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PrecariAcções
Maio 2012

10

Boletim organizativo e de luta dos precários
Euro-Austeridade

As recentes alterações ao código do
trabalho são o continuar de uma guerra
social que os Governos PS e PSD/CDS
declararam
aos
trabalhadores
portugueses.
Esta ofensiva constante
sobre os direitos de quem trabalha e
sobre os mais desfavorecidos corresponde
àquilo que a troika ditou para o nosso
país e tem como principais consequências
o
empobrecimento
generalizado
e
o
aumento
galopante
do
desemprego.
A
austeridade é usada um pouco por toda a
Europa como receita para a crise apesar
de ao olhar atentamente para a Grécia,
tal como cá, ser flagrante o flagelo
provocado por estas medidas que, além de
não criarem emprego, aumentam o número
de desempregados já existente. É devido
à miséria crescente em que a austeridade
afunda as populações que a esquerda anti
troika começa a ter alguma expressão em
alguns países europeus como a Grécia e a
França.
As
eleições
legislativas
realizadas no dia 6 de Maio na Grécia
foram um verdadeiro terremoto político e
deitaram abaixo a coligação entre a
direita (Nova Democracia) e a socialdemocracia
tradicional
(Partido
Socialista Pan Helênico - Pasok) que se
revezaram no poder nos últimos anos e
ultimamente governavam juntos o país
como fiadores das medidas de austeridade
impostas pela União Europeia e FMI. No
caso Francês assistimos, tal como na
Grécia,
ao
repúdio
por
parte
da
população a quem tem governado os seus
países aplicando planos de austeridade e
a
um
crescer
de
sectores
que
se
posicionam contra a troika como é o caso
do candidato Jean Luc Mèlenchon. É à
escala europeia que esta guerra social é
feita contra os povos e é também a nível
europeu que uma resposta tem de ser dada
pela
juventude,
trabalhadores,
reformados e desempregados por essa
continente fora, para de uma vez por
todas se possa quebrar o ciclo de
austeridade que gera mais desemprego,
mais pobreza, mais miséria e ainda mais
austeridade.

DESPEDIMENTOS
Só se sabe quando interessa...
Recentemente houve uma vaga de despedimentos que, como nos foi
comunicado, deveu-se a fraude de e-mails cometida por advisors. A
mensagem passada pelos superiores em reuniões colectivas foi a de que
a permanência dos colegas na empresa afectaria todo o projecto no qual
trabalhamos. Desta vez decidiram explicar pessoalmente o porquê
desses despedimentos. No entanto são inúmeras as ocasiões em que
colegas são afastados do projecto sem ser comunicado aos restantes as
razões desse afastamento. Apenas constatamos que certas pessoas
deixam de estar presentes no local de trabalho. Sabemos que foram
despedidas mas não sabemos se foi justo e/ou se foi negada uma
segunda oportunidade ao colega.
Apesar de estarmos envolvidos num ambiente descontraído, e em que a
boa convivência se processa diariamente entre advisors e chefias,
quando se trata de despedir alguém, nenhuma informação nos é dada.
Sabemos que na empresa somos mais um número e quando é hora de
mandar embora, porque já não somos necessários em linha ou já não
estamos a “render”, as chefias não estarão com problemas em indicarnos a porta.
Ao ocultarem as razões de certos despedimentos cria-se em nós a
sensação de desconforto, desconfiança, insegurança, stress e, acima de
tudo, medo de perder o emprego. Dá azo igualmente a que se
propaguem boatos que confundem os advisors sobre a coerência dos
critérios que utilizam para nos despedir. Todas estas situações fomentam
a ideia nos que ficam de que somos todos mais um “trabalhador
descartável” passível de ser mandado para a rua a qualquer hora.
Exige-se transparência nos motivos de despedimento de colegas!

[1]
FÉRIAS PARA QUANDO ?
Todos os anos a mesma coisa...até parece que não existem leis...
Ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, este ano, a adecco e a ranstad exigiram e receberam a marcação das férias, de todos
os advisors, com as condições especificadas no ficheiro que nos foi entregue. A fase da marcação das férias foi pautada por enormes
confusões devido às limitações impostas para a marcação, durante os meses de Verão e Dezembro. Todos nós entendemos que as
necessidades da Apple exigem que exista sempre um número mínimo de pessoas na linha, mas, também não é verdade que com esta
limitação toda a gente tinha que marcar férias nas mesmas alturas ficando assim a linha vazia? Este facto, que todos os advisors
perceberam, parece que passou ao lado dos ocupados elementos dos recursos humanos, que além de terem dado a confirmação das
férias um mês depois do prazo estipulado por lei, PARA O ANO TODO, vêm agora dar o dito por não dito desmarcando e/ou modificando as
nossas férias. Parece que toda a gente marcou as férias para a mesma altura (que surpresa!) e agora andam a oferecer férias nos meses 4
”proibidos”. Apesar de este ano as empresas de trabalho temporário disporem atempadamente de todos os dados, parece que como nos
anos anteriores, as férias vão ser uma confusão que nunca vai acabar, sendo sempre marcadas á última da hora e o advisor é que tem que
correr atrás do prejuízo. Já agora, onde estão as férias de Dezembro? Só vamos saber em Novembro?

Decidimos dedicar este espaço aesclarecer os colegas sobre a legislação em vigor sobre as férias.
Retirado do código do trabalho:
Férias
Artigo 237.º
Direito a férias
1 – O trabalhador tem direito, em cada ano civil,
a um período de férias retribuídas, que se vence
em 1 de Janeiro.
2 – O direito a férias, em regra, reporta-se ao
trabalho prestado no ano civil anterior, mas não
está condicionado à assiduidade ou efectividade
de serviço.
3 – O direito a férias é irrenunciável e o seu
gozo não pode ser substituído, ainda que com o
a c o r d o d o t r a b a l h a d o r, p o r q u a l q u e r
compensação, económica ou outra, sem
prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo seguinte.
4 – O direito a férias deve ser exercido de modo
a proporcionar ao trabalhador a recuperação
física e psíquica, condições de disponibilidade
pessoal, integração na vida familiar e
participação social e cultural.
Artigo 238.º
Duração do período de férias
1 – O período anual de férias tem a duração
mínima de 22 dias úteis.
2 – Para efeitos de férias, são úteis os dias da
semana de segunda-feira a sexta-feira, com
excepção de feriados.
3 – A duração do período de férias é aumentada
no caso de o trabalhador não ter faltado ou ter
apenas faltas justificadas no ano a que as férias
se reportam, nos seguintes termos:
a) Três dias de férias, até uma falta ou dois
meios dias;
b) Dois dias de férias, até duas faltas ou quatro
meios dias;
c) Um dia de férias, até três faltas ou seis meios
dias.
4 – Para efeitos do número anterior, são
considerados faltas os dias de suspensão do
contrato de trabalho por facto respeitante ao
trabalhador e são consideradas como período
de trabalho efectivo as licenças constantes nas
alíneas a) a e) do n.º 1 do artigo 35.º
5 – O trabalhador pode renunciar ao gozo de
dias de férias que excedam 20 dias úteis, ou a
correspondente proporção no caso de férias no
ano de admissão, sem redução da retribuição e
do subsídio relativos ao período de férias
vencido, que cumulam com a retribuição do
trabalho prestado nesses dias.
6 – Constitui contra-ordenação grave a violação
do disposto nos n.os 1, 3 ou 5.
Artigo 239.º
Casos especiais de duração do período de
férias
1 – No ano da admissão, o trabalhador tem
direito a dois dias úteis de férias por cada mês
de duração do contrato, até 20 dias, cujo gozo
pode ter lugar após seis meses completos de
execução do contrato.
2 – No caso de o ano civil terminar antes de
decorrido o prazo referido no número anterior,
as férias são gozadas até 30 de Junho do ano
subsequente.
3 – Da aplicação do disposto nos números
anteriores não pode resultar o gozo, no mesmo
ano civil, de mais de 30 dias úteis de férias, sem

prejuízo do disposto em instrumento de
regulamentação colectiva de trabalho.
4 – No caso de a duração do contrato de
trabalho ser inferior a seis meses, o trabalhador
tem direito a dois dias úteis de férias por cada
mês completo de duração do contrato,
contando-se para o efeito todos os dias
seguidos ou interpolados de prestação de
trabalho.
5 – As férias referidas no número anterior são
gozadas imediatamente antes da cessação do
contrato, salvo acordo das partes.
6 – No ano de cessação de impedimento
prolongado iniciado em ano anterior, o
trabalhador tem direito a férias nos termos dos
n.os 1 e 2.
7 – Constitui contra-ordenação grave a violação
do disposto nos n.os 1, 4, 5 ou 6.
Artigo 240.º
Ano do gozo das férias
1 – As férias são gozadas no ano civil em que
se vencem, sem prejuízo do disposto nos
números seguintes.
2 – As férias podem ser gozadas até 30 de Abril
do ano civil seguinte, em cumulação ou não com
férias vencidas no início deste, por acordo entre
empregador e trabalhador ou sempre que este
as pretenda gozar com familiar residente no
estrangeiro.
3 – Pode ainda ser cumulado o gozo de metade
do período de férias vencido no ano anterior
com o vencido no ano em causa, mediante
acordo entre empregador e trabalhador.
4 – Constitui contra-ordenação grave a violação
do disposto neste artigo.
Artigo 241.º
Marcação do período de férias
1 – O período de férias é marcado por acordo
entre empregador e trabalhador.
2 – Na falta de acordo, o empregador marca as
férias, que não podem ter início em dia de
descanso semanal do trabalhador, ouvindo para
o efeito a comissão de trabalhadores ou, na sua
falta, a comissão intersindical ou a comissão
sindical representativa do trabalhador
interessado.
3 – Em pequena, média ou grande empresa, o
empregador só pode marcar o período de férias
entre 1 de Maio e 31 de Outubro, a menos que o
instrumento de regulamentação colectiva de
trabalho ou o parecer dos representantes dos
trabalhadores admita época diferente.
4 – Na falta de acordo, o empregador que
exerça actividade ligada ao turismo está
obrigado a marcar 25 % do período de férias a
que os trabalhadores têm direito, ou
percentagem superior que resulte de
instrumento de regulamentação colectiva de
trabalho, entre 1 de Maio e 31 de Outubro, que
é gozado de forma consecutiva.
5 – Em caso de cessação do contrato de
trabalho sujeita a aviso prévio, o empregador
pode determinar que o gozo das férias tenha
lugar imediatamente antes da cessação.
6 – Na marcação das férias, os períodos mais
pretendidos devem ser rateados, sempre que
possível, beneficiando alternadamente os

trabalhadores em função dos períodos gozados
nos dois anos anteriores.
7 – Os cônjuges, bem como as pessoas que
vivam em união de facto ou economia comum
nos termos previstos em legislação específica,
que trabalham na mesma empresa ou
estabelecimento têm direito a gozar férias em
idêntico período, salvo se houver prejuízo grave
para a empresa.
8 – O gozo do período de férias pode ser
interpolado, por acordo entre empregador e
trabalhador, desde que sejam gozados, no
mínimo, 10 dias úteis consecutivos.
9 – O empregador elabora o mapa de férias,
com indicação do início e do termo dos períodos
de férias de cada trabalhador, até 15 de Abril de
cada ano e mantém-no afixado nos locais de
trabalho entre esta data e 31 de Outubro.
10 – Constitui contra-ordenação grave a
violação do disposto nos n.os 2, 3 ou 4 e
constitui contra-ordenação leve a violação do
disposto em qualquer dos restantes números
deste artigo.
Artigo 242.º
Encerramento para férias
1 – Sempre que seja compatível com a natureza
da actividade, o empregador pode encerrar a
empresa ou o estabelecimento, total ou
parcialmente, para férias dos trabalhadores:
a) Até quinze dias consecutivos entre 1 de Maio
e 31 de Outubro;
b) Por período superior a quinze dias
consecutivos ou fora do período enunciado na
alínea anterior, quando assim estiver fixado em
instrumento de regulamentação colectiva ou
mediante parecer favorável da comissão de
trabalhadores;
c) Por período superior a quinze dias
consecutivos, entre 1 de Maio e 31 de Outubro,
quando a natureza da actividade assim o exigir.
2 – O empregador pode encerrar o
estabelecimento durante cinco dias úteis
consecutivos, na época de férias escolares do
Natal.
Artigo 243.º
Alteração do período de férias por motivo
relativo à empresa
1 – O empregador pode alterar o período de
férias já marcado ou interromper as já iniciadas
por exigências imperiosas do funcionamento da
empresa, tendo o trabalhador direito a
indemnização pelos prejuízos sofridos por
deixar de gozar as férias no período marcado.
2 – A interrupção das férias deve permitir o gozo
seguido de metade do período a que o
trabalhador tem direito.
3 – Em caso de cessação do contrato de
trabalho sujeita a aviso prévio, o empregador
pode alterar a marcação das férias, mediante
aplicação do disposto no n.º 5 do artigo 241.º
4 – Constitui contra-ordenação leve a violação
do disposto nos n.os 1 ou 2.
Artigo 244.º
Alteração do período de férias por motivo
relativo ao trabalhador
1 – O gozo das férias não se inicia ou
suspende-se quando o trabalhador esteja

temporariamente impedido por doença ou outro
facto que não lhe seja imputável, desde que
haja comunicação do mesmo ao empregador.
2 – Em caso referido no número anterior, o gozo
das férias tem lugar após o termo do
impedimento na medida do remanescente do
período marcado, devendo o período
correspondente aos dias não gozados ser
marcado por acordo ou, na falta deste, pelo
empregador, sem sujeição ao disposto no n.º 3
do artigo 241.º
3 – Em caso de impossibilidade total ou parcial
do gozo de férias por motivo de impedimento do
trabalhador, este tem direito à retribuição
correspondente ao período de férias não gozado
ou ao gozo do mesmo até 30 de Abril do ano
seguinte e, em qualquer caso, ao respectivo
subsídio.
4 – À doença do trabalhador no período de
férias é aplicável o disposto nos n.os 2 e 3 do
artigo 254.º
5 – O disposto no n.º 1 não se aplica caso o
trabalhador se oponha à verificação da situação
de doença nos termos do artigo 254.º
6 – Constitui contra-ordenação grave a violação
do disposto nos n.os 1, 2 ou 3.
Artigo 245.º
Efeitos da cessação do contrato de trabalho no
direito a férias
1 – Cessando o contrato de trabalho, o
trabalhador tem direito a receber a retribuição
de férias e respectivo subsídio:
a) Correspondentes a férias vencidas e não
gozadas;
b) Proporcionais ao tempo de serviço prestado
no ano da cessação.
2 – No caso referido na alínea a) do número
anterior, o período de férias é considerado para
efeitos de antiguidade.
3 – Em caso de cessação de contrato no ano
civil subsequente ao da admissão ou cuja
duração não seja superior a 12 meses, o
cômputo total das férias ou da correspondente
retribuição a que o trabalhador tenha direito não
pode exceder o proporcional ao período anual
de férias tendo em conta a duração do contrato.
4 – Cessando o contrato após impedimento
prolongado do trabalhador, este tem direito à
retribuição e ao subsídio de férias
correspondentes ao tempo de serviço prestado
no ano de início da suspensão.
5 – Constitui contra-ordenação grave a violação
do disposto no n.º 1.
Artigo 246.º
Violação do direito a férias
1 – Caso o empregador obste culposamente ao
gozo das férias nos termos previstos nos artigos
anteriores, o trabalhador tem direito a
compensação no valor do triplo da retribuição
correspondente ao período em falta, que deve
ser gozado até 30 de Abril do ano civil
subsequente.
2 – Constitui contra-ordenação grave a violação
do disposto no número anterior.

Colega, desabafa as angústias, exorciza os receios, partilha a opinião, escreve-nos. A informação é confidencial. Este boletim existe para
	
que te possas organizar na defesa dos teus direitos, para que possas ter um espaço onde anonimamente exponhas os teus problemas e
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  • 1. PrecariAcções Maio 2012 10 Boletim organizativo e de luta dos precários Euro-Austeridade As recentes alterações ao código do trabalho são o continuar de uma guerra social que os Governos PS e PSD/CDS declararam aos trabalhadores portugueses. Esta ofensiva constante sobre os direitos de quem trabalha e sobre os mais desfavorecidos corresponde àquilo que a troika ditou para o nosso país e tem como principais consequências o empobrecimento generalizado e o aumento galopante do desemprego. A austeridade é usada um pouco por toda a Europa como receita para a crise apesar de ao olhar atentamente para a Grécia, tal como cá, ser flagrante o flagelo provocado por estas medidas que, além de não criarem emprego, aumentam o número de desempregados já existente. É devido à miséria crescente em que a austeridade afunda as populações que a esquerda anti troika começa a ter alguma expressão em alguns países europeus como a Grécia e a França. As eleições legislativas realizadas no dia 6 de Maio na Grécia foram um verdadeiro terremoto político e deitaram abaixo a coligação entre a direita (Nova Democracia) e a socialdemocracia tradicional (Partido Socialista Pan Helênico - Pasok) que se revezaram no poder nos últimos anos e ultimamente governavam juntos o país como fiadores das medidas de austeridade impostas pela União Europeia e FMI. No caso Francês assistimos, tal como na Grécia, ao repúdio por parte da população a quem tem governado os seus países aplicando planos de austeridade e a um crescer de sectores que se posicionam contra a troika como é o caso do candidato Jean Luc Mèlenchon. É à escala europeia que esta guerra social é feita contra os povos e é também a nível europeu que uma resposta tem de ser dada pela juventude, trabalhadores, reformados e desempregados por essa continente fora, para de uma vez por todas se possa quebrar o ciclo de austeridade que gera mais desemprego, mais pobreza, mais miséria e ainda mais austeridade. DESPEDIMENTOS Só se sabe quando interessa... Recentemente houve uma vaga de despedimentos que, como nos foi comunicado, deveu-se a fraude de e-mails cometida por advisors. A mensagem passada pelos superiores em reuniões colectivas foi a de que a permanência dos colegas na empresa afectaria todo o projecto no qual trabalhamos. Desta vez decidiram explicar pessoalmente o porquê desses despedimentos. No entanto são inúmeras as ocasiões em que colegas são afastados do projecto sem ser comunicado aos restantes as razões desse afastamento. Apenas constatamos que certas pessoas deixam de estar presentes no local de trabalho. Sabemos que foram despedidas mas não sabemos se foi justo e/ou se foi negada uma segunda oportunidade ao colega. Apesar de estarmos envolvidos num ambiente descontraído, e em que a boa convivência se processa diariamente entre advisors e chefias, quando se trata de despedir alguém, nenhuma informação nos é dada. Sabemos que na empresa somos mais um número e quando é hora de mandar embora, porque já não somos necessários em linha ou já não estamos a “render”, as chefias não estarão com problemas em indicarnos a porta. Ao ocultarem as razões de certos despedimentos cria-se em nós a sensação de desconforto, desconfiança, insegurança, stress e, acima de tudo, medo de perder o emprego. Dá azo igualmente a que se propaguem boatos que confundem os advisors sobre a coerência dos critérios que utilizam para nos despedir. Todas estas situações fomentam a ideia nos que ficam de que somos todos mais um “trabalhador descartável” passível de ser mandado para a rua a qualquer hora. Exige-se transparência nos motivos de despedimento de colegas! [1]
  • 2. FÉRIAS PARA QUANDO ? Todos os anos a mesma coisa...até parece que não existem leis... Ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, este ano, a adecco e a ranstad exigiram e receberam a marcação das férias, de todos os advisors, com as condições especificadas no ficheiro que nos foi entregue. A fase da marcação das férias foi pautada por enormes confusões devido às limitações impostas para a marcação, durante os meses de Verão e Dezembro. Todos nós entendemos que as necessidades da Apple exigem que exista sempre um número mínimo de pessoas na linha, mas, também não é verdade que com esta limitação toda a gente tinha que marcar férias nas mesmas alturas ficando assim a linha vazia? Este facto, que todos os advisors perceberam, parece que passou ao lado dos ocupados elementos dos recursos humanos, que além de terem dado a confirmação das férias um mês depois do prazo estipulado por lei, PARA O ANO TODO, vêm agora dar o dito por não dito desmarcando e/ou modificando as nossas férias. Parece que toda a gente marcou as férias para a mesma altura (que surpresa!) e agora andam a oferecer férias nos meses 4 ”proibidos”. Apesar de este ano as empresas de trabalho temporário disporem atempadamente de todos os dados, parece que como nos anos anteriores, as férias vão ser uma confusão que nunca vai acabar, sendo sempre marcadas á última da hora e o advisor é que tem que correr atrás do prejuízo. Já agora, onde estão as férias de Dezembro? Só vamos saber em Novembro? Decidimos dedicar este espaço aesclarecer os colegas sobre a legislação em vigor sobre as férias. Retirado do código do trabalho: Férias Artigo 237.º Direito a férias 1 – O trabalhador tem direito, em cada ano civil, a um período de férias retribuídas, que se vence em 1 de Janeiro. 2 – O direito a férias, em regra, reporta-se ao trabalho prestado no ano civil anterior, mas não está condicionado à assiduidade ou efectividade de serviço. 3 – O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo não pode ser substituído, ainda que com o a c o r d o d o t r a b a l h a d o r, p o r q u a l q u e r compensação, económica ou outra, sem prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo seguinte. 4 – O direito a férias deve ser exercido de modo a proporcionar ao trabalhador a recuperação física e psíquica, condições de disponibilidade pessoal, integração na vida familiar e participação social e cultural. Artigo 238.º Duração do período de férias 1 – O período anual de férias tem a duração mínima de 22 dias úteis. 2 – Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana de segunda-feira a sexta-feira, com excepção de feriados. 3 – A duração do período de férias é aumentada no caso de o trabalhador não ter faltado ou ter apenas faltas justificadas no ano a que as férias se reportam, nos seguintes termos: a) Três dias de férias, até uma falta ou dois meios dias; b) Dois dias de férias, até duas faltas ou quatro meios dias; c) Um dia de férias, até três faltas ou seis meios dias. 4 – Para efeitos do número anterior, são considerados faltas os dias de suspensão do contrato de trabalho por facto respeitante ao trabalhador e são consideradas como período de trabalho efectivo as licenças constantes nas alíneas a) a e) do n.º 1 do artigo 35.º 5 – O trabalhador pode renunciar ao gozo de dias de férias que excedam 20 dias úteis, ou a correspondente proporção no caso de férias no ano de admissão, sem redução da retribuição e do subsídio relativos ao período de férias vencido, que cumulam com a retribuição do trabalho prestado nesses dias. 6 – Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto nos n.os 1, 3 ou 5. Artigo 239.º Casos especiais de duração do período de férias 1 – No ano da admissão, o trabalhador tem direito a dois dias úteis de férias por cada mês de duração do contrato, até 20 dias, cujo gozo pode ter lugar após seis meses completos de execução do contrato. 2 – No caso de o ano civil terminar antes de decorrido o prazo referido no número anterior, as férias são gozadas até 30 de Junho do ano subsequente. 3 – Da aplicação do disposto nos números anteriores não pode resultar o gozo, no mesmo ano civil, de mais de 30 dias úteis de férias, sem prejuízo do disposto em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho. 4 – No caso de a duração do contrato de trabalho ser inferior a seis meses, o trabalhador tem direito a dois dias úteis de férias por cada mês completo de duração do contrato, contando-se para o efeito todos os dias seguidos ou interpolados de prestação de trabalho. 5 – As férias referidas no número anterior são gozadas imediatamente antes da cessação do contrato, salvo acordo das partes. 6 – No ano de cessação de impedimento prolongado iniciado em ano anterior, o trabalhador tem direito a férias nos termos dos n.os 1 e 2. 7 – Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto nos n.os 1, 4, 5 ou 6. Artigo 240.º Ano do gozo das férias 1 – As férias são gozadas no ano civil em que se vencem, sem prejuízo do disposto nos números seguintes. 2 – As férias podem ser gozadas até 30 de Abril do ano civil seguinte, em cumulação ou não com férias vencidas no início deste, por acordo entre empregador e trabalhador ou sempre que este as pretenda gozar com familiar residente no estrangeiro. 3 – Pode ainda ser cumulado o gozo de metade do período de férias vencido no ano anterior com o vencido no ano em causa, mediante acordo entre empregador e trabalhador. 4 – Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto neste artigo. Artigo 241.º Marcação do período de férias 1 – O período de férias é marcado por acordo entre empregador e trabalhador. 2 – Na falta de acordo, o empregador marca as férias, que não podem ter início em dia de descanso semanal do trabalhador, ouvindo para o efeito a comissão de trabalhadores ou, na sua falta, a comissão intersindical ou a comissão sindical representativa do trabalhador interessado. 3 – Em pequena, média ou grande empresa, o empregador só pode marcar o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro, a menos que o instrumento de regulamentação colectiva de trabalho ou o parecer dos representantes dos trabalhadores admita época diferente. 4 – Na falta de acordo, o empregador que exerça actividade ligada ao turismo está obrigado a marcar 25 % do período de férias a que os trabalhadores têm direito, ou percentagem superior que resulte de instrumento de regulamentação colectiva de trabalho, entre 1 de Maio e 31 de Outubro, que é gozado de forma consecutiva. 5 – Em caso de cessação do contrato de trabalho sujeita a aviso prévio, o empregador pode determinar que o gozo das férias tenha lugar imediatamente antes da cessação. 6 – Na marcação das férias, os períodos mais pretendidos devem ser rateados, sempre que possível, beneficiando alternadamente os trabalhadores em função dos períodos gozados nos dois anos anteriores. 7 – Os cônjuges, bem como as pessoas que vivam em união de facto ou economia comum nos termos previstos em legislação específica, que trabalham na mesma empresa ou estabelecimento têm direito a gozar férias em idêntico período, salvo se houver prejuízo grave para a empresa. 8 – O gozo do período de férias pode ser interpolado, por acordo entre empregador e trabalhador, desde que sejam gozados, no mínimo, 10 dias úteis consecutivos. 9 – O empregador elabora o mapa de férias, com indicação do início e do termo dos períodos de férias de cada trabalhador, até 15 de Abril de cada ano e mantém-no afixado nos locais de trabalho entre esta data e 31 de Outubro. 10 – Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto nos n.os 2, 3 ou 4 e constitui contra-ordenação leve a violação do disposto em qualquer dos restantes números deste artigo. Artigo 242.º Encerramento para férias 1 – Sempre que seja compatível com a natureza da actividade, o empregador pode encerrar a empresa ou o estabelecimento, total ou parcialmente, para férias dos trabalhadores: a) Até quinze dias consecutivos entre 1 de Maio e 31 de Outubro; b) Por período superior a quinze dias consecutivos ou fora do período enunciado na alínea anterior, quando assim estiver fixado em instrumento de regulamentação colectiva ou mediante parecer favorável da comissão de trabalhadores; c) Por período superior a quinze dias consecutivos, entre 1 de Maio e 31 de Outubro, quando a natureza da actividade assim o exigir. 2 – O empregador pode encerrar o estabelecimento durante cinco dias úteis consecutivos, na época de férias escolares do Natal. Artigo 243.º Alteração do período de férias por motivo relativo à empresa 1 – O empregador pode alterar o período de férias já marcado ou interromper as já iniciadas por exigências imperiosas do funcionamento da empresa, tendo o trabalhador direito a indemnização pelos prejuízos sofridos por deixar de gozar as férias no período marcado. 2 – A interrupção das férias deve permitir o gozo seguido de metade do período a que o trabalhador tem direito. 3 – Em caso de cessação do contrato de trabalho sujeita a aviso prévio, o empregador pode alterar a marcação das férias, mediante aplicação do disposto no n.º 5 do artigo 241.º 4 – Constitui contra-ordenação leve a violação do disposto nos n.os 1 ou 2. Artigo 244.º Alteração do período de férias por motivo relativo ao trabalhador 1 – O gozo das férias não se inicia ou suspende-se quando o trabalhador esteja temporariamente impedido por doença ou outro facto que não lhe seja imputável, desde que haja comunicação do mesmo ao empregador. 2 – Em caso referido no número anterior, o gozo das férias tem lugar após o termo do impedimento na medida do remanescente do período marcado, devendo o período correspondente aos dias não gozados ser marcado por acordo ou, na falta deste, pelo empregador, sem sujeição ao disposto no n.º 3 do artigo 241.º 3 – Em caso de impossibilidade total ou parcial do gozo de férias por motivo de impedimento do trabalhador, este tem direito à retribuição correspondente ao período de férias não gozado ou ao gozo do mesmo até 30 de Abril do ano seguinte e, em qualquer caso, ao respectivo subsídio. 4 – À doença do trabalhador no período de férias é aplicável o disposto nos n.os 2 e 3 do artigo 254.º 5 – O disposto no n.º 1 não se aplica caso o trabalhador se oponha à verificação da situação de doença nos termos do artigo 254.º 6 – Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto nos n.os 1, 2 ou 3. Artigo 245.º Efeitos da cessação do contrato de trabalho no direito a férias 1 – Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador tem direito a receber a retribuição de férias e respectivo subsídio: a) Correspondentes a férias vencidas e não gozadas; b) Proporcionais ao tempo de serviço prestado no ano da cessação. 2 – No caso referido na alínea a) do número anterior, o período de férias é considerado para efeitos de antiguidade. 3 – Em caso de cessação de contrato no ano civil subsequente ao da admissão ou cuja duração não seja superior a 12 meses, o cômputo total das férias ou da correspondente retribuição a que o trabalhador tenha direito não pode exceder o proporcional ao período anual de férias tendo em conta a duração do contrato. 4 – Cessando o contrato após impedimento prolongado do trabalhador, este tem direito à retribuição e ao subsídio de férias correspondentes ao tempo de serviço prestado no ano de início da suspensão. 5 – Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto no n.º 1. Artigo 246.º Violação do direito a férias 1 – Caso o empregador obste culposamente ao gozo das férias nos termos previstos nos artigos anteriores, o trabalhador tem direito a compensação no valor do triplo da retribuição correspondente ao período em falta, que deve ser gozado até 30 de Abril do ano civil subsequente. 2 – Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto no número anterior. Colega, desabafa as angústias, exorciza os receios, partilha a opinião, escreve-nos. A informação é confidencial. Este boletim existe para que te possas organizar na defesa dos teus direitos, para que possas ter um espaço onde anonimamente exponhas os teus problemas e denúncias, onde te possas exprimir. Contacta-nos através de: Email: precariaccoesbraga@gmail.com Blog: precariaccoesbraga.blogspot.com [2]