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Grandes Vultos do Espiritismo
Cesar Lombroso
Introdução
Séc. XIX, inícios do Séc. XX
O espiritismo perante a ciência
“O espiritismo é, ao mesmo
tempo, uma ciência de observação
e uma doutrina filosófica. Como
ciência, ele consiste nas relações
que se estabelecem entre nós e os
espíritos;
Como filosofia, compreende todas
as consequências morais que
dimanam dessas mesmas
relações”. (Preâmbulo do livro “O
que é o Espiritismo”)
“O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e
destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo
corporal.”
“Factos novos se apresentam, que não podem ser explicados
pelas leis conhecidas (por exemplo as Leis da Física); ele os observa,
compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que
os rege; depois, deduz-lhes as consequências e busca as aplicações
úteis.” (A Génese, Cap. I, item 14).
“O Espiritismo, pois, não estabelece como princípio absoluto senão o que
se acha evidentemente demonstrado, ou o que ressalta logicamente da
observação.”. ( Cap. I de A Génese, item 55)
“O Espiritismo e a Ciência se complementam reciprocamente; a Ciência,
sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos
fenómenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência,
faltariam apoio e comprovação” (Idem).
Biografia e formação académica
• Nasceu em Verona -Itália - a 6
de Novembro de 1835;
• Educado nas ideias e crenças da
religião judaica;
• Família de elevados recursos
financeiros;
• Estudou medicina ;
• Especializou-se em Psiquiatria;
Cont.
• Director do Manicómio
Provincial de Pesaro;
• Escreveu várias obras, no campo
da Medicina, Filosofia e
Antropologia:
- "Antropologia Criminal",
- "O Homem de génio", e
- “O Homem delinquente",
Cont.
• Fundador da moderna
Antropologia Criminal;
• Pioneiro na terapia dos doentes
mentais;
• Inteligência excepcional;
• Extrema honestidade;
• “Constante e inexorável
reconhecimento da soberania do
facto.”
Lombroso e o do Espiritismo
• “Quem sabe se eu e meus amigos,
que rimos do Espiritismo, não
laboramos em erro”
• Por se considerar um defensor das
ciências positivas não se permitia
assistir a “manobras de
prestidigitação”.
• “ Já que estais entre nós, nada vos
impede de assistir a uma sessão e
de desmascarar o embuste. “
Cont.
• “Quando vi, à plena luz, uma
mesa levantar-se do chão - só
Eusápia e eu estávamos junto da
mesa - e uma pequena trombeta
voar como uma flecha da cama
à mesa e desta à cama, o meu
cepticismo recebeu um choque,
e eu desejei fazer novas
experiências de outra natureza,
no mesmo hotel, com três
colegas.” (Hipnotismo e
Mediunidade, pág. 14)
“Na sessão seguinte, fui testemunha da habitual mudança de lugar de objetos e ouvi
pancadas e ruídos. O que mais me impressionou foi uma cortina existente defronte da
alcova, a qual, se desprendeu de repente, se dirigiu para mim e se enrolou à volta do meu
corpo, apesar dos meus esforços contrários, parecendo exatamente uma delgadíssima folha
de chumbo. Só após algum tempo consegui desenredar-me dela. Outro facto que muito me
impressionou: um prato cheio de farinha deu um giro, e, ao se colocar na situação
primitiva, verifiquei que a farinha, antes perfeitamente seca, se havia transformado numa
espécie de gelatina, permanecendo neste estado por um quarto de hora. Finalmente,
quando nos íamos retirar do quarto, um pesado móvel que estava num canto afastado do
apartamento principiou a deslizar na minha direção, como se fosse enorme paquiderme.”
(idem, pág. 15)
Eusápia Paladino
• Manifestou, desde a infância
capacidades mediúnicas;
• A mediunidade de Eusápia
Palladino é um marco
importante na história da
pesquisa psíquica porque foi a
primeira dos médiuns de
fenómenos físicos a ser
examinada por um grande
número de homens de ciência;
A comissão de cientistas de Milão
Reuniu-se em Milão uma
comissão de cientistas
ilustríssimos com o objectivo de
verificar os fenómenos que
ocorriam na presença de Eusápia,
submetendo a médium a
experiências e a observações tão
rigorosas quanto possível.
Participaram das investigações, Giorgio Finzi engenheiro e Físico, Giovanni Schiaparelli, director
do Observatório Astronómico de Milão; Carl du Prel, doutor em Filosofia, da Universidade de
Mónaco, Baviera; Angelo Brofferio, professor de Filosofia; Giuseppe Gerosa, professor de Física na
Real Escola Superior de Agricultura, de Portici; G. B. Ermacora, professor de Física. Doutor Gino
Galeotti, professor de Patologia Geral na Universidade de Nápoles; Doutor Tommaso de Amicis,
professor de Dermatologia e Sifilografia na mesma Universidade; Doutor Oscar Scarpa, professor
de Física e de Electroquímica na Real Escola Superior Politécnica de Nápoles; Doutor Luigi
Lombardi, professor de Electrotécnica e de Física Técnica na mesma Escola; Doutor Sérgio Pansini,
professor ordinário de Semiótica Médica na Universidade de Nápoles; Engenheiro Emmanuelle
Jona, presidente da Associação Electrotécnica Italiana e diretor dos serviços eléctricos da Casa
Pirelli, de Milão; Senador Doutor Antonio Cardarelli, professor ordinário de Clinica Médica na
Universidade de Nápoles, Charles Richet, professor da Faculdade de Medicina de Paris, e César
Lombroso.
Cont.
• Todas as precauções e providências
foram tomadas no sentido de se
evitarem fraudes e para que as
conclusões que fossem obtidas não
ficassem envoltas na dúvida
• As experiências foram medidas,
pesadas, fotografadas, e foram
exaustivamente questionadas
• Um resumo das experiências foi
assinado por todos os participantes
foi publicado no jornal “Itália del
Popolo”, suplemento n.º 883;
Resumo das experiências
• Elevação lateral da mesa, sob as mãos da
médium, (…) “Entre os diversos
movimentos da mesa, por meio dos quais
eram dadas as respostas, seria impossível
não observar especialmente os golpes
que, amiúde, se produziam em ambos os
lados dela, elevados simultaneamente sob
as mãos da médium, sem nenhuma
precedente oscilação lateral, com força e
rapidez e por muitas vezes bruscamente,
como se estivesse pegada às mãos da
médium, movimentos tanto mais
notáveis, porquanto a médium
permanecia sentada em uma das
extremidades da mesa e não deixamos de
lhe ter seguras as mãos e os pés.”
(Hipnotismo e Mediunidade, pág. 59)
Cont.
• Elevação completa da mesa.
• Variações de pressão exercida pelo corpo da
médium sentada em uma balança.
• “A médium foi sentada em cadeira posta
sobre a balança, pesando o total 62
quilogramas. Depois de algumas oscilações,
produzia-se pronunciadíssimo descenso no
fiel da balança, durante alguns segundos,
permitindo ao Professor Gerosa, próximo a
ele, medir imediatamente o peso, que foi de
52 quilos, o que indica a queda de pressão
equivalente a 10 quilos.
• Esta experiência foi repetida mais vezes, e
em 5 sessões diversas; em uma não deu
resultado, mas, na última vez, um aparelho
registrador permitiu obter duas curvas do
fenómeno.” (idem, pág .61)
Aparições de mãos sobre fundo ligeiramente luminoso.
“Colocamos sobre a mesa um papelão recoberto de substância
fosforescente (sulfureto de cálcio) e espalhamos outros nas cadeiras e
diversos pontos do aposento. Desse modo vimos perfeitamente o negro
perfil de mão que pousava sobre o papelão da mesa, e ao fundo,
constituído pelos outros, a mão, projectada em preto, passar e repassar
em torno de nós.” (idem, pág .62)
Elevação da médium sobre a mesa. “Entre os fatos mais
importantes e mais significativos, pomos esta levitação,
executada duas vezes, isto é, a 28 de Setembro e 3 de
Outubro, em consequência da qual a médium, que estava
sentada perto de uma das cabeceiras da mesa, entre grandes
lamentos foi erguida em peso, com a cadeira, e colocada com
esta em cima da mesa, sentada na mesma posição anterior e
sempre com as mãos presas e acompanhadas pelos vizinhos.”
(idem, pág .63)
Contactos.
Assim, na noite de 6 de Outubro, o Professor Gellona, que se
achava a uma distância de cerca de 1m,20 da médium (…)
tendo levantado a mão, por ser tocado, sentiu mais vezes
que outra mão golpeava a sua para abaixá-la, e, persistindo
ele, foi golpeado com uma trombeta que momentos antes
soara no ar.” (idem, pág .63)
Ao tornar público este breve e incompleto resumo das nossas experiências, devemos
ainda expressar estas nossas convicções:
1°) - Que, nas circunstâncias dadas, nenhum dos fenômenos obtidos com luz, mais ou
menos intensa, poderia ser produzido por qualquer artifício;
2°) - Que a mesma convicção pode ser afirmada para a maioria dos fenómenos na
completa escuridade. Para uma certa parte destes últimos, podemos reconhecer, no
máximo, a possibilidade de imitá-los por meio de algum hábil artifício da médium;
todavia, depois disto que dissemos, é evidente que esta hipótese seria não só
IMPROVAVEL, mas também INUTIL em nosso caso, pois que, com o admiti-la, o
conjunto dos fatos não seria de modo algum comprometido. (idem, pág .66)
(Seguem-se as assinaturas.)
Charles Robert Richet - Prémio Nobel da Medicina
• “Para se crer que tudo não passa de
ilusão, precisaria supor que todos,
sem exceção, fossem ou mentirosos
ou imbecis, precisaria supor que
duzentos observadores eminentes,
menos ilustres talvez que os
citados, porém de grande e sagaz
inteligência, fossem, também eles,
ou mentirosos ou imbecis (…)” e “o
testemunho de um só desses
grandes homens seria suficiente.” (
Traité de Métapsychique (1922), e
La Grande Espérance (1933)
Outros fenómenos mediúnicos de Eusápia
• Deslocação de objectos : Os
efeitos mecânicos produzem-se
sem contacto algum com a
pessoa da médium, a distâncias
que podem variar de poucos
centímetros a um metro. São os
mais discutidos, porque em
desacordo com as leis ordinárias
da Física, a qual ensina que uma
força mecânica deve actuar
directamente sobre a resistência
oposta pelos corpos materiais.
Oscilações e movimentos da mesinha mediúnica, sem contacto.
- Levitação do corpo da médium
- Frio intenso que era sentido comumente pelas pessoas presentes.
- Sons de instrumentos musicais.
- Rumores de mãos e de pés.
- Escrita feita directamente pelos Espíritos, sem acção notória de
mão, com a utilização de lápis ou sem eles.
Cont.
• Marcas, imagens em matéria
moldável (plastilina): impressões
de dedos, de palmas de mão, de
punhos, de pés, e também de
rostos. 101
• - Transportes. Aparição
imprevista, sobre a mesinha ou
na sala, de objetos vindos de
longe, e entra dos através de
portas e paredes, tais flores,
raminhos, folhagens, pregos,
moedas, pedras, etc.
- Materializações, ou seja, criação ex-novo de formas mais ou
menos organizadas que têm os característicos físicos assinalados da
matéria, isto é, de serem resistentes ao tato e ao senso muscular
(tangíveis), e, algumas vezes, dotadas de luz própria (luminosas), e
mais geralmente capazes de deter os raios exteriores de luz
(fazendo-se visíveis).
- Organização de formas sólidas, tendo os característicos de
membros do corpo humano.
Cont.
• Aparição de pontos luminosos.
• - Surgimento de nuvens ou
nebulosidades esbranquiçadas.
- Influência sobre chapas fotográficas,
envoltas em papel escuro.
-Fenómenos de leitura do pensamento,
de visão na escuridade, à distância.
• - Compreensão de idiomas
desconhecidos da médium (alemão,
inglês).
• - Influência sobre eletroscópio que a
médium descarrega com a mão, à
distância.
Aceitação incondicional da realidade espírita
• Somente a intervenção de
inteligências extraterrenas
permite compreender
racionalmente o conjunto das
manifestações observadas.
Mas, justamente me foi observado por Ermacora que a energia do movimento vibratório
decresce na razão do quadrado da distância; desse modo, se pode explicar a transmissão
do pensamento a pequena distancia, incompreensível se tornam os casos de telepatia de
um a outro hemisfério da Terra e que vai atingir os percipientes sem desviar-se,
mantendo um paralelismo por milhares de quilómetros e partindo de um instrumento
não instalado sobre uma base imóvel. Quanto às explicações aplicadas aos médiuns
escreventes, elas de nada serviriam para aqueles que escrevem, ao mesmo tempo, duas
comunicações, com as duas mãos, e conservam inalterada a sua consciência. Neste caso,
os médiuns deveriam ter três ou quatro hemisférios.”
“Os Espíritos dão com frequência aos médiuns instruções acerca do
regímen de vida que devem seguir, e, se estes se opõem, eles os
obrigam até à força.
Aksakof narra, por exemplo, o caso de um médium muito guloso, ao
qual o Espírito proibiu carne, chá, café e fumo. Quando o médium se
dispunha a transgredir-lhe as ordens, o Espírito o advertia por meio de
golpes sobre a mesa em que estava comendo.”
(…)
Ora, pergunto: Quem anima este autómato? Como se concilia com o
automatismo do médium a sua multíplice actividade e a sua produção
artística ? (idem, pág .129)
Aqui surge, e necessária, a hipótese de uma intervenção externa, que será
precisamente a do Espírito, que, impotente por si, se torna potente, associando-se ao
corpo vivo do médium.
Considera-se óptimo o dizer que age aqui o inconsciente do médium, mas como
explicar quando se trata de um idioma ou de uma arte completamente ignorados do
médium e dos presentes?
É assim evidente, pois, que nos fenómenos espiritas pode interferir uma terceira
vontade que não a do Espírito, nem a do médium, nem dos presentes à sessão, mas,
ao revés, contrária à de todos juntos.
A explicação completa se pode encontrar com o integrar a força mediúnica com
outra força, ainda que fragmentária e transitória, porém que adquire, por um dado
momento, com a integração do médium, potência maior. Esta força, confirmada pela
tradição de todos os séculos e de todos os povos e pela observação experimental, é
mostrada na acção residual dos mortos (…).Esta momentânea desintegração, que
explica o automatismo do médium, pode tornar mais fácil compreender de que
modo o Espírito de um morto possa penetrar nele e mais facilmente servir-se dos seus
órgãos como se fossem próprios (…),e explica como algumas vezes o médium, em
transe, manifesta força e inteligência maiores que as que possui. (idem, pág . 129)
Cont.
• Assim mesmo, repito, se bem seja
perigoso fazê-lo, nenhuma outra
explicação dos fenómenos espiritistas
é possível, senão aquela - que os
mortos conservam ainda suficiente
energia para realizar, sob a influência
dos médiuns, o que estes e os
assistentes às sessões não poderiam
fazer por si mesmos. (…)
“E logo em seguida eu vi - estávamos em semi-obscuridade„ com luz vermelha -
afastar-se da cortina uma figura de estatura semelhante à de minha mãe, velada, que deu a
volta à mesa até chegar a mim, sussurrando-me palavras ouvidas por muitos, mas não por
mim, que sou meio surdo; tanto que eu, quase fora de mim pela emoção, lhe supliquei as
repetisse, e ela o fez, dizendo-me: Cesare, fio mio, - o que, devo confessar, não era de seu
hábito; ela, na verdade, como boa veneziana, tinha o hábito de chamar-me mio fiol - e,
retirando por um momento o véu da face, deu-me um beijo. Eusápia, naquele instante,
tinha as mãos presas por duas pessoas, e a sua estatura é, pelo menos, dez centímetros mais
alta que a da minha pobre mãe.”
Cont.
• Hipnotismo;
• Transmissão de pensamentos;
• Mediunidade e crença nos
espíritos dos mortos entre os
povos selvagens e os povos
antigos;
• Casas assombradas;
Importância dos fenómenos de natureza física
• Contribuíram para demonstrar
a realidade da existência de
entidades espirituais
• Demonstraram a possibilidade
que os espíritos têm de interagir
com o nosso mundo físico
• Chamaram a atenção das
pessoas, dada a sua
espetacularidade
Origem da doutrina Espírita
XXX
• XXX • XXX
“Esboço de uma Biologia dos Espíritos”
• Os Espíritos manifestam-se
geralmente em forma de luzes,
quando não de mãos e ainda de
imagens de pessoas, porém rara
vez completas, que parece se
formam de globos luminosos
que se condensam sempre mais
nas materializações, nas quais
um com o outro assumem, quase
direi, absorvem do corpo do
médium os órgãos mais
essenciais.
Casas assombradas
• Frequentemente, os Espíritos são
atraídos às casas onde viveram
muito tempo ou às tumbas onde
estão sepultados, e se fazem ver
depois que estas são visitadas
- Nos cemitérios ou nos lugares onde houve mortes imprevistas, o médium Stainton
Moses constatou grande número de fantasmas, que se acotovelavam, parece, a sua
passagem.
- Os fantasmas têm a propriedade, direi, negativa, de se dissolverem sob uma luz
viva, tal qual a cera ao calor.
- Não podemos calcular sua velocidade no Espaço, tão extraordinária é. Os dois
Pansini puderam transportar-se, decerto desmaterializados, através de 45
quilômetros, em 15 minutos.
- No geral, parece que os atingidos por morte imprevista, especialmente em idade
jovem, renovam os gestos e retomam as ações que lhes eram habituais.
- As Almas conservam no Além os seus bons ou maus desejos e apetites, e procuram
satisfazê-los, mesmo através de intermediários; se malvados, impelindo os vivos a se
enrodilharem sempre no vício, não obstante o esforço das Almas evolvidas que tentam
impedi-los.(…)
- Os Espíritos conservam a mentalidade e a têmpera, os vícios e as virtudes que tinham
em vida.
- Quando se trata de Espíritos de loucos, as comunicações são fragmentárias e até
amalucadas.
- As crianças, quando morrem, reproduzem as palavras e os gestos infantis e pedem
seus brinquedos; porém, quando transcorre muito tempo de sua morte, atuam e
falam como se fossem adultos, enquanto que seu parente só as pode recordar no tipo
de criança.
Parece que aos Espíritos falta completamente a noção do tempo e do
espaço ou que a possuem equivocada. (…)
- Os Espíritos não esquecem jamais certos objectos que lhes
pertenceram em vida. Estes os atraem tanto quanto maior tempo
estiveram em suas mãos, e quando estão ligados a uma lembrança
especial; servem de ponto de referência na grande confusão da sua
memória, arejando a associação de idéias. (…)
A inteligência dos Espíritos, e assim dos que foram em vida de grande
cultura, tendo de se valer do cérebro dos vivos, é fragmentária e
incoerente.
- Os mortos de há muito tempo pareciam a Moses como que aturdidos e confusos:
- «Quando se quer obter de nós comunicações claras, não é bom que nos atordoem com
perguntas; para se manifestarem a vós, os Espíritos se introduzem em um ambiente que
bastante os incomoda. Estão como quem haja recebido um golpe na cabeça e em um
semidelírio: é necessário acalmá-los, encorajá-los, dar-lhes segurança; depois do que,
suas idéias tornarão à tona.
- “Para entrarmos em comunicação convosco (Hyslop), devemos penetrar na vossa esfera,
adormecer como vós; eis porque cometemos erros, somos incoerentes. Sou inteligente
como antes, mas as dificuldades para falar convosco são bastante grandes. E' necessário,
para vos falar, que entre em um corpo e sonhe dentro dele, e por isso é preciso perdoar-
me os erros e as lacunas.»
«Eu vejo; porém, nossas sensações são, quantitativa e
qualificativamente, diversas das vossas, de modo que distinto é ver uma
coisa por mim e outra vê-la de maneira que possa torná-la
compreensível a ti; por isto, é preciso que eu a veja com a verias tu, e
para isso tenho necessidade do médium.» (…)
Com frequência, a maioria dos Espíritos cansam-se muito rapidamente.
Muitos Espíritos são sinceros, porém a maior parte é ignobilmente
constituída de burlões.
Bibliografia
Hipnotismo E Mediunidade - César Lombroso
A Génese – A. Kardec
O que é o Espiritismo – A. Kardec

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César Lombroso

  • 1. Grandes Vultos do Espiritismo Cesar Lombroso
  • 3. O espiritismo perante a ciência “O espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; Como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações”. (Preâmbulo do livro “O que é o Espiritismo”)
  • 4. “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.” “Factos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas (por exemplo as Leis da Física); ele os observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhes as consequências e busca as aplicações úteis.” (A Génese, Cap. I, item 14).
  • 5. “O Espiritismo, pois, não estabelece como princípio absoluto senão o que se acha evidentemente demonstrado, ou o que ressalta logicamente da observação.”. ( Cap. I de A Génese, item 55) “O Espiritismo e a Ciência se complementam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenómenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação” (Idem).
  • 6. Biografia e formação académica • Nasceu em Verona -Itália - a 6 de Novembro de 1835; • Educado nas ideias e crenças da religião judaica; • Família de elevados recursos financeiros; • Estudou medicina ; • Especializou-se em Psiquiatria;
  • 7. Cont. • Director do Manicómio Provincial de Pesaro; • Escreveu várias obras, no campo da Medicina, Filosofia e Antropologia: - "Antropologia Criminal", - "O Homem de génio", e - “O Homem delinquente",
  • 8. Cont. • Fundador da moderna Antropologia Criminal; • Pioneiro na terapia dos doentes mentais; • Inteligência excepcional; • Extrema honestidade; • “Constante e inexorável reconhecimento da soberania do facto.”
  • 9. Lombroso e o do Espiritismo • “Quem sabe se eu e meus amigos, que rimos do Espiritismo, não laboramos em erro” • Por se considerar um defensor das ciências positivas não se permitia assistir a “manobras de prestidigitação”. • “ Já que estais entre nós, nada vos impede de assistir a uma sessão e de desmascarar o embuste. “
  • 10. Cont. • “Quando vi, à plena luz, uma mesa levantar-se do chão - só Eusápia e eu estávamos junto da mesa - e uma pequena trombeta voar como uma flecha da cama à mesa e desta à cama, o meu cepticismo recebeu um choque, e eu desejei fazer novas experiências de outra natureza, no mesmo hotel, com três colegas.” (Hipnotismo e Mediunidade, pág. 14)
  • 11. “Na sessão seguinte, fui testemunha da habitual mudança de lugar de objetos e ouvi pancadas e ruídos. O que mais me impressionou foi uma cortina existente defronte da alcova, a qual, se desprendeu de repente, se dirigiu para mim e se enrolou à volta do meu corpo, apesar dos meus esforços contrários, parecendo exatamente uma delgadíssima folha de chumbo. Só após algum tempo consegui desenredar-me dela. Outro facto que muito me impressionou: um prato cheio de farinha deu um giro, e, ao se colocar na situação primitiva, verifiquei que a farinha, antes perfeitamente seca, se havia transformado numa espécie de gelatina, permanecendo neste estado por um quarto de hora. Finalmente, quando nos íamos retirar do quarto, um pesado móvel que estava num canto afastado do apartamento principiou a deslizar na minha direção, como se fosse enorme paquiderme.” (idem, pág. 15)
  • 12. Eusápia Paladino • Manifestou, desde a infância capacidades mediúnicas; • A mediunidade de Eusápia Palladino é um marco importante na história da pesquisa psíquica porque foi a primeira dos médiuns de fenómenos físicos a ser examinada por um grande número de homens de ciência;
  • 13. A comissão de cientistas de Milão Reuniu-se em Milão uma comissão de cientistas ilustríssimos com o objectivo de verificar os fenómenos que ocorriam na presença de Eusápia, submetendo a médium a experiências e a observações tão rigorosas quanto possível.
  • 14. Participaram das investigações, Giorgio Finzi engenheiro e Físico, Giovanni Schiaparelli, director do Observatório Astronómico de Milão; Carl du Prel, doutor em Filosofia, da Universidade de Mónaco, Baviera; Angelo Brofferio, professor de Filosofia; Giuseppe Gerosa, professor de Física na Real Escola Superior de Agricultura, de Portici; G. B. Ermacora, professor de Física. Doutor Gino Galeotti, professor de Patologia Geral na Universidade de Nápoles; Doutor Tommaso de Amicis, professor de Dermatologia e Sifilografia na mesma Universidade; Doutor Oscar Scarpa, professor de Física e de Electroquímica na Real Escola Superior Politécnica de Nápoles; Doutor Luigi Lombardi, professor de Electrotécnica e de Física Técnica na mesma Escola; Doutor Sérgio Pansini, professor ordinário de Semiótica Médica na Universidade de Nápoles; Engenheiro Emmanuelle Jona, presidente da Associação Electrotécnica Italiana e diretor dos serviços eléctricos da Casa Pirelli, de Milão; Senador Doutor Antonio Cardarelli, professor ordinário de Clinica Médica na Universidade de Nápoles, Charles Richet, professor da Faculdade de Medicina de Paris, e César Lombroso.
  • 15. Cont. • Todas as precauções e providências foram tomadas no sentido de se evitarem fraudes e para que as conclusões que fossem obtidas não ficassem envoltas na dúvida • As experiências foram medidas, pesadas, fotografadas, e foram exaustivamente questionadas • Um resumo das experiências foi assinado por todos os participantes foi publicado no jornal “Itália del Popolo”, suplemento n.º 883;
  • 16. Resumo das experiências • Elevação lateral da mesa, sob as mãos da médium, (…) “Entre os diversos movimentos da mesa, por meio dos quais eram dadas as respostas, seria impossível não observar especialmente os golpes que, amiúde, se produziam em ambos os lados dela, elevados simultaneamente sob as mãos da médium, sem nenhuma precedente oscilação lateral, com força e rapidez e por muitas vezes bruscamente, como se estivesse pegada às mãos da médium, movimentos tanto mais notáveis, porquanto a médium permanecia sentada em uma das extremidades da mesa e não deixamos de lhe ter seguras as mãos e os pés.” (Hipnotismo e Mediunidade, pág. 59)
  • 17. Cont. • Elevação completa da mesa. • Variações de pressão exercida pelo corpo da médium sentada em uma balança. • “A médium foi sentada em cadeira posta sobre a balança, pesando o total 62 quilogramas. Depois de algumas oscilações, produzia-se pronunciadíssimo descenso no fiel da balança, durante alguns segundos, permitindo ao Professor Gerosa, próximo a ele, medir imediatamente o peso, que foi de 52 quilos, o que indica a queda de pressão equivalente a 10 quilos. • Esta experiência foi repetida mais vezes, e em 5 sessões diversas; em uma não deu resultado, mas, na última vez, um aparelho registrador permitiu obter duas curvas do fenómeno.” (idem, pág .61)
  • 18. Aparições de mãos sobre fundo ligeiramente luminoso. “Colocamos sobre a mesa um papelão recoberto de substância fosforescente (sulfureto de cálcio) e espalhamos outros nas cadeiras e diversos pontos do aposento. Desse modo vimos perfeitamente o negro perfil de mão que pousava sobre o papelão da mesa, e ao fundo, constituído pelos outros, a mão, projectada em preto, passar e repassar em torno de nós.” (idem, pág .62)
  • 19. Elevação da médium sobre a mesa. “Entre os fatos mais importantes e mais significativos, pomos esta levitação, executada duas vezes, isto é, a 28 de Setembro e 3 de Outubro, em consequência da qual a médium, que estava sentada perto de uma das cabeceiras da mesa, entre grandes lamentos foi erguida em peso, com a cadeira, e colocada com esta em cima da mesa, sentada na mesma posição anterior e sempre com as mãos presas e acompanhadas pelos vizinhos.” (idem, pág .63)
  • 20. Contactos. Assim, na noite de 6 de Outubro, o Professor Gellona, que se achava a uma distância de cerca de 1m,20 da médium (…) tendo levantado a mão, por ser tocado, sentiu mais vezes que outra mão golpeava a sua para abaixá-la, e, persistindo ele, foi golpeado com uma trombeta que momentos antes soara no ar.” (idem, pág .63)
  • 21. Ao tornar público este breve e incompleto resumo das nossas experiências, devemos ainda expressar estas nossas convicções: 1°) - Que, nas circunstâncias dadas, nenhum dos fenômenos obtidos com luz, mais ou menos intensa, poderia ser produzido por qualquer artifício; 2°) - Que a mesma convicção pode ser afirmada para a maioria dos fenómenos na completa escuridade. Para uma certa parte destes últimos, podemos reconhecer, no máximo, a possibilidade de imitá-los por meio de algum hábil artifício da médium; todavia, depois disto que dissemos, é evidente que esta hipótese seria não só IMPROVAVEL, mas também INUTIL em nosso caso, pois que, com o admiti-la, o conjunto dos fatos não seria de modo algum comprometido. (idem, pág .66) (Seguem-se as assinaturas.)
  • 22. Charles Robert Richet - Prémio Nobel da Medicina • “Para se crer que tudo não passa de ilusão, precisaria supor que todos, sem exceção, fossem ou mentirosos ou imbecis, precisaria supor que duzentos observadores eminentes, menos ilustres talvez que os citados, porém de grande e sagaz inteligência, fossem, também eles, ou mentirosos ou imbecis (…)” e “o testemunho de um só desses grandes homens seria suficiente.” ( Traité de Métapsychique (1922), e La Grande Espérance (1933)
  • 23. Outros fenómenos mediúnicos de Eusápia • Deslocação de objectos : Os efeitos mecânicos produzem-se sem contacto algum com a pessoa da médium, a distâncias que podem variar de poucos centímetros a um metro. São os mais discutidos, porque em desacordo com as leis ordinárias da Física, a qual ensina que uma força mecânica deve actuar directamente sobre a resistência oposta pelos corpos materiais.
  • 24. Oscilações e movimentos da mesinha mediúnica, sem contacto. - Levitação do corpo da médium - Frio intenso que era sentido comumente pelas pessoas presentes. - Sons de instrumentos musicais. - Rumores de mãos e de pés. - Escrita feita directamente pelos Espíritos, sem acção notória de mão, com a utilização de lápis ou sem eles.
  • 25. Cont. • Marcas, imagens em matéria moldável (plastilina): impressões de dedos, de palmas de mão, de punhos, de pés, e também de rostos. 101 • - Transportes. Aparição imprevista, sobre a mesinha ou na sala, de objetos vindos de longe, e entra dos através de portas e paredes, tais flores, raminhos, folhagens, pregos, moedas, pedras, etc.
  • 26. - Materializações, ou seja, criação ex-novo de formas mais ou menos organizadas que têm os característicos físicos assinalados da matéria, isto é, de serem resistentes ao tato e ao senso muscular (tangíveis), e, algumas vezes, dotadas de luz própria (luminosas), e mais geralmente capazes de deter os raios exteriores de luz (fazendo-se visíveis). - Organização de formas sólidas, tendo os característicos de membros do corpo humano.
  • 27. Cont. • Aparição de pontos luminosos. • - Surgimento de nuvens ou nebulosidades esbranquiçadas. - Influência sobre chapas fotográficas, envoltas em papel escuro. -Fenómenos de leitura do pensamento, de visão na escuridade, à distância. • - Compreensão de idiomas desconhecidos da médium (alemão, inglês). • - Influência sobre eletroscópio que a médium descarrega com a mão, à distância.
  • 28. Aceitação incondicional da realidade espírita • Somente a intervenção de inteligências extraterrenas permite compreender racionalmente o conjunto das manifestações observadas.
  • 29. Mas, justamente me foi observado por Ermacora que a energia do movimento vibratório decresce na razão do quadrado da distância; desse modo, se pode explicar a transmissão do pensamento a pequena distancia, incompreensível se tornam os casos de telepatia de um a outro hemisfério da Terra e que vai atingir os percipientes sem desviar-se, mantendo um paralelismo por milhares de quilómetros e partindo de um instrumento não instalado sobre uma base imóvel. Quanto às explicações aplicadas aos médiuns escreventes, elas de nada serviriam para aqueles que escrevem, ao mesmo tempo, duas comunicações, com as duas mãos, e conservam inalterada a sua consciência. Neste caso, os médiuns deveriam ter três ou quatro hemisférios.”
  • 30. “Os Espíritos dão com frequência aos médiuns instruções acerca do regímen de vida que devem seguir, e, se estes se opõem, eles os obrigam até à força. Aksakof narra, por exemplo, o caso de um médium muito guloso, ao qual o Espírito proibiu carne, chá, café e fumo. Quando o médium se dispunha a transgredir-lhe as ordens, o Espírito o advertia por meio de golpes sobre a mesa em que estava comendo.” (…) Ora, pergunto: Quem anima este autómato? Como se concilia com o automatismo do médium a sua multíplice actividade e a sua produção artística ? (idem, pág .129)
  • 31. Aqui surge, e necessária, a hipótese de uma intervenção externa, que será precisamente a do Espírito, que, impotente por si, se torna potente, associando-se ao corpo vivo do médium. Considera-se óptimo o dizer que age aqui o inconsciente do médium, mas como explicar quando se trata de um idioma ou de uma arte completamente ignorados do médium e dos presentes? É assim evidente, pois, que nos fenómenos espiritas pode interferir uma terceira vontade que não a do Espírito, nem a do médium, nem dos presentes à sessão, mas, ao revés, contrária à de todos juntos.
  • 32. A explicação completa se pode encontrar com o integrar a força mediúnica com outra força, ainda que fragmentária e transitória, porém que adquire, por um dado momento, com a integração do médium, potência maior. Esta força, confirmada pela tradição de todos os séculos e de todos os povos e pela observação experimental, é mostrada na acção residual dos mortos (…).Esta momentânea desintegração, que explica o automatismo do médium, pode tornar mais fácil compreender de que modo o Espírito de um morto possa penetrar nele e mais facilmente servir-se dos seus órgãos como se fossem próprios (…),e explica como algumas vezes o médium, em transe, manifesta força e inteligência maiores que as que possui. (idem, pág . 129)
  • 33. Cont. • Assim mesmo, repito, se bem seja perigoso fazê-lo, nenhuma outra explicação dos fenómenos espiritistas é possível, senão aquela - que os mortos conservam ainda suficiente energia para realizar, sob a influência dos médiuns, o que estes e os assistentes às sessões não poderiam fazer por si mesmos. (…)
  • 34. “E logo em seguida eu vi - estávamos em semi-obscuridade„ com luz vermelha - afastar-se da cortina uma figura de estatura semelhante à de minha mãe, velada, que deu a volta à mesa até chegar a mim, sussurrando-me palavras ouvidas por muitos, mas não por mim, que sou meio surdo; tanto que eu, quase fora de mim pela emoção, lhe supliquei as repetisse, e ela o fez, dizendo-me: Cesare, fio mio, - o que, devo confessar, não era de seu hábito; ela, na verdade, como boa veneziana, tinha o hábito de chamar-me mio fiol - e, retirando por um momento o véu da face, deu-me um beijo. Eusápia, naquele instante, tinha as mãos presas por duas pessoas, e a sua estatura é, pelo menos, dez centímetros mais alta que a da minha pobre mãe.”
  • 35. Cont. • Hipnotismo; • Transmissão de pensamentos; • Mediunidade e crença nos espíritos dos mortos entre os povos selvagens e os povos antigos; • Casas assombradas;
  • 36. Importância dos fenómenos de natureza física • Contribuíram para demonstrar a realidade da existência de entidades espirituais • Demonstraram a possibilidade que os espíritos têm de interagir com o nosso mundo físico • Chamaram a atenção das pessoas, dada a sua espetacularidade
  • 37. Origem da doutrina Espírita
  • 39. “Esboço de uma Biologia dos Espíritos” • Os Espíritos manifestam-se geralmente em forma de luzes, quando não de mãos e ainda de imagens de pessoas, porém rara vez completas, que parece se formam de globos luminosos que se condensam sempre mais nas materializações, nas quais um com o outro assumem, quase direi, absorvem do corpo do médium os órgãos mais essenciais.
  • 40. Casas assombradas • Frequentemente, os Espíritos são atraídos às casas onde viveram muito tempo ou às tumbas onde estão sepultados, e se fazem ver depois que estas são visitadas
  • 41. - Nos cemitérios ou nos lugares onde houve mortes imprevistas, o médium Stainton Moses constatou grande número de fantasmas, que se acotovelavam, parece, a sua passagem. - Os fantasmas têm a propriedade, direi, negativa, de se dissolverem sob uma luz viva, tal qual a cera ao calor. - Não podemos calcular sua velocidade no Espaço, tão extraordinária é. Os dois Pansini puderam transportar-se, decerto desmaterializados, através de 45 quilômetros, em 15 minutos. - No geral, parece que os atingidos por morte imprevista, especialmente em idade jovem, renovam os gestos e retomam as ações que lhes eram habituais.
  • 42. - As Almas conservam no Além os seus bons ou maus desejos e apetites, e procuram satisfazê-los, mesmo através de intermediários; se malvados, impelindo os vivos a se enrodilharem sempre no vício, não obstante o esforço das Almas evolvidas que tentam impedi-los.(…) - Os Espíritos conservam a mentalidade e a têmpera, os vícios e as virtudes que tinham em vida. - Quando se trata de Espíritos de loucos, as comunicações são fragmentárias e até amalucadas. - As crianças, quando morrem, reproduzem as palavras e os gestos infantis e pedem seus brinquedos; porém, quando transcorre muito tempo de sua morte, atuam e falam como se fossem adultos, enquanto que seu parente só as pode recordar no tipo de criança.
  • 43. Parece que aos Espíritos falta completamente a noção do tempo e do espaço ou que a possuem equivocada. (…) - Os Espíritos não esquecem jamais certos objectos que lhes pertenceram em vida. Estes os atraem tanto quanto maior tempo estiveram em suas mãos, e quando estão ligados a uma lembrança especial; servem de ponto de referência na grande confusão da sua memória, arejando a associação de idéias. (…) A inteligência dos Espíritos, e assim dos que foram em vida de grande cultura, tendo de se valer do cérebro dos vivos, é fragmentária e incoerente.
  • 44. - Os mortos de há muito tempo pareciam a Moses como que aturdidos e confusos: - «Quando se quer obter de nós comunicações claras, não é bom que nos atordoem com perguntas; para se manifestarem a vós, os Espíritos se introduzem em um ambiente que bastante os incomoda. Estão como quem haja recebido um golpe na cabeça e em um semidelírio: é necessário acalmá-los, encorajá-los, dar-lhes segurança; depois do que, suas idéias tornarão à tona. - “Para entrarmos em comunicação convosco (Hyslop), devemos penetrar na vossa esfera, adormecer como vós; eis porque cometemos erros, somos incoerentes. Sou inteligente como antes, mas as dificuldades para falar convosco são bastante grandes. E' necessário, para vos falar, que entre em um corpo e sonhe dentro dele, e por isso é preciso perdoar- me os erros e as lacunas.»
  • 45. «Eu vejo; porém, nossas sensações são, quantitativa e qualificativamente, diversas das vossas, de modo que distinto é ver uma coisa por mim e outra vê-la de maneira que possa torná-la compreensível a ti; por isto, é preciso que eu a veja com a verias tu, e para isso tenho necessidade do médium.» (…) Com frequência, a maioria dos Espíritos cansam-se muito rapidamente. Muitos Espíritos são sinceros, porém a maior parte é ignobilmente constituída de burlões.
  • 46. Bibliografia Hipnotismo E Mediunidade - César Lombroso A Génese – A. Kardec O que é o Espiritismo – A. Kardec