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DROGAS UTILIZADAS EM TERAPIA INTENSIVA
            CARDIOLÓGICA
MILRINONA
Características
O lactato de milrinona é um derivado bipiridínico com ação inibidora da fosfodiesterase
e efeitos inotrópico e vasodilatador.

Farmacodinâmica

A milrinona é um agente inotrópico positivo e vasodilatador, possuindo pouca atividade
cronotrópica. A milrinona também melhora o relaxamento diastólico do VE. Difere dos
glicosídeos digitálicos, das catecolaminas ou dos inibidores da enzima conversora de
angiotensina tanto pela estrutura como pelo modo de ação. Em concentrações
adequadas para produzir efeito inotrópico e vasodilatador, a milrinona é um inibidor
seletivo da isoenzima fosfodiesterase III do AMP cíclico, na musculatura cardíaca e
vascular. Essa ação inibidora é consistente com os aumentos do cálcio intracelular
ionizado e da força contrátil do miocárdio, mediados pelo AMP cíclico, assim como
com a fosforilação da proteína contrátil e o relaxamento da musculatura vascular,
também dependentes do AMP cíclico. A milrinona não age como agonista beta-
adrenérgicos, nem é inibidora da atividade da sódio-potássio-adenosina trifosfatase,
como os glicosídeos digitálicos. A milrinona produz leve aumento da condução do
nódulo AV, porém sem outros efeitos eletrofisiológicos significantes. Na ICC produz
pronta melhora nos índices hemodinâmicos (classificação da New York Heart
Association), incluindo débito cardíaco, pressão capilar pulmonar em cunha e
resistência vascular, sem efeito clinicamente significativo no ritmo cardíaco ou
consumo de oxigênio pelo miocárdio, de acordo com a dose e os níveis plasmáticos.
Em pacientes com a função miocárdica deprimida, uma dose de ataque de lactato de
milrinona produz imediata e significativa melhoria do débito cardíaco, da pressão
capilar pulmonar e da resistência vascular sistêmica e apenas discreto aumento da
freqüência cardíaca e leve redução da pressão arterial sistêmica.

Modo de preparo:
             DILUIÇÃO                                  DOSES
01 Ampola (20MG/20ML) ou 02            Ataque = 50 µg/kg/min em 10 min
ampolas (10 MG/10ML) + 80 ml SG 5%     Manutenção = 0,375 a 0,75 µg/kg/min
                  A dose total diária máxima é 1,13 mg/kg

Bem indicada na Insuficiência Cardíaca grave, no EAP, no Choque Cardiogênico.
Situações onde existe uma “Resistência” à ação das catecolaminas (fenômeno de
down-regulation) que geralmente acompanham estes estados. Por atuar por uma via
não-adrenérgica, não sofrem influência do uso de beta-bloqueadores. Apresenta uso
limitado em pacientes com hipotensão, pelo risco de agravamento desta.

Reações Adversas:

Trombocitopenia (pouco comum), hipocalemia (pouco comum), cefaléias (comum),
tremor (pouco comum), broncoespasmo (muito raro), alteração dos testes de função
hepática (pouco comum), reações cutâneas, ex: rash (muito raro), choque anafilático
(muito raro)
Alterações cardiovasculares: Comuns: atividade ectópica ventricular; taquicardia
ventricular sustentada ou não sustentada; arritmias supraventriculares; hipotensão.
Pouco comuns: fibrilação ventricular; angina/ dor no peito. Muito raros: Torsades de
pointes
REFERÊNCIAS
1.




2. Machado, FP: Drogas utilizadas em terapia intensiva cardiológica. In: Condutas
Práticas em Cardiologia: Nicolau, JC; Tarasoutchi, F; Rosa, LV. Barueri-SP: Manole,
2010. p. 467-481

3. www.anvisa.gov.br/bularioeletronico

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  • 3.
  • 4.
  • 5. MILRINONA Características O lactato de milrinona é um derivado bipiridínico com ação inibidora da fosfodiesterase e efeitos inotrópico e vasodilatador. Farmacodinâmica A milrinona é um agente inotrópico positivo e vasodilatador, possuindo pouca atividade cronotrópica. A milrinona também melhora o relaxamento diastólico do VE. Difere dos glicosídeos digitálicos, das catecolaminas ou dos inibidores da enzima conversora de angiotensina tanto pela estrutura como pelo modo de ação. Em concentrações adequadas para produzir efeito inotrópico e vasodilatador, a milrinona é um inibidor seletivo da isoenzima fosfodiesterase III do AMP cíclico, na musculatura cardíaca e vascular. Essa ação inibidora é consistente com os aumentos do cálcio intracelular ionizado e da força contrátil do miocárdio, mediados pelo AMP cíclico, assim como com a fosforilação da proteína contrátil e o relaxamento da musculatura vascular, também dependentes do AMP cíclico. A milrinona não age como agonista beta- adrenérgicos, nem é inibidora da atividade da sódio-potássio-adenosina trifosfatase, como os glicosídeos digitálicos. A milrinona produz leve aumento da condução do nódulo AV, porém sem outros efeitos eletrofisiológicos significantes. Na ICC produz pronta melhora nos índices hemodinâmicos (classificação da New York Heart Association), incluindo débito cardíaco, pressão capilar pulmonar em cunha e resistência vascular, sem efeito clinicamente significativo no ritmo cardíaco ou consumo de oxigênio pelo miocárdio, de acordo com a dose e os níveis plasmáticos. Em pacientes com a função miocárdica deprimida, uma dose de ataque de lactato de milrinona produz imediata e significativa melhoria do débito cardíaco, da pressão capilar pulmonar e da resistência vascular sistêmica e apenas discreto aumento da freqüência cardíaca e leve redução da pressão arterial sistêmica. Modo de preparo: DILUIÇÃO DOSES 01 Ampola (20MG/20ML) ou 02 Ataque = 50 µg/kg/min em 10 min ampolas (10 MG/10ML) + 80 ml SG 5% Manutenção = 0,375 a 0,75 µg/kg/min A dose total diária máxima é 1,13 mg/kg Bem indicada na Insuficiência Cardíaca grave, no EAP, no Choque Cardiogênico. Situações onde existe uma “Resistência” à ação das catecolaminas (fenômeno de down-regulation) que geralmente acompanham estes estados. Por atuar por uma via não-adrenérgica, não sofrem influência do uso de beta-bloqueadores. Apresenta uso limitado em pacientes com hipotensão, pelo risco de agravamento desta. Reações Adversas: Trombocitopenia (pouco comum), hipocalemia (pouco comum), cefaléias (comum), tremor (pouco comum), broncoespasmo (muito raro), alteração dos testes de função hepática (pouco comum), reações cutâneas, ex: rash (muito raro), choque anafilático (muito raro) Alterações cardiovasculares: Comuns: atividade ectópica ventricular; taquicardia ventricular sustentada ou não sustentada; arritmias supraventriculares; hipotensão. Pouco comuns: fibrilação ventricular; angina/ dor no peito. Muito raros: Torsades de pointes
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  • 7. REFERÊNCIAS 1. 2. Machado, FP: Drogas utilizadas em terapia intensiva cardiológica. In: Condutas Práticas em Cardiologia: Nicolau, JC; Tarasoutchi, F; Rosa, LV. Barueri-SP: Manole, 2010. p. 467-481 3. www.anvisa.gov.br/bularioeletronico