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CURSO SUPERIOR DE TEOLOGIA À DISTÂNCIA
 Seminário Teológico Dom Egmont Machado
             Krischke – SETEK
       Rôde Laco Gonçalves Hartwig
             plafi@terra.com.br
                  99810853



               Disciplina:
           Psicologia Pastoral
Psicologia Pastoral
Psicologia Pastoral
                  Psicologia da Religião
Definição:
    Psicologia da religião é o estudo do fenômeno religioso do
ponto de vista Psicológico, ou seja, é o estudo científico e de
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religioso do homem, quer como indivíduo, quer como
membro de uma comunidade religiosa. Nessa definição o
“comportamento religioso”, refere-se a qualquer ato ou
atitude, individual ou coletiva, pública ou privativa que tenha
específica referência ao divino ou sobrenatural. Obviamente,
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homem, pode se dizer que a Religião é tão pré
histórica quanto o homem o é.
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      Há vários tipos de experiências Religiosas e
todas elas podem ser conceituadas como respostas a
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limiar da consciência de determinadas realidades, ou
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tentativas de interpretação do fenômeno religioso.
      Estudaremos as que considera-se como as
mais relevantes no nosso convívio.
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     Interpretação Psicológica do
         Fenômeno Religioso
a) Para Freud, a religião nada mais é do que a
projeção infantil da imagem paterna. Ela é uma
ilusão, não porque seja má em si, mas porque
tende a levar o homem a fugir de sua realidade
e contingência humana.
Psicologia Pastoral
 b) Para Jung, a experiência religiosa resulta do
inconsciente coletivo, que por sua vez, é
composto de energia dinâmicas e de símbolos
de significação universal.
    A experiência religiosa é fundamental ao
funcionamento harmonioso do psiquismo e
ajuda o homem a compreender realidades do
universo que não podem ser conhecidas de
outras maneiras.
Psicologia Pastoral
Interpretação Psicológica do Fenômeno
               Religioso
1. Para Allport, a experiência religiosa é algo
 essencialmente pessoal, sujeito às leis de evolução
psicológica, e seu aspecto intelectual é mais importante
do que emocional.
    A religião é fator importantíssimo na integração da
personalidade. Ele diz que religião é o esforço do homem
para unir-se à criação e ao Criador com o fim de ampliar
e completar sua própria personalidade.
Psicologia Pastoral
2. Para Anton Boisen, a experiência religiosa
tem basicamente a mesma dinâmica da
esquizofrenia. Diz ele, que tanto a
esquizofrenia como a experiência religiosa são
profundas tentativas à integração do “eu”.
Quando a personalidade se vê ameaçada ao
ponto de sua desintegração, equivale a busca
pela religião.
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 Evolução da Experiência Religiosa
      A evolução da experiência religiosa está sujeita
aos mesmos princípios gerais da evolução psicológica
do homem, visto que religião não é mero apêndice à
vida, porém parte integrante e vital da
personalidade.
    Em cada fase da vida do homem, a religião tem
características típicas e cumpre determinadas
finalidades ou propósitos e proporções.
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              Fé e Dúvida
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sua ou sua veracidade.
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se forma, como se desenvolve e que funções
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                  Fé Religiosa
       O estudo psicológico da fé religiosa é,
entretanto, extremamente complexo, porque é muito
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indivíduo tem fé religiosa, apesar de todos os seus
defeitos como método de pesquisa, é perguntar ao
próprio indivíduo.
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             A Dúvida Religiosa
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problema da dúvida religiosa. A dúvida é parte
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personalidade. A dúvida, como atitude resistente,
pode levar o homem à indiferença e ao desespero,
que constituem obstáculos a qualquer ação
construtiva    e   tornam     impossível       os
empreendimentos criadores.
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             Conversão Religiosa
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fato, o marco inicial dos estudos de psicologia da
religião em sua versão moderna e contemporânea.
Há pelo menos duas razões para que assim
acontecesse. Em primeiro lugar, o início dos estudos
dos fenômenos religiosos, em bases mais empíricas,
coincide historicamente com os grandes movimentos
de avivamento religioso e a grande ênfase na
mudança de vida causada pelo poder do evangelho.
Psicologia Pastoral
       O Processo de conversão Religiosa
     O processo da conversão religiosa parece ter certas
características comuns. Não importa qual seja a religião do
homem, sua conversão é, ordinariamente, marcada por certos
estágios bem definidos. Quase todos os autores que estudam o
fenômeno da conversão religiosa, reconhecem pelo menos três
estágios fundamentais:
1. O período da inquietação;
2. A crise propriamente dita;
3. O período de paz que segue a “ solução” do problema espiritual.
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expressão concreta dessa experiência através da vida e do
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interferência de um estímulo exterior, de repente,
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vida foram todos resolvidos. Por exemplo: Agostinho
lê um texto bíblico e, de repente, sente-se uma nova
criatura. Tagore, ao ouvir a interpretação de um
artigo Upanisbad, sente o bálsamo divino cair sobre
si.
Psicologia Pastoral
   Período de Paz e Harmonia Interior
       Clark diz que, na proporção em que a emoção
do momento climático se desvanece, o indivíduo
começa a experimentar alívio, paz e harmonia
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homem nota que tem fé, sente que está unido a Deus,
que seus pecados foram perdoados, seus problemas
foram resolvidos, que está salvo.
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          Maturidade Religiosa
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             Oração e Adoração
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é o fenômeno central da religião e a perda
fundamental de toda piedade. Ele cita Lutero,
quando diz que a fé nada mais é do que oração. A
oração é, de fato, o elemento central do
comportamento religioso. A prática da oração é,
talvez, o índice mais seguro da religiosidade de uma
pessoa.
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              Oração
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oração primitiva, diz que são estes os
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                 Invocação
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oração.
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a presença de seu Deus com frases exclamativas,
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voz!”, ou “Ouve a nossa súplica!” , ou ainda
outras frases que expressam apelo de respostas.
Psicologia Pastoral
           Queixa ou Pergunta
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espécie de protesto ou uma pergunta que
revela a insatisfação do homem com a
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                 Adoração
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quer formal, daquilo que o homem sente e faz
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                  Adoração
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Deus.
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                  Adoração
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                  Adoração
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adoração, terá que tomar-se participante, pois de
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          Confissão e Purificação
    Através da confissão, como parte do ato de
adoração, o homem consegue a purificação de seu
espírito e a renovação de sua vida.
    O rito de purificação é muito usado pelos
japoneses, egípcios, gregos, hindus e outros.
    Entre os celtas, romanos e persas, o fogo era
uma energia purificadora.
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de purificação.
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            Misticismo Religioso
      A experiência mística é um dos elementos
centrais da vida religiosa.
      Podemos dizer que em toda experiência
religiosa profunda há um elemento de misticismo.
      Adotamos aqui a definição de misticismo
dada por Pratt, que diz: “Misticismo é a senso-
percepção de um ser de uma realidade através de
meios que são os processos cognitivos específicos
ou o uso da razão.”
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               Misticismo Religioso
       Há dois tipos básicos de misticismo:
1. Ativo: O homem procura, através de danças,
   músicas, jejuns, drogas, etc..., atingir o infinito;
2. Responsivo: O homem simplesmente se dispõe a
   receber a visitação divina.
      Especificamente, o místico é uma mistura dos
   dois tipos, havendo apenas a predominância de
   um dos elementos.
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              Vocação Religiosa
     A vocação religiosa é um dos aspectos mais
pessoais da experiência espiritual do homem.
     Geralmente, a maneira como o indivíduo se
dedica à vocação religiosa reflete a intensidade de
sua experiência com Deus.
     Num sentido muito geral, podemos dizer que
todo indivíduo que professa uma fé pessoal tem
uma vocação religiosa, pois a fé é o modo pelo qual
o homem responde ao estímulo do transcendente.
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                Religião e Saúde
   A relação cada vez mais estreita entre o psiquiatra e
o ministro religioso é um atestado do reconhecimento
de que a religião desempenha importante papel no
desenvolvimento da personalidade e pode constituir-se
fator primordial no equilíbrio de suas funções
psíquicas.
  O ministro de religião é hoje parte integrante da
equipe de saúde, nos grandes hospitais e clínicas,
especialmente nos Estados Unidos, onde o movimento
foi iniciado, graças ao extraordinário trabalho de
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Curso superior de teologia à distância 3

  • 1. CURSO SUPERIOR DE TEOLOGIA À DISTÂNCIA Seminário Teológico Dom Egmont Machado Krischke – SETEK Rôde Laco Gonçalves Hartwig plafi@terra.com.br 99810853 Disciplina: Psicologia Pastoral
  • 3. Psicologia Pastoral Psicologia da Religião Definição: Psicologia da religião é o estudo do fenômeno religioso do ponto de vista Psicológico, ou seja, é o estudo científico e de métodos da psicologia ao estudo científico do comportamento religioso do homem, quer como indivíduo, quer como membro de uma comunidade religiosa. Nessa definição o “comportamento religioso”, refere-se a qualquer ato ou atitude, individual ou coletiva, pública ou privativa que tenha específica referência ao divino ou sobrenatural. Obviamente, esse divino ou sobrenatural é definido em termos de fé pessoal de cada indivíduo.
  • 4. Psicologia Pastoral História da Psicologia da Religião Apesar do esforço de alguns de enquadrar a Psicologia da Religião no campo geral da Psicologia Científica, ainda existem certas barreiras que impedem tal relação mais íntima. Na proporção porém, em que melhores métodos de pesquisas forem introduzidos no estudo Psicológico do fenômeno religioso, a Psicologia da Religião desfrutará status acadêmico mais favorável.
  • 5. Psicologia Pastoral O Fenômeno Religioso Ao Psicólogo da Religião interessa não somente o fato de que todas essas culturas se encontram formas de comportamento religioso, mas também o fato singular de que, apesar das grandes diferenças quanto às crenças e práticas dos vários seguimentos e de povos, há muitas similaridades entre elas, o que surgere a existência de um fator comum à experiência religiosa de todos os homens.
  • 6. Psicologia Pastoral Definição de Religião Para Êmile Durkheim, Religião é um fato essencialmente coletivo. Diz ele: “Religião é um sistema unificado de crenças e práticas relativas a coisas sagradas, isto é, a coisas separadas e proibidas – crenças e práticas que unem, numa comunidade moral, chamada Igreja, a todos aqueles que a elas adorem”.
  • 7. Psicologia Pastoral Origem da Religião Os estudos de antropologia cultural, parecem indicar que expressões religiosas existem praticamente em todos os níveis de civilização. A Religião, portanto, nasceu como o próprio homem, pode se dizer que a Religião é tão pré histórica quanto o homem o é.
  • 8. Psicologia Pastoral A Experiência Religiosa Há vários tipos de experiências Religiosas e todas elas podem ser conceituadas como respostas a diversos estímulos. A Psicologia encarrega-se de determinar o limiar da consciência de determinadas realidades, ou seja, o ponto em que o organismo se torna sensível a essa realidade.
  • 9. Psicologia Pastoral Comportamento Religioso Comportamento Religioso é qualquer ato ou atitude que tem referência específica ao divino ou sobrenatural.
  • 10. Psicologia Pastoral Interpretação Psicológica do Fenômeno Religioso Várias teorias, desde então, tem surgido como tentativas de interpretação do fenômeno religioso. Estudaremos as que considera-se como as mais relevantes no nosso convívio.
  • 11. Psicologia Pastoral Interpretação Psicológica do Fenômeno Religioso a) Para Freud, a religião nada mais é do que a projeção infantil da imagem paterna. Ela é uma ilusão, não porque seja má em si, mas porque tende a levar o homem a fugir de sua realidade e contingência humana.
  • 12. Psicologia Pastoral b) Para Jung, a experiência religiosa resulta do inconsciente coletivo, que por sua vez, é composto de energia dinâmicas e de símbolos de significação universal. A experiência religiosa é fundamental ao funcionamento harmonioso do psiquismo e ajuda o homem a compreender realidades do universo que não podem ser conhecidas de outras maneiras.
  • 13. Psicologia Pastoral Interpretação Psicológica do Fenômeno Religioso 1. Para Allport, a experiência religiosa é algo essencialmente pessoal, sujeito às leis de evolução psicológica, e seu aspecto intelectual é mais importante do que emocional. A religião é fator importantíssimo na integração da personalidade. Ele diz que religião é o esforço do homem para unir-se à criação e ao Criador com o fim de ampliar e completar sua própria personalidade.
  • 14. Psicologia Pastoral 2. Para Anton Boisen, a experiência religiosa tem basicamente a mesma dinâmica da esquizofrenia. Diz ele, que tanto a esquizofrenia como a experiência religiosa são profundas tentativas à integração do “eu”. Quando a personalidade se vê ameaçada ao ponto de sua desintegração, equivale a busca pela religião.
  • 15. Psicologia Pastoral Evolução da Experiência Religiosa A evolução da experiência religiosa está sujeita aos mesmos princípios gerais da evolução psicológica do homem, visto que religião não é mero apêndice à vida, porém parte integrante e vital da personalidade. Em cada fase da vida do homem, a religião tem características típicas e cumpre determinadas finalidades ou propósitos e proporções.
  • 16. Psicologia Pastoral Fé e Dúvida O psicólogo não discute a lógica da fé, sua ou sua veracidade. Cabe-lhe apenas a tarefa de estudar como se forma, como se desenvolve e que funções desempenha na vida do indivíduo.
  • 17. Psicologia Pastoral Fé Religiosa O estudo psicológico da fé religiosa é, entretanto, extremamente complexo, porque é muito difícil verificar se determinado indivíduo tem ou não fé religiosa. A maneira mais óbvia de se saber se um indivíduo tem fé religiosa, apesar de todos os seus defeitos como método de pesquisa, é perguntar ao próprio indivíduo.
  • 18. Psicologia Pastoral A Dúvida Religiosa Intimamente ligado ao problema da fé está o problema da dúvida religiosa. A dúvida é parte integral do desenvolvimento religioso do homem, bem como de todo o processo evolutivo de sua personalidade. A dúvida, como atitude resistente, pode levar o homem à indiferença e ao desespero, que constituem obstáculos a qualquer ação construtiva e tornam impossível os empreendimentos criadores.
  • 19. Psicologia Pastoral Conversão Religiosa Estudo Psicológico da conversão religiosa é, de fato, o marco inicial dos estudos de psicologia da religião em sua versão moderna e contemporânea. Há pelo menos duas razões para que assim acontecesse. Em primeiro lugar, o início dos estudos dos fenômenos religiosos, em bases mais empíricas, coincide historicamente com os grandes movimentos de avivamento religioso e a grande ênfase na mudança de vida causada pelo poder do evangelho.
  • 20. Psicologia Pastoral O Processo de conversão Religiosa O processo da conversão religiosa parece ter certas características comuns. Não importa qual seja a religião do homem, sua conversão é, ordinariamente, marcada por certos estágios bem definidos. Quase todos os autores que estudam o fenômeno da conversão religiosa, reconhecem pelo menos três estágios fundamentais: 1. O período da inquietação; 2. A crise propriamente dita; 3. O período de paz que segue a “ solução” do problema espiritual. Drakeford, acrescenta a esse um quarto período, isto é, a expressão concreta dessa experiência através da vida e do comportamento do indivíduo.
  • 21. Psicologia Pastoral O período de Inquietação Nesse período o indivíduo reconhece que algo lhe está faltando e ele mesmo toma a iniciativa em procurar a solução para o seu problema.
  • 22. Psicologia Pastoral A Crise propriamente dita Descrevendo essa fase, Clark diz que, sem a interferência de um estímulo exterior, de repente, algo extraordinário acontece – uma grande iluminação, um sentimento de que os problemas da vida foram todos resolvidos. Por exemplo: Agostinho lê um texto bíblico e, de repente, sente-se uma nova criatura. Tagore, ao ouvir a interpretação de um artigo Upanisbad, sente o bálsamo divino cair sobre si.
  • 23. Psicologia Pastoral Período de Paz e Harmonia Interior Clark diz que, na proporção em que a emoção do momento climático se desvanece, o indivíduo começa a experimentar alívio, paz e harmonia interiores. As dúvidas cessam momentaneamente. O homem nota que tem fé, sente que está unido a Deus, que seus pecados foram perdoados, seus problemas foram resolvidos, que está salvo.
  • 24. Psicologia Pastoral Maturidade Religiosa Maturidade religiosa implica na convicção da existência de um Ser Supremo e de ideias básicas sobre a vida e o universo. Essa convicção dá suficiente sentido à vida do homem e o leva a um comportamento moral consistente com sua filosofia de vida e suas crenças religiosas.
  • 25. Psicologia Pastoral Maturidade Religiosa Finalmente, a maturidade religiosa caracteriza-se pela capacidade de amar o próximo, de ser humilde, de ser criativo, de ajustar-se socialmente e de ser consagrado aos objetivos supremos da vida como concebidos pelo indivíduo.
  • 26. Psicologia Pastoral Oração e Adoração A oração é uma das experiências religiosas mais comuns entre os homens. Heiler, afirma que a oração é o fenômeno central da religião e a perda fundamental de toda piedade. Ele cita Lutero, quando diz que a fé nada mais é do que oração. A oração é, de fato, o elemento central do comportamento religioso. A prática da oração é, talvez, o índice mais seguro da religiosidade de uma pessoa.
  • 27. Psicologia Pastoral Oração Heiler falando sobre o conteúdo da oração primitiva, diz que são estes os seus elementos constitutivos.
  • 28. Psicologia Pastoral Invocação A invocação do nome do ser divino e seus atributos pessoais é o primeiro elemento de toda oração. A pessoa que ora sem uma frequência, invoca a presença de seu Deus com frases exclamativas, como “Ouve-me!”, “Ouve-nos!”, “Ouve a nossa voz!”, ou “Ouve a nossa súplica!” , ou ainda outras frases que expressam apelo de respostas.
  • 29. Psicologia Pastoral Queixa ou Pergunta Muitas vezes a oração primitiva é uma espécie de protesto ou uma pergunta que revela a insatisfação do homem com a divindade a quem ora.
  • 30. Psicologia Pastoral Petição Petição é o elemento central da oração. O homem primitivo ora quase exclusivamente por coisas úteis ou que contribuam para a sua felicidade pessoal.
  • 31. Psicologia Pastoral Intercessão A preocupação com o bem-estar dos demais membros da tribo leva o homem primitivo a interceder por eles. Esse estágio da oração é realmente elevado e não muito frequênte entre o chamado homem primitivo.
  • 32. Psicologia Pastoral Meio de Persuasão O homem primitivo tenta, por meio da oração, convencer a divindade de que deve favorecê-lo. Uma das maneiras por que tenta persuadir a divindade é alegando a sua própria perfeição moral. “ Tem misericórdia de mim!” é uma forma comum de persuasão na prece.
  • 33. Psicologia Pastoral Ação de Graças É o conhecimento não apenas verbal, mas também expresso de vários modos, de que tudo provém das mãos de Deus.
  • 34. Psicologia Pastoral Motivo da Oração Seja qual for o motivo por que a pessoa ora e sejam quais forem as reais possibilidades de uma relação com o transcendente, através da oração, o fato é que ela produz grandes efeitos psicológicos sobre a pessoa que ora.
  • 35. Psicologia Pastoral Adoração Adoração é a expressão, quer espontânea, quer formal, daquilo que o homem sente e faz quando na presença do Sagrado. No dizer de Stolz, a essência da adoração consiste em criar ou intensificar uma atitude de reverência.
  • 36. Psicologia Pastoral Adoração A procissão tem por objetivo a aproximação de Deus. A invocação tem por objetivo o reconhecimento e estabelecimento de uma relação pessoal mais íntima. Não pode haver adoração sem que o homem reconheça que o objeto a ser adorado está ao alcance de sua voz e que com ele deseja dialogar.
  • 37. Psicologia Pastoral Adoração Música religiosa é outra maneira interpessoal no ato da adoração. Através do hino, da poesia e dos salmos, a alma eleva-se a Deus. A música e a poesia prestam-se admiravelmente bem à expressão de ação de graças e de louvor.
  • 38. Psicologia Pastoral Adoração Cada ato de adoração tem significado especial para a pessoa que adora. Este significado, muitas vezes, não é percebido pelo indivíduo “de fora”. Se alguém quiser compreender um ato de adoração, terá que tomar-se participante, pois de outra maneira jamais poderá compreendê-lo.
  • 39. Psicologia Pastoral Confissão e Purificação Através da confissão, como parte do ato de adoração, o homem consegue a purificação de seu espírito e a renovação de sua vida. O rito de purificação é muito usado pelos japoneses, egípcios, gregos, hindus e outros. Entre os celtas, romanos e persas, o fogo era uma energia purificadora. O rito batismal entre os cristãos é uma forma de purificação.
  • 40. Psicologia Pastoral Misticismo Religioso A experiência mística é um dos elementos centrais da vida religiosa. Podemos dizer que em toda experiência religiosa profunda há um elemento de misticismo. Adotamos aqui a definição de misticismo dada por Pratt, que diz: “Misticismo é a senso- percepção de um ser de uma realidade através de meios que são os processos cognitivos específicos ou o uso da razão.”
  • 41. Psicologia Pastoral Misticismo Religioso Há dois tipos básicos de misticismo: 1. Ativo: O homem procura, através de danças, músicas, jejuns, drogas, etc..., atingir o infinito; 2. Responsivo: O homem simplesmente se dispõe a receber a visitação divina. Especificamente, o místico é uma mistura dos dois tipos, havendo apenas a predominância de um dos elementos.
  • 42. Psicologia Pastoral Vocação Religiosa A vocação religiosa é um dos aspectos mais pessoais da experiência espiritual do homem. Geralmente, a maneira como o indivíduo se dedica à vocação religiosa reflete a intensidade de sua experiência com Deus. Num sentido muito geral, podemos dizer que todo indivíduo que professa uma fé pessoal tem uma vocação religiosa, pois a fé é o modo pelo qual o homem responde ao estímulo do transcendente.
  • 43. Psicologia Pastoral Religião e Saúde A relação cada vez mais estreita entre o psiquiatra e o ministro religioso é um atestado do reconhecimento de que a religião desempenha importante papel no desenvolvimento da personalidade e pode constituir-se fator primordial no equilíbrio de suas funções psíquicas. O ministro de religião é hoje parte integrante da equipe de saúde, nos grandes hospitais e clínicas, especialmente nos Estados Unidos, onde o movimento foi iniciado, graças ao extraordinário trabalho de Anton Boisen.