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COERÊNCIA
 A coerência é responsável pelo sentido do
  texto, envolvendo fatores lógico-semânticos e
  Cognitivos;
 Um texto é coerente quando compatível como
  conhecimento de mundo do receptor.
COESÃO
   Provém da forma como as relações
    lógico-semânticas do texto são
    expressas na superfície textual.
INTERTEXTUALIDADE
   Concerne aos fatores que tornam a
    interpretação de um texto dependente
    da interpretação de outros. Cada texto
    se constrói não isoladamente, mas em
    relação a outro já dito, do qual se abstrai
    alguns aspectos para dar-lhes outra
    feição. O contexto de um texto também
    pode ser outros textos com os quais se
    relaciona.
Intertextualidade é uma forma de
diálogo entre textos, que pode se
dar de forma mais implícita ou mais
explícita e em diversos gêneros
textuais.
Em um dos anúncios da Bom Bril, o ator se
veste e se posiciona como se fosse a
“Mona Lisa”, de Da Vinci. O slogan que o
acompanha diz: “Mon Bijou deixa sua
roupa uma perfeita obra-prima”. Esse
enunciado sugere ao leitor que o produto
anunciado deixa a roupa bem macia e
perfumada, ou seja, uma verdadeira obra-
prima ( referindo-se ao quadro de Da
Vinci). Vale destacar que, neste caso, a
intertextualidade não assume a função
apenas de persuadir, como também de
difundir a cultura, uma vez que se trata de
uma relação com a arte.
SITUACIONALIDADE
   É a adequação do texto a uma situação
    comunicativa ao contexto. Note-se que a
    situação orienta o sentido do discurso, tanto na
    sua produção quanto na sua interpretação. Por
    isso, muitas vezes, um texto menos coeso e,
    aparentemente, menos claro, pode funcionar
    melhor em determinadas situações do que outro
    de configuração mais complexa. É importante
    notar que a situação comunicativa interfere na
    produção do texto, assim como este tem
    reflexos sobre toda a situação, já que o texto
    não é um simples reflexo do mundo real.
INTENCIONALIDADE
   Refere-se ao esforço do produtor do
    texto em construir uma comunicação
    eficiente, capaz de satisfazer os objetivos
    de ambos os interlocutores. O texto
    produzido deverá, nesse sentido, ser
    compatível      com        as    intenções
    comunicativas de quem o produz.
ACEITABILIDADE
   O texto produzido também deverá ser
    compatível com a expectativa do receptor
    em se colocar diante de um texto coerente,
    coeso, útil e relevante. O contrato de co-
    operação estabelecido pelo produtor e pelo
    receptor permite que a comunicação
    apresente falhas de quantidade e de
    qualidade,    sem     que     haja   vazios
    comunicativos. Isso se dá porque o receptor
    esforça-se em compreender os textos
    produzidos.
A COERÊNCIA TEXTUAL
   Dos trabalhos que desenvolvem os
    aspectos da coerência dos textos, o de
    Charolles (1978) é frequentemente citado
    em estudos descritivos e aplicados.
    Partindo da noção de textualidade
    apresentada por Beaugrande e Dressier,
    Charolles também entende a coerência
    como uma propriedade ideativa do texto
    e enumera as quatro metarregras que um
    texto coerente deve apresentar:
1.METARREGRA DA REPETIÇÃO
   Diz respeito à necessária retomada de elementos
    no decorrer do discurso. Um texto coerente tem
    unidade, já que nele há permanência de elementos
    constantes no seu desenvolvimento. Um texto que
    trate a cada passo de assuntos diferentes, sem um
    explícito ponto comum, não tem continuidade.

      Um texto coerente apresenta continuidade
    semântica na retomada de conceitos e ideias. Isto
    fica evidente na utilização de recursos linguísticos
    específicos como pronomes, repetição de palavras,
    sinônimos, HIPÔNIMOS, HIPERÔNIMOS, etc.
Hiperônimo e Hipônimo
   Hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado mais
    abrangente do que o do seu hipônimo (vocabulário de sentido mais
    específico). 
    É o que acontece com as palavras doença e gripe – doença é
    hiperônimo de gripe porque em seu significado contém o significado
    de gripe e o significado de mais uma série de palavras como dengue,
    malária, câncer. Então se conclui que gripe é hipônimo de doença. 
    A relação existente entre hiperônimo e hipônimo é fundamental
    para a coesão textual. 
    Ex: Grupos de refugiados chegam diariamente do sertão castigado
    pela seca. São pessoas famintas, maltrapilhas, destruídas. 
    Note que a palavra “pessoas” é um hiperônimo da palavra
    “refugiados”, uma vez que “pessoas” apresenta um significado mais
    abrangente que seu hipônimo “refugiados”.
2.METARREGRA DA PROGRESSÃO
   O texto deve retomar seus elementos
    conceituais e formais, mas não deve
    limitar-se a isso. Deve, sim, apresentar
    novas informações a propósito dos
    elementos mencionados. Os acréscimos
    semânticos fazem o sentido do texto
    progredir. No plano da coerência,
    percebe-se a progressão pela soma das
    ideias novas às quês já são tratadas.
3. METARREGRA DA NÃO CONTRADIÇÃO

   Um texto precisa respeitar princípios lógicos
    elementares. Não pode afirmar A e o contrário de
    A. Suas ocorrências não podem se contradizer, ou
    seja, devem ser compatíveis entre si e com o
    mundo a que se referem, já que o mundo textual
    tem que ser compatível com o mundo que
    representa. Esta não-contradição se expressa nos
    elementos linguísticos, no uso do vocabulário, por
    exemplo. Em redações escolares, costuma-se
    encontrar significantes que não condizem com os
    significados pretendidos.       Isso resulta do
    desconhecimento, por parte do emissor, do
    vocabulário a que recorreu.
4. METARREGRA DA RELAÇÃO:
   Um texto articulado coerentemente
    possui relações estabelecidas, firmemente,
    entre suas informações, e essas têm a ver
    umas com as outras. A relação em um
    texto    refere-se à forma como seus
    conceitos se encadeiam, como se
    organizam, que papeis exercem uns em
    relação aos outros. As relações entre os
    fatos têm que estar presentes e ser
    pertinentes.
ATIVIDADE AVALIATIVA A
 ELABORAR UM FECHAMENTO EM DUPLA
  MANUSCRITO EM PAPEL PALTADO COM
  BASE NAS REGRAS DA ABNT.
Texto para o fichamento:
Capítulo 4: Conceito de Ideologia do livro
 Prática de Texto: leitura e redação3ª edição – revista
  e ampliada.
Autores: Luis Roberto Dias de Melo &
           Celso Leopoldo Pagnan
ENTREGA: 14 de maio
ATIVIDADE AVALIATIVA 2
 PRODUZIR UMA RESENHA SEGUNDO AS
  NORMAS DA ABNT – Digitada.
 EM DUPLA
 TEMA: ESCOLHA DE UM DOS TEXTOS
  OFERECIDOS PELO PROFESSOR:

TEXTO 01: Capítulo 4: Conceito de Ideologia;
 TEXTO 02: A construção do texto: coesão e coerência textuais
  conceito de tópico;
TEXTO 03: LEITOR E LEITURAS: Considerações sobre
  Gêneros Textuais e Construção de sentidos

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Slide elaborado a construção do texto

  • 1.
  • 2.
  • 3. COERÊNCIA  A coerência é responsável pelo sentido do texto, envolvendo fatores lógico-semânticos e Cognitivos;  Um texto é coerente quando compatível como conhecimento de mundo do receptor.
  • 4. COESÃO  Provém da forma como as relações lógico-semânticas do texto são expressas na superfície textual.
  • 5. INTERTEXTUALIDADE  Concerne aos fatores que tornam a interpretação de um texto dependente da interpretação de outros. Cada texto se constrói não isoladamente, mas em relação a outro já dito, do qual se abstrai alguns aspectos para dar-lhes outra feição. O contexto de um texto também pode ser outros textos com os quais se relaciona.
  • 6. Intertextualidade é uma forma de diálogo entre textos, que pode se dar de forma mais implícita ou mais explícita e em diversos gêneros textuais.
  • 7. Em um dos anúncios da Bom Bril, o ator se veste e se posiciona como se fosse a “Mona Lisa”, de Da Vinci. O slogan que o acompanha diz: “Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima”. Esse enunciado sugere ao leitor que o produto anunciado deixa a roupa bem macia e perfumada, ou seja, uma verdadeira obra- prima ( referindo-se ao quadro de Da Vinci). Vale destacar que, neste caso, a intertextualidade não assume a função apenas de persuadir, como também de difundir a cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte.
  • 8. SITUACIONALIDADE  É a adequação do texto a uma situação comunicativa ao contexto. Note-se que a situação orienta o sentido do discurso, tanto na sua produção quanto na sua interpretação. Por isso, muitas vezes, um texto menos coeso e, aparentemente, menos claro, pode funcionar melhor em determinadas situações do que outro de configuração mais complexa. É importante notar que a situação comunicativa interfere na produção do texto, assim como este tem reflexos sobre toda a situação, já que o texto não é um simples reflexo do mundo real.
  • 9. INTENCIONALIDADE  Refere-se ao esforço do produtor do texto em construir uma comunicação eficiente, capaz de satisfazer os objetivos de ambos os interlocutores. O texto produzido deverá, nesse sentido, ser compatível com as intenções comunicativas de quem o produz.
  • 10. ACEITABILIDADE  O texto produzido também deverá ser compatível com a expectativa do receptor em se colocar diante de um texto coerente, coeso, útil e relevante. O contrato de co- operação estabelecido pelo produtor e pelo receptor permite que a comunicação apresente falhas de quantidade e de qualidade, sem que haja vazios comunicativos. Isso se dá porque o receptor esforça-se em compreender os textos produzidos.
  • 11. A COERÊNCIA TEXTUAL  Dos trabalhos que desenvolvem os aspectos da coerência dos textos, o de Charolles (1978) é frequentemente citado em estudos descritivos e aplicados. Partindo da noção de textualidade apresentada por Beaugrande e Dressier, Charolles também entende a coerência como uma propriedade ideativa do texto e enumera as quatro metarregras que um texto coerente deve apresentar:
  • 12. 1.METARREGRA DA REPETIÇÃO  Diz respeito à necessária retomada de elementos no decorrer do discurso. Um texto coerente tem unidade, já que nele há permanência de elementos constantes no seu desenvolvimento. Um texto que trate a cada passo de assuntos diferentes, sem um explícito ponto comum, não tem continuidade.  Um texto coerente apresenta continuidade semântica na retomada de conceitos e ideias. Isto fica evidente na utilização de recursos linguísticos específicos como pronomes, repetição de palavras, sinônimos, HIPÔNIMOS, HIPERÔNIMOS, etc.
  • 13. Hiperônimo e Hipônimo  Hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado mais abrangente do que o do seu hipônimo (vocabulário de sentido mais específico).  É o que acontece com as palavras doença e gripe – doença é hiperônimo de gripe porque em seu significado contém o significado de gripe e o significado de mais uma série de palavras como dengue, malária, câncer. Então se conclui que gripe é hipônimo de doença.  A relação existente entre hiperônimo e hipônimo é fundamental para a coesão textual.  Ex: Grupos de refugiados chegam diariamente do sertão castigado pela seca. São pessoas famintas, maltrapilhas, destruídas.  Note que a palavra “pessoas” é um hiperônimo da palavra “refugiados”, uma vez que “pessoas” apresenta um significado mais abrangente que seu hipônimo “refugiados”.
  • 14. 2.METARREGRA DA PROGRESSÃO  O texto deve retomar seus elementos conceituais e formais, mas não deve limitar-se a isso. Deve, sim, apresentar novas informações a propósito dos elementos mencionados. Os acréscimos semânticos fazem o sentido do texto progredir. No plano da coerência, percebe-se a progressão pela soma das ideias novas às quês já são tratadas.
  • 15. 3. METARREGRA DA NÃO CONTRADIÇÃO  Um texto precisa respeitar princípios lógicos elementares. Não pode afirmar A e o contrário de A. Suas ocorrências não podem se contradizer, ou seja, devem ser compatíveis entre si e com o mundo a que se referem, já que o mundo textual tem que ser compatível com o mundo que representa. Esta não-contradição se expressa nos elementos linguísticos, no uso do vocabulário, por exemplo. Em redações escolares, costuma-se encontrar significantes que não condizem com os significados pretendidos. Isso resulta do desconhecimento, por parte do emissor, do vocabulário a que recorreu.
  • 16. 4. METARREGRA DA RELAÇÃO:  Um texto articulado coerentemente possui relações estabelecidas, firmemente, entre suas informações, e essas têm a ver umas com as outras. A relação em um texto refere-se à forma como seus conceitos se encadeiam, como se organizam, que papeis exercem uns em relação aos outros. As relações entre os fatos têm que estar presentes e ser pertinentes.
  • 17. ATIVIDADE AVALIATIVA A  ELABORAR UM FECHAMENTO EM DUPLA MANUSCRITO EM PAPEL PALTADO COM BASE NAS REGRAS DA ABNT. Texto para o fichamento: Capítulo 4: Conceito de Ideologia do livro Prática de Texto: leitura e redação3ª edição – revista e ampliada. Autores: Luis Roberto Dias de Melo & Celso Leopoldo Pagnan ENTREGA: 14 de maio
  • 18. ATIVIDADE AVALIATIVA 2  PRODUZIR UMA RESENHA SEGUNDO AS NORMAS DA ABNT – Digitada.  EM DUPLA  TEMA: ESCOLHA DE UM DOS TEXTOS OFERECIDOS PELO PROFESSOR: TEXTO 01: Capítulo 4: Conceito de Ideologia; TEXTO 02: A construção do texto: coesão e coerência textuais conceito de tópico; TEXTO 03: LEITOR E LEITURAS: Considerações sobre Gêneros Textuais e Construção de sentidos