Este documento fornece um resumo biográfico e bibliográfico da escritora portuguesa Maria Teresa Horta. Detalha sua educação, trabalho com cinema, jornalismo e feminismo, e lista suas principais obras poéticas e de ficção publicadas desde 1960. Também inclui dois poemas escritos por ela sobre desejo e recusa.
1. FAI- FACULDADE DE ITAITUBA
CURSO DE LETRAS VII
DOCENTE: RAIMUNDA BENTES
RAFAELA DE SOUSA DUTRA
MARIA TRERESA HORTA
2. Filha de Jorge Augusto da Silva Horta;
Estudou na Faculdade de Letra da Universidade de Lisboa;
Dedicou-se ao: cine-clubismo, como dirigente do ABC Cine-
Clube;
Ao jornalismo;
À questão do feminismo;
Tendo feito parte do Movimento Feminista de Portugal.
3. Em 2010, Maria Teresa Horta completou cinquenta anos de
produção poética;
Sempre fiel às questões estéticas e políticas que sustentam
sua realidade de mulher, cidadã, jornalista e escritora.
Constituiu, desde seu primeiro livro de poesia publicado em
1960, Espelho Inicial;
Uma trajetória emblemática em termos de luta contra o
cerceamento da liberdade do corpo e da palavra.
4. O Prêmio Literário D. Dinis,
instituído pela Fundação da Casa
de Mateus, foi atribuído por
unanimidade à escritora Maria
Teresa Horta;
Pelo romance "As Luzes de
Leonor", disse hoje à agência Lusa
fonte ligada à organização do
galardão.
6. Poesia
Espelho Inicial (1960)
Tatuagem (1961)
Cidadelas Submersas
(1961)
Verão Coincidente (1962)
Amor Habitado (1963)
Candelabro (1964)
Jardim de Inverno (1966)
Cronista Não é Recado
(1967)
Minha Senhora de Mim
(1967)
Educação Sentimental
(1975)
As Mulheres de Abril (1976)
Poesia Completa I e II
(1960-1982) (1982)
Os Anjos (1983)
Minha Mãe, Meu Amor
(1984)
Rosa Sangrenta (1987)
Antologia Poética (1994)
Destino (1998)
Só de Amor (1999)
Antologia Pessoal - 100
Poemas (2003)
Inquietude (2006)
....
7. Ficção
Ambas as Mãos sobre o Corpo (1970)
Novas Cartas Portuguesas (1971) (obra conjunta))
Ana (1974)
OTransfer (1984)
Ema (1984)
A Paixão Segundo Constança H. (1994)
A Mãe na Literatura Portuguesa (1999)
As Luzes de Leonor (2011)
8. Poema Erótico - Joelho - MariaTeresa Horta
Ponho um beijo
demorado
no topo do teu joelho
Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio
Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo
Não há nada
que disfarce
de ti aquilo que vejo
Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo
E os lençóis desalinhados
como se fosse
de vento
Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas
Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas.
9. Abrigo-me de ti de
mim não sei há dias
em que fujo e que
me evado
há horas em que a
raiva não sequei
nem a inveja
rasguei ou a
desfaço
Há dias em que
nego e outros onde
nasço
há dias só de fogo e
outros tão rasgados
Aqueles onde
habito com tantos
dias vagos.
Abrigo
Maria Theresa Horta
10. POEMA SOBRE A RECUSA
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva.
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda