O documento discute a evolução humana e biológica, abordando:
1. A evolução humana a partir de primatas há cerca de 6-7 milhões de anos, com fósseis contribuindo para a história dos hominídeos;
2. A evolução biológica como mudança de características hereditárias entre gerações, fazendo populações mudarem ao longo do tempo;
3. Evidências da evolução como homologia, analogia, órgãos vestigiais e estudos de embriologia e fósseis.
2. Sumário
● O que é evolução
● Evolução Humana
● Evolução Biológica
● *Evidências da evolução
● *Homologia e Analogia
● *Órgãos vestigiais
● *Embriologia comparada
● *Estudos de fósseis
● Teorias Evolucionistas
● *Lamarck
● *Teoria de Darwin
3. O que é evolução ?
● Evolução é o
processo através no
qual ocorrem as
mudanças ou
transformações nos
seres vivos ao longo
do tempo, dando
origem a espécies
novas.
4. Evolução humana
● Atualmente sabe-se que a espécie humana
descende de uma família de primatas chamada
Hominidae. Fósseis muito contribuem para
documentar a história de um grupo e, com o
auxílio destes, podemos confirmar que
espécies deste grupo taxonômico habitaram
várias regiões e épocas diferentes e que
algumas espécies distintas da família
coexistiram na mesma época.
5. Evolução humana
● Chipanzés são hoje
os parentes mais
próximos da espécie
humana, que
divergiram de um
mesmo ancestral há
mais ou menos
125.000 anos atrás.
6. Evolução humana
● Assim, fica clara uma diferença básica entre o
pensamento de Lamarck e Darwin: Lamarck
acreditava que a complexidade dos seres
seguia uma lógica linear e progressiva: do ser
menos ao mais evoluído - este, no caso, o ser
humano. Para Darwin, todas as espécies atuais
seriam as mais evoluídas de suas linhagens e,
nesta linha, nenhuma espécie vivente no
momento seria mais ou menos evoluída que
outra.
7. Evolução humana
● Vale ressaltar que o emprego do “evoluir” nestes dois
casos muda um pouco quanto à interpretação.
“Evolução”, em uma visão Lamarckista, nos dá idéia
de melhoramento, progresso, em um sentido linear, de
espécies existentes na atualidade: do ser menos
evoluído ao ser humano - o mais complexo, mais
evoluído, o topo da evolução – pensamento que
persiste até hoje, para algumas pessoas. Para
Darwin, o termo consistia na variação de espécies ao
longo do tempo, por meio da seleção natural. Vale
ressaltar, ainda, que Darwin utilizou a palavra
“transmutação” para se referir ao que consideramos
hoje a evolução biológica.
8. Evolução humana
● Lamarck nos presenteou com uma grande
contribuição ao postar que havia uma relação de
surgimento de novas espécies a partir de espécies já
existentes e influência do ambiente como responsável
pelas variações. Além disso, existem casos
registrados na ciência de evolução por meio de
transmissão de caracteres adquiridos, mecanismo
este bastante criticado – injustamente – por alguns
que se consideram darwinistas. Foi ele, também,
quem designou o termo “Biologia” para designar a
ciência que estuda a vida e quem fundou os estudos
de paleontologia dos invertebrados.
9. Etapas da evolução humana
● Primatas: Os mais
antigos viveram há
cerca de 70 milhões
de anos. Esses
mamíferos de
pequeno porte
habitavam as árvores
das florestas e
alimentavam-se de
olhas e insetos.
10. Etapas da evolução humana
● Hominoides: São primatas
que viveram entre
aproximadamente 22 e 14
milhões de anos atrás. O
procônsul, que tinha o
tamanho de um pequeno
gorila, habitava em
árvores, mas também
descia ao solo; era
quadrúpede, isto é,
locomovia-se sobre as
quatro patas. Descendente
do procônsul,
okenyapiteco às vezes
endireitava o corpo e se
locomovia sobre as patas
11. ● Hominídeos: Família que inclui o gênero australopiteco e
também o gênero humano. O australopiteco afarense, que
viveu há cerca de 3 milhões de anos, era um pouco mais
alto que o chimpanzé. Já caminhava sobre os dois pés e
usava longos braços se pendurar nas árvores. Mais alto e
pesado, oaustralopiteco africano viveu entre 3 milhões e 1
milhão de anos. Andava ereto e usava as mãos para
coletar frutos e atirar pedras para abater animais.
Etapas da evolução humana
12. Etapas da evolução humana
● Homo habilis: Primeiro hominídeo do gênero Homo.
Viveu por volta de 2 milhões de anos a 1,4 milhões de
anos atrás. Fabricava instrumentos simples de pedra,
construía cabanas e, provável,ente, desenvolveu, uma
linguagem rudimentar. Seus vestígios só foram
encontrados na África.
13. Etapas da evolução humana
● Homo erectus: Descente do Homo habilis, viveu entre
6 milhões de anos e 150 mil anos atrás. Saiu da
África, alcançando a Europa, a Ásia e a Oceania.
Fabricava instrumentos de pedra mais complexos e
cobria o corpo com peles de animais. Vivia em
grupos de vinte a trinta membros e utilizava uma
linguagem mais sofisticada. Foi o descobridor do fogo.
14. Etapas da evolução humana
● Homem de Neandertal: Provável descendente do
Homo erectus, viveu há cerca de 200 mil a 30 mil
anos. Habilidoso, criou muitas ferramentas e fabricava
armas e abrigos com ossos de animais. Enterrava os
mortos nas cavernas, com flores e objetos. Conviveu
com os primeiros homens modernos e desapareceu
por motivos até hoje desconhecidos.
15. Etapas da evolução humana
● Homo sapiens: Descendente do Homo erectus,
surgiu entre 100 mil e 50 mil anos atrás. Trata-se do
homem moderno. Espalhou-se por toda a Terra,
deixando variados instrumentos de pedra, osso e
marfim. Desenvolveu a pintura e a escultura
16. Evolução Biologica
● Evolução (também conhecida como evolução
biológica, genética ou orgânica), no ramo da
biologia, é a mudança das características
hereditárias de uma população de uma geração
para outra. Este processo faz com que as
populações de organismos mudem e se
diversifiquem ao longo do tempo.
17. Evidências da evolução
● A evolução tem suas
bases fortemente
corroboradas pelo
estudo comparativo
dos organismos,
sejam fósseis ou
atuais.
18. Homologia e Analogia
● Por homologia entende-se semelhança entre
estruturas de diferentes organismos, devida
unicamente a uma mesma origem
embriológica. As estruturas homólogas podem
exercer ou não a mesma função.
● O braço do homem, a pata do cavalo, a asa do
morcego e a nadadeira da baleia são estruturas
homólogas entre si, pois todas têm a mesma
origem embriológica. Nesses casos, não há
similaridade funcional.
19. Homologia e Analogia
● Ao analisar,
entretanto, a asa do
morcego e a asa da
ave, verifica-se que
ambas têm a mesma
origem embriológica e
estão, ainda
associadas á mesma
função.
20. ● A homologia entre
estruturas de 2
organismos diferentes
sugere que eles se
originaram de um grupo
ancestral comum,
embora não indique um
grau de proximidade
comum, partem várias
linhas evolutivas que
originaram várias
espécies diferentes, fala-
se em irradiação
adaptava.
Homologia e Analogia
21. Homologia e Analogia
● Homologia: mesma
origem embriológica
de estruturas de
diferentes
organismos, sendo
que essas estruturas
podem ter ou não a
mesma função. As
estruturas homólogas
sugerem
ancestralidade
comum.
22. Homologia e Analogia
● Analogia: refere-se à
semelhança morfológica
entre estruturas, em
função de adaptação à
execução da mesma
função. As asas dos
insetos e das aves são
estruturas diferentes
quanto à origem
embriológica, mas ambas
estão adaptadas à
execução de uma mesma
função: o vôo. São,
portanto, estruturas
análogas.
23. Homologia e Analogia
● As estruturas análogas não
refletem por si só qualquer
grau de parentesco. Elas
fornecem indícios da
adaptação de estruturas de
diferentes organismos a uma
mesma variável ecológica.
Quando organismos não
intimamente aparentados
apresentam estruturas
semelhantes exercendo a
mesma função, dizemos que
eles sofreram evolução
convergente.
24. Homologia e Analogia
● Ao contrário da irradiação adaptativa (caracterizada
pela diferenciação de organismos a partir de um
ancestral comum dando origem a vários grupos
diferentes adaptados a explorar ambientes diferentes)
a evolução convergente ou convergência evolutiva é
caracterizada pela adaptação de diferentes
organismos a uma condição ecológica igual, assim, as
formas do corpo do golfinho, dos peixes,
especialmente tubarões, e de um réptil fóssil chamado
ictiossauro são bastante semelhantes, adaptadas à
natação. Neste caso, a semelhança não é sinal de
parentesco, mas resultado da adaptação desses
organismos ao ambiente aquático.
25. Órgãos vestigiais
● Órgãos vestigiais são aqueles que, em alguns
organismos, encontram-se com tamanho
reduzido e geralmente sem função, mas em
outros organismos são maiores e exercem
função definitiva. A importância evolutiva
desses órgãos vestigiais é a indicação de uma
ancestralidade comum. Um exemplo bem
conhecido de órgão vestigial no homem é o
apêndice vermiforme , estrutura pequena e sem
função que parte do ceco (estrutura localizada
no ponto onde o intestino delgado liga-se ao
grosso)
26. Órgãos vestigiais
● Nos mamíferos roedores, o
ceco é uma estrutura bem
desenvolvida, na qual o
alimento parcialmente
digerido á armazenado e a
celulose, abundante nos
vegetais ingeridos, é
degradada pela ação de
bactérias especializadas. Em
alguns desses animais o
ceco é uma bolsa contínua e
em outros, como o coelho,
apresenta extremidade final
mais estreita, denominada
apêndice, que corresponde
ao apêndice vermiforme
27. Embriologia Comparada
● O estudo comparado da embriologia de
diversos vertebrados mostra a grande
semelhança de padrão de desenvolvimento
inicial. À medida que o embrião se desenvolve,
surgem características individualizantes e as
semelhanças diminuem. Essa semelhança
também foi verificada no desenvolvimento
embrionário de todos animais metazoários.
Nesse caso, entretanto, quando mais diferentes
são os organismos, menor é o período
embrionário comum entre eles
29. Estudo de fósseis
● É considerado fóssil qualquer indício da presença de
organismos que viveram em tempos remotos da Terra. As
partes duras do corpo dos organismos são aquelas mais
freqüentemente conservadas nos processos de
fossilização, mas existem casos em que a parte mole do
corpo também é preservada. Dentre estes podemos citar
os fosseis congelados, como, por exemplo, o mamute
encontrado na Sibéria do norte e os fosseis de insetos
encontrados em âmbar. Neste último caso, os insetos que
penetravam na resina pegajosa, eliminada pelos
pinheiros, morriam, A resina endurecia, transformando-se
em âmbar, e o inseto aí contido era preservado nos
detalhes de sua estrutura.
30. Estudo de fósseis
● Cientistas russos
encontraram uma
fêmea de mamute
bebê, uma espécie já
extinta, que foi
preservada no solo
congelado da Sibéria
por 40 mil anos.
31. Estudo de fósseis
● Também são
consideradas fósseis
impressões deixadas
por organismos que
viveram em eras
passadas , como, por
exemplo, pegadas de
animais extintos e
impressões de folhas,
de penas de aves
extintas e da
superfície da pele dos
dinossauros.
32. Teorias Evolucionistas
● “A crença de que as espécies eram produtos
imutáveis era quase inevitável enquanto se
considerou ser de curta duração a história do
mundo [...] A principal causa de nossa
relutância a admitir que uma espécie originou
espécies claras e distintas é que sempre somos
lentos para admitir grandes mudanças as quais
não vemos as etapas”. (Charles Darwin, A
origem das espécies)
33. Teorias Evolucionistas
● O primeiro Darwin a estudar a evolução não foi
Charles, mas sim Erasmus, seu avô. Ele achava que
as espécies se adaptavam ao meio, por uma espécie
de esforço consciente. A teoria dos caracteres
adquiridos. Mas foi seu contemporâneo Jean-Baptiste
Lamarck que ficou mais famoso defendendo uma
teoria semelhante, a do “Uso e Desuso”. Segundo ele
os órgãos se aperfeiçoavam com o uso e se
enfraqueciam com a falta de uso. Mudanças que são
preservadas e transmitidas a prole. O exemplo mais
típico seria do pescoço da girafa, que cresceria a
medida que ela o estica para alcançar as folhas mais
altas das árvores. Confira na figura
34.
35. Teorias Evolucionistas
● A teoria de Lamarck era uma espécie de
Darwinismo ao contrário, com os organismos
controlando seu próprio desenvolvimento. Suas
idéias eram bastante intuitivas e mais
cativantes por se adaptarem mais facilmente ao
senso comum. Suas teorias sofriam de um
problema de seleção das observações e sua
abordagem de carência de comprovação
científica.
36. Teorias Evolucionistas
● Comprovação essa que ele se recusou a
apresentar (e nem conseguiria). Claro, se
amarrarmos o braço de um bebe junto ao seu
corpo, e o mantivermos assim por 30 anos, os
músculos não iram se desenvolver, e com o
tempo vão atrofiar perdendo a capacidade de
se desenvolver. Esse adulto terá os braços com
tamanhos desiguais. Mas ao contrário do que
Lamarck previa, os filhos desse homem não
nascerão com braços pequenos. Assim como
as cicatrizes que adquirimos durante nossa
vida não são transmitidas a nossos filhos.
37. A Teoria de Darwin
● Charles Darwin (1809-1882),
naturalista inglês,
desenvolveu uma teoria
evolutiva que é a base da
moderna teoria sintética: a
teoria da seleção natural.
Segundo Darwin, os
organismos mais bem
adaptados ao meio têm
maiores chances de
sobrevivência do que os
menos adaptados, deixando
um número maior de
descendentes. Os
organismos mais bem
adaptados são, portanto,
38. A Teoria de Darwin
● Os princípios básicos das idéias de Darwin
podem ser resumidos no seguinte modo:
● Os indivíduos de uma mesma espécie
apresentam variações em todos os caracteres,
não sendo portanto idênticos entre si.
● indivíduos poucos atingem a maturalidade, o
que mantém constante o número de indivíduos
na espécie.
39. A Teoria de Darwin
Na "luta" pela vida, organismos com variações
favoráveis ás condições do ambiente onde vivem têm
maiores chances de sobreviver, quando comparados
aos organismos com variações menos favoráveis.
Os organismos com essas variações vantajosas têm
maiores chances de deixar descendentes. Como há
transmissão de caracteres de pais para filhos, estes
apresentam essas variações vantajosas.
Assim, ao longo das gerações, a atuação da seleção
natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau
de adaptação destes ao meio.
40. A Teoria sintética da evolução
● A Teoria sintética da
evolução ou
Neodarwinismo foi
formulada por vários
pesquisadores
durante anos de
estudos, tomando
como essência as
noções de Darwin
sobre a seleção
natural e
incorporando noções
atuais de genética.
41. A Teoria sintética da evolução
● A mais importante contribuição individual da
Genética, extraída dos trabalhos de Mendel,
substituiu o conceito antigo de herança através
da mistura de sangue pelo conceito de herança
através de partículas: os genes. A teoria
sintética considera, conforme Darwin já havia
feito, a população como unidade evolutiva. A
população pode ser definida como grupamento
de indivíduos de uma mesma espécie que
ocorrem em uma mesma área geográfica, em
um mesmo intervalo de tempo.
42. A Teoria sintética da evolução
● Para melhor compreender esta definição, é importante
conhecer o conceito biológico de espécie:
agrupamento de populações naturais, real ou
potencialmente intercruzantes e reprodutivamente
isolados de outros grupos de organismos. Quando,
nesta definição, se diz potencialmente intercruzantes,
significa que uma espécie pode ter populações que
não cruzem naturalmente por estarem
geograficamente separadas. Entretanto, colocadas
artificialmente em contato, haverá cruzamento entre
os indivíduos, com descendentes férteis. Por isso, são
potencialmente intercruzantes
43. A Teoria sintética da evolução
● A compreensão da variabilidade genética e fenotípica
dos indivíduos de uma população é fundamental para
o estudo dos fenômenos evolutivos, uma vez que a
evolução é, na realidade, a transformação estatística
de populações ao longo do tempo, ou ainda,
alterações na frequência dos genes dessa população.
Os fatores que determinam alterações na frequência
dos genes são denominados fatores evolutivos. Cada
população apresenta um conjunto gênico, que sujeito
a fatores evolutivos , pode ser alterado. O conjunto
gênico de uma população é o conjunto de todos os
genes presentes nessa população. Assim, quanto
maior é a variabilidade genética.
44. A Teoria sintética da evolução
Os fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto
gênico da população podem ser reunidos duas
categorias:
Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética
da população: mutação gênica, mutação
cromossômica, recombinação;
Fatores que atuam sobre a variabilidade genética já
estabelecida: seleção natural, migração e oscilação
genética.
A integração desses fatores associada ao isolamento
geográfico pode levar, ao longo do tempo, ao
desenvolvimento de mecanismos de isolamento
reprodutivo, quando, então, surgem novas espécies.