2. Vitamina D é a fonte da
Juventude?
Is Vitamin D the Fountain of Youth?
Endocrine Practice, 2009
3. Objetivos
1. Qual a importância clínica?
2. O que é a vitamina D e como é obtida?
3. Como circula e qual o mecanismo de ação?
4. Quais os efeitos no organismo?
5. Qual a etiologia da deficiência e do excesso?
6. Qual a epidemiologia no Brasil?
7. Qual o impacto na saúde da deficiência?
8. Como dosar?
5. Caso1: Menina de 15 anos vem à consulta
por aumento da fosfatase alcalina no soro
• Aos 3 anos: lesão neurológica irreversível
• Aos 12 anos
– Convulsões com fratura de colo de fêmur
– Rx osteopenia acentuada
– Tratamento conservador por farelo na urina
• Uso de anticonvulsivantes
• Dieta pobre em cálcio
6. • Ao exame
– Acordada, sem comunicação, não obedece
comandos
– Rosário raquítico
– Hemograma, função hepática, renal e tireóide
normal
• Mãe nega história familiar de doença óssea
10. Caso 2: Paciente de 87 anos interna por
desorientação e insuficiência renal aguda.
• Idosa com histórico de osteoartrose de
coluna.
• Uso crônico de analgésicos.
• Morava sozinha.
• Quadro progressivo de desorientação e
diminuição urinária, 1 mês de evolução.
• Levada à emergência para avaliação.
12. Evolução
• Hipercalcemia refratária a todas as
medidas utilizadas (hidratação, furosemida,
pamidronato).
• Investigação negativa para neoplasias.
• Negava uso fármacos exceto analgésicos.
• Dilema diagnóstico e terapêutico.
13.
14. Solução:
• Filha vai a casa da paciente e traz
todas as medicações para dor:
• Paracetamol
• Aspirina
• Vitamina D + Cálcio manipulado ?!?!
15. Evolução
• Dieta sem cálcio.
• Melhora progressiva da calcemia e
função renal, recebendo alta em boas
condições clínicas.
• Nível Sérico de Vitamina D: 475 (20 -
60pg/ml)
• Diagnóstico Hipervitaminose D
16. O que é a Vitamina D?
Como é obtida?
Vitamina ou Hormônio?
17. As fontes alimentares
• Peixes de água salgada
– Salmão
• Cativeiro: 100-200 U/100 g
• Selvagem: 500-1000 U/100 g
– Cavala
– Arenque
• Fígado de bacalhau
• Outros
– Suplementados
– Naturais
24. Onde há VDRs?
• Paratireóide, Intestino e Osso
• Cérebro, Hipófise e Ilhota pancreática
• Músculo esquelético
• Rim
• Pele
• Mama
• Linfócitos e Monócitos
25. VDR de Membrana
• Respostas rápidas da 1,25(OH)2 D
• Ação através de canais de Cl- e MAPK
26. Ações do calcitriol
• Intestino Delgado
– Aumento da absorção de Ca e P
• Osso
– Aumenta mineralização e reabsorção de Ca e Pi
• Rim
– Diminui excreção de Ca e Pi
• Sistema Locomotor
– Melhora função neuro-muscular
27. Causas de Hipovitaminose D
• Redução da Ingestão e Absorção
• Redução da exposição ao sol
• Aumento do catabolismo hepático
• Redução da síntese endógena
• Resistência de órgão-alvo
28. Síntese e Catabolismo
da 25(OH)D no Fígado
• Diminuição da síntese
– D. hepática severa do parênquima ou obstrutiva
• Aumento do catabolismo
– Indução de enzimas P-450
• DPH
• Fenobarbital
• CBZ
• INH
• Teofilina
• RP
29. Redução da 1,25 (OH)2D
• Perda renal: Proteinúria
• Diminuição da síntese Renal
– Diminuição da filtração glomerular
– Perda da enzima 1- OHase, estrutural
– Supressão da enzima 1- OHase por
hiperfosfatemia
31. Hipovitaminose D em POA
Internados no HCPA 10/02
• n=81
• Idade: 60 17 anos
25(OH)D: <20ng/mL
• 63/81: 78%
HPS: PTH≥48 pg/mL
• 23/81: 37%
Premaor, Endocrine, 2004
32. Hipovitaminose D em POA
• n=73
• X=17,9 ± 8,0 ng/mL
• 57 % com
hipovitaminose D
• 40% com HPS
Médicos residentes no HCPA em 10 e 11/2003 e
2004
Premaor, J Endoc Invest
34. Hipovitaminose D em SP
• Coorte, 250 adultos ambulatoriais em SP
• >65 anos
• Pico: outono
• Nadir: primavera
• Reflete a UV do mes anterior
• Hiperparatireoidismo 2ário em 55%
Saraiva GL, Osteoporos Int. 2005
43. Relação 25 OH D e DO
• NHANES III
• Associação Positiva entre 25 OH D e DO do
quadril, até níveis de 36-40 ng/mL
• 13432 pessoas com 20 anos ou mais
– Homens, mulheres, hispânicos e negros
• DO não se associou a exercício
Bischoff-Ferrari, AM J Med 2004
44. Relação 25 OH D e DO:
jovem
Bischoff-Ferrari, AM J Med 2004
46. 25 OH e Risco de Queda
• Metaanálise de 5 estudos de vitamina D x
placebo, 1237 pessoas
• Dose 800 U em 4 e metabólito ativo em 1
• Redução do risco de queda em 22 %
Bischoff-Ferrari, JAMA, 2004
47. 25 OH e Risco de Queda
Bischoff-Ferrari, JAMA, 2004
49. Hipovitaminose D e
Mortalidade
Coorte 624 pacientes
Seguimento de 6 anos.
Mortalidade Geral: RR:2.24 (1.28-3.92;
p=0.005)
Mortalidade Cardiovascular: RR 4.78
(1.95-11.69; p=0.001)
Causa ou consequência?
Pilz,S: Clinical Endocrinology ,2009
50. Hipovitaminose D e Câncer
• Correção de Hipovitaminose:
• Redução 17% incidência de neoplasias
• Redução 29% mortalidade por câncer
J Natl Cancer Inst. 2006
• Hipovitaminose: Aumenta incidência de
Ca Digestivo, mama, próstata.
• Aumenta mortalidade Ca mama e
próstata.
59. Qual o nível ótimo de 25-OH D?
• Supressão máxima do PTH
• > Absorção possível do Ca
• > DO possível e Redução da perda óssea
• Redução das quedas
• Redução do n de fraturas
• 32 ng/mL
Dawson-Hughes, Osteoporosis Int, 2005, Holic Am J Clin Nutr
2008
60. Supressão do PTH e 25-OHD
• A maioria 75-80 nmol/L (30-32 ng/mL)
• PTH parece ser mais responsivo no
jovem
– Mediadores
• Absorção de Ca
• Mecanismo direto via metabolização da 25 OH D
Dawson-Hughes, Osteoporosis
Int, 2005
61. Conclusões
• Crescente conhecimento das funções
biológicas da Vitamina D
• Novos conceitos implicam em
hipovitaminose D como marcador de
morbi-mortalidade humana.
• Importância diagnóstica em estados
patológicos
62. Conclusões
• Teste diagnóstico em expansão
• Laboratórios devem conhecer as
metodologias e limitações técnicas dos
ensaios
• Valores de referência devem levar em
consideração o método e supressão PTH