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Análise de Proteínas




                Prof. Eduardo Purgatto
                 Depto. de Alimentos e
                 Nutrição Experimental
                       FCF – USP


                  Curso de Graduação
                     Disciplina de
                  Bromatologia Básica
                         2005
Proteínas
Macromoléculas compostas de vários AMINOÁCIDOS
unidos por ligações covalentes denominadas
LIGAÇÕES PEPTÍDICAS
Classificação
Composição:
Simples (apenas AAs)
                       Conjugadas com compostos não-AA




                              Glicoproteínas,


                              Lipoproteínas, fosfoproteínas, etc.
Classificação
 Estrutura                     Fibrosas (ex.
                               colágeno)




Globulares (ex. albuminas,
                             Conjugadas
mioglobina)
                             (ex.
                             Hemoglobina)
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Função biológica

       - Elementos estruturais (colágeno) e sistemas contráteis;
       - Armazenamento (ferritina);
       - Veículos de transporte (hemoglobina);
       - Hormônios;
       - Enzimática (lipases);
       - Nutricional (caseína);
       - Agentes protetores (imunoglobulina);
Entre outras...
Classificação
Solubilidade
    Hidrofílicas       Hidrofóbicas




 Conalbumina       Proteínas de membranas
Conteúdo em alimentos
•Muito variável

•Alimentos de origem animal e leguminosas
são ótimas fontes de proteínas
Análise de proteínas
•Os princípios básicos incluem:

  •Determinação de nitrogênio orgânico (Kjeldahl)
  •Presença de ligações peptídicas (Biureto)
  •Absorção no UV (devido a Trp e Tyr)
  •Presença de grupos amino livres (Ninhidrina – Arg e Lys)
  •Capacidade de ligação de corantes (Bradford)
  •Presença de AAs aromáticos (Fluorescência - Phe e Trp)
Método de Kjeldahl

                  Desenvolveu em 1883 o processo básico para
                  determinação de nitrogênio orgânico total. Os passos
                  incluem:

                     •Digestão: H2SO4 (conc.) a 350-400oC + catalisador
Johann Kjeldahl
 (1849-1900)
                     •Neutralização e Destilação

                     •Titulação

                     •Conversão do teor de N total para teor de
                     proteína
Método de Kjeldahl
                     H2SO4 (conc.) + K2SO4
  Proteína                                          (NH4)2SO4
                       Δ + catalisador

K2SO4 : Aumenta o Ponto de Ebulição do H2SO4 (de 337 para mais de 400oC)


                          Digestão mais eficiente

CuSO4 : Catalisador. Acelera o processo de oxidação da matéria orgânica
Método de Kjeldahl
 Neutralização e Destilação


(NH4)2SO4 + 2NaOH              2NH3 + Na2SO4 + 2H2O




NH3     +   H3BO3               NH4H2BO3

                              Borato de amônio
Método de Kjeldahl
Titulação


      NH4H2BO3   +   HCl   H3BO3   +   NH4Cl
Método de Kjeldahl
Até que ponto o ácido é adicionado à amostra?

Até o PONTO DE VIRAGEM
Volumetria
Baseado na equivalência entre o conteúdo de N na amostra e o HCl
usado na TITULAÇÃO




                            •Técnica analítica utilizada para determinar a
                            concentração de um determinado reagente

                            •Também chamada de Análise Volumétrica
Volumetria


     Bureta contém    Titulante = Solução padrão de um
     o Titulante      reagente de Concentração conhecida




     Frasco contém    Indicador = Substância que sofre mudança
     a amostra a      de cor quando é atingido o PONTO DE
     ser Titulada +   EQUIVALÊNCIA entre o Titulante e a
     um indicador     Amostra
Volumetria
                   1o passo: Despejar lentamente o conteúdo da
                   bureta sobre a amostra agitando esta última
                   constantemente.

                   2o passo: Quando ocorrer a mudança de incolor
                   para rosa claro, a titulação terá atingido o ponto de
   NaOH 0,1N       equivalência entre a base e o ácido




                   3o passo: Anotar o volume de Titulante gasto e
                   calcular a concentração do Titulado.

     Amostra       Ntitulante x Vtitulante = Ntitulado x Vtitulado
   contém HCl
        +          0,1 x 10 ml = Ntitulado x 20 ml
   Fenolftaleína
                   Ntitulado = 0,05 N
Método de Kjeldahl

 1 Eq HCl _____________ 1 Eq Nitrogênio
 1N (1Eq/1000 mL) _____ 14 g Nitrogênio
 1N (1mL) ____________ 0,014g Nitrogênio
 0,1N (1mL) ___________ 0,0014g Nitrogênio
 Logo:
 1mL (0,1N) __________ 0,0014g Nitrogênio
 Vol. de HCl __________ Xg Nitrogênio
Método de Kjeldahl
A maioria dos alimentos (*) possui em média 16% de nitrogênio,
portanto:


16g N _______ 100g proteínas
1g N ________ Xg



Xg = 100/16 =   6,25

O teor de proteína bruta de um alimento é obtido pela multiplicação
do teor de N - total pelo fator de conversão (6,25).
Método de Kjeldahl
O conteúdo de proteína para alimentos específicos
pode utilizar fatores específicos:


                   % de N na proteína     Fator

Ovo ou carne            16,0              6,25
Leite                   15,7              6,38
Trigo                   18,76             5,33
Milho                   17,70             5,65
Aveia                   18,66             5,36
Soja                    18,12             5,52
Arroz                   19,34             5,17
Método de Kjeldahl
Vantagens
  •Aplicável a todos os tipos de alimentos
  •Relativamente simples
  •Não é caro
  •Preciso. Trata-se de um método oficial para a determinação de
  proteínas
  •Vem sendo modificado para análise de microgramas de proteína
  (micro Kjeldhal)


Desvantagens
  •Mede Nitrogênio orgânico total, não apenas nitrogênio de proteínas
  •Demorado
  •É menos preciso que o método do biureto
  •Utiliza reagentes corrosivos.
Método de Kjeldahl
Outras possíveis fontes de N na amostra:

•Amino ácidos livres
•Pequenos peptídeos
•Ácidos nucléicos
•Amino açúcares
•Porfirinas
•Algumas Vitaminas                           DNA
•Alcalóides
•Uréia
•Íons Amônio


                                           Cianocobalamina
                                           (Vit. B12)



           Clorofila
Método de Kjeldahl

  1. Digestão: H2SO4 (conc.) a 350-
     400oC + catalisador

  2. Neutralização e Destilação

  3. Titulação

  4. Conversão do teor de N total
     para teor de proteína
Método de Kjeldahl

  1. Digestão: H2SO4 (conc.) a 350-
     400oC + catalisador

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Análise de Proteínas aula diurno

  • 1. Análise de Proteínas Prof. Eduardo Purgatto Depto. de Alimentos e Nutrição Experimental FCF – USP Curso de Graduação Disciplina de Bromatologia Básica 2005
  • 2. Proteínas Macromoléculas compostas de vários AMINOÁCIDOS unidos por ligações covalentes denominadas LIGAÇÕES PEPTÍDICAS
  • 3.
  • 4. Classificação Composição: Simples (apenas AAs) Conjugadas com compostos não-AA Glicoproteínas, Lipoproteínas, fosfoproteínas, etc.
  • 5. Classificação Estrutura Fibrosas (ex. colágeno) Globulares (ex. albuminas, Conjugadas mioglobina) (ex. Hemoglobina)
  • 6. Classificação Função biológica - Elementos estruturais (colágeno) e sistemas contráteis; - Armazenamento (ferritina); - Veículos de transporte (hemoglobina); - Hormônios; - Enzimática (lipases); - Nutricional (caseína); - Agentes protetores (imunoglobulina); Entre outras...
  • 7. Classificação Solubilidade Hidrofílicas Hidrofóbicas Conalbumina Proteínas de membranas
  • 8. Conteúdo em alimentos •Muito variável •Alimentos de origem animal e leguminosas são ótimas fontes de proteínas
  • 9. Análise de proteínas •Os princípios básicos incluem: •Determinação de nitrogênio orgânico (Kjeldahl) •Presença de ligações peptídicas (Biureto) •Absorção no UV (devido a Trp e Tyr) •Presença de grupos amino livres (Ninhidrina – Arg e Lys) •Capacidade de ligação de corantes (Bradford) •Presença de AAs aromáticos (Fluorescência - Phe e Trp)
  • 10. Método de Kjeldahl Desenvolveu em 1883 o processo básico para determinação de nitrogênio orgânico total. Os passos incluem: •Digestão: H2SO4 (conc.) a 350-400oC + catalisador Johann Kjeldahl (1849-1900) •Neutralização e Destilação •Titulação •Conversão do teor de N total para teor de proteína
  • 11. Método de Kjeldahl H2SO4 (conc.) + K2SO4 Proteína (NH4)2SO4 Δ + catalisador K2SO4 : Aumenta o Ponto de Ebulição do H2SO4 (de 337 para mais de 400oC) Digestão mais eficiente CuSO4 : Catalisador. Acelera o processo de oxidação da matéria orgânica
  • 12. Método de Kjeldahl Neutralização e Destilação (NH4)2SO4 + 2NaOH 2NH3 + Na2SO4 + 2H2O NH3 + H3BO3 NH4H2BO3 Borato de amônio
  • 13. Método de Kjeldahl Titulação NH4H2BO3 + HCl H3BO3 + NH4Cl
  • 14. Método de Kjeldahl Até que ponto o ácido é adicionado à amostra? Até o PONTO DE VIRAGEM
  • 15. Volumetria Baseado na equivalência entre o conteúdo de N na amostra e o HCl usado na TITULAÇÃO •Técnica analítica utilizada para determinar a concentração de um determinado reagente •Também chamada de Análise Volumétrica
  • 16. Volumetria Bureta contém Titulante = Solução padrão de um o Titulante reagente de Concentração conhecida Frasco contém Indicador = Substância que sofre mudança a amostra a de cor quando é atingido o PONTO DE ser Titulada + EQUIVALÊNCIA entre o Titulante e a um indicador Amostra
  • 17. Volumetria 1o passo: Despejar lentamente o conteúdo da bureta sobre a amostra agitando esta última constantemente. 2o passo: Quando ocorrer a mudança de incolor para rosa claro, a titulação terá atingido o ponto de NaOH 0,1N equivalência entre a base e o ácido 3o passo: Anotar o volume de Titulante gasto e calcular a concentração do Titulado. Amostra Ntitulante x Vtitulante = Ntitulado x Vtitulado contém HCl + 0,1 x 10 ml = Ntitulado x 20 ml Fenolftaleína Ntitulado = 0,05 N
  • 18. Método de Kjeldahl 1 Eq HCl _____________ 1 Eq Nitrogênio 1N (1Eq/1000 mL) _____ 14 g Nitrogênio 1N (1mL) ____________ 0,014g Nitrogênio 0,1N (1mL) ___________ 0,0014g Nitrogênio Logo: 1mL (0,1N) __________ 0,0014g Nitrogênio Vol. de HCl __________ Xg Nitrogênio
  • 19. Método de Kjeldahl A maioria dos alimentos (*) possui em média 16% de nitrogênio, portanto: 16g N _______ 100g proteínas 1g N ________ Xg Xg = 100/16 = 6,25 O teor de proteína bruta de um alimento é obtido pela multiplicação do teor de N - total pelo fator de conversão (6,25).
  • 20.
  • 21. Método de Kjeldahl O conteúdo de proteína para alimentos específicos pode utilizar fatores específicos: % de N na proteína Fator Ovo ou carne 16,0 6,25 Leite 15,7 6,38 Trigo 18,76 5,33 Milho 17,70 5,65 Aveia 18,66 5,36 Soja 18,12 5,52 Arroz 19,34 5,17
  • 22. Método de Kjeldahl Vantagens •Aplicável a todos os tipos de alimentos •Relativamente simples •Não é caro •Preciso. Trata-se de um método oficial para a determinação de proteínas •Vem sendo modificado para análise de microgramas de proteína (micro Kjeldhal) Desvantagens •Mede Nitrogênio orgânico total, não apenas nitrogênio de proteínas •Demorado •É menos preciso que o método do biureto •Utiliza reagentes corrosivos.
  • 23. Método de Kjeldahl Outras possíveis fontes de N na amostra: •Amino ácidos livres •Pequenos peptídeos •Ácidos nucléicos •Amino açúcares •Porfirinas •Algumas Vitaminas DNA •Alcalóides •Uréia •Íons Amônio Cianocobalamina (Vit. B12) Clorofila
  • 24. Método de Kjeldahl 1. Digestão: H2SO4 (conc.) a 350- 400oC + catalisador 2. Neutralização e Destilação 3. Titulação 4. Conversão do teor de N total para teor de proteína
  • 25. Método de Kjeldahl 1. Digestão: H2SO4 (conc.) a 350- 400oC + catalisador