Em torno da igreja de S. Pedro. Num período de quatro anos, vários sinais de mudança. O tempo não pára. Será que existe tempo? Talvez não exista. As coisas é que vão mudando dentro dele. Mas, como dentro de algo que não existe?
2. A igreja que tem muito que
contar
Nos princípios do século XX, na missa de domingo,
impressionou um viajante muito especial os homens que
assistiam à cerimónia com o seu cajado, pequena floresta de
cajados. O viajante era Gabriel Pereira, eborense, nome
registado numa rua desta cidade. A igreja é um livro de
pedra, azulejo e pintura. No ar habitam memórias de
gerações; as paredes, numa espécie de pintura a fresco
invisível e indelével, guardam factos, vivências, vida, a nossa
vida.
21. De 2008 passamos a 2012. Temos, agora,
obras na envolvência de S. Pedro,
monumento nacional. A Brasileira mudou
um pouco; está tapada pelo ATM (caixa
automático) a janela de onde foram tiradas
algumas fotografias à igreja. As obras são
polémicas, tendo recebido críticas e elogios.
Alguns reservam a sua opinião para depois
de tudo concluído.