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Revista Canavieiros - Junho de 2008

1
2

Revista Canavieiros - Junho de 2008
Editorial

Que venham os
próximos dois

N

ão é todo dia que uma revista especializada em um setor,
como a Canavieiros é, consegue completar dois anos de circulação.
Foram dois anos de desafios constantes, porém extremamente prazerosos.
Desafios que resultaram em um trabalho que, para nossa alegria, tem sido
elogiado e reconhecido por quem nos
é mais importante: nossos leitores fiéis.
Para comemorar nosso aniversário, a Revista Canavieiros traz uma
edição especial para o Agronegócios Copercana, a feira de negócios
exclusiva para os cooperados e associados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred. A Canavieiros será
a única revista a circular na feira, uma
ótima oportunidade para nossos parceiros chegarem ao seu público alvo.
Junto com a experiência vieram as
mudanças. Com a incorporação da
Credpauli e da Copervam, o número
de cooperados do sistema cresceu e,
a partir deste mês, a tiragem da Revista aumentou para 10 mil exemplares
mensais. Ou seja, agora a Canavieiros chegará à casa de 3 mil produtores a mais do que antes, abrangendo,
no total, quase 50 mil leitores.
A reportagem de capa traz os esforços e as expectativas para o IV
Agronegócios Copercana. Com 60
expositores, os organizadores esperam que o número de visitantes chegue a 4.000 e o faturamento seja igual
ou maior do que o de 2007. O diretor
da Copercana, Pedro Esrael Bighetti,
dá uma entrevista sobre o cenário atual da agricultura e o que a cooperativa planejou de novo para este ano.

O embaixador e ex-ministro da
Economia, Rubens Ricupero, é o
entrevistado desta edição. Ele comentou importantes assuntos discutidos atualmente, como a inflação
dos alimentos, a importância da
Amazônia e o futuro da água. No
"Ponto de Vista" duas das lideranças do setor sucroalcooleiro da região - Ismael Perina Junior e Manoel Ortolan - opinam a respeito de
questões atuais.
Nas páginas do sistema você,
leitor, poderá conhecer: a nova instalação do Laboratório de Análises
de Solo da Copercana e Canaoeste,
as obras para construção do biodigestor da Uname e a filial da Canaoeste Odontologia em Severínia. O
destaque deste mês vai para os investimentos dos organizadores
para fazer da Fenasucro & Agrocana as melhores feiras do Brasil.
Para completar, a Canavieiros
traz, ainda, o balanço da Conab no
Culturas de Rotação, um artigo técnico do Assistente de Controle
Agrícola da Canaoeste, Thiago de
Andrade Silva, sobre o preço do
ATR, os prognósticos climáticos do
Dr. Oswaldo Alonso, o artigo jurídico do Dr. Juliano Bortoloti, dicas de
português, indicação de livros,
agenda de eventos, repercutiu, classificados e muito mais.
Nosso muito obrigado por ler a
Canavieiros. Esperamos, sinceramente, que para vocês seja tão prazeroso ler a revista como é, para nós,
produzi-la. E que venham mais muitos anos de muitos desafios.
Conselho Editorial

Revista Canavieiros Junho de 2008
Revista Canavieiros -- Junho de 2008

3
Indice

EXPEDIENTE

Capa

CONSELHO EDITORIAL:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson

IV Agronegócios Copercana:
com força total
Feira exclusiva aos cooperados do
sistema Copercana, Canaoeste e
Cocred apresenta excelentes
oportunidades de compras para os
produtores

Pag.
Pag.

20

EDITORA:
Cristiane Barão – MTb 31.814
JORNALISTA RESPONSÁVEL:
Carla Rossini – MTb 39.788

DESTA
DESTA QUES

OUTRAS

Entrevista

CONSECANA

COLABORAÇÃO:
Marcelo Massensini

DESTAQUE

DIAGRAMAÇÃO:
Rafael H. Mermejo

Pag.

Rubens Ricupero

15

Embaixador e ex-ministro da
economia
Pag.

“Vejo nos americanos
adversários do Brasil”
Pag.
Pag.

05

24

INFORMAÇÕES
Pag.
SETORIAIS
26

Ponto de vista
28

Pag.

Notícias

09
09

Pag.

34

Pag.

Copercana
- Laboratório de casa nova

Notícias

Cocred
- Balancete

Pag.

CULTURA DE
ROTAÇÃO
REPERCUTIU

Pag.

Pag.

16

IMPRESSÃO:
São Francisco Gráfica e Editora
TIRAGEM:
10.000 exemplares

35

36

AGENDE-SE
Pag.

37

Pag.
Pag.

DEPARTAMENTO DE MARKETING
E COMUNICAÇÃO:
Ana Carolina Paro, Carla Rossini, Daniel
Pelanda, Letícia Pignata, Marcelo Massensini,
Rafael Mermejo, Roberta Faria da Silva.

CULTURA

10

12
Canaoeste
- Uname instala Biodigestor na unidade
- Canaoeste apoia seminário sobre alimento e energia
- Canaoeste odontolia em Severínia
Notícias

COMERCIAL E PUBLICIDADE:
(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
comercial@revistacanavieiros.com.br

30

Presidente da Orplana
Álcool - modelo de distribuição agrava crise para o
produtor

ARTIGOS
TÉCNICOS
LEGISLAÇÃO

Pag.

Por Ismael Perina Jr.

Pag.
Pag.

38

CLASSIFICADOS

Cultura de Rotação
Amendoim: safra maior e demanda interna aquecida
Brasil deverá colher 287,3 mil/ton; bons preços
no mercado doméstico frearam exportações
4
4

FOTOS:
Carla Rossini
Marcelo Massensini

Revista Canavieiros - Junho de 2008

Pag.
Pag.

34

ISSN:
1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e
fornecedores do Sistema Copercana,
Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas
são de responsabilidade dos autores. A
reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte.
ENDEREÇO DA REDAÇÃO:
Rua Dr. Pio Dufles, 532
Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680
Fone: (16) 3946 3311
www.revistacanavieiros.com.br
Entrevista

Rubens Ricupero
Embaixador e ex-ministro da economia

“Vejo nos
americanos
adversários
do Brasil”
Carla Rossini / Cristiane Barão

A

pesar de o Brasil e os Estados Unidos
dominarem a produção mundial de etanol e terem interesses comuns na ampliação do mercado, os americanos e seu etanol de
milho devem ser vistos sempre como concorrentes do etanol brasileiro. Essa é a opinião do embaixador e ex-ministro da Economia no governo
Itamar Franco, Rubens Ricupero.
Segundo ele, o etanol de milho tem incidência sobre o preço dos alimentos, ao contrário do
biocombustível extraído da cana. Ricupero diz
que o presidente Lula “comeu mosca” ao não
perceber isso antes. “Ele (Lula) acreditou, como
muita gente, que deveria fazer uma aliança com o
etanol americano e não se deu conta que o etanol americano é uma doença contagiosa e acabou pegando na gente”, disse.
O embaixador, que também foi ministro do
Meio Ambiente e da Amazônia Legal, disse que
não vê problema no interesse internacional sobre a Amazônia e que isso pode ajudar o Brasil a
atrair recursos financeiros e tecnológicos. Ele
também acredita que, da forma como está, o Programa Nacional de Biodiesel está fadado “a um
certo insucesso”.
Leia a entrevista que ele concedeu a Canavieiros após a palestra “Biocombustíveis – Entraves e Desafios Internacionais”, que ele proferiu
no último dia 4, no auditório da Canaoeste, onde
também foi homenageado pela Câmara Municipal. A palestra foi uma iniciativa do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred, Centro Nacional
das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético, Jornal Agora, STZ TV UHF Canal 59, Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP, BrasilAgro, RGB Comunicação e Câmara Municipal.
Revista Canavieiros - Junho de 2008

5
Entrevista
Canavieiros: Os Estados Unidos e o Brasil são os principais
produtores mundiais de etanol. De
que forma o senhor acredita que
os dois países deveriam trabalhar
para estimular a abertura de mercado ao biocombustível?
Rubens Ricupero: Eu não acredito na possibilidade de uma aliança. Acho que seria até prejudicial
para o Brasil. Vejo nos americanos
produtores de etanol adversários
do Brasil. Acho uma ingenuidade
pensar o contrário. Eles sempre serão nossos concorrentes.
Canavieiros: De que forma o senhor analisa essa ofensiva de organismos internacionais que debitam na conta do etanol as causas
para o aumento no preço dos alimentos?
Ricupero: É uma ofensiva na verdade mal informada porque não está ocorrendo um aumento real dos
alimentos, pelo menos se
nós considerarmos a média
histórica antes do grande
colapso que os alimentos
sofreram nos anos 80 e 90 e
se nós introduzirmos também o fator corretivo da inflação americana e do preço das manufaturas importadas.
O que vai se verificar é que hoje
em dia a grande valorização em termos reais é a do petróleo, do cobre,
dos metais, de alguns poucos produtos agrícolas que o Brasil não produz ou produz muito pouco, como

óleo de palma, trigo, borracha,
banana, que somos exportadores muito marginais, e outros produtos agrícolas que
estão apenas tentando se recuperar da queda que sofreram no passado. Portanto,
não há um aumento real, há
apenas um processo ainda incompleto de recomposição de
preços e de reposição da renda do setor rural.
Canavieiros: Estamos
acompanhando que o presidente Lula vem divulgando
o biocombustível em todo o mundo. Qual sua opinião sobre isso?
Ricupero: É verdade, comparado ao etanol de milho americano,
que o nosso é um etanol que tem
um balanço altamente favorável,

“

é muito mais favorável. Temos de
procurar diferenciar o nosso etanol
do etanol de milho, que esse sim
tem incidência sobre o aumento dos
preços dos alimentos porque desvia o milho, que é um produto importante na cadeia alimentar, na criação de
animais. O próprio presidente (Lula) comeu mosca porque ele está descobrindo isso agora,
porque quando veio o
presidente americano e
depois ele foi aos Estados Unidos, ele acreditou, como muita gente,
que deveria fazer uma aliança com
o etanol americano e não se deu
conta que o etanol americano é uma
doença contagiosa e acabou pegando na gente.

"Não há um aumento real
(no preço dos alimentos), há
apenas um processo ainda
incompleto de recomposição de
preços e de reposição da renda
do setor rural"

6

Revista Canavieiros - Junho de 2008

primeiro em energia: a unidade de
energia para produzir o etanol de
cana-de-açúcar produz um número
de unidades de energia muito grande, oito aproximadamente. Já no
caso do milho, uma unidade de energia produz 1,2 e, além do mais, o
balanço ambiental do etanol de cana

Canavieiros: O senhor acredita que, mesmo eliminando os subsídios à produção de biocombustíveis, os europeus irão impor critérios de responsabilidade social
como forma de se criar uma barreira ao etanol brasileiro?
Ricupero: Eu acredito que os
europeus, cedo ou tarde, vão precisar do etanol brasileiro porque
eles não vão ter alternativa e vão
precisar importar. Mesmo que eles
produzam internamente, não vai ser
suficiente. Isso pode demorar um
pouco, mas eles vão chegar lá. Independente disso e não tanto como
barreira protecionista, eu morei
muitos anos na Europa e sei que é
verdade que, para o público euro-
Entrevista
peu, a preocupação com as práticas ambientais e sociais é sincera.
Então, o Brasil também tem que se
conscientizar disso não apenas
para abrir mercado, mas também
porque é correto. É correto pagar
bem as pessoas, tratar bem os trabalhadores, manter a reserva legal
de 20%, recompor as matas ciliares
que foram destruídas, procurar gradualmente abandonar a queima da
cana. Acho que tudo isso faz bem
para nós mesmos. Não sou favorável à continuação dessas práticas,
independente ou não delas constituírem um obstáculo.
Canavieiros: Qual a projeção
que o senhor faz para o mercado
mundial de etanol?
Ricupero: O mercado está aumentando muito, a ponto que é difícil fazer uma estimativa em termos
de quantidade e porque depende
muito dessas leis que estão sendo
votadas. Onde isso vai ocorrer em
um prazo mais curto é na Europa e
nos EUA porque já há leis em vigor. Mas isso vai ocorrer com outros países à medida que eles tiverem garantia de suprimentos. O petróleo está ficando cada vez mais
escasso e cada vez mais caro e com
a preocupação com o aquecimento
global, cada vez mais vai ser obrigatório, por forças de acordos ambientais, o uso de alternativas não
poluentes. E não há alternativas
além do etanol de cana a curto prazo. Então, a combinação desses
dois fatores garante um futuro muito promissor.
Canavieiros: Qual a sua avaliação sobre o Programa Nacional
de Biodiesel?
Ricupero: Esse não teve o mesmo êxito que teve o etanol de cana
por uma razão: é que não houve um
bom equacionamento da matériaprima. No começo se falou em vários tipos de matéria-prima: soja, óleo
de palma, mamona, pinhão manso.
Mas, ao contrário do que aconteceu com a cana, houve pesquisa,
houve apoio para programas efetivos nessa área do biodiesel. Repousou-se demais na garantia de

O vereador Silvio Blancaco, o vice-prefeito Nério Costa, o embaixador
Rubens Ricupero, o presidente da Copercana e Cocred, Antônio
Eduardo Tonielo e o prefeito de Sertãozinho José Alberto Gimenes

suprimentos fornecida pela soja.
No momento em que os preços da
soja começaram a se recuperar, mesmos aqueles que tinham ganho os
leilões passaram a não entregar
mais porque o preço deixou de ser
vantajoso. No caso do biodiesel, o
que se tinha que fazer é evitar uma
matéria-prima que sirva para outras

"Eu acredito que os
europeus, cedo ou
tarde, vão precisar
do etanol brasileiro
porque eles não vão
ter alternativa e vão
precisar importar.
Mesmo que eles
produzam
internamente, não vai
ser suficiente"

“

coisas, que sirva como alimento. O
ideal seria, por exemplo, pinhão
manso ou mesmo o óleo de palma,
que no Brasil tem uso comestível
muito limitado, e procurar promover
a produção por meio de cooperativas. Mas isso exige um esforço muito grande, que não foi feito até hoje.
Por isso, que acho que esse programa, pelo menos a curto prazo, está
fadado a um certo insucesso.

Canavieiros: Em relação à
Amazônia, o senhor acha que o
Brasil deve se preocupar com o interesse estrangeiro sobre ela?
Ricupero: Eu sempre vi a Amazônia como uma oportunidade e
sempre achei que o interesse estrangeiro por ela deve nos alegrar e não
nos preocupar porque pode ser uma
fonte de ajuda, de recursos, tanto
recursos financeiros como recursos
científicos, tecnológicos. A preocupação mundial com a Amazônia é que
ela não seja queimada ou destruída
e esse também é o nosso interesse.
Canavieiros: Já com relação à
falta de água potável no mundo.
Qual o nível de preocupação que
o Brasil deve ter?
Ricupero: O problema da água vai
ser um dos mais sérios nas próximas
décadas e vai haver complicações muito grandes. Em muitos setores no mundo as pessoas já vivem com carência
de água e isso vai aumentar bastante.
Para um país que tem um grande reservatório de água doce, como é o Brasil,
essa é uma vantagem porque água é
difícil de exportar, mas se exporta embutida nos alimentos. Cada produção
de soja ou de carne são centenas de
litros de água. Então é uma vantagem
para o país que tem água e o Brasil tem
que ver com muito cuidado para utilizar bem e não desperdiçar. O aqüífero
Guarani, de Ribeirão Preto, já está bem
comprometido. Então, deve-se ter um
certo cuidado.
Revista Canavieiros - Junho de 2008

7
Artigo

Uma sociedade
anestesiada
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan*

É

inexplicável e inadmissível o es
tado de entorpecimento pelo
qual a sociedade brasileira está
mergulhada mesmo estando frente a
uma realidade que mais parece uma obra
de ficção. A cada dia um novo capítulo,
uma nova história, um novo escândalo. E como a grande maioria desses esquemas e denúncias termina em nada,
a impunidade aniquila as forças dos cidadãos de bem. E vamos perdendo a
capacidade de indignação, o entusiasmo de lutarmos pelo certo, pelo que
acreditamos ser o melhor para o país.
E essa triste realidade policialesca
se transformou em uma cortina de fumaça, que esconde um país polarizado: de um lado, os grandes
conglomerados, que não precisam de muita ajuda e que mesmo assim estão se dando muito
bem, e os pobres, que contam
com a assistência do governo
que vem em forma de “bolsas”,
de programas de incentivos.
E a classe média, esticada
entre essas duas pontas, não
conta com quase nada e passa
cinco meses do ano trabalhando para bancar os custos do
governo. E segue silenciosa,
resignada, anestesiada frente
a todos os descalabros. Eu me pergunto a toda hora: o que é preciso fazer
para que essas pessoas - que trabalham,
que têm princípios, valores - reajam?
Sinceramente é difícil saber. Mas acho
que falta em nós um pouco do sentimento cívico, de se importar mais com
o futuro do país, de participar.
Das vezes que fui aos Estados Unidos, algo sempre me chamou a atenção: a quantidade de bandeiras hasteadas nas cidades e até nas residências.
Por aí dá para se entender um pouco
porque eles são a Nação mais poderosa do mundo. Porque se orgulham do
8

Revista Canavieiros - Junho de 2008

seu país e estão preocupados com o
futuro. Hastear a bandeira, para eles, é
um sinal de respeito, de comprometimento e de responsabilidade em relação à Pátria.
Os símbolos nacionais - o Hino, a
Bandeira, o Brasão e o Selo - representam o nosso país e, dessa forma, também nos representam. Eles são uma forma de sentirmos a Pátria mais próxima
de nós e também de reafirmarmos os
compromissos que temos com ela. Dos
quatro símbolos, a bandeira é a que mais
toca o brasileiro. Vejam que nos períodos de Copa do Mundo ela se espalha
pelo país e representa a união dos cida-

dãos em torno de um objetivo comum e
também se fez marcante em momentos
cruciais para o país, como no impeachment do presidente Collor, em 92.
Assim, a Bandeira Nacional pode,
de certa forma, despertar a sociedade
para a necessidade de reação. O hasteamento do Pavilhão Nacional nas empresas, nas escolas, nas repartições
públicas e até mesmo nas residências
talvez pudesse ser um movimento para
esse “chamado” à realidade. Algumas
empresas, até mesmo aqui da região, já
deixam a bandeira hasteada, mas isso
ainda é algo muito tímido no Brasil.

Infelizmente, toda a beleza e significado da bandeira nacional - cujas cores representam as nossas matas, nossas riquezas, nosso céu e
que traz a mensagem Ordem
e Progresso - estão sendo
encobertos e manchados por
outras, que representam movimentos que comprometem
a ordem e que envergonham
o solo brasileiro.
Acho que se nós, brasileiros, resgatássemos a crença que foi perdida por conta
dessa série de desgostos nacionais, e fizéssemos o mesmo que os americanos fazem,
de demonstrar o nosso respeito e orgulho da Pátria, talvez despertássemos dessa crise silenciosa, que corrói a consciência coletiva e nos transforma em uma massa amorfa, descrente e sem saída.
O hino à Bandeira Nacional traz em
sua letra algo que deveria nos servir de
inspiração: “Contemplando o teu vulto
sagrado, compreendemos o nosso dever”. Façamos, assim, cada um a sua
parte para que a sociedade desperte
deste sono profundo.
*presidente da Canaoeste
(Associação dos Plantadores de
Cana do Oeste do Estado de São Paulo)
Ponto de Vista

Álcool - modelo de
distribuição agrava crise
para o produtor
Por Ismael Perina Júnior, Presidente da Orplana

E

sta safra desenha um período
muito difícil para o produtor
de cana. Os preços pagos pela
matéria-prima estão abaixo dos custos
operacionais. Sabemos que a economia
oscila. Ajustes entre oferta e demanda
são responsáveis por mudanças nos
preços do produto e conseqüente remuneração ao produtor.
No cenário internacional, o preço
do açúcar, abaixo das expectativas, influencia negativamente nossos negócios. A taxa de câmbio também não favorece o setor produtivo e a alta dos
insumos eleva o custo de produção.
Esta é uma crise que se compara à
de 1999. Naquele momento, entretanto,
tínhamos recursos da safra anterior, o
que nos dava fôlego. Isso não acontece agora, já que o produtor vem se descapitalizando.
Mudanças na economia, sabemos
que temos de administrar. Entretanto, o
que não podemos aceitar é a iniciativa
de agentes que penalizam toda uma cadeia produtiva.
A crise se agrava devido ao modelo
de regulação do mercado de combustí-

veis, que concentra poder nas mãos
das distribuidoras. Seis destes grupos
detêm aproximadamente 75% do mercado no Brasil, contra cerca de 170 grupos compostos por usinas.
Principalmente em época de safra,
as distribuidoras pressionam as usinas
derrubando preços. Compram o litro de
álcool por R$ 0,6327 (fonte: Cepea/USP
- referência primeira semana de junho)
e na bomba de combustível, região de
Ribeirão Preto, o álcool é vendido de
R$ 1,29 a R$ 1,40.
A distribuição e a comercialização
continuam tendo altas margens e o produtor recebe pouco pela matéria-prima.
Ao mesmo tempo, o consumidor paga
além do que deveria.
Para produzir uma tonelada de cana,
o gasto é de, pelo menos, R$ 50,00. E
de acordo com a média do Estado hoje,
o produtor recebe R$ 31,00 pela tonelada, com expectativa de fechamento de
safra em R$ 35,00.
A cada ano, o jogo se repete. Quando o preço do álcool está baixo para o
produtor, o consumidor não vê benefício na bomba. Porém, quando há algum

ajuste da matériaprima, a alta no posto é instantânea e a
sociedade acusa o setor produtivo. Costumo dizer que a distribuidora passeia com o álcool e encarece o produto.
A Orplana tem realizado diversas reuniões com o Governo
Federal e Usinas, com o objetivo de encontrar soluções conjuntas. É fundamental que o Governo disponibilize recursos para financiamento dos estoques de açúcar e de álcool, aliviando a
pressão de venda. Para que a iniciativa surta efeito, os recursos devem ser
repassados àquelas usinas que estejam em dia com o pagamento da matéria-prima aos produtores, que cumpram
o modelo mínimo de pagamento previsto pelo Consecana e recolham a contribuição dos fornecedores às associações. Isso impedirá, lá na frente, severas elevações nos preços do combustível e que novamente a culpa, por desajustes de outros agentes do mercado,
seja transferida aos produtores.

Revista Canavieiros - Junho de 2008

9
Notícias
Copercana

Laboratório de casa nova
Marcelo Massensini

Novas instalações são amplas e modernas; a localização agiliza a entrega de coletas e resultados

O

Laboratório de Análises da Copercana e Canaoeste acaba de
mudar de casa. A partir deste
mês, o laboratório das
instituições – que já era
um dos melhores da região – passa a funcionar com instalações
mais modernas e adequadas à demanda de
análises dos cooperados e associados, na
Unidade de Grãos da
Copercana, a Uname.

O químico responsável pelo
laboratório, Francisco José
Accorsini

A mudança de local Investimento em
equipamentos
trouxe inúmeras outras
melhorias. Vários equipamentos foram substituídos por outros
mais modernos e com mais recursos técnicos. Segundo o químico responsável
pelo laboratório, Francisco José Accorsini, a empresa, por enquanto, continuará oferecendo os mesmos tipos de análise, porém, “estamos fazendo levantamento da demanda por outras análises
para implantá-las na nossa rotina de trabalho”, explica Accorsini.
Além dessa pesquisa, o laboratório está engajado no Projeto de Levantamento Pedológico de Solo de todos
os cooperados e associados do sistema em parceria com o CTC (Centro de
Tecnologia Canavieira).
Todos esses projetos puderam se
tornar realidade graças à nova instalação que, segundo Accorsini, “facilita a
vida do fornecedor na hora da entrega
das análises e agiliza, ainda mais, a entrega dos resultados”, diz.
O laboratório existe desde 1975 e
faz análises de solo de fazendas de
todo o Estado de São Paulo e de outros Estados, como Mato Grosso, Rio
Grande do Norte, Goiás, Minas Gerais
e Tocantins. Ao todo, são realizadas
120 mil determinações por ano.
10

Revista Canavieiros - Junho de 2008

Fachada do novo laboratório: são
realizadas 120 mil análises ao ano.

HOJE, O LABORATÓRIO DA COPERCANA E
CANAOESTE OFERECE OS SEGUINTES SERVIÇOS:
· Análise de solo de rotina;
· Análise granulométrica de solo;
· Análise química de corretivos para acidez do solo;
· Análise de fertilizantes sólidos e líquidos NPK;
· Análise de vinhaça;
· Análise de tortas e estercos;
· Análise de cana.
Revista Canavieiros - Junho de 2008

11
Notícias
Canaoeste

Uname instala Biodigestor na
unidade
Marcelo Massensini

Equipamento irá tratar esgoto da Unidade;
Resíduos serão transformados em biogás e fertilizantes

D

entro de um mês a Copercana
deve colocar em funcionamento o biodigestor, equipamento
para o tratamento do esgoto produzido na Uname (Unidade de Grãos) e também para a produção de biogás, que
pode ser utilizado como combustível
em diversos motores e fogões.
A implantação do biodigestor é um
dos resultados da parceria firmada entre a Copercana e a Unesp há cerca de
um ano e meio para analisar os resíduos
do processamento do amendoim. As
pesquisas evoluíram até que analisassem todos os resíduos que existem na
Unidade, incluindo aí os restos dos
grãos, dejetos gerados pelos animais do
Capril e os esgotos gerados na filial.
De acordo com Jorge de Lucas Júnior, professor titular do Departamento de
Engenharia Rural da Unesp Jaboticabal,
as obras do biodigestor estão bem
avançadas, a estrutura já está pronta e o terreno sendo preparado. Depois da implantação do biodigestor, virá a parte de acompanhando
dos ganhos ambientais e energéticos que o projeto traz. “Esse acompanhamento será responsabilidade da Carla (Segatto Strini Paixão,
estudante de agronomia e estagiária do Departamento de Engenharia Rural da Universidade)”, diz.
Lucas explica como funciona o
biodigestor. “É um processo anaeróbio. O biodigestor tem que ser
fechado e, no processo, atua uma
série de microorganismos. Os da
primeira etapa fazem a hidrólise,
transformando carboidratos em
ácidos. Na etapa seguinte, os microorganismos têm a característica de produzir o gás metano, que é
um gás combustível. Todo o pro12

Revista Canavieiros - Junho de 2008

cesso ocorre num meio fechado,
que é o biodigestor”, explica.
Em outras palavras, o biodigestor consiste em uma cavidade
no solo, revestida e tampada com
lona especial. As tubulações do
esgoto (e de outros resíduos)
caem direto nessa cavidade e ficam armazenados até que tenha
início o processo de decomposição da matéria orgânica, transformando os resíduos em adubo e
liberando o biogás, resultado das
reações químicas.
A matéria orgânica que sobra do
tratamento pode ser usada como um
fertilizante, já que é rica em nutrientes.
“Espera-se utilizar não só o esgoto, mas
qualquer material que permita gerar
energia, proporcionando saneamento
com a redução de microorganismos pa-

Carla Paixão (estagiária Unesp) e o professor
Jorge de Lucas: o biodigestor ficará pronto em um mês

togênicos, redução de carbono e redução do impacto ambiental que esses resíduos podem causar”, diz Lucas.
O gerente da Unidade, Augusto
César Strini Paixão, um dos idealizadores da parceria, se diz “extremamente
satisfeito com a viabilização desses
projetos que colocam a Copercana
em um novo patamar no que diz respeito à responsabilidade social e
ambiental”. O professor ressalta
que esse projeto é apenas um entre
muitos. “Tudo isso faz parte de uma
ação maior que já existia antes de
chegarmos aqui nesse convênio”,
afirma.

Processo de construção do
Biodigestor

O professor da Unesp ressalta
a importância das ações da Copercana. “A Copercana já tem ações
ambientais há algum tempo. Durante esse convênio entre a Unesp e a
cooperativa, observamos que aqui
já existia uma imensa preocupação
com a melhoria não só das condições de trabalho, como também nas
condições do ambiente de trabalho.
Esse tipo de ação permitirá, em breve, que a Copercana tenha um destaque maior e até ser certificada por
suas ações ambientais”, diz.
Revista Canavieiros - Junho de 2008

13
Notícias
Canaoeste

Canaoeste apoia seminário
Canaoeste apoia seminário
sobre alimento e energia
sobre alimento e energia
Marcelo Massensini

Mais de 200 pessoas participaram do evento, que discutiu questões relacionadas ao setor produtivo

N

o dia 30 de maio, o presidente
da Canaoeste, Manoel Carlos
de Azevedo Ortolan, ministrou
uma palestra sobre os desafios e oportunidades para os fornecedores independentes de cana durante o Seminário
Brasil – Alimento e Energia para o Mundo. O evento, promovido pelo Sindicato Rural de Ribeirão Preto (SRRP) e pela
Associação Rural de Ribeirão Preto
(ARRP), reuniu cerca de 200 pessoas,
entre produtores rurais, representantes
de entidades e autoridades políticas.
Em sua apresentação Manoel Ortolan destacou que, para participar do processo de expansão do setor sucroalcooleiro, o fornecedor independente de
cana precisa estar organizado. Segundo ele, nas últimas safras, a renda da
cana não cobriu nem os custos de produção e, para que produtor tenha condições de continuar na atividade, as
cooperativas e associações são o caminho. Ele também apontou outras condições: “se tiver acesso a crédito em condições adequadas, se tiver um bom amparo jurídico – especialmente no que se
refere às questões ambientais – se investir em tecnologia e se o Consecana –
que serve de parâmetro para o pagamento da matéria-prima – for aperfeiçoado
de forma a contemplar melhor às necessidades dos fornecedores. Suprindo-se
esses fatores, a situação do produtor
tende a melhorar”, diz.
A palestra de abertura do evento
foi a do presidente do SRRP e da ARRP,
Joaquim Augusto Azevedo Souza. Ele
falou sobre um dos temas mais polêmicos do setor produtivo: a reserva legal,
Marcos Fava
Neves

14

Revista Canavieiros - Junho de 2008

Homenagem ao ex-ministro Roberto
Rodrigues ao final do evento

que determina que 20% da área de toda
propriedade rural devem ser destinados a reflorestamento. De acordo com
Souza, a medida diminuiria a produção
e, por conseqüência, elevaria o desemprego na agropecuária, indústria e comércio. “Só no Estado de São Paulo,
93% dos agricultores ocupam 45% da
área agrícola, sendo que cada propriedade tem cerca de 33 hectares. Se tirarem mais 20% disso o que o produtor
rural vai fazer?”, questiona.
O professor Marcos Fava Neves, da
FEA/USP, apresentou uma palestra intitulada “Como combater a inflação de
alimentos no Mundo”. Ele mostrou, com
dados, oito causas – além da produção
de biocombustíveis – para o recente
aumento nos preços dos alimentos e dez
soluções para o problema. “É injusto
culpar a cana. Ela produz 50% do combustível usado no Brasil com 1% da área
agricultável do país”, explica.
No encerramento, o ex-ministro da
Agricultura e diretor da FGV, Roberto
Rodrigues, falou sobre “Ecologia, Alimentos e Agroenergia”. Um dos maioJoaquim Augusto
Azevedo Souza

res entusiastas do agronegócio, especialmente o canavieiro, Rodrigues endossou os dados de Fava Neves, mostrando que os biocombustíveis nada
têm a ver com a inflação de alimentos.
Ele falou, ainda, da falta de planejamento para o setor e sobre a importância da
união dos produtores em cooperativas
e associações.
Para Ortolan, o seminário atingiu
seu objetivo e estabeleceu uma comunicação com a população por meio da
cobertura da imprensa. “Muitas vezes,
as polêmicas são criadas pela falta de
informação ou pela interpretação equivocada dos fatos. Eventos como esse
são importantes para que a sociedade
como um todo tenha oportunidade de
conhecer as dificuldades e os argumentos do setor produtivo”, termina.
Também participaram do evento o
prefeito de Ribeirão Preto, Welson Gasparini, o deputado federal e ex-secretário estadual da Agricultura, Duarte
Nogueira, o presidente da Orplana, Ismael Perina Junior, e vários outros representantes do setor.
Manoel Carlos de
Azevedo Ortolan

Roberto
Rodrigues
Notícias
Canaoeste

Consecana

CIRCULAR Nº 04/08
DATA: 30 de maio de 2008

Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

A

seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue
durante o mês de MAIO de 2008. O preço médio do kg de ATR para o mês de MAIO, referente à Safra 2008/2009,
é de R$ 0,2521.

O preço de faturamento do açúcar no
mercado interno e externo e os preços do
álcool anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados
pela ESALQ/CEPEA, nos meses de ABRIL e MAIO e acumulados até maio, são apresentados a seguir:
Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) e os do álcool anidro e hidratado destinado à indústria (AAI e
AHI), incluem impostos, enquanto que
os preços do açúcar de mercado externo
(ABME e AVHP) e do álcool anidro e hidratado, carburante (AAC e AHC) destinados ao mercado externo (AAE e AHE), são
líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg,
por produto, obtidos nos meses de ABRIL e MAIO e
acumulados até MAIO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/07, são os seguintes:

Revista Canavieiros - Junho de 2008

15
Notícias
Canaoeste

Canaoeste odontologia em
Canaoeste odontologia em
Severínia
Severínia
Marcelo Massensini

Grande público da filial é formado por funcionários de fornecedores

Keli Righetti: “adorei o serviço”
Giselle e Maria de Lourdes:
fidelização dos clientes

A

filial do convênio odontológico de Severínia possui um dos
maiores números de usuários
por mês. De acordo com a dentista responsável pelos atendimentos da cidade, Giselle Del Arco Bortolan, o consultório chega a atender até 10 pacientes por dia. “Desde quando comecei,
há quase seis anos, o fluxo foi sempre
muito bom”, conta.
E, segundo ela, não são só os pacientes antigos que mantêm o hábito de
fazer o tratamento, já que, constantemente, aparecem novos pacientes.
“Eles são fiéis, voltam sempre, mas
sempre aparecem novos pacientes”, diz
Giselle. Uma delas é Keli Righetti. Ela e
o marido são associados da Canaoeste
há pouco tempo e, logo que soube do
serviço, Keli o procurou. “Adorei o
serviço, tanto o atendimento quanto o
preço. Faz uma diferença enorme. Eu
fiz até mais tratamentos do que eu planejava”, comemora keli. “Meu marido
ainda não usou por falta de tempo, mas,
com certeza, ele vai usar”, completa.
Maria de Lourdes Menezio Carliente
é associada e também não quer mais
16

Revista Canavieiros - Junho de 2008

mudar de dentista. “O atendimento é excelente e o preço compensa muito”, explica. Segundo Maria de Lourdes, ela e o
marido fizeram o tratamento e agora voltam regularmente para fazer o controle e
manter a saúde bucal sempre em dia.
Outro público atendido pelo convênio são os funcionários de fornecedores e seus familiares. Eles têm atendimento 100% gratuito. “É o nosso
maior público, tratamos muitos associados, mas o número maior é de funcionários dos produtores”, diz Giselle. Ela
conta que alguns de seus pacientes
nunca haviam visitado um dentista antes e que o tratamento trouxe inúmeras
melhorias para a vida deles. “Muda
tudo, até a auto-estima da pessoa muda
depois que começa a cuidar”, conclui.
As irmãs Larissa e Ingrid Mendes
são filhas de funcionários de um fornecedor e utilizam o serviço há quase dois
anos. “Antes a gente pagava dentista,
agora a gente economiza bastante. Se
não fosse o convênio a gente não ia
tratar com a freqüência que usamos
hoje”. Além delas, os pais e mais uma
irmã consultam com a dentista da filial.

As irmãs Larissa e Ingrid utilizam o serviço há 2 anos

NÃO CUSTA LEMBRAR:
O programa Canaoeste Odontologia disponibiliza profissionais
renomados, com instalações e materiais de qualidade, atendimento
diferenciado e todos os recursos
possíveis para garantir o bem-estar de seus usuários.
Entre os serviços oferecidos
pelo Programa Odontológico da
Canaoeste estão: exames clínicos
e planos de tratamento; profilaxia,
limpeza e aplicação de flúor, aplicação de selante; restaurações;
endodontia (canal); radiografias e
extrações.
Revista Canavieiros - Junho de 2008

17
Notícias
Cocred
Balancete Mensal
Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana
de Sertãozinho BALANCETE - ABRIL/2008
Valores em Reais

18

Revista Canavieiros - Junho de 2008
Revista Canavieiros - Junho de 2008

19
Reportagem de Capa

IV Agronegócios Copercana:
com força total
Carla Rossini

Feira exclusiva aos cooperados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred apresenta excelentes
oportunidades de compras para os produtores

O

s cooperados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred
já se preparam para participar
do IV Agronegócios Copercana, que
acontece nos dias 25, 26 e 27 de junho,
com horário de funcionamento das 10h
às 18h no Clube de Campo Vale do Sol,
localizado na Rodovia Atílio Balbo, Km
331 – Sertãozinho.
Neste ano a feira conta com mais
de 60 expositores e um sistema facilitado de compra de insumos com oferta
de créditos e condições vantajosas de
pagamento. O evento marca o encerramento do 1º semestre de 2008, período
tradicional de negócios para o setor
canavieiro, principalmente na área de
agroquímicos.
Em 2007, o volume de negócios realizado no Agronegócios Copercana foi
de cerca de R$ 85 milhões, 42% a mais
que no ano anterior.
Para essa edição, os organizadores estimam um faturamento igual ou
superior à edição de 2007. “Para essa
edição esperamos superar expectati-

vas e conseguir um excelente volume de negócios”, afirma Frederico José
Dalmaso, gerente comercial da cooperativa.

Frederico José
Dalmazo - gerente
comercial da
Copercana

Ele ainda completa:
“Apesar da safra de cana
2008/2009 não estar sendo boa para os produtores, contamos com os nossos cooperados na feira
que já é tradicional e com
certeza é a melhor opção
de compra e negócios para
os produtores, principalmente para os pequenos e
médios que necessitam de
condições especiais de
negociação”, finaliza.
A feira será uma verdadeira vitrine
de produtos e serviços para uso nas
lavouras de cana-de-açúcar e grãos.
Os expositores também levarão para o
Agronegócios Copercana novidades
tecnológicas em máquinas e equipamentos para os pequenos e médios
produtores.
Agronegócios Copercana 2007

20

Revista Canavieiros - Junho de 2008

Além disso, os cooperados também
poderão participar de um ciclo de palestras sobre produção de ovinos e bovinocultura de leite, que acontecerá paralelamente à feira. “A exemplo do ano passado, estamos realizando dois seminários
para os nossos cooperados pecuaristas,
um sobre produção de ovinos e outro
sobre bovinocultura de leite. Estamos trazendo palestrantes renomados que, com
certeza, terão muito a acrescentar aos
nossos cooperados”, disse Nelson Bernardi Júnior, médico veterinário e organizador do evento da Copercana.
Reportagem de Capa

Revista Canavieiros - Junho de 2008

21
Reportagem de Capa

Otimismo marca edição
deste ano

O

diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, está otimista e estima um volume expressivo
de negócios e visitantes no IV Agronegócios Copercana, que neste ano terá 60 expositores.
Leia, a seguir, a entrevista que ele concedeu à Canavieiros.

Canavieiros: A Agrishow, que
aconteceu no final de abril e início
de maio, teve resultados acima dos esperados pela organização. Isso mostra que o setor agrícola está em recuperação. Diante desse contexto, quais
são as expectativas para a realização
do Agronegócios Copercana?
Pedro Esrael Bighetti: Os resultados da Agrishow devem-se, basicamente, à boa safra de grãos, que deve
chegar a 143,3 milhões de toneladas,
8,7% superior à anterior. As condições
climáticas ajudaram e o aumento na
produtividade do milho e da soja, impulsionado pelos bons preços e pelo
uso de novas tecnologias, também
contribuiu. No caso da cana, também
teremos uma produção recorde, segundo a Conab. O volume a ser processado pela indústria deverá ficar entre
558,1 e 579,8 milhões de toneladas, um
aumento entre 11,3% e 15,6% em relação à safra anterior. A área ocupada
pela cultura será 7,8 milhões de hectares, contra 7 milhões na safra passada.
No entanto, esse aquecimento no setor está causando alguns problemas.
Os produtores, por exemplo, têm de
entrar na fila para comprar equipamentos. Assim, a feira será uma excelente
oportunidade para o produtor adquirir
os equipamentos que precisam e fazer
excelentes negócios.
Canavieiros: A temporada de preços ruins da cana-de-açúcar pode retrair as vendas no Agronegócios?
Bighetti: Neste ano ainda não. É início de safra e a perspectiva é sempre
melhorar. Existia uma grande preocupação no final de 2007, mas hoje as expectativas estão um pouco melhores. Os
números já mudaram e a queda na produção de açúcar da Índia de 4 milhões
de toneladas, a nevasca que atingiu a
China (4º maior produtor de açúcar do
mundo), vão ajudar o Brasil. Os contra22

Revista Canavieiros - Junho de 2008

tos para venda de álcool
também estão melhores,
porque os EUA fazem
etanol de milho que serve
como alimento, beneficiando o álcool brasileiro.
A Europa também está em
negociação com o Brasil
e já temos até alguns pedidos para essa safra. Isso
é positivo e traduz preços
melhores. Mas é preciso
ter cautela e não se arriscar em aventuras que
possam trazer prejuízos.
Na feira, o produtor terá a
oportunidade de visitar
os estandes das empresas, discutir as
propostas e negociar.

“

“a feira será uma
excelente oportunidade
para o produtor
adquirir os
equipamentos que
precisam e fazer
excelentes negócios”
Canavieiros: Há previsão de negócios para o Agronegócios Copercana?
Pedro Esrael Bighetti: A previsão
inicial é que o faturamento chegue a
R$ 80 milhões. Eu acredito, ainda, que
este ano será melhor porque a feira está
em franco crescimento e o grande sucesso é o financiamento mais barato. E
acredito que este será um dos anos de
menor custo possível. Esperamos um
movimento maior, um sistema de venda mais eficiente, já que temos algumas opções de financiamento. Além
dos preços e opções de pacotes para
atender aos cooperados, essa é uma
das melhores épocas para comprar. As

Pedro Esrael Bighetti,
diretor da Copercana

empresas querem faturar para fechar o
balanço semestral e acabam oferecendo boas condições.
Canavieiros: Quantos expositores
vão participar? E visitantes?
Bighetti: Serão 60 expositores e
esperamos, aproximadamente, 4.000 visitantes. Aumentamos o número de expositores de máquinas e equipamentos agrícolas e a área externa da feira
será bem atraente.
Canavieiros: Qual o perfil dos visitantes da feira?
Bighetti: A feira é exclusiva para cooperados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred. Esses cooperados são,
na sua maioria, da região de Ribeirão
Preto e Sertãozinho, mas um número expressivo vem de nossas outras filiais,
que abrangem mais de 70 cidades do
Estado de São Paulo e Minas Gerais.
Canavieiros: Quais outros atrativos para o produtor?
Bighetti: Além da oportunidade de
fazer bons negócios, o produtor ainda
pode contar com um outro atrativo: as
compras realizadas na feira podem ser
divididas em 12 vezes.
Revista Canavieiros - Junho de 2008

23
Destaque

Infra-estrutura da
Fenasucro & Agrocana
2008 é uma das melhores
do Brasil
Da redação

Investimentos no Centro de Eventos Zanini e diferenciais dos pavilhões de exposição proporcionam conforto e
facilidades para os visitantes e para as empresas expositoras

A

temporada de feiras de negócios no país está a todo vapor. Nesse amplo cenário de
eventos, em especial aqueles realizados fora das capitais, a infra-estrutura
e organização da Fenasucro & Agrocana 2008, que serão realizadas em
Sertãozinho de 02 a 05 de setembro,
chamam a atenção pelos seus diferenciais que proporcionam facilidades e
comodidades para visitantes e expositores.
Um dos destaques das Feiras é a
facilidade de acesso ao Centro de
Eventos Zanini. Os cerca de 25 mil visitantes e 450 expositores esperados
para a Fenasucro & Agrocana encontram três vias principais para chegar
até o local, em Sertãozinho, sendo uma
delas rodovia duplicada com marginais que facilitam o fluxo do trânsito
de quem entra e sai do evento. Estacionamentos não faltam. São quatro áreas, sendo uma delas estacionamento
VIP com vagas sombreadas.
A organização, a cargo da Multiplus Eventos, leva em conta a dinâmica do trânsito de quem trabalha e visita as feiras, com cinco áreas de acesso para os distintos públicos. Vale destacar a área VIP para recebimento de
visitantes estrangeiros e autoridades.
O serviço conta com profissionais bilíngües para o atendimento adequado
ao público. Os pavilhões e espaços
internos das feiras também foram projetados para oferecer agilidade e facilidade.
São dois pavilhões, um com 16 mil
metros quadrados, em fase de estudo

24

Revista Canavieiros - Junho de 2008

Fenasucro & Agrocana 2007

de viabilidade para a climatização do
local durante a feira, e outro desmontável, com 6.000 metros quadrados,
com ar-condicionado, dispostos numa
área total fechada de 150 mil metros
quadrados. O Centro de Eventos Zanini possui ampla e organizada área
de alimentação, com destaque para
restaurantes renomados durante o
evento, como a Choperia Pingüim em
2007, e vários quiosques espalhados
pelo recinto. Expositores, visitantes e
organizadores ainda contam com banheiros novos e localizados em diversos pontos estratégicos, energia elétrica facilitada e disponibilidade de linhas telefônicas e internet rápida.

Com o mercado sucroalcooleiro
agitado pelo boom do etanol e pela
entrada em operação de novas usinas no Centro-Sul, a Fenasucro &
Agrocana ocupam a primeira posição na agenda de feiras de negócios, principalmente pela qualidade
dos serviços e estrutura que oferecem aos visitantes e expositores,
cada vez mais especializados. “As
feiras são as vitrines do que o setor
produz e pensa de mais moderno.
Nossa estrutura e organização refletem o desenvolvimento, qualificação
e exigências do público do segmento”, afirma Fernando Barbosa, diretor da Multiplus.
Revista Canavieiros - Junho de 2008

25
Informações Setoriais

CHUVAS DE MAIO
e Prognósticos Climáticos
e Prognósticos Climáticos
No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de MAIO de 2008.

Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Assessor Técnico Canaoeste

Em quase todos os locais observados, as chuvas de MAIO foram inferiores às respectivas médias históricas, com
exceção de UNESP-Jaboticabal e C. E. Moreno.
Mapa 1:- Água Disponível no Solo
entre 25 a 28 de MAIO de 2008.
O Mapa 1, ao lado, mostra
que o índice de Água
Disponível no Solo, a 50cm
de profundidade, no período
de 25 a 28 de MAIO, logo
antes das chuvas deste final
de mês, apresentava-se como
médio a baixo em quase todo
quadrante noroeste do
Estado de São Paulo;
enquanto que, nas demais
áreas canavieiras do Estado,
a Disponibilidade Hídrica do
Solo mostrava-se entre
médias a favoráveis.

26

Revista Canavieiros - Junho de 2008

ÁGUA, usar s
ÁGUA, usar s

Protejam e preservem as n
Protejam e preservem as n
Informações Setoriais
Mapa 2:- Água Disponível no Solo, entre 29 de MAIO a 01 de JUNHO de 2008.

Em MAIO de 2008, vide-Mapa 2, em função das chuvas ocorridas nos últimos dias do
mês, o baixo índice de Água Disponível no Solo, a 50cm de profundidade, (em poucos dias,
apenas 3) “migrou” do Oeste/ Noroeste (Vide Mapa 1) para as faixas Leste e Norte do
Estado (até a região de São José do Rio Preto); enquanto que, entre a Região Central ao
Sudoeste (Assis – Presidente Prudente), o solo encontrava-se com alto índice de umidade.
Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologia e INPEInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de junho a agosto.
Embora com menor intensidade, ainda permanecem os efeitos do fenômeno La Niña
(contrário ao El Niño), que corresponde ao esfriamento da superfície das águas do Oceano
Pacífico, ao longo da faixa equatorial. Quanto mais próximo da costa oeste da América do
Sul, na altura do Equador, Peru e Colômbia, mais sensíveis serão os efeitos das condições
climáticas para o Brasil, como tem ocorrido pelas freqüentes (até intensas) chuvas nas
faixas norte das Regiões Norte e Nordeste brasileiro (até o Maranhão e Piauí).
· Prevê-se que a temperatura média na região Centro-Sul ficará próxima da normalidade climática;
· Quanto às chuvas, está prevista que “ficarão” próximas das respectivas médias
históricas em praticamente toda área sucroalcooleira da região Centro-Sul;
· Como referência, as médias históricas das chuvas, pelo Centro Apta-IAC, para
Ribeirão Preto e municípios vizinhos são de 25mm em junho e 20mm em julho e agosto.
· Considerando-se as previsões elaboradas pela SOMAR Meteorologia, com a qual
a CANAOESTE mantém convênio, é possível prever que, para esta região, (a média d) as
chuvas de junho a agosto “ficarão” ligeiramente abaixo da média histórica.
Persistindo dúvidas em tratos culturais da cana-planta e das áreas recém-colhidas,
consultem os Técnicos CANAOESTE mais próximos.

sem abusar !
sem abusar !

nascentes e cursos d’água.
nascentes e cursos d’água.

Revista Canavieiros - -Junho de 2008
Revista Canavieiros Maio

27
Informações de Safra

Valor do ATR e valor médio da
Valor do ATR e valor médio da
tonelada para fornecimento
tonelada para fornecimento
Thiago de Andrade Silva
Assistente de Controle Agrícola da CANAOESTE

N

a safra 2007/2008, tivemos um
fato novo, previsto há algum
tempo: a aproximação do preço
do kg de ATR do álcool e do açúcar.
Muitas unidades industriais que sempre
produziram mais açúcar que álcool, e que
sempre obtiveram preços do kg de ATR
superiores à outras unidades industriais
mais alcooleiras, obtiveram preços de fechamento do kg de ATR inferiores.
Na safra 2007/2008 os fornecedores associados à CANAOESTE forneceram cerca de 11,9 milhões de toneladas de cana, com teor médio de 146,99
kg de ATR e valor médio do ATR de R$
0,2499 / kg, ou seja, um preço médio de
R$ 36,7309 / ton.

O teor médio de ATR da safra 2007/
2008 foi inferior ao da safra 2006/2007,
que foi de 151,50 kg de ATR.
Apenas relembrando, o valor médio do ATR e o preço médio da tonelada de cana da safra 2006/2007 foram de
R$ 0,3592 / kg de ATR e R$ 54,4156 /
ton, respectivamente, com uma redução, portanto, de 3,07% no teor de ATR,
43,74% no preço do kg de ATR e 48,15%
no preço da tonelada de cana.
A Tabela 1 traz a quantidade de cana,
o teor médio de ATR e os valores do
ATR de fechamento da safra 2007/2008,
de acordo com os mixes de produção
de cada unidade industrial.

TABELA 1 - ENTREGA DE CANA POR ASSOCIADOS CANAOESTE
NA SAFRA 2007/2008 E PREÇOS DE FECHAMENTO DO ATR
Valores por região

As Regiões 2 e 3 tiveram valor do
ATR de fechamento maior que R$ 0,2499
/ kg, sendo que na Região 2 as Usinas
Santa Elisa e Santo Antonio foram as
únicas que tiveram valor superior ao
valor da média do Estado de SP. Na Região 3, de forma geral, todas as usinas
contribuíram significativamente para terem a maior média entre as regiões.
A Tabela 2 apresenta um ranking
das unidades industriais em função do
valor do ATR.
TABELA 2 - CLASSIFICAÇÃO DAS
UNIDADES INDUSTRIAIS EM FUNÇÃO DO
VALOR DO ATR AJUSTADO ATÉ MAR/08

28

Revista Canavieiros - Junho de 2008
Informações de Safra
Pode-se observar que a unidade industrial que mais se destacou, em relação ao valor do ATR, foi a Usina Carolo.

TABELA 3 - CLASSIFIÇÃO DAS UNIDADES INDUSTRIAIS EM
FUNÇÃO DO VALOR DA TONELADA DE CANA PARA
FORNECIMENTO AJUSTADO ATÉ MAR/08

Todas as unidades industriais que
fecharam com valor do ATR abaixo da
média do Estado de SP, que foi R$ 0,2443
/ kg de ATR, seguiram a média estadual.
A Tabela 3 traz um ranking por unidade industrial do valor médio da tonelada de cana para fornecimento. Nesta
Tabela encontra-se outro perfil, pois este
valor é resultado da multiplicação do
valor do ATR, expresso em R$/kg, pelo
teor de ATR médio, expressa em kg/t.
Pode-se observar que as unidades
industriais que tiveram maior valor da
tonelada de cana foram as Usinas Bazan e Bela Vista.
Apesar da Usina Moreno ter tido o
mesmo valor de fechamento do ATR das
Usinas Bazan e Bela Vista, seu teor de ATR
fez com que ela ficasse no Grupo 2. Os Grupos 1, 2 e 3 tiveram valor da tonelada de
cana acima da média da CANAOESTE.

Revista Canavieiros - Junho de 2008

29
Legislação

Queima de palha de canade-açúcar - suspensão
das autorizações

O

artigo 7º da Lei Estadual nº
11.241/2002 e o artigo 14 do
Decreto nº 47.700/2003 autorizam a suspensão das autorizações para uso do fogo como método despalhador da cana-de-açúcar
em todo Estado de São Paulo quando a umidade relativa do ar estivar
muito baixa, podendo ocasionar risco à saúde pública.
Com base nos sobreditos artigos,
a Secretaria do Meio Ambiente do
Estado de São Paulo republicou no
Diário Oficial do Estado de 29 de maio
de 2008, a Resolução SMA nº 38, de
16.05.2008, proibindo a queima de
palha de cana-de-açúcar no período
de 1º de Junho a 30 de novembro
deste ano, das 6:00 hs às 20:00 hs.
Referida Resolução prevê a suspensão da queima da palha de canade-açúcar em qualquer horário do
dia, quando o teor médio da umidade relativa do ar for inferior a 20%,
medido das 12:00 hs. às 17:00 hs.,
pelos postos oficiais determinados
pela Secretaria do Meio Ambiente,
ocasião em que ficam sem validade
os comunicados de queima a ela pre-

30

Revista Canavieiros - Junho de 2008

viamente encaminhados. Tal suspensão será declarada pela Secretaria do Meio Ambiente às 18:00 horas do dia em que se observar a baixa umidade e será aplicada a partir
das 6:00 horas do dia posterior à referida declaração.
Após o dia 30 de novembro poderá ocorrer a suspensão da queima
quando a umidade relativa do ar ficar
abaixo de 30% (trinta por cento) e
acima de 20% (vinte por cento), durante dois dias consecutivos. Neste
caso, ficará suspenso o uso do fogo
como método despalhador da canade-açúcar no período compreendido
das 6:00 hs às 20:00 horas do dia posterior à declaração de suspensão,
efetuada pela Secretaria do Meio
Ambiente, sempre às 18:00 horas do
segundo dia consecutivo que perdurar a umidade acima descrita.
Nada impede, portanto, que a Secretaria do Meio Ambiente possa
suspender mais vezes a autorização
de queima quando as condições climáticas ou a qualidade do ar estiverem desfavoráveis e, se isso ocorrer,
cumpre informar que NÃO SE PODE

EFETUAR A
QUEIMA EM HIPÓTESE ALGUMA - até mesmo
porque os órgãos
ambientais estarão procedendo
intensiva fiscaliJuliano Bortoloti - Advogado
zação nestes peDepartamento Jurídico Canaoeste
ríodos -, sob
pena de sofrerem as sanções cabíveis, tais como multas vultosas, além
de responder judicialmente em ações
cíveis e criminais.
Cumpre informar que é de extrema importância que os fornecedores
se informem com antecedência junto
os técnicos/agrônomos da CANAOESTE sobre as condições futuras de
clima (já que a Canaoeste possui
convênio com órgãos de previsão de
umidade relativa do ar), para evitar
transtornos em seu planejamento de
queima, pois esta safra promete baixos índices de umidade relativa do
ar, assim como consultarem o “link”
específico sobre as suspensões de
queima (Queima da Palha de Cana)
no “site” da Secretaria do Meio Ambiente (www.ambiente.sp.gov.br).
Revista Canavieiros - Junho de 2008

31
32

Revista Canavieiros - Junho de 2008
Revista Canavieiros - Junho de 2008

33
Culturas de Rotação

Amendoim: safra maior e
demanda interna aquecida
Cristiane Barão

Brasil deverá colher 287,3 mil/ton; bons preços no mercado doméstico frearam exportações

A

safra 2007/2008 de amendoim
deve ser 27,3% maior em relação à anterior, de acordo com
a Conab. A atual projeção é de 287,3 mil
toneladas perdendo apenas, nos últimos 20 anos, para a safra de 2004/2005,
com a colheita de 301,5 mil toneladas
do produto. Na safra passada foram
colhidas 225,7 mil toneladas.
De acordo com a analista da Conab,
Zilá Ávila, o crescimento é conseqüência da expansão de 12,2% na área plantada, somado ao aumento de 12,4%, na
produtividade. “Além disso, as boas
condições climáticas e o cultivo de variedades de sementes mais qualificadas
também impulsionaram a produção”, afirmou. Segundo ela, o plantio do amendoim para a renovação dos canaviais
também contribuiu para a boa safra.
O Estado de São Paulo é responsável por cerca de 75% da produção nacional e a área ocupada pela cultura é
de 81,3 mil hectares, crescimento de
12,95 em relação ao ciclo anterior. O
Estado deve colher 220 mil toneladas,
26,9% acima das 173,4 mil toneladas da
safra 2006/07. São Paulo também representa 98% das exportações de amendoim.
O preço pago aos agricultores nas
principais regiões produtoras do Estado está, em média, 30% maior, segundo
a Conab. O valor da saca de 25 quilos
do produto em casca girou em torno de
R$ 25. Hoje o preço pago ao produtor é
de R$ 38. Na região de Ribeirão Preto, a
saca saiu de R$ 23,50 para R$ 32,00.
EXPORTAÇÕES: De acordo com
o IEA (Instituto de Economia Agrícola), órgão da Secretaria Estadual de Agricultura, o volume exportado no ano passado foi 38% menor do que em 2006.
De 2006 para 2005 a queda foi de 14%.
34

Revista Canavieiros - Junho de 2008

Descarregamento de
amendoim na Uname

Nos anos anteriores, houve aumento
no volume exportado.

somaram 5,4 mil/ton, contra 7,3 mil/ton
no mesmo período do ano anterior.

De acordo com o instituto, além da
redução na oferta de amendoim, outros
fatores contribuíram para a queda nos
volumes exportados, como valorização
do real frente ao dólar e o aumento da
demanda interna e, como conseqüência, preços algumas vezes mais convidativos que os praticados no mercado
externo. Por outro lado, a manutenção
do espaço conquistado no mercado externo tornou-se importante para a expansão da atividade e interessante para
a manutenção dos preços internos.

SOJA E MILHO – são as duas culturas de maior destaque da safra histórica que será colhida no Brasil este ano.
Juntas, elas já representam 82,6% da
produção total de grãos que, segundo
levantamento da Conab, divulgado no
início de junho, será de 143,3 milhões/
ton. O resultado é 8,7% maior que o do
ciclo 2006/07, de 131,8 milhões/toneladas. Devem ser colhidas 59,9 milhões/
toneladas de soja e 58,4 milhões de toneladas de milho.

Dentre as mercadorias da cadeia de
produção do amendoim, o destaque fica
para o amendoim descascado que, em
2007, respondeu por 63% do volume
total exportado e nos quatro anos anteriores sua participação variou entre 53%
e 63% desse total. Em 2007 foram exportadas 32 mil toneladas de amendoim descascado, cerca de 32% a menos que em
2006. No primeiro trimestre de 2008, as
exportações de amendoim descascado

Segundo a Conab, os preços remuneradores dessas commodities no mercado, seguidos das boas condições
climáticas nos últimos meses em todo
o país e da melhor tecnologia aplicada
no campo, são os principais fatores da
elevação da produção. O crescimento
de 1,9% da área total de plantio de todos os grãos é outro ponto positivo,
em que a expansão já chega a 47,1 milhões de hectares.
Repercutiu
"Não quero ter uma teoria conspiratória, mas há setores que se
incomodam quando surgem países que mexem na ordem mundial, como
o Brasil está fazendo positivamente. Há resistências e nós temos que
nos acostumar com isso. Isso incomoda aquelas estruturas que já estão
acostumadas com uma certa maneira de dominação, que formam parte
de uma elite oligárquica nas relações internacionais."
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Ele disse ainda
que o Brasil está tentando mostrar ao mundo que essa forma de
energia é limpa e melhor do que a produzida de combustíveis fósseis.

“O aumento do preço do
petróleo e do gás tem tornado
a bioenergia mais competitiva
para todas as aplicações energia, calor e transporte
(...) No entanto, de todos os
biocombustíveis líquidos, só o
etanol brasileiro à base de
cana-de-açúcar tem sido
consistentemente competitivo nos últimos anos, sem necessidade de subsídios contínuos.”
Trecho do documento preparado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês)
para embasar as discussões entre chefes de Estado sobre crise dos alimentos.

“Esse comportamento não é neutro nem desinteressado. Os biocombustíveis não são os vilões. Vejo
com indignação que muitos dos dedos que apontam
contra a energia limpa dos biocombustíveis estão
sujos de óleo e carvão. Muitos dos que responsabilizam o etanol – inclusive o etanol da cana-de-açúcar
– pelo alto preço dos alimentos são os mesmos que
há décadas mantêm políticas protecionistas, em
prejuízo dos agricultores dos países mais pobres e
dos consumidores de todo o mundo.”
Do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“A produção de etanol fez com que o país chegasse a
ter quase 90% da sua produção automobilística vinculada a carros movidos, exclusivamente, a álcool.”
O deputado federal Arnaldo Jardim.

Revista Canavieiros - Junho de 2008

35
Biblioteca

Cultura

Cultivando
a Língua Portuguesa

“GENERAL ÁLVARO
TAVARES CARMO”
“Manual de Análises Selecionadas para
Indústrias Sucroalcooleiras”

Esta coluna tem a intenção de maneira didática,
esclarecer algumas dúvidas a respeito do português

Celso Caldas

1) Ela sempre se mostrou uma moça “PÚDICA”.
Prezado amigo leitor, precisamos prestar atenção com certas
expressões, e não com o modo de ser.
Veja: a escrita e pronúncia da palavra é PUDICA.

Renata Carone
Sborgia*

2) E os vícios de Linguagem?
São muitos, e não percebemos quando falamos e/ou escrevemos.
Vício de Linguagem: ECO
Ex.: Vicente sente dor de dente.
Juarez joga todo mês na casa de Inês.
Por favor, vamos evitar os ECOS.
3) Prezado amigo Leitor, leia a frase abaixo:
“O homem estava embaixo da mesa que tinha a perna quebrada”
Por falta de clareza, ocorre quando, há o duplo sentido de uma palavra, expressão ou oração. Portanto, é importante, prezado amigo leitor, observar a ordem das
palavras dentro da frase.
Se mal-estruturada, corre-se o risco de tornar a mensagem ambígua, mal-entendida, bem como omissões, às vezes, complicam e causam mal-estar.
Exemplo da “famosa frase”:
A cachorra da minha sogra mordeu o meu marido.
Melhor seria dizer (nas duas frases):
O homem que tinha a perna quebrada estava embaixo da mesa.
A cachorra que mordeu o meu marido é da minha sogra.
PARA VOCÊ PENSAR:

"Se procurar bem você
acaba encontrando. Não a
explicação(duvidosa), mas a
poesia (inexplicável) da vida."

36

Revista Canavieiros - Junho de 2008

* Advogada e Prof.ª de Português e Inglês
Mestra—USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Consultora de Português, MBA
em Direito e Gestão Educacional, escreveu a
Gramática Português Sem Segredos (Ed.
Madras) com Miriam M. Grisolia

E

ste Manual é uma seleção de metodologias analíticas para uso dos Laboratórios de
Controle de Qualidade da agroindústria canavieira. Ao longo da história dessa agroindústria, mais do que secular, foram tantas as metodologias desenvolvidas pelos seus pesquisadores e postas em uso pelos seus operadores,
que já era tempo de que alguém se dedicasse
ao trabalho de selecionar, entre tantas alternativas, aquelas melhor adaptadas às nossas condições atuais.
Assim nasceu a idéia de fazermos uma grande
seleção dos métodos já publicados, testados e
adotados pelo setor sucroalcooleiro nacional.
O que nos assutava era imensidão do trabalho
a ser realizado. O que nos movia era a certeza
de que valeria a pe4na o esforço despendido,
se conseguíssemos colocar à disposição dos
técnicos envolvidos como controle de qualidade na agroindústria canavieira do Brasil um
Manual que fosse simultaneamente abrangente e atualizado.
Temos consciência de que, ao colocarmos este
manual à disposição do setor sucroalcooleiro,
estamos contribuindo com o desenvolvimento
dos processos de controle de qualidade e, acima de tudo, coma geração de dados confiáveis
que não só venham a orientar os serviços realizados nas indústrias, mas sejam utilizados na
supervisão dos processos de produção e, principalmente, no conhecimento da real qualidade dos produtos gerados.
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar a
Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,
nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone
(16)3946-3300 - Ramal 2016
Agende-se
Julho

de 2008

IV SIMPÓSIO DA CULTURA DA SOJA
Data: 01 a 03 de julho de 2008
Local: Anfiteatro do Pavilhão de Engenharia da ESALQ/
USP, na Av.Pádua Dias, s/n - Piracicaba - SP
Temática: Objetivo: Promover a exposição e intercâmbio
de conhecimentos voltados à produção nacional de soja,
visando a produção de alimentos e, também, a produção de
bioenergia. Serão enfatizadas a planta; a economia e logística; a proteção vegetal e a produção da cultura da soja.
Mais Informações: (19) 3417-6604
SIMTEC - Simpósio Internacional e Mostra de
Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira
Data: 01 a 04 de julho de 2008
Local: Engenho Central - Piracicaba - SP
Temática: O SIMTEC é dirigido a empresários e técnicos
do setor sucroalcooleiro e contará com a participação de
empresas produtoras de Máquinas e Equipamentos, Prestadores de Serviços e Consultoria para Indústria Sucroalcooleira, além de Fabricantes de Máquinas e Equipamentos
para Agricultura.
Mais Informações: (19) 3417-8604
III SEMINÁRIOAMBICANA
Data: 03 de julho de 2008
Local: Auditório do Centro Avançado da Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Cana - IAC/Apta - Ribeirão Preto - SP
Temática: O objetivo é apresentar resultados do Projeto
Ambicana, sua importância e repercussão no manejo da
cana-de-açúcar nos mais variados solos brasileiros.
Mais Informações: (19) 97826540
II SIMPÓSIO BRASILEIRO DE FERTILIZANTES
FLUIDOS E FOLIARES
Data: 07 a 09 de julho de 2008
Local: Anfiteatro do Pavilhão da Engenharia da ESALQ/
USP – Piracicaba – SP
Temática: Seqüência da primeira edição realizada no ano de
1993, o II Simpósio Brasileiro de Fertilizantes Fluidos e Foliares abordará de maneira ampla a adubação fluida, incluindo
temas como sistemas de produção, mercado, logística, tecnologia de aplicação, finalizando com manejo nas principais
culturas de fertilizantes fluidos e foliares. Para tanto, contará
com palestrantes dos Estados Unidos, Argentina e Brasil.
Mais Informações: (19) 3417 2138

5º CONGRESSO BRASILEIRO DE PLANTAS
OLEAGINOSAS, ÓLEOS, GORDURAS E BIODIESEL
Data: 07 a 11 de julho de 2008
Local: Universidade Federal de Lavras - Lavras - MG e no
SEST SENAT - Varginha - MG
Temática: O Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel, promovido pela Universidade Federal de Lavras e Prefeitura Municipal de Varginha,
em sua quinta edição já se constituiu numa referência nacional para as áreas de produção de plantas oleaginosas,
óleos, gorduras e biodiesel. Durante os eventos, foram realizadas exposições de máquinas, produtos e serviços, onde
foram demonstradas novas tecnologias relacionadas à produção agrícola de oleaginosas, extração de óleos vegetais
e gorduras, reciclagem de óleos e gorduras residuais e produção e qualificação de biodiesel.
Mais Informações: (35) 3829-1364
9ª JORNADA DE ATUALIZAÇÃO EM
AGRICULTURADE PRECISÃO
Data: 07 a 11 de julho de 2008
Local: ESALQ/USP - Piracicaba - SP
Temática: A Agricultura de Precisão tende a deixar de ser
um tema complicado e misterioso para ser uma necessidade
do profissional para poder interagir com os seus pares. Mais
do que isso, passa a ser uma requisição do cliente, que
deseja incorporar técnicas de Agricultura de Precisão no
seu empreendimento. A ESALQ/USP tem se destacado na
pesquisa, ensino e extensão nessa área e esse curso é mais
uma das ações que visam difundir o tema, tratando-o de
uma forma técnica e abrangente, porém sem lhe conferir
complexidade desnecessária para os usuários.
Mais Informações: (19) 3417-6604
IV ENCONTRO DEAGRICULTURA
IRRIGADANAPALHA
Data: 09 de julho de 2008
Local: Holambra II - Paranapanema - SP
Temática: As mais modernas práticas tecnológicas para
o desenvolvimento sustentável e economicamente viável
da agricultura, neste importante evento. Mais informações
no site: www.aspipp.com.br Saiba quais as vantagens para
quem fizer sua inscrição antecipada ou solicite cronograma completo por e-mail entrando em contato:
aspipp@aspipp.com.br
Mais Informações: (14) 3769-1788
Revista Canavieiros - Junho de 2008 2008
Revista Canavieiros - Junho de

37
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-1000 ha localizada no Triângulo Mineiro-MG, 35% de APP+ARL, formada em
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com ótimo preço, R$ 5.700.000,00.
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toco, reduzido, freio a ar, direção hidráulica, caçamba basculante Facchini 5m3 super conservado. Tratar com Júnior (16) 3947 2158 ou (16) 9179 7585

Vende-se
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carro no negócio . MB 1113 traçado. Tratar cor prata, bom de pneus, todas as revicom José Luiz pelo telefone(18) 8111-3525 sões feitas na A Alves em Orlândia, caminhão está trabalhando.
Vende-se
Tratar com Jean pelo telefone (16) 9141Vendo caminhão 1313 ano 76 truck ca- 1286 ou 3953-9500 Ramal 9543
çamba, caminhão turbinado, hidráulico,
suspensor, interclima, bom de pneus e priVende-se
meira de mecânica, pronto pra trabalhar.
Ford Cargo, traçado, ano 2004, cor Prata
Tratar com Jr Gazoti pelo telefone (18) 2626, super-conservado, com julieta 2006
9749-5042
lençóis, vendo completo . Tratar com Getulio Prates pelo telefone (18) 9761-3844
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Caminhão 2219 6x4, ano 82, com vaga
Vende-se
em plantio, aceito carro no negocio.
Vendo gerador de 20kva, novo, trifásiTratar com Eduardo pelo telefone (18) co e um 60 kva trifásico, semi-novo, to8143-0880
dos da marca Bambozzi 220/127v. Tratar
com Ulisses pelo telefone (17) 9111-8057
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Caminhão Volvo NL 12, ano 94, 360 traVende-se
balhando, bom preço. Caminhão revisa- 1 Grade niveladora 32x20 Pitcin;
do. Trata com José Carlos pelo telefone 1 Enleirador de amendoim,
(62) 8521-2990
1 Grade aradora 14x20 Baldan;
1 Plantadeira JM 2900 Exacta com 6 liVende-se
nhas Jummil;
Caminhonete D 10, ano 1983, super-con- 1 Pulverizador Jatao 600 Export Jacto;
servada, carroceria de madeira tudo re- 1 Cultivador tipo gradinhas para cana.
visada. Ótimo preço Trata com Wladimir Semi-novos. Todos com preços espepelo telefone (16) 3664-1535
ciais. Tratar com Carlos Biagi pelo telefone (16) 3946-4200.
Vende-se
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Santal, R$ 25.000,00 Tratar com José Paulo Prado pelo telefone (19) 3541-5318

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Pulverizador k.o, pouco uso, ano 2003,
barra 12 mts, lavador de embalagem, valor r$ 9.500,00.
Tratar com Ricardo pelo e-mail
kadolima@netsite.com.br

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completa, com acessórios (Estribo, Sto
Antonio, capota marítima, protetor de
caçamba). Tratar com João Carlos M. De
Freitas pelo telefone (16) 9137-8389

Vende-se
MB 1113 Toco, cara preta, freio ar, hidráulico, turbinado, rodoar, muito bem
conservado. Tratar com Cleber pelo telefone (16) 3951-6982 ou 9132-0006

Vende-se
D 10, ano 1983, raridade, carroceria de
madeira, caminhonete super-conservada,
01 plantadeira JUMIL JM 2880 8/7, ano
ótimo preço. Tratar com Silvio pelo tele2004. Nova. Tratar com Marcio Sarni pelo
fone (16) 3664-1535
telefone (16) 3946-4200.

Vende-se
01 Arado Ikeda com desarme automático com sistema para aplicação de regente, ano 2007, R$ 9.500,00;
01 Capota de fibra para D-20
01 Tanque de 9.500 litros R$ 3.800,00;
01 Botijão de sêmen apollo sx 34 R$
2.800,00;
01 Grade niveladora 48x22 Santa Isabel 2001;
01 Muck 3.750 ton, R$ 20.000,00;
01 Arado Ikeda 4 aivecas 2001;
01 Trator 680- HD, ano 2006;
01 Sítio próximo a Altair , sendo 22 alqueires todo plantado em cana de 3º corte á 1km do asfalto a 2 km da usina vale e
23 da usina Guarani.
Tratar com Jose Adão de Jesus Balieiro
pelo telefone: (16) 9158 - 0303

38

Revista Canavieiros - Junho de 2008
Revista Canavieiros - Junho de 2008

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Revista Canavieiros - Junho 2008

  • 1. Revista Canavieiros - Junho de 2008 1
  • 2. 2 Revista Canavieiros - Junho de 2008
  • 3. Editorial Que venham os próximos dois N ão é todo dia que uma revista especializada em um setor, como a Canavieiros é, consegue completar dois anos de circulação. Foram dois anos de desafios constantes, porém extremamente prazerosos. Desafios que resultaram em um trabalho que, para nossa alegria, tem sido elogiado e reconhecido por quem nos é mais importante: nossos leitores fiéis. Para comemorar nosso aniversário, a Revista Canavieiros traz uma edição especial para o Agronegócios Copercana, a feira de negócios exclusiva para os cooperados e associados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred. A Canavieiros será a única revista a circular na feira, uma ótima oportunidade para nossos parceiros chegarem ao seu público alvo. Junto com a experiência vieram as mudanças. Com a incorporação da Credpauli e da Copervam, o número de cooperados do sistema cresceu e, a partir deste mês, a tiragem da Revista aumentou para 10 mil exemplares mensais. Ou seja, agora a Canavieiros chegará à casa de 3 mil produtores a mais do que antes, abrangendo, no total, quase 50 mil leitores. A reportagem de capa traz os esforços e as expectativas para o IV Agronegócios Copercana. Com 60 expositores, os organizadores esperam que o número de visitantes chegue a 4.000 e o faturamento seja igual ou maior do que o de 2007. O diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, dá uma entrevista sobre o cenário atual da agricultura e o que a cooperativa planejou de novo para este ano. O embaixador e ex-ministro da Economia, Rubens Ricupero, é o entrevistado desta edição. Ele comentou importantes assuntos discutidos atualmente, como a inflação dos alimentos, a importância da Amazônia e o futuro da água. No "Ponto de Vista" duas das lideranças do setor sucroalcooleiro da região - Ismael Perina Junior e Manoel Ortolan - opinam a respeito de questões atuais. Nas páginas do sistema você, leitor, poderá conhecer: a nova instalação do Laboratório de Análises de Solo da Copercana e Canaoeste, as obras para construção do biodigestor da Uname e a filial da Canaoeste Odontologia em Severínia. O destaque deste mês vai para os investimentos dos organizadores para fazer da Fenasucro & Agrocana as melhores feiras do Brasil. Para completar, a Canavieiros traz, ainda, o balanço da Conab no Culturas de Rotação, um artigo técnico do Assistente de Controle Agrícola da Canaoeste, Thiago de Andrade Silva, sobre o preço do ATR, os prognósticos climáticos do Dr. Oswaldo Alonso, o artigo jurídico do Dr. Juliano Bortoloti, dicas de português, indicação de livros, agenda de eventos, repercutiu, classificados e muito mais. Nosso muito obrigado por ler a Canavieiros. Esperamos, sinceramente, que para vocês seja tão prazeroso ler a revista como é, para nós, produzi-la. E que venham mais muitos anos de muitos desafios. Conselho Editorial Revista Canavieiros Junho de 2008 Revista Canavieiros -- Junho de 2008 3
  • 4. Indice EXPEDIENTE Capa CONSELHO EDITORIAL: Antonio Eduardo Tonielo Augusto César Strini Paixão Clóvis Aparecido Vanzella Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Manoel Sérgio Sicchieri Oscar Bisson IV Agronegócios Copercana: com força total Feira exclusiva aos cooperados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred apresenta excelentes oportunidades de compras para os produtores Pag. Pag. 20 EDITORA: Cristiane Barão – MTb 31.814 JORNALISTA RESPONSÁVEL: Carla Rossini – MTb 39.788 DESTA DESTA QUES OUTRAS Entrevista CONSECANA COLABORAÇÃO: Marcelo Massensini DESTAQUE DIAGRAMAÇÃO: Rafael H. Mermejo Pag. Rubens Ricupero 15 Embaixador e ex-ministro da economia Pag. “Vejo nos americanos adversários do Brasil” Pag. Pag. 05 24 INFORMAÇÕES Pag. SETORIAIS 26 Ponto de vista 28 Pag. Notícias 09 09 Pag. 34 Pag. Copercana - Laboratório de casa nova Notícias Cocred - Balancete Pag. CULTURA DE ROTAÇÃO REPERCUTIU Pag. Pag. 16 IMPRESSÃO: São Francisco Gráfica e Editora TIRAGEM: 10.000 exemplares 35 36 AGENDE-SE Pag. 37 Pag. Pag. DEPARTAMENTO DE MARKETING E COMUNICAÇÃO: Ana Carolina Paro, Carla Rossini, Daniel Pelanda, Letícia Pignata, Marcelo Massensini, Rafael Mermejo, Roberta Faria da Silva. CULTURA 10 12 Canaoeste - Uname instala Biodigestor na unidade - Canaoeste apoia seminário sobre alimento e energia - Canaoeste odontolia em Severínia Notícias COMERCIAL E PUBLICIDADE: (16) 3946-3311 - Ramal: 2008 comercial@revistacanavieiros.com.br 30 Presidente da Orplana Álcool - modelo de distribuição agrava crise para o produtor ARTIGOS TÉCNICOS LEGISLAÇÃO Pag. Por Ismael Perina Jr. Pag. Pag. 38 CLASSIFICADOS Cultura de Rotação Amendoim: safra maior e demanda interna aquecida Brasil deverá colher 287,3 mil/ton; bons preços no mercado doméstico frearam exportações 4 4 FOTOS: Carla Rossini Marcelo Massensini Revista Canavieiros - Junho de 2008 Pag. Pag. 34 ISSN: 1982-1530 A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte. ENDEREÇO DA REDAÇÃO: Rua Dr. Pio Dufles, 532 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680 Fone: (16) 3946 3311 www.revistacanavieiros.com.br
  • 5. Entrevista Rubens Ricupero Embaixador e ex-ministro da economia “Vejo nos americanos adversários do Brasil” Carla Rossini / Cristiane Barão A pesar de o Brasil e os Estados Unidos dominarem a produção mundial de etanol e terem interesses comuns na ampliação do mercado, os americanos e seu etanol de milho devem ser vistos sempre como concorrentes do etanol brasileiro. Essa é a opinião do embaixador e ex-ministro da Economia no governo Itamar Franco, Rubens Ricupero. Segundo ele, o etanol de milho tem incidência sobre o preço dos alimentos, ao contrário do biocombustível extraído da cana. Ricupero diz que o presidente Lula “comeu mosca” ao não perceber isso antes. “Ele (Lula) acreditou, como muita gente, que deveria fazer uma aliança com o etanol americano e não se deu conta que o etanol americano é uma doença contagiosa e acabou pegando na gente”, disse. O embaixador, que também foi ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal, disse que não vê problema no interesse internacional sobre a Amazônia e que isso pode ajudar o Brasil a atrair recursos financeiros e tecnológicos. Ele também acredita que, da forma como está, o Programa Nacional de Biodiesel está fadado “a um certo insucesso”. Leia a entrevista que ele concedeu a Canavieiros após a palestra “Biocombustíveis – Entraves e Desafios Internacionais”, que ele proferiu no último dia 4, no auditório da Canaoeste, onde também foi homenageado pela Câmara Municipal. A palestra foi uma iniciativa do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred, Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético, Jornal Agora, STZ TV UHF Canal 59, Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP, BrasilAgro, RGB Comunicação e Câmara Municipal. Revista Canavieiros - Junho de 2008 5
  • 6. Entrevista Canavieiros: Os Estados Unidos e o Brasil são os principais produtores mundiais de etanol. De que forma o senhor acredita que os dois países deveriam trabalhar para estimular a abertura de mercado ao biocombustível? Rubens Ricupero: Eu não acredito na possibilidade de uma aliança. Acho que seria até prejudicial para o Brasil. Vejo nos americanos produtores de etanol adversários do Brasil. Acho uma ingenuidade pensar o contrário. Eles sempre serão nossos concorrentes. Canavieiros: De que forma o senhor analisa essa ofensiva de organismos internacionais que debitam na conta do etanol as causas para o aumento no preço dos alimentos? Ricupero: É uma ofensiva na verdade mal informada porque não está ocorrendo um aumento real dos alimentos, pelo menos se nós considerarmos a média histórica antes do grande colapso que os alimentos sofreram nos anos 80 e 90 e se nós introduzirmos também o fator corretivo da inflação americana e do preço das manufaturas importadas. O que vai se verificar é que hoje em dia a grande valorização em termos reais é a do petróleo, do cobre, dos metais, de alguns poucos produtos agrícolas que o Brasil não produz ou produz muito pouco, como óleo de palma, trigo, borracha, banana, que somos exportadores muito marginais, e outros produtos agrícolas que estão apenas tentando se recuperar da queda que sofreram no passado. Portanto, não há um aumento real, há apenas um processo ainda incompleto de recomposição de preços e de reposição da renda do setor rural. Canavieiros: Estamos acompanhando que o presidente Lula vem divulgando o biocombustível em todo o mundo. Qual sua opinião sobre isso? Ricupero: É verdade, comparado ao etanol de milho americano, que o nosso é um etanol que tem um balanço altamente favorável, “ é muito mais favorável. Temos de procurar diferenciar o nosso etanol do etanol de milho, que esse sim tem incidência sobre o aumento dos preços dos alimentos porque desvia o milho, que é um produto importante na cadeia alimentar, na criação de animais. O próprio presidente (Lula) comeu mosca porque ele está descobrindo isso agora, porque quando veio o presidente americano e depois ele foi aos Estados Unidos, ele acreditou, como muita gente, que deveria fazer uma aliança com o etanol americano e não se deu conta que o etanol americano é uma doença contagiosa e acabou pegando na gente. "Não há um aumento real (no preço dos alimentos), há apenas um processo ainda incompleto de recomposição de preços e de reposição da renda do setor rural" 6 Revista Canavieiros - Junho de 2008 primeiro em energia: a unidade de energia para produzir o etanol de cana-de-açúcar produz um número de unidades de energia muito grande, oito aproximadamente. Já no caso do milho, uma unidade de energia produz 1,2 e, além do mais, o balanço ambiental do etanol de cana Canavieiros: O senhor acredita que, mesmo eliminando os subsídios à produção de biocombustíveis, os europeus irão impor critérios de responsabilidade social como forma de se criar uma barreira ao etanol brasileiro? Ricupero: Eu acredito que os europeus, cedo ou tarde, vão precisar do etanol brasileiro porque eles não vão ter alternativa e vão precisar importar. Mesmo que eles produzam internamente, não vai ser suficiente. Isso pode demorar um pouco, mas eles vão chegar lá. Independente disso e não tanto como barreira protecionista, eu morei muitos anos na Europa e sei que é verdade que, para o público euro-
  • 7. Entrevista peu, a preocupação com as práticas ambientais e sociais é sincera. Então, o Brasil também tem que se conscientizar disso não apenas para abrir mercado, mas também porque é correto. É correto pagar bem as pessoas, tratar bem os trabalhadores, manter a reserva legal de 20%, recompor as matas ciliares que foram destruídas, procurar gradualmente abandonar a queima da cana. Acho que tudo isso faz bem para nós mesmos. Não sou favorável à continuação dessas práticas, independente ou não delas constituírem um obstáculo. Canavieiros: Qual a projeção que o senhor faz para o mercado mundial de etanol? Ricupero: O mercado está aumentando muito, a ponto que é difícil fazer uma estimativa em termos de quantidade e porque depende muito dessas leis que estão sendo votadas. Onde isso vai ocorrer em um prazo mais curto é na Europa e nos EUA porque já há leis em vigor. Mas isso vai ocorrer com outros países à medida que eles tiverem garantia de suprimentos. O petróleo está ficando cada vez mais escasso e cada vez mais caro e com a preocupação com o aquecimento global, cada vez mais vai ser obrigatório, por forças de acordos ambientais, o uso de alternativas não poluentes. E não há alternativas além do etanol de cana a curto prazo. Então, a combinação desses dois fatores garante um futuro muito promissor. Canavieiros: Qual a sua avaliação sobre o Programa Nacional de Biodiesel? Ricupero: Esse não teve o mesmo êxito que teve o etanol de cana por uma razão: é que não houve um bom equacionamento da matériaprima. No começo se falou em vários tipos de matéria-prima: soja, óleo de palma, mamona, pinhão manso. Mas, ao contrário do que aconteceu com a cana, houve pesquisa, houve apoio para programas efetivos nessa área do biodiesel. Repousou-se demais na garantia de O vereador Silvio Blancaco, o vice-prefeito Nério Costa, o embaixador Rubens Ricupero, o presidente da Copercana e Cocred, Antônio Eduardo Tonielo e o prefeito de Sertãozinho José Alberto Gimenes suprimentos fornecida pela soja. No momento em que os preços da soja começaram a se recuperar, mesmos aqueles que tinham ganho os leilões passaram a não entregar mais porque o preço deixou de ser vantajoso. No caso do biodiesel, o que se tinha que fazer é evitar uma matéria-prima que sirva para outras "Eu acredito que os europeus, cedo ou tarde, vão precisar do etanol brasileiro porque eles não vão ter alternativa e vão precisar importar. Mesmo que eles produzam internamente, não vai ser suficiente" “ coisas, que sirva como alimento. O ideal seria, por exemplo, pinhão manso ou mesmo o óleo de palma, que no Brasil tem uso comestível muito limitado, e procurar promover a produção por meio de cooperativas. Mas isso exige um esforço muito grande, que não foi feito até hoje. Por isso, que acho que esse programa, pelo menos a curto prazo, está fadado a um certo insucesso. Canavieiros: Em relação à Amazônia, o senhor acha que o Brasil deve se preocupar com o interesse estrangeiro sobre ela? Ricupero: Eu sempre vi a Amazônia como uma oportunidade e sempre achei que o interesse estrangeiro por ela deve nos alegrar e não nos preocupar porque pode ser uma fonte de ajuda, de recursos, tanto recursos financeiros como recursos científicos, tecnológicos. A preocupação mundial com a Amazônia é que ela não seja queimada ou destruída e esse também é o nosso interesse. Canavieiros: Já com relação à falta de água potável no mundo. Qual o nível de preocupação que o Brasil deve ter? Ricupero: O problema da água vai ser um dos mais sérios nas próximas décadas e vai haver complicações muito grandes. Em muitos setores no mundo as pessoas já vivem com carência de água e isso vai aumentar bastante. Para um país que tem um grande reservatório de água doce, como é o Brasil, essa é uma vantagem porque água é difícil de exportar, mas se exporta embutida nos alimentos. Cada produção de soja ou de carne são centenas de litros de água. Então é uma vantagem para o país que tem água e o Brasil tem que ver com muito cuidado para utilizar bem e não desperdiçar. O aqüífero Guarani, de Ribeirão Preto, já está bem comprometido. Então, deve-se ter um certo cuidado. Revista Canavieiros - Junho de 2008 7
  • 8. Artigo Uma sociedade anestesiada Manoel Carlos de Azevedo Ortolan* É inexplicável e inadmissível o es tado de entorpecimento pelo qual a sociedade brasileira está mergulhada mesmo estando frente a uma realidade que mais parece uma obra de ficção. A cada dia um novo capítulo, uma nova história, um novo escândalo. E como a grande maioria desses esquemas e denúncias termina em nada, a impunidade aniquila as forças dos cidadãos de bem. E vamos perdendo a capacidade de indignação, o entusiasmo de lutarmos pelo certo, pelo que acreditamos ser o melhor para o país. E essa triste realidade policialesca se transformou em uma cortina de fumaça, que esconde um país polarizado: de um lado, os grandes conglomerados, que não precisam de muita ajuda e que mesmo assim estão se dando muito bem, e os pobres, que contam com a assistência do governo que vem em forma de “bolsas”, de programas de incentivos. E a classe média, esticada entre essas duas pontas, não conta com quase nada e passa cinco meses do ano trabalhando para bancar os custos do governo. E segue silenciosa, resignada, anestesiada frente a todos os descalabros. Eu me pergunto a toda hora: o que é preciso fazer para que essas pessoas - que trabalham, que têm princípios, valores - reajam? Sinceramente é difícil saber. Mas acho que falta em nós um pouco do sentimento cívico, de se importar mais com o futuro do país, de participar. Das vezes que fui aos Estados Unidos, algo sempre me chamou a atenção: a quantidade de bandeiras hasteadas nas cidades e até nas residências. Por aí dá para se entender um pouco porque eles são a Nação mais poderosa do mundo. Porque se orgulham do 8 Revista Canavieiros - Junho de 2008 seu país e estão preocupados com o futuro. Hastear a bandeira, para eles, é um sinal de respeito, de comprometimento e de responsabilidade em relação à Pátria. Os símbolos nacionais - o Hino, a Bandeira, o Brasão e o Selo - representam o nosso país e, dessa forma, também nos representam. Eles são uma forma de sentirmos a Pátria mais próxima de nós e também de reafirmarmos os compromissos que temos com ela. Dos quatro símbolos, a bandeira é a que mais toca o brasileiro. Vejam que nos períodos de Copa do Mundo ela se espalha pelo país e representa a união dos cida- dãos em torno de um objetivo comum e também se fez marcante em momentos cruciais para o país, como no impeachment do presidente Collor, em 92. Assim, a Bandeira Nacional pode, de certa forma, despertar a sociedade para a necessidade de reação. O hasteamento do Pavilhão Nacional nas empresas, nas escolas, nas repartições públicas e até mesmo nas residências talvez pudesse ser um movimento para esse “chamado” à realidade. Algumas empresas, até mesmo aqui da região, já deixam a bandeira hasteada, mas isso ainda é algo muito tímido no Brasil. Infelizmente, toda a beleza e significado da bandeira nacional - cujas cores representam as nossas matas, nossas riquezas, nosso céu e que traz a mensagem Ordem e Progresso - estão sendo encobertos e manchados por outras, que representam movimentos que comprometem a ordem e que envergonham o solo brasileiro. Acho que se nós, brasileiros, resgatássemos a crença que foi perdida por conta dessa série de desgostos nacionais, e fizéssemos o mesmo que os americanos fazem, de demonstrar o nosso respeito e orgulho da Pátria, talvez despertássemos dessa crise silenciosa, que corrói a consciência coletiva e nos transforma em uma massa amorfa, descrente e sem saída. O hino à Bandeira Nacional traz em sua letra algo que deveria nos servir de inspiração: “Contemplando o teu vulto sagrado, compreendemos o nosso dever”. Façamos, assim, cada um a sua parte para que a sociedade desperte deste sono profundo. *presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo)
  • 9. Ponto de Vista Álcool - modelo de distribuição agrava crise para o produtor Por Ismael Perina Júnior, Presidente da Orplana E sta safra desenha um período muito difícil para o produtor de cana. Os preços pagos pela matéria-prima estão abaixo dos custos operacionais. Sabemos que a economia oscila. Ajustes entre oferta e demanda são responsáveis por mudanças nos preços do produto e conseqüente remuneração ao produtor. No cenário internacional, o preço do açúcar, abaixo das expectativas, influencia negativamente nossos negócios. A taxa de câmbio também não favorece o setor produtivo e a alta dos insumos eleva o custo de produção. Esta é uma crise que se compara à de 1999. Naquele momento, entretanto, tínhamos recursos da safra anterior, o que nos dava fôlego. Isso não acontece agora, já que o produtor vem se descapitalizando. Mudanças na economia, sabemos que temos de administrar. Entretanto, o que não podemos aceitar é a iniciativa de agentes que penalizam toda uma cadeia produtiva. A crise se agrava devido ao modelo de regulação do mercado de combustí- veis, que concentra poder nas mãos das distribuidoras. Seis destes grupos detêm aproximadamente 75% do mercado no Brasil, contra cerca de 170 grupos compostos por usinas. Principalmente em época de safra, as distribuidoras pressionam as usinas derrubando preços. Compram o litro de álcool por R$ 0,6327 (fonte: Cepea/USP - referência primeira semana de junho) e na bomba de combustível, região de Ribeirão Preto, o álcool é vendido de R$ 1,29 a R$ 1,40. A distribuição e a comercialização continuam tendo altas margens e o produtor recebe pouco pela matéria-prima. Ao mesmo tempo, o consumidor paga além do que deveria. Para produzir uma tonelada de cana, o gasto é de, pelo menos, R$ 50,00. E de acordo com a média do Estado hoje, o produtor recebe R$ 31,00 pela tonelada, com expectativa de fechamento de safra em R$ 35,00. A cada ano, o jogo se repete. Quando o preço do álcool está baixo para o produtor, o consumidor não vê benefício na bomba. Porém, quando há algum ajuste da matériaprima, a alta no posto é instantânea e a sociedade acusa o setor produtivo. Costumo dizer que a distribuidora passeia com o álcool e encarece o produto. A Orplana tem realizado diversas reuniões com o Governo Federal e Usinas, com o objetivo de encontrar soluções conjuntas. É fundamental que o Governo disponibilize recursos para financiamento dos estoques de açúcar e de álcool, aliviando a pressão de venda. Para que a iniciativa surta efeito, os recursos devem ser repassados àquelas usinas que estejam em dia com o pagamento da matéria-prima aos produtores, que cumpram o modelo mínimo de pagamento previsto pelo Consecana e recolham a contribuição dos fornecedores às associações. Isso impedirá, lá na frente, severas elevações nos preços do combustível e que novamente a culpa, por desajustes de outros agentes do mercado, seja transferida aos produtores. Revista Canavieiros - Junho de 2008 9
  • 10. Notícias Copercana Laboratório de casa nova Marcelo Massensini Novas instalações são amplas e modernas; a localização agiliza a entrega de coletas e resultados O Laboratório de Análises da Copercana e Canaoeste acaba de mudar de casa. A partir deste mês, o laboratório das instituições – que já era um dos melhores da região – passa a funcionar com instalações mais modernas e adequadas à demanda de análises dos cooperados e associados, na Unidade de Grãos da Copercana, a Uname. O químico responsável pelo laboratório, Francisco José Accorsini A mudança de local Investimento em equipamentos trouxe inúmeras outras melhorias. Vários equipamentos foram substituídos por outros mais modernos e com mais recursos técnicos. Segundo o químico responsável pelo laboratório, Francisco José Accorsini, a empresa, por enquanto, continuará oferecendo os mesmos tipos de análise, porém, “estamos fazendo levantamento da demanda por outras análises para implantá-las na nossa rotina de trabalho”, explica Accorsini. Além dessa pesquisa, o laboratório está engajado no Projeto de Levantamento Pedológico de Solo de todos os cooperados e associados do sistema em parceria com o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira). Todos esses projetos puderam se tornar realidade graças à nova instalação que, segundo Accorsini, “facilita a vida do fornecedor na hora da entrega das análises e agiliza, ainda mais, a entrega dos resultados”, diz. O laboratório existe desde 1975 e faz análises de solo de fazendas de todo o Estado de São Paulo e de outros Estados, como Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Goiás, Minas Gerais e Tocantins. Ao todo, são realizadas 120 mil determinações por ano. 10 Revista Canavieiros - Junho de 2008 Fachada do novo laboratório: são realizadas 120 mil análises ao ano. HOJE, O LABORATÓRIO DA COPERCANA E CANAOESTE OFERECE OS SEGUINTES SERVIÇOS: · Análise de solo de rotina; · Análise granulométrica de solo; · Análise química de corretivos para acidez do solo; · Análise de fertilizantes sólidos e líquidos NPK; · Análise de vinhaça; · Análise de tortas e estercos; · Análise de cana.
  • 11. Revista Canavieiros - Junho de 2008 11
  • 12. Notícias Canaoeste Uname instala Biodigestor na unidade Marcelo Massensini Equipamento irá tratar esgoto da Unidade; Resíduos serão transformados em biogás e fertilizantes D entro de um mês a Copercana deve colocar em funcionamento o biodigestor, equipamento para o tratamento do esgoto produzido na Uname (Unidade de Grãos) e também para a produção de biogás, que pode ser utilizado como combustível em diversos motores e fogões. A implantação do biodigestor é um dos resultados da parceria firmada entre a Copercana e a Unesp há cerca de um ano e meio para analisar os resíduos do processamento do amendoim. As pesquisas evoluíram até que analisassem todos os resíduos que existem na Unidade, incluindo aí os restos dos grãos, dejetos gerados pelos animais do Capril e os esgotos gerados na filial. De acordo com Jorge de Lucas Júnior, professor titular do Departamento de Engenharia Rural da Unesp Jaboticabal, as obras do biodigestor estão bem avançadas, a estrutura já está pronta e o terreno sendo preparado. Depois da implantação do biodigestor, virá a parte de acompanhando dos ganhos ambientais e energéticos que o projeto traz. “Esse acompanhamento será responsabilidade da Carla (Segatto Strini Paixão, estudante de agronomia e estagiária do Departamento de Engenharia Rural da Universidade)”, diz. Lucas explica como funciona o biodigestor. “É um processo anaeróbio. O biodigestor tem que ser fechado e, no processo, atua uma série de microorganismos. Os da primeira etapa fazem a hidrólise, transformando carboidratos em ácidos. Na etapa seguinte, os microorganismos têm a característica de produzir o gás metano, que é um gás combustível. Todo o pro12 Revista Canavieiros - Junho de 2008 cesso ocorre num meio fechado, que é o biodigestor”, explica. Em outras palavras, o biodigestor consiste em uma cavidade no solo, revestida e tampada com lona especial. As tubulações do esgoto (e de outros resíduos) caem direto nessa cavidade e ficam armazenados até que tenha início o processo de decomposição da matéria orgânica, transformando os resíduos em adubo e liberando o biogás, resultado das reações químicas. A matéria orgânica que sobra do tratamento pode ser usada como um fertilizante, já que é rica em nutrientes. “Espera-se utilizar não só o esgoto, mas qualquer material que permita gerar energia, proporcionando saneamento com a redução de microorganismos pa- Carla Paixão (estagiária Unesp) e o professor Jorge de Lucas: o biodigestor ficará pronto em um mês togênicos, redução de carbono e redução do impacto ambiental que esses resíduos podem causar”, diz Lucas. O gerente da Unidade, Augusto César Strini Paixão, um dos idealizadores da parceria, se diz “extremamente satisfeito com a viabilização desses projetos que colocam a Copercana em um novo patamar no que diz respeito à responsabilidade social e ambiental”. O professor ressalta que esse projeto é apenas um entre muitos. “Tudo isso faz parte de uma ação maior que já existia antes de chegarmos aqui nesse convênio”, afirma. Processo de construção do Biodigestor O professor da Unesp ressalta a importância das ações da Copercana. “A Copercana já tem ações ambientais há algum tempo. Durante esse convênio entre a Unesp e a cooperativa, observamos que aqui já existia uma imensa preocupação com a melhoria não só das condições de trabalho, como também nas condições do ambiente de trabalho. Esse tipo de ação permitirá, em breve, que a Copercana tenha um destaque maior e até ser certificada por suas ações ambientais”, diz.
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  • 14. Notícias Canaoeste Canaoeste apoia seminário Canaoeste apoia seminário sobre alimento e energia sobre alimento e energia Marcelo Massensini Mais de 200 pessoas participaram do evento, que discutiu questões relacionadas ao setor produtivo N o dia 30 de maio, o presidente da Canaoeste, Manoel Carlos de Azevedo Ortolan, ministrou uma palestra sobre os desafios e oportunidades para os fornecedores independentes de cana durante o Seminário Brasil – Alimento e Energia para o Mundo. O evento, promovido pelo Sindicato Rural de Ribeirão Preto (SRRP) e pela Associação Rural de Ribeirão Preto (ARRP), reuniu cerca de 200 pessoas, entre produtores rurais, representantes de entidades e autoridades políticas. Em sua apresentação Manoel Ortolan destacou que, para participar do processo de expansão do setor sucroalcooleiro, o fornecedor independente de cana precisa estar organizado. Segundo ele, nas últimas safras, a renda da cana não cobriu nem os custos de produção e, para que produtor tenha condições de continuar na atividade, as cooperativas e associações são o caminho. Ele também apontou outras condições: “se tiver acesso a crédito em condições adequadas, se tiver um bom amparo jurídico – especialmente no que se refere às questões ambientais – se investir em tecnologia e se o Consecana – que serve de parâmetro para o pagamento da matéria-prima – for aperfeiçoado de forma a contemplar melhor às necessidades dos fornecedores. Suprindo-se esses fatores, a situação do produtor tende a melhorar”, diz. A palestra de abertura do evento foi a do presidente do SRRP e da ARRP, Joaquim Augusto Azevedo Souza. Ele falou sobre um dos temas mais polêmicos do setor produtivo: a reserva legal, Marcos Fava Neves 14 Revista Canavieiros - Junho de 2008 Homenagem ao ex-ministro Roberto Rodrigues ao final do evento que determina que 20% da área de toda propriedade rural devem ser destinados a reflorestamento. De acordo com Souza, a medida diminuiria a produção e, por conseqüência, elevaria o desemprego na agropecuária, indústria e comércio. “Só no Estado de São Paulo, 93% dos agricultores ocupam 45% da área agrícola, sendo que cada propriedade tem cerca de 33 hectares. Se tirarem mais 20% disso o que o produtor rural vai fazer?”, questiona. O professor Marcos Fava Neves, da FEA/USP, apresentou uma palestra intitulada “Como combater a inflação de alimentos no Mundo”. Ele mostrou, com dados, oito causas – além da produção de biocombustíveis – para o recente aumento nos preços dos alimentos e dez soluções para o problema. “É injusto culpar a cana. Ela produz 50% do combustível usado no Brasil com 1% da área agricultável do país”, explica. No encerramento, o ex-ministro da Agricultura e diretor da FGV, Roberto Rodrigues, falou sobre “Ecologia, Alimentos e Agroenergia”. Um dos maioJoaquim Augusto Azevedo Souza res entusiastas do agronegócio, especialmente o canavieiro, Rodrigues endossou os dados de Fava Neves, mostrando que os biocombustíveis nada têm a ver com a inflação de alimentos. Ele falou, ainda, da falta de planejamento para o setor e sobre a importância da união dos produtores em cooperativas e associações. Para Ortolan, o seminário atingiu seu objetivo e estabeleceu uma comunicação com a população por meio da cobertura da imprensa. “Muitas vezes, as polêmicas são criadas pela falta de informação ou pela interpretação equivocada dos fatos. Eventos como esse são importantes para que a sociedade como um todo tenha oportunidade de conhecer as dificuldades e os argumentos do setor produtivo”, termina. Também participaram do evento o prefeito de Ribeirão Preto, Welson Gasparini, o deputado federal e ex-secretário estadual da Agricultura, Duarte Nogueira, o presidente da Orplana, Ismael Perina Junior, e vários outros representantes do setor. Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Roberto Rodrigues
  • 15. Notícias Canaoeste Consecana CIRCULAR Nº 04/08 DATA: 30 de maio de 2008 Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de MAIO de 2008. O preço médio do kg de ATR para o mês de MAIO, referente à Safra 2008/2009, é de R$ 0,2521. O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do álcool anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de ABRIL e MAIO e acumulados até maio, são apresentados a seguir: Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) e os do álcool anidro e hidratado destinado à indústria (AAI e AHI), incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do álcool anidro e hidratado, carburante (AAC e AHC) destinados ao mercado externo (AAE e AHE), são líquidos (PVU/PVD). Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de ABRIL e MAIO e acumulados até MAIO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/07, são os seguintes: Revista Canavieiros - Junho de 2008 15
  • 16. Notícias Canaoeste Canaoeste odontologia em Canaoeste odontologia em Severínia Severínia Marcelo Massensini Grande público da filial é formado por funcionários de fornecedores Keli Righetti: “adorei o serviço” Giselle e Maria de Lourdes: fidelização dos clientes A filial do convênio odontológico de Severínia possui um dos maiores números de usuários por mês. De acordo com a dentista responsável pelos atendimentos da cidade, Giselle Del Arco Bortolan, o consultório chega a atender até 10 pacientes por dia. “Desde quando comecei, há quase seis anos, o fluxo foi sempre muito bom”, conta. E, segundo ela, não são só os pacientes antigos que mantêm o hábito de fazer o tratamento, já que, constantemente, aparecem novos pacientes. “Eles são fiéis, voltam sempre, mas sempre aparecem novos pacientes”, diz Giselle. Uma delas é Keli Righetti. Ela e o marido são associados da Canaoeste há pouco tempo e, logo que soube do serviço, Keli o procurou. “Adorei o serviço, tanto o atendimento quanto o preço. Faz uma diferença enorme. Eu fiz até mais tratamentos do que eu planejava”, comemora keli. “Meu marido ainda não usou por falta de tempo, mas, com certeza, ele vai usar”, completa. Maria de Lourdes Menezio Carliente é associada e também não quer mais 16 Revista Canavieiros - Junho de 2008 mudar de dentista. “O atendimento é excelente e o preço compensa muito”, explica. Segundo Maria de Lourdes, ela e o marido fizeram o tratamento e agora voltam regularmente para fazer o controle e manter a saúde bucal sempre em dia. Outro público atendido pelo convênio são os funcionários de fornecedores e seus familiares. Eles têm atendimento 100% gratuito. “É o nosso maior público, tratamos muitos associados, mas o número maior é de funcionários dos produtores”, diz Giselle. Ela conta que alguns de seus pacientes nunca haviam visitado um dentista antes e que o tratamento trouxe inúmeras melhorias para a vida deles. “Muda tudo, até a auto-estima da pessoa muda depois que começa a cuidar”, conclui. As irmãs Larissa e Ingrid Mendes são filhas de funcionários de um fornecedor e utilizam o serviço há quase dois anos. “Antes a gente pagava dentista, agora a gente economiza bastante. Se não fosse o convênio a gente não ia tratar com a freqüência que usamos hoje”. Além delas, os pais e mais uma irmã consultam com a dentista da filial. As irmãs Larissa e Ingrid utilizam o serviço há 2 anos NÃO CUSTA LEMBRAR: O programa Canaoeste Odontologia disponibiliza profissionais renomados, com instalações e materiais de qualidade, atendimento diferenciado e todos os recursos possíveis para garantir o bem-estar de seus usuários. Entre os serviços oferecidos pelo Programa Odontológico da Canaoeste estão: exames clínicos e planos de tratamento; profilaxia, limpeza e aplicação de flúor, aplicação de selante; restaurações; endodontia (canal); radiografias e extrações.
  • 17. Revista Canavieiros - Junho de 2008 17
  • 18. Notícias Cocred Balancete Mensal Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana de Sertãozinho BALANCETE - ABRIL/2008 Valores em Reais 18 Revista Canavieiros - Junho de 2008
  • 19. Revista Canavieiros - Junho de 2008 19
  • 20. Reportagem de Capa IV Agronegócios Copercana: com força total Carla Rossini Feira exclusiva aos cooperados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred apresenta excelentes oportunidades de compras para os produtores O s cooperados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred já se preparam para participar do IV Agronegócios Copercana, que acontece nos dias 25, 26 e 27 de junho, com horário de funcionamento das 10h às 18h no Clube de Campo Vale do Sol, localizado na Rodovia Atílio Balbo, Km 331 – Sertãozinho. Neste ano a feira conta com mais de 60 expositores e um sistema facilitado de compra de insumos com oferta de créditos e condições vantajosas de pagamento. O evento marca o encerramento do 1º semestre de 2008, período tradicional de negócios para o setor canavieiro, principalmente na área de agroquímicos. Em 2007, o volume de negócios realizado no Agronegócios Copercana foi de cerca de R$ 85 milhões, 42% a mais que no ano anterior. Para essa edição, os organizadores estimam um faturamento igual ou superior à edição de 2007. “Para essa edição esperamos superar expectati- vas e conseguir um excelente volume de negócios”, afirma Frederico José Dalmaso, gerente comercial da cooperativa. Frederico José Dalmazo - gerente comercial da Copercana Ele ainda completa: “Apesar da safra de cana 2008/2009 não estar sendo boa para os produtores, contamos com os nossos cooperados na feira que já é tradicional e com certeza é a melhor opção de compra e negócios para os produtores, principalmente para os pequenos e médios que necessitam de condições especiais de negociação”, finaliza. A feira será uma verdadeira vitrine de produtos e serviços para uso nas lavouras de cana-de-açúcar e grãos. Os expositores também levarão para o Agronegócios Copercana novidades tecnológicas em máquinas e equipamentos para os pequenos e médios produtores. Agronegócios Copercana 2007 20 Revista Canavieiros - Junho de 2008 Além disso, os cooperados também poderão participar de um ciclo de palestras sobre produção de ovinos e bovinocultura de leite, que acontecerá paralelamente à feira. “A exemplo do ano passado, estamos realizando dois seminários para os nossos cooperados pecuaristas, um sobre produção de ovinos e outro sobre bovinocultura de leite. Estamos trazendo palestrantes renomados que, com certeza, terão muito a acrescentar aos nossos cooperados”, disse Nelson Bernardi Júnior, médico veterinário e organizador do evento da Copercana.
  • 21. Reportagem de Capa Revista Canavieiros - Junho de 2008 21
  • 22. Reportagem de Capa Otimismo marca edição deste ano O diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, está otimista e estima um volume expressivo de negócios e visitantes no IV Agronegócios Copercana, que neste ano terá 60 expositores. Leia, a seguir, a entrevista que ele concedeu à Canavieiros. Canavieiros: A Agrishow, que aconteceu no final de abril e início de maio, teve resultados acima dos esperados pela organização. Isso mostra que o setor agrícola está em recuperação. Diante desse contexto, quais são as expectativas para a realização do Agronegócios Copercana? Pedro Esrael Bighetti: Os resultados da Agrishow devem-se, basicamente, à boa safra de grãos, que deve chegar a 143,3 milhões de toneladas, 8,7% superior à anterior. As condições climáticas ajudaram e o aumento na produtividade do milho e da soja, impulsionado pelos bons preços e pelo uso de novas tecnologias, também contribuiu. No caso da cana, também teremos uma produção recorde, segundo a Conab. O volume a ser processado pela indústria deverá ficar entre 558,1 e 579,8 milhões de toneladas, um aumento entre 11,3% e 15,6% em relação à safra anterior. A área ocupada pela cultura será 7,8 milhões de hectares, contra 7 milhões na safra passada. No entanto, esse aquecimento no setor está causando alguns problemas. Os produtores, por exemplo, têm de entrar na fila para comprar equipamentos. Assim, a feira será uma excelente oportunidade para o produtor adquirir os equipamentos que precisam e fazer excelentes negócios. Canavieiros: A temporada de preços ruins da cana-de-açúcar pode retrair as vendas no Agronegócios? Bighetti: Neste ano ainda não. É início de safra e a perspectiva é sempre melhorar. Existia uma grande preocupação no final de 2007, mas hoje as expectativas estão um pouco melhores. Os números já mudaram e a queda na produção de açúcar da Índia de 4 milhões de toneladas, a nevasca que atingiu a China (4º maior produtor de açúcar do mundo), vão ajudar o Brasil. Os contra22 Revista Canavieiros - Junho de 2008 tos para venda de álcool também estão melhores, porque os EUA fazem etanol de milho que serve como alimento, beneficiando o álcool brasileiro. A Europa também está em negociação com o Brasil e já temos até alguns pedidos para essa safra. Isso é positivo e traduz preços melhores. Mas é preciso ter cautela e não se arriscar em aventuras que possam trazer prejuízos. Na feira, o produtor terá a oportunidade de visitar os estandes das empresas, discutir as propostas e negociar. “ “a feira será uma excelente oportunidade para o produtor adquirir os equipamentos que precisam e fazer excelentes negócios” Canavieiros: Há previsão de negócios para o Agronegócios Copercana? Pedro Esrael Bighetti: A previsão inicial é que o faturamento chegue a R$ 80 milhões. Eu acredito, ainda, que este ano será melhor porque a feira está em franco crescimento e o grande sucesso é o financiamento mais barato. E acredito que este será um dos anos de menor custo possível. Esperamos um movimento maior, um sistema de venda mais eficiente, já que temos algumas opções de financiamento. Além dos preços e opções de pacotes para atender aos cooperados, essa é uma das melhores épocas para comprar. As Pedro Esrael Bighetti, diretor da Copercana empresas querem faturar para fechar o balanço semestral e acabam oferecendo boas condições. Canavieiros: Quantos expositores vão participar? E visitantes? Bighetti: Serão 60 expositores e esperamos, aproximadamente, 4.000 visitantes. Aumentamos o número de expositores de máquinas e equipamentos agrícolas e a área externa da feira será bem atraente. Canavieiros: Qual o perfil dos visitantes da feira? Bighetti: A feira é exclusiva para cooperados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred. Esses cooperados são, na sua maioria, da região de Ribeirão Preto e Sertãozinho, mas um número expressivo vem de nossas outras filiais, que abrangem mais de 70 cidades do Estado de São Paulo e Minas Gerais. Canavieiros: Quais outros atrativos para o produtor? Bighetti: Além da oportunidade de fazer bons negócios, o produtor ainda pode contar com um outro atrativo: as compras realizadas na feira podem ser divididas em 12 vezes.
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  • 24. Destaque Infra-estrutura da Fenasucro & Agrocana 2008 é uma das melhores do Brasil Da redação Investimentos no Centro de Eventos Zanini e diferenciais dos pavilhões de exposição proporcionam conforto e facilidades para os visitantes e para as empresas expositoras A temporada de feiras de negócios no país está a todo vapor. Nesse amplo cenário de eventos, em especial aqueles realizados fora das capitais, a infra-estrutura e organização da Fenasucro & Agrocana 2008, que serão realizadas em Sertãozinho de 02 a 05 de setembro, chamam a atenção pelos seus diferenciais que proporcionam facilidades e comodidades para visitantes e expositores. Um dos destaques das Feiras é a facilidade de acesso ao Centro de Eventos Zanini. Os cerca de 25 mil visitantes e 450 expositores esperados para a Fenasucro & Agrocana encontram três vias principais para chegar até o local, em Sertãozinho, sendo uma delas rodovia duplicada com marginais que facilitam o fluxo do trânsito de quem entra e sai do evento. Estacionamentos não faltam. São quatro áreas, sendo uma delas estacionamento VIP com vagas sombreadas. A organização, a cargo da Multiplus Eventos, leva em conta a dinâmica do trânsito de quem trabalha e visita as feiras, com cinco áreas de acesso para os distintos públicos. Vale destacar a área VIP para recebimento de visitantes estrangeiros e autoridades. O serviço conta com profissionais bilíngües para o atendimento adequado ao público. Os pavilhões e espaços internos das feiras também foram projetados para oferecer agilidade e facilidade. São dois pavilhões, um com 16 mil metros quadrados, em fase de estudo 24 Revista Canavieiros - Junho de 2008 Fenasucro & Agrocana 2007 de viabilidade para a climatização do local durante a feira, e outro desmontável, com 6.000 metros quadrados, com ar-condicionado, dispostos numa área total fechada de 150 mil metros quadrados. O Centro de Eventos Zanini possui ampla e organizada área de alimentação, com destaque para restaurantes renomados durante o evento, como a Choperia Pingüim em 2007, e vários quiosques espalhados pelo recinto. Expositores, visitantes e organizadores ainda contam com banheiros novos e localizados em diversos pontos estratégicos, energia elétrica facilitada e disponibilidade de linhas telefônicas e internet rápida. Com o mercado sucroalcooleiro agitado pelo boom do etanol e pela entrada em operação de novas usinas no Centro-Sul, a Fenasucro & Agrocana ocupam a primeira posição na agenda de feiras de negócios, principalmente pela qualidade dos serviços e estrutura que oferecem aos visitantes e expositores, cada vez mais especializados. “As feiras são as vitrines do que o setor produz e pensa de mais moderno. Nossa estrutura e organização refletem o desenvolvimento, qualificação e exigências do público do segmento”, afirma Fernando Barbosa, diretor da Multiplus.
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  • 26. Informações Setoriais CHUVAS DE MAIO e Prognósticos Climáticos e Prognósticos Climáticos No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de MAIO de 2008. Engº Agrônomo Oswaldo Alonso Assessor Técnico Canaoeste Em quase todos os locais observados, as chuvas de MAIO foram inferiores às respectivas médias históricas, com exceção de UNESP-Jaboticabal e C. E. Moreno. Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 25 a 28 de MAIO de 2008. O Mapa 1, ao lado, mostra que o índice de Água Disponível no Solo, a 50cm de profundidade, no período de 25 a 28 de MAIO, logo antes das chuvas deste final de mês, apresentava-se como médio a baixo em quase todo quadrante noroeste do Estado de São Paulo; enquanto que, nas demais áreas canavieiras do Estado, a Disponibilidade Hídrica do Solo mostrava-se entre médias a favoráveis. 26 Revista Canavieiros - Junho de 2008 ÁGUA, usar s ÁGUA, usar s Protejam e preservem as n Protejam e preservem as n
  • 27. Informações Setoriais Mapa 2:- Água Disponível no Solo, entre 29 de MAIO a 01 de JUNHO de 2008. Em MAIO de 2008, vide-Mapa 2, em função das chuvas ocorridas nos últimos dias do mês, o baixo índice de Água Disponível no Solo, a 50cm de profundidade, (em poucos dias, apenas 3) “migrou” do Oeste/ Noroeste (Vide Mapa 1) para as faixas Leste e Norte do Estado (até a região de São José do Rio Preto); enquanto que, entre a Região Central ao Sudoeste (Assis – Presidente Prudente), o solo encontrava-se com alto índice de umidade. Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologia e INPEInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de junho a agosto. Embora com menor intensidade, ainda permanecem os efeitos do fenômeno La Niña (contrário ao El Niño), que corresponde ao esfriamento da superfície das águas do Oceano Pacífico, ao longo da faixa equatorial. Quanto mais próximo da costa oeste da América do Sul, na altura do Equador, Peru e Colômbia, mais sensíveis serão os efeitos das condições climáticas para o Brasil, como tem ocorrido pelas freqüentes (até intensas) chuvas nas faixas norte das Regiões Norte e Nordeste brasileiro (até o Maranhão e Piauí). · Prevê-se que a temperatura média na região Centro-Sul ficará próxima da normalidade climática; · Quanto às chuvas, está prevista que “ficarão” próximas das respectivas médias históricas em praticamente toda área sucroalcooleira da região Centro-Sul; · Como referência, as médias históricas das chuvas, pelo Centro Apta-IAC, para Ribeirão Preto e municípios vizinhos são de 25mm em junho e 20mm em julho e agosto. · Considerando-se as previsões elaboradas pela SOMAR Meteorologia, com a qual a CANAOESTE mantém convênio, é possível prever que, para esta região, (a média d) as chuvas de junho a agosto “ficarão” ligeiramente abaixo da média histórica. Persistindo dúvidas em tratos culturais da cana-planta e das áreas recém-colhidas, consultem os Técnicos CANAOESTE mais próximos. sem abusar ! sem abusar ! nascentes e cursos d’água. nascentes e cursos d’água. Revista Canavieiros - -Junho de 2008 Revista Canavieiros Maio 27
  • 28. Informações de Safra Valor do ATR e valor médio da Valor do ATR e valor médio da tonelada para fornecimento tonelada para fornecimento Thiago de Andrade Silva Assistente de Controle Agrícola da CANAOESTE N a safra 2007/2008, tivemos um fato novo, previsto há algum tempo: a aproximação do preço do kg de ATR do álcool e do açúcar. Muitas unidades industriais que sempre produziram mais açúcar que álcool, e que sempre obtiveram preços do kg de ATR superiores à outras unidades industriais mais alcooleiras, obtiveram preços de fechamento do kg de ATR inferiores. Na safra 2007/2008 os fornecedores associados à CANAOESTE forneceram cerca de 11,9 milhões de toneladas de cana, com teor médio de 146,99 kg de ATR e valor médio do ATR de R$ 0,2499 / kg, ou seja, um preço médio de R$ 36,7309 / ton. O teor médio de ATR da safra 2007/ 2008 foi inferior ao da safra 2006/2007, que foi de 151,50 kg de ATR. Apenas relembrando, o valor médio do ATR e o preço médio da tonelada de cana da safra 2006/2007 foram de R$ 0,3592 / kg de ATR e R$ 54,4156 / ton, respectivamente, com uma redução, portanto, de 3,07% no teor de ATR, 43,74% no preço do kg de ATR e 48,15% no preço da tonelada de cana. A Tabela 1 traz a quantidade de cana, o teor médio de ATR e os valores do ATR de fechamento da safra 2007/2008, de acordo com os mixes de produção de cada unidade industrial. TABELA 1 - ENTREGA DE CANA POR ASSOCIADOS CANAOESTE NA SAFRA 2007/2008 E PREÇOS DE FECHAMENTO DO ATR Valores por região As Regiões 2 e 3 tiveram valor do ATR de fechamento maior que R$ 0,2499 / kg, sendo que na Região 2 as Usinas Santa Elisa e Santo Antonio foram as únicas que tiveram valor superior ao valor da média do Estado de SP. Na Região 3, de forma geral, todas as usinas contribuíram significativamente para terem a maior média entre as regiões. A Tabela 2 apresenta um ranking das unidades industriais em função do valor do ATR. TABELA 2 - CLASSIFICAÇÃO DAS UNIDADES INDUSTRIAIS EM FUNÇÃO DO VALOR DO ATR AJUSTADO ATÉ MAR/08 28 Revista Canavieiros - Junho de 2008
  • 29. Informações de Safra Pode-se observar que a unidade industrial que mais se destacou, em relação ao valor do ATR, foi a Usina Carolo. TABELA 3 - CLASSIFIÇÃO DAS UNIDADES INDUSTRIAIS EM FUNÇÃO DO VALOR DA TONELADA DE CANA PARA FORNECIMENTO AJUSTADO ATÉ MAR/08 Todas as unidades industriais que fecharam com valor do ATR abaixo da média do Estado de SP, que foi R$ 0,2443 / kg de ATR, seguiram a média estadual. A Tabela 3 traz um ranking por unidade industrial do valor médio da tonelada de cana para fornecimento. Nesta Tabela encontra-se outro perfil, pois este valor é resultado da multiplicação do valor do ATR, expresso em R$/kg, pelo teor de ATR médio, expressa em kg/t. Pode-se observar que as unidades industriais que tiveram maior valor da tonelada de cana foram as Usinas Bazan e Bela Vista. Apesar da Usina Moreno ter tido o mesmo valor de fechamento do ATR das Usinas Bazan e Bela Vista, seu teor de ATR fez com que ela ficasse no Grupo 2. Os Grupos 1, 2 e 3 tiveram valor da tonelada de cana acima da média da CANAOESTE. Revista Canavieiros - Junho de 2008 29
  • 30. Legislação Queima de palha de canade-açúcar - suspensão das autorizações O artigo 7º da Lei Estadual nº 11.241/2002 e o artigo 14 do Decreto nº 47.700/2003 autorizam a suspensão das autorizações para uso do fogo como método despalhador da cana-de-açúcar em todo Estado de São Paulo quando a umidade relativa do ar estivar muito baixa, podendo ocasionar risco à saúde pública. Com base nos sobreditos artigos, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo republicou no Diário Oficial do Estado de 29 de maio de 2008, a Resolução SMA nº 38, de 16.05.2008, proibindo a queima de palha de cana-de-açúcar no período de 1º de Junho a 30 de novembro deste ano, das 6:00 hs às 20:00 hs. Referida Resolução prevê a suspensão da queima da palha de canade-açúcar em qualquer horário do dia, quando o teor médio da umidade relativa do ar for inferior a 20%, medido das 12:00 hs. às 17:00 hs., pelos postos oficiais determinados pela Secretaria do Meio Ambiente, ocasião em que ficam sem validade os comunicados de queima a ela pre- 30 Revista Canavieiros - Junho de 2008 viamente encaminhados. Tal suspensão será declarada pela Secretaria do Meio Ambiente às 18:00 horas do dia em que se observar a baixa umidade e será aplicada a partir das 6:00 horas do dia posterior à referida declaração. Após o dia 30 de novembro poderá ocorrer a suspensão da queima quando a umidade relativa do ar ficar abaixo de 30% (trinta por cento) e acima de 20% (vinte por cento), durante dois dias consecutivos. Neste caso, ficará suspenso o uso do fogo como método despalhador da canade-açúcar no período compreendido das 6:00 hs às 20:00 horas do dia posterior à declaração de suspensão, efetuada pela Secretaria do Meio Ambiente, sempre às 18:00 horas do segundo dia consecutivo que perdurar a umidade acima descrita. Nada impede, portanto, que a Secretaria do Meio Ambiente possa suspender mais vezes a autorização de queima quando as condições climáticas ou a qualidade do ar estiverem desfavoráveis e, se isso ocorrer, cumpre informar que NÃO SE PODE EFETUAR A QUEIMA EM HIPÓTESE ALGUMA - até mesmo porque os órgãos ambientais estarão procedendo intensiva fiscaliJuliano Bortoloti - Advogado zação nestes peDepartamento Jurídico Canaoeste ríodos -, sob pena de sofrerem as sanções cabíveis, tais como multas vultosas, além de responder judicialmente em ações cíveis e criminais. Cumpre informar que é de extrema importância que os fornecedores se informem com antecedência junto os técnicos/agrônomos da CANAOESTE sobre as condições futuras de clima (já que a Canaoeste possui convênio com órgãos de previsão de umidade relativa do ar), para evitar transtornos em seu planejamento de queima, pois esta safra promete baixos índices de umidade relativa do ar, assim como consultarem o “link” específico sobre as suspensões de queima (Queima da Palha de Cana) no “site” da Secretaria do Meio Ambiente (www.ambiente.sp.gov.br).
  • 31. Revista Canavieiros - Junho de 2008 31
  • 32. 32 Revista Canavieiros - Junho de 2008
  • 33. Revista Canavieiros - Junho de 2008 33
  • 34. Culturas de Rotação Amendoim: safra maior e demanda interna aquecida Cristiane Barão Brasil deverá colher 287,3 mil/ton; bons preços no mercado doméstico frearam exportações A safra 2007/2008 de amendoim deve ser 27,3% maior em relação à anterior, de acordo com a Conab. A atual projeção é de 287,3 mil toneladas perdendo apenas, nos últimos 20 anos, para a safra de 2004/2005, com a colheita de 301,5 mil toneladas do produto. Na safra passada foram colhidas 225,7 mil toneladas. De acordo com a analista da Conab, Zilá Ávila, o crescimento é conseqüência da expansão de 12,2% na área plantada, somado ao aumento de 12,4%, na produtividade. “Além disso, as boas condições climáticas e o cultivo de variedades de sementes mais qualificadas também impulsionaram a produção”, afirmou. Segundo ela, o plantio do amendoim para a renovação dos canaviais também contribuiu para a boa safra. O Estado de São Paulo é responsável por cerca de 75% da produção nacional e a área ocupada pela cultura é de 81,3 mil hectares, crescimento de 12,95 em relação ao ciclo anterior. O Estado deve colher 220 mil toneladas, 26,9% acima das 173,4 mil toneladas da safra 2006/07. São Paulo também representa 98% das exportações de amendoim. O preço pago aos agricultores nas principais regiões produtoras do Estado está, em média, 30% maior, segundo a Conab. O valor da saca de 25 quilos do produto em casca girou em torno de R$ 25. Hoje o preço pago ao produtor é de R$ 38. Na região de Ribeirão Preto, a saca saiu de R$ 23,50 para R$ 32,00. EXPORTAÇÕES: De acordo com o IEA (Instituto de Economia Agrícola), órgão da Secretaria Estadual de Agricultura, o volume exportado no ano passado foi 38% menor do que em 2006. De 2006 para 2005 a queda foi de 14%. 34 Revista Canavieiros - Junho de 2008 Descarregamento de amendoim na Uname Nos anos anteriores, houve aumento no volume exportado. somaram 5,4 mil/ton, contra 7,3 mil/ton no mesmo período do ano anterior. De acordo com o instituto, além da redução na oferta de amendoim, outros fatores contribuíram para a queda nos volumes exportados, como valorização do real frente ao dólar e o aumento da demanda interna e, como conseqüência, preços algumas vezes mais convidativos que os praticados no mercado externo. Por outro lado, a manutenção do espaço conquistado no mercado externo tornou-se importante para a expansão da atividade e interessante para a manutenção dos preços internos. SOJA E MILHO – são as duas culturas de maior destaque da safra histórica que será colhida no Brasil este ano. Juntas, elas já representam 82,6% da produção total de grãos que, segundo levantamento da Conab, divulgado no início de junho, será de 143,3 milhões/ ton. O resultado é 8,7% maior que o do ciclo 2006/07, de 131,8 milhões/toneladas. Devem ser colhidas 59,9 milhões/ toneladas de soja e 58,4 milhões de toneladas de milho. Dentre as mercadorias da cadeia de produção do amendoim, o destaque fica para o amendoim descascado que, em 2007, respondeu por 63% do volume total exportado e nos quatro anos anteriores sua participação variou entre 53% e 63% desse total. Em 2007 foram exportadas 32 mil toneladas de amendoim descascado, cerca de 32% a menos que em 2006. No primeiro trimestre de 2008, as exportações de amendoim descascado Segundo a Conab, os preços remuneradores dessas commodities no mercado, seguidos das boas condições climáticas nos últimos meses em todo o país e da melhor tecnologia aplicada no campo, são os principais fatores da elevação da produção. O crescimento de 1,9% da área total de plantio de todos os grãos é outro ponto positivo, em que a expansão já chega a 47,1 milhões de hectares.
  • 35. Repercutiu "Não quero ter uma teoria conspiratória, mas há setores que se incomodam quando surgem países que mexem na ordem mundial, como o Brasil está fazendo positivamente. Há resistências e nós temos que nos acostumar com isso. Isso incomoda aquelas estruturas que já estão acostumadas com uma certa maneira de dominação, que formam parte de uma elite oligárquica nas relações internacionais." O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Ele disse ainda que o Brasil está tentando mostrar ao mundo que essa forma de energia é limpa e melhor do que a produzida de combustíveis fósseis. “O aumento do preço do petróleo e do gás tem tornado a bioenergia mais competitiva para todas as aplicações energia, calor e transporte (...) No entanto, de todos os biocombustíveis líquidos, só o etanol brasileiro à base de cana-de-açúcar tem sido consistentemente competitivo nos últimos anos, sem necessidade de subsídios contínuos.” Trecho do documento preparado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) para embasar as discussões entre chefes de Estado sobre crise dos alimentos. “Esse comportamento não é neutro nem desinteressado. Os biocombustíveis não são os vilões. Vejo com indignação que muitos dos dedos que apontam contra a energia limpa dos biocombustíveis estão sujos de óleo e carvão. Muitos dos que responsabilizam o etanol – inclusive o etanol da cana-de-açúcar – pelo alto preço dos alimentos são os mesmos que há décadas mantêm políticas protecionistas, em prejuízo dos agricultores dos países mais pobres e dos consumidores de todo o mundo.” Do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A produção de etanol fez com que o país chegasse a ter quase 90% da sua produção automobilística vinculada a carros movidos, exclusivamente, a álcool.” O deputado federal Arnaldo Jardim. Revista Canavieiros - Junho de 2008 35
  • 36. Biblioteca Cultura Cultivando a Língua Portuguesa “GENERAL ÁLVARO TAVARES CARMO” “Manual de Análises Selecionadas para Indústrias Sucroalcooleiras” Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português Celso Caldas 1) Ela sempre se mostrou uma moça “PÚDICA”. Prezado amigo leitor, precisamos prestar atenção com certas expressões, e não com o modo de ser. Veja: a escrita e pronúncia da palavra é PUDICA. Renata Carone Sborgia* 2) E os vícios de Linguagem? São muitos, e não percebemos quando falamos e/ou escrevemos. Vício de Linguagem: ECO Ex.: Vicente sente dor de dente. Juarez joga todo mês na casa de Inês. Por favor, vamos evitar os ECOS. 3) Prezado amigo Leitor, leia a frase abaixo: “O homem estava embaixo da mesa que tinha a perna quebrada” Por falta de clareza, ocorre quando, há o duplo sentido de uma palavra, expressão ou oração. Portanto, é importante, prezado amigo leitor, observar a ordem das palavras dentro da frase. Se mal-estruturada, corre-se o risco de tornar a mensagem ambígua, mal-entendida, bem como omissões, às vezes, complicam e causam mal-estar. Exemplo da “famosa frase”: A cachorra da minha sogra mordeu o meu marido. Melhor seria dizer (nas duas frases): O homem que tinha a perna quebrada estava embaixo da mesa. A cachorra que mordeu o meu marido é da minha sogra. PARA VOCÊ PENSAR: "Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação(duvidosa), mas a poesia (inexplicável) da vida." 36 Revista Canavieiros - Junho de 2008 * Advogada e Prof.ª de Português e Inglês Mestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras) com Miriam M. Grisolia E ste Manual é uma seleção de metodologias analíticas para uso dos Laboratórios de Controle de Qualidade da agroindústria canavieira. Ao longo da história dessa agroindústria, mais do que secular, foram tantas as metodologias desenvolvidas pelos seus pesquisadores e postas em uso pelos seus operadores, que já era tempo de que alguém se dedicasse ao trabalho de selecionar, entre tantas alternativas, aquelas melhor adaptadas às nossas condições atuais. Assim nasceu a idéia de fazermos uma grande seleção dos métodos já publicados, testados e adotados pelo setor sucroalcooleiro nacional. O que nos assutava era imensidão do trabalho a ser realizado. O que nos movia era a certeza de que valeria a pe4na o esforço despendido, se conseguíssemos colocar à disposição dos técnicos envolvidos como controle de qualidade na agroindústria canavieira do Brasil um Manual que fosse simultaneamente abrangente e atualizado. Temos consciência de que, ao colocarmos este manual à disposição do setor sucroalcooleiro, estamos contribuindo com o desenvolvimento dos processos de controle de qualidade e, acima de tudo, coma geração de dados confiáveis que não só venham a orientar os serviços realizados nas indústrias, mas sejam utilizados na supervisão dos processos de produção e, principalmente, no conhecimento da real qualidade dos produtos gerados. Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone (16)3946-3300 - Ramal 2016
  • 37. Agende-se Julho de 2008 IV SIMPÓSIO DA CULTURA DA SOJA Data: 01 a 03 de julho de 2008 Local: Anfiteatro do Pavilhão de Engenharia da ESALQ/ USP, na Av.Pádua Dias, s/n - Piracicaba - SP Temática: Objetivo: Promover a exposição e intercâmbio de conhecimentos voltados à produção nacional de soja, visando a produção de alimentos e, também, a produção de bioenergia. Serão enfatizadas a planta; a economia e logística; a proteção vegetal e a produção da cultura da soja. Mais Informações: (19) 3417-6604 SIMTEC - Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira Data: 01 a 04 de julho de 2008 Local: Engenho Central - Piracicaba - SP Temática: O SIMTEC é dirigido a empresários e técnicos do setor sucroalcooleiro e contará com a participação de empresas produtoras de Máquinas e Equipamentos, Prestadores de Serviços e Consultoria para Indústria Sucroalcooleira, além de Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Agricultura. Mais Informações: (19) 3417-8604 III SEMINÁRIOAMBICANA Data: 03 de julho de 2008 Local: Auditório do Centro Avançado da Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Cana - IAC/Apta - Ribeirão Preto - SP Temática: O objetivo é apresentar resultados do Projeto Ambicana, sua importância e repercussão no manejo da cana-de-açúcar nos mais variados solos brasileiros. Mais Informações: (19) 97826540 II SIMPÓSIO BRASILEIRO DE FERTILIZANTES FLUIDOS E FOLIARES Data: 07 a 09 de julho de 2008 Local: Anfiteatro do Pavilhão da Engenharia da ESALQ/ USP – Piracicaba – SP Temática: Seqüência da primeira edição realizada no ano de 1993, o II Simpósio Brasileiro de Fertilizantes Fluidos e Foliares abordará de maneira ampla a adubação fluida, incluindo temas como sistemas de produção, mercado, logística, tecnologia de aplicação, finalizando com manejo nas principais culturas de fertilizantes fluidos e foliares. Para tanto, contará com palestrantes dos Estados Unidos, Argentina e Brasil. Mais Informações: (19) 3417 2138 5º CONGRESSO BRASILEIRO DE PLANTAS OLEAGINOSAS, ÓLEOS, GORDURAS E BIODIESEL Data: 07 a 11 de julho de 2008 Local: Universidade Federal de Lavras - Lavras - MG e no SEST SENAT - Varginha - MG Temática: O Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel, promovido pela Universidade Federal de Lavras e Prefeitura Municipal de Varginha, em sua quinta edição já se constituiu numa referência nacional para as áreas de produção de plantas oleaginosas, óleos, gorduras e biodiesel. Durante os eventos, foram realizadas exposições de máquinas, produtos e serviços, onde foram demonstradas novas tecnologias relacionadas à produção agrícola de oleaginosas, extração de óleos vegetais e gorduras, reciclagem de óleos e gorduras residuais e produção e qualificação de biodiesel. Mais Informações: (35) 3829-1364 9ª JORNADA DE ATUALIZAÇÃO EM AGRICULTURADE PRECISÃO Data: 07 a 11 de julho de 2008 Local: ESALQ/USP - Piracicaba - SP Temática: A Agricultura de Precisão tende a deixar de ser um tema complicado e misterioso para ser uma necessidade do profissional para poder interagir com os seus pares. Mais do que isso, passa a ser uma requisição do cliente, que deseja incorporar técnicas de Agricultura de Precisão no seu empreendimento. A ESALQ/USP tem se destacado na pesquisa, ensino e extensão nessa área e esse curso é mais uma das ações que visam difundir o tema, tratando-o de uma forma técnica e abrangente, porém sem lhe conferir complexidade desnecessária para os usuários. Mais Informações: (19) 3417-6604 IV ENCONTRO DEAGRICULTURA IRRIGADANAPALHA Data: 09 de julho de 2008 Local: Holambra II - Paranapanema - SP Temática: As mais modernas práticas tecnológicas para o desenvolvimento sustentável e economicamente viável da agricultura, neste importante evento. Mais informações no site: www.aspipp.com.br Saiba quais as vantagens para quem fizer sua inscrição antecipada ou solicite cronograma completo por e-mail entrando em contato: aspipp@aspipp.com.br Mais Informações: (14) 3769-1788 Revista Canavieiros - Junho de 2008 2008 Revista Canavieiros - Junho de 37
  • 38. Vende-se -1000 ha localizada no Triângulo Mineiro-MG, 35% de APP+ARL, formada em pasto, 20 km de três usinas, topografia plana levemente ondulada, R$ 7.800.000,00. -424 ha localizada no Triângulo Mineiro-MG, toda montada para gado de elite, com ótimo preço, R$ 5.700.000,00. Tratar com Jr. pelo telefone (19) 3541-5318; Vende-se Chevrolet 12000 - ano 1990/91, branco, toco, reduzido, freio a ar, direção hidráulica, caçamba basculante Facchini 5m3 super conservado. Tratar com Júnior (16) 3947 2158 ou (16) 9179 7585 Vende-se Vende-se Vendo ou troco caminhão traçado, aceito Vende Ford Cargo 2626 ano/mod 2005, carro no negócio . MB 1113 traçado. Tratar cor prata, bom de pneus, todas as revicom José Luiz pelo telefone(18) 8111-3525 sões feitas na A Alves em Orlândia, caminhão está trabalhando. Vende-se Tratar com Jean pelo telefone (16) 9141Vendo caminhão 1313 ano 76 truck ca- 1286 ou 3953-9500 Ramal 9543 çamba, caminhão turbinado, hidráulico, suspensor, interclima, bom de pneus e priVende-se meira de mecânica, pronto pra trabalhar. Ford Cargo, traçado, ano 2004, cor Prata Tratar com Jr Gazoti pelo telefone (18) 2626, super-conservado, com julieta 2006 9749-5042 lençóis, vendo completo . Tratar com Getulio Prates pelo telefone (18) 9761-3844 Vende-se Caminhão 2219 6x4, ano 82, com vaga Vende-se em plantio, aceito carro no negocio. Vendo gerador de 20kva, novo, trifásiTratar com Eduardo pelo telefone (18) co e um 60 kva trifásico, semi-novo, to8143-0880 dos da marca Bambozzi 220/127v. Tratar com Ulisses pelo telefone (17) 9111-8057 Vende-se Caminhão Volvo NL 12, ano 94, 360 traVende-se balhando, bom preço. Caminhão revisa- 1 Grade niveladora 32x20 Pitcin; do. Trata com José Carlos pelo telefone 1 Enleirador de amendoim, (62) 8521-2990 1 Grade aradora 14x20 Baldan; 1 Plantadeira JM 2900 Exacta com 6 liVende-se nhas Jummil; Caminhonete D 10, ano 1983, super-con- 1 Pulverizador Jatao 600 Export Jacto; servada, carroceria de madeira tudo re- 1 Cultivador tipo gradinhas para cana. visada. Ótimo preço Trata com Wladimir Semi-novos. Todos com preços espepelo telefone (16) 3664-1535 ciais. Tratar com Carlos Biagi pelo telefone (16) 3946-4200. Vende-se Vende-se Carregadeira de cana 65X, implemento Santal, R$ 25.000,00 Tratar com José Paulo Prado pelo telefone (19) 3541-5318 Vende-se Pulverizador k.o, pouco uso, ano 2003, barra 12 mts, lavador de embalagem, valor r$ 9.500,00. Tratar com Ricardo pelo e-mail kadolima@netsite.com.br Vende-se S-10, 08/08, turbo, 4500 km, prata, 4x4, completa, com acessórios (Estribo, Sto Antonio, capota marítima, protetor de caçamba). Tratar com João Carlos M. De Freitas pelo telefone (16) 9137-8389 Vende-se MB 1113 Toco, cara preta, freio ar, hidráulico, turbinado, rodoar, muito bem conservado. Tratar com Cleber pelo telefone (16) 3951-6982 ou 9132-0006 Vende-se D 10, ano 1983, raridade, carroceria de madeira, caminhonete super-conservada, 01 plantadeira JUMIL JM 2880 8/7, ano ótimo preço. Tratar com Silvio pelo tele2004. Nova. Tratar com Marcio Sarni pelo fone (16) 3664-1535 telefone (16) 3946-4200. Vende-se 01 Arado Ikeda com desarme automático com sistema para aplicação de regente, ano 2007, R$ 9.500,00; 01 Capota de fibra para D-20 01 Tanque de 9.500 litros R$ 3.800,00; 01 Botijão de sêmen apollo sx 34 R$ 2.800,00; 01 Grade niveladora 48x22 Santa Isabel 2001; 01 Muck 3.750 ton, R$ 20.000,00; 01 Arado Ikeda 4 aivecas 2001; 01 Trator 680- HD, ano 2006; 01 Sítio próximo a Altair , sendo 22 alqueires todo plantado em cana de 3º corte á 1km do asfalto a 2 km da usina vale e 23 da usina Guarani. Tratar com Jose Adão de Jesus Balieiro pelo telefone: (16) 9158 - 0303 38 Revista Canavieiros - Junho de 2008
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