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Curso de Massagem Terapêutica e de Recuperação


      Efeitos da Massagem Terapêutica em
    Seropositivos de HIV e pacientes de SIDA




                        26 de Janeiro de 2007




Formador: Marcos Morgado

Formanda: Mónica Isabel Fonseca Sequeira Lima
          Aluna nº P-6394
          Turma n.º 31
Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


                                                       Índice


Introdução .......................................................................................................... 4
Noções de Imunologia ........................................................................................ 5
   Sistema Imunológico ...................................................................................... 5
   Complexo Major de Histocompatibilidade ....................................................... 5
   Sistema linfático .............................................................................................. 6
      Hematopoiese e Células do Sistema Imunitário .......................................... 6
      Anticorpos ................................................................................................... 9
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) ............................................. 11
   Epidemiologia ............................................................................................... 11
   Virologia ........................................................................................................ 12
   História natural da infecção pelo HIV ............................................................ 13
      Infecção primária ....................................................................................... 13
      Seroconversão .......................................................................................... 14
      Infecção crónica assintomática ................................................................. 14
      Infecção sintomática ................................................................................. 14
      SIDA .......................................................................................................... 15
      Infecção avançada .................................................................................... 15
   Diagnóstico ................................................................................................... 16
   Achados Imunológicos e outros parâmetros alterados ................................. 16
Efeitos terapêuticos da massagem em seropositivos de HIV ........................... 18
   Estudos ......................................................................................................... 18
      Massagem................................................................................................. 18
      Outras terapias alternativas ...................................................................... 20
Terapias para seropositivos de HIV/SIDA ........................................................ 21
   Massagem terapêutica ................................................................................. 21
      Massagem sueca ...................................................................................... 21
      Técnicas principais da massagem sueca .................................................. 22
      Terapia por Pontos Gatilho ou Mioterapia ................................................. 23
      Terapia Neuromuscular ............................................................................. 24
      Massagem dos tecidos profundos ............................................................. 24
   Crioterapia .................................................................................................... 25
      Massagem com gelo ................................................................................. 26

Mónica Fonseca Lima                                                                                                   2
Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


Electroacupunctura .......................................................................................... 26
Conclusão ........................................................................................................ 28
Bibliografia........................................................................................................ 29




Mónica Fonseca Lima                                                                                                  3
Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


                                 INTRODUÇÃO



        Com dezenas de milhões de seropositivos em todo o mundo, a infecção
por HIV e a SIDA são importantes problemas de Saúde Pública. Com este
trabalho pretende-se introduzir noções básicas de imunologia, sobre a doença
e o vírus que a provoca, e explorar os efeitos da massagem terapêutica em
Seropositivos de HIV e doentes de SIDA com neuropatia, através da consulta e
breve    descrição   dos   resultados   dos estudos   existentes nesta   área,
direccionados para este tema.
        A relevância deste trabalho centra-se na utilidade terapêutica dos
estudos envolvidos em casos de impossibilidade no acesso à terapia
antiretroviral em países mais pobres, menos desenvolvidos do ponto de vista
industrial e com menores recursos económicos, como a República Dominicana
e certamente muitos países no continente Africano, entre outros.




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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA



                          NOÇÕES DE IMUNOLOGIA

                              Sistema Imunológico



       A Imunidade, ou Sistema Imunológico, consiste nos mecanismos
utilizados pelo corpo como protecção contra agentes estranhos ao organismo,
podendo ser classificada como Imunidade Inata ou Adquirida.
       A Imunidade Inata é conferida por elementos que nascem com o
indivíduo e que estão sempre presentes e disponíveis como primeira linha de
defesa contra invasores: a pele, membranas mucosas, reflexos, pH (acidez
gástrica), febre, fagócitos (granulócitos, macrófagos), entre outros.
       A Imunidade Adquirida ou Específica é mais especializada, sendo mais
específica para um determinado invasor, através da acção direccionada dos
linfócitos ou células T (Resposta Imune Celular ou Medidada por Células) e a
produção de anticorpos específicos (Resposta Imune Humoral).
       O sistema imunitário é composto por células, como os glóbulos brancos,
e substâncias solúveis, como os anticorpos, as proteínas do sistema do
complemento e as citoquinas (ou citocinas). Algumas substâncias solúveis
actuam como mensageiros para atrair e activar outras células. As citoquinas ou
interleucinas são proteínas essenciais na comunicação intercelular. Podem ser
segregadas por linfócitos (linfoquinas) ou macrófagos (monoquinas), entre
outros tipos de tecidos. Ao actuarem como mediadores solúveis, controlam a
diferenciação e maturação celular, inflamação e resposta imune local e
sistémica, reparação tecidular, hematopoiese, apoptose, etc.

                    Complexo Major de Histocompatibilidade

       O    complexo      major    de    histocompatibilidade     (MHC,   Major
Histocompatibility Complex) é a base do sistema imunitário e ajuda a identificar
o que é próprio e o que é estranho.
       A tarefa de exibir os antigénios ligados às células, para o
reconhecimento pelos Linfócitos T, é executada por proteínas especializadas,
que são codificadas por genes (fragmentos de DNA) no MHC. Foi descoberto
como uma ampla família de genes altamente polimórficos que codificam para


Mónica Fonseca Lima                                                           5
Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


proteínas expressadas à superfície das células, e que apresentam fragmentos
de moléculas de microrganismos invasores ou células disfuncionais (p. ex.
células tumorais) às células T, com a capacidade de eliminar ou coordenar a
destruição do microrganismo, célula infectada ou disfuncional.
       Os genes mais conhecidos do MHC são o subconjunto que codifica
proteínas apresentadoras de antigénios à superfície das células, e chamam-se
Human Leukocyte Antigen (HLA): HLA-A, HLA-B, HLA-C, HLA-DPA1, HLA-
DPB1, HLA-DQA1, HLA-DQB1, HLA-DRA, e HLA-DRB1.
       O complexo MHC divide-se em três regiões: MHC Classe I, que codifica
proteínas de ligação para os linfócitos CD8 ou células T citotóxicas, entre
outras, e onde se localizam os genes HLA-A, HLA-B e HLA-C; MHC Classe II,
que codifica proteínas de ligação para os linfócitos CD4 ou células T helper,
entre outras, e onde se localizam os genes do HLA-D; e MHC Classe III, que
codifica para componentes do complemento.

                               Sistema linfático

       O sistema linfático é uma rede de gânglios e vasos linfáticos. Os
gânglios linfáticos encontram-se ligados a linfócitos, existentes na linfa que
circula pelos vasos, que atacam e destroem antigénios (uma substância que
pode estimular uma resposta imune). Os gânglios linfáticos costumam agrupar-
se em zonas de ramificação dos vasos linfáticos, como o pescoço, as axilas e
as virilhas.
       A linfa contribui para que a água, as proteínas e outras substâncias dos
tecidos corporais regressem à corrente sanguínea. Todas as substâncias
absorvidas pela linfa passam pelo menos por um gânglio linfático. O timo, o
fígado, o baço, o apêndice, a medula óssea, as amígdalas e as placas de
Peyer no intestino delgado) também fazem parte do sistema linfático,
auxiliando o corpo a combater as infecções.

                Hematopoiese e Células do Sistema Imunitário


       Hematopoiese é o processo pelo qual as células sanguíneas crescem,
se dividem e diferenciam na medula óssea. Produzem-se essencialmente três
classes de células: glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos


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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


(leucócitos) e plaquetas. Todas elas derivam de stem cells hematopoiéticas
existentes na medula óssea, podendo ser distinguidas das restantes células aí
existentes por uma proteína de superfície característica, a CD34, apenas uma
de muitas proteínas nomeadas CD (cluster of differentiation) seguidas de um
número identificativo. Este sistema de nomenclatura CD foi desenvolvido para
identificar proteínas de membrana ou complexos proteicos, podendo ser
aplicado tanto em células hematopoiéticas como não hematopoiéticas.


      Os leucócitos são células claras nucleadas e sem hemoglobina.
Protegem o corpo contra microrganismos invasores, removem células mortas e
corpos estranhos do organismo. Têm a capacidade de se moverem,
deslocando-se desde a circulação aos tecidos, sendo atraídos para estes por
quimiotaxia, isto é, por estímulos químicos, devido à presença de materiais
estranhos ou células mortas nestes locais. No local de uma infecção, os
leucócitos acumulam-se, fagocitam bactérias, corpos estranhos e células
mortas após o que morrem, acumulando-se com líquido e fragmentos celulares
para formar pus.
      Dividem-se em fagócitos e imunócitos. Os fagócitos compreendem os
monócitos e os granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Os linfócitos e
os plasmócitos constituem os imunócitos.



Granulócitos
Neutrófilos: Fagocitam bactérias, complexos antigénio-anticorpo (antigénio e
anticorpo ligados) e outros corpos estranhos. Segregam lizosimas (enzimas
que destroem certas bactérias).
Eosinófilos: São mais comuns em tecidos onde se desenrola uma reacção
alérgica (mas também numa reacção inflamatória), aumentando no sangue em
alergias ou determinadas infecções parasitárias. Aparentemente reduzem a
resposta   inflamatória,   produzindo   enzimas    que   destroem    mediadores
inflamatórios químicos como a histamina. Fagocitam complexos Antigénio-
Anticorpo (Ag-Ac) formados durante a reacção alérgica.




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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


Basófilos: Participam em reacções alérgicas e inflamatórias. Contêm histamina
que libertam nos tecidos para aumentar a inflamação e heparina para inibir a
coagulação do sangue.
Monócitos: Transformam-se em macrófagos, migram para os tecidos para
fagocitar   bactérias,   células   mortas   e   outras   substâncias   que,   após
decompostas são apresentadas aos linfócitos que assim ficam activados.



Linfócitos
       Reconhecem e distinguem diferentes antigénios, sendo responsáveis
pela Resposta Imunitária Adquirida. Podem viver durante anos ou décadas.
Dividem-se em três categorias principais:

- Linfócitos B: Derivam de uma stem cell da medula óssea e aí amadurecem
até se converterem em plasmócitos, que segregam anticorpos.

- Linfócitos T, CD3+: Formam-se quando as stem cells migram da medula
óssea para o timo, onde se dividem, amadurecem e aprendem a distinguir o
próprio (self) do estranho (non self) no timo. Os linfócitos T maduros
abandonam o timo e entram no sistema linfático, onde funcionam como parte
do sistema imunitário de vigilância.
   Células T helper, CD4+: Existem nesta categoria as células T helper 1, que
   activam macrófagos e neutrófilos, e as células T helper 2, que atraem por
   quimiotaxia linfócitos e basófilos, e estimulam o crescimentos de eosinófilos.
   Células T citotóxicas, CD8+, conseguem eliminar células infectadas por
   vírus.

- Células NK (natural killer, células assassinas), (CD3-): Matam alguns
microrganismos, células tumorais e virais. Quando se formam já estão
preparadas para eliminar células, não requerendo a maturação que os linfócitos
B e T necessitam, oferecendo uma protecção mais precoce, antes das
respostas das células B e T, produzindo citoquinas que promovem o
desenvolvimento de uma resposta imune específica.




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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA




                          Figura 1 – Glóbulos brancos.


           Tabela 1 – Classificação CD de marcadores de superfície.
Marcador     Tipo célula/Linhagem                Funções/Propriedades
CD3        Linfócitos T                Marcador de linhagem das células T;
                                       transdução de sinal de receptores de
                                       células-T.
CD4        Linfócitos T, monócitos,    Co-receptor   para      MHC   classe    II;
           macrófagos                  marcador para células T helper.
CD8        Linfócitos T                Co-receptor    para     MHC   classe    I;
                                       marcador para células T citotóxicas.
CD16       Células NK,                 Marcador de linhagem das células NK,
           macrófagos, neutrófilos     receptor de baixa afinidade para IgG.
CD56       Células NK                  Marcador de linhagem das células NK.



                                    Anticorpos


       Se estimulados por um antigénio, os linfócitos B convertem-se em
plasmócitos para segregar anticorpos ou imunoglobulinas (Ig). Uma molécula
de anticorpo divide-se em regiões variáveis e constantes. A região variável
determina a que antigénio se unirá o anticorpo. A região constante determina a
classe de anticorpo (Ig G, M, D, E ou A).
       IgM: produzida aquando da primeira exposição a um antigénio.



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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


      IgG: o tipo de anticorpo mais frequente, só se produz depois de várias
exposições a um antigénio.
      IgA: desempenha um papel importante na defesa do corpo numa
invasão de microrganismos através de uma membrana mucosa. Encontra-se
no sangue e em algumas secreções como as do tubo gastrointestinal e do
nariz, dos olhos, dos pulmões e do leite materno.
      IgE: produz reacções alérgicas agudas (imediatas).




                     Figura 2 – Estrutura de um anticorpo.




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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA



          SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (SIDA)

                                Epidemiologia



      Em 1981 foram descritos casos invulgares de pneumonia por
Pneumocystis carinii em homens homossexuais em São Francisco, nos
Estados Unidos da América. A isto seguiu-se o reconhecimento de uma forma
agressiva de sarcomas de Kaposi numa população semelhante em Nova
Iorque. A identificação do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) como o
agente causador da SIDA em 1983/1984 foi rapidamente seguida pela
caracterização do vírus e das células alvo que infecta e pela elucidação das
consequências da infecção. Em 1985, kits de diagnóstico foram desenvolvidos
para a detecção de anticorpos do HIV. Em 1987, a zidovudina (AZT), o primeiro
agente antiretroviral foi aprovado pela Food and Drugs Administration nos
Estados Unidos para tratamento da infecção.
      O HIV é um vírus que ataca o sistema imunitário, dificultando a sua
tarefa de protecção do corpo contra infecções e doenças. O estado último e
mais severo desta infecção é a SIDA, a Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida. O vírus é transferido através do sangue e fluidos corporais. O
sangue, sémen, secreções vaginais, leite materno e saliva (embora em porções
diminutas, no último caso) de um indivíduo infectado possuem o vírus ou
células infectadas com o mesmo. Logo, o HIV pode ser transmitido por
relações sexuais desprotegidas, partilha de agulhas, transfusão de sangue ou
produtos sanguíneos que não tenham sido desleucocitados, verticalmente
(entre mãe e feto), durante um parto natural e amamentação.
      Embora inicialmente se tenha restringido a homossexuais sexualmente
activos em grandes cidades dos Estados Unidos, a infecção e a doença não
têm preferência quanto ao sexo, pelo que neste momento, em todo o mundo, a
transmissão entre heterossexuais é a mais comum. Até ao ano 2000, os
homossexuais e utilizadores de drogas endovenosas constituíam os grupos
mais infectados nos Estados Unidos. Contudo, o maior aumento da taxa de
incidência de SIDA encontrava-se então em mulheres heterossexuais e
minorias, Americanos de origem Africana e Hispânicos. A transmissão do vírus

Mónica Fonseca Lima                                                       11
Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


via transfusão de sangue foi virtualmente eliminada através de testes aos
dadores e produtos sanguíneos. A eficiência da transmissão vertical pode ser
grandemente diminuída se a mãe aderir a uma terapia antiretroviral, não
amamentar o bebé e recorrer a um parto por cesariana. Apesar de tudo, esta
epidemia encontra-se espalhada em todo o mundo.
      Em 1996 estimou-se que 22,6 milhões de pessoas estavam infectadas
em todo o mundo, das quais 21,8 milhões eram adultas e 380.000 crianças. A
Organização Mundial da Saúde estimou que no período entre 1981 e 1996
mais de 8,4 milhões de adultos e crianças desenvolveram a doença. Estimou-
se também que no mesmo período 6,4 milhões de mortes foram causadas pelo
vírus HIV.

                                    Virologia

      O HIV é um retrovírus com invólucro da família dos lentivírus.
Encontram-se descritas duas estirpes de HIV, o HIV-1, prevalente na África
Central, Estados Unidos, Europa e Austrália, e o HIV-2, mais comum na África
Ocidental e nalgumas partes da Europa. O HIV-1 é a estirpe mais virulenta. O
HIV-2 tem um período de latência maior que o HIV-1 desde o momento da
infecção até ao desenvolvimento de sintomas e uma taxa mais baixa de
transmissão vertical.
      O HIV é caracterizado por um alto grau de variabilidade genética que
resulta da rápida acumulação de mutações e de recombinações. O HIV-1 pode
ser dividido em três grupos: grupo O, grupo M e grupo N. A maioria das
sequências analisadas pertence ao grupo M. O grupo M é composto por nove
subtipos filogeneticamente distintos, os subtipos A, B, C, D, F, G, H, J e K.




                                 Figura 3 – HIV.


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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


       O core viral contém duas cadeias simples idênticas de RNA genómico
(ácido ribonucleico) e três enzimas: integrase, protease e transcriptase reversa
(RT). O invólucro, que é derivado da membrana celular da célula hospedeira,
possui glicoproteínas virais, como gp120 e gp41, que são críticos para a
infecção.
       O gp120 tem uma elevada afinidade para os marcadores de superfície
CD4, ou seja, células que expressam estes marcadores, como as células T
helper, e macrófagos/monócitos e células dendríticas que também expressam
um menor nível de CD4, tornando-se alvos potenciais para este vírus.

                      História natural da infecção pelo HIV

                                Infecção primária


       O HIV liga-se a receptores e co-receptores presentes nas membranas
das células-alvo. A CD4, presente em linfócitos T auxiliares, macrófagos,
células de Langerhans e células dendríticas, funciona como um receptor. O
CCR5 e o CXCR4, receptores de quimiocinas presentes nessas células,
actuam como co-receptores para o HIV, favorecendo a ligação entre o vírus e a
membrana celular. O CXCR4 é um co-receptor para as estirpes com tropismo
para linfócitos T CD4+, enquanto o CCR5 actua como co-receptor para estirpes
com tropismo para macrófagos, sendo que a ausência de expressão ou
alteração destes receptores dificulta a ligação do HIV à célula-alvo.
       Após a entrada e a fusão com as células-alvo os vírus migram em 2 dias
por canais linfáticos, iniciando a replicação viral. Os vírus são libertados no
sangue periférico 5 dias depois, disseminando-se pelo organismo. A infecção
primária ou aguda é caracterizada por manifestações clínicas relacionadas à
replicação viral ou activação do sistema imune pela entrada do HIV no
organismo, 2 a 4 semanas após a contaminação, nomeadamente por febre,
linfadenopatia, cefaleias, mialgia, atralgia, anorexia, náusea, vómitos, diarreia e
exantema maculopapular eritematoso, cessando em 30 dias. A infecção
primária sintomática mais severa e duração superior a 14 dias relaciona-se
com uma progressão rápida da doença. Os exames laboratoriais demonstram
uma diminuição temporária na contagem de células T CD4+, e elevados níveis
de carga viral.

Mónica Fonseca Lima                                                             13
Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


                                Seroconversão


       Só ocorre cerca de 3 meses após a infecção, pelo que antes disso os
testes serológicos de detecção de anticorpos anti-HIV não conseguem
diagnosticar o paciente infectado devido à pequena quantidade de anticorpos
produzida. Este “período de janela” pode durar até 6 meses contudo existem
registos de casos em que este período se prolongou até 3 anos após a
infecção inicial.

                        Infecção crónica assintomática


       Pode durar meses ou anos, sendo que o paciente se apresenta
clinicamente assintomático e não apresenta achados ao exame físico, excepto
no caso de linfadenopatia persistente generalizada (LPG), definida como um
aumento dos gânglios linfáticos. A replicação viral é muito activa, ocorrendo a
destruição diária de 109 linfócitos CD4+: a sua morte é quase contrabalançada
pela sua substituição. O tempo de semi-vida do HIV no plasma é de cerca de 6
horas sendo que aproximadamente 30% da carga viral evidencia um declínio
nessa população, atingindo 780céls/mm3 seis meses após a seroconversão e
670 céls/mm3 é renovada diariamente enquanto que a renovação de linfócitos
CD4 só atinge 6 a 7% do seu total no mesmo período. O paciente que antes da
seroconversão possuía uma contagem média de CD4 de 1000 céls/mm3, após
um ano verá a sua taxa de linfócitos CD4 decair em média de 30 a 90
céls/mm3 por ano.

                             Infecção sintomática


       A produção de anticorpos deixa de ser suficiente, permitindo que a o
acentuar da replicação viral e a infecção e destruição de cada vez mais células
CD4. Nesta fase, com a contagem de linfócitos T CD4+ numa faixa de 499 a
              3
200 céls/mm , algumas doenças oportunistas como a candidíase bucal e a
leucoplasia pilosa, e sintomas como febre e diarreia (com duração superior a
um mês) começam a aparecer.




Mónica Fonseca Lima                                                         14
Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


                                     SIDA

                                                                          3
       Apresentando contagem de linfócitos T CD4+ abaixo de 200 céls/mm ,
ou doenças listadas na categoria C do sistema de classificação da infecção
pelo HIV do Centers for Disease Control & Prevention (CDC) de 1992, o
paciente atinge o estado de SIDA. O período compreendido entre a infecção
pelo HIV e o diagnóstico de SIDA é, em média, de 10 anos, sendo que o
paciente apresenta um diagnóstico clínico definidor de SIDA 12 a 18 meses
                                                                   3
após uma contagem de linfócitos T CD4+ inferior a 200 céls/mm , caso não
receba tratamento anti-retroviral.


    Tabela 2 – Infecções oportunistas mais comuns em pacientes de SIDA.
             Pneumonia por Pneumocystis carinii
             Toxoplasmose
             Infecção disseminada por Mycobacterium tuberculosis
             Infecção por Herpes Simplex Vírus
             Infecção disseminada por citomegalovírus
             Meningite por Cryptococcus neoformans (fungo)




        Figura 4 – Diagrama esquemático do decurso da infecção viral.

                               Infecção avançada


       Nesta fase os pacientes possuem uma contagem de CD4+ inferior a 50
céls/mm3. Estes pacientes têm uma expectativa de vida limitada. Na

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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


deficiência generalizada da resposta imune todos os sistemas do corpo cedem.
A depleção do sistema imune circulante reflecte-se na imunidade celular e,
consequentemente, no aparecimento de infecções oportunistas.

                                  Diagnóstico

       O protocolo habitual para a detecção do HIV-1 consiste na execução de
um ensaio imunoenzimático (ELISA) a que, caso o resultado seja positivo, se
segue um Western Blot confirmatório, sendo ambas sensíveis, fiáveis e uma
relação custo-eficácia aceitável. Pode ainda ser detectado por detecção directa
do vírus no sangue em cultura ou pela detecção do antigénio viral p24, contudo
ambos têm uma sensibilidade apenas moderada, e a cultura é tecnicamente
difícil e consome demasiado tempo, chegando a requerer um mês para a
identificação do vírus.

             Achados Imunológicos e outros parâmetros alterados

Cortisol
       É uma hormona envolvida na resposta ao stresse, e contribui para o
aumento da pressão arterial e hiperglicémia, além da supressão do sistema
imune. Os seus níveis sanguíneos variam ao longo do dia, sendo mais
elevados de manhã e mais baixos à noite, horas após o início do sono.
Mudanças no padrão de secreção de cortisol foram observadas associadas a
níveis anormais de ACTH (Hormona Adenocorticotrópica – estimula a glândula
adrenal, onde o cortisol é sintetizado), depressão, stresse psicológico ou
fisiológico (hipoglicémia, febre, medo, cirurgia e dor) e temperaturas extremas.
A sua secreção crónica contribui para a perda muscular e hiperglicémia e
supressão de respostas inflamatórias e imunes, logo níveis reduzidos de
cortisol, suspeito de contribuir para a destruição de células do sistema imune,
são considerados como uma melhoria do sistema imune sobretudo para
pacientes com patologias relacionadas com o mesmo.

Beta-2-microglobulina
       A beta-2-microglobulina (b2M) é uma pequena molécula presente na
superfície de linfócitos e macrófagos, fazendo parte do HLA. Aumenta na fase


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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


aguda da infecção por HIV-1 e ainda mais ao longo da progressão da doença.
É um marcador da activação lindocitária.

Neopterina
      É uma molécula de baixo peso molecular produzida pelos macrófagos.
Os seus níveis encontram-se elevados em todos os indivíduos infectados por
HIV, comportando-se como a beta-microglobulina, sendo um indicador não
específico desta patologia.

Antigénio p24
      É libertado durante a replicação viral e aparece no soro duas a três
semanas após a infecção antes que apareçam os anticorpos. Desaparece após
a primo-infecção e só reaparece no estado de SIDA.

Carga viral
      É um marcador mais precoce que a diminuição dos CD4+. Uma carga
viral persistente após a seroconversão de mais de 10.000 cópias de RNA/mL
está associada a um risco significativo de evolução para SIDA. Uma carga viral
superior a 30.000 cópias de RNA/mL impõe a implementação de um
tratamento.


  Tabela 3 – Outras alterações imunológicas induzidas pela infecção do HIV.




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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA



 EFEITOS TERAPÊUTICOS DA MASSAGEM EM SEROPOSITIVOS DE HIV

                                    Estudos

      Michael Ruff, imunologista e professor da Faculdade de Medicina da
Universidade de Georgetown acredita que a massagem reduz o stresse,
aliviando danos causados por hormonas do stresse, o cortisol em particular.
Um estudo demonstrou que 80% da doença é induzida por stresse, por isso se
a massagem terapêutica pode reduzir o stresse, pode igualmente melhorar o
sistema imunitário contra a doença (Toups, 1999)
      Como já pudemos constatar, nesta desordem do sistema imunitário
ocorre destruição de células do sistema imune por parte de células virais.
Esperava-se que a massagem terapêutica atenuaria o HIV porque esta diminui
o cortisol em muitas situações (Rich, 2002) e este elimina células NK (Ironson
et al., 1996), que por sua vez eliminam células virais (Whiteside & Herberman,
1989). Seguidamente são apresentados vários estudos cujos dados sugerem
que a massagem terapêutica afecta a função imunitária de forma positiva nesta
patologia, e sobre outras terapêuticas alternativas.

                                   Massagem


      Um estudo de Langewitz et al. (1994), tal como outros, demonstra a
importância que as terapias alternativas têm no alívio da dor e contra a
depressão características nestes pacientes. Neste estudo com 100 pacientes
seropositivos para HIV, 56 pacientes utilizavam terapias alternativas e
psicoterapia, para «fortalecer o corpo e a sua resistência» e ainda como um
«suplemento da terapia convencional», esperando atrasar a progressão da
doença e aliviar sintomas. Os utilizadores destas terapias não convencionais
demonstraram ser menos ansiosos e mais depressivos que os não-utilizadores.
      No seu estudo de 1996, Ironson et al. descobriram que 29 homens
homossexuais (20 HIV-positivos e 9 HIV-negativos) sofreram diminuições
significativas nos seus níveis de ansiedade (correlacionados de forma
significativa com o aumento do número de células NK), hormonas de stresse,
entre as quais o cortisol, e ainda diminuição do nível de catecolaminas, após
receberem, durante um mês, 45 minutos de massagem diária. Verificaram

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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


aumentos significativos na contagem de células NK e sua citotoxicidade,
células CD8 solúveis e subconjunto citotóxico de células CD8. Não se
verificaram alterações nos marcadores de progressão da doença (CD4, razão
CD4/CD8, beta-2-microglobulina, neopterina).
        Birk et al. efectuou um estudo sobre os efeitos da massagem terapêutica
em si e também em combinação com outras terapias alternativas, tendo-se
sujeitado os participantes durante 3 meses em diferentes dias da semana a:
uma massagem de corpo inteiro de 45 minutos por semana; massagem
semelhante e exercício aeróbico bissemanal; massagem semelhante e gestão
de stresse, uma vez por semana. Todos os indivíduos eram seropositivos, não-
hospitalizados, e com contagens de CD4+ superiores a 200 células/μL.
Concluiu-se que a massagem não influencia os valores de CD4+, CD8+, razão
de CD4/CD8 e NK, mas que quando associada a gestão de stresse leva a uma
alteração favorável da percepção de saúde que os indivíduos têm, levando a
uma menor utilização dos recursos de cuidados de saúde, reduzindo esses
custos.
        Outro estudo mais recente demonstrou, em seropositivos-HIV, uma
melhoria das contagens de CD4+ de indivíduos sujeitos apenas a acupunctura,
apenas a massagem, e a ambas, quando comparados com o grupo de controlo
(que não recebeu esses cuidados). Os sujeitos tratados classificaram a sua
experiência (subjectiva) como «muito positiva». (Henrickson, 2001)
        Num outro estudo foram recrutados adolescentes seropositivos para
receberem massagem terapêutica ou relaxamento muscular progressivo,
bissemanalmente durante 12 semanas. Os adolescentes que receberam
massagens terapêuticas afirmaram sentirem-se menos ansiosos. Verificou-se
ainda um aumento no número de células NK e de CD56+CD3-. Os marcadores
imunológicos de progressão da doença (razão CD4/CD8 e número de CD4)
sofreram um aumento positivo apenas para o grupo referido. (Diego et al.,
2001)
        Um dos estudos mais recentes e relevantes foi feito em 2005 por Shor-
Posner et al., aplicado a crianças dominicanas de 2 a 8 anos infectadas com
HIV-1, que foram divididas em dois grupos: o que recebeu massagens e o
grupo de controlo. As crianças do primeiro grupo receberam, bissemanalmente,
uma massagem administrada por uma enfermeira durante 20 minutos, que

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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


consistiu em deslizamentos com uma compressão moderada e amassamento
dos músculos usando um óleo simples (sem adição de essências), ao longo
das 12 semanas em que decorreu o estudo. O grupo de controlo recebeu
visitas bissemanais da enfermeira, que consistiram em leituras, conversas e
jogos. Verificou-se que as crianças do grupo de controlo sofreram um declínio
na contagem de linfócitos CD4/T helper e linfócitos CD8/T citotóxicos,
concluindo-se que a massagem terapêutica poderá ser uma alternativa viável
na manutenção da imunocompetência em milhares de crianças que não têm
acesso a terapêutica antiretroviral.
       Foi igualmente efectuado um estudo de massagem com gelo, mas em
pacientes de SIDA que sofriam de neuropatia, uma forma única de dor crónica
que afecta cerca de 50% dos pacientes de SIDA. Este estudo procurou
examinar os efeitos da massagem com gelo para reduzir a dor neuropática e
melhorar a qualidade do sono destes pacientes. Os três tratamentos
consistiram em massagem com gelo, massagem com toalha seca e presença.
Embora os resultados deste estudo tenham sido negativos, os pacientes
referiram uma diminuição na dor ao longo do tempo relativamente à massagem
com gelo e com a toalha. (Ownby, 2006)

                           Outras terapias alternativas


       Toups (1999) refere ainda outras terapias e modalidades de massagem
favoráveis para seropositivos de HIV e pacientes de SIDA, nomeadamente a
massagem       sueca,    terapia   neuromuscular,         massagem   a   tecidos
profundos, shiatsu, acupunctura e terapia por pontos-gatilho, algumas das
quais serão sucintamente abordadas neste trabalho. Chavez (1995) refere que
a acupunctura é particularmente positiva no caso de neuropatias em
seropositivos de HIV.
       Galantino et al. demonstraram, ao utilizar electroacupunctura não-
invasiva de baixa voltagem em pacientes de HIV/SIDA que sofriam de
neuropatia induzida por antiretrovirais, que esta terapia é eficaz na melhoria do
bem-estar e condição física destes pacientes.




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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA



               TERAPIAS PARA SEROPOSITIVOS DE HIV/SIDA

                             Massagem terapêutica

       A palavra massagem tem origem na francês «massage» que deriva de
«masser», amassar, pelo que poder-se-á interpretar a massagem como o
processo de amassamento que se executa nos músculos e, dada a variedade
de técnicas existentes e seus resultados, poder-se-á considerar como
massagem todas as operações de roçar, friccionar, amassar, bater ou
pressionar que se efectuam numa zona ou na totalidade do corpo para nele
provocar reacções de efeito terapêutico ou estético. Independentemente da
técnica utilizada a finalidade é sempre beneficiar o cliente.
       De acordo com Podder, não há grandes diferenças entre a massagem e
a massagem terapêutica. Ao usar o toque, pressões, fricções e outras técnicas
para provocar bem-estar no indivíduo, estamos a praticar a arte da massagem.
Mas, quando as mesmas técnicas são utilizadas de uma forma científica,
considerando a localização de determinados músculos, pontos de tensão e
outras características anatómicas e fisiológicas, a massagem toma o nome de
terapêutica. A massagem terapêutica consiste na manipulação sistemática de
tecidos moles para os normalizar, procurando que o corpo se cure por si
mesmo, aumentando o seu bem-estar e saúde. Walker acrescenta que o
objectivo da massagem é libertar pontos de tensão. Outros autores, como
Travassos, consideram que a massagem terapêutica, ou massoterapia,
«consiste num conjunto de movimentos (ou manobras) mecânicos executados
com lógica para fins terapêuticos».

                                Massagem sueca


       A massagem sueca evoluiu graças ao trabalho de Pehr Henrik Ling e
Johann Metzger no princípio do século XIX, e é a base de muitas das
massagens do mundo ocidental. De uma forma geral, o seu trabalho aplica-se
à pele e músculos, e procura aumentar a circulação sanguínea e linfática e
aliviar dores por músculos tensos ou sobre esforçados. Óleos de massagem ou
pó de talco são os mais utilizados para reduzir a sensação de fricção.



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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


       Claire refere que os benefícios deste tipo de massagem são, além de
terapêuticos, físicos, mentais e emocionais, promovendo o relaxamento através
da libertação de endorfinas e encefalinas, neurotransmissores (substâncias
químicas produzidas pelos neurónios, por meio das quais enviam informações
a outras células) que reduzem a dor e induzem relaxamento, combatendo o
stresse. Melhora a circulação sanguínea e linfática, que controla a resposta
imune, contribui para a eliminação de desperdícios, como o ácido láctico, de
músculos cansados para aliviar a dor, e combate as adesões no tecido
cicatricial, restaurando mobilidade e flexibilidade.

                    Técnicas principais da massagem sueca


Effleurage e deslizamentos
       «A effleurage é um deslizamento, profundo ou superficial que, na
direcção do coração, melhora a circulação da linfa e sangue, assim como a
nutrição e funcionamento dos músculos.» (West, 1990)




                                  Figura 5 – Effleurage.

Petrissage
       Também designada por amassamento, é a técnica em que o terapeuta
age sobre a pele, tecidos subcutâneos e músculos. É fundamental um pré-
relaxamento muscular, inicia-se este tipo de manipulação com uma pressão de
média intensidade que vai aumentando até atingir a camada tecidular mais
profunda.




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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


Tapottement
      O Tapottement é uma técnica de massagem constituída por movimentos
de percussão sucessivos, curtos, rápidos e ritmados. A variação da sua
frequência pode ter um efeito tonificante.
O efeito mecânico desta técnica quando aplicada na região torácica promove a
libertação do muco que se encontra nas vias respiratórias e consequente
expulsão do mesmo.

Vibrações
      O terapeuta pressiona as suas mãos nas costas ou membros do
paciente, com os cotovelos bloqueados, e aplica pequenas oscilações,
produzindo um efeito vibratório que atravessa os tecidos a serem tratados.
Aumenta a circulação e aumenta o poder de contracção dos músculos.

                   Terapia por Pontos Gatilho ou Mioterapia


      Em 1980, Bonnie Prudden introduziu esta terapia que se concentra em
pequenas áreas de tensão. O objectivo da mioterapia é eliminar estes pontos
gatilho que são pontos extremamente irritáveis no músculo e que contribuem
para a dor. São como pequenas pedras ou áreas de grande dureza no tecido,
das quais o indivíduo nem sempre se apercebe. Estes pontos gatilho são
colocados nos nossos corpos durante as nossas vidas em virtualmente
qualquer área do nosso corpo por tensões, acidentes, doenças e certas
posturas. Prudden afirma que até mesmo o trauma do nascimento pode colocar
pontos gatilho no sistema muscular do corpo. Estes pontos permanecem
dormentes até que as condições físicas e/ou emocionais correctas os activem,
causando espasmos musculares nos músculos afectados.
      Os pontos gatilho podem ser localizados por técnicas de pesquisa, em
que os dedos e o polegar exploram uma extensa área, procurando estes
pontos pequenos pontos tensos, aplicando uma pressão estável ao mesmo, ou
ainda injecções de CO2. Este método é bastante eficaz a libertar ou aliviar
tanto estes pontos como as áreas circundantes da tensão. Por vezes estes
pontos são sensíveis ao toque, pelo que será necessário moderar a pressão



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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


aplicada, sendo possível que apenas uma sessão não seja suficiente para
relaxar um ponto gatilho.
      É por vezes incorporada noutros tipos de massagem terapêutica como a
terapia neuromuscular ou mesmo a massagem sueca.

                            Terapia Neuromuscular


      A Terapia Neuromuscular é uma técnica abrangente de manipulação
muscular profunda, baseada nas leis neurológicas que explicam como o
sistema nervoso central age para manter a homeostase, o equilíbrio do corpo.
Da mesma forma, essas mesmas leis mostram como o sistema nervoso central
inicia a resposta de dor. A Lei de Arndt estabelece como a dor se origina no
corpo: "diferentes níveis de estímulo nervoso afectam a actividade fisiológica".
Na homeostase, a transmissão de estímulos nervosos é muito lenta. Lesões,
traumas, distorções posturais ou stress aceleram a transmissão nervosa,
inibindo o equilíbrio e tornando o corpo vulnerável à dor e disfunção. Sabe-se
também que a vida moderna transformou a nossa necessidade de movimento,
forçando o corpo a adaptar-se a um novo estilo de vida. Os músculos não
utilizados encurtam-se por falta de movimento e, quando solicitados a realizar
qualquer movimento considerado fora do padrão normal, a musculatura
responde, com stresse, dor e desconforto. Através da dor promovem-se
posturas adaptadas e inadequadas, contribuindo para a expressão de
disfunção.
Esta terapia vai permitir a reversão deste ciclo de stresse-tensão-dor:
- Interrompe os impulsos enviados à coluna vertebral
- Reduz a intensidade da actividade nervosa dentro dos tecidos musculares
- Força mecanicamente a saída de toxinas acumuladas nos pontos de
recepção nervosa.
- A musculatura relaxa, a circulação aumenta e o corpo retorna a integridade e
ao equilíbrio neuromuscular normal.

                       Massagem dos tecidos profundos


      Esta técnica é definida por Riggs (2002) como «a compreensão das
camadas do corpo, e da capacidade de trabalhar com o tecido nestas camadas

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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


para relaxar, alongar e libertar padrões estruturais da forma mais eficiente e
eficaz do ponto de vista energético possível». Considera-se não existir
nenhuma linha de separação concreta entre a massagem “normal” e a
massagem de tecidos profundos, podendo caracterizar-se tecnicamente pela a
profundidade da pressão, velocidades das manobras efectuadas, ou pelo uso
do cotovelo e nós dos dedos, variando consoante o terapeuta, enquadramento
e cliente, focando-se principalmente na alteração da estrutura e de restrições
musculares, originando um maior grau de relaxamento e alívio de dor. Em
suma, usa movimentos lentos, pressão directa e fricção.
      Travassos (2003) define esta massagem como «uma técnica que tem
como objectivo detectar e tratar tensões crónicas nos músculos mais profundos
(…) e tem como princípio básico melhorar a circulação do sangue, reduzir a dor
e libertar a tensão para que o corpo recupere a sua integridade e equilíbrio
neuromuscular».
      Os tecidos são trabalhados de forma lenta e profunda – quanto maior a
resistência, dor ou tensão muscular, mais lentamente se trabalha. Considera-se
que o stresse existente em músculos tensos e inflexíveis se manifesta na
ligação do tendão ao músculo, que é relaxado ao suavizar a inserção. Não
significa que o restante músculo não seja trabalhado, mas perde-se menos
tempo nesse trabalho.

                                  Crioterapia

      A crioterapia é o uso do frio para tratar traumatismos agudos, lesões
subagudas e dor crónica.
      Ao aplicar o frio à pele, os vasos cutâneos contraem-se cada vez mais
até uma temperatura de aproximadamente 15ºC, atingindo assim um pico
máximo de vasoconstrição. Esta vasoconstrição provém primariamente do
aumento de sensibilidade dos vasos à estimulação nervosa, porém
provavelmente também provenha de um reflexo que chega à medula e
regressa até os vasos sanguíneos.
      Com temperaturas inferiores a 15ºC, os vasos começam a dilatar-se.
Esta vasodilatação depende de um efeito local directo do frio sobre os próprios
vasos, provavelmente paralisia do mecanismo contráctil da parede vascular ou



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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


um bloqueio dos impulsos nervosos dos mesmos. Com uma temperatura
próxima a 0ºC, os vasos atingem sua máxima vasodilatação (reacção
defensiva local ou termogénica).
       Aplica-se através de gelo, água fria ou gelada, massagem com gelo,
aerossóis químicos e banhos de contraste.

                             Massagem com gelo


       É uma técnica utilizada para reduzir edemas, dor local, inflamação e
espasmos musculares, sendo bastante útil nos pacientes de SIDA com
neuropatia. Consiste na aplicação local de frio ao massajar a zona com um
cubo de gelo numa pequena área como um tendão ou músculo, o que pode ser
feito congelando uma espátula em conjunto com um copo de água, como se vê
na figura.




                           Figura 6 – Massagem com gelo.



                          ELECTROACUPUNCTURA



       A acupunctura baseia-se no facto de que a energia vital circula no corpo
humano através de doze canais, chamados meridianos, seis de polaridade
negativa, os Ying e seis de polaridade positiva, os Yang.
       Para se promover uma boa circulação desta energia, recorre-se à
palpação dos pulsares chineses (seis), situados na parte plana (interior) dos



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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA


pulsos, em três regiões diferentes. A estimulação destes pontos resulta numa
regulação da energia e tem um poder curativo e preventivo.
      Existem vários métodos de estimulação: a agulha, mais divulgada no
Oriente; e a massagem ou Shiatsu. O Ocidente desenvolveu uma nova técnica:
a electroacupunctura.
      A electroacupunctura consiste na difusão de descargas eléctricas de
baixa potência, durante curtos períodos de tempo, sobre zonas de
acupunctura. É uma forma de TENS (Estimulação Neuroeléctrica Trans-
cutânea), na medida em que tem como objectivo principal o tratamento da dor
por estimulação eléctrica dos pontos nervosos sensitivos dos músculos. A
principal diferença reside na utilização de eléctrodos que penetram no corpo,
as agulhas de acupunctura, tornando esta técnica corporalmente invasiva para
o seu utilizador. O uso das agulhas permite concentrar a estimulação nos
pontos nervosos sensitivos musculares, aumentando ao mesmo tempo a
profundidade de actuação dos estímulos no músculo, uma vez que o eléctrodo
penetra neste. Estes dois efeitos levam a que os impulsos eléctricos aplicados
ao músculo sejam menores que nas unidades de TENS (correntes com
amplitudes que podem variar entre os     A e alguns mA), com frequências de
onda que podem ir de 1 a 1000Hz. As frequências mais baixas (normalmente
até aos 20Hz) têm principalmente um efeito tonificante dos músculos, enquanto
que a utilização de frequências mais altas (a partir de cerca de 50Hz) tem como
objectivo principal bloquear a dor, actuando assim como analgésico.




                     Figura 7 – Aparelho de Acupunctura.



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Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA



                                CONCLUSÃO



      De acordo com os estudos efectuados em seropositivos de HIV e
doentes de SIDA, a massagem terapêutica aumenta, de forma positiva, e de
uma maneira geral, o número de células assassinas NK, células T helper e T
citotóxicas. Reduz a dor neuropática (no caso da massagem com gelo e
electroacupunctura) e os níveis de cortisol, ansiedade e stresse, algo muito
importante nos seropositivos de HIV e pacientes de SIDA, pelo que a
massagem terapêutica é um complemento positivo às terapias antiretrovirais na
manutenção da imunocompetência do indivíduo, não só relativamente aos
níveis de linfócitos CD4+, visto que a preservação das restantes populações é
igualmente importante: níveis mais elevados de linfócitos T citotóxicos
protegem o organismo contra a infecção e também da progressão da doença.
      Restaurar e preservar a função imune é um componente chave para
gerir a doença/infecção e o papel da massagem terapêutica e outras terapias
como um auxílio na manutenção da imunocompetência e maior conservação
dos linfócitos CD4, CD8 e CD3 oferecem esperança a todos os afectados por
esta patologia.




Mónica Fonseca Lima                                                       28
Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA



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Efeitos da Massagem em Seropositivos de HIV

  • 1. Curso de Massagem Terapêutica e de Recuperação Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV e pacientes de SIDA 26 de Janeiro de 2007 Formador: Marcos Morgado Formanda: Mónica Isabel Fonseca Sequeira Lima Aluna nº P-6394 Turma n.º 31
  • 2. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA Índice Introdução .......................................................................................................... 4 Noções de Imunologia ........................................................................................ 5 Sistema Imunológico ...................................................................................... 5 Complexo Major de Histocompatibilidade ....................................................... 5 Sistema linfático .............................................................................................. 6 Hematopoiese e Células do Sistema Imunitário .......................................... 6 Anticorpos ................................................................................................... 9 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) ............................................. 11 Epidemiologia ............................................................................................... 11 Virologia ........................................................................................................ 12 História natural da infecção pelo HIV ............................................................ 13 Infecção primária ....................................................................................... 13 Seroconversão .......................................................................................... 14 Infecção crónica assintomática ................................................................. 14 Infecção sintomática ................................................................................. 14 SIDA .......................................................................................................... 15 Infecção avançada .................................................................................... 15 Diagnóstico ................................................................................................... 16 Achados Imunológicos e outros parâmetros alterados ................................. 16 Efeitos terapêuticos da massagem em seropositivos de HIV ........................... 18 Estudos ......................................................................................................... 18 Massagem................................................................................................. 18 Outras terapias alternativas ...................................................................... 20 Terapias para seropositivos de HIV/SIDA ........................................................ 21 Massagem terapêutica ................................................................................. 21 Massagem sueca ...................................................................................... 21 Técnicas principais da massagem sueca .................................................. 22 Terapia por Pontos Gatilho ou Mioterapia ................................................. 23 Terapia Neuromuscular ............................................................................. 24 Massagem dos tecidos profundos ............................................................. 24 Crioterapia .................................................................................................... 25 Massagem com gelo ................................................................................. 26 Mónica Fonseca Lima 2
  • 3. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA Electroacupunctura .......................................................................................... 26 Conclusão ........................................................................................................ 28 Bibliografia........................................................................................................ 29 Mónica Fonseca Lima 3
  • 4. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA INTRODUÇÃO Com dezenas de milhões de seropositivos em todo o mundo, a infecção por HIV e a SIDA são importantes problemas de Saúde Pública. Com este trabalho pretende-se introduzir noções básicas de imunologia, sobre a doença e o vírus que a provoca, e explorar os efeitos da massagem terapêutica em Seropositivos de HIV e doentes de SIDA com neuropatia, através da consulta e breve descrição dos resultados dos estudos existentes nesta área, direccionados para este tema. A relevância deste trabalho centra-se na utilidade terapêutica dos estudos envolvidos em casos de impossibilidade no acesso à terapia antiretroviral em países mais pobres, menos desenvolvidos do ponto de vista industrial e com menores recursos económicos, como a República Dominicana e certamente muitos países no continente Africano, entre outros. Mónica Fonseca Lima 4
  • 5. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA NOÇÕES DE IMUNOLOGIA Sistema Imunológico A Imunidade, ou Sistema Imunológico, consiste nos mecanismos utilizados pelo corpo como protecção contra agentes estranhos ao organismo, podendo ser classificada como Imunidade Inata ou Adquirida. A Imunidade Inata é conferida por elementos que nascem com o indivíduo e que estão sempre presentes e disponíveis como primeira linha de defesa contra invasores: a pele, membranas mucosas, reflexos, pH (acidez gástrica), febre, fagócitos (granulócitos, macrófagos), entre outros. A Imunidade Adquirida ou Específica é mais especializada, sendo mais específica para um determinado invasor, através da acção direccionada dos linfócitos ou células T (Resposta Imune Celular ou Medidada por Células) e a produção de anticorpos específicos (Resposta Imune Humoral). O sistema imunitário é composto por células, como os glóbulos brancos, e substâncias solúveis, como os anticorpos, as proteínas do sistema do complemento e as citoquinas (ou citocinas). Algumas substâncias solúveis actuam como mensageiros para atrair e activar outras células. As citoquinas ou interleucinas são proteínas essenciais na comunicação intercelular. Podem ser segregadas por linfócitos (linfoquinas) ou macrófagos (monoquinas), entre outros tipos de tecidos. Ao actuarem como mediadores solúveis, controlam a diferenciação e maturação celular, inflamação e resposta imune local e sistémica, reparação tecidular, hematopoiese, apoptose, etc. Complexo Major de Histocompatibilidade O complexo major de histocompatibilidade (MHC, Major Histocompatibility Complex) é a base do sistema imunitário e ajuda a identificar o que é próprio e o que é estranho. A tarefa de exibir os antigénios ligados às células, para o reconhecimento pelos Linfócitos T, é executada por proteínas especializadas, que são codificadas por genes (fragmentos de DNA) no MHC. Foi descoberto como uma ampla família de genes altamente polimórficos que codificam para Mónica Fonseca Lima 5
  • 6. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA proteínas expressadas à superfície das células, e que apresentam fragmentos de moléculas de microrganismos invasores ou células disfuncionais (p. ex. células tumorais) às células T, com a capacidade de eliminar ou coordenar a destruição do microrganismo, célula infectada ou disfuncional. Os genes mais conhecidos do MHC são o subconjunto que codifica proteínas apresentadoras de antigénios à superfície das células, e chamam-se Human Leukocyte Antigen (HLA): HLA-A, HLA-B, HLA-C, HLA-DPA1, HLA- DPB1, HLA-DQA1, HLA-DQB1, HLA-DRA, e HLA-DRB1. O complexo MHC divide-se em três regiões: MHC Classe I, que codifica proteínas de ligação para os linfócitos CD8 ou células T citotóxicas, entre outras, e onde se localizam os genes HLA-A, HLA-B e HLA-C; MHC Classe II, que codifica proteínas de ligação para os linfócitos CD4 ou células T helper, entre outras, e onde se localizam os genes do HLA-D; e MHC Classe III, que codifica para componentes do complemento. Sistema linfático O sistema linfático é uma rede de gânglios e vasos linfáticos. Os gânglios linfáticos encontram-se ligados a linfócitos, existentes na linfa que circula pelos vasos, que atacam e destroem antigénios (uma substância que pode estimular uma resposta imune). Os gânglios linfáticos costumam agrupar- se em zonas de ramificação dos vasos linfáticos, como o pescoço, as axilas e as virilhas. A linfa contribui para que a água, as proteínas e outras substâncias dos tecidos corporais regressem à corrente sanguínea. Todas as substâncias absorvidas pela linfa passam pelo menos por um gânglio linfático. O timo, o fígado, o baço, o apêndice, a medula óssea, as amígdalas e as placas de Peyer no intestino delgado) também fazem parte do sistema linfático, auxiliando o corpo a combater as infecções. Hematopoiese e Células do Sistema Imunitário Hematopoiese é o processo pelo qual as células sanguíneas crescem, se dividem e diferenciam na medula óssea. Produzem-se essencialmente três classes de células: glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos Mónica Fonseca Lima 6
  • 7. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA (leucócitos) e plaquetas. Todas elas derivam de stem cells hematopoiéticas existentes na medula óssea, podendo ser distinguidas das restantes células aí existentes por uma proteína de superfície característica, a CD34, apenas uma de muitas proteínas nomeadas CD (cluster of differentiation) seguidas de um número identificativo. Este sistema de nomenclatura CD foi desenvolvido para identificar proteínas de membrana ou complexos proteicos, podendo ser aplicado tanto em células hematopoiéticas como não hematopoiéticas. Os leucócitos são células claras nucleadas e sem hemoglobina. Protegem o corpo contra microrganismos invasores, removem células mortas e corpos estranhos do organismo. Têm a capacidade de se moverem, deslocando-se desde a circulação aos tecidos, sendo atraídos para estes por quimiotaxia, isto é, por estímulos químicos, devido à presença de materiais estranhos ou células mortas nestes locais. No local de uma infecção, os leucócitos acumulam-se, fagocitam bactérias, corpos estranhos e células mortas após o que morrem, acumulando-se com líquido e fragmentos celulares para formar pus. Dividem-se em fagócitos e imunócitos. Os fagócitos compreendem os monócitos e os granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Os linfócitos e os plasmócitos constituem os imunócitos. Granulócitos Neutrófilos: Fagocitam bactérias, complexos antigénio-anticorpo (antigénio e anticorpo ligados) e outros corpos estranhos. Segregam lizosimas (enzimas que destroem certas bactérias). Eosinófilos: São mais comuns em tecidos onde se desenrola uma reacção alérgica (mas também numa reacção inflamatória), aumentando no sangue em alergias ou determinadas infecções parasitárias. Aparentemente reduzem a resposta inflamatória, produzindo enzimas que destroem mediadores inflamatórios químicos como a histamina. Fagocitam complexos Antigénio- Anticorpo (Ag-Ac) formados durante a reacção alérgica. Mónica Fonseca Lima 7
  • 8. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA Basófilos: Participam em reacções alérgicas e inflamatórias. Contêm histamina que libertam nos tecidos para aumentar a inflamação e heparina para inibir a coagulação do sangue. Monócitos: Transformam-se em macrófagos, migram para os tecidos para fagocitar bactérias, células mortas e outras substâncias que, após decompostas são apresentadas aos linfócitos que assim ficam activados. Linfócitos Reconhecem e distinguem diferentes antigénios, sendo responsáveis pela Resposta Imunitária Adquirida. Podem viver durante anos ou décadas. Dividem-se em três categorias principais: - Linfócitos B: Derivam de uma stem cell da medula óssea e aí amadurecem até se converterem em plasmócitos, que segregam anticorpos. - Linfócitos T, CD3+: Formam-se quando as stem cells migram da medula óssea para o timo, onde se dividem, amadurecem e aprendem a distinguir o próprio (self) do estranho (non self) no timo. Os linfócitos T maduros abandonam o timo e entram no sistema linfático, onde funcionam como parte do sistema imunitário de vigilância. Células T helper, CD4+: Existem nesta categoria as células T helper 1, que activam macrófagos e neutrófilos, e as células T helper 2, que atraem por quimiotaxia linfócitos e basófilos, e estimulam o crescimentos de eosinófilos. Células T citotóxicas, CD8+, conseguem eliminar células infectadas por vírus. - Células NK (natural killer, células assassinas), (CD3-): Matam alguns microrganismos, células tumorais e virais. Quando se formam já estão preparadas para eliminar células, não requerendo a maturação que os linfócitos B e T necessitam, oferecendo uma protecção mais precoce, antes das respostas das células B e T, produzindo citoquinas que promovem o desenvolvimento de uma resposta imune específica. Mónica Fonseca Lima 8
  • 9. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA Figura 1 – Glóbulos brancos. Tabela 1 – Classificação CD de marcadores de superfície. Marcador Tipo célula/Linhagem Funções/Propriedades CD3 Linfócitos T Marcador de linhagem das células T; transdução de sinal de receptores de células-T. CD4 Linfócitos T, monócitos, Co-receptor para MHC classe II; macrófagos marcador para células T helper. CD8 Linfócitos T Co-receptor para MHC classe I; marcador para células T citotóxicas. CD16 Células NK, Marcador de linhagem das células NK, macrófagos, neutrófilos receptor de baixa afinidade para IgG. CD56 Células NK Marcador de linhagem das células NK. Anticorpos Se estimulados por um antigénio, os linfócitos B convertem-se em plasmócitos para segregar anticorpos ou imunoglobulinas (Ig). Uma molécula de anticorpo divide-se em regiões variáveis e constantes. A região variável determina a que antigénio se unirá o anticorpo. A região constante determina a classe de anticorpo (Ig G, M, D, E ou A). IgM: produzida aquando da primeira exposição a um antigénio. Mónica Fonseca Lima 9
  • 10. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA IgG: o tipo de anticorpo mais frequente, só se produz depois de várias exposições a um antigénio. IgA: desempenha um papel importante na defesa do corpo numa invasão de microrganismos através de uma membrana mucosa. Encontra-se no sangue e em algumas secreções como as do tubo gastrointestinal e do nariz, dos olhos, dos pulmões e do leite materno. IgE: produz reacções alérgicas agudas (imediatas). Figura 2 – Estrutura de um anticorpo. Mónica Fonseca Lima 10
  • 11. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (SIDA) Epidemiologia Em 1981 foram descritos casos invulgares de pneumonia por Pneumocystis carinii em homens homossexuais em São Francisco, nos Estados Unidos da América. A isto seguiu-se o reconhecimento de uma forma agressiva de sarcomas de Kaposi numa população semelhante em Nova Iorque. A identificação do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) como o agente causador da SIDA em 1983/1984 foi rapidamente seguida pela caracterização do vírus e das células alvo que infecta e pela elucidação das consequências da infecção. Em 1985, kits de diagnóstico foram desenvolvidos para a detecção de anticorpos do HIV. Em 1987, a zidovudina (AZT), o primeiro agente antiretroviral foi aprovado pela Food and Drugs Administration nos Estados Unidos para tratamento da infecção. O HIV é um vírus que ataca o sistema imunitário, dificultando a sua tarefa de protecção do corpo contra infecções e doenças. O estado último e mais severo desta infecção é a SIDA, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O vírus é transferido através do sangue e fluidos corporais. O sangue, sémen, secreções vaginais, leite materno e saliva (embora em porções diminutas, no último caso) de um indivíduo infectado possuem o vírus ou células infectadas com o mesmo. Logo, o HIV pode ser transmitido por relações sexuais desprotegidas, partilha de agulhas, transfusão de sangue ou produtos sanguíneos que não tenham sido desleucocitados, verticalmente (entre mãe e feto), durante um parto natural e amamentação. Embora inicialmente se tenha restringido a homossexuais sexualmente activos em grandes cidades dos Estados Unidos, a infecção e a doença não têm preferência quanto ao sexo, pelo que neste momento, em todo o mundo, a transmissão entre heterossexuais é a mais comum. Até ao ano 2000, os homossexuais e utilizadores de drogas endovenosas constituíam os grupos mais infectados nos Estados Unidos. Contudo, o maior aumento da taxa de incidência de SIDA encontrava-se então em mulheres heterossexuais e minorias, Americanos de origem Africana e Hispânicos. A transmissão do vírus Mónica Fonseca Lima 11
  • 12. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA via transfusão de sangue foi virtualmente eliminada através de testes aos dadores e produtos sanguíneos. A eficiência da transmissão vertical pode ser grandemente diminuída se a mãe aderir a uma terapia antiretroviral, não amamentar o bebé e recorrer a um parto por cesariana. Apesar de tudo, esta epidemia encontra-se espalhada em todo o mundo. Em 1996 estimou-se que 22,6 milhões de pessoas estavam infectadas em todo o mundo, das quais 21,8 milhões eram adultas e 380.000 crianças. A Organização Mundial da Saúde estimou que no período entre 1981 e 1996 mais de 8,4 milhões de adultos e crianças desenvolveram a doença. Estimou- se também que no mesmo período 6,4 milhões de mortes foram causadas pelo vírus HIV. Virologia O HIV é um retrovírus com invólucro da família dos lentivírus. Encontram-se descritas duas estirpes de HIV, o HIV-1, prevalente na África Central, Estados Unidos, Europa e Austrália, e o HIV-2, mais comum na África Ocidental e nalgumas partes da Europa. O HIV-1 é a estirpe mais virulenta. O HIV-2 tem um período de latência maior que o HIV-1 desde o momento da infecção até ao desenvolvimento de sintomas e uma taxa mais baixa de transmissão vertical. O HIV é caracterizado por um alto grau de variabilidade genética que resulta da rápida acumulação de mutações e de recombinações. O HIV-1 pode ser dividido em três grupos: grupo O, grupo M e grupo N. A maioria das sequências analisadas pertence ao grupo M. O grupo M é composto por nove subtipos filogeneticamente distintos, os subtipos A, B, C, D, F, G, H, J e K. Figura 3 – HIV. Mónica Fonseca Lima 12
  • 13. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA O core viral contém duas cadeias simples idênticas de RNA genómico (ácido ribonucleico) e três enzimas: integrase, protease e transcriptase reversa (RT). O invólucro, que é derivado da membrana celular da célula hospedeira, possui glicoproteínas virais, como gp120 e gp41, que são críticos para a infecção. O gp120 tem uma elevada afinidade para os marcadores de superfície CD4, ou seja, células que expressam estes marcadores, como as células T helper, e macrófagos/monócitos e células dendríticas que também expressam um menor nível de CD4, tornando-se alvos potenciais para este vírus. História natural da infecção pelo HIV Infecção primária O HIV liga-se a receptores e co-receptores presentes nas membranas das células-alvo. A CD4, presente em linfócitos T auxiliares, macrófagos, células de Langerhans e células dendríticas, funciona como um receptor. O CCR5 e o CXCR4, receptores de quimiocinas presentes nessas células, actuam como co-receptores para o HIV, favorecendo a ligação entre o vírus e a membrana celular. O CXCR4 é um co-receptor para as estirpes com tropismo para linfócitos T CD4+, enquanto o CCR5 actua como co-receptor para estirpes com tropismo para macrófagos, sendo que a ausência de expressão ou alteração destes receptores dificulta a ligação do HIV à célula-alvo. Após a entrada e a fusão com as células-alvo os vírus migram em 2 dias por canais linfáticos, iniciando a replicação viral. Os vírus são libertados no sangue periférico 5 dias depois, disseminando-se pelo organismo. A infecção primária ou aguda é caracterizada por manifestações clínicas relacionadas à replicação viral ou activação do sistema imune pela entrada do HIV no organismo, 2 a 4 semanas após a contaminação, nomeadamente por febre, linfadenopatia, cefaleias, mialgia, atralgia, anorexia, náusea, vómitos, diarreia e exantema maculopapular eritematoso, cessando em 30 dias. A infecção primária sintomática mais severa e duração superior a 14 dias relaciona-se com uma progressão rápida da doença. Os exames laboratoriais demonstram uma diminuição temporária na contagem de células T CD4+, e elevados níveis de carga viral. Mónica Fonseca Lima 13
  • 14. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA Seroconversão Só ocorre cerca de 3 meses após a infecção, pelo que antes disso os testes serológicos de detecção de anticorpos anti-HIV não conseguem diagnosticar o paciente infectado devido à pequena quantidade de anticorpos produzida. Este “período de janela” pode durar até 6 meses contudo existem registos de casos em que este período se prolongou até 3 anos após a infecção inicial. Infecção crónica assintomática Pode durar meses ou anos, sendo que o paciente se apresenta clinicamente assintomático e não apresenta achados ao exame físico, excepto no caso de linfadenopatia persistente generalizada (LPG), definida como um aumento dos gânglios linfáticos. A replicação viral é muito activa, ocorrendo a destruição diária de 109 linfócitos CD4+: a sua morte é quase contrabalançada pela sua substituição. O tempo de semi-vida do HIV no plasma é de cerca de 6 horas sendo que aproximadamente 30% da carga viral evidencia um declínio nessa população, atingindo 780céls/mm3 seis meses após a seroconversão e 670 céls/mm3 é renovada diariamente enquanto que a renovação de linfócitos CD4 só atinge 6 a 7% do seu total no mesmo período. O paciente que antes da seroconversão possuía uma contagem média de CD4 de 1000 céls/mm3, após um ano verá a sua taxa de linfócitos CD4 decair em média de 30 a 90 céls/mm3 por ano. Infecção sintomática A produção de anticorpos deixa de ser suficiente, permitindo que a o acentuar da replicação viral e a infecção e destruição de cada vez mais células CD4. Nesta fase, com a contagem de linfócitos T CD4+ numa faixa de 499 a 3 200 céls/mm , algumas doenças oportunistas como a candidíase bucal e a leucoplasia pilosa, e sintomas como febre e diarreia (com duração superior a um mês) começam a aparecer. Mónica Fonseca Lima 14
  • 15. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA SIDA 3 Apresentando contagem de linfócitos T CD4+ abaixo de 200 céls/mm , ou doenças listadas na categoria C do sistema de classificação da infecção pelo HIV do Centers for Disease Control & Prevention (CDC) de 1992, o paciente atinge o estado de SIDA. O período compreendido entre a infecção pelo HIV e o diagnóstico de SIDA é, em média, de 10 anos, sendo que o paciente apresenta um diagnóstico clínico definidor de SIDA 12 a 18 meses 3 após uma contagem de linfócitos T CD4+ inferior a 200 céls/mm , caso não receba tratamento anti-retroviral. Tabela 2 – Infecções oportunistas mais comuns em pacientes de SIDA. Pneumonia por Pneumocystis carinii Toxoplasmose Infecção disseminada por Mycobacterium tuberculosis Infecção por Herpes Simplex Vírus Infecção disseminada por citomegalovírus Meningite por Cryptococcus neoformans (fungo) Figura 4 – Diagrama esquemático do decurso da infecção viral. Infecção avançada Nesta fase os pacientes possuem uma contagem de CD4+ inferior a 50 céls/mm3. Estes pacientes têm uma expectativa de vida limitada. Na Mónica Fonseca Lima 15
  • 16. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA deficiência generalizada da resposta imune todos os sistemas do corpo cedem. A depleção do sistema imune circulante reflecte-se na imunidade celular e, consequentemente, no aparecimento de infecções oportunistas. Diagnóstico O protocolo habitual para a detecção do HIV-1 consiste na execução de um ensaio imunoenzimático (ELISA) a que, caso o resultado seja positivo, se segue um Western Blot confirmatório, sendo ambas sensíveis, fiáveis e uma relação custo-eficácia aceitável. Pode ainda ser detectado por detecção directa do vírus no sangue em cultura ou pela detecção do antigénio viral p24, contudo ambos têm uma sensibilidade apenas moderada, e a cultura é tecnicamente difícil e consome demasiado tempo, chegando a requerer um mês para a identificação do vírus. Achados Imunológicos e outros parâmetros alterados Cortisol É uma hormona envolvida na resposta ao stresse, e contribui para o aumento da pressão arterial e hiperglicémia, além da supressão do sistema imune. Os seus níveis sanguíneos variam ao longo do dia, sendo mais elevados de manhã e mais baixos à noite, horas após o início do sono. Mudanças no padrão de secreção de cortisol foram observadas associadas a níveis anormais de ACTH (Hormona Adenocorticotrópica – estimula a glândula adrenal, onde o cortisol é sintetizado), depressão, stresse psicológico ou fisiológico (hipoglicémia, febre, medo, cirurgia e dor) e temperaturas extremas. A sua secreção crónica contribui para a perda muscular e hiperglicémia e supressão de respostas inflamatórias e imunes, logo níveis reduzidos de cortisol, suspeito de contribuir para a destruição de células do sistema imune, são considerados como uma melhoria do sistema imune sobretudo para pacientes com patologias relacionadas com o mesmo. Beta-2-microglobulina A beta-2-microglobulina (b2M) é uma pequena molécula presente na superfície de linfócitos e macrófagos, fazendo parte do HLA. Aumenta na fase Mónica Fonseca Lima 16
  • 17. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA aguda da infecção por HIV-1 e ainda mais ao longo da progressão da doença. É um marcador da activação lindocitária. Neopterina É uma molécula de baixo peso molecular produzida pelos macrófagos. Os seus níveis encontram-se elevados em todos os indivíduos infectados por HIV, comportando-se como a beta-microglobulina, sendo um indicador não específico desta patologia. Antigénio p24 É libertado durante a replicação viral e aparece no soro duas a três semanas após a infecção antes que apareçam os anticorpos. Desaparece após a primo-infecção e só reaparece no estado de SIDA. Carga viral É um marcador mais precoce que a diminuição dos CD4+. Uma carga viral persistente após a seroconversão de mais de 10.000 cópias de RNA/mL está associada a um risco significativo de evolução para SIDA. Uma carga viral superior a 30.000 cópias de RNA/mL impõe a implementação de um tratamento. Tabela 3 – Outras alterações imunológicas induzidas pela infecção do HIV. Mónica Fonseca Lima 17
  • 18. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA EFEITOS TERAPÊUTICOS DA MASSAGEM EM SEROPOSITIVOS DE HIV Estudos Michael Ruff, imunologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Georgetown acredita que a massagem reduz o stresse, aliviando danos causados por hormonas do stresse, o cortisol em particular. Um estudo demonstrou que 80% da doença é induzida por stresse, por isso se a massagem terapêutica pode reduzir o stresse, pode igualmente melhorar o sistema imunitário contra a doença (Toups, 1999) Como já pudemos constatar, nesta desordem do sistema imunitário ocorre destruição de células do sistema imune por parte de células virais. Esperava-se que a massagem terapêutica atenuaria o HIV porque esta diminui o cortisol em muitas situações (Rich, 2002) e este elimina células NK (Ironson et al., 1996), que por sua vez eliminam células virais (Whiteside & Herberman, 1989). Seguidamente são apresentados vários estudos cujos dados sugerem que a massagem terapêutica afecta a função imunitária de forma positiva nesta patologia, e sobre outras terapêuticas alternativas. Massagem Um estudo de Langewitz et al. (1994), tal como outros, demonstra a importância que as terapias alternativas têm no alívio da dor e contra a depressão características nestes pacientes. Neste estudo com 100 pacientes seropositivos para HIV, 56 pacientes utilizavam terapias alternativas e psicoterapia, para «fortalecer o corpo e a sua resistência» e ainda como um «suplemento da terapia convencional», esperando atrasar a progressão da doença e aliviar sintomas. Os utilizadores destas terapias não convencionais demonstraram ser menos ansiosos e mais depressivos que os não-utilizadores. No seu estudo de 1996, Ironson et al. descobriram que 29 homens homossexuais (20 HIV-positivos e 9 HIV-negativos) sofreram diminuições significativas nos seus níveis de ansiedade (correlacionados de forma significativa com o aumento do número de células NK), hormonas de stresse, entre as quais o cortisol, e ainda diminuição do nível de catecolaminas, após receberem, durante um mês, 45 minutos de massagem diária. Verificaram Mónica Fonseca Lima 18
  • 19. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA aumentos significativos na contagem de células NK e sua citotoxicidade, células CD8 solúveis e subconjunto citotóxico de células CD8. Não se verificaram alterações nos marcadores de progressão da doença (CD4, razão CD4/CD8, beta-2-microglobulina, neopterina). Birk et al. efectuou um estudo sobre os efeitos da massagem terapêutica em si e também em combinação com outras terapias alternativas, tendo-se sujeitado os participantes durante 3 meses em diferentes dias da semana a: uma massagem de corpo inteiro de 45 minutos por semana; massagem semelhante e exercício aeróbico bissemanal; massagem semelhante e gestão de stresse, uma vez por semana. Todos os indivíduos eram seropositivos, não- hospitalizados, e com contagens de CD4+ superiores a 200 células/μL. Concluiu-se que a massagem não influencia os valores de CD4+, CD8+, razão de CD4/CD8 e NK, mas que quando associada a gestão de stresse leva a uma alteração favorável da percepção de saúde que os indivíduos têm, levando a uma menor utilização dos recursos de cuidados de saúde, reduzindo esses custos. Outro estudo mais recente demonstrou, em seropositivos-HIV, uma melhoria das contagens de CD4+ de indivíduos sujeitos apenas a acupunctura, apenas a massagem, e a ambas, quando comparados com o grupo de controlo (que não recebeu esses cuidados). Os sujeitos tratados classificaram a sua experiência (subjectiva) como «muito positiva». (Henrickson, 2001) Num outro estudo foram recrutados adolescentes seropositivos para receberem massagem terapêutica ou relaxamento muscular progressivo, bissemanalmente durante 12 semanas. Os adolescentes que receberam massagens terapêuticas afirmaram sentirem-se menos ansiosos. Verificou-se ainda um aumento no número de células NK e de CD56+CD3-. Os marcadores imunológicos de progressão da doença (razão CD4/CD8 e número de CD4) sofreram um aumento positivo apenas para o grupo referido. (Diego et al., 2001) Um dos estudos mais recentes e relevantes foi feito em 2005 por Shor- Posner et al., aplicado a crianças dominicanas de 2 a 8 anos infectadas com HIV-1, que foram divididas em dois grupos: o que recebeu massagens e o grupo de controlo. As crianças do primeiro grupo receberam, bissemanalmente, uma massagem administrada por uma enfermeira durante 20 minutos, que Mónica Fonseca Lima 19
  • 20. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA consistiu em deslizamentos com uma compressão moderada e amassamento dos músculos usando um óleo simples (sem adição de essências), ao longo das 12 semanas em que decorreu o estudo. O grupo de controlo recebeu visitas bissemanais da enfermeira, que consistiram em leituras, conversas e jogos. Verificou-se que as crianças do grupo de controlo sofreram um declínio na contagem de linfócitos CD4/T helper e linfócitos CD8/T citotóxicos, concluindo-se que a massagem terapêutica poderá ser uma alternativa viável na manutenção da imunocompetência em milhares de crianças que não têm acesso a terapêutica antiretroviral. Foi igualmente efectuado um estudo de massagem com gelo, mas em pacientes de SIDA que sofriam de neuropatia, uma forma única de dor crónica que afecta cerca de 50% dos pacientes de SIDA. Este estudo procurou examinar os efeitos da massagem com gelo para reduzir a dor neuropática e melhorar a qualidade do sono destes pacientes. Os três tratamentos consistiram em massagem com gelo, massagem com toalha seca e presença. Embora os resultados deste estudo tenham sido negativos, os pacientes referiram uma diminuição na dor ao longo do tempo relativamente à massagem com gelo e com a toalha. (Ownby, 2006) Outras terapias alternativas Toups (1999) refere ainda outras terapias e modalidades de massagem favoráveis para seropositivos de HIV e pacientes de SIDA, nomeadamente a massagem sueca, terapia neuromuscular, massagem a tecidos profundos, shiatsu, acupunctura e terapia por pontos-gatilho, algumas das quais serão sucintamente abordadas neste trabalho. Chavez (1995) refere que a acupunctura é particularmente positiva no caso de neuropatias em seropositivos de HIV. Galantino et al. demonstraram, ao utilizar electroacupunctura não- invasiva de baixa voltagem em pacientes de HIV/SIDA que sofriam de neuropatia induzida por antiretrovirais, que esta terapia é eficaz na melhoria do bem-estar e condição física destes pacientes. Mónica Fonseca Lima 20
  • 21. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA TERAPIAS PARA SEROPOSITIVOS DE HIV/SIDA Massagem terapêutica A palavra massagem tem origem na francês «massage» que deriva de «masser», amassar, pelo que poder-se-á interpretar a massagem como o processo de amassamento que se executa nos músculos e, dada a variedade de técnicas existentes e seus resultados, poder-se-á considerar como massagem todas as operações de roçar, friccionar, amassar, bater ou pressionar que se efectuam numa zona ou na totalidade do corpo para nele provocar reacções de efeito terapêutico ou estético. Independentemente da técnica utilizada a finalidade é sempre beneficiar o cliente. De acordo com Podder, não há grandes diferenças entre a massagem e a massagem terapêutica. Ao usar o toque, pressões, fricções e outras técnicas para provocar bem-estar no indivíduo, estamos a praticar a arte da massagem. Mas, quando as mesmas técnicas são utilizadas de uma forma científica, considerando a localização de determinados músculos, pontos de tensão e outras características anatómicas e fisiológicas, a massagem toma o nome de terapêutica. A massagem terapêutica consiste na manipulação sistemática de tecidos moles para os normalizar, procurando que o corpo se cure por si mesmo, aumentando o seu bem-estar e saúde. Walker acrescenta que o objectivo da massagem é libertar pontos de tensão. Outros autores, como Travassos, consideram que a massagem terapêutica, ou massoterapia, «consiste num conjunto de movimentos (ou manobras) mecânicos executados com lógica para fins terapêuticos». Massagem sueca A massagem sueca evoluiu graças ao trabalho de Pehr Henrik Ling e Johann Metzger no princípio do século XIX, e é a base de muitas das massagens do mundo ocidental. De uma forma geral, o seu trabalho aplica-se à pele e músculos, e procura aumentar a circulação sanguínea e linfática e aliviar dores por músculos tensos ou sobre esforçados. Óleos de massagem ou pó de talco são os mais utilizados para reduzir a sensação de fricção. Mónica Fonseca Lima 21
  • 22. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA Claire refere que os benefícios deste tipo de massagem são, além de terapêuticos, físicos, mentais e emocionais, promovendo o relaxamento através da libertação de endorfinas e encefalinas, neurotransmissores (substâncias químicas produzidas pelos neurónios, por meio das quais enviam informações a outras células) que reduzem a dor e induzem relaxamento, combatendo o stresse. Melhora a circulação sanguínea e linfática, que controla a resposta imune, contribui para a eliminação de desperdícios, como o ácido láctico, de músculos cansados para aliviar a dor, e combate as adesões no tecido cicatricial, restaurando mobilidade e flexibilidade. Técnicas principais da massagem sueca Effleurage e deslizamentos «A effleurage é um deslizamento, profundo ou superficial que, na direcção do coração, melhora a circulação da linfa e sangue, assim como a nutrição e funcionamento dos músculos.» (West, 1990) Figura 5 – Effleurage. Petrissage Também designada por amassamento, é a técnica em que o terapeuta age sobre a pele, tecidos subcutâneos e músculos. É fundamental um pré- relaxamento muscular, inicia-se este tipo de manipulação com uma pressão de média intensidade que vai aumentando até atingir a camada tecidular mais profunda. Mónica Fonseca Lima 22
  • 23. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA Tapottement O Tapottement é uma técnica de massagem constituída por movimentos de percussão sucessivos, curtos, rápidos e ritmados. A variação da sua frequência pode ter um efeito tonificante. O efeito mecânico desta técnica quando aplicada na região torácica promove a libertação do muco que se encontra nas vias respiratórias e consequente expulsão do mesmo. Vibrações O terapeuta pressiona as suas mãos nas costas ou membros do paciente, com os cotovelos bloqueados, e aplica pequenas oscilações, produzindo um efeito vibratório que atravessa os tecidos a serem tratados. Aumenta a circulação e aumenta o poder de contracção dos músculos. Terapia por Pontos Gatilho ou Mioterapia Em 1980, Bonnie Prudden introduziu esta terapia que se concentra em pequenas áreas de tensão. O objectivo da mioterapia é eliminar estes pontos gatilho que são pontos extremamente irritáveis no músculo e que contribuem para a dor. São como pequenas pedras ou áreas de grande dureza no tecido, das quais o indivíduo nem sempre se apercebe. Estes pontos gatilho são colocados nos nossos corpos durante as nossas vidas em virtualmente qualquer área do nosso corpo por tensões, acidentes, doenças e certas posturas. Prudden afirma que até mesmo o trauma do nascimento pode colocar pontos gatilho no sistema muscular do corpo. Estes pontos permanecem dormentes até que as condições físicas e/ou emocionais correctas os activem, causando espasmos musculares nos músculos afectados. Os pontos gatilho podem ser localizados por técnicas de pesquisa, em que os dedos e o polegar exploram uma extensa área, procurando estes pontos pequenos pontos tensos, aplicando uma pressão estável ao mesmo, ou ainda injecções de CO2. Este método é bastante eficaz a libertar ou aliviar tanto estes pontos como as áreas circundantes da tensão. Por vezes estes pontos são sensíveis ao toque, pelo que será necessário moderar a pressão Mónica Fonseca Lima 23
  • 24. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA aplicada, sendo possível que apenas uma sessão não seja suficiente para relaxar um ponto gatilho. É por vezes incorporada noutros tipos de massagem terapêutica como a terapia neuromuscular ou mesmo a massagem sueca. Terapia Neuromuscular A Terapia Neuromuscular é uma técnica abrangente de manipulação muscular profunda, baseada nas leis neurológicas que explicam como o sistema nervoso central age para manter a homeostase, o equilíbrio do corpo. Da mesma forma, essas mesmas leis mostram como o sistema nervoso central inicia a resposta de dor. A Lei de Arndt estabelece como a dor se origina no corpo: "diferentes níveis de estímulo nervoso afectam a actividade fisiológica". Na homeostase, a transmissão de estímulos nervosos é muito lenta. Lesões, traumas, distorções posturais ou stress aceleram a transmissão nervosa, inibindo o equilíbrio e tornando o corpo vulnerável à dor e disfunção. Sabe-se também que a vida moderna transformou a nossa necessidade de movimento, forçando o corpo a adaptar-se a um novo estilo de vida. Os músculos não utilizados encurtam-se por falta de movimento e, quando solicitados a realizar qualquer movimento considerado fora do padrão normal, a musculatura responde, com stresse, dor e desconforto. Através da dor promovem-se posturas adaptadas e inadequadas, contribuindo para a expressão de disfunção. Esta terapia vai permitir a reversão deste ciclo de stresse-tensão-dor: - Interrompe os impulsos enviados à coluna vertebral - Reduz a intensidade da actividade nervosa dentro dos tecidos musculares - Força mecanicamente a saída de toxinas acumuladas nos pontos de recepção nervosa. - A musculatura relaxa, a circulação aumenta e o corpo retorna a integridade e ao equilíbrio neuromuscular normal. Massagem dos tecidos profundos Esta técnica é definida por Riggs (2002) como «a compreensão das camadas do corpo, e da capacidade de trabalhar com o tecido nestas camadas Mónica Fonseca Lima 24
  • 25. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA para relaxar, alongar e libertar padrões estruturais da forma mais eficiente e eficaz do ponto de vista energético possível». Considera-se não existir nenhuma linha de separação concreta entre a massagem “normal” e a massagem de tecidos profundos, podendo caracterizar-se tecnicamente pela a profundidade da pressão, velocidades das manobras efectuadas, ou pelo uso do cotovelo e nós dos dedos, variando consoante o terapeuta, enquadramento e cliente, focando-se principalmente na alteração da estrutura e de restrições musculares, originando um maior grau de relaxamento e alívio de dor. Em suma, usa movimentos lentos, pressão directa e fricção. Travassos (2003) define esta massagem como «uma técnica que tem como objectivo detectar e tratar tensões crónicas nos músculos mais profundos (…) e tem como princípio básico melhorar a circulação do sangue, reduzir a dor e libertar a tensão para que o corpo recupere a sua integridade e equilíbrio neuromuscular». Os tecidos são trabalhados de forma lenta e profunda – quanto maior a resistência, dor ou tensão muscular, mais lentamente se trabalha. Considera-se que o stresse existente em músculos tensos e inflexíveis se manifesta na ligação do tendão ao músculo, que é relaxado ao suavizar a inserção. Não significa que o restante músculo não seja trabalhado, mas perde-se menos tempo nesse trabalho. Crioterapia A crioterapia é o uso do frio para tratar traumatismos agudos, lesões subagudas e dor crónica. Ao aplicar o frio à pele, os vasos cutâneos contraem-se cada vez mais até uma temperatura de aproximadamente 15ºC, atingindo assim um pico máximo de vasoconstrição. Esta vasoconstrição provém primariamente do aumento de sensibilidade dos vasos à estimulação nervosa, porém provavelmente também provenha de um reflexo que chega à medula e regressa até os vasos sanguíneos. Com temperaturas inferiores a 15ºC, os vasos começam a dilatar-se. Esta vasodilatação depende de um efeito local directo do frio sobre os próprios vasos, provavelmente paralisia do mecanismo contráctil da parede vascular ou Mónica Fonseca Lima 25
  • 26. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA um bloqueio dos impulsos nervosos dos mesmos. Com uma temperatura próxima a 0ºC, os vasos atingem sua máxima vasodilatação (reacção defensiva local ou termogénica). Aplica-se através de gelo, água fria ou gelada, massagem com gelo, aerossóis químicos e banhos de contraste. Massagem com gelo É uma técnica utilizada para reduzir edemas, dor local, inflamação e espasmos musculares, sendo bastante útil nos pacientes de SIDA com neuropatia. Consiste na aplicação local de frio ao massajar a zona com um cubo de gelo numa pequena área como um tendão ou músculo, o que pode ser feito congelando uma espátula em conjunto com um copo de água, como se vê na figura. Figura 6 – Massagem com gelo. ELECTROACUPUNCTURA A acupunctura baseia-se no facto de que a energia vital circula no corpo humano através de doze canais, chamados meridianos, seis de polaridade negativa, os Ying e seis de polaridade positiva, os Yang. Para se promover uma boa circulação desta energia, recorre-se à palpação dos pulsares chineses (seis), situados na parte plana (interior) dos Mónica Fonseca Lima 26
  • 27. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA pulsos, em três regiões diferentes. A estimulação destes pontos resulta numa regulação da energia e tem um poder curativo e preventivo. Existem vários métodos de estimulação: a agulha, mais divulgada no Oriente; e a massagem ou Shiatsu. O Ocidente desenvolveu uma nova técnica: a electroacupunctura. A electroacupunctura consiste na difusão de descargas eléctricas de baixa potência, durante curtos períodos de tempo, sobre zonas de acupunctura. É uma forma de TENS (Estimulação Neuroeléctrica Trans- cutânea), na medida em que tem como objectivo principal o tratamento da dor por estimulação eléctrica dos pontos nervosos sensitivos dos músculos. A principal diferença reside na utilização de eléctrodos que penetram no corpo, as agulhas de acupunctura, tornando esta técnica corporalmente invasiva para o seu utilizador. O uso das agulhas permite concentrar a estimulação nos pontos nervosos sensitivos musculares, aumentando ao mesmo tempo a profundidade de actuação dos estímulos no músculo, uma vez que o eléctrodo penetra neste. Estes dois efeitos levam a que os impulsos eléctricos aplicados ao músculo sejam menores que nas unidades de TENS (correntes com amplitudes que podem variar entre os A e alguns mA), com frequências de onda que podem ir de 1 a 1000Hz. As frequências mais baixas (normalmente até aos 20Hz) têm principalmente um efeito tonificante dos músculos, enquanto que a utilização de frequências mais altas (a partir de cerca de 50Hz) tem como objectivo principal bloquear a dor, actuando assim como analgésico. Figura 7 – Aparelho de Acupunctura. Mónica Fonseca Lima 27
  • 28. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA CONCLUSÃO De acordo com os estudos efectuados em seropositivos de HIV e doentes de SIDA, a massagem terapêutica aumenta, de forma positiva, e de uma maneira geral, o número de células assassinas NK, células T helper e T citotóxicas. Reduz a dor neuropática (no caso da massagem com gelo e electroacupunctura) e os níveis de cortisol, ansiedade e stresse, algo muito importante nos seropositivos de HIV e pacientes de SIDA, pelo que a massagem terapêutica é um complemento positivo às terapias antiretrovirais na manutenção da imunocompetência do indivíduo, não só relativamente aos níveis de linfócitos CD4+, visto que a preservação das restantes populações é igualmente importante: níveis mais elevados de linfócitos T citotóxicos protegem o organismo contra a infecção e também da progressão da doença. Restaurar e preservar a função imune é um componente chave para gerir a doença/infecção e o papel da massagem terapêutica e outras terapias como um auxílio na manutenção da imunocompetência e maior conservação dos linfócitos CD4, CD8 e CD3 oferecem esperança a todos os afectados por esta patologia. Mónica Fonseca Lima 28
  • 29. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA BIBLIOGRAFIA Akiskal, HS et al (1998) Manual Merck. [Em linha] Acessível em http: http://www.manualmerck.net/ [citado 2006-12-01] Azevedo, M. (2001) Teses, Relatórios e Trabalhos Escolares. 2.ª ed. Universidade Católica Portuguesa Editora. Lisboa. Beck, MF (1999) Milady’s Theory and Practice of Therapeutic Massage. Thomsom Delmar Learning. Albany. Birk, TJ; McGrady, A; MacArthur, RD; Khuder, S. The effects of massage therapy alone and in combination with other complementary therapies on immune system measures and quality of life in human immunodeficiency virus. Journal Altern Complement Med. Outubro 2000;6(5):405-14. Caquet, R. (2004) Guia Prático Climepsi de Análises Clínicas. Cimepsi Editores. Lisboa Castro, AD (s.d.) 1000 conselhos para dar massagens. Girassol Edições. Sintra. Chavez, C. Prickly business. The finer points of acupuncture. Posit Aware. Janeiro-Fevereiro 1995:14-5. Chris, C; Pearl, M. (1993) La Mujer, El Sida y El Activismo. (3.ª ed.) South End Press. Boston. Claire, T. (2006) Body Work: What Kind of Massage to Get – And How to make the most of it. Basic Health Publications. Laguna Beach. Clinical Massage Studio (s.d.) A Terapia Neuromuscular (TNM) [Em linha] Acessível em http: http://www.clinicalmassage.com.br/index.php?a=terapia [citado 2007-01-18] Coico, R.; Sunshine, G.; Benjamini, E. (2000) Immunology: A Short Course. 4.ª ed. Wiley-Liss. Conselvan, RSO. (s.d.) Crioterapia. [Em linha] Acessível em http: http://br.geocities.com/blog_65/crioterapia.html [citado 2007-01-19] Diamond, WJ. (2001) The Clinical Practice of Complementary, Alternative and Western Medicine Olent Behavior. CRC Press. Florida. Mónica Fonseca Lima 29
  • 30. Efeitos da Massagem Terapêutica em Seropositivos de HIV/SIDA Diego, MA; Field, T; Hernandez-Reif, M; Shaw, K; Friedman, L; Ironson, G. HIV adolescents show improved immune function following massage therapy. Int Journal Neuroscience. Janeiro 2001;106(1-2):35-45. Falabella, RF. (2002) Dermatología. (6.ª ed.) Corporación para Investigaciones Biológicas. Medellín, Colombia. Field, Tiffany M. (2002). Massage therapy for immune disorders. In Rich, GJ. (Eds.), Massage Therapy: The Evidence for Practice. (pp 47-56). Elsevier Science. Londres. Field, T. (2000) Touch Therapy. (1.ª ed.) Elsevier Health Sciences. Londres. Field, T; Hernandez-Reif, M; Diego, M; Schanberg, S; Kuhn, C. Cortisol decreases and serotonin and dopamine increase following massage therapy. Int J Neuroscience. Outubro 2005;115(10):1397-413. Fulk, LJ; Kane, BE; Phillips, KD; Bopp, CM; Hand, GA. Depression in HIV- infected patients: allopathic, complementary, and alternative treatments. Journal Psychosom Res. Outubro 2004;57(4):339-51. Galantino, ML; Eke-Okoro, ST; Findley, TW; Condoluci, D. Use of non-invasive electroacupuncture for the treatment of HIV-related peripheral neuropathy: a pilot study. J Alternative Complent Medicine. Abril 1999;5(2):135-42. Henrickson, M. Clinical outcomes and patient perceptions of acupuncture and/or massage therapies in HIV-infected individuals. AIDS Care. Dezembro 2001;13(6):743-8. Hernández, JCK; Arturo, JA. (2003) Cadenas de citoquinas Biologia básica y perspectivas clínicas. [Em linha] Acessível em http: http://www.inmunoweb.unicauca.edu.co/citoquinas.htm [citado 2006-12-13]. Hoffbrand, AV; Pettit, JE; Moss, PAH. (2001) Essential Hematology. 4ª ed. Blackwell Science. EUA. Hoffbrand, AV; Pettit, JE; Moss, PAH. (2006) Essential Hematology. 5ª ed. Blackwell Science. EUA. Hollis, M. () Massage for Therapists. Blackwell Publishing Ironson G, Field T, Scafidi F, Hashimoto M, Kumar M, Kumar A, Price A, Goncalves A, Burman I, Tetenman C, Patarca R, Fletcher MA. Massage therapy is associated with enhancement of the immune system's cytotoxic capacity. International Journal of Neuroscience. 1996 Feb;84(1-4):205-17 Mónica Fonseca Lima 30
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