SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 8
Descargar para leer sin conexión
Aula 4a – Ferramentas da Web 2.0 e as Comunidades de Prática
Rosa Maria E. M. da Costa
Vânia Marins
                                                       ...é impossível ser feliz sozinho.
                                                                           (Tom Jobim)


  Objetivos
  Definir algumas ferramentas da Web 2.0;
  Reconhecer o potencial das ferramentas da Web 2.0 para apoiar a educação.



       A idéia de que a aprendizagem envolve um processo de colaboração entre
elementos de uma comunidade tem como um dos seus principais teóricos Vygotsky
(1978), segundo o qual, o conhecimento é construído de forma coletiva, marcado pela
história e pela cultura de cada pessoa ou grupo social. Neste sentido, a aprendizagem é
vista como o resultado de um processo de interações sociais contínuas.
       Nesta aula vamos conhecer a Web 2.0, o conceito de comunidades de prática e
suas relações com os processos de aprendizagem. Serão apresentadas algumas das
principais ferramentas da Web 2.0, destacando suas possibilidades educacionais.

4a.1. A Web 2.0 e a Educação
       A Web 2.0 pode ser vista como uma nova forma de utilização da Internet por
usuários e desenvolvedores, ou seja, a "web como plataforma de utilização" (O'Reilly,




                                                                                        1
2005). Desta forma, os programas rodam no navegador do usuário, sendo
disponibilizados gratuitamente a partir de servidores das empresas que os
desenvolveram. Ela tem sido considerada como a segunda geração de comunidades e
serviços, que visa incentivar a criatividade, o compartilhamento e a colaboração de
conteúdos e serviços entre os usuários da rede.

       Mais recentemente, entramos em contato com um outro conceito associado à
Web, a mídia social. “Mídias Sociais são tecnologias e práticas on-line, usadas por
pessoas (isso inclui as empresas) para disseminar conteúdo, provocando o
compartilhamento de opiniões, idéias, experiências e perspectivas. Seus diversos
formatos, atualmente, podem englobar textos, imagens, áudio, e vídeo. São websites que
usam tecnologias como blogs, mensageiros, podcasts, wikis, videologs, ou mashups
(aplicações que combinam conteúdo de múltiplas fontes para criar uma nova aplicação),
permitindo que seus usuários possam interagir instantaneamente entre si e com o
restante do mundo.” (Fontoura, 2009).

       Neste contexto, o mais importante é desenvolver aplicações que aproveitem a
expansão do acesso à rede, aproveitando a inteligência coletiva para seu constante
aperfeiçoamento. A Web 2.0 é muito mais que tecnologia, é também uma questão de
atitude. Atitude Web 2.0 é agilidade de desenvolvimento, é não tentar fazer como
sempre foi feito, mas aproveitar as possibilidades da visão da Web como plataforma
voltada para facilitar a vida do usuário.

       Póvoa (2007) oferece uma síntese dos principais padrões que são considerados
como parte do grupo de tendências desta segunda geração Web, a saber:

       (1) A Web como plataforma: A Web foi criada para exibir documentos e não
aplicações. Entretanto, na Web 2.0 os sites deixam de possuir uma característica estática
para se tornarem verdadeiros aplicativos, funcionando como os softwares que rodam no
computador.

       (2) Simplicidade: Estes “sites aplicativos” visam uma integração mais eficiente
com o usuário, com interfaces mais intuitivas. Acessar e utilizar deve ser um prazer e
não uma tortura de cliques infinitos.




                                                                                        2
(3) Redes sociais: Recentemente, houve uma explosão da audiência em sites que
formam e catalisam comunidades, tais como o Orkut e o Facebook, dentre outros,
ampliando os espaços de comunicação e trocas de experiências.

       (4) Flexibilidade no conteúdo: Esta característica ressalta a autonomia do
usuário, que passa a gerar conteúdo (por exemplo, o YouTube), classificá-lo e editá-lo.
As “Wikis” são talvez a forma mais expressiva de edição colaborativa (Wikipedia).

       A empresa Web 2.0 por excelência é o Google. É ela que começando com um e-
mail gratuito com capacidade de armazenamento de dados de até 1 Gb passou a
disponibilizar gratuitamente o maior número de aplicativos. Um dos aspectos
interessantes para a utilização da Web 2.0 em educação é o fato de não demandar custos
para o professor. A seguir citamos alguns exemplos serviços gratuitos disponíveis:

       (1) Edição colaborativa de conteúdo: Blogs (Blogger) e Wikis (Pbwiki);

       (2) Comunicação: Skype, Messenger, Gmail;

       (3) Grupos de discussão: Yahoogroups;

       (4) Redes Sociais: Orkut, MySpace; Facebook

       (5) Compartilhamento de arquivos: textos, planilhas e apresentações (Google
            Docs, Slideshare, Zoho); fotos (Flickr); vídeos (Youtube) e arquivos
            diversos, incluindo áudio e vídeo (4shared);

       (6) Compartilhamento e edição online de imagens (Adobe Photoshop Express);

       (7) Categorização de assuntos com seus endereços de páginas: Del.icio.us.

       (8) Mapas mentais: peraltrees

       Dentre esses aplicativos, alguns se destacam por seu grande potencial de uso
educacional: os Blogs e os Wikis.
       Os Blogs são um espaço autoral que permitem publicação de conteúdos, que
podem ser construídos cooperativamente, ou seja, os usuários podem criar narrativas,
poemas, análise de obras literárias, dar opinião sobre atualidades, desenvolver relatórios
de visitas e excursões de estudos, podem construir produtos, tais como desenhos,
imagens e vídeos. Os fotologs, que podem ser considerados como Blogs de imagens,




                                                                                         3
permitem que os usuários compartilhem documentos visuais e um exemplo interessante
é dado pelos estudantes de psicologia da UFF que disponibilizaram no Flickr as fotos do
curso de neuroanatomia (Neuroanatomia, 2010).
         Os Wikis, da mesma forma que os Blogs, permitem edição colaborativa de
conteúdos. Um exemplo de uso de Wiki é apresentado em um curso de
Neuropedagogia, que pode ser visto em (Neuropedagogia,2009). Nele, os alunos
compartilham conteúdos, programas e mapas mentais sobre os temas abordados no
curso.
         A partir da grande variedade de ferramentas da Web 2.0, surgem novos desafios
relacionados com o seu uso pedagógico tanto em cursos presenciais, quanto em cursos a
distância. Pensar em teorias pedagógicas e estratégias associadas, para aproveitar estas
ferramentas e serviços cria novas oportunidades de incluir a tecnologia na educação,
abrindo perspectivas para a exploração de novos conhecimentos de maneira mais
motivadora. A apropriação das ferramentas e serviços da Web 2.0, com base em uma
teoria pedagógica é um processo que envolve estudo e criatividade por parte dos
professores.
         Em um estudo mais detalhado na literatura da área de Informática aplicada à
Educação observa-se um número ainda incipiente de experimentos de uso das
ferramentas da Web 2.0 em cursos dos mais diferentes níveis. Recentemente, Barbosa et
al. (2008) descreveram uma iniciativa de utilizar os Wikis e Blogs para a educação
continuada de professores da rede pública. A partir dessa experiência, os autores
ressaltaram a falta de modelos pedagógicos, que explorem as ferramentas da Web 2.0,
que possam servir como parâmetro para a criação de novos experimentos e comparação
de resultados.

4a.2. As Comunidades de Prática e a Web 2.0
         Uma comunidade que aprende pode ser entendida como uma Comunidade de
Prática. Na concepção de Wenger (2002), uma Comunidade de Prática é mais do que
um agregado de pessoas definidas por algumas características, são pessoas que
aprendem, constroem e fazem a gestão do conhecimento.
         Para o autor, uma comunidade de prática se apóia em uma escala de estágios de
desenvolvimento composta por cinco fases, como mostra a Figura 1.



                                                                                       4
Fase
                                          Ativa
                           Fase de                        Fase de
                           Coalizão                       Dispersão


            Fase                                                         Fase de
          Potencial                                                      Memórias




                                                                                tempo

    Figura 1: Estágios de desenvolvimento de uma Comunidade de Prática (Wenger,
    2002).


       Estes estágios possuem as seguintes atividades: Fase Potencial: Pessoas encaram
uma situação problema; Fase de Coalizão: As pessoas de agrupam e reconhecem os seus
potenciais; Fase Ativa: Engajamento de todos para desenvolver estratégias e a prática
das atividades; Fase de Dispersão: Diminui o contato entre os membros, mas se
comunicam quando necessário; Fase de Memórias: A comunidade faz parte da
identidade individual de cada um, colecionam memórias e as repassam.
       É neste contexto de aprendizagem cooperativa e construção do conhecimento,
que podemos enxergar o suporte efetivo das ferramentas da Web 2.0 (O'Reilly, 2005).
Embora o termo traga em si uma conotação de uma nova versão para a web, ele não se
refere à atualização nas suas especificações técnicas, mas a uma mudança na sua
política de desenvolvimento, difusão e uso.
       Analisando-se todo o potencial da Web 2.0 e sua relação com as Comunidades
de prática, percebe-se que elas se complementam. Segundo Wenger (2002), as
comunidades de prática com objetivos educacionais podem utilizar um ambiente de
aprendizagem cooperativa; ou utilizar um repositório de informações do trabalho em
grupo, para registrar a comunicação entre os participantes, suas decisões, atividades e
resultados. Ou seja, as Comunidades de Prática têm um vasto espectro de possibilidades
tecnológicas na Web 2.0.
       A Tabela 1 relaciona alguns exemplos de ferramentas da Web 2.0 e algumas
sugestões de uso educacional, segundo uma abordagem sócio-interacionista, mais
próxima da proposta das comunidades de prática.




                                                                                        5
Tabela 1: Ferramentas Web 2.0 e atividades educacionais relacionadas

 Tipo de              Exemplo da      Sugestão de uso
 Ferramenta           Web 2.0
 Blogs e Fotologs     Blogger,        Publicação de conteúdos e imagens;
                      Flickr          Construção coletiva de projetos que envolvam a
                                      divulgação de opiniões de grupos ou pessoas;
                                      Espaço de discussões e divulgação de textos e
                                      imagens.
 Wikis                Pbwiki,         Construção coletiva de dicionários;
                      Wikipédia       Lista de termos ligados a um domínio;
                                      Análise crítica de Wikis já publicados.
 Grupos de            Yahoogroups     Criação de listas de discussão de temas com
 discussão                            divulgação de materiais impressos.
 Comunicação          Skype,          Discussão de temas com um grupo de pessoas
                      Messenger       mais restrito.
 Redes Sociais        Orkut,          Ampla discussão de idéias com grupos sociais
                      Myspace         mais extensos, através da criação de
                      Facebook        comunidades de interesse. Podem ser vistos
                                      como ricos espaços para o estudo do
                                      comportamento de diferentes grupos sociais.
 Referência           Del.icio.us     Compartilhamento de conteúdos;
                                      Cooperação;
                                      Armazenamento de referências.
 Compartilhament      GoogleDocs,     Criação, publicação e compartilhamento de
 o de arquivos        SlideShare,     textos, planilhas, apresentações de slides, fotos,
                      Zoho, Flickr,   mapas mentais, linhas do tempo e vídeos sobre
                      Youtube,        temas específicos.
                      4shared

         Um ponto em comum entre todas estas ferramentas é que elas têm um perfil de
utilização mais voltado para a abordagem sócio-interacionista. Essa característica as
tornam muito interessantes para serem utilizadas em diferentes contextos educacionais,
principalmente, naqueles em que há um foco na construção cooperativa de conteúdos,
ampliando o leque de opções tecnológicas até então disponíveis.

         Entretanto, novos questionamentos se colocam: Como abordar o uso educacional
da Web 2.0 de modo mais motivador para os alunos de maneira que, o foco não recaia
sobre a tecnologia, mas sim, nos temas trabalhados?

         De acordo com Zanetti (2006), em 2006 o consultor Seely Brown do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT), comentou em entrevista que existe uma grande
falta de investimento das escolas e universidades de todo o mundo para a elaboração de
projetos educacionais que utilizem recursos de Web 2.0. Brown enfatizou que tais



                                                                                           6
projetos poderiam introduzir nos alunos a cultura de divulgar e debater idéias, usando os
Wikis e Blogs. E concluiu, afirmando que nesse processo há muitas barreiras a serem
transpostas. A primeira seria fazer com que os educadores aprendam e usem a Web a
seu favor; a segunda seria a etapa de treinar e educar os alunos nessas tecnologias e
conceitos, mostrando como pode ser vantajoso tirar proveito de um ambiente
colaborativo para a aprendizagem.

4a.3. Concluindo
       No leque de ferramentas que desponta incessantemente na Web 2.0, percebe-se
que novos desafios se abrem para que os professores conheçam essas ferramentas e
saibam como extrair todo o seu potencial para apoiar os processos educacionais. Com a
ampliação da informatização das escolas, espera-se que estes professores possam
explorar estas alternativas gratuitas para desenvolver novas estratégias de ensino-
aprendizagem, que estimulem o interesse e a motivação dos alunos no processo de
aprendizagem.

4a.4.Referências
Barbosa L.P., Oeiras J.Y. (2008), Uso de Wikis em projetos escolasres: experiências
colaborativas com alunos do ensino fundamental, Workshop de Informática na
escola-WIE, SBC2008, Belém, p. 362-371.

Fontoura, Wagner (2010) A hora e a vez das Mídias Sociais. Disponível em
http://www.cultura.gov.br/site/2008/02/29/a-hora-e-a-vez-das-midias-sociais. visitado
em maio 2010.
Neuroanatomia (2009), em: http://www.flickr.com/photos/15641902@N06, visitado em
março de 2010.

Neuropedagogia (2010), em: http://neuropedagogia.pbwiki.com, visitado em março de
2010.

O'Reilly, T. (2005) What is web 2.0, Design Patterns and Business Models for the
Next Generation of Software. In Web 2.0 Conference.

Póvoa, M. (2007) O que é web 2.0 ? Webinsider, Disponível em
http://webinsider.uol.com.br/2006/10/30/o-que-e-web-20, visitado em maio 2010.

Santaella, L., (2006) Palavra, imagem & enigmas. Revista USP, n.16. dez./jan./fev.

Vygotsky, L. , (1978) Mind in Society: The Development of Higher Psychological
Processes. Cambridge, MA: Harvard University Press.



                                                                                       7
Wenger, E. ; Snyder, W. M.; Mcdermott, R., (2002) Cultivating Communities of
Practice – A Guide to Managing Knowledge, Cambridge: Harvard Business School
Press, 2002.

Zanetti H., (2006), Por que não usar web 2.0 e redes sociais no ensino?, Webinsider,
em http://webinsider.uol.com.br/index.php/2006/12/07/james-della-valle, dez 2006,
visitado em maio de 2010.




                                                                                   8

Más contenido relacionado

La actualidad más candente (17)

Apres mod2
Apres mod2Apres mod2
Apres mod2
 
Ferramentas da web 2
Ferramentas da web 2Ferramentas da web 2
Ferramentas da web 2
 
Comunidades de Prática
Comunidades de PráticaComunidades de Prática
Comunidades de Prática
 
Introdução à informática 4. perído - 1 sem 2012
Introdução à informática 4. perído - 1 sem 2012Introdução à informática 4. perído - 1 sem 2012
Introdução à informática 4. perído - 1 sem 2012
 
Curso de Introdução à computação e web 2.0 - 2p 2012
Curso de Introdução à computação e web 2.0 - 2p 2012Curso de Introdução à computação e web 2.0 - 2p 2012
Curso de Introdução à computação e web 2.0 - 2p 2012
 
Web 2.0 e ambientes virtuais de aprendizagem
Web 2.0 e ambientes virtuais de aprendizagemWeb 2.0 e ambientes virtuais de aprendizagem
Web 2.0 e ambientes virtuais de aprendizagem
 
Comunidadevirtualdeaprendizagem 100720130705 Phpapp01
Comunidadevirtualdeaprendizagem 100720130705 Phpapp01Comunidadevirtualdeaprendizagem 100720130705 Phpapp01
Comunidadevirtualdeaprendizagem 100720130705 Phpapp01
 
Comunidade Virtual de Aprendizagem
Comunidade Virtual de AprendizagemComunidade Virtual de Aprendizagem
Comunidade Virtual de Aprendizagem
 
CVAs
CVAsCVAs
CVAs
 
Introducao a tematica-o_microblogue
Introducao a tematica-o_microblogueIntroducao a tematica-o_microblogue
Introducao a tematica-o_microblogue
 
ferramenta Moodle
ferramenta Moodleferramenta Moodle
ferramenta Moodle
 
Redes sociais na educação superior
Redes sociais na educação superiorRedes sociais na educação superior
Redes sociais na educação superior
 
Redes sociais na educação superior
Redes sociais na educação superiorRedes sociais na educação superior
Redes sociais na educação superior
 
21982 80787-1-sm
21982 80787-1-sm21982 80787-1-sm
21982 80787-1-sm
 
Ferramentas De InteraçãO Na Web
Ferramentas De InteraçãO Na WebFerramentas De InteraçãO Na Web
Ferramentas De InteraçãO Na Web
 
Artecfato 2
Artecfato  2Artecfato  2
Artecfato 2
 
Twitte
TwitteTwitte
Twitte
 

Destacado

Destacado (7)

Panico camisetas, loja do panico camisetas,
Panico camisetas, loja do panico camisetas,Panico camisetas, loja do panico camisetas,
Panico camisetas, loja do panico camisetas,
 
Aula4b
Aula4bAula4b
Aula4b
 
Rafael feito.teorias de_la_educacion
Rafael feito.teorias de_la_educacionRafael feito.teorias de_la_educacion
Rafael feito.teorias de_la_educacion
 
Manoel da Fonseca 2015
Manoel da Fonseca  2015Manoel da Fonseca  2015
Manoel da Fonseca 2015
 
Diapositivas convivencia social
Diapositivas convivencia socialDiapositivas convivencia social
Diapositivas convivencia social
 
Power point cortijo vianey
Power point cortijo vianeyPower point cortijo vianey
Power point cortijo vianey
 
Proceso de investigacion
Proceso de investigacionProceso de investigacion
Proceso de investigacion
 

Similar a Aula4a2012

Ferramentas da web 2.0 e as comunidades de prática
Ferramentas da web 2.0 e as comunidades de práticaFerramentas da web 2.0 e as comunidades de prática
Ferramentas da web 2.0 e as comunidades de práticavilmoni
 
Comunidade de Prática e Web 2
Comunidade de Prática e Web 2Comunidade de Prática e Web 2
Comunidade de Prática e Web 2thamarduarte
 
Vídeo como ferramenta para a educação
Vídeo como ferramenta para a educaçãoVídeo como ferramenta para a educação
Vídeo como ferramenta para a educaçãojoaofraldao
 
Reflexão sobre a utilização do wiki
Reflexão sobre a utilização do wikiReflexão sobre a utilização do wiki
Reflexão sobre a utilização do wikiat the school
 
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa -educação e tecnologia- (1)
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa  -educação e tecnologia- (1)Ferramentas da web 2.0 na prática educativa  -educação e tecnologia- (1)
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa -educação e tecnologia- (1)Prof. Noe Assunção
 
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa -educação e tecnologia- (1)
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa  -educação e tecnologia- (1)Ferramentas da web 2.0 na prática educativa  -educação e tecnologia- (1)
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa -educação e tecnologia- (1)Prof. Noe Assunção
 
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa -educação e tecnologia- (1)
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa  -educação e tecnologia- (1)Ferramentas da web 2.0 na prática educativa  -educação e tecnologia- (1)
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa -educação e tecnologia- (1)Prof. Noe Assunção
 
Ambientes virtuais e mídias de educação tarefa4 lante_uff
Ambientes virtuais e mídias de educação tarefa4 lante_uffAmbientes virtuais e mídias de educação tarefa4 lante_uff
Ambientes virtuais e mídias de educação tarefa4 lante_uffElengleides_NF
 
Comunidade virtual de aprendizagem
Comunidade virtual de aprendizagemComunidade virtual de aprendizagem
Comunidade virtual de aprendizagemPEDROPOLERY
 
Apresentação unidade 5 cooperação
Apresentação unidade 5 cooperaçãoApresentação unidade 5 cooperação
Apresentação unidade 5 cooperaçãobetzandonadi
 

Similar a Aula4a2012 (20)

Slides tarefa 4
Slides   tarefa 4Slides   tarefa 4
Slides tarefa 4
 
Ferramentas da web 2.0 e as comunidades de prática
Ferramentas da web 2.0 e as comunidades de práticaFerramentas da web 2.0 e as comunidades de prática
Ferramentas da web 2.0 e as comunidades de prática
 
Aula 4a – ferramentas da web 2 valter
Aula 4a – ferramentas da web 2 valterAula 4a – ferramentas da web 2 valter
Aula 4a – ferramentas da web 2 valter
 
Comunidade de Prática e Web 2
Comunidade de Prática e Web 2Comunidade de Prática e Web 2
Comunidade de Prática e Web 2
 
Tarefa 4 AVMC
Tarefa 4 AVMCTarefa 4 AVMC
Tarefa 4 AVMC
 
Vídeo como ferramenta para a educação
Vídeo como ferramenta para a educaçãoVídeo como ferramenta para a educação
Vídeo como ferramenta para a educação
 
Tarefa 4 a web 2.0 e a educacao
Tarefa 4   a web 2.0 e a educacaoTarefa 4   a web 2.0 e a educacao
Tarefa 4 a web 2.0 e a educacao
 
Aprnovoi2eap
Aprnovoi2eapAprnovoi2eap
Aprnovoi2eap
 
Reflexão sobre a utilização do wiki
Reflexão sobre a utilização do wikiReflexão sobre a utilização do wiki
Reflexão sobre a utilização do wiki
 
Aula 4a – ferramentas da web 2 valter
Aula 4a – ferramentas da web 2 valterAula 4a – ferramentas da web 2 valter
Aula 4a – ferramentas da web 2 valter
 
Aula 4a – ferramentas da web 2 valter
Aula 4a – ferramentas da web 2 valterAula 4a – ferramentas da web 2 valter
Aula 4a – ferramentas da web 2 valter
 
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa -educação e tecnologia- (1)
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa  -educação e tecnologia- (1)Ferramentas da web 2.0 na prática educativa  -educação e tecnologia- (1)
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa -educação e tecnologia- (1)
 
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa -educação e tecnologia- (1)
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa  -educação e tecnologia- (1)Ferramentas da web 2.0 na prática educativa  -educação e tecnologia- (1)
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa -educação e tecnologia- (1)
 
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa -educação e tecnologia- (1)
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa  -educação e tecnologia- (1)Ferramentas da web 2.0 na prática educativa  -educação e tecnologia- (1)
Ferramentas da web 2.0 na prática educativa -educação e tecnologia- (1)
 
Ambientes virtuais e mídias de educação tarefa4 lante_uff
Ambientes virtuais e mídias de educação tarefa4 lante_uffAmbientes virtuais e mídias de educação tarefa4 lante_uff
Ambientes virtuais e mídias de educação tarefa4 lante_uff
 
Comunidade virtual de aprendizagem
Comunidade virtual de aprendizagemComunidade virtual de aprendizagem
Comunidade virtual de aprendizagem
 
Tarefa 4
Tarefa 4Tarefa 4
Tarefa 4
 
Tarefa 4
Tarefa 4Tarefa 4
Tarefa 4
 
Portfólio FCTEWeb
Portfólio FCTEWebPortfólio FCTEWeb
Portfólio FCTEWeb
 
Apresentação unidade 5 cooperação
Apresentação unidade 5 cooperaçãoApresentação unidade 5 cooperação
Apresentação unidade 5 cooperação
 

Aula4a2012

  • 1. Aula 4a – Ferramentas da Web 2.0 e as Comunidades de Prática Rosa Maria E. M. da Costa Vânia Marins ...é impossível ser feliz sozinho. (Tom Jobim) Objetivos Definir algumas ferramentas da Web 2.0; Reconhecer o potencial das ferramentas da Web 2.0 para apoiar a educação. A idéia de que a aprendizagem envolve um processo de colaboração entre elementos de uma comunidade tem como um dos seus principais teóricos Vygotsky (1978), segundo o qual, o conhecimento é construído de forma coletiva, marcado pela história e pela cultura de cada pessoa ou grupo social. Neste sentido, a aprendizagem é vista como o resultado de um processo de interações sociais contínuas. Nesta aula vamos conhecer a Web 2.0, o conceito de comunidades de prática e suas relações com os processos de aprendizagem. Serão apresentadas algumas das principais ferramentas da Web 2.0, destacando suas possibilidades educacionais. 4a.1. A Web 2.0 e a Educação A Web 2.0 pode ser vista como uma nova forma de utilização da Internet por usuários e desenvolvedores, ou seja, a "web como plataforma de utilização" (O'Reilly, 1
  • 2. 2005). Desta forma, os programas rodam no navegador do usuário, sendo disponibilizados gratuitamente a partir de servidores das empresas que os desenvolveram. Ela tem sido considerada como a segunda geração de comunidades e serviços, que visa incentivar a criatividade, o compartilhamento e a colaboração de conteúdos e serviços entre os usuários da rede. Mais recentemente, entramos em contato com um outro conceito associado à Web, a mídia social. “Mídias Sociais são tecnologias e práticas on-line, usadas por pessoas (isso inclui as empresas) para disseminar conteúdo, provocando o compartilhamento de opiniões, idéias, experiências e perspectivas. Seus diversos formatos, atualmente, podem englobar textos, imagens, áudio, e vídeo. São websites que usam tecnologias como blogs, mensageiros, podcasts, wikis, videologs, ou mashups (aplicações que combinam conteúdo de múltiplas fontes para criar uma nova aplicação), permitindo que seus usuários possam interagir instantaneamente entre si e com o restante do mundo.” (Fontoura, 2009). Neste contexto, o mais importante é desenvolver aplicações que aproveitem a expansão do acesso à rede, aproveitando a inteligência coletiva para seu constante aperfeiçoamento. A Web 2.0 é muito mais que tecnologia, é também uma questão de atitude. Atitude Web 2.0 é agilidade de desenvolvimento, é não tentar fazer como sempre foi feito, mas aproveitar as possibilidades da visão da Web como plataforma voltada para facilitar a vida do usuário. Póvoa (2007) oferece uma síntese dos principais padrões que são considerados como parte do grupo de tendências desta segunda geração Web, a saber: (1) A Web como plataforma: A Web foi criada para exibir documentos e não aplicações. Entretanto, na Web 2.0 os sites deixam de possuir uma característica estática para se tornarem verdadeiros aplicativos, funcionando como os softwares que rodam no computador. (2) Simplicidade: Estes “sites aplicativos” visam uma integração mais eficiente com o usuário, com interfaces mais intuitivas. Acessar e utilizar deve ser um prazer e não uma tortura de cliques infinitos. 2
  • 3. (3) Redes sociais: Recentemente, houve uma explosão da audiência em sites que formam e catalisam comunidades, tais como o Orkut e o Facebook, dentre outros, ampliando os espaços de comunicação e trocas de experiências. (4) Flexibilidade no conteúdo: Esta característica ressalta a autonomia do usuário, que passa a gerar conteúdo (por exemplo, o YouTube), classificá-lo e editá-lo. As “Wikis” são talvez a forma mais expressiva de edição colaborativa (Wikipedia). A empresa Web 2.0 por excelência é o Google. É ela que começando com um e- mail gratuito com capacidade de armazenamento de dados de até 1 Gb passou a disponibilizar gratuitamente o maior número de aplicativos. Um dos aspectos interessantes para a utilização da Web 2.0 em educação é o fato de não demandar custos para o professor. A seguir citamos alguns exemplos serviços gratuitos disponíveis: (1) Edição colaborativa de conteúdo: Blogs (Blogger) e Wikis (Pbwiki); (2) Comunicação: Skype, Messenger, Gmail; (3) Grupos de discussão: Yahoogroups; (4) Redes Sociais: Orkut, MySpace; Facebook (5) Compartilhamento de arquivos: textos, planilhas e apresentações (Google Docs, Slideshare, Zoho); fotos (Flickr); vídeos (Youtube) e arquivos diversos, incluindo áudio e vídeo (4shared); (6) Compartilhamento e edição online de imagens (Adobe Photoshop Express); (7) Categorização de assuntos com seus endereços de páginas: Del.icio.us. (8) Mapas mentais: peraltrees Dentre esses aplicativos, alguns se destacam por seu grande potencial de uso educacional: os Blogs e os Wikis. Os Blogs são um espaço autoral que permitem publicação de conteúdos, que podem ser construídos cooperativamente, ou seja, os usuários podem criar narrativas, poemas, análise de obras literárias, dar opinião sobre atualidades, desenvolver relatórios de visitas e excursões de estudos, podem construir produtos, tais como desenhos, imagens e vídeos. Os fotologs, que podem ser considerados como Blogs de imagens, 3
  • 4. permitem que os usuários compartilhem documentos visuais e um exemplo interessante é dado pelos estudantes de psicologia da UFF que disponibilizaram no Flickr as fotos do curso de neuroanatomia (Neuroanatomia, 2010). Os Wikis, da mesma forma que os Blogs, permitem edição colaborativa de conteúdos. Um exemplo de uso de Wiki é apresentado em um curso de Neuropedagogia, que pode ser visto em (Neuropedagogia,2009). Nele, os alunos compartilham conteúdos, programas e mapas mentais sobre os temas abordados no curso. A partir da grande variedade de ferramentas da Web 2.0, surgem novos desafios relacionados com o seu uso pedagógico tanto em cursos presenciais, quanto em cursos a distância. Pensar em teorias pedagógicas e estratégias associadas, para aproveitar estas ferramentas e serviços cria novas oportunidades de incluir a tecnologia na educação, abrindo perspectivas para a exploração de novos conhecimentos de maneira mais motivadora. A apropriação das ferramentas e serviços da Web 2.0, com base em uma teoria pedagógica é um processo que envolve estudo e criatividade por parte dos professores. Em um estudo mais detalhado na literatura da área de Informática aplicada à Educação observa-se um número ainda incipiente de experimentos de uso das ferramentas da Web 2.0 em cursos dos mais diferentes níveis. Recentemente, Barbosa et al. (2008) descreveram uma iniciativa de utilizar os Wikis e Blogs para a educação continuada de professores da rede pública. A partir dessa experiência, os autores ressaltaram a falta de modelos pedagógicos, que explorem as ferramentas da Web 2.0, que possam servir como parâmetro para a criação de novos experimentos e comparação de resultados. 4a.2. As Comunidades de Prática e a Web 2.0 Uma comunidade que aprende pode ser entendida como uma Comunidade de Prática. Na concepção de Wenger (2002), uma Comunidade de Prática é mais do que um agregado de pessoas definidas por algumas características, são pessoas que aprendem, constroem e fazem a gestão do conhecimento. Para o autor, uma comunidade de prática se apóia em uma escala de estágios de desenvolvimento composta por cinco fases, como mostra a Figura 1. 4
  • 5. Fase Ativa Fase de Fase de Coalizão Dispersão Fase Fase de Potencial Memórias tempo Figura 1: Estágios de desenvolvimento de uma Comunidade de Prática (Wenger, 2002). Estes estágios possuem as seguintes atividades: Fase Potencial: Pessoas encaram uma situação problema; Fase de Coalizão: As pessoas de agrupam e reconhecem os seus potenciais; Fase Ativa: Engajamento de todos para desenvolver estratégias e a prática das atividades; Fase de Dispersão: Diminui o contato entre os membros, mas se comunicam quando necessário; Fase de Memórias: A comunidade faz parte da identidade individual de cada um, colecionam memórias e as repassam. É neste contexto de aprendizagem cooperativa e construção do conhecimento, que podemos enxergar o suporte efetivo das ferramentas da Web 2.0 (O'Reilly, 2005). Embora o termo traga em si uma conotação de uma nova versão para a web, ele não se refere à atualização nas suas especificações técnicas, mas a uma mudança na sua política de desenvolvimento, difusão e uso. Analisando-se todo o potencial da Web 2.0 e sua relação com as Comunidades de prática, percebe-se que elas se complementam. Segundo Wenger (2002), as comunidades de prática com objetivos educacionais podem utilizar um ambiente de aprendizagem cooperativa; ou utilizar um repositório de informações do trabalho em grupo, para registrar a comunicação entre os participantes, suas decisões, atividades e resultados. Ou seja, as Comunidades de Prática têm um vasto espectro de possibilidades tecnológicas na Web 2.0. A Tabela 1 relaciona alguns exemplos de ferramentas da Web 2.0 e algumas sugestões de uso educacional, segundo uma abordagem sócio-interacionista, mais próxima da proposta das comunidades de prática. 5
  • 6. Tabela 1: Ferramentas Web 2.0 e atividades educacionais relacionadas Tipo de Exemplo da Sugestão de uso Ferramenta Web 2.0 Blogs e Fotologs Blogger, Publicação de conteúdos e imagens; Flickr Construção coletiva de projetos que envolvam a divulgação de opiniões de grupos ou pessoas; Espaço de discussões e divulgação de textos e imagens. Wikis Pbwiki, Construção coletiva de dicionários; Wikipédia Lista de termos ligados a um domínio; Análise crítica de Wikis já publicados. Grupos de Yahoogroups Criação de listas de discussão de temas com discussão divulgação de materiais impressos. Comunicação Skype, Discussão de temas com um grupo de pessoas Messenger mais restrito. Redes Sociais Orkut, Ampla discussão de idéias com grupos sociais Myspace mais extensos, através da criação de Facebook comunidades de interesse. Podem ser vistos como ricos espaços para o estudo do comportamento de diferentes grupos sociais. Referência Del.icio.us Compartilhamento de conteúdos; Cooperação; Armazenamento de referências. Compartilhament GoogleDocs, Criação, publicação e compartilhamento de o de arquivos SlideShare, textos, planilhas, apresentações de slides, fotos, Zoho, Flickr, mapas mentais, linhas do tempo e vídeos sobre Youtube, temas específicos. 4shared Um ponto em comum entre todas estas ferramentas é que elas têm um perfil de utilização mais voltado para a abordagem sócio-interacionista. Essa característica as tornam muito interessantes para serem utilizadas em diferentes contextos educacionais, principalmente, naqueles em que há um foco na construção cooperativa de conteúdos, ampliando o leque de opções tecnológicas até então disponíveis. Entretanto, novos questionamentos se colocam: Como abordar o uso educacional da Web 2.0 de modo mais motivador para os alunos de maneira que, o foco não recaia sobre a tecnologia, mas sim, nos temas trabalhados? De acordo com Zanetti (2006), em 2006 o consultor Seely Brown do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), comentou em entrevista que existe uma grande falta de investimento das escolas e universidades de todo o mundo para a elaboração de projetos educacionais que utilizem recursos de Web 2.0. Brown enfatizou que tais 6
  • 7. projetos poderiam introduzir nos alunos a cultura de divulgar e debater idéias, usando os Wikis e Blogs. E concluiu, afirmando que nesse processo há muitas barreiras a serem transpostas. A primeira seria fazer com que os educadores aprendam e usem a Web a seu favor; a segunda seria a etapa de treinar e educar os alunos nessas tecnologias e conceitos, mostrando como pode ser vantajoso tirar proveito de um ambiente colaborativo para a aprendizagem. 4a.3. Concluindo No leque de ferramentas que desponta incessantemente na Web 2.0, percebe-se que novos desafios se abrem para que os professores conheçam essas ferramentas e saibam como extrair todo o seu potencial para apoiar os processos educacionais. Com a ampliação da informatização das escolas, espera-se que estes professores possam explorar estas alternativas gratuitas para desenvolver novas estratégias de ensino- aprendizagem, que estimulem o interesse e a motivação dos alunos no processo de aprendizagem. 4a.4.Referências Barbosa L.P., Oeiras J.Y. (2008), Uso de Wikis em projetos escolasres: experiências colaborativas com alunos do ensino fundamental, Workshop de Informática na escola-WIE, SBC2008, Belém, p. 362-371. Fontoura, Wagner (2010) A hora e a vez das Mídias Sociais. Disponível em http://www.cultura.gov.br/site/2008/02/29/a-hora-e-a-vez-das-midias-sociais. visitado em maio 2010. Neuroanatomia (2009), em: http://www.flickr.com/photos/15641902@N06, visitado em março de 2010. Neuropedagogia (2010), em: http://neuropedagogia.pbwiki.com, visitado em março de 2010. O'Reilly, T. (2005) What is web 2.0, Design Patterns and Business Models for the Next Generation of Software. In Web 2.0 Conference. Póvoa, M. (2007) O que é web 2.0 ? Webinsider, Disponível em http://webinsider.uol.com.br/2006/10/30/o-que-e-web-20, visitado em maio 2010. Santaella, L., (2006) Palavra, imagem & enigmas. Revista USP, n.16. dez./jan./fev. Vygotsky, L. , (1978) Mind in Society: The Development of Higher Psychological Processes. Cambridge, MA: Harvard University Press. 7
  • 8. Wenger, E. ; Snyder, W. M.; Mcdermott, R., (2002) Cultivating Communities of Practice – A Guide to Managing Knowledge, Cambridge: Harvard Business School Press, 2002. Zanetti H., (2006), Por que não usar web 2.0 e redes sociais no ensino?, Webinsider, em http://webinsider.uol.com.br/index.php/2006/12/07/james-della-valle, dez 2006, visitado em maio de 2010. 8