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Cidadania<br />Formadora: Luísa Martins<br />01905Bem (Geral), Bem Individual e Bem Comum00Bem (Geral), Bem Individual e Bem Comum<br />Formandas: Joanna Sampaio<br />                                                                                                                       Liliana Lobo<br />                                                                                                                     Marisa Miranda<br />Introdução<br />No âmbito da disciplina CP2 (Cidadania), a nossa formadora Luísa Martins, pediu nos a elaboração deste trabalho, com o contexto de em grupo pesquisarmos, analisarmos e reflectirmos sobre os conceitos de bem (geral), de bem individual e de bem comum. <br />Deste modo, abortamos as diferenças entre eles e englobamos também o factor de ligação existente entre esses conceitos. <br />Bem (Geral)<br />O bem será tudo aquilo que pode ser propriedade de alguém, ou que, é apto a constituir parte do seu património. È tudo aquilo que possui um valor moral ou físico de natureza positiva, constituindo o fim da acção humana. Na Ética designa-se assim o conceito normativo que é conforme ao ideal e às normas da moral.<br />Geralmente, as pessoas desejam o bem para si mesmas. Mas, o bem não é património individual, e sim colectivo. Quando desejamos o bem, ele só pode ser concretizado mediante a igualdade com os outros. <br />O desejo de bem se perdeu na história. Actualmente, o bem tornou-se produto de relações comerciais e virou sinónimo de satisfação e prazer.<br />O Bem Individual/Particular<br />O bem individual é buscado por cada um dos membros da comunidade e, em última análise, é a própria felicidade, que só se alcança quando nada resta a desejar. O objecto formal de nossa vontade é o bem, sem limitações, e não este ou aquele bem. Daí que apenas um bem que seja universal é capaz de saciá-la plenamente. Um bem é tanto mais bem quanto é bem para mais pessoas. <br />O bem particular de um indivíduo não pode ser buscado em detrimento do bem comum da sociedade, pois o bem comum é que permite aos indivíduos a consecução de seus bens particulares.<br />De facto, o bem de muitos é melhor do que o bem de um só. Assim, se cada componente da comunidade é bom, o conjunto desses componentes é óptimo, uma vez que acresce ao bem particular de cada um a perfeição do conjunto. Isto porque, no bem do todo, está incluído o bem de cada uma das partes. <br />Deste modo, ao adquirir o bem comum, adquire-se consequentemente o próprio bem, pelo benefício que a parte recebe do todo. E assim, sendo o bem comum a todos, não poderá mais ser considerado como propriedade particular de ninguém.<br />O Bem Comum<br />Bem Comum é o próprio bem particular de cada indivíduo, enquanto este é parte de um todo ou de uma comunidade. Ou seja, o bem da comunidade é o bem do próprio indivíduo que a compõe. O indivíduo deseja o bem da comunidade, na medida em que ele representa o seu próprio bem. Assim, o bem dos demais não é alheio ao bem próprio.<br />O princípio do bem comum é a peça chave para a compreensão das relações sociais, tanto dos indivíduos entre si, como destes com a sociedade, sendo que sua exacta captação é elemento que propicia, quando respeitado, a optimização do convívio social.<br />Para se formar um conceito de bem comum, necessário se faz conjugar 5 noções básicas: finalidade, bondade, participação, comunidade e ordem.<br />Finalidade é o objectivo para o qual tende o ser e que o move por atracção (causa final, que melhor explica o ser das coisas). <br />Bondade/Bem é aquilo que apetece a todos, pois possui uma perfeição, capaz de atrair como um fim a ser buscado. Quanto mais perfeito e universal for o bem, a mais seres atrai. O Ser Perfeito, diz-se que é por essência. O que não é perfeito, mas tem perfeições, diz-se que é por participação.<br />Participação é ter uma parte de um todo (concepção material), dividir um todo material entre aqueles que dele participarão: o todo desaparecerá e cada sujeito participante terá uma parte do objecto participado, guardando uma relação apenas histórica com o antigo todo; ou ter parcialmente o que outro tem totalmente (concepção espiritual), uma alegria que é plena no sujeito que obteve uma vitória, é participada em menor intensidade naquele que recebe a comunicação da vitória e com ela se alegra, sem que a participação diminua a alegria do sujeito que obteve a vitória, antes a tem aumentado. <br />Assim, o bem é difusivo por si só, porque actua como causa final que atrai a que outros participem de sua bondade.<br />Comunidade é a comunhão existente entre os que participam de um mesmo bem e possuem uma finalidade comum. Há uma certa unidade entre os participantes, como integrantes de um todo: os homens, por participarem da mesma natureza humana, formam uma comunidade. Comunidade é, pois, uma quot;
comum unidadequot;
 ou quot;
comum uniãoquot;
, uma comunhão entre aqueles que participam de uma mesma natureza e tendem a um mesmo fim.<br />Ordem é a hierarquia entre seres distintos (subordinação de uns em relação a outros), que têm algo em comum (participação de uma mesma natureza ou fim). <br />Assim, uma comunidade não é um aglomerado de pessoas, mas um todo orgânico, com uma ordem entre as partes, onde deve imperar a harmonia e concórdia.<br />Interesse e o bem comum<br />Interesse é a relação entre um sujeito e um bem capaz de satisfazer uma necessidade sua. Ou seja, o interesse é a ponte entre o sujeito e o bem, que os relaciona entre si, onde o sujeito busca aquilo que reputa ser um bem capaz de satisfazê-lo.<br />Quando o sujeito busca um bem é uma comunidade, está-se diante do que se denomina de interesse público, que aparece como a relação entre a sociedade e o bem comum por ela perseguido, através daqueles que, na comunidade, têm autoridade (governantes, administradores públicos, magistrados, etc.).<br />Podemos, então, estabelecer duas relações:<br />Interesse privado relacionado ao bem particular; <br />Interesse público relacionado ao bem comum. <br />Em ambos os casos, há duas notas que devem ser destacadas:<br />Tanto o bem particular quanto o bem comum, são buscados por pessoas concretas (cidadão ou governante); <br />Tanto o interesse privado quanto o público podem estar desviados do verdadeiro bem particular ou comum que corresponderia ao aperfeiçoamento pessoal ou social. <br />Pode haver conflito entre o interesse privado e o bem comum, quando o bem buscado pelo cidadão ou administrador público não corresponde àquele próprio para o seu aperfeiçoamento, de acordo com sua natureza (bem particular).<br />Portanto, na maior parte das vezes, um conflito entre o bem particular e o bem comum, é uma oposição entre o interesse privado (desviado do bem particular) e o bem comum.<br />Conclusão<br />Com a realização deste trabalho, concluímos que tudo o que a nossa humanidade adquire depende de encontrar, sustentar e promover o equilíbrio entre o bem comum e o bem particular, seja individual ou de grupos que se individualizam ao identificar-se com tais ou quais interesses. <br />Concluímos também que o bem comum se identifica com o bem geral, com o bem de todos e com o interesse público. Deste modo, está contraposto aos bens ou interesses particulares, sem os anular, pois um dos fins últimos do bem comum é garantir a cada um a sua perfeição para servir à comunidade. <br />
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Mas, o bem não é património individual, e sim colectivo. Quando desejamos o bem, ele só pode ser concretizado mediante a igualdade com os outros. <br />O desejo de bem se perdeu na história. Actualmente, o bem tornou-se produto de relações comerciais e virou sinónimo de satisfação e prazer.<br />O Bem Individual/Particular<br />O bem individual é buscado por cada um dos membros da comunidade e, em última análise, é a própria felicidade, que só se alcança quando nada resta a desejar. O objecto formal de nossa vontade é o bem, sem limitações, e não este ou aquele bem. Daí que apenas um bem que seja universal é capaz de saciá-la plenamente. Um bem é tanto mais bem quanto é bem para mais pessoas. <br />O bem particular de um indivíduo não pode ser buscado em detrimento do bem comum da sociedade, pois o bem comum é que permite aos indivíduos a consecução de seus bens particulares.<br />De facto, o bem de muitos é melhor do que o bem de um só. Assim, se cada componente da comunidade é bom, o conjunto desses componentes é óptimo, uma vez que acresce ao bem particular de cada um a perfeição do conjunto. Isto porque, no bem do todo, está incluído o bem de cada uma das partes. <br />Deste modo, ao adquirir o bem comum, adquire-se consequentemente o próprio bem, pelo benefício que a parte recebe do todo. E assim, sendo o bem comum a todos, não poderá mais ser considerado como propriedade particular de ninguém.<br />O Bem Comum<br />Bem Comum é o próprio bem particular de cada indivíduo, enquanto este é parte de um todo ou de uma comunidade. Ou seja, o bem da comunidade é o bem do próprio indivíduo que a compõe. O indivíduo deseja o bem da comunidade, na medida em que ele representa o seu próprio bem. Assim, o bem dos demais não é alheio ao bem próprio.<br />O princípio do bem comum é a peça chave para a compreensão das relações sociais, tanto dos indivíduos entre si, como destes com a sociedade, sendo que sua exacta captação é elemento que propicia, quando respeitado, a optimização do convívio social.<br />Para se formar um conceito de bem comum, necessário se faz conjugar 5 noções básicas: finalidade, bondade, participação, comunidade e ordem.<br />Finalidade é o objectivo para o qual tende o ser e que o move por atracção (causa final, que melhor explica o ser das coisas). <br />Bondade/Bem é aquilo que apetece a todos, pois possui uma perfeição, capaz de atrair como um fim a ser buscado. Quanto mais perfeito e universal for o bem, a mais seres atrai. O Ser Perfeito, diz-se que é por essência. 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