Aula demonstrativa do curso Noções de Administração Pública para Ancine - Todos os cargos. Confira todo o catálogo do Ponto dos Concursos: http://www.pontodosconcursos.com.br
1. Nome99999999999
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TEORIA E EXERCÍCIOS
ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO E TÉCNICO EM REGULAÇÃO
PROFESSOR: MARCO AURÉLIO CORRÊA
AULA DEMONSTRATIVA
Olá pessoal,
Sejam bem-vindos ao nosso curso de Noções de Administração Pública
para o cargo de Técnico Administrativo e de Técnico em Regulação da
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Ancine – Agência Nacional do Cinema.
99
99
Este curso destina-se aos candidatos a Técnico Administrativo e a Técnico em
99
Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual, pois, nossa matéria
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encontra-se na parte de conhecimentos básicos do edital e, dessa forma, o
e9
conteúdo é o mesmo para os dois cargos.
om
N
Já fui Analista Administrativo em uma agência reguladora e percebo que a
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regulação vem se firmando, cada vez mais, como atividade típica de Estado, o
99
que contribui para o fortalecimento e valorização da carreira.
99
99
Em 2004, por exemplo, por meio da Lei 10.871/2004 (alterada posteriormente
99
e9
pela Lei 11.292/2006), houve uma reestruturação da carreira, com aumentos
om
significativos de remuneração. Atualmente, os servidores das agências estão
pleiteando um novo plano, que proporcionará uma nova melhoria na
N
99
remuneração. Enfim pessoal, dediquem-se! Realmente é uma carreira que
99
vale o esforço.
99
99
DICA importante para este concurso: pessoal, leram com atenção o item
99
8.10.2 do edital? Acredito que sim. Mas, caso não tenham lido, dêem uma
e9
lidinha nele agora:
om
N
8.10.2 A nota em cada item das provas objetivas, feita com base nas
9
marcações da folha de respostas, será igual a: 1,00 ponto, caso a resposta do
99
candidato esteja em concordância com o gabarito oficial definitivo das provas;
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0,50 ponto negativo, caso a resposta do candidato esteja em
9
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discordância com o gabarito oficial definitivo das provas; 0,00, caso não
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haja marcação ou haja marcação dupla (C e E) (grifei).
e9
om
Perceberam futuros Técnicos da Ancine? Diferentemente da maioria das provas
N
de Certo e Errado do CESPE, nessa prova, uma questão errada penalizará o
99
candidato somente em 0,5 ponto e não em 1,00, como normalmente ocorre.
9
99
Ou seja, a cada 2 questões erradas, o candidato perderá 1 certa. Isso significa
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que vocês podem arriscar um pouco mais, sem precisar ter tanto medo de
99
verem anulados os itens que foram marcados com convicção.
9
e9
Não estou sugerindo que saiam chutando de forma indiscriminada. Estou
om
simplesmente chamando a atenção para o critério adotado, o qual permite ao
N
candidato arriscar um pouco mais naquelas questões em que tem “quase
certeza” da resposta e que, normalmente, não marcaria, por medo de ter 1
ponto anulado.
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2. Nome99999999999
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TEORIA E EXERCÍCIOS
ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO E TÉCNICO EM REGULAÇÃO
PROFESSOR: MARCO AURÉLIO CORRÊA
AULA DEMONSTRATIVA
Bom, feita essa necessária observação, vamos à apresentação: meu nome é
Marco Aurélio Corrêa e Cunha, sou bacharel em Administração pela UFES –
Universidade Federal do Espírito Santo. Sou pós-graduado em Direito do
Estado e pós-graduando em Auditoria Governamental.
99
99
Exerço atualmente o cargo de Auditor Federal de Controle Externo no
99
Tribunal de Contas da União (pessoal, o negrito não é por arrogância. É por
99
orgulho mesmo ☺). Antes de chegar ao TCU – que sempre foi minha meta
99
e9
final – exerci os cargos de Analista Administrativo na Anatel e de Analista de
om
Administração no Ministério das Comunicações, tendo obtido o 1º lugar em
ambos os concursos.
N
99
99
Obtive êxito também no concurso do MPU, ocorrido em 2010, no qual fui
99
aprovado em 4º lugar para o cargo de Analista de Controle Interno. Porém,
99
apesar de ter sido nomeado na primeira chamada, não tomei posse, pois, na
99
ocasião, optei por ficar na ANATEL.
e9
om
Enfim, minha preparação para esses e outros certames me proporcionou certa
N
experiência em provas de concursos. Espero compartilhar essa experiência e
99
contribuir, de forma efetiva, para a aprovação de vocês.
99
99
Sabemos que o trajeto é um pouco árduo. No entanto, com foco, metodologia,
99
disciplina, perseverança e bom material de apoio, tenho certeza de que
99
lograrão êxito na empreitada.
e9
om
Não existe um livro que reúna todo o conteúdo de Administração Pública
N
cobrado no edital da Ancine. Até porque esse conteúdo é uma miscelânea de
9
99
Administração Geral e de Administração Pública.
9 99
Assim, não é interessante estudar por livros. Muito tempo seria gasto na
99
tentativa de reunir material. Além disso, haveria o risco de se focar em
99
assuntos que não são tão importantes para a prova.
e9
om
Então, fiquem tranquilos. Estudem pelas aulas. Assumo com vocês o
N
compromisso de simplificar ao máximo o conteúdo. Minha estratégia será a de
99
focar naquilo que realmente interessa para a prova, tomando como ponto de
9
99
partida questões de concursos recentes do CESPE, acerca da matéria.
99
99
Nosso curso on-line será composto por quatro aulas (incluindo esta aula
9
demonstrativa). Cada aula conterá, aproximadamente, sessenta a oitenta
e9
om
páginas. A metodologia utilizada incluirá as seguintes estratégias didáticas:
N
Exposição teórica
A exposição teórica sobre os assuntos abordados será a mais sucinta possível,
até o limite que não comprometa o aprendizado do aluno.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TEORIA E EXERCÍCIOS
ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO E TÉCNICO EM REGULAÇÃO
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Exemplos
Apesar de nossa matéria abordar assuntos, na maioria das vezes,
extremamente teóricos, sempre que for conveniente, apresentarei exemplos
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logo após a apresentação de determinado assunto, com o objetivo de fornecer
99
ao aluno uma visão prática acerca do tema.
99
99
Não se trata de perda de tempo com aspectos de cunho prático que não
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interessam para a prova, mas sim, de apresentação de algumas situações
e9
hipotéticas ou casos práticos que auxiliem o entendimento da matéria e
om
ajudem o aluno a desenvolver um raciocínio acerca do assunto. Isso contribui
N
bastante na hora da prova e torna o aluno menos dependente do indesejado
99
99
“decoreba”.
99
99
Exposição em forma de perguntas
99
e9
Frequentemente, formularei algumas perguntas, como se tivessem sido
om
formuladas pelo próprio aluno. Darei a resposta em seguida. Isso ajudará a
criar um “clima” de aula presencial, além de dinamizar o aprendizado.
N
99
99
Caiu na prova
99
99
Sempre que possível, serão incluídas questões da banca, logo após a exposição
99
teórica de um determinado assunto, com breve comentário que remeta ao
e9
conteúdo recém-apresentado. Isso é importante para criar uma conexão
om
direta entre a teoria e a prática de prova, ou seja, entre o conteúdo e a forma
N
com que a banca cobra o assunto.
9
99
Entendimento da banca
9 99
99
Quando for importante, será chamada a atenção do candidato acerca do
99
entendimento e posicionamento da banca em relação a determinado assunto
e9
ou conceito apresentado. Isso é muito útil quando há divergência doutrinária
om
acerca do tema.
N
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Fique atento
9
99
Esta seção terá como objetivo informar o aluno sobre pontos importantes da
99
matéria como, por exemplo, os assuntos muito cobrados em prova, os que não
9 99
podem passar despercebidos pelo leitor ou os que podem gerar confusão de
e9
interpretação e entendimento.
om
N
Questões comentadas
Após a explanação de cada tópico abordado na aula, será apresentada uma
lista de questões acerca do tema exposto, com comentários que retomarão a
teoria apresentada.
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AULA DEMONSTRATIVA
Serão utilizadas, preferencialmente, questões de provas recentes. Questões
mais antigas poderão ser usadas em caráter excepcional, se houver escassez
de questões recentes acerca do tema.
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Ao final da aula, será apresentada essa mesma lista somente com os
99
gabaritos, para aqueles que já tenham algum conhecimento da matéria e
99
prefiram resolver as questões, antes mesmo de iniciar a leitura da parte
99
teórica.
99
e9
Gostaria de ressaltar que críticas e sugestões acerca da metodologia utilizada
om
ou de qualquer outro aspecto relacionado a nosso curso serão muito bem-
N
vindas e, sempre que possível, consideradas e implementadas.
99
99
Se ainda persistirem dúvidas acerca do conteúdo, da metodologia utilizada ou
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da organização do curso, fiquem à vontade para entrar em contato pelo e-mail
99
marco.correa@pontodosconcursos.com.br.
e9
om
Bom pessoal, tentei reunir nas minhas aulas algumas metodologias e
ferramentas que, na minha época de candidato, julgava importantes e
N
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considerava que ajudavam bastante na minha preparação. Espero que gostem
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e que contribuam efetivamente para a conquista da tão sonhada aprovação.
99
99
O conteúdo do nosso curso não seguirá a mesma sequência com que os
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assuntos foram apresentados no edital do certame. Por motivos didáticos, foi
e9
organizado obedecendo a uma ordem que permitirá que o aluno conheça
om
assuntos que são pré-requisitos para o próximo tópico, o que proporcionará
N
um aprendizado gradativo.
9
99
Por se tratar conteúdo não muito extenso, formulei um cronograma segundo o
9 99
qual as aulas serão disponibilizadas em um espaço maior de tempo (a cada 15
99
dias). Isso possibilitará um estudo mais gradativo e detalhado do assunto,
99
além de proporcionar um período maior de contato com o professor.
e9
om
Mesmo com aulas a cada 15 dias, a última aula de nosso curso está prevista
N
para 12/9. Assim, o aluno ainda disporá de 10 dias para efetuar a importante
99
e necessária revisão de véspera de prova (lembrem-se: nem sempre passam
9
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os que sabem mais, e sim, os que lembram mais).
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AULA DEMONSTRATIVA
As aulas terão a seguinte divisão e cronograma:
Item(s)
Aula Assunto do Data
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edital
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Noções de administração
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pública.
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Demonstrativa Abordagens clássica, 1 e 1.1 1/8/2012
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burocrática e sistêmica da
e9
administração.
om
Processo administrativo.
N
Funções da administração:
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planejamento, organização, 2; 2.1;
Aula 1 15/8/2012
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direção e controle. 2.2 e 2.3
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Estrutura organizacional.
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Cultura organizacional.
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Evolução da administração
e9
pública no Brasil após 1930. 1.2; 1.3
Aula 2 29/8/2012
om
Reformas administrativas. N e 1.4
A nova gestão pública.
99
Aula 3 Modelo do gespública. 3 12/9/2012
99
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Bem, como podem perceber, temos bastante trabalho pela frente. Não é
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mesmo? Vamos começar então?
99
e9
Ânimo pessoal! Manter o alto-astral e a autoestima é essencial para uma
om
preparação de sucesso.
N
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AULA DEMONSTRATIVA
Conteúdo da Aula
Aula Noções de administração pública.
Demonstrativa Abordagens clássica, burocrática e sistêmica da administração.
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1 Introdução às Abordagens da Administração .................................................................................... 7
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2 Abordagem Clássica da Administração .............................................................................................. 8
99
2.1 Administração Científica ................................................................................................................ 9
e9
om
2.1.1 Princípios da Administração Científica .............................................................................. 10
N
2.1.2 Organização Racional do Trabalho.................................................................................... 11
99
99
2.1.3 Desvantagens da Administração Científica ...................................................................... 13
99
2.2 Teoria Clássica.............................................................................................................................. 15
99
99
2.2.1 Princípios Gerais da Teoria Clássica da Administração ................................................. 17
e9
om
2.2.2 Desvantagens da Teoria Clássica ..................................................................................... 19
N
3 Modelo Burocrático ............................................................................................................................... 20
99
3.1 Características da Burocracia ..................................................................................................... 22
99
99
3.2 Vantagens da Burocracia ............................................................................................................ 27
99
3.3 Disfunções e Esgotamento da Burocracia ................................................................................ 29
99
e9
4 Teoria Sistêmica ................................................................................................................................... 32
om
4.1 Parâmetros dos Sistemas ........................................................................................................... 35
N
9
4.2 Principais Características da Teoria Sistêmica ........................................................................ 37
99
99
5 Quadro Comparativo das Abordagens/Teorias da Administração................................................ 40
9
99
6 Questões Comentadas ........................................................................................................................ 41
99
e9
7 Questões Utilizadas na Aula ............................................................................................................... 53
om
8 Referências ............................................................................................................................................ 59
N
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AULA DEMONSTRATIVA
1 Introdução às Abordagens da Administração
Antes de estudarmos especificamente o que está sendo cobrado no edital, é
importante fazer uma contextualização acerca das abordagens da
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administração. Inicialmente, vale destacar, conforme já comentamos na
99
99
introdução desta aula, que o conteúdo exigido no edital acerca de
99
Administração Pública contém uma parte que, na verdade, diz respeito à
99
Administração Geral.
e9
om
Isso é muito comum nos editais de concursos, até porque, esses assuntos são,
N
em sua maior parte, totalmente inter-relacionados. Dessa forma, o que se
99
exige de nós nos tópicos do edital que estudaremos nesta aula (1 e 1.1) são
99
conhecimentos acerca de algumas das diversas abordagens da administração.
99
99
Mas, professor! Poderia explicar melhor o que seria uma
99
“abordagem” da administração?
e9
om
N
Claro que sim. Até porque o conceito de abordagem e os demais que
99
relacionarei em seguida são indispensáveis para prosseguirmos nosso
99
estudo...
99
99
Maximiano apresenta, entre outros, os seguintes conceitos:
99
e9
Teoria: explicações, interpretações ou proposições sobre a realidade.
om
Exemplos: teoria da burocracia, teoria da motivação, teoria do processo
N
administrativo etc.
9
99
Modelo de gestão (ou de administração): conjunto de doutrinas e
99
técnicas do processo administrativo. Exemplos: modelo japonês e
9
99
modelo burocrático de administração etc.
99
e9
Abordagem (ou escola): linha de pensamento ou conjunto de autores
om
que utilizaram o mesmo enfoque. Ou seja, escolheram o mesmo aspecto
N
específico para analisar, ou adotaram o mesmo raciocínio. Exemplos:
99
abordagem clássica, abordagem estruturalista, abordagem das relações
9
99
humanas etc.
99
99
Assim, temos que as teorias da administração são conhecimentos organizados,
9
produzidos pela experiência prática das organizações. O que normalmente se
e9
denomina de teoria geral da administração é o conjunto dessas várias
om
teorias, as quais reúnem modelos de gestão, doutrinas, enfoques, técnicas etc.
N
Nesse contexto da teoria geral da administração, surge o conceito de
abordagem (ou, como é mais comumente utilizado, de escola da
administração).
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Abordagem então seria um conceito mais amplo, que pode contemplar uma ou
ão
mais teorias ou modelos de gestão.
Existem várias abordagens administrativas, por exemplo, a abordagem
99
clássica, a abordagem humanística, a abordagem estruturalista, a abordagem
99
comportamental, a abordagem sistêmica etc.
99
99
No entanto, não são todas essas abordagens que nos interessam neste curso.
99
O edital só nos exigiu o conhecimento das abordagens clássica burocrática
clássica,
e9
e sistêmica da administração.
om
N
Na verdade, nem tudo que nosso edital chamou de abordagem, é, de fato,
99
uma abordagem da administração. Por exemplo, em vez de abordagem
administração.
99
burocrática, seria mais apropriado se fosse utilizado o termo modelo
99
99
burocrático.
99
e9
Explicando melhor essa divisão, temos:
A abordagem clássica é composta pelo modelo de administração om
N
científica e pela teoria clássica.
99
99
A abordagem estruturalista é composta pelo modelo burocrático e pela
99
99
teoria estruturalista.
99
e9
A abordagem sistêmica é composta pela teoria da tecnologia da
om
informação, teoria matemática de administração e pela teoria
matemática
sistêmica.
N
9
99
Assim, sendo fiel à nossa linha de limitar o conteúdo da aula ao que realmente
99
interessa para a prova, focarei o estudo na abordagem clássica, no modelo
,
9
99
burocrático e na teoria sistêmica
sistêmica.
99
e9
Tecnologia da
om
Informação
Administração Modelo
N
Científica Burocrático
Abordagem Abordagem Abordagem Teoria
99
Clássica Estruturalista Sistêmica Matemática
Teoria
9
99
Teoria Clássica Estruturalista Teoria
99
Sistêmica
9 99
A seguir, veremos com mais detalhes os aspectos inerentes a cada uma dessas
e9
abordagens, teorias e modelos (destacados em vermelho no esquema acima)
, acima).
om
N
2 Abordagem Clássica da Administração
A passagem para o século XX marcou o início de um grande avanço para a
administração, impulsionado pela expansão da Revolução Industrial, que criou
uma nova realidade para as organizações. Nesse período, as idéias de dois
período,
engenheiros constituíram a base da chamada Abordagem Clássica da
bordagem
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Administração, cujos postulados prevaleceram no âmbito da ciência
administrativa por quatro décadas.
Frederick Winslow Taylor iniciou a chamada Escola de Administração Científica,
99
a qual se concentrou no aumento da eficiência da indústria, por meio da
99
racionalização do trabalho do operário.
99
99
Henry Fayol desenvolveu a chamada Teoria Clássica (denominada por alguns
99
autores de Escola do Processo de Administração). Essa teoria também se
e9
preocupou com o aumento da eficiência da empresa. Só que, para isso, o foco
om
de Fayol não foi especificamente a racionalização do trabalho, como foi o de
N
Taylor, e sim, a organização da empresa e a aplicação de princípios gerais da
99
99
administração em bases científicas.
99
99
A abordagem clássica teve sua origem nas consequências geradas pela
99
Revolução Industrial, mais especificamente em relação aos seguintes fatos:
e9
om
Crescimento acelerado e desorganizado das empresas: esse
crescimento ocasionou uma gradativa complexidade na administração
N
99
das empresas e exigiu uma abordagem científica mais apurada de
99
administração, que substituísse o empirismo e a improvisação até então
99
dominantes.
99
99
Crescente demanda por aumento de eficiência e competência das
e9
organizações: era preciso desenvolver técnicas que permitissem obter o
om
melhor rendimento possível dos recursos produtivos e fazer face à
N
concorrência e à competição acirrada que surgia entre as empresas.
9
99
Em seguida, aprofundaremos um pouco o estudo acerca das características e
9 99
modelos de aplicação dessas duas teorias que constituem a abordagem
99
clássica de administração.
99
e9
2.1 Administração Científica
om
N
A denominação “Administração Científica” surgiu em virtude da tentativa de
99
aplicação de métodos científicos aos problemas da administração, com o
9
99
intuito de aumentar a eficiência da indústria.
99
99
Idealizada por Frederick Winslow Taylor, a administração científica teve como
9
foco principal a redução de desperdício e perdas e a elevação dos níveis de
e9
produtividade das indústrias, por meio da aplicação de métodos e técnicas da
om
engenharia industrial.
N
A escola de administração científica enfatizava as tarefas executadas pelos
operários. Inicialmente, Taylor focou em técnicas de racionalização do
trabalho, por meio do estudo de tempos e movimentos. Evoluindo em sua
teoria, concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser
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acompanhada de uma estruturação geral, para que os princípios de sua teoria
pudessem ser aplicados em toda a empresa.
Para Taylor, a indústria por ele analisada padecia dos seguintes principais
99
problemas:
99
99
Trabalhadores não cumpriam as suas responsabilidades e eram alocados
99
em tarefas para as quais não possuíam aptidão.
99
e9
Conflitos entre capatazes e operários, que discordavam a respeito da
om
quantidade de produção.
N
99
Gerência desconhecia as rotinas de trabalho e o tempo necessário para a
99
realização de cada tarefa e não tinha noção clara da divisão de suas
99
responsabilidades com os trabalhadores.
99
99
Gerência parecia ignorar que a excelência no desempenho significaria
e9
recompensas para a empresa e para os trabalhadores.
om
N
Falta de uniformidade das técnicas e dos métodos de trabalho e de
99
incentivos para melhorar o desempenho dos trabalhadores.
99
99
Decisões administrativas baseadas em intuição e palite, em vez de
99
métodos científicos.
99
e9
Falta de integração entre os departamentos da empresa.
om
N
A partir de suas observações e experiências, Taylor começou a desenvolver
9
99
seu sistema de administração de tarefas, o qual, posteriormente, ficaria
99
conhecido como sistema Taylor, taylorismo e, finalmente, administração
9
99
científica.
99
e9
A teoria de Taylor baseou-se em princípios e métodos, os quais possuíam como
om
objetivo a organização racional do trabalho, de modo a substituir o empirismo
então vigente por ciência administrativa.
N
99
9
2.1.1 Princípios da Administração Científica
99
99
A preocupação com a padronização e racionalização levou Taylor a desenvolver
99
os seguintes princípios:
9
e9
om
Princípio do planejamento: visou à substituição da improvisação e do
N
empirismo pela ciência, por meio do planejamento do método de
trabalho.
Principio do preparo: preparar e treinar os trabalhadores para
produzirem mais e melhor, levando em consideração suas aptidões e o
método planejado.
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Princípio do Controle: controlar para assegurar que o trabalho esteja
sendo desenvolvido conforme os métodos estabelecidos e de acordo com
o plano previsto.
99
Principio da execução: distribuir atribuições e responsabilidades para
99
que a execução do trabalho seja disciplinada.
99
99
Outro princípio importante idealizado por Taylor foi o da exceção. De acordo
99
com esse princípio, tudo que ocorresse dentro dos padrões normais não
e9
deveria ocupar demasiadamente a atenção do administrador. Este deveria
om
preocupar-se com as exceções (ocorrências que se afastam dos padrões de
N
normalidades), para que possam ser rapidamente corrigidas.
99
99
2.1.2 Organização Racional do Trabalho
99
99
Em suas observações, Taylor percebeu que a falta de uma metodologia para a
99
e9
preparação e treinamento dos operários para o trabalho fazia com que estes
om
utilizassem diferentes métodos para desenvolverem a mesma tarefa e uma
grande variedade de ferramentas diferentes em cada operação.
N
99
99
A organização racional do trabalho visou, então, ao desenvolvimento de
99
melhores métodos e instrumentos para o trabalho, que poderiam ser obtidos
99
por intermédio de uma análise científica e de um minucioso estudo de tempos
99
e movimentos, com vistas à padronização de uma metodologia de trabalho, no
e9
lugar do critério pessoal de cada operário.
om
N
Assim, a organização racional do trabalho, idealizada por Taylor, teve como
9
fundamento os seguintes preceitos:
99
99
Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: o trabalho
9
99
é executado de maneira mais racional e econômica por intermédio da
99
divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de
e9
cada operação de uma tarefa.
om
N
Dessa forma, o estudo dos tempos e movimentos permitiria, segundo
99
Taylor, a racionalização do método de trabalho e a fixação dos tempos-
9
99
padrão para a execução das tarefas, além de trazer as seguintes
99
vantagens adicionais:
9 99
o Eliminação do desperdício do esforço humano e de movimentos
e9
desnecessários.
om
N
o Seleção racional de operários para determinadas tarefas e
melhor adaptação deles a essas tarefas.
o Facilidade no treinamento e melhoria da eficiência da produção.
o Distribuição uniforme do trabalho.
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o Definição de métodos e normas padronizadas para o trabalho.
o Uniformidade de salários e de prêmios de produção.
99
Estudo da fadiga humana: o estudo dos movimentos humanos, que
99
vimos no princípio anterior, possuía como finalidades evitar movimentos
99
inúteis e executar, do ponto de vista fisiológico, movimentos úteis de
99
forma econômica e adequar os movimentos ao trabalho a ser executado
99
(princípio de economia de movimentos).
e9
om
Assim, a administração científica objetivou a racionalização dos
N
movimentos, de forma a eliminar os que não estão diretamente
99
relacionados com a tarefa executada pelo trabalhador e que, em virtude
99
disso, produzem fadiga. A fadiga deveria ser evitada, pois, seria causa de
99
99
redução de produtividade e de qualidade do trabalho, além de ocasionar
99
doenças ocupacionais e de aumentar a rotatividade de pessoal.
e9
om
Padronização: padronização de métodos e processos de trabalho, de
máquinas e de equipamentos, de ferramentas e instrumentos de trabalho
N
99
e de matérias-primas e componentes, com o objetivo de padronizar o
99
processo produtivo como um todo, de forma a eliminar o desperdício e
99
aumentar a eficiência.
99
99
Desenho de cargos e tarefas: foi a administração científica que
e9
empreendeu os primeiros esforços no sentido de se estabelecer
om
racionalmente cargos e tarefas. A tarefa é considerada toda a atividade
N
executada por uma determinada pessoa. É a menor unidade de trabalho
9
99
possível dentro do contexto da divisão do trabalho. O cargo é um
99
conjunto de tarefas executadas de maneira cíclica ou repetitiva.
9
99
Assim, a administração científica preocupou-se com o desenho do cargo,
99
por meio da especificação de suas tarefas, dos métodos de executar
e9
essas tarefas e do estabelecimento das relações dessas tarefas com os
om
demais cargos existentes na organização.
N
99
Conceito de homo economicus: segundo esse conceito, toda pessoa é
9
99
influenciada, exclusivamente, por recompensas salariais, econômicas e
99
materiais. O homem não visualiza o trabalho como algo que gosta e sim
99
como meio de ganhar a vida.
9
e9
om
Incentivos a salários e prêmios de produção: substituição da
remuneração baseada no tempo trabalhado (mensal, diária etc.) por
N
remuneração baseada na produção de cada operário (salário por
quantidade produzida).
Melhores condições de trabalho: a eficiência não depende somente de
método de trabalho e de incentivo salarial, mas também, de condições
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de trabalho que proporcionem bem-estar físico do trabalhador e redução
da fadiga.
Divisão do trabalho e especialização do operário: cada operário
99
passou a ser especializado na execução de uma única tarefa para
99
ajustar-se aos padrões descritos e às normas de desempenho definidas
99
pelo método previamente estabelecido.
99
99
Supervisão funcional: existência de diversos supervisores, cada um
e9
especializado em determinada área, com autoridade funcional (relativa à
om
sua especialidade) sobre seus subordinados.
N
99
Taylor considera a organização funcional como a organização por
99
excelência. Para ele, o trabalho deve ser dividido de maneira que cada
99
99
homem, desde o assistente até o superintendente, execute a menor
99
variedade possível de funções. Sempre que possível, o trabalho de cada
e9
homem deverá se limitar à execução de uma única função.
Vamos fechar este importante tópico com uma questão de prova? om
N
99
1. (CESPE – MPS/MPAS 2010 – Administrador) A
99
racionalização do trabalho, segundo Taylor, era vista como um
99
99
meio de aumentar a eficiência da produção, evitando desperdício e
Caiu na
99
promovendo prosperidade entre patrões e empregados, sendo
Prova
e9
esses os primados da administração científica.
om
CERTO. Questão bem didática e elucidativa. O objetivo da
N
administração científica com a organização racional do trabalho era
9
99
realmente o aumento da eficiência. Por meio da racionalização do
99
trabalho e da especialização do trabalhador, seria possível evitar
9
99
desperdícios de tempo e de materiais.
99
e9
Conforme vimos, a racionalização do trabalho proporcionou, ainda, a
om
possibilidade de se estabelecer a remuneração por produtividade.
N
Dessa forma, os operários poderiam ser mais bem remunerados.
99
9
Assim, eficiência, eliminação de desperdício, maior remuneração para
99
funcionários mais produtivos se constituíram em preceitos
99
fundamentais da administração científica e, segundo Taylor,
9 99
acabavam por promover prosperidade entre empregados e patrões.
e9
om
2.1.3 Desvantagens da Administração Científica
N
A abordagem que ficou conhecida como administração científica não foi
estruturada sobre aspectos estritamente científicos. O próprio Taylor admitia
que a administração científica fosse uma evolução e não uma teoria, pois tinha
como ingrediente 75% de análise e 25% de bom senso.
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Na época da concepção da administração científica, a falta de conhecimento
acerca de assuntos administrativos e a precária experiência empresarial e
industrial não apresentavam condições propícias à formulação de hipóteses
nem o suporte adequado para a elaboração de conceitos cientificamente
99
rigorosos.
99
99
Porém, isso não tira o mérito de Taylor em ter sido pioneiro a estudar a
99
nascente teoria da administração. No entanto, tal situação deu margem para o
99
e9
surgimento de diversas críticas à administração científica, conforme veremos a
om
seguir.
N
Mecanicismo: deu pouca ênfase ao elemento humano e concebeu a
99
99
organização como um arranjo rígido e estático de peças, como se fosse
99
uma máquina.
99
99
Visão reducionista do homem: a administração científica ignorou o
e9
trabalhador como um ser social, pelo contrário, considerou-o como se
om
fosse um acessório do maquinário industrial. N
99
2. (CESPE – FUB 2011 – Secretário Executivo) De acordo com
99
Taylor, o nível de eficiência do trabalhador é estabelecido com base
99
na capacidade social que esse trabalhador apresenta, e não em sua
99
Caiu na capacidade de executar o trabalho corretamente no prazo
99
Prova estabelecido.
e9
om
ERRADO. A administração científica ignorava os aspectos sociais dos
trabalhadores. O que interessava, na verdade, era sua capacidade de
N
9
executar o trabalho de forma eficiente, no menor tempo possível.
99
99
Especialização extremada do trabalhador: a premissa de que a
9
99
eficiência administrativa aumenta com a especialização do trabalho não
99
foi confirmada por pesquisas posteriores. Ou seja, maior especialização
e9
não redunda, necessariamente, em aumento da eficiência.
om
N
Ausência de comprovação científica: como vimos anteriormente, o
99
taylorismo não se baseou em aspectos estritamente científicos. Os
9
idealizadores da administração científica utilizaram pouquíssima pesquisa
99
99
e experimentação para comprovar suas teorias.
9 99
Limitação do objeto de estudo: restrição aos aspectos relacionados a
e9
problemas de produção. Não levou em consideração aspectos
om
financeiros, comerciais, logísticos etc.
N
Abordagem incompleta da organização: ignorância em relação à vida
social interna dos participantes da organização. Os funcionários são
considerados indivíduos isolados e organizados de acordo com suas
habilidades pessoais e com as demandas da tarefa a ser executada.
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Organização vista como sistema fechado: considerou somente aquilo
que acontece dentro da organização, sem levar em conta o ambiente em
que ela está inserida. Assim, visualizava as organizações como se fossem
entidades autônomas e absolutas, indiferentes a qualquer influencia que
99
pudesse vim de seu ambiente externo.
99
99
2.2 Teoria Clássica
99
99
Por volta de 1916, enquanto Taylor desenvolvia, nos Estados Unidos, a teoria
e9
om
da administração científica, na França, Fayol se concentrava no
desenvolvimento da teoria clássica da administração. Diferentemente da
N
99
administração científica, que tinha ênfase na tarefa realizada pelo operário
99
como meio de alcançar a eficiência, a teoria clássica preocupava-se com a
99
estrutura que a organização deveria ter para ser eficiente.
99
99
Ou seja, a administração científica buscava o alcance da eficiência
e9
organizacional por meio do somatório das eficiências individuais de seus
om
operários, que poderiam ser melhoradas com a racionalização do trabalho. Já
N
a teoria clássica partia do todo organizacional e da sua estrutura como forma
99
de garantir eficiência a todas as partes envolvidas.
99
99
Como ponto em comum com a administração científica, destaca-se que a
99
teoria clássica também teve como objetivo o estudo científico da administração
99
e a substituição do empirismo e da improvisação então vigentes por métodos
e9
científicos.
om
N
Em sua teoria, Fayol faz uma clara distinção entre os termos administração e
9
99
organização. Para ele, a organização constitui uma das partes de um todo
99
chamado administração. O conceito amplo de administração – como um
9
conjunto de processos entrosados e unificados – abrange aspectos que a
99
organização, isoladamente, não envolve tais como previsão, comando e
99
e9
controle.
om
Assim, a teoria clássica concebeu a organização como se fosse uma estrutura.
N
Para Fayol, a organização abrange o estabelecimento da estrutura e da forma,
99
9
sendo, portanto, estática e limitada. A estrutura organizacional constitui uma
99
cadeia de comando, ou seja, uma linha de autoridade que interliga as posições
99
da organização e define quem se subordina a quem.
9 99
e9
A partir dessa idéia, para Fayol, o termo organização passaria a ter dois
om
significados diferentes:
N
Organização como uma entidade social, em que as pessoas interagem
entre si para alcançarem objetivos específicos.
Organização como função administrativa e parte do processo
administrativo, como previsão, comando, coordenação e controle.
Significaria o ato de organizar, estruturar e alocar recursos de produção.
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Para Fayol administrar é uma das operações ou funções essenciais de toda
empresa e se constitui no conjunto das seguintes funções administrativas:
99
• visualizar o futuro e traçar o programa de
Prever
99
ação
99
99
• estruturar a empresa em seus sentidos
Organizar material e social
99
e9
om
Comandar • dirigir e orientar o pessoal
N
99
• ligar e harmonizar todos os atos e esforços
Coordenar
99
soletivos
99
99
• verificar se tudo está ocorrendo de acordo
Controlar com as regras previamente estabelecidas e
99
as ordens dadas
e9
Essas seriam as funções administrativas segundo Fayol. Modernamente são om
N
consideradas funções administrativas, dentro do contexto do processo
adas
99
administrativo, o planejamento, a organização, a direção e o controle.
99
Veremos com detalhes o processo administrativo e suas funções na nossa
99
próxima aula.
99
99
Assim como definiu as funções dos administradores, Fayol também se ocupou
administradores,
e9
de estabelecer o que considerava as funções da empresa, a saber:
om
N
Funções técnicas: dizem respeito à produção de bens e de serviços da
9
99
empresa.
9 99
Funções comerciais: relacionadas a compra, venda e permuta de
99
materiais e insumos.
99
e9
Funções financeiras: referem-se à procura e ao gerenciamento de
se
om
capitais.
N
99
Funções de segurança: relacionadas com proteção e preservação dos
9
99
bens e das pessoas.
99
99
Funções contábeis: relacionam-se com inventários, registros, balanços,
e
9
e9
custos e estatísticas.
ticas.
om
Funções administrativas: dizem respeito à integração de cúpula das
N
outras cinco funções.
A visão de Fayol sobre as funções básicas da empresa está ultrapassada.
Modernamente, essas funções estão organizadas de forma diferente da
concebida na teoria clássica e recebem o nome de áreas, como a área de
marketing, área financeira, área de recursos humanos etc.
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