes do agente, características
Exames de Saúde   Periódico
                  Periódico
                              de exposição, actividade profissional e
                              do próprio trabalhador.


                              Na sequência do aparecimento de um
                  Ocasional
                  Ocasional
                              problema de saúde do trabalhador.




                                                                           125
Prevenção e Proteção de
    Riscos
    Vigilância da Saúde
                       Registo da história
                       clínica e profissional



                           Avaliação individual
                           do estado de saúde
Procedimentos
individuais de saúde
                          Vigilância biológica




                         Rastreio de efeitos
                         precoces e reversíveis


                                                  126
Prevenção e Proteção de Riscos
Vigilância da Saúde

 Os registos relativos à vigilância da saúde dos
 trabalhadores, devem:
Constar de registo individual de exposição, à
 qual o trabalhador deve ter acesso;
Serem arquivados e mantidos actualizados;
Serem entregues ao trabalhador a quando da
 cessação do contrato de trabalho;
Serem enviados ao Centro Nacional de
 Proteção Contra, os Riscos Profissionais, caso
 a empresa cesse a actividade.
                                                   127
Prevenção e Proteção de
Riscos
Vigilância da Saúde
Exposição a S.P. Cancerígenas ou Mutagénicas
Substâncias cancerígenas
 As que por inalação, ingestão ou por via cutânea,
  podem originar cancro, ou aumentar a sua
  frequência.
Substâncias mutagénicas
 As que, por inalação, ingestão ou por via cutânea,
  podem induzir alterações no material genético,
  quer nos tecidos somáticos quer nos tecidos
  germinais.
                                                   128
Prevenção e Proteção de
 Riscos
 Vigilância da Saúde – exposição a S.P.
 cancerígenas ou mutagénicas

      EFEITO               SUBSTÂNCIAS
                      Asbesto
                      Compostos de crómio
CARCINOGÉNICO         Sílica cristalina
                      Benzeno
                      Chumbo e os seus
                      compostos
MUTAGÉNICO            Mercúrio e os seus
                      compostos
                      Orgânicos
                                            129
Prevenção e Proteção de
        Riscos
        Vigilância da Saúde
    Riscos para à saúde associados à exposição a S.P. nocivas


      S.P.    Inalação       Cutânea       Ocular       Ingestão


              Destruição      Reações                 Potencialmente
               de tecidos     alérgicas                cancerígeno
                   das                      Pode
FORMALDEÍDO                                              Distúrbios
               mucosas e     Destruição    destruir
                do trato     dos tecidos   tecidos    gastrointestinais
              respiratório
                superior



                                                                          130
Prevenção e Proteção de
           Riscos
           Vigilância da Saúde
     Riscos para à saúde associados à exposição a S.P.
                          nocivas
    S.P.      Inalação        Cutânea       Ocular      Ingestão


                Cefaleias,    Irritação
             inconsciência    (pode ser                 Irritação
                 e coma.      absorvido).   Irritação   do trato
TOLUENO                                                 digestivo
                Lesões do     Dermatites
              fígado e rins   de contato




                                                                    131
Prevenção e Proteção de
           Riscos
           Vigilância da Saúde
     Riscos para à saúde associados à exposição a S.P.
                          nocivas
    S.P.       Inalação     Cutânea      Ocular      Ingestão


             Irritação do
ACETATO
                 trato      Irritação    Irritação   Pode ser
DE ETILO
             respiratório   Dermatites                 fatal
               superior




                                                                132
Prevenção e Proteção de
           Riscos
           Vigilância da Saúde
     Riscos para à saúde associados à exposição a S.P.
                           nocivas
    S.P.       Inalação    Cutânea       Ocular       Ingestão


                             Irritação
CRÓMIO VI                  perigosa se   Irritação.
             Cancerígeno    absorvido                 Cancerígeno
                            pela pele.   Reações
                             Reações     alérgicas
                             alérgicas




                                                                    133
Prevenção e Proteção de
Riscos
Vigilância da Saúde




             MINISTÉRIO DA SAÚDE
      CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS
                        (CIAV)
              R. Infante D. Pedro, n.º 8
                   1790-075 Lisboa
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Agentes Químicos Perigosos

  • 1. Agentes Químicos Formadora: Filipa Andrade 1
  • 2. Substâncias Perigosas • As substâncias perigosas representam, para a saúde dos trabalhadores, um risco potencial, em todos os setores da atividade. • O seu efeito traduz-se em doenças profissionais tais como: asma, dermatites, cancro, danos em fetos ou futuras gerações e uma quantidade de outros efeitos negativos para a saúde e bem- estar dos trabalhadores. 2
  • 3. Substâncias Perigosas Todos os agentes químicos são potencialmente perigosos, podendo originar acidentes de trabalho com danos graves para a saúde humana (projeções, queimaduras, intoxicações, asfixias,......) ou doenças profissionais (saturnismo – chumbo, asbestose – amianto, silicose – pó das minas, ....). 3
  • 4. Substâncias Perigosas • A utilização dos agentes químicos numa empresa, obriga ao conhecimento dos riscos por parte de : - empregador; - técnico e/ou técnico superior de segurança; - médico do trabalho; - trabalhadores; - .............. • Logo a prevenção dos riscos da exposição aos agentes químicos perigosos, deve, assim, constituir um objeto de TODOS numa empresa. 4
  • 5. Substâncias Perigosas AGENTE QUÍMICO – Qualquer elemento ou composto químico, isolado ou em mistura, que se apresenta no estado natural ou seja produzido, utilizado ou libertado em consequência de uma atividade laboral, inclusivamente sob a forma de resíduos, seja ou não intencionalmente produzido ou comercializado. 5
  • 6. Substâncias Elementares SUBSTÂNCIAS ELEMENTARES São constituídas por átomos de um só elemento, ou moléculas com um só tipo de elemento ex; Molécula de O2 6
  • 7. Substâncias Compostas SUBSTÂNCIAS COMPOSTAS São todas as substâncias constituídas por dois ou mais átomos de elementos diferentes, ex: Molécula de H20 Molécula de C02 7
  • 8. Mistura de Substâncias São constituídas pela mistura de substâncias diferentes, ex: 8
  • 9. Substâncias Perigosas AGENTE QUÍMICO PERIGOSO* – Qualquer elemento ou composto químico, isolado ou em mistura, que se apresente no estado natural ou seja produzido, utilizado ou libertado em consequência de uma atividade laboral, e possa ser considerado como substância ou preparação explosiva, comburente extremamente inflamável, ou facilmente inflamável . * Portaria n.º 732A/96 de 11de dezembro 9
  • 10. Substâncias Perigosas Rotulagem Tóxica (T) Muito Tóxica (T+) Nociva (Xn) Se a gravidade do efeito Estes produtos penetram sobre a saúde se manifestar no organismo por inalação, com quantidades muito por ingestão ou através da pequenas, o produto é pele. assinalado pelo símbolo tóxico 10
  • 11. Substâncias Perigosas Rotulagem Facilmente inflamável (F) Extremamente inflamável (F+) (F) – Os produtos facilmente inflamáveis incendeiam-se em presença de uma chama, de uma fonte de calor (superfície quente) ou de uma fagulha. (F+) – Os produtos extremamente inflamáveis incendeiam-se sob a ação de uma fonte de energia (chama, fagulha, etc.) mesmo abaixo de 0°C. 11
  • 12. Substâncias Perigosas Rotulagem Comburente (O) Oxidante A combustão tem necessidade de substância combustível, de oxigénio e de uma fonte de inflamação ou é consideravelmente acelerada em presença de um produto comburente (substância rica em oxigénio) originando uma reação fortemente exotérmica. 12
  • 13. Substâncias Perigosas Rotulagem Corrosiva (C) As substâncias corrosivas danificam gravemente os tecidos da pele e atacam igualmente outras matérias. A reação pode ser devida à presença de água ou de humidade. 13
  • 14. Substâncias Perigosas Rotulagem Irritante (XI) O contacto repetido com os produtos irritantes provoca reações inflamatórias da pele e das mucosas. 14
  • 15. Substâncias Perigosas Rotulagem Explosiva (E) A explosão é uma combustão extremamente rápida, depende das características do produto, da temperatura (fonte de calor), do contacto com os outros produtos (reações), dos choques, das frições, etc. 15
  • 16. Substâncias Perigosas Rotulagem Perigoso para o Ambiente (N) A libertação dessa substância no meio ambiente pode provocar danos ao ecossistema a curto ou longo prazo. 16
  • 17. Substâncias Perigosas Rotulagem(Diretiva 67/548/CEE e Portaria N.º 732-A/96, de 11 Dezembro) validade Nome Fórmula Massa relativa Capacidade da embalagem (volume/peso) Temperatura de armazenagem (ºC) 17
  • 18. Substâncias Perigosas Rotulagem (De acordo com a Directiva 67/548/CEE e Portaria N.º 732-A/96 de 11 Dezembro) 18
  • 19. Substâncias Perigosas Rotulagem de acordo com o GHS (Globally Harmonised System of Classification and Labelling-ONU) 19
  • 20. S.P. – Classificação dos Agentes Químicos Quanto à Sua Perigosidade Os agentes químicos perigosos suscetíveis de causar efeitos adversos (doenças profissionais), na sequência das suas propriedades toxicológicas, podem ser: • Muito tóxicos – os que, por inalação ingestão ou por via cutânea, podem ocasionar intoxicações extremamente graves, agudas ou crónicas, ou mesmo a morte; 20
  • 21. S.P. – Classificação dos Agentes Químicos Quanto à Sua Perigosidade Tóxicos – os que por inalação, ingestão ou por via cutânea, podem ocasionar intoxicações graves, agudas ou crónicas, ou mesmo a morte; Nocivos – os que, por inalação, ingestão ou por via cutânea, podem ocasionar efeitos de gravidade limitada; 21
  • 22. S.P. – Classificação dos Agentes Químicos Quanto à Sua Perigosidade Corrosivos – os que, em contacto com tecidos vivos, podem exercer sobre eles uma ação destrutiva; Irritantes – os que, por contacto imediato, prolongado ou repetido, com a pele ou mucosa, podem provocar uma reação inflamatória; 22
  • 23. S.P. – Classificação dos Agentes Químicos Quanto à Sua Perigosidade • Carcinogénicos – os que, por inalação, ingestão ou por via cutânea, podem originar cancro, ou aumentar a sua frequência; • Tóxicos para a reprodução – os que, por inalação, ingestão ou por via cutânea, podem produzir ou induzir desvios funcionais, ou anomalias não hereditárias no desenvolvimento de embriões, fetos ou animais; 23
  • 24. S.P. – Classificação dos Agentes Químicos Quanto à Sua Perigosidade Mutagénicos – os que, por inalação, ingestão ou por via cutânea, podem induzir alterações no material genético quer nos tecidos somáticos, quer nos tecidos germinais. 24
  • 25. Substâncias Perigosas PERIGO QUÍMICO É a propriedade intrínseca de um agente químico com potencial para provocar danos. 25
  • 26. Substâncias Perigosas RISCO QUÍMICO É o risco inerente a um agente químico, traduzido na possibilidade de que esse perigo potencial se concretize, nas condições de utilização e/ou exposição. 26
  • 27. Toxicologia Industrial Noções gerais/fundamentais: 1. Toxicidade; 2. Intoxicações agudas; 3. Intoxicações crónicas; 4. Riscos de exposição; 5. Dose; 6. Vias de entrada no organismo. 27
  • 28. Toxicologia Industrial Substância perigosa Qualquer substância capaz de reagir quimicamente com algum dos constituintes do organismo humano, produzindo novas moléculas que o organismo não tolera, causando alterações ao seu funcionamento normal. Substância tóxica Qualquer substância que possa afetar os tecidos, órgãos ou interferir nos processos biológicos do ser humano. 28
  • 29. Toxicologia Industrial 1. Toxicidade De uma substância perigosa é a propriedade que tem de provocar efeitos nocivos em algum mecanismo biológico ou, mais precisamente, é a sua capacidade de provocar um efeito nocivo quando o agente químico ativo alcança uma concentração suficiente em determinado local do corpo (órgão). 29
  • 30. Toxicologia Industrial 2. Toxicidade Aguda Local A exposição ocorre numa zona localizada do organismo, durante um curto período de tempo. 3. Toxicidade Crónica Local A exposição ocorre numa zona localizada do organismo, durante um longo período de tempo. 30
  • 31. Toxicologia Industrial Toxicidade Aguda e Crónica Efeitos fisiológicos da toxicidade Condicionados pela capacidade das substâncias penetrarem no organismo, entrarem no sistema circulatório ou linfático, ultrapassarem a membrana celular e interferirem com o metabolismo celular. 31
  • 32. Substâncias Perigosas 6. Local do organismo Humano sujeito a exposição Principais vias de entrada ou de penetração, dos tóxicos no organismo humano:  Respiratória -------------------------------- por inalação  Cutânea --------------- por absorção através da pele  Digestiva ------------------------------------ por ingestão  Parentérica --------- através da corrente sanguínea 32
  • 33. Toxicologia Industrial Vias de entrada Via de entrada respiratória Processa-se através das vias respiratórias: nariz, garganta, traqueia, brônquios e alvéolos pulmonares Retenção de partículas: ◦ Partículas de dimensão acima de 5µ (10 a 15µ), cerca de 80%, são retidas no tracto respiratório superior; ◦ Partículas de dimensões inferiores a 1µ são retidas nos brônquios. 33
  • 34. Toxicologia Industrial Vias de entrada Via de entrada respiratória A quantidade total de um contaminante químico que é absorvida pela via respiratória, depende: da sua concentração no ar; do tempo de exposição; da ventilação pulmonar; da dimensão. 34
  • 35. Toxicologia Industrial Vias de entrada Via de entrada cutânea Contacto de uma substância perigosa com a pele. Penetra através da epiderme devido à sua permeabilidade. Ocorre por absorção. 35
  • 36. Toxicologia Industrial Vias de entrada Via de entrada cutânea Do contacto de uma substância perigosa com a pele podem resultar quatro efeito possíveis: a pele constitui uma barreira efetiva à substância; a substância provoca sensibilização da pele; a substância reage com a pele e provoca localmente uma irritação primária; a substância penetra nos vasos sanguíneos (que existem sob a pele) e entra na corrente sanguínea. 36
  • 37. Toxicologia Industrial Vias de entrada Via de entrada cutânea Lesões na superfície de contacto - remoção da camada de lípidos (solventes e detergentes alcalinos) - desidratação (ácidos e bases fracos) - precipitação de proteínas (metais pesados) - oxidação (óxidos, peróxidos) - destruição (ácidos e bases fortes) 37
  • 38. Toxicologia Industrial Vias de entrada Via de entrada digestiva Ingestão de substâncias perigosas através do trato gastrointestinal, absorção e passagem para a corrente sanguínea. Processa-se da boca, esófago, estômago e intestino As substâncias que irritam a pele afetam o aparelho gastrointestinal quando deglutidas (irritação, deformação e hemorragias), 38
  • 39. Toxicologia Industrial Vias de entrada Via de entrada parentérica A substância perigosa pode entrar diretamente no organismo através do sistema circulatório. Situação maioritariamente acidental e/ou ocasional. ◦ Ex: existência de feridas na pele manuseamento de agulhas (área da saúde) 39
  • 40. Toxicologia Industrial Vias de entrada Condicionantes da exposição de um indivíduo Concentração Quantidade Exposição Local do organismo sujeito à exposição 40
  • 41. Toxicologia Industrial Vias de entrada Condicionantes da interação com o organismo Características físico-químicas da substância (fatores intrínsecos) Estado do organismo, idade, género, suscetibilidade Forma de exposição (respiratória, cutânea ou digestiva) Tempo de exposição Condições de trabalho 41
  • 42. Toxicologia Industrial Vias de entrada Concentração Quantidade de uma substância perigosa expressa em unidades de volume. A severidade da ação depende do agente tóxico e, depende da concentração da substância no órgão sensível ao agente. Unidade: % (peso ou volume), peso por unidade de volume, normalidade, etc. 42
  • 43. Toxicologia Industrial Vias de entrada ppm (massa por volume) ppm (massa por massa) ppm (volume por volume) 43
  • 44. Toxicologia Industrial Vias de entrada Concentração/quantidade (relação) Ex: A ingestão de ácido fosfórico concentrado (100%) mesmo em pequenas quantidades, causa queimaduras no sistema gastrointestinal. No entanto, esta substância existe na composição de diversas bebidas em concentração de cerca de 5%, que mesmo quando ingeridas em grandes quantidades, não geram efeitos adversos notórios e de imediato. 44
  • 45. Toxicologia Industrial Vias de entrada Exposição Depende da quantidade presente de um agente químico no ar ou no ambiente de um local de trabalho. Frequência de exposição EX: A inalação de pó de cimento durante um ou dois dias pode criar dificuldades respiratórias. A inalação durante um longo período de tempo provoca lesões respiratórias graves. 45
  • 46. Toxicologia Industrial Vias de entrada Tempo de exposição Exposição de um trabalhador para um determinado período de tempo. Exposição aguda Exposição a dose elevada num período de tempo curto. Exposição crónica Exposição a pequenas doses em períodos de tempo longos. Ex: a exposição de curta duração a CO produz tonturas, mas a exposição prolongada pode conduzir à morte. 46
  • 47. Toxicologia Industrial 4. Risco de exposição É a possibilidade que a exposição a uma substância perigosa tem de provocar danos à saúde. É a possibilidade que existe de, nas condições efetivas da exposição, poder ser alcançada a concentração suficiente num determinado local do organismo (órgão) 47
  • 48. Toxicologia Industrial 5. Dose É a quantidade de substância absorvida por unidade de peso, num órgão ou por indivíduo. Dose Letal (LD) Dose mortal para os animais ensaiados. 48
  • 49. Toxicologia Industrial Dose LD/DL Lo – Dose Letal Inferior É a menor dose (dose mais baixa) de uma substância perigosa que causa morte nos animais testados. LD 50 / LC 50 Dose administrada, de uma determinada substância, que num período de tempo produz a morte a 50% dos animais testados. 49
  • 50. Toxicologia Industrial Dose Potência tóxica de um agente químico nocivo É a relação entra a dose e o efeito/resposta que é induzida num sistema biológico. Dose Efeito/ Agente Tóxico Resposta (quantidade) 50
  • 52. Avaliação de Riscos CONTAMINANTE QUÍMICO 52
  • 53. Avaliação de Riscos FIBRAS POEIRAS SÓLIDO PARTÍCULAS COMBUSTÃO FUMOS AEROSSÓIS SOLDADURA NEBLINAS LÍQUIDO NEVOEIROS GASES GASOSO VAPORES 53
  • 54. Avaliação de Riscos Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA SÓLIDO FIBRAS Partículas aciculares alongadas de natureza animal, vegetal, mineral ou química, provenientes da desagregação mecânica e cuja relação comprimento/largura é superior a 5:1. 54
  • 55. Avaliação de Riscos Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA SÓLIDO PARTÍCULAS POEIRAS Partículas sólidas suspensas no ar, de pequenas dimensões (Ø>0,1<25µ), resultantes de processos físicos de degradação (por esmagamento, por moagem, por impacto rápido) geradas por manipulação. Sedimentares >50µ Visíveis >40µ Inaláveis <10µ/15µ Respiráveis <5µ 55
  • 56. Avaliação de Riscos Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA SÓLIDO PARTÍCULAS FUMOS Partículas sólidas suspensas no ar, de pequenas dimensões (Ø<1 a 0,1µ), facilmente inaláveis, procedentes de uma combustão incompleta (soldadura, “smoke”) ou resultantes da sublimação de vapores de metais fundidos. 56
  • 57. Avaliação de Riscos Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA SÓLIDO AEROSSÓIS LÍQUIDO Partículas esféricas (sólidas ou líquidas), de dimensão não visível, (Ø<100µ) provenientes da dispersão mecânica de líquidos/sólidos no ar. 57
  • 58. Avaliação de Riscos Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA LÍQUIDO NEBLINAS NEVOEIROS Pequenas gotas de líquido suspensas no ar, geradas por condensação (vaporização) ou por dispersão mecânica de líquidos (atomização) (Ø de 0,01 a 10µ). 58
  • 59. Avaliação de Riscos Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA  GASOSO GASES São substâncias que nas condições normais de pressão e temperatura se apresentam na forma gasosa. As partículas são de dimensão molecular. Fluídos amorfos que ocupam o espaço que os contém e podem mudar de estado físico, somente por variação de pressão e temperatura. Podem mover-se por transferência de massa ou por difusão. 59
  • 60. Avaliação de Riscos Classificação da contaminação de químicos quanto à FORMA  GASOSO VAPORES São substâncias sólidas ou líquidas (nas condições normais de pressão e temperatura), que se apresentam na forma gasosa noutras condições. As partículas são de dimensão molecular. 60
  • 61. Avaliação de Riscos Classificação dos contaminantes químicos quanto ao EFEITO Irritantes Substâncias que produzem uma inflamação da pele e/ou vias aéreas, devido à ação física ou química. 61
  • 62. Avaliação de Riscos Classificação dos contaminantes químicos quanto ao EFEITO Tóxicos sistémicos Substâncias que se distribuem por todo o organismo, produzindo efeitos diversos. Anestésicos e narcóticos Substâncias que atuam como depressivos sobre o sistema nervoso central. 62
  • 63. Avaliação de Riscos Classificação dos contaminantes químicos quanto ao EFEITO Cancerígenos Substâncias que podem gerar ou potenciar o desenvolvimento/crescimento desordenado das células. Alérgicos Substâncias que requerem uma predisposição fisiológica, não afetando a generalidade dos indivíduos, e que apenas se manifestam em indivíduos previamente sensibilizados ou que desenvolvem alergia durante a exposição. 63
  • 64. Avaliação de Riscos Classificação dos contaminantes químicos quanto ao EFEITO Asfixiantes Substâncias capazes de impedir a chegada de oxigénio aos tecidos. Produtores de dermatoses Substâncias que dão origem a alterações na pele. 64
  • 65. Avaliação de Riscos Contaminantes químicos inalados que afetam a saúde. Poeiras, fibras e fumos Por decomposição no aparelho respiratório, principalmente nos pulmões, produzem alterações imediatas ou a médio/longo prazo, dando origem ao aparecimento de doenças. 65
  • 66. Avaliação de Riscos Contaminantes químicos inalados que afectam a saúde Gases e vapores tóxicos ◦ Produzem reações adversas no aparelho respiratório (principalmente nos pulmões). ◦ Alguns não afetam localmente os pulmões mas, passam para o sangue, sendo transportados para outros órgãos. Têm efeitos adversos sistémicos: 1. na capacidade de transporte de oxigénio pelo sangue para as células; ou 2. podem ser potencialmente cancerígenos. 66
  • 67. Avaliação de Riscos Medição/Determinação de Riscos Nível de intervenção a estabelecer: 1. Controlar os postos de trabalho que apresentem maior exposição ao risco; 2. O mesmo que referido para 1., acrescido de um maior n.º de amostras e/ou mais tempo de amostragem; 3. Plano de controlo onde se efetua o acompanhamento do 2., com comparação dos valores das diferentes determinações e verificações da sua representatividade. 67
  • 68. Medição/Determinação da Exposição A avaliação da exposição dos trabalhadores a produtos químicos (S.P. nocivas) é feita com base na concentração desses produtos, no ar por eles inalado. Campo de aplicação – todos os locais de trabalho onde se verifique a libertação de S.P. nocivas, resultantes dos processos de trabalho. 68
  • 69. Medição/Determinação da Exposição Os níveis de concentração de S.P. nocivas existentes no ar atmosférico dos locais de trabalho, não devem ultrapassar os definidos em legislação específica. Os VLE profissional e os Valores Limite Biológicos, deverão ser afixados com base na relação existente entre os efeitos dos A.Q. perigosos para a saúde, o nível de exposição profissional e o respetivo tempo de exposição. 69
  • 70. Medição/Determinação da Exposição Valor Limite de exposição profissional Limite da concentração média ponderada, em função do tempo de um A.Q. presente na atmosfera do local de trabalho, na zona de respiração de um trabalhador, em relação a um período de referência específico. Valor Limite Biológico Limite de concentração no meio biológico adequado do agente em causa, dos seus metabolitos ou de um indicador de efeito. 70
  • 71. Medição/Determinação da Exposição Monitorização Biológica Para além do controlo ambiental (análise das S.P. nocivas presentes no ar ambiente dos locais de trabalho), o estudo dos efeitos biológicos , que determinadas S.P. nocivas possuem sobre o organismo, permite contribuir para a prevenção de algumas doenças profissionais. 71
  • 72. Medição/Determinação da Exposição Guiaspara Exposição de Contaminantes Químicos no ar ◦ Listas de substâncias perigosas tóxicas; ◦ Valores limites de concentração admissíveis. Organismos/Organizações ◦ OSHA (Occupational Health and Safety Advisory Services); ◦ NIOSH (National Institute For Ocuppacional Safety and Health); ◦ ACGIH (Industrial Hygiene, Environmental, Occupational Health). 72
  • 73. Medição/Determinação da Exposição A Norma portuguesa (NP-1796:1988) estabelece os VLE para S.P. nocivas existentes no ar ambiente dos locais de trabalho, e baseia-se na transposição dos valores limite propostos pela ACGIH Nota: A ACGIH publica anualmente a lista de valores limites admissíveis. Em termos legislativos, apenas se encontram regulamentados os VLE para o chumbo metálico e respectivos compostos iónicos, para o cloreto de vinilo monómero e para o amianto. 73
  • 74. Medição/Determinação da Exposição A metodologia utilizada para a determinação dos VLE das S:P: nocivas, baseia-se em: ◦ Estudos epidemiológicos; ◦ Analogia química; ◦ Experimentação em animais; ◦ Experimentação humana. 74
  • 75. Medição/Determinação da Exposição O conhecimento e o manuseamento correto dos VLE como “ferramenta” importante que é em higiene do trabalho, permite uma avaliação (medição/determinação) quantitativa correta, dos riscos químicos e da sua maior ou menor gravidade para a saúde dos trabalhadores expostos. 75
  • 76. Medição/Determinação da Exposição Nomenclaturas Portugal – VLE (Valor Limite de Exposição) Inglaterra – MEL (Maximum Exposition Limit) França - VME (Valeur Moyennes de Exposition) E.U.A. – TLV (Threshold Limit Value) 76
  • 77. Medição/Determinação da Exposição VLE para as S.P. nocivas no ar ambiente dos locais de trabalho VLE – Valor Limite de Exposição Concentrações de S.P. nocivas que representam condições às quais se julga (não é um valor estático) que a quase totalidade dos trabalhadores possa estar exposta, dia após dia, sem efeitos prejudiciais para a saúde. 77
  • 78. Medição/Determinação da Exposição Três categorias de VLE são consideradas 1. VLE-MP: Valor Limite de Exposição – Média Ponderada Valor limite expresso em concentração média diária, para um dia de trabalho de 8h e uma semana de 40h, ponderada em função do tempo de exposição. 78
  • 79. Medição/Determinação da Exposição 2. VLE-CD: Valor Limite de Exposição – Curta Duração Valor limite expresso em concentração à qual se considera que praticamente todos os trabalhadores possam estar repetidamente expostos por curtos períodos de tempo, desde que o VLE-MP não seja excedido e sem que ocorram efeitos adversos. 79
  • 80. Medição/Determinação da Exposição 3. VLE-CM: Valor Limite de Exposição – Concentração Máxima Valor limite expresso por uma concentração que nunca de ser excedida. Refere-se a substâncias de ação rápida sobre o organismo (ex: ácido cianídrico, cloro, fumos de óxido de cádmio, ….). 80
  • 81. Medição/Determinação da Exposição TLV-STEL (Threshold Limit Value-Short Term Exposure Level) Concentração para a qual se julga que os trabalhadores possam estar expostos continuamente para períodos de curta duração sem afeitos adversos. 81
  • 82. Medição/Determinação da Exposição IDLH (Immediately Dangerous Limit to Health) Concentração imediatamente perigosa para a vida ou saúde do trabalhador, da qual poderá sair sem sintomas graves (intoxicação) nem efeitos irreversíveis para a saúde. 82
  • 83. Medição/Determinação da Exposição Toxicidade percutânea (P) – SKIN Contribuição potencial, na exposição global, da absorção por via cutânea (incluindo as membranas mucosas e os olhos) de uma substância, quer esta se encontre presente no ar quer através do contato direto. 83
  • 84. Medição/Determinação da Exposição Expressão dos VLE As concentrações das partículas são expressas por volume de ar (mg/m³). No caso do amianto, é expresso em n.º de fibras/cm³. As concentrações dos gases dos vapores são expressas em massa por volume de ar (mg/m³) e em volume por volume de ar (ppm). 84
  • 85. Medição/Determinação da Exposição Expressão dos VLE A correspondência entre os valores expressos nas duas unidades de medida, é dada, a 25°C e a 760mmHg (condições de referência), pelas seguintes expressões: Valor em X ppm=(Y mg/m3)*(24,45)/PMr (Y mg/m³)= (X ppm)*(PMr)/24,45 X,Y- Concentração do composto ; PM-Massa molecular relativa do composto; 24,45 (Volume molar do ar nas condições PTN, em dm3) 85
  • 86. Medição/Determinação da Exposição VLE para Substância Substância – elementos químicos e seus compostos no seu estado natural ou tal como obtidos por qualquer processo de produção, que assegure a sua estabilidade, sem alterar a sua composição. Ex: acetona, chumbo, mercúrio, etc. 86
  • 87. Medição/Determinação da Exposição VLE para substâncias C VLE C – Concentração atmosférica (medida) VLE – Valor limite de exposição (correspondente) 87
  • 88. Medição/Determinação da Exposição VLE para preparações Preparações – As misturas ou soluções compostas por duas ou mais substâncias. EX: tintas, vernizes, etc. 88
  • 89. Medição/Determinação da Exposição VLE para preparações Quando duas ou mais substâncias agem simultaneamente, a um mesmo nível do organismo humano, deve ser estudado o seu efeito combinado e não o efeito de cada um, tomado separadamente. C1 + C2 + … + Cn C – Conc. atmosf. medida VLE1 VLE2 VLEn VLE – VLE (correspondente) 89
  • 90. Medição/Determinação da Exposição VLE (NP 1796:1988) Substância ppm mg/m³ Acetato de etilo 400 1400 Acetona 750 1780 Éter etílico 1000 1900 Amoníaco 25 18 Formaldeído 1 1,5 Cloro 1 3 Cloro hexavalente ---- 0,05 Etilenoglicol 50 125 Tolueno 100 375 90
  • 91. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Equipamentos de Medição Leitura direta Colheita e análises é feita pelo aparelho Leitura indireta Análise é feita posteriormente em laboratório 91
  • 92. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Equipamentos de Leitura Direta Monitorização Contínua e Descontínua Funcionamento contínuo e descontínuo Medem a concentração traduzindo este valor num sinal analógico ou digital Métodos cromatográficos, espectrofotometria, fotoionização Calibração prévia antes da sua utilização Ex.: explosímetros, analisadores CO, CO₂ 92
  • 93. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Equipamentos de Leitura Directa Tubos Colorímetros Resposta qualitativa e quantitativa Seletivos para o contaminante a medir Aspiração do ar manual ou automática 93
  • 94. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Tubos Colorímetros - Curta Duração (absorção mais rápida) Medição de concentrações em momentos bem determinados (picos de concentração) Medição da exposição de pessoas em locais de trabalho Deteção de fugas Análise do ar ambiente em espaços confinados 94
  • 95. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Tubos Colorímetros – Longa Duração (absorção mais lenta) Medição em contínuo Determinações de concentrações médias de gases Deteção de fugas Recurso a uma bomba para amostragem em contínuo 95
  • 96. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Equipamentos de Leitura Direta Suportes Individuais São fixos no trabalhador (ex.: vestuário) Podem ser contínuos ou descontínuos A mudança de cor indica-nos o valor da exposição 96
  • 97. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Equipamentos de Leitura Indireta ou por Colheita – Amostragem Bomba (mecânica ou manual) Coletor da amostra 97
  • 98. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Equipamentos de Leitura Indireta ou por colheita – Coletores de amostras Suportes sólidos Suportes líquidos Filtros 98
  • 99. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Equipamentos de Leitura Indireta ou por Colheita – Suportes sólidos/líquidos Retêm as substâncias por absorção Sistemas ativos ou passivos 99
  • 100. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Sistemas Ativos Ar + contaminante Aspiração Substância adsorvente (carvão activado, sílica gel) 100
  • 101. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Sistemas Passivos Adsorção do contaminante numa solução Posterior análise 101
  • 102. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Filtros Retêm contaminantes sólidos Constituídos por materiais porosos Ex.: fibra de vidro ou celulose 102
  • 103. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Análises Laboratoriais Métodos e estratégias de amostragem Limite da aplicação do método Estabilidade das substâncias a dosear Efeito da humidade Limites de deteção e quantificação Exatidão do método 103
  • 104. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Análises Laboratoriais Requisitos de amostragem Representatividade Local da colheita Momento em que é efetuada Duração Eficiência do sistema de colheita (coletor, caudal de ar). 104
  • 105. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Requisitos da Amostragem Local da colheita Junto das vias respiratórias É conveniente realizar colheitas no ambiente geral, a cerca de 1,5m do chão, assim como junto às possíveis fontes emissoras. 105
  • 106. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Requisitos da Amostragem Momento da colheita De acordo com o tempo de execução da tarefa a analisar O sistema coletor deve ser adequado à situação que se pretende analisar Prever situações de interferência e encontrar formas de as eliminar 106
  • 107. Métodos de Identificação, Amostragem e Quantificação Calibração de Equipamentos Conjunto de operações que estabelecem, em condições específicas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de medição, ou os valores representados por um material de referência, e os correspondentes valores conhecidos da grandeza a medir. 107
  • 108. Prevenção e Proteção de Riscos Conjunto das disposições ou medidas tomadas ou previstas em todas as fases da atividade da empresa, tendo em vista evitar ou diminuir os riscos profissionais. A prevenção dos riscos profissionais deve ser desenvolvida segundo princípios, normas e programas que visem nomeadamente: ◦ A determinação das substâncias, dos agentes ou processos que devam ser proibidos, limitados ou sujeitos a autorização, ou a controlo da autoridade competente , bem como a definição dos VLE dos trabalhadores a agentes químicos e das Normas técnicas para a amostragem, medição e avaliação dos resultados. 108
  • 109. Prevenção e Proteção de Riscos Produto tóxico no ambiente Identificação das Identificação medidas coletivas Medição Critérios Avaliação de avaliação Controlo periódico Situação Situação segura perigosa 109
  • 110. Prevenção e Proteção de Riscos É da responsabilidade dos empregadores eliminar ao mínimo os riscos, mediante: Prevenção técnica; Prevenção médica; Formação e informação dos trabalhadores. 110
  • 111. Prevenção e Proteção de Riscos Prevenção técnica Conceção e organização dos métodos de trabalho e de controlos técnicos e equipamentos adequados, para evitar ou reduzir ao mínimo o risco de exposição aos agentes químicos perigosos. A utilização de processos de manutenção que garantam a proteção da saúde dos trabalhadores 111
  • 112. Prevenção e Protecção de Riscos Prevenção técnica A redução ao mínimo do número de trabalha dores expostos ou susceptíveis de estarem expostos. A redução ao mínimo do grau de exposição. A adoção de medidas de higiene adequadas. A redução da quantidade de agentes químicos presentes, ao mínimo necessário à execução do trabalho em 112
  • 113. Prevenção e Proteção de Riscos Prevenção técnica A utilização de processos de trabalho adequados, nomeadamente, disposições que assegurem a segurança durante o manuseamento, a armazenagem e o transporte dos agentes químicos perigosos e dos resíduos que os contenham. A adoção de medidas de proteção individual, se não for possível evitar a exposição por outros meios. 113
  • 114. Prevenção e Proteção de Riscos Prevenção e Proteção de Riscos A investigação para a prevenção dos riscos químicos, baseia-se em 4 dimensões: Medições no posto e ambiente de Avaliação trabalho (concentrações ambientais e contaminantes) da exposição Avaliações no próprio trabalhador (indicadores biológicos de exposição – ex: pesquisa na urina de metabolitos dos produtos a que se está exposto) 114
  • 115. Prevenção e Proteção de Riscos Prevenção e Proteção de Riscos Avaliação Determina o potencial tóxico das substâncias – estudos de toxicologia experimental – referidos na do perigo ficha de segurança e ficha toxicológica do(s) produto(s). Avaliação Elaboração de metodologias de melhoria – do risco medidas técnicas de redução da exposição (ex: sistemas de ventilação, horários reduzidos, EPI, etc.). 115
  • 116. Prevenção e Proteção de Riscos Prevenção e Proteção de Riscos Elaboração de metodologias de melhoria – medidas Gestão técnicas de redução da exposição (ex: sistemas de ventilação, horários reduzidos, EPI, etc.). de risco 116
  • 117. Prevenção e Proteção de Riscos Rotulagem e Fichas de Segurança Portaria n.º 732-A/96 e Portaria n.º 1151/97 Identificação do produto e do responsável pela sua colocação no mercado Composição do produto Identificação de perigos e respectivos símbolos Frases de risco (R) Frases de segurança (S) Quantidade nominal (massa ou volume) do conteúdo, para as preparações vendidas ao público em geral. 117
  • 118. Prevenção e Proteção de Riscos Rotulagem e Fichas de Dados de Segurança Obrigatoriedade de fornecimento aos utilizadores profissionais Para o público em geral não é necessário, mas a informação existente no rótulo tem que ser suficiente e clara. 118
  • 119. Prevenção e Proteção de Riscos Rotulagem e Fichas de Dados de Segurança-Conteúdo das fichas de segurança  Identificação do produto e da entidade responsável;  Composição/Indicação dos componentes,  Identificação dos perigos inerentes à utilização do produto;  Indicação das medidas de primeiros socorros e assistência médica;  Indicação das medidas de combate a incêndios;  Indicação de medidas de proteção para fugas acidentais individuais e para ambiente e método de limpeza recomendado;  Informação sobre a estabilidade/reatividade;  Informação sobre os limites de exposição e EPI´s 119
  • 120. Prevenção e Proteção de Riscos Rotulagem e Fichas de Dados de Segurança – conteúdo das fichas de segurança  Informação toxicológica;  Informação ecológica;  Informação das condições para eliminação do produto;  Informação relativa às condições de transporte e sua classificação;  Informação relativa ao seu armazenamento e manuseamento;  Informação sobre as suas propriedades F.Q´s.  Informação sobre regulamentação específica;  Outras informações (No total devem conter 16 pontos). 120
  • 121. CONTEÚDO DE INFORMAÇÃO DA FDS 1. Identificação do 16. Outras produto e da empresa informações 2. Composição e informação 15.Regulamentações sobre os ingredientes 3. Identificação 14. Informações de perigos sobre transporte 13. Considerações 4. Medidas de sobre tratamento e primeiros-socorros deposição 5. Medidas de 12. Informações combate a incêndio ecológicas 6. Medidas de controle para derramamento ou 11.Informações vazamento toxicológicas 7. Manuseamento e 10.Estabilidade armazenamento e reatividade 8. Controle de 9. exposição e proteção Propriedades individual físico-químicas
  • 122. Armazenagem Segura de Agentes Químicos Perigosos (AQP) (+) Podem ser armazenados juntos; (-) Não devem ser armazenados juntos; (0) Podem ser armazenados juntos se se adoptarem certas medidas específicas de prevenção. 122
  • 123. Prevenção e Proteção de Riscos Vigilância da Saúde Exame de um trabalhador, com o objetivo de determinar o seu estado de saúde, relacionado com a exposição, no local de trabalho, a agentes químicos específicos. 123
  • 124. Prevenção e Proteção de Riscos Vigilância da Saúde Sempre que a “exposição do trabalhador a um agente químico perigoso for de modo a que uma doença identificável, ou efeito prejudicial para a saúde possa ser relacionado com a exposição, e seja verosímil que a doença ou efeito ocorra nas condições de trabalho particulares do trabalhador, e a técnica de investigação for de baixo risco para os trabalhadores”, deverá existir uma vigilância da saúde. 124
  • 125. Prevenção e Proteção de Riscos Vigilância da Saúde Avaliação do estado de saúde do Admissão Admissão trabalhador e de algum tipo de sensibilidade alérgica. (Ficha de aptidão) Dependentes do agente, características Exames de Saúde Periódico Periódico de exposição, actividade profissional e do próprio trabalhador. Na sequência do aparecimento de um Ocasional Ocasional problema de saúde do trabalhador. 125
  • 126. Prevenção e Proteção de Riscos Vigilância da Saúde Registo da história clínica e profissional Avaliação individual do estado de saúde Procedimentos individuais de saúde Vigilância biológica Rastreio de efeitos precoces e reversíveis 126
  • 127. Prevenção e Proteção de Riscos Vigilância da Saúde Os registos relativos à vigilância da saúde dos trabalhadores, devem: Constar de registo individual de exposição, à qual o trabalhador deve ter acesso; Serem arquivados e mantidos actualizados; Serem entregues ao trabalhador a quando da cessação do contrato de trabalho; Serem enviados ao Centro Nacional de Proteção Contra, os Riscos Profissionais, caso a empresa cesse a actividade. 127
  • 128. Prevenção e Proteção de Riscos Vigilância da Saúde Exposição a S.P. Cancerígenas ou Mutagénicas Substâncias cancerígenas  As que por inalação, ingestão ou por via cutânea, podem originar cancro, ou aumentar a sua frequência. Substâncias mutagénicas  As que, por inalação, ingestão ou por via cutânea, podem induzir alterações no material genético, quer nos tecidos somáticos quer nos tecidos germinais. 128
  • 129. Prevenção e Proteção de Riscos Vigilância da Saúde – exposição a S.P. cancerígenas ou mutagénicas EFEITO SUBSTÂNCIAS Asbesto Compostos de crómio CARCINOGÉNICO Sílica cristalina Benzeno Chumbo e os seus compostos MUTAGÉNICO Mercúrio e os seus compostos Orgânicos 129
  • 130. Prevenção e Proteção de Riscos Vigilância da Saúde Riscos para à saúde associados à exposição a S.P. nocivas S.P. Inalação Cutânea Ocular Ingestão Destruição Reações Potencialmente de tecidos alérgicas cancerígeno das Pode FORMALDEÍDO Distúrbios mucosas e Destruição destruir do trato dos tecidos tecidos gastrointestinais respiratório superior 130
  • 131. Prevenção e Proteção de Riscos Vigilância da Saúde Riscos para à saúde associados à exposição a S.P. nocivas S.P. Inalação Cutânea Ocular Ingestão Cefaleias, Irritação inconsciência (pode ser Irritação e coma. absorvido). Irritação do trato TOLUENO digestivo Lesões do Dermatites fígado e rins de contato 131
  • 132. Prevenção e Proteção de Riscos Vigilância da Saúde Riscos para à saúde associados à exposição a S.P. nocivas S.P. Inalação Cutânea Ocular Ingestão Irritação do ACETATO trato Irritação Irritação Pode ser DE ETILO respiratório Dermatites fatal superior 132
  • 133. Prevenção e Proteção de Riscos Vigilância da Saúde Riscos para à saúde associados à exposição a S.P. nocivas S.P. Inalação Cutânea Ocular Ingestão Irritação CRÓMIO VI perigosa se Irritação. Cancerígeno absorvido Cancerígeno pela pele. Reações Reações alérgicas alérgicas 133
  • 134. Prevenção e Proteção de Riscos Vigilância da Saúde MINISTÉRIO DA SAÚDE CENTRO DE INFORMAÇÃO ANTIVENENOS (CIAV) R. Infante D. Pedro, n.º 8 1790-075 Lisboa Tel: 21 795 01 43 Fax: 21 793 71 24 134

Notas del editor

  1. Exemplo: Quando se afirma que a água poluída de um rio contém 5 ppm em massa de  mercúrio significa que 1 g da água deste rio contém 5 µg de mercúrio. Se considerarmos a densidade das soluções aquosas = 1,00 g/mL (ou aproximado) pode usar-se as seguintes relações: Por exemplo, ao dizer que em uma solução há 75 ppm de KI, Iodeto de potássio, é o mesmo que dizer que em uma solução qualquer de 1kg em massa há 75mg de KI diluída nela Exemplo: O  ar  (solução  gasosa ) contém 8 ppm de gás  hélio . Isso significa que em cada 1  m 3  do ar atmosférico existe 8 mL de hélio.