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CURSO DE
LINGUÍSTICA
APLICADA À
INTERPRETAÇÃO DE
TEXTOS
Explanação sobre:
• procedimentos de leitura;
•Compreensão do texto;
•Relação entre textos;
•Coerência e coesão no processamento do texto;
•Relação entre recursos expressivos e efeitos de
sentido;
•Variação linguística.
Autor: Professor: Antônio Fernandes Neto
PROCEDIMENTOS DE
LEITURA
O procedimento de leitura consiste , a
priori, em uma análise atenta do que
está sendo comunicado, pois durante
este processo ocorre o DIÁLOGO entre
autor e leitor.
Nesse sentido o autor do texto parte
do pressuposto de que o leitor
compartilha com ele, autor, alguns
conhecimentos que precisam ser
ativados:
Professor: Antônio Fernandes Neto
PODEMOS DIVIDIR ESTES
CONHECIMENTOS EM TRÊS
ETAPAS DISTINTAS:
São os conhecimentos prévios:
1. Conhecimentos linguísticos: Estão no âmbito dos
conhecimentos gramaticais, suas regras,
conhecimentos relacionados à semântica e ao léxico
(significado das palavras);
2. Conhecimento de mundo: São nosso conhecimentos
históricos, sociais, geográficos, econômicos, literários
etc... Só devemos aliar leitura, interpretação e
conhecimento de mundo se o texto assim solicitar,
pois caso contrário estaremos cometendo um erro
fatal.
Professor: Antônio Fernandes Neto
PODEMOS DIVIDIR ESTES CONHECIMENTOS EM
TRÊS ETAPAS DISTINTAS:
3. Conhecimentos contextuais: São conhecimentos que
nos permitem entender a situação de produção a qual o
texto está inserido: ( quem escreveu? Quando? Onde?
Para quem quem foi feito? É sobre o quê? E para quem?
Assim estamos
entendendo o
CONTEXTO.
Professor: Antônio Fernandes Neto
HIERARQUIA DE SENTIDOS
DO TEXTO E SITUAÇÃO
COMUNICATIVA
Devemos saber associar TEXTO E
CONTEXTO, pois as circunstâncias em que um
texto é produzido são PRIMORDIAIS para sua
Compreensão. No caso de textos verbais, a eficácia
comunicativa advém da compreensão do
significado das palavras no texto.
Professor: Antônio Fernandes Neto
PARA ENTENDERMOS ESTES
SIGNIFICADOS, VAMOS CONCEITUAR:
DENOTAÇÃO: É a palavra em seu sentido
único, restrito.
1. Ex.: A cascável é uma cobra
venenosa.
Aqui a palavra cobra foi usada da forma que lhe é
atribuída no léxico.
CONOTAÇÃO: É a palavra com sentido amplo,
figurado.
2. Ex.: Aquela mulher é uma cobra venenosa.
Aqui a palavra teve seu espectro de significação
Ampliado, pois já não significa animal peçonhento,
mas uma pessoa falsa, em quem não podemos confiar,
isto também é SEMÂNTICA.
Professor: Antônio Fernandes Neto
POLISSEMIA E AMBIGUIDADE
A polissemia: é o jogo de palavras, o duplo
sentido.São as possibilidades de várias
Interpretações, levando-se em consideração as
situações de aplicabilidade em seus contextos.
Há uma infinidade de outros exemplos em que
podemos verificar a ocorrência da polissemia,
como por exemplo:
Esta mulher é uma tremenda gata.
O gato do vizinho é peralta.
Precisei fazer um gato para que a energia
voltasse.
Professor: Antônio Fernandes Neto
A AMBIGUIDADE
É concebida a partir do jogo de palavras / do duplo sentido
VEJAMOS: Em um outdoor na saída de Florianópolis há a
seguinte mensagem de uma empresa de telecomunicações:
“ AGORA VOCÊ SABE PORQUE TODO MUNDO FALA BEM DE
FLORIANÓPOLIS”
CONTEXTUALIZANDO:
Aqui percebemos claramente a
ambiguidade, a qual foi concebida de forma inteligente,
Pois FALAR BEM DE FLORIPA, pode ser em virtude da
cidade acolhedora, bem como da ótima qualidade da
empresa de telecomunicações.
Aqui nenhum dos significados é mais importante do que o
Outro, apenas mais adequado ou propício a uma dada situação comunicativa.
Professor: Antônio Fernandes Neto
PRESSUPOSIÇÃO E
INFERÊNCIA
Aqui começamos a trilhar uma magnifíca estrada no campo
da interpretação textual. Agora será exigido de você
Competência, pois agora terá de ser capaz de perceber nas
entrelinhas do texto o que não está escrito.
ESSAS INFORMAÇÕES PODEM
ESTAR SOB FORMA DE
PRESSUPOSTOS OU
INFERÊNCIAS.
Professor: Antônio Fernandes Neto
PRESSUPOSTOS
Podemos definir como PRESSUPOSTOS as ideias
apresentadas implicitamente pelo texto, ou seja,
são as ideias que não estão escritas, mas podem
ser verificadas por certas palavras e expressões
contidas no texto.
Exemplos:
O concurseiro deixou de sair aos sábados para estudar mais.
(pressuposto: o concurseiro saía todos os sábados.)
O novo fiscal de rendas continua estudando para concursos.
(pressuposto: o fiscal estudava antes de passar.)
A espera dos candidatos pelo gabarito oficial acabou.
(pressuposto: os candidatos estavam esperando o resultado.)
PODEMOS ENTENDER COMO IDEIAS LÓGICAS
Professor: Antônio Fernandes Neto
INFERÊNCIA
1. Que é inferência ?
Inferência é a operação mental pela qual se extrai uma conclusão
(nova proposição) de uma ou mais proposições já conhecidas. A
inferência pode ser extraída também de alguma sensação.
O ato de realizar uma INFERÊNCIA consiste em deduzirmos
informações implícitas do texto, possuem uma relação lógica
dentro do contexto, apesar de muitas vezes não poderem ser
provadas textualmente.
Ex.: O chão está molhado, logo...
Ex.: José está preocupado, pois não sabe como controlar as
equipes durante a partida de futebol.
Se inferirmos que José é um técnico de futebol, teremos
Dificuldades em compreender porque ele está preocupado, já
se inferirmos que ele é um árbitro tudo poderá se tornar
mais claro.
Professor: Antônio Fernandes Neto
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO NÃO
VERBAL
A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza
do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso,
não é o de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está
pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como:
placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.
Um ponto importante a ser salientado é o de que alguns textos
literários (aqueles os quais a forma de expressão do autor é, em
grande parte, mais valorizada que a informação a ser transmitida
ao seu leitor, como o poema abaixo:
Anatomia do monólogo:
“ser ou não ser?
Er ou não er?
R ou não r?
Onã?
Professor: Antônio Fernandes Neto
PONTO DE VISTA DO AUTOR E
RECURSOS DA ARGUMENTAÇÃO
Todo texto produzido, independentemente da forma como ele se
apresenta, deixa transparecer o ponto de vista da pessoa que o
produziu. Devemos entender que todo texto, por mais
informativo que seja, não é neutro. Todo texto é usado ao favor
das ideologias, das verdades, dos juízos de valor. Ou seja, em
todo e qualquer discurso subjaz uma IDEOLOGIA.
O produtor do texto pode deixar estes aspectos de forma
EXPLÍCITA, quando é claro em seus posicionamentos, ou de
forma IMPLÍCITA, quando usa de processos inferenciais a
fim de que o leitor perceba a sua intenção.
RELAÇÃO ENTRE TEXTOS
A INTERTEXTUALIDADE.
A INTERTEXTUALIDADE consiste no conjunto de
citações que um texto faz a outros textos já produzidos
antes dele. É preciso entender aqui o texto em sentido
amplo ( verbal, não verbal, oral, enfim toda forma de
comunicação entre um emissor e um receptor), para dizer
que a INTERTEXTUALIDADE parte de um conhecimento
de Mundo prévio, partilhado pelo emissor e receptor.
Professor: Antônio Fernandes Neto
EXEMPLOS 1
Texto Original – Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
[...]
Gonçalves Dias
INTERTEXTUALIDADE
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra…
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
[...]
Carlos Drummond de Andrade
AQUI A INTERTEXTUALIDADE ESTÁ CLARA
EXEMPLOS 2
POEMA DE SETE FACES
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é serio, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
AQUI A INTERTEXTUALIDADE É FEITA COM A FALA DE JESUS NO
MOMENTO DA CRUCIFICAÇÃO, DEPENDE DE PRÉVIO
CONHECIMENTO.
Professor: Antônio Fernandes Neto
DIFERENTES FORMAS DE
ABORDAR UMA INFORMAÇÃO
A língua dispõe de vários mecanismos linguísticos que
permitem à redação de uma mesma mensagem de
formas diferentes, tomando-se por base um texto
matriz. Ao utilizar desses recursos, dando nova
redação às mensagens, você estará fazendo uso de
PARÁFRASE.
Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras
as ideias de um texto, ou seja, você reescreve o texto com
outras palavras, porém mantendo a essência inicial do
mesmo. Neste caso convém antenar para a não
ocorrência de extrapolção, redução nem contradição.
Existem vários caminhos para elaborar uma
PARÁFRASE.
Professor: Antônio Fernandes Neto
EXEMPLOS 1 DE
PARÁFRASE
A) Substituição vocabular:
1 A regra mais importante na vida é ser feliz.
2 A regra principal na vida é ser feliz.
b) Inversão gramatical (deslocamentos):
1. A regra mais importante na vida é ser feliz.
2. Na vida, a regra mais importante é ser feliz.
Professor: Antônio Fernandes Neto
QUALIDADES E VÍCIOS DE LINGUAGEM
Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades.
CLAREZA X OBSCURIDADE
CLAREZA: É a qualidade que faz um texto ser
facilmente entendido. OBSCURIDADE é o seu
Contrário.
Ex.: “ O menino e seu pai foram hospedados em hoteis
Diferentes o que o fez ficar triste.”
ANÁLISE:
* A leitura se torna ambígua em virtude do mal uso do pronome obliquo “o”.
Colocando o “o” pron. Obliquo no plural, caberia pluralizar “ficar triste”.
*Este erro faz o enunciado ficar obscuro, pois não sabemos quem ficou
Triste.
Professor: Antônio Fernandes Neto
OUTROS EXEMPLOS
 PLEONASMO Repetição desnecessária de uma expressão.
 - Criar novos…
- Hemorragia de sangue
- Subir para cima
- Panorama geral
- Antecipar para antes
 SOLECISMO É o desvio em relação à sintaxe. Pode ser:
 De concordância
- Haviam pessoas. (o certo seria havia)
- Fazem dois meses. (o certo seria faz)
- Faltou muitos alunos. (o certo seria faltaram)
 De regência
- Obedeça o chefe. (o certo seria ao chefe)
- Assisti o filme. (o certo seria ao filme)
 De colocação
- Tinha ausentado-me.
- Não espere-me.
 CACOFONIA É o som desagradável, obsceno.
 - Hilca ganhou.
- Vou-me já.
- Ele marca gol.
- Boca dela.
 ECO Repetição desagradável de terminações iguais.
 - Vicente já não sente dores de dente tão freqüentemente como antigamente quando estava no Oriente.
 OBS: O eco na prosa é considerado um vício, um defeito. Já na poesia é o fundamento da rima.
 COLISÃO Aproximação de sons consonantais idênticos ou semelhantes.
 - Sua saia saiu suja da máquina.
Professor: Antônio Fernandes Neto
RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO
Consistem na forma como a mensagem é repassada aos
leitores, ouvintes. Isto ocorre de maneira diferenciada, pois o
objetivo é deixar a mensagem mais atrativa ou mais sugestiva
ao leitor, quando o texto faz uso destes recursos podemos
afirmar que ocorreu a função poética da linguagem. O leitor
Atento nunca fará leitura literal de certos enunciados, pois os
Mesmos podem vir carregados de conotações, ironias, figuras de
Linguagem usadas de forma intencional.
Ex. Um outdoor de um grande hipermercado apareceu a seguinte frase:
“Cobrimos qualquer oferta de nosso caro concorrente”
Uma leitura mais ingênua poderia nos fazer crer que o publicitário deseja atribuir
uma linguagem amistosa e cortês ao concorrente, porque caro pode ser:
querido, mas se pensarmos um pouco perceberemos que a palavra caro aqui
significa aquele que pratica altos preços.
Professor: Antônio Fernandes Neto
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
LINGUAGEM FORMAL E INFORMAL
Em todas as línguas existentes é, possível percebemos variações que estão
associadas principalmente a fatores históricos, sociais, regionais, etários e,
até, individuais dependendo da situação vivida pelo falante. A esse
fenômeno dá-se o nome de VARIAÇÃO LINGUÍSTICA.
LINGUAGEM FORMAL E INFORMAL:
FORMAL OU CULTA: É a linguagem usada em situações cerimoniosas,
quando oral e criteriosa com regras gramaticais quando escrita.
INFORMAL OU COLOQUIAL:É a linguagem usada no cotidiano, em
Situações comuns, sendo marcada por presença de gírias, marcas de
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EFICAZ.
Professor: Antônio Fernandes Neto

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  • 1. CURSO DE LINGUÍSTICA APLICADA À INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Explanação sobre: • procedimentos de leitura; •Compreensão do texto; •Relação entre textos; •Coerência e coesão no processamento do texto; •Relação entre recursos expressivos e efeitos de sentido; •Variação linguística. Autor: Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 2. PROCEDIMENTOS DE LEITURA O procedimento de leitura consiste , a priori, em uma análise atenta do que está sendo comunicado, pois durante este processo ocorre o DIÁLOGO entre autor e leitor. Nesse sentido o autor do texto parte do pressuposto de que o leitor compartilha com ele, autor, alguns conhecimentos que precisam ser ativados: Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 3. PODEMOS DIVIDIR ESTES CONHECIMENTOS EM TRÊS ETAPAS DISTINTAS: São os conhecimentos prévios: 1. Conhecimentos linguísticos: Estão no âmbito dos conhecimentos gramaticais, suas regras, conhecimentos relacionados à semântica e ao léxico (significado das palavras); 2. Conhecimento de mundo: São nosso conhecimentos históricos, sociais, geográficos, econômicos, literários etc... Só devemos aliar leitura, interpretação e conhecimento de mundo se o texto assim solicitar, pois caso contrário estaremos cometendo um erro fatal. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 4. PODEMOS DIVIDIR ESTES CONHECIMENTOS EM TRÊS ETAPAS DISTINTAS: 3. Conhecimentos contextuais: São conhecimentos que nos permitem entender a situação de produção a qual o texto está inserido: ( quem escreveu? Quando? Onde? Para quem quem foi feito? É sobre o quê? E para quem? Assim estamos entendendo o CONTEXTO. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 5. HIERARQUIA DE SENTIDOS DO TEXTO E SITUAÇÃO COMUNICATIVA Devemos saber associar TEXTO E CONTEXTO, pois as circunstâncias em que um texto é produzido são PRIMORDIAIS para sua Compreensão. No caso de textos verbais, a eficácia comunicativa advém da compreensão do significado das palavras no texto. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 6. PARA ENTENDERMOS ESTES SIGNIFICADOS, VAMOS CONCEITUAR: DENOTAÇÃO: É a palavra em seu sentido único, restrito. 1. Ex.: A cascável é uma cobra venenosa. Aqui a palavra cobra foi usada da forma que lhe é atribuída no léxico. CONOTAÇÃO: É a palavra com sentido amplo, figurado. 2. Ex.: Aquela mulher é uma cobra venenosa. Aqui a palavra teve seu espectro de significação Ampliado, pois já não significa animal peçonhento, mas uma pessoa falsa, em quem não podemos confiar, isto também é SEMÂNTICA. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 7. POLISSEMIA E AMBIGUIDADE A polissemia: é o jogo de palavras, o duplo sentido.São as possibilidades de várias Interpretações, levando-se em consideração as situações de aplicabilidade em seus contextos. Há uma infinidade de outros exemplos em que podemos verificar a ocorrência da polissemia, como por exemplo: Esta mulher é uma tremenda gata. O gato do vizinho é peralta. Precisei fazer um gato para que a energia voltasse. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 8. A AMBIGUIDADE É concebida a partir do jogo de palavras / do duplo sentido VEJAMOS: Em um outdoor na saída de Florianópolis há a seguinte mensagem de uma empresa de telecomunicações: “ AGORA VOCÊ SABE PORQUE TODO MUNDO FALA BEM DE FLORIANÓPOLIS” CONTEXTUALIZANDO: Aqui percebemos claramente a ambiguidade, a qual foi concebida de forma inteligente, Pois FALAR BEM DE FLORIPA, pode ser em virtude da cidade acolhedora, bem como da ótima qualidade da empresa de telecomunicações. Aqui nenhum dos significados é mais importante do que o Outro, apenas mais adequado ou propício a uma dada situação comunicativa. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 9. PRESSUPOSIÇÃO E INFERÊNCIA Aqui começamos a trilhar uma magnifíca estrada no campo da interpretação textual. Agora será exigido de você Competência, pois agora terá de ser capaz de perceber nas entrelinhas do texto o que não está escrito. ESSAS INFORMAÇÕES PODEM ESTAR SOB FORMA DE PRESSUPOSTOS OU INFERÊNCIAS. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 10. PRESSUPOSTOS Podemos definir como PRESSUPOSTOS as ideias apresentadas implicitamente pelo texto, ou seja, são as ideias que não estão escritas, mas podem ser verificadas por certas palavras e expressões contidas no texto. Exemplos: O concurseiro deixou de sair aos sábados para estudar mais. (pressuposto: o concurseiro saía todos os sábados.) O novo fiscal de rendas continua estudando para concursos. (pressuposto: o fiscal estudava antes de passar.) A espera dos candidatos pelo gabarito oficial acabou. (pressuposto: os candidatos estavam esperando o resultado.) PODEMOS ENTENDER COMO IDEIAS LÓGICAS Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 11. INFERÊNCIA 1. Que é inferência ? Inferência é a operação mental pela qual se extrai uma conclusão (nova proposição) de uma ou mais proposições já conhecidas. A inferência pode ser extraída também de alguma sensação. O ato de realizar uma INFERÊNCIA consiste em deduzirmos informações implícitas do texto, possuem uma relação lógica dentro do contexto, apesar de muitas vezes não poderem ser provadas textualmente. Ex.: O chão está molhado, logo... Ex.: José está preocupado, pois não sabe como controlar as equipes durante a partida de futebol. Se inferirmos que José é um técnico de futebol, teremos Dificuldades em compreender porque ele está preocupado, já se inferirmos que ele é um árbitro tudo poderá se tornar mais claro. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 12. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO NÃO VERBAL A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é o de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais. Um ponto importante a ser salientado é o de que alguns textos literários (aqueles os quais a forma de expressão do autor é, em grande parte, mais valorizada que a informação a ser transmitida ao seu leitor, como o poema abaixo: Anatomia do monólogo: “ser ou não ser? Er ou não er? R ou não r? Onã? Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 13. PONTO DE VISTA DO AUTOR E RECURSOS DA ARGUMENTAÇÃO Todo texto produzido, independentemente da forma como ele se apresenta, deixa transparecer o ponto de vista da pessoa que o produziu. Devemos entender que todo texto, por mais informativo que seja, não é neutro. Todo texto é usado ao favor das ideologias, das verdades, dos juízos de valor. Ou seja, em todo e qualquer discurso subjaz uma IDEOLOGIA. O produtor do texto pode deixar estes aspectos de forma EXPLÍCITA, quando é claro em seus posicionamentos, ou de forma IMPLÍCITA, quando usa de processos inferenciais a fim de que o leitor perceba a sua intenção.
  • 14. RELAÇÃO ENTRE TEXTOS A INTERTEXTUALIDADE. A INTERTEXTUALIDADE consiste no conjunto de citações que um texto faz a outros textos já produzidos antes dele. É preciso entender aqui o texto em sentido amplo ( verbal, não verbal, oral, enfim toda forma de comunicação entre um emissor e um receptor), para dizer que a INTERTEXTUALIDADE parte de um conhecimento de Mundo prévio, partilhado pelo emissor e receptor. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 15. EXEMPLOS 1 Texto Original – Canção do Exílio Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. [...] Gonçalves Dias INTERTEXTUALIDADE Meus olhos brasileiros se fecham saudosos Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? Eu tão esquecido de minha terra… Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabiá! [...] Carlos Drummond de Andrade AQUI A INTERTEXTUALIDADE ESTÁ CLARA
  • 16. EXEMPLOS 2 POEMA DE SETE FACES Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. As casas espiam os homens que correm atrás de mulheres. A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos. O bonde passa cheio de pernas: pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração. Porém meus olhos não perguntam nada. O homem atrás do bigode é serio, simples e forte. Quase não conversa. Tem poucos, raros amigos o homem atrás dos óculos e do bigode. Meu Deus, por que me abandonaste se sabias que eu não era Deus se sabias que eu era fraco. Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração. Eu não devia te dizer mas essa lua mas esse conhaque botam a gente comovido como o diabo. AQUI A INTERTEXTUALIDADE É FEITA COM A FALA DE JESUS NO MOMENTO DA CRUCIFICAÇÃO, DEPENDE DE PRÉVIO CONHECIMENTO. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 17. DIFERENTES FORMAS DE ABORDAR UMA INFORMAÇÃO A língua dispõe de vários mecanismos linguísticos que permitem à redação de uma mesma mensagem de formas diferentes, tomando-se por base um texto matriz. Ao utilizar desses recursos, dando nova redação às mensagens, você estará fazendo uso de PARÁFRASE. Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras as ideias de um texto, ou seja, você reescreve o texto com outras palavras, porém mantendo a essência inicial do mesmo. Neste caso convém antenar para a não ocorrência de extrapolção, redução nem contradição. Existem vários caminhos para elaborar uma PARÁFRASE. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 18. EXEMPLOS 1 DE PARÁFRASE A) Substituição vocabular: 1 A regra mais importante na vida é ser feliz. 2 A regra principal na vida é ser feliz. b) Inversão gramatical (deslocamentos): 1. A regra mais importante na vida é ser feliz. 2. Na vida, a regra mais importante é ser feliz. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 19. QUALIDADES E VÍCIOS DE LINGUAGEM Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades. CLAREZA X OBSCURIDADE CLAREZA: É a qualidade que faz um texto ser facilmente entendido. OBSCURIDADE é o seu Contrário. Ex.: “ O menino e seu pai foram hospedados em hoteis Diferentes o que o fez ficar triste.” ANÁLISE: * A leitura se torna ambígua em virtude do mal uso do pronome obliquo “o”. Colocando o “o” pron. Obliquo no plural, caberia pluralizar “ficar triste”. *Este erro faz o enunciado ficar obscuro, pois não sabemos quem ficou Triste. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 20. OUTROS EXEMPLOS  PLEONASMO Repetição desnecessária de uma expressão.  - Criar novos… - Hemorragia de sangue - Subir para cima - Panorama geral - Antecipar para antes  SOLECISMO É o desvio em relação à sintaxe. Pode ser:  De concordância - Haviam pessoas. (o certo seria havia) - Fazem dois meses. (o certo seria faz) - Faltou muitos alunos. (o certo seria faltaram)  De regência - Obedeça o chefe. (o certo seria ao chefe) - Assisti o filme. (o certo seria ao filme)  De colocação - Tinha ausentado-me. - Não espere-me.  CACOFONIA É o som desagradável, obsceno.  - Hilca ganhou. - Vou-me já. - Ele marca gol. - Boca dela.  ECO Repetição desagradável de terminações iguais.  - Vicente já não sente dores de dente tão freqüentemente como antigamente quando estava no Oriente.  OBS: O eco na prosa é considerado um vício, um defeito. Já na poesia é o fundamento da rima.  COLISÃO Aproximação de sons consonantais idênticos ou semelhantes.  - Sua saia saiu suja da máquina. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 21. RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO Consistem na forma como a mensagem é repassada aos leitores, ouvintes. Isto ocorre de maneira diferenciada, pois o objetivo é deixar a mensagem mais atrativa ou mais sugestiva ao leitor, quando o texto faz uso destes recursos podemos afirmar que ocorreu a função poética da linguagem. O leitor Atento nunca fará leitura literal de certos enunciados, pois os Mesmos podem vir carregados de conotações, ironias, figuras de Linguagem usadas de forma intencional. Ex. Um outdoor de um grande hipermercado apareceu a seguinte frase: “Cobrimos qualquer oferta de nosso caro concorrente” Uma leitura mais ingênua poderia nos fazer crer que o publicitário deseja atribuir uma linguagem amistosa e cortês ao concorrente, porque caro pode ser: querido, mas se pensarmos um pouco perceberemos que a palavra caro aqui significa aquele que pratica altos preços. Professor: Antônio Fernandes Neto
  • 22. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA LINGUAGEM FORMAL E INFORMAL Em todas as línguas existentes é, possível percebemos variações que estão associadas principalmente a fatores históricos, sociais, regionais, etários e, até, individuais dependendo da situação vivida pelo falante. A esse fenômeno dá-se o nome de VARIAÇÃO LINGUÍSTICA. LINGUAGEM FORMAL E INFORMAL: FORMAL OU CULTA: É a linguagem usada em situações cerimoniosas, quando oral e criteriosa com regras gramaticais quando escrita. INFORMAL OU COLOQUIAL:É a linguagem usada no cotidiano, em Situações comuns, sendo marcada por presença de gírias, marcas de Oralidade, seu objetivo maior é o ATO COMUNICATIVO RÁPIDO E EFICAZ. Professor: Antônio Fernandes Neto