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Revolução Industrial
Fatores Geradores
 A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu
    subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as
    máquinas e as locomotivas à vapor.
   Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas
    de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste
    período.
   A mão-de-obra disponível em abundância (desde a
    Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra,
    pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas
    cidades inglesas do século XVIII.
   A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as
    fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar
    empregados.
   O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como
    importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.
"Lamento profundamente" -
afirmava um comissário de
cercamento - "o mal que
ajudei a fazer a dois mil
pobres, a razão de 20
famílias por aldeia. Muitos
deles, aos quais o costume
permitia levar rebanhos ao
pasto comum, não podem
defender seus direitos, e
muitos deles, pode-se dizer
quase todos os que têm um
pouco de terra, não têm
mais de um acre; como não
é o bastante para alimentar
uma vaca, tanto a vaca
como a terra são, em geral,
vendidos aos ricos
proprietários.
(Annals of Agriculture, citado por
   MANTOUX, P., op. cit', p. 169.)
Avanços da tecnologia
 O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes
  e máquinas.

 As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o
  modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem,
  gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de
  mercadorias e acelerou o ritmo de produção.

 Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas à
  vapor (maria fumaça) e os trens à vapor.
  Com estes meios de transportes, foi possível
  transportar mais mercadorias e pessoas,
   num tempo mais curto e com custos
   mais baixos.
Os Operários



 Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e
  chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino.
 Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e
  estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões.
 Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo
  terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou
  qualquer outro benefício.
 Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e
  passavam por situações de precariedade.
As fábricas



 As fábricas do início da Revolução Industrial não
  apresentavam um bom ambiente de trabalho.
 As condições nas fábricas eram precárias: péssima
  iluminação, abafadas e sujas.
 Eram em sua grande maioria construídas próximas às
  áreas de exploração de matéria prima ou fontes de
  energia e ao seu redor amontoavam-se os casebres onde
  moravam os operários.
Luta operária
 Em muitas regiões da Europa, os
  trabalhadores se organizaram para lutar
  por melhores condições de trabalho.
 Os empregados das fábricas formaram as
  trade unions (espécie de sindicatos) .
 Houve movimentos mais violentos como,
  por exemplo, o ludismo. Também
  conhecidos como "quebradores de
  máquinas", os ludistas invadiam fábricas e
  destruíam seus equipamentos numa forma
  de protesto e revolta com relação a vida
  dos empregados.
 O cartismo foi mais brando na forma de
  atuação, pois optou pela via política,
  conquistando diversos direitos políticos
  para os trabalhadores.                         Desenho publicado em 1812 mostrando
                                                 trabalhadores comandados pelo lendário
                                               general Ned Ludd destruindo uma tecelagem
Conclusão
A Revolução tornou os
  métodos de produção mais
  eficientes. Os produtos
  passaram a ser produzidos
  mais rapidamente,
  barateando o preço e
  estimulando o consumo.
Por outro lado, aumentou
  também o número de
  desempregados. As
  máquinas foram
  substituindo, aos poucos, a
  mão-de-obra humana.
A poluição ambiental, o
  aumento da poluição
  sonora, o êxodo rural e o
  crescimento desordenado
  das cidades também foram
  conseqüências nocivas para
  a sociedade.
As Revoluções Industriais


As fases da Revolução Industrial
1ª - (1760 a 1850): ferro, tecidos e vapor
2ª - (depois de 1860): aço, eletricidade,
petróleo e expansão pela Europa, Estados
Unidos e Japão.
3ª - (após 1950): energia atômica, fibra ótica,
robótica, biotecnologia, avanços da
comunicação, etc
No Brasil




        Em meados do século XIX, durante o Segundo Império, o
               Brasil experimentou um surto de desenvolvimento
        industrial numa iniciativa particular de Irineu Evangelista
           de Souza, o Barão de Mauá. Devido a pressão do café
               esta iniciativa só foi retomada a partir de 1930 no
                                         governo de Getúlio Vargas.

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Revolução Industrial - Fatores e Impactos

  • 2.
  • 3. Fatores Geradores  A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor.  Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período.  A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII.  A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados.  O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.
  • 4. "Lamento profundamente" - afirmava um comissário de cercamento - "o mal que ajudei a fazer a dois mil pobres, a razão de 20 famílias por aldeia. Muitos deles, aos quais o costume permitia levar rebanhos ao pasto comum, não podem defender seus direitos, e muitos deles, pode-se dizer quase todos os que têm um pouco de terra, não têm mais de um acre; como não é o bastante para alimentar uma vaca, tanto a vaca como a terra são, em geral, vendidos aos ricos proprietários. (Annals of Agriculture, citado por MANTOUX, P., op. cit', p. 169.)
  • 5. Avanços da tecnologia  O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas.  As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.  Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas à vapor (maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.
  • 6. Os Operários  Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino.  Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões.  Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício.  Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.
  • 7. As fábricas  As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam um bom ambiente de trabalho.  As condições nas fábricas eram precárias: péssima iluminação, abafadas e sujas.  Eram em sua grande maioria construídas próximas às áreas de exploração de matéria prima ou fontes de energia e ao seu redor amontoavam-se os casebres onde moravam os operários.
  • 8. Luta operária  Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho.  Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) .  Houve movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados.  O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores. Desenho publicado em 1812 mostrando trabalhadores comandados pelo lendário general Ned Ludd destruindo uma tecelagem
  • 9. Conclusão A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade.
  • 10.
  • 11.
  • 12. As Revoluções Industriais As fases da Revolução Industrial 1ª - (1760 a 1850): ferro, tecidos e vapor 2ª - (depois de 1860): aço, eletricidade, petróleo e expansão pela Europa, Estados Unidos e Japão. 3ª - (após 1950): energia atômica, fibra ótica, robótica, biotecnologia, avanços da comunicação, etc
  • 13. No Brasil Em meados do século XIX, durante o Segundo Império, o Brasil experimentou um surto de desenvolvimento industrial numa iniciativa particular de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá. Devido a pressão do café esta iniciativa só foi retomada a partir de 1930 no governo de Getúlio Vargas. Tela Operários de Tarsila de Amaral - 1919