Slides do 5º seminário do grupo de estudos do livro "Pensamento como Sistema" de David Bohm - Turma Recife.
Elaborados por: Hector Paulo e Diana De'Carli
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
Pensamento como sistema [david bohm]grupo de estudos seminário 5
1. Pensamento Sistêmico
O Pensamento como um Sistema de David Bohm
Grupo de Estudos
Turma Recife 2012
Seminário 5
Recife, 25 de Janeiro de 2013
Hector Paulo e Diana De‟Carli
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
2. David Bohm - Dados Biográficos
• Bohm é amplamente considerado um dos físicos teóricos
mais importantes do século XX.
• Devido a suspeitas de comunismo, ele deixou os Estados
Unidos. Ele seguiu sua carreira científica em vários
países, tornando-se um brasileiro, e, mais tarde, um
cidadão britânico.
• Físico teórico e professor emérito da Universidade de
Londres, onde ficou até a sua aposentadoria em 1987.
• Autor de 19 livros (1951 – 2002).
• O Pensamento como um Sistema (1992) é a transcrição
de um seminário realizado na California de 30 de
Novembro a 2 de Dezembro de 1990.
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
3. Algumas obras de David Bohm
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
4. “Era intenção do dr. Bohm que
O Pensamento Como Sistema fosse abordado
Simplesmente , como um mapa proposto para
ser testado com as expeirências diretas da
vida, e medido por sua veracidade e sua
utilidade para redução de conflitos e
sofrimentos no mundo como um todo.”
Lee Nichol
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
5. “Iniciamos dizendo que o mundo está em caos,
porém terminaremos dizendo que
o pensamento está em caos.”
David Bohm
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
6. O pensamento como fonte todos os problemas
• Crença de que a mente (o pensamento) pertence
a uma ordem superior diferenciada da matéria.
• Achamos que somos capazes de observar e
retratar de forma neutra algum objeto ou evento,
sem causar nenhum tipo de efeito naquilo que
observamos ou sem ser afetado pelo mesmo.
– O pensamento afeta absolutamente tudo.
– Enquanto não compreendermos o pensamento – ou
melhor mais do que compreender, perceber – ele
continuará nos controlando, porém nos dando a
impressão de que … é o nosso servo (auto-engano)
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7. O pensamento como fonte todos os problemas
• Os processos genéricos de pensamento da
humanidade tendem a perceber o mundo de
uma forma fragmentária, “quebram coisas que na
verdade não estão separadas”
– … pensamos (no) corpo, emoções e pensamento
como sendo diferentes. Os sentimentos são …
afetados pelo pensamento (e vice-versa).
• O pensamento é um processo – um todo
interligado que inclui o sentimento e o corpo
(emoções), além de atividades intelectuais.
– Ao mudar a forma de pensar (a emoção é alterada)
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8. Natureza participatória do pensamento
• Em toda parte da mente e do corpo … (o
sentimento e o pensamento se) interpenetram e
formam uma estrutura de reflexos
neurofisiológicos que pela repetição, intensidade
emocional e atitudes defensivas reagem
independentes da nossa escolha consciente.
– nossa linguagem não apresenta uma distinção entre
o „ato de pensar‟ e o „pensamento‟
– O pensamento é a resposta da memória – do
passado, daquilo que já ocorreu
– Esse pensamento começa, então, a agir
automaticamente.
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9. Condicionamento do pensamento e o sistema
de reflexos
• Alguns reflexos são estabelecidos e condicionados.
– A forma básica do condicionamento é repetir algo de
maneira quase contínua.
– Grande parte de nosso aprendizado diário consiste em
estabelecer reflexos condicionados. (Habilidade)
– O pensamento é um jogo muito sutil e potencialmente
ilimitado de reflexos , apesar de que achamos que estamos
gerando e controlando o pensamento
– Reflexos livres podem ser modificados pela inteligência e
percepção, mas quando se tornam muito
condicionados, ficam rígidos, não permitem que a
inteligência e a percepção ajam.
– Quando os reflexos são condicionados de forma muito
forte formam uma estrutura (de pensamento).
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10. Pensamento como um sistema
• o corpo, a emoção, o intelecto, o reflexo e o
artefato passam a ser compreendidos como
um campo contínuo de pensamento
– Processo é um fluxo com elementos
interdependentes
– Nesse sistema não estão inclusos apenas o
pensamento, o que foi sentido e os
sentimentos, mas inclui também o estado do
corpo; inclui a sociedade como um todo -
cultura, a maneira que passamos informação e
as emoções
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11. Geração da incoerência
• Incoerên-cia significa que suas intenções e
seus resultados não concordam.
– Sua ação não está de acordo com sua
expec-tativa.
• A incoerência se revela quando o
conhecimento (programado na memória) é
aplicado, quando você age com base nele.
– A maneira de você pensar determina o modo
como você faz algo.”
– A incoerência se revela na ação.
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12. Geração da incoerência
• Falha sistemática do pensamento
– Não estão cientes do fato de que o pensamento está
ativo e participando do processo.
– Não vemos que nossas intenções são incoerentes
– O pensamento não sabe que está fazendo algo e,
então, luta contra o que está fazendo, tentando
evitar esses resultados desagradáveis, enquanto se
mantém na mesma forma de pensar.
– O que você tem, nesse caso, é contradição, confusão
e auto-engano, o qual é uma tentativa de escondê-
las.
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13. Geração da incoerência
• Falha sistemática do pensamento
– Não olhar para a incoerência, também é evidência de
incoerência.
– Estamos gerando essa situação contrária às nossas
intenções conscientes porque existe uma outra
resistência ocorrendo (intenções ocultas e profundas), e
que não estamos muito consciente delas.
– Trazer o pensamento para lidar com (um) problema, (só
que) o pensamento é parte do sistema. (E) apresenta a
mesma falha ... pode fazer até que as coisas piorem.
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14. Incoerência sustentável e defensiva
• Os reflexos podem se tornar incoerentes e se firmarem
por causa das condições criadas pela sociedade.
– É a incoerência sustentável que se perpetua apesar das
evidências.
– A resposta inteligente seria pará-la, suspendê-la, começar a
buscar o motivo da incoerência e depois mudá-la
• Mas há uma incoerência defensiva, cujos pensamentos
incoerentes se atrelam às endorfinas que os defendem e
evitam os questionamentos e, consequentemente, a
remoção das endorfinas e o desconforto.
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15. Como sair da incoerência?
• A ação inapropriada de tentar sair da
confusão, cair fora do sistema, também é
parte do problema.
• A investigação da incoerência é parte da nossa
coerência.
– mover-se para a coerência; buscar entender a raiz
da incoerencia
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16. Como sair da incoerência?
• A compreensão é importante, mas não é
suficiente. A questão é como mudar esses
reflexos.
– A saída é tocar os reflexos por meio de uma
compreensão tão profunda que modifique o ato
de pensar
– É preciso prestar atenção, num nível que nos leve
mais a fundo. (Modelos Mentais)
– É preciso apresentar um outro tipo de mapa
mental, mais coerente com o não dito
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17. Como sair da incoerência?
• A compreensão é importante, mas não é suficiente. A questão
é como mudar esses reflexos.
– Se os sentimentos estão ligados com os pensamentos, então, quando
há um sentimento, em uma dada situação, há uma suposição geral.
– É válido colocar a suposição em palavras para tentar entender porque
está reagindo a esta situação; tentar entender o pensamento que está
por detrás disso.
– É preciso ir mais fundo porque um reflexo gera outro, que gera outro.
E alguns deles podem até trazer de volta ou recriar o reflexo que se
acreditava ter eliminado.
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18. Como sair da incoerência?
• A compreensão é importante, mas não é suficiente. A questão
é como mudar esses reflexos.
– É preciso explorar isso, não com o espírito de tentar se livrar desse ou
daquele reflexo em particular, mas com o espírito de aprendizado
– “O que precisamos é de uma descrição correta da forma como você
está pensando agora”.… “Não admitimos a nós mesmos a natureza
real dos nossos pensamentos”. (para descobrir o que está
acontecendo)
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19. O processo de observação desse sistema e
janela para a aprendizagem
• É por meio da observação que compreendemos a
maneira como o sistema funciona
e, consequentemente, aprendermos algo sobre
ele.
• A palavra como representação do pensamento
– O processo de pensamento por si só não consegue
“ver”. Ele consegue apenas obter informação.
– O uso das palavras é essencial para tornar visível o
pensamento
– As palavras são a forma de colocar o pensamento em
evidência, no qual geralmente funciona
implicitamente sem que você esteja ciente dele
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20. Representação e a percepção
• A representação coloca certas coisas como sendo
únicas, certas com sendo muitas, certas como
sendo necessárias, gerais, exclusivas.
• A maneira como falamos sobre as coisas e o
modo como pensamos sobre as coisas afetam a
maneira com as vemos.
– A representação afeta a percepção
– A representação entra diretamente na percepção em
muitas formas sutis e você perde a noção de que está
vindo no pensamento
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21. Construção das representações
Elementos da Experiência
percep-ção
Repre-sen
tações
Elementos da
memória
• Construção dessas representações é natural e necessária
• A dificuldade essencial é que presumimos, automaticamen-te, que
nossas representações são retratos verdadeiros da realidade, quando
na verdade são guias relativos para ações baseadas em recordações
não-examinadas
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22. Incompletude do pensamento
• O pensamento é incompleto, pois oferece uma
representação daquilo que estamos pensando.
• O saber nunca será absoluto, pois o
conhecimento é limitado, porque ele é apenas
uma representação.
– O conhecimento pode ser adequado, mas não é a
coisa propriamente dita, seja lá o que for, não é
“aquilo que é”.
– As opiniões são “apenas” suposições e é fundamental
que saibamos disso.
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23. Observação cuidadosa da realidade
• O que Bohm sugere é que
– Não devemos tentar modificar o processo de produção
das representações (o que pode ser impossível),
– Mas que observemos com cui-dado (ter atenção) o fato
de que qualquer representação - intuitivamente
percebida como realidade - pode ser, de algum
modo, menos do que (se julga) real ou verdadeira.
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24. Propriocepção
• O termo propriocepção significa
“autopercepção”.
– Percepção de estímulos que se originam no
interior do próprio organismo
• Existe propriocepção no corpo - a distinção
entre as ações que nele se originam e as que
vêm de fora é percebida como uma diferença
funcional
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25. Propriocepção
• Falta-nos um feedback imediato sobre o movimento do
pensamento
– ... por isso, com frequência imaginamos que uma
determinada dificuldade se origina fora de nós, quando na
verdade ela é uma construção do nosso pensamento...
– A falta de propriocepção do pensamento, como
conhecemos agora, significa que não conseguimos
distinguir se uma imagem está baseado no que está
acontecendo ou naquilo que penso que está acontecendo
• Um grande problema é que, muitas vezes, consideramos nossas
conclusões como sendo fatos!
• O pensamento diz, implicitamente, que a propriocepção não é
necessária. Se o pensamento estava apenas lhe contando do jeito
que as coisas são, então a propriocepção não seria neces-sária,
pois nada haveria para procurar
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
26. Propriocepção do pensamento
• Significa percebemos a relação que existe entre intenção e ação.
– Nosso processo de pensamento deveria ter a consciência desse movimento, da intenção de pensar e do
resultado que o pensamento gera.
• O pensamento pode ser proprioceptivo?
– Você pensa porque tem a intenção de pensar.
– O ponto fundamental da suspensão é tornar a
Propriocepção possível, criar um espelho, de modo
que você possa ver os resultados do seu pensamento.
O pensamento proprioceptivo sabe o que faz e não cria confusões!
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
27. Propriocepção espontânea do pensamento
• Segundo Bohm, existe um potencial natural para
a propriocepção espontânea do pensamento.
– A propriocepção é muito sutil e vem sendo inibida:
• Você seria capaz de dizer: "Certo, há um pensamento que
constrói uma imagem amedrontadora ou desconfortável.
Mas con-siderando que se trata só de uma imagem, não é
muito importante".
• Em vez disso, você diz: "Não devo pensar nisso". Ou nem
mesmo reflete sobre o que acontece - apenas se afasta.
– O corpo produz tudo o que é necessário para impedir
pensamentos dolorosos
• Ele tenta nos proteger do que considera mau
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
28. David Bohm - O
Pensamento Como
Sistema
Domingo à Tarde - Hector Paulo e
Diana De' Carli
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29. • O que significa ser capaz de realmente se
comunicar, para que as pessoas tentem conversar?
• Mas, para entender isso, é preciso compreender
outros aspectos de influencia na comunicação das
pessoas.
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
30. Comunicação
• Os significados são similares, mas não
idênticos.
– Quando alguém diz alguma coisa, o
interlocutor em geral não responde com
o mesmo significado
– Também, quando a segunda pessoa
responde, a primeira percebe uma
diferença entre o que ela quis dizer e o
que a outra entendeu.
• Nessa diferença, pode surgir algo novo:
e assim o processo vai e vem, com a
emergência contínua de novos
conteúdos que são comuns a ambos os
participantes.
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31. Por que é tão difícil se comunicar?
• Há sempre uma defesa inconsciente das nossas ideias:
– Há sensações fugazes de medo que o impedem de refletir
sobre elas (uma pessoa é capaz de manter-se longe de tudo
aquilo que imagina que pode perturbá-la)
– Há sensações de prazer, que atraem os pensamentos e fazem
com que eles se dirijam a outros assuntos
– As pessoas tendem a defender suas ideias enquanto supõe
que ouve o que os outros têm a dizer
É crucial estar atento à natureza
de nossos próprios “bloqueios”!
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32. Problema da comunicação
os diferentes grupos que
maneira rude e insensível de
nelas se empenham não
pensar sobre a comunicação,
e falar a respeito dela tentativa de são capazes de ouvir uns
melhorar a aos outros
comunicação
R
B
confusão
incapacidade de perceber
ações inteligentes que possam problema de
pôr fim às atuais dificuldades comunicação
sentimento de
R frustração
Fazer uma pausa
nesse modo de
Reflexão B
pensar
R
agressão e a
entendimento mútuo violência
Indagar se a dificuldade não surge de e da confiança
algum modo mais sutil, que escapou
de nossa maneira de formular o que
vem dando errado
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33. Cultura é significado compartilhado
• A importância da sociedade e de seus valores:
o Eu digo que uma cultura é basicamente um significado
partilhado. Se as pessoas desejam se juntar para fazer
algo, as coisas devem ter o mes-mo significado para elas;
caso contrário, nada farão juntas.
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
34. Cultura
o Há várias subculturas nas quais as coisas
significam algo completamente diferente. E se as
pessoas ten-tam se juntar, entre esses grupos ou
mesmo dentro desses grupos, surgirá alguém
que lidere o evento e, em seguida, poderão
fazer o que desejavam.
o Mas, se não houvesse um líder nem uma agenda
para o grupo, elas provavelmente ficariam muito
ansiosas sem saber o que fazer.
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35. • As suposições também permitem que um grupo
culturalmente unido, assim permaneça, pois eles
cultivam a mesma base cultural.
• Porém, se precisassem se reunir para discutir
qualquer asssunto por algum tempo, iriam
perceber, que mesmo eles, possuem suposições
(modelos mentais) diferentes. Ou seja, as
suposições é o que unifica e também pode
afastar um grupo.
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
36. Diálogo
• Embora o exercício do diálogo seja tão
antigo quanto a própria
civilização, nos últimos tempos surgiu
uma profusão de práticas, técnicas e
definições em torno do termo
"diálogo".
• O que vocês entendem por Diálogo?
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
37. Diálogo
• "Diálogo" vem do grego diálogos. Logos
significa "palavra" ou, em nosso
caso, poderíamos dizer "significado da
palavra” e Dia não significa "dois", e sim "por
meio de“, “através”.
– Podemos visualizar o significado fluindo entre as
pessoas
– muitas pessoas podem participar - é entre nós
dois ou entre todos nós.
• Falar significa comunicar uma significância.
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
38. Diálogo vem sendo usado?
• O "diálogo" não vem sendo usado nesse sentido.
• Por exemplo, as pessoas falam sobre diálogos nas Nações Unidas.O
que elas praticam não é diálogo, mas uma troca confusa de idéias,
cheias de pressupostos embutidos.
• O maior obstáculo que um grupo encontra para atingir
qualquer objetivo, pelo qual se unem, é que devem partilhar
do significado; desse modo, para que um grupo possa ser
capaz de fazer aquilo que se propôs a fazer, primeiro precisa
ser capaz de partilhar do significado juntos.
• Para Bohm, isso significa diálogo
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
39. Diálogo
• O diálogo examina a forma pela qual o
pensamento é gerado e/ou processado e
mantido no plano coletivo.
• Uma investigação que questiona pontos
de vista profundamente arraigados em
relação à cultura, aos significados e à
identidade.
• Capacidade de revelar as estruturas mais
profundas da consciência.
– O que nós representamos por meio de
palavras, mapas mentais, arquétipos, etc.
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40. Objetivo do diálogo
• O objetivo do diálogo não é analisar as coisas, ganhar
discussões ou trocar opiniões.
• Seu propósito é suspender as opiniões e observá-las -
ouvir os pontos de vista de todos, suspendê-los e a
seguir perceber o que tudo isso significa.
• Se pudermos perceber o que significam todas as
nossas opiniões compartilharemos um conteúdo
comum, mesmo se não concordarmos
completamente.
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41. Tendência a manutenção dos pressupostos
• A espécie humana não costuma fazer muitas
suspensões de pressupostos:
– Nosso desenvolvimento tem sido orientado para
respostas imediatistas e impulsivas, o que
favorece a manutenção dos pressupostos
• “Programação" da memória: quanto mais
impulsivo você for, mais implementará o
programa mental para reflexo, tornando o
processo cada vez mais automático.
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42. Suspensão de pressupostos
• Os pressupostos emergirão. As pessoas trarão seus
pressupostos para qualquer grupo. Enquanto o grupo
continuar a se reunir, eles virão à superfície.
• Se você ouvir alguém cujos pressupostos lhe parecem
ofensivos, sua resposta natural poderia ser ficar irritado, ou
excitado ou algo assim.
• É necessário de se dar conta das conexões que existem
entre os pensamentos que acontecem no diálogo, as
sensações corporais e as emoções.
• Mas veja-se suspendendo esses sentimentos. Você pode
nem mesmo ter percebido que tinha um determinado
pressuposto.
– Foi só porque seu interlocutor surgiu com o pressuposto
contrário que você descobriu que o tinha.
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43. Suspensão de pressupostos
• Pode descobrir outras pressuposições e
todos as suspenderão, as observarão e
verão o que elas significam.
• É necessário, portanto, suspender essas
ideias prévias, de tal modo que nem as
ponhamos em prática nem as
suprimamos.
O ponto crucial é manter
– As pessoas podem ou não mudar de opinião
a reunião num nível em
mas se dão conta do que está nas mentes
umas das outras, sem chegar a quaisquer que as opiniões
conclusões ou julgamentos. surjam, mas as pessoas
possam apreciá-
las, examiná-las.
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44. Defesa dos pressupostos e opiniões
Todo mundo tem pressupostos e
Questionamentos opiniões diferentes e o que uma
sobre pressupostos pessoa pensa é realmente
Esses pressupostos são importante
defendidos quando B
questionados Diálogo
Opiniões
Defesa dos
R pressupostos
R
Pensamentos
passados O diálogo precisa entrar em
todas as pressões que estão
As pessoas se identificam com suas por trás dos nossos
opiniões, que estão atreladas a seus Carga pressupostos
investimentos em auto-interesse, e emocional
tendem a fazer isso sob uma carga
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
emocional
45. Alavancagem do diálogo
Fragmentação
A fragmentação é uma
Todo mundo tem pressupostos e das dificuldades do
opiniões diferentes e o que uma pensamento
Questionamentos pessoa pensa é realmente
sobre pressupostos importante
Atenção ao nosso
Esses pressupostos são pensamento como um
defendidos quando B processo
questionados Diálogo
Nosso pensamento é um
processo que requer atenção,
Opiniões do contrário seguirá um curso
Defesa dos errado
R pressupostos nossa atenção
R se dirige
Pensamentos somente aos
passados O diálogo precisa entrar em
todas as pressões que estão conteúdos, nã
As pessoas se identificam com suas por trás dos nossos o ao processo
opiniões, que estão atreladas a seus Carga pressupostos
investimentos em auto-interesse, e emocional
tendem a fazer isso “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Grupo de Estudos sob uma carga
emocional
46. Objetivo do diálogo
• Pode resultar que os conteúdos não sejam muito
importantes - pode se tratar apenas de
pressupostos.
• Mas se pudermos examinar todos os
conteúdos, seremos capazes de nos mover de
maneira criativa em direções diferentes.
• Poderemos simplesmente compartilhar a
apreciação dos resultados: e dessa totalidade a
verdade emerge sem se anunciar, sem que a
tenhamos escolhido.
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47. Ouvir é dialogar!
• “Ouvir”, no contexto dialógico, é muitas vezes interpretado
como uma sensibilidade profunda, cuidadosa e empática em
relação às palavras e significados produzidos pelos membros
do grupo. No entanto, ouvir faz parte do diálogo (é condição
inerente).
• Bohm delineia aqui uma concepção diferente de
ouvir, na qual erros de percepção (escuta) da fala
de alguém podem levar ao surgimento de novos
significados: fluxo dos significados inesperados
ou surpreendentes
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48. Condição de entendimento
• Um diálogo só pode levar à produção de
algo novo se as pessoas forem capazes de
ouvir livremente umas às outras.
• Ouvir sem preconceitos e sem tentar
influenciar-se mutuamente.
• Cada uma deve estar interessada em
primeiro lugar na verdade e na
coerência, de modo a que possam deixar de
lado suas ideias e intenções antigas, e
tornarem-se pron-tas para entrar em algo
diferente quando necessário.
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49. Discussão x Diálogo
Processo Quebrar, fragmentar, análise Construir visão comum
Formato Cada indivíduo apresenta seu Participação, na qual não
ponto de vista que difere dos jogamos uns contra os outros,
outros mas com cada um deles
Objetivo “Ganhar pontos” para si Se al-guém ganha, todos
ganham
Compartilhamento É possível que você aproveite Sempre que algum erro é
das ideias as ideias dos outros para nelas descoberto por alguém, todo
basear as suas mundo ganha
Foco Questões superficiais, pois Questionamento de seus
vários aspectos são mantidos pressupostos fundamentais
inegociáveis e intocá-veis
Estilo Ganha-perde Ganha-ganha
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50. Consciência participativa
• Cada pessoa participa, compartilha a totalidade dos
significados do grupo e, ao mesmo tempo, faz parte
dele: Isso é um diálogo verdadeiro.
• Se todos percebe-rem juntos o significado de todas as
pressuposições, o conteúdo da consciência será
essencialmente o mesmo
• Por outro lado, se tivermos pressupostos diferentes e os
defendermos, cada um terá um conteúdo
diferente, por-que não tomaremos parte nas
pressuposições das outras pessoas. Estaremos a
combatê-las ou a afastá-las - tenta-remos convencer ou
persuadir os outros
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51. Participação coletiva
• Dinâmica da participação no pensamento
coletivo:
– Um exemplo de indivíduos a pensar juntos seria o
de alguém que tives-se uma ideia, outra pessoa a
adotasse, mais outra lhe acrescentasse algo.
– O pensamento fluiria e sairíamos da situação
habitual, em que as pessoas tentam persuadir ou
convencer umas às outras.
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52. Diáologo consigo mesmo
• Quando questionado sobre o diálogo interno ou do indivíduo para
consigo mesmo, ele afirma: "quando falamos sobre o
indivíduo, dissemos que você deve se manter com esse
conflito, não consegue escapar dele. Você fica com ele, e chega até
a gerá-lo. E assim você começa a ter um pouco de visão, começa a
ver como o pensamento está gerando o conflito.
• Como um individuo, você precisa ver que ao ficar com
isso, fazendo isso, é muito mais importante que qualquer assunto
em particular que se está tentando resolver. Em outras palavras, se
você consegue fazer isso, terá ido a um nivel mais profundo,muito
mais além do que os assuntos que lhe incomodam."
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53. Diálogo consigo
• Manter o diálogo dentro de si mesmo
aumenta a possibilidade do diálogo com os
outros.
• Manter o diálogo com você mesmo ajudará
os demais. Ou, ao manter o diálogo com os
outros, estará ajudando o individual.
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54. • Entretanto,a sociedade nos condiciona de uma forma na qual
não é possivel fazer isso sozinho, ou sem um grande esforço.
• Enfatiza que o diálogo por si só não consegue impor um
propósito ou uma intenção na reflexão e ação.
• "Estou sugerindo que comece-mos comunicando essa
significância, e ver onde podemos ir. Se pessoas que não têm
noção alguma desse processo todo de pen-samento e
diálogo e se juntarem, é possível que encontrem um
caminho, com mais chances de não conseguirem.
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
55. • Em algum ponto poderemos ver um significado em co-mum. Incluindo o que é
a necessidade, o que é valioso, o que vale a pena. E estou também delineando
o propósito e o que são as intenções que poderiam executar isso.
• O valor e o propósito fluem, da percepção do significado.
• No entanto, o propósito pode estar mudando, porque à medida que você vê o
significado mais profundamente tem de mudar o propósito.
• O significado é necessário para ver o fato. O que as coisas significam para você
é o que determinará a forma de agir. E o significado - que nosso pensamento
oferece - é que o diálogo não é necessário, que podemos todos seguir como
indivíduos fazendo o que bem quisermos,
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56. A Importância do diálogo
• Portanto, temos de manter o diálogo apesar da frustração e de todos os
problemas.
• É o mesmo que a questão dó sofrimento, que diante do sofrimento as pessoas
buscam constantemente a fuga, um movimento constante de não querer estar
consciente dele.
• Os reflexos tentam aliviar a situação desviando sua atenção. E isso significa que
você nunca poderá descobrir o que é, o que está acontecendo; nunca poderá
perceber isso.
• Mas, se você desviar sua atenção e ficar com isso, este ficar gerará uma enorme
quantidade de energia. Quanto mais você ficar com isso, maior será a sensação
de que se trata de algum tipo de tensão física. Logo, você pode até ter uma visão
de que tudo isso é apenas uma parte do processo material.
• Fique com a situação difícil, não fuja dela. Se você se vir fugindo, precisará ver
você mesmo fugindo, e assim por diante.
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57. • Uma noção básica para o diálogo é a necessidade
das pessoas se sentarem em círculo Condições
• Em princípio, o diálogo deve funcionar sem nenhum
para
líder ou agenda. Na necessidade de um líder, este o diálogo
deve se retirar o mais cedo possível dessa tarefa,
mas isso pode levar tempo.
• Tudo pode entrar em pauta, mas os participantes
devem conhecer-se mutuamente, confiar uns nos
outros e estabelecer uma relação de
compartilhamento
• A principal finalidade do grupo não é lidar com
problemas pessoais, e sim com questões culturais.
• É importante entender que um grupo de diálogo
não é um grupo de terapia
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58. Envolvimento no diálogo e grupo de diálogo
• Um grupo de diálogo não é o que se denominou de "grupo de
encontro", que se propõe a ser um tipo específico de terapia, e
no qual podem emergir as emoções das pessoas
• No diálogo, os participantes devem falar diretamente uns com
os outros, um a um, ao longo do círculo a fim de gerar
conhecimento e confiança uns nos outros e assim ser possível
falar diretamente ao grupo inteiro
• Num grupo de diálogo, não decidimos o que fazer a respeito de
nada. De outra maneira, não seríamos livres
Nossa meta é se comunicar coerente e
verdadeiramente a fim de criar entendimento
comum e depois reunir-se em grupos menores e
tomar decisões específicas.
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59. Como iniciar um Grupo de Diálogo
1. Reunir 15 a 40 pessoas em círculo
2. Esclarecimentos iniciais sobre a natureza do processo
– Conversar sobre; discutir porquês e significados, etc
3. Decidir sobre um ou vários tópicos pode levar algum tempo
– No inicío, pode ser útil a presença de um facilitador, mas seu
papel deve ser eliminado o mais cedo possível para que o grupo
determine seu próprio rumo
4. Repetir encontros com regularidade
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60. Processo do diálogo
Processo do diálogo em si mesmo é visto como um livre
Fluxo de fluxo de signifi-cados entre todos os participantes. No
signifi-cad começo, as pes-soas expressavam posições fixas que
os tendiam a defender, mas em seguida...
...tornou-se claro que era fundamental manter o sentimento
de amizade no grupo e não apenas sustentar pontos de
Amizade vista, uma amizade difusa já que não havia
difusa rela-cionamentos interpessoais estreitos entre
participantes.
Significado Uma nova espécie de mentalidade começa a sur-gir, com
co-mum base no desenvolvimento de um significado co-mum que
está em constante transformação no processo do diálogo.
Âmbito
comum de As pessoas já não estão basicamente em opo-sição, nem se
significa-d pode dizer que estejam interagindo. Em vez disso, elas
os participam desse âmbito comum de significa-dos que se
mostra capaz de desenvolver-se e mudar cons-tantemente.
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61. Liberdade, necessidade e contingência
• Temos de esclarecer a necessidade e a contingência. A liberdade exige um pouco
de contingência, no sentido que, se as coisas não puderem ser de outra
forma, então não haveria a liberdade. Entretanto, a liberdade requer um
pouco, também, de necessidade, porque, se não houvesse necessidade nas
nossas intenções, não haveria significado.
• Podemos até tentar fazer algo, mas se a necessidade não estiver lá para amarrar
tudo, qualquer coisa poderá acontecer, não importa qual foi nossa intenção
inicial. Portanto, de alguma forma, tanto a necessidade quanto a contingência
estão envolvidas com a liberdade.
• A necessidade é aquilo que não pode ser de outra maneira e a contingência é
aquilo que pode. O fato de as coisas já poderem ser de outra maneira é que
possibilita ser livre para fazer várias coisas. Mas se as coisas fossem totalmente
contingentes, você não teria liberdade alguma, não seria capaz de contar com
nada.
• A liberdade é percepção e a criação de uma nova ordem de necessidade
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62. • Quando alguém surge com uma nova ordem de
necessidade, outras pessoas podem não ver prontamente e olhar
para isso como se fosse contingência
• O diálogo é uma arte criativa em potencial: isto é, novas ordens de
necessidade podem emergir se o mantivermos
• E se você mantiver um diálogo com muita seriedade haverá a
possibilidade de que se torne algo criativo e inovador, o que seria
o microcosmo, o germe, que pode ser comunicado. Em outras
palavras, aquilo que parece ser apenas um monte de contingência
sem significado algum, pode ser o campo no qual uma nova ordem
de necessidade criativa venha a ser gerada. E disso pode nascer
uma nova cultura, uma nova sociedade.
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63. • E a cultura que deseja dominar a vontade dos seus
cidadãos, obviamente não encorajará a criatividade,
porque elas não querem que as pessoas sejam criativas. A
cultura só quer se defender
• poderia nascer uma liberdade que fosse coletiva e ao
mesmo tempo individual. Não somos livres de maneira
alguma, enquanto estivermos presos a todas essas coisas
• a nova cultura nascerá primeiro quando virmos o
significado dessa situação e o valor disso tudo e, então,
um propósito específico sobre aquílo que devemos fazer
emergirá à medida em que caminharmos juntos - um
propósito após o outro, em vez de iniciar com um
propósito que é fixo.
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64. O pensamento envolve o Tempo
• Todo pensamento envolve o tempo, de uma forma que não
vemos. Nossa tendência é achar que tudo existe no tempo, e que
o tempo é independente da realidade. As pessoas representam o
tempo pelo espaço. em um diagrama desenham uma linha e a
chamam de "tempo", dizendo que "aqui" é um ponto no
tempo, que significa agora, depois outro ponto, e outro ponto.
• Claramente, o pensamento está, então, representando o tempo
através do espaço.
• O tempo é a ordem da existência sucessiva - a ordem da sucessão.
A base real do tempo é a sucessão - as coisas se sucedendo em
uma certa ordem. O tempo é um conceito que foi configurado pelo
pensamento para representar a sucessão. O pensamento lida com
isso, ordena por meio do conceito do tempo.
• No entanto, nós nunca o vemos, percebemos ou experimentamos
o "tempo" - ele é deduzido.
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65. • O mesmo problema ocorre com todo o pensamento: a
representação entra na percepção e se apresenta como um fato
real. E o resto do ato de pensar, em seguida, recebe isso como
uma prova, e procede daí por diante. Começa a construir todo o
tipo de coisas em cima de uma estrutura errada
• Quando o assunto é o fato psicológico, o único fato que você tem é
o presente, o agora.
• Já dissemos antes que o passado e o futuro são imagens contidas
no pensamento. Este amarra todas essas imagens com o
presente, para dar a sensação de movimento e continuidade
• No domínio psicológico, sempre que existir a continuidade será
mediante o pensamento.
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66. • Para uma visão conjunta, necessitamos do diálogo.
Individualmente, uma pessoa pode ter uma visão; mas precisamos
dela juntos, porque agora a civilização atingiu uma etapa na qual
não consegue proceder de outra maneira. No geral, necessitamos
disso de qualquer maneira; no entanto, precisamos disso agora
mais do que nunca
• o pensamento está constantemente tentando se apoderar das
coisas e organizá-las. E tentaria se apoderar de si mesmo porque
vê a evidência dudetivel de si mesmo
• E essa visão abriria a porta para a liberdade, tanto coletivamente
quanto individualmente - para a amizade, o companheirismo e o
amor
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