1) O documento descreve a consagração de Arão e seus filhos como sacerdotes de Deus, incluindo a lavagem com água, unção com azeite e sacrifício de animais.
2) Dois carneiros eram sacrificados, um como holocausto e outro para purificação dos sacerdotes.
3) Partes dos animais eram queimadas no altar ou fora do acampamento, simbolizando o sacrifício de Cristo.
5. INTRODUÇÃO
Deus ordenou que Moisés separasse Arão e
seus filhos para o sacerdócio. O vestiário, bem
como o modo de proceder dos sacerdotes,
foram dados por orientações do próprio Deus.
Antes de oferecer sacrifícios em favor do povo,
Arão deveria oferecer sacrifício para a remissão
dos seus próprios pecados. Na lição de hoje,
estudaremos a respeito do ato de consagração
e purificação do sacerdócio, conforme as
determinações de Deus.
6. I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS
FILHOS
1. A lavagem com água. "Então, farás chegar Arão e
seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás
com água" (Êx 29.4). Muitos eram os rituais de preparação
que os sacerdotes deveriam realizar antes de se achegarem
à presença de Deus. Uma parte dos rituais era a lavagem
com água, que simbolizava pureza e perfeição. Deus é santo
e requer santidade do seu povo: "Santos sereis, porque eu, o
Senhor, vosso Deus, sou santo" (Lv 19.2). Atualmente o
crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo
(1 Jo 1.7). Sem pureza e santidade não podemos nos
achegar à presença de Deus.
Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é
que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do
procedimento justo e da vida santificada do crente.
7. I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS
FILHOS
2. A unção com azeite (Êx 30.23-33). O azeite
da unção deveria ser derramado sobre a cabeça
de Arão e seus filhos. O azeite é símbolo do
Espírito Santo que viria habitar no crente pelo
ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26),
bem como o batismo com o Espírito Santo (At
1.4,5,8). Assim também a igreja recebeu o
penhor do Espírito (2 Co 1.21,22), mas alguns
de seus membros são individualmente
separados para ministérios específicos,
segundo os propósitos de Deus.
8. I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS
FILHOS - OBS
• A cerimônia de consagração tinha como
objetivo “santificar para me administrarem
o sacerdócio” (Ex.29:1).
• A cerimônia era para deixar bem claro e
explícito para todo o povo de Israel que o
sacerdote era separado dos outros
israelitas para exercer o sacerdócio, tanto
que toda a congregação foi ajuntada para
assistir à cerimônia (Lv.8:3).
9. I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS
FILHOS - OBS
• A Igreja, os sacerdotes da nova aliança, tem
livre acesso a Deus dentre todos os demais
seres humanos neste planeta (Hb.9:11,12).
• Em seguida à lavagem da água, os sacerdotes
foram vestidos com seus vestidos sacerdotais
(Ex.29:5,6). Estas vestes sacerdotais indicam a
vinda do Espírito Santo para habitar em nós
(Jo.14:17).
10. I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS
FILHOS - OBS
• O primeiro a ser vestido foi Arão, escolhido para ser o
sumo sacerdote, que deveria usar toda a sua
indumentária. Após ele ter se vestido, foi ungido com
azeite sobre a sua cabeça (Ex.29:5-7). Isto é uma figura
da preeminência de Cristo, o nosso Sumo Sacerdote
(Cl.1:18; Hb.8:1,2), que é a cabeça do corpo, da Igreja,
o princípio e o primogênito dentre os mortos. Ele é o
Cristo, ou seja, o Ungido, Aquele que foi escolhido para
fazer a reconciliação entre Deus e os homens. Sobre
Ele, primeiramente, esteve o Espírito Santo, pelo qual
fez bem e curou a todos os oprimidos do diabo
(At.10:38).
11. I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS
FILHOS - OBS
• A unção do sumo sacerdote foi única, ou seja,
uma vez ungido para exercer o sumo
sacerdócio, ele não mais seria ungido. De igual
modo, a unção recebida pelo salvo em Cristo
Jesus não precisa ser repetida (I Jo.2:27). Não
existe “nova unção”.
• A unção de Arão feita sobre a cabeça e que
fazia com que todas as suas vestes fossem
embebidas pelo azeite também é figura da
unidade que existe no corpo de Cristo, que é a
Igreja (Sl.133:1,2; I Co.12:27).
12. I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS
FILHOS - OBS
• Os filhos de Arão receberam suas vestes
sacerdotais depois que Arão foi vestido
das suas e foi ungido com azeite.
Recebemos nossas vestes de salvação
porque Jesus Cristo, nosso Sumo
Sacerdote, foi glorificado, vencendo a
morte e o pecado e abrindo para nós um
vivo e novo caminho pela Sua carne e,
por isso, pôde enviar o Espírito Santo
para fazer de nós a Sua morada
(Lc.24:49).
13. I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS
FILHOS
• 3. Animais são imolados como sacrifício (Êx 29.10-
18). Era necessário que antes de ministrar em favor do
povo, o sacerdote oferecesse sacrifícios de holocausto
por sua própria vida. Arão e seus filhos deveriam levar
um cordeiro, sem mancha ou defeito, diante do altar. O
cordeiro morto tipificava a morte vicária de Jesus Cristo,
que "morreu por nossos pecados, segundo as
Escrituras" (1 Co 15.3). A morte vicária de Cristo
proporciona ao homem pecador a reconciliação com
Deus. Jesus morreu para expiar os nossos pecados (1
Pe 1.18,19).
14. II. O SACRIFÍCIO DA POSSE
• 1. O segundo carneiro da consagração (Êx
29.19-35). Era necessário que outro animal
inocente fosse morto. Segundo o Comentário
Bíblico Beacon, "parte do sangue era colocada
primeiramente na orelha direita, no dedo
polegar da mão direita e no dedo polegar do pé
direito". O restante do sangue deveria ser
derramado sobre o altar. Sem derramamento de
sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22).
Tudo apontava para o Calvário, onde Cristo
derramou seu sangue por nós.
15. II. O SACRIFÍCIO DA POSSE - OBS
• No ritual da consagração, após o novilho ter
sido degolado à porta da tenda da congregação,
o sangue foi tomado e Moisés, com o seu dedo,
pôs o sangue nas pontas do altar e o sangue
restante foi derramado à base do altar
(Ex.29:12).
• A colocação do sangue nas pontas do altar, que
eram quatro, é uma figura da redenção de
Cristo para toda a humanidade, a “propiciação
pelos pecados de todo o mundo” a “expiação
ilimitada”.
16. II. O SACRIFÍCIO DA POSSE - OBS
• O derramamento do sangue restante à
base do altar é figura do derramamento
do sangue de Cristo na cruz do Calvário,
o sangue que nos remiu, que nos
purificou de todo o pecado. Sem
derramamento de sangue, não há
remissão (Hb.9:22).
17. II. O SACRIFÍCIO DA POSSE - OBS
• Em seguida, Moisés queimou toda a gordura
que cobria as entranhas, o redenho de sobre o
fígado e ambos os rins sobre o altar, mas a
carne do novilho, a sua pele e o seu esterco
foram queimados não no altar, mas fora do
arraial, porque se tratava de um sacrifício pelo
pecado (Ex.29:14).
• Este ato de queima fora do arraial apontava
para o sacrifício de Cristo, que se deu fora de
Jerusalém, no monte Calvário (Hb.13:10,11).
18. II. O SACRIFÍCIO DA POSSE - OBS
• Este ato que tipifica o sacrifício de Cristo fora de
Jerusalém também tem um importante
significado para os salvos, qual seja, a
necessidade que temos de também “sair fora do
arraial, levando o vitupério de Cristo”(Hb.13:13).
• Levar o vitupério de Cristo é suportar a cruz,
desprezar a afronta pelo gozo que nos está
proposto, a fim de que também possamos nos
assentar no trono de Cristo, à direita do Pai
(Hb.12:2).
19. II. O SACRIFÍCIO DA POSSE - OBS
• Em seguida à queima do novilho, Moisés tomou um carneiro,
devendo Arão e seus filhos também pôr a mão sobre a cabeça do
animal (Ex.29:15).
• O carneiro foi degolado, sendo tomado o seu sangue e espalhado
sobre o altar ao redor. O carneiro foi, então, partido em suas partes,
teve lavadas as suas entranhas e as suas pernas, que seriam
postas sobre as suas partes e a sua cabeça, sendo, então, o animal
totalmente queimado no altar, o que se chama de “holocausto”, ou
seja, sacrifício totalmente queimado (Ex.29:15-18).
• Esta oferta não foi feita pelo pecado, mas, sim, como uma oferta de
cheiro suave ao Senhor, uma oferta de gratidão a Deus, um ato de
adoração ao Senhor (Lv.1:1-9).
• Esta oferta simboliza a necessidade de estarmos prontos a fazer a
vontade de Deus, assim como Jesus Cristo o fez. Quem faz a
vontade do Senhor é o “verdadeiro adorador”.
20. II. O SACRIFÍCIO DA POSSE - OBS
• Após o holocausto do primeiro carneiro, Moisés tomou o
segundo carneiro, chamado “carneiro das
consagrações”, sobre a cabeça do qual Arão e seus
filhos também puseram as mãos.
• O carneiro foi degolado à porta da tenda da
congregação. Moisés, então, tomou do sangue do
carneiro e o pôs na ponta da orelha direita, do polegar
da mão direita e do polegar do pé direito de Arão,
espalhando o restante do sangue sobre o altar ao redor
(Ex.29:20).
• Este segundo carneiro era sacrificado para purificação
do próprio exercício do ofício sacerdotal.
• O sacerdote deveria ser purificado na sua audição, nas
suas obras e no seu comportamento.
21. II. O SACRIFÍCIO DA POSSE - OBS
• Após a colocação do sangue sobre a orelha
direita, o polegar da mão direita e o polegar do
pé direito, Moisés tomou do sangue que estava
sobre o altar e do azeite da unção e o espargiu
sobre Arão e sobre os seus vestidos, como
também sobre os seus filhos e os vestidos de
seus filhos com ele, para que, então, fossem
eles santificados, como também suas vestes
(Ex.29:20).
• A aspersão do sangue e do azeite sobre Arão e
seus filhos simboliza que não podemos ser
sacerdotes se não formos “nascidos da água e
do Espírito” (Jo.3:5).
22. II. O SACRIFÍCIO DA POSSE - OBS
• Após a aspersão do sangue e do azeite sobre as vestes
e as pessoas de Arão e de seus filhos, Moisés tomou
deste segundo carneiro a gordura, a cauda, a gordura
que cobre as entranhas, o redenho do fígado e ambos
os rins com a gordura que neles tivesse, o ombro direito
do carneiro, assim como uma fogaça de pão, um bolo de
pão azeitado e um coscorão do cesto dos pães asmos,
pô-los nas mãos de Arão e de seus filhos, devendo eles
mover tudo isto perante o Senhor (Ex.29:22-24).
• Tratava-se de uma “oferta de movimento”, ou seja, algo
que deveria ser oferecido perante o Senhor com um
movimento das mãos e dos braços. Esta “oferta de
movimento”, simboliza o revestimento de poder, o
batismo com o Espírito Santo.
23. II. O SACRIFÍCIO DA POSSE - OBS
• Em seguida, Moisés tomou a “oferta de movimento” das
mãos de Arão e de seus filhos e a queimou no altar
como “oferta queimada ao Senhor” (Ex.29:25). Tratava-
se este sacrifício de um “sacrifício pacífico”, de uma
“oferta alçada”, ou seja, algo proveniente de alguém que
teve seu pecado perdoado, que está em plena
comunhão com o Senhor e que é grato a Deus pela sua
redenção.
• Após a queima de tudo quanto estava nas mãos de Arão
e de seus filhos, Moisés tomou o peito do carneiro,
movendo-o com movimento perante o Senhor, sendo
esta a porção de Arão, assim como o ombro da oferta
alçada (Ex.29:26-28).
• Esta carne foi cozida no lugar santo e consumida por
Arão e seus filhos — a refeição sagrada é o símbolo da
comunhão que deve haver entre os sacerdotes e Deus e
entre os sacerdotes entre si.
24. II. O SACRIFÍCIO DA POSSE - OBS
• A porção de Arão e seus filhos era composta do peito do
carneiro e de seu ombro direito. - A comunhão com
Deus e com os irmãos é movida pelo amor e pelo
sustento de toda a obra salvífica por Cristo Jesus.
• Além do carneiro, também foi consumido o pão asmo,
que estava no cesto, simbolizando a santidade e as
necessárias verdade e sinceridade que deve existir na
vida do sacerdote de Cristo.
• O que sobejou do alimento até à manhã, foi queimado
com fogo, porque era santo (Ex.29:34), a nos ensinar
que nossa comunhão com Deus é algo diário, algo que
deve ser mantido dia após dia.
25. II. O SACRIFÍCIO DA POSSE
• 2. Sacrifícios diários. Diariamente eram oferecidos
sacrifícios pelo pecado. Pela manhã e a tarde havia
sacrifícios e um animal inocente era morto em resgate
da vida de alguém. O sacrifício de Cristo foi perfeito e
único. Por isso, hoje podemos nos achegar a Deus para
adorá-lo livremente.
• No Tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto a fim
de que o culto diário a Deus nunca fosse interrompido.
Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca
se apagasse. A cada manhã, este era alimentado com
nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). Da
mesma forma Deus quer que nos apresentemos a Ele,
prontos e renovados espiritualmente (2 Co 4.16).
26. III. CRISTO, PERPÉTUO SUMO
SACERDOTE
1. Sacerdócio segundo a ordem de
Melquisedeque. A primeira referência a
Melquisedeque como sacerdote encontra-
se no livro de Gênesis 14.18. Poucos
sabemos a respeito de Melquisedeque:
"sem pai, sem mãe, sem genealogia, não
tendo princípio de dias nem fim de vida"
(Hb 7.3). Melquisedeque é um tipo de
Cristo.
27. III. CRISTO, PERPÉTUO SUMO
SACERDOTE
2. O sacrifício perfeito de Cristo. Arão e
seus descendentes deveriam oferecer
diariamente sacrifícios por seus pecados
e também do seu povo. Hoje não
precisamos fazer esses tipos de
sacrifícios, pois o sacrifício de Cristo foi
único, perfeito e perpétuo (Hb 7.25-28).
28. III. CRISTO, PERPÉTUO SUMO
SACERDOTE
3. O sacrifício eterno de Cristo. "Mas
este, porque permanece eternamente,
tem um sacerdócio perpétuo (Hb 7.24). O
vocábulo "perpétuo" significa "inalterável".
Jesus não pertencia à tribo de Levi, mas
seu sacerdócio era segundo a ordem de
Melquisedeque (Hb 5.6,10; 7.11,12), logo,
seu sacerdócio era superior ao de Arão. O
sacerdócio de Cristo é superior, eterno e
imutável.
29. CONCLUSÃO
Deus estabeleceu o sacerdócio e as
cerimônias de purificação e consagração.
Estas cerimônias apontavam para o
sacrifício perfeito e o sacerdócio eterno de
Cristo. Ele se ofereceu como holocausto
em nosso lugar. Sem Cristo, jamais
poderíamos nos achegar à presença
santa e eterna de Deus e ter comunhão
com Ele.