2. Amor E Sexo
Rita Lee
Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte...
Amor é pensamento
Teorema
Amor é novela
Sexo é cinema..
Sexo é imaginação
Fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia...
O amor nos torna
Patéticos
Sexo é uma selva
De epiléticos...
3. Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Oh! Oh! Uh!
Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom
Amor é do bem...
4. Amor sem sexo
É amizade
Sexo sem amor
É vontade...
Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes
Amor depois...
Sexo vem dos outros
E vai embora
Amor vem de nós
E demora...
5. Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Oh! Oh! Oh!
Amor é isso
Sexo é aquilo
E coisa e tal!
E tal e coisa!
Uh! Uh! Uh!
Ai o amor!
Hum! O sexo!
6. Sexo ou sexualidade
Os sociólogos explicam o sexo como uma
caracterização física, enquadrando o ser
humano na condição de homem ou
mulher, apesar de algumas mudanças no
corpo em função das relações sociais, como
maquiagem, tipo de cabelo, padrão de
beleza, também interferirem na aparência do
indivíduo. A maior definição entre mulher e
homem
reside,
sem
dúvida,
nas
características físicas.
7. A
está mais
direcionada para a forma
como as pessoas lidam com
o sexo, ou seja, como
manifestam seus desejos e
interesses sexuais.
Algumas
sociedades
reprimem
os
desejos
sexuais,
proporcionando
pouca vivência da sexualidade;
outras motivam a liberdade
sexual,
ampliando
o
entendimento da sexualidade.
8. O brasileiro vive sua sexualidade
de
maneira
mais
espontânea, pelo fato de ter em
sua cultura o costume de
abraçar, beijar, tocar no outro
quando conversa etc.
A inexistência da expressão
dos sentimentos, desejos e
pensamentos impede o exercício
da sexualidade, restringindo o
vínculo à satisfação do instinto.
9.
10. Atualmente, entende-se que a conversa sobre
sexualidade auxilia no entendimento dos sentimentos e
desejos, proporcionando a autorrealização e o usufruto
mais responsável.
Persiste, porém, a errada crença de que conhecer
detalhadamente os órgãos genitais, os locais de prazer
e a forma de tocar sejam pontos suficientes para
satisfazer integralmente a sexualidade.
11. O
excesso
de
informação,
inclusive
via
internet, televisão e revistas especializadas, nem sempre
significa esclarecimento necessário à vida.
, trocar
experiências com pessoas que já tiveram frustrações e
alegrias na realização da sua sexualidade, expressar
suas necessidades ao parceiro, desprender-se dos
pudores,
.
12. é necessário cumprir uma regra social;
há tempo
certo para se desenvolver a sexualidade: ela acompanha o
crescimento humano.
que se
vive, não uma característica biológica.
13. Diferenças de gênero
: Masculino ou Feminino; Biológico, natural.
: comportamento; Cultural.
O gênero nem sempre acompanha a estrutura física do
indivíduo.
O gênero está ligado a
.
14. O gênero refere-se às atribuições que a sociedade
oferece para o masculino e o feminino, ou seja, o que
esses personagens devem assumir perante a sociedade.
15. Masculinidade X Feminilidade
A função feminina restringia-se aos afazeres
domésticos e à criação dos filhos. A
masculina era prover a família, por intermédio
de trabalho fora de casa.
Ficou estabelecido também que o homem teria
características mais agressivas, ativas e
robustas do que a mulher, de perfil delicado e
passivo.
16. A modernidade
imprimiu
alterações
na
sociedade, e os papéis foram sofrendo
complementações. O homem veio para mais
perto de casa e a mulher se lançou no mercado
de trabalho.
Esse fato não extinguiu a
desigualdade
entre
os
gêneros. as mulheres ainda
realizam
atividades
pouco
valorizadas na sociedade e têm
remuneração menor com relação
aos homens.
17. Hoje, as relações ainda se mantêm divididas
em femininas e masculinas, mas com outra
configuração: a mulher tem participação
mais ativa, com dupla jornada de trabalho, e o
homem ainda desempenha papel ativo, mas
se insere nas atividades domésticas e
expressa sua sensibilidade.
Essas mudanças resultaram das
diversas lutas dos movimentos
feministas e demais reivindicações
dos direitos humanos, posicionando
homem e mulher em situação mais
igualitária.
18. Um indivíduo do sexo masculino pode
desenvolver
características
psicológicas,
sociais
e
culturais
do
feminino, classificando-se como homossexual, ou
vice-versa.
Médicos, psicólogos e sociológicos não explicam da mesma
forma a homossexualidade. Até o momento, não há
explicação
única
sobre
o
surgimento
da
homossexualidade. O importante é que temos a
possibilidade de conhecer a sexualidade de forma mais
detalhada, para exercermos nossa orientação sexual de
forma consciente e sadia.
19. No estudo da homossexualidade, encontram-se diversas
formas de expressar a orientação sexual. Giddens cita
as identidades sexuais classificadas por Judith Lorber: a
mulher heterossexual, o homem heterossexual, a
mulher lésbica, o homem gay, a mulher bissexual, o
homem bissexual, a mulher travesti (mulher que
frequentemente se veste como homem), o homem travesti
(homem que frequentemente se veste como mulher), a
mulher transexual (homem que se torna mulher) e o
homem transexual (mulher que se torna homem)
20. Na
, homens jovens deveriam ter
relações sexuais com homens mais velhos com a
finalidade de absorver virtudes e conhecimentos filosóficos.
A sociedade aceitava esse comportamento sem nenhuma
conotação pejorativa, mas rejeitava as relações mantidas
entre homens mais velhos, inclusive proibindo-os de
assumir cargos públicos.
21. Com o aparecimento do cristianismo, a concepção de
homossexualismo mudou, recuperando-se a ideia das
relações sexuais exclusivamente para fins de
procriação.
A doutrina católica disseminou a noção de culpa aos
comportamentos concebidos como “errados” socialmente.
22. Atualmente, a homossexualidade possui razoável
aceitação na sociedade, graças às conquistas dos
grupos
que
atuam
em
favor
dos
direitos
humanos, embora persista muito preconceito.
Em junho de 2008, a sigla GLBT mudou para LGBT
(Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), a fim de
proporcionar maior visibilidade às lésbicas, reforçando a
luta pela participação das mulheres na vida política
brasileira.
24. No momento em que a sociedade moderna entrou no
processo de laicização, ou seja, deixou de ser
influenciada pela Igreja, verificou-se queda no
cumprimento de regras religiosas relativas ao
comportamento e às relações humanas. Exemplo
disso é a abordagem de algumas religiões ao sexo, que
serviria apenas à reprodução.
25. A divulgação de informações relacionadas às doenças
que podem ser contraídas por meio do sexo, a
necessidade de controlar a natalidade e a
independência feminina possibilitaram abertura nos
assuntos referentes à sexualidade, proporcionando
liberdade de opiniões e práticas à sociedade.
O tema, antes considerado “proibido”, é hoje assunto
corriqueiro entre crianças, jovens, adultos e idosos, que
se referem a ele sem o peso da culpa.
26. Já não se classifica a mulher apenas como um objeto
sexual, mas também como um sujeito que tem desejos e
necessita expressá-los.
Atualmente, as pessoas já se casam com experiências
sexuais anteriores, que foram guiadas por outros valores,
como o prazer.
27. No século XIX, uma família sem filhos era malvista, pois
o que importava era a existência de uma prole, não
importando em nada a felicidade dos cônjuges.
Atualmente, uma família sem filhos, mas com
cônjuges felizes, é uma possibilidade muito comum.
Isso se reflete diretamente na forma como as pessoas
vivenciam o sexo e o casamento.
28. A
é uma
preocupação de muitas famílias, porque ela
assinala
consequências
que,
muitas
vezes, eles não estão preparados para
assumir.
29. O importante, portanto, é despertar a consciência da
juventude e muni-la de informações sobre as DST
(doenças
sexualmente
transmissíveis),
o
planejamento familiar e o profissional.
Uma das responsabilidades do jovem é informar-se sobre
prevenção.
30. Segundo reportagens disponíveis
no
site
do
Ministério
da
Saúde, muitas meninas ainda
engravidam
por
motivos
diversos: falta de informação e
de
recursos
financeiros, instabilidade comum
na adolescência, pretexto para
casar e sair da casa dos pais etc.
A
gravidez,
em
algumas
situações, torna-se opção de
vida. A realidade mostra que, na
maioria dos casos, a mulher que
acredita em ter vida melhor após
a gravidez está enganada.
31. Indústria do sexo
A prostituição, presente na humanidade há milênios, tem
a mulher como seu principal objeto.
Entender a prostituição como opção profissional pode ser
atraente para quem teve de fato chance de escolher a
profissão
e
ocupa
posição
superior
na
hierarquia, vivendo com bom padrão de vida. Sabe-se
que essa
é a grande realidade da prostituição.
32. A situação torna-se pior quando envolve crianças e
adolescentes que trocam aspectos essenciais ao seu
desenvolvimento sadio — escola, brincadeiras, vida
familiar, sonhos — pela prostituição, com vistas à
sobrevivência ou às drogas. Muitos se submetem a isso
porque necessitam manter-se e, às vezes, manter os
próprios pais; outros vendem o corpo para alimentar
seu vício em álcool e droga. Ambos os casos se
constituem em um dos problemas sociais mais sérios
da atualidade.
33. Além da compra do sexo, há outros abusos e violências
ao universo infantojuvenil, como no caso dos pedófilos
que usam imagens virtuais de crianças e adolescentes
nus ou submetidos à relação sexual. Essa forma de
violência sexual tem sido enfaticamente divulgada pela
mídia, como meio de combatê-la.
34. Outra maneira de violentar o corpo: excessiva ênfase à
aparência, conduzindo jovens ao endeusamento do
próprio corpo, em prejuízo do desenvolvimento
intelectual, espiritual e social. Meninas e meninos
acabam
desenvolvendo
bulimia
ou
anorexia
descontroladas para se adequar aos padrões de beleza
do mundo da moda.
35. O ser humano precisa conscientizar-se
de que o corpo é mais um instrumento
que pode ser encaminhado para o
próprio benefício ou malefício.