2. TC e RM – escolha para avaliar a região supra-hióidea (base
crânio-hióide);
RM melhor que a TC na maioria dos casos (melhor
definição das partes moles);
TC
Apnéia;
Cortes de 3-5mm espessura com pequeno campo de visão;
Decúbito dorsal (cortes axiais) – linha infraorbital-meatal-
limite superior do manúbrio;
Decúbito ventral (cortes coronais) – suspeita de massa
nasofaríngea/palatina com invasão óssea;
Contraste IV 90ml com infusão de 1,5ml/s;
Usar algorítimo de reconstrução óssea de alta resolução;
3.
4. RM
Decúbito ventral – imagens axiais, sagitais e coronais da
oro/nasofaringe;
T1 – cortes 3-4mm; T2 – cortes 5mm. O espaço entre os
cortes < 1mm;
T1 – tempo eco < possível (↓ artefatos);
T1 – melhor contraste gordura-músculo/gorudura-tumor;
T2 – músculo-tecido linfóide
Plano axial (palato – hióide)– imagens em T1 e T2.
T2 com técnica fast spin eco com supressão de gordura –
ótima visualização das lesões;
5. Plano coronal – imagens em T1 – avaliam base do crânio,
espaços submandibulares e sublinguais;
Plano Sagital – imagens em T1 – avaliação das lesões da
linha média;
T1 pós contraste com técnicas de supressão de gordura –
define melhor áreas realçadas;
Pcte com malignidade – avaliar região cervical (assoalho da
boca – região supraclavicular) – avaliar linfonodos
metastáticos;
6. LESÃO DO ESPAÇO MUCOSO FARÍNGEO (EMF)
1) PSEUDOMASSAS:
FOSSETA DE ROSENMULLER ASSIMÉTRICA:
Inflação ou alteração do tecido linfóide; Podem simular
lesão expansiva;
Exclui neoplasia se:
Planos adjacentes dos tecidos moles do EPF e ERF
mantidos;
Recesso colapsado abre-se qdo a TC é feita durante
Valsalva;
Mucosa nasofaríngea clinicamente sem alterações;
7. LESÃO DO ESPAÇO MUCOSO FARÍNGEO (EMF)
2) LESÓES CONGÊNITAS:
CISTO DE THORNWALDT
Cisto congênito do EMF posterior, localizado na linha
média;
Incidentaloma (4% das RM); 15-30 anos;
Imagens – cisto com paredes finas, no EMF posterior, na
linha média, entre os musculos pré-vertebrais;
TC – imagem hipodensa com densidade e tamanho
variáveis; pode simular massa;
8. RM – T1 – hipo/hiperintenso cf conteúdo protéico do
cisto;
T2/FLAIR – hiperintens0;
Realce periférico pelo meio de contraste;
9.
10. LESÃO DO ESPAÇO MUCOSO FARÍNGEO (EMF)
3) LESÕES INFLAMATÓRIAS
HIPERTROFIA ADENOIDAL
Representa atividade imune; a não visualização em crianças
(pensar em deficiência imune);
Adultos – tabagismo;
Imagem – massa homogênea no EMF que obliteram as
fossetas de Rosenmuller e invade a via aérea;
TC – massa isodensa em relação aos musculos pré-
vertebrais; pode calcificações e cistos;
11. RM – T1 - massa isointensa; T2 – hiperintensa;
Pós contraste – fáscia faringobasilar realça, formando uma
linha contígua e fina que delineia a superfície profunda das
adenóides (qdo se vê essa linha, é mto provável que a massa
seja não invasiva, mas não garante benignidade);
Outros achados – linfonodomegalia reacional, opacificação
da mastóide;
Difícil diferenciar hipertrofia adenóides de linfoma;
12. HIPERTROFIA TONSILAR
Massa de tecidos moles bilaterais, arredondadas, que
invadem cada lado da coluna área da orofaringe.
A hipertrofia das tonsilas linguais é incomum, ocorrendo
na base da língua com invasão das valéculas.
13.
14. TONSILITE
Infecção viral ou bacteriana;
Mononucleose – linfonodomegalia e hepatomegalia
associadas;
Pode ocorrer abscesso peritonsilar/tonsilar (49% das
infecções de cabeça e pescoço em crianças);
Podem extender-se para o EPF ou ERF;
15. Na suspeita de abscesso peritonsilar/tonsilar deve-se:
Confirmar o diagnóstico;
Determinar o grau de comprometimento da via aérea e se
há extensão para os EPF, ERF e das estruturas vasculares;
ABSCESSO PERITONSILAR
TC – imagem hipodensa com realce pelo contraste,
associada a espessamento difuso e mal definido das tonsilas
que se projeta medialmente para a via aérea orofaríngea,
com preservação do EPF.
RM – hipointensa em T1 e hiper em T2; realce pós
gadolíneo;
18. CISTO DE RETENÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA
Sequela;
Cistos de retenção por obstrução das glândulas mucosas;
Assintomáticos; pode otite (obstrução tuba de Eustáquio);
TC – massa hipodensa, de parede finas, limites bem
definidos;
RM – escuro em T1 e brilhante em T2;
19. LESÃO DO ESPAÇO MUCOSO FARÍNGEO (EMF)
5) TUMORES BENIGNOS
ANGIOFIBROMA NASOFARÍNGEO JUVENIL
Tumor mesenquimal não encapsulado, mto vascularizado
(art. maxilar) e localmente invasivo;
Surge próximo ao forame esfenopalatino na junção entre
nariz e nasofaringe, na raiz da placa pterigóide medial;
0,5% neoplasias de cabeça e pescoço;
Homem jovem;
20. TC sem contraste – massa com densidade de partes moles
isodensa, tamanho variável;
RM – hipointenso T1 e hiperintenso T2;
A massa pode estender-se para:
Anterior – invasão da fossa nasal;
Posterior – invasão da via aérea nasofaríngea;
Medial – invasão do septo nasal;
21. Lateral – 90% cas0s – tumor progride pelo forame
esfenopalatino , atingindo a fossa pterigopalatina –
alargada com arqueamento da parede maxilar
posterior antral com deslocamento posterior e erosão
da lâmina pterigóide (patognomônico).
Superior – 65% casos – melhor vista no plano coronal –
invasão do seio esfenóide; da órbita e intracraniana.
Inferior – invasão do palato mole com obliteração da
orofaringe;
25. TUMOR BENIGNO MISTO DAS GLÂNDULAS SALIVARES
MENORES (adenomas pleomórficos)
Local mais comum – palato mole; pode glândulas salivares
e base da língua ou extrafaríngeos (nariz, boca...);
Tumor pequeno – RM – massa , homogênea, hipointensa
T1 e hiper em T2;
Tumor grande – RM/TC – massa pedunculada que invade a
via aérea naso/orofaríngea;
Biópsia para diagnóstico;
26. LESÃO DO ESPAÇO MUCOSO FARÍNGEO (EMF)
6)TUMORES MALIGNOS - CARCINOMA DE CÉLULAS
ESCAMOSAS
CARCINOMA NASOFARÍNGEO – 70% neoplasias cabeça
e pescoço;
Maioria surge na fossa de Rosenmuller com propagação
submucosa para os músculos palatinos e no orifício da tuba
de Eustáquio;
Homens; 6ª década; otite média em idoso – excluir Ca
nasofaríngeo;
03 tipos:
27. Imagem
CA INICIAL – assimetria da mucosa nasofaríngea (pode ser
fisiológica!!!), buscar alguns sinais patológicos:
Sempre TC de pescoço – 90% LFDmegalias (50% bilateral);
28.
29.
30. CA AVANÇADO – sinal mas confiável = lesão expansiva que
infiltra na fascia profunda e nos espaços em torno da
nasofaringe; Não há imagem específica; RM = escolha
TC – lesão expansiva iso/hipodensa sem realce pelo
contraste; avaliar ossos;
RM – Isointenso T1 e hiper em T2;
Pós gadolíneo:
Realce das partes sólidas;
T1 com saturação de gordura – definem extensão do tumor
para a medula da base do crânio e para a gordura
retrobulbar;
T1 e T2 com saturação de gordura – melhoram detecção de
linfonodomegalias, necrose nodal;
31.
32. Qdo há o diagnóstico de Ca nasofaríngeo, o radiologista
deve:
Fornecer o estadiamento;
Definir as margens do tumor;
Avaliar a resposta a radio/quimioterapia;
33.
34. Propagação do tumor:
Lateral – mais comum – 60% ao diagnóstico – eliminação
parcial/completa do triângulo de gordura parafaríngeo;
O tumor pode acometer os espaço mastigatório = buscar
infiltração tumoral perineural do nervo mandibular que
pode levar a infiltração intracraniana do tumor;
RM coronal ponderada T1 antes e após contraste com
supressão de gordura – nervo mandibular localizado entre
os músculos pterigóides apresenta-se espessado e com
realce pelo contraste e com indefinição dos planos
gordurosos adjacentes;
35. Posterolateral – risco de envolvimento do compartimento
retroestiloide com acometimento do IX até XII PC;
Posterior – infiltração do ERF e do espaço perivertebral;
Superior – erosão da base do crânio (1/3 pctes) e/ou extensão
intracraniana do tumor, mas comum na fossa média (12% TC/30% RM
– primeiro sinal pode ser espessamento dural na fossa média, melhor
visto nos cortes coronais com contraste)
Inferior – Assimetria do EMF abaixo do palato duro ou no nível de C1-
C2;
Anterior – ocorre para cavidade nasal, podendo atingir a fossa
pterigopalatina – risco de infiltração do trigêmeo e disseminação
intracraniana;
36.
37. Avaliar a resposta a RT/QT
Diferenciar tumor residual de tecido cicatricial/granulação;
RM
Tecido cicatricial maduro – não sofre realce; hipointenso
T2 (igual ao Ca)
Tecido cicatricial imaturo – é igual ao Ca – ambos sinal
intermediário ou alto T2; realce pelo contraste; Para
diferenciá-los:
RM pós RT (+/- 4 meses após )
massas de crescimento progressivo ou espessamento de
tecidos = recidiva
Lesões inalteradas não excluem recidiva
38. Lesões que regridem progressivamente – reação pós RT ou
cicatriz por retração;
Linfonodo positivo = recidiva
Recidiva se manifesta como lesão lobulada com efeito de
massa e alteração cicatricial é uma lesão difusa com
assimetria nasofaríngea com margens retas.
39. CARCINOMA OROFARÍNGEO
90% - células escamosas; maioria mal diferenciado;
Surge nas tonsilas palatinas e base da língua;
50-70% - linfonodomegalia ao diagnóstico (prognóstico
desfavorável)
CARCINOMA DA BASE DA LÍNGUA
Unilateral, mais agressivo e infiltrando do que o Ca que
acomete o terço médio;
70-75% linfonodos metástaticos ao diagnóstico ;
40.
41. CARCINOMA DAS TONSILAS PALATINAS E ARCOS
FAUCIAIS
Surge da mucosa que reveste o leito tonsilar, de resíduos
das tonsilas palatinas e do pilar tonsilar anterior;
As regiões tonsilares são assimétricas, mas deve-se
considerar suspeita qdo associada à obliteração do EPF ou à
linfonodomegalia.
76% linfonodos metastáticos ao diagnóstico;
Imagens – massa que causa espessamento de uma lado da
orofaringe desde o palato até o osso hióide
42.
43.
44. CARCINOMA DO PALATO MOLE
Melhor prognóstico de todos os carcinomas de orofaringe;
Local mais comum – porção oral do palato;
60% - linfonodomegalia metastatica ao diagnóstico;
RM – sagital e axial ponderada em T1 – massa hipointensa;
45. CARCINOMA DA PAREDE POSTERIOR DA
OROFARÍNGE
Raro; pior prognósticos entre os carcinomas orofaríngeos;
RM – com contraste sagital e axial em T1 - escolha;
Função dos exames de imagem
Estadiamento
Informar ao cirurgião sobre a invasão de estruturas
adjacentes;
47. Infiltração perineural
no nervo trigêmeo (mais comum);
Sinais diretos:
Espessamento e realce dos nervos afetados;
Realce anormal no cavum de Meckel;
Projeção lateral da membrana dural os seio cavernosos;
Sinais indiretos:
Aumento foraminal; atrofia dos musculos mastigatórios;
obliteração do plano de gordura norma na fossa
pterigopalatina;
48.
49. TC – avalia alterações ósseas; RM – avalia infiltração da
medula;
Extensão Intracraniana
Realce e espessamento meníngeo anormal;
Pode ocorrer sem invasão dos ossos da base do crânio;
“tumor grande que “encosta” no crânio contra-indica
cirurgia”
50. Infiltração da gordura pré-epiglótica
RM T1 – faixa hiperintensa, em forma de C no plano axial;
TC - faixa hipodensa, em forma de C no plano axial;
TC/RM – observa-se infiltração da gordura pré-epiglótica
por tecido com densidade de partes moles;
O acometimento da gordura pré-epiglótica = laringectomia
parcial/total;
Edema peritumoral, inflamação e volume parcial simulam
infiltração;
51. Invasão da base da língua bilateral ou profunda
Carcinoma que se origina na base da língua ou se estende
para ela a partir de outras regiões pode se propagar através
da linha média ou invadir o assoalho da boca e invadir o
feixe vasculo-nervoso da língua;
RM T2 – extensão do tumor;
Invasão da carótida interna
Extensão do carcinoma orofaríngeo para o EPF
retroestilóide.
Invasão Óssea
Mandibular; Maxilar são as mais comuns;
52. LINFOMA NÃO HODGKIN
LNF surge na base da língua ou do palato a partir de tecido linfóide
extranodal;
Achados de imagem podem ser iguais ao do carcinoma de células
escamosas;
Os linfomas tendem a crescer na forma circunferencial formando uma
massa difusa, volumosa, não necrótica, superficial, sem invasão do
tecido premtura do EPF;
O diagnóstico de linfoma é sugerido qdo há: linfonodomegalia não
necrótica em áreas atípicas de drenagem; lesões extralinfáticas
extranodais; manifestações clínicas sistêmicas;
53. RABDOMIOSSARCOMA NASOFARÍNGEO
Cabeça e pescoço é o local mais comum de
rabdomiossarcoma;
Crianças; 2-5 anos; meninos;
Ocorre nos musculos nasofaríngeos; linfonodomegalia mtx
– 50%
Imagens
TC – massa isodensa com destruição óssea associada;
RM – massa isointensa T1 e hiperintensa T2
54. LESÕES DO ESPAÇO RETROFARÍNGEO
1) PSEUDOMASSAS
Artéria carótida interna tortuosa;
Hematoma
Edema por obstrução linfática ou da veia jugular;
55. LESÕES DO ESPAÇO RETROFARÍNGEO
2) HEMANGIOMA E LINFANGIOMA
Lesões infiltrantes que não respeitam os limites fasciais;
podem se estender para ERF como parte do envolvimento
de múltiplos espaços;
TC – hemangioma – lesão relativamente densa, com realce
pelo contraste
RM – hemangioma - T1 – hipointenso; T2 – hiperintenso;
realce pós-gadolíneo;
TC/RM – Linfangioma – lesões multiloculadas e mal
delimitadas; sem realce pelo contraste;
56. LESÕES DO ESPAÇO RETROFARÍNGEO
3) CONDIÇÕES INFLAMATÓRIAS
Linfonodomelagia reativa – LFD > 1,0cm, com aspecto
tomográfico normal;
Linfadenite Supurativa – LFD aumentados, hipodensos na
TC e hiperintensos na RM, com bordas realçadas e com
edema adjacente;
Celulite retrofaríngea ou Abscesso – celulite localizada =
achado mais comum em pctes com infecção do ERF =
espessamento difuso (> 75% diâmetro AP do corpo
vertebral ) e com realce dos tecidos moles retrofaríngeos;
57.
58. Abscesso – coleção fluída, heterogênea, com realce pelo
contraste, com ou sem níveis hidroaéreos;
Abscesso retrofaríngeo complicado – extensão da infecção
para o EPF – indicação de drenagem externa;
TC axial – mostra a extensão do abscesso;
RM sagital – melhor que a TC;
59.
60. LESÕES DO ESPAÇO RETROFARÍNGEO
5) TUMORES BENIGNOS
LIPOMA RETROFARÍNGEO
Raro;
TC – massa de tecidos moles com densidade entre -50/-100
HU;
RM – T1 – hiperintenso; T2 – hipointenso;
61. LESÕES DO ESPAÇO RETROFARÍNGEO
5) TUMORES MALIGNOS
Mais comuns que os benignos;
Secundários a:
extensão de carcinomas da oro/nasofaringe;
mtx;
linfomas;