3. PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL
Entende-se por Patrimônios Culturais os bens de valor histórico, cultural,
arquitetônico, ambiental e também afetivo, para a população.
Assim, é importante encontrar caminhos para que as manifestações desse
patrimônio venham a ser utilizadas para o enriquecimento da vida cultural da
população, como ponto de partida para as criações do presente, bem como
para atividades e serviços de interesse econômico, com a possibilidade de
serem obtidos recursos mais amplos para o desenvolvimento de programas
atualizados nos setores de turismo, educação, recreação e reabilitação
urbana, que podem gerar uma revitalização econômica, social e cultural no
Município.
Mauá possui atualmente dezessete bens classificados como Patrimônio
Cultural e que encontram-se me diferentes estágios no processo legal de
tombamento, isto é, de registro no Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico do Município de Mauá –
CONDEPHAAT-MA, para preservação. Tombamento é um instrumento,
utilizado para proteger bens móveis e imóveis do desgaste causado pela ação
do tempo, ou de ações inadequadas que possam de algum modo causar-lhe
danos.
4. Localização dos bens culturais na cidade
MUSEU BARÃO DE MAUÁ
PRAÇA DA FIGUEIRA
SAMBA-LENCO
CHAMINÉ DO CURTUME
CRUZEIRO DE PEDRA
IGREJA MATRIZ
CAPELA DA SANTA CASA -
JOC GRUTA SANTA LUZIA
PRAÇA 22 DE NOVEMBRO
PARQUE DO GUAPITUBA
Tombados
Não tombados
6. Casa da Cultura e
Museu Barão de Mauá
Remanescente do período inicial da ocupação territorial paulista, o
Casarão, atual Casa da Cultura e Museu Barão de Mauá, foi construído
provavelmente no decorrer do século XVIII. Arquitetonicamente, é
considerado importante exemplar de Casa Bandeirista ou Colonial
Paulista, tanto pelo seu esquema de planta adotado, de origem ibérica,
quanto pela técnica de construção empregada, denominada taipa de
pilão, isto é, a terra argilosa socada entre pranchões de madeira, que
resultou em paredes de até 60 centímetros de espessura. Com o tempo,
foi sede da grande fazenda denominada Bocaina, cujo proprietário,
Tenente Francisco Barboza Ortiz foi pai do Capitão João.
16. Praça da Paineira
Local onde se estabeleceu a primeira escola pública municipal,
inaugurada a 13 de agosto de 1935, denominada grupo Escolar Barão de
Mauá. No pátio anexo ao grupo, foi plantada a famosa paineira, até hoje
marco histórico na cidade.
20. Igreja Matriz de Mauá,
Imaculada Conceição
Originária da capela homônima,
construída em 1937, tornou-se
Igreja Matriz do município em
1954, quando foi entregue a seu
primeiro vigário, padre
Alexandre Venâncio Arminas.
25. Parque Guapituba
O Parque Ecológico do Guapituba situa-se junto à estação de trem
homônima. Sua frente de 550 metros estende-se ao longo do leito
da estrada de ferro, que liga de São Paulo a Paranapiacaba. Sua
área total é de 536.760 metros quadrados, composta de jardins,
avenidas, estradas e caminhos, pomares, pedreiras, represas e
moradias. Seu reflorestamento foi executado na década de 30,
sendo o terreno limpo, arado e adubado. As árvores são, em sua
maioria, pinheiros, eucaliptos e araucárias, que medem até 20
metros de altura.
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30. O antigo dono da área era o alemão
Alfredo Klinkert que possuía outros
bens, como casas, prédios, fazendas,
moinhos.
32. Gruta de Santa Luzia
Caverna natural onde nasce o rio Tamanduateí, localizada numa das
principais áreas de mananciais do estado, hoje transformada em
importante parque municipal. Antes disso, provavelmente
pertencera à Fazenda dos Beneditinos e, mais tarde, tornou-se parte
de uma grande pedreira, onde os trabalhadores invocavam a
proteção de Santa Luzia, protetora dos olhos, para orientá-los
durante suas tarefas diárias.
41. Chaminé do Curtume
Após iniciar as atividades industriais
em 1938, o Curtume Mauá intensificou o
processo de produção a tal ponto que
foi necessária a construção de uma
chaminé, para dar vazão à fumaça
produzida pela caldeira, onde eram
tratados os couros. Até hoje resiste ao
tempo e ao progresso da cidade.
45. Pinturas de Emeric Marcier
Localizadas no interior da Capela da Santa Casa, as pinturas e
afrescos do romeno Emeric Marcier, realizadas entre 1945 e 1947,
denotam importante patrimônio histórico na região, cujos temas
versam sobre a sua visão crítica de algumas passagens bíblicas.
Entre estas, destacam-se: A Santíssima Trindade, Adoração ao
Bezerro de Ouro, Deposição, Jesus Entregue aos Soldados, A
Crucificação, O Suicídio de Judas, A Torre de Babel, A Flagelação,
Abertura do Mar Vermelho, A Expulsão de Adão e Eva do Paraíso e O
Sopro da Vida.
46. Emeric Marcier observa sua obra em Mauá em 1975. Acervo de Geraldo
Guimarâes e deparando-se com seus valiosos painéis serpenteados de
barro, atingidos pela chuva, prejudicados pela infiltração, sentenciou: “ Aqui
falta Amor”
Em 1995 iniciou-se o primeiro trabalho de preservação dos murais da
capela. Essa intervenção, todavia, acabou alterando algumas de suas
características originais. De qualquer maneira, devemos acrescentar que o
conjunto artístico da capela, encontra-se em processo de tombamento,
desde 2002 pelo CONDEPHAAT-MA
47. Emeric Marcier
Pintor da mais importante obra mural religiosa no Brasil, os afrescos sacros
na Capela da Santa Casa, Emeric Marcier nasceu em1916 em Cluj,
Romênia . Na década de 30, formou-se na Real Academia di Brera, em
Milão, aperfeiçoando-se, mais tarde, na Escola Superior de Belas Artes de
Paris. Durante a Segunda Guerra Mundial, refugiou-se no Brasil, onde
naturalizou-se. De origem judia, Marcier se converteu ao cristianismo ao
percorrer, em 1942, o roteiro das cidades históricas mineiras. Desde então,
sua obra está fundamentada em temas religiosos com estilo próprio,
porém, com forte influência da escola expressionista.
54. Samba-Lenço
Samba-Lenço: Dança de origem africana em louvor a São Benedito, única
do gênero em importante expressão de resistência cultural, é praticada
por família que se fixou no Jardim Zaíra na década de 1950, vinda do
interior de SP. Dona Isaura de Assis Rocha e seu marido João da Rocha,
ambos já falecidos, eram as principais expressões do grupo. Tem esse
nome porque lenços são um componente fundamental na dança. Vários
instrumentos utilizados são feitos manualmente. Até hoje seus membros
têm feito apresentações na cidade e no Estado, e mesmo na TV. Foi
tombado pelo CONDEPHAAT-MA em 19 de dezembro de 2003,
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59. Cruzeiro de Pedra
Cruzeiro de Pedra Sagrado Coração
de Jesus – Rua Almirante Taylos, 11,
Vila Independência
Inaugurado em 3 de maio de 1959
com a presença de personalidades
políticas e religiosas, diferentemente
de outros bens culturais existentes
na cidade, tem sua história
registrada. Construída por iniciativa
de Geraldo Rosa da Silva e outros
moradores do bairro incluindo vários
canteiros, o Cruzeiro representa a
religiosidade popular e a tradição da
cantaria na cidade. Foi tombado pelo
CONDEPHAAT-MA em 5 de
dezembro de 2003.
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63. Praça 22 de Novembro
Bem histórico social de interesse público, localizado entre a Av. Barão de
Mauá e a área do Terminal Metropolitano Municipal. A praça sofreu
intervenção da administração municipal por conta do Projeto Centro Vivo,
com isso o munícipe conquistou mais um importante espaço público de
convívio social e familiar. De outro, o poder público recuperou outra época
perdida na memória de muitos cidadãos.
Historicamente, a Praça, no início do século 20 era um grande lago, em
virtude do qual foi denominado Tanque dos Morelli, também em alusão a
Bernardo Morelli, industrial do ramo Ceramista. Mais tarde, ainda antes da
emancipação denominava-se Praça Senador Flaquer. Na história política de
Mauá, o dia 22 de novembro é muito significativo. Nessa data, em 1953,
ocorria o plebiscito por meio do qual o distrito de Mauá, integrante do
município de Santo André, tornaria-se autônomo, isto é, soberano político e
administrativo.
68. Banda Lyra
Banda Lyra; a Corporação Musical Lyra de Mauá, a primeira a ser fundada na
cidade, foi oficializada em 15 de junho de 1934, porém há registros de ensaios
e apresentações da banda já em 1928.
A Lyra era formada inicialmente por imigrantes de vários países da Europa,
membros das famílias mais antigas da cidade. A Banda Lyra é uma entidade
sem fins lucrativos e desenvolve na cidade um trabalho cultural e social em
sua comunidade e região, na formação de jovens músicos.
Durante estes 73 anos de existência, a Corporação já se apresentou em
diversos estados e cidades,participando de eventos de projeção nacional, tais
com Expo Flora em Holambra – SP, Festival de Inverno de Campos do Jordão
– SP, Desfiles Cívicos. Foi destaque ao participar do 1º Festival Internacional
de Bandas e Fanfarras na cidade de Melipilla, no Chile.
69. No ano de 1997 gravou o seu primeiro Compact Disc (CD), com o
patrocínio do Pólo Petroquímico de Mauá; SP. Em 2006 gravou seu
primeiro DVD intitulado Gloria in Excelsis Deo! Do Gênesis ao Apocalipse.
Atualmente desenvolve projetos, com aulas gratuitas para jovens da
cidade de Mauá e região do Grande ABC, as áreas atendidas são: Banda
Marcial Sênior, Banda Marcial Juvenil, Banda de Percussão. Além de aulas
gratuitas de música mantém curso de ballet, jazz, ginástica e expressão
corporal para componentes da linha de frente (Corpo Coreográfico)
75. Porcelana Real
Estabelecida em Mauá desde 1943, a antiga Porcelana Real Ltda.,
hoje denominada Schmidt, destacou-se ao longo dos anos pela
qualidade e beleza de seus artigos. Inclusive durante as décadas
de 50 e 60, chegou a exportar parte de sua produção para a Europa
e Estados Unidos. Com o tempo, tornou-se a maior produtora de
porcelana fina no país, devido à habilidade e criatividade de seu
quadro de funcionários.
84. Catira Az de Ouro
A introdução da catira em Mauá, assim como em outras cidades brasileiras,
é consequência do crescente fluxo migratório interno do país, ocorrido
principalmente ao longo das décadas de sessenta e setenta. De fato, essa
moda de viola surgiu entre nós a partir de 1974 quando Jaci Cesário,
passou a residir na cidade, inicialmente no bairro do São João e depois no
Jardim Mauá, difundindo essa arte, herança cultural deixada de pai para
filho.
O dicionário Aurélio define catira ou cateretê como: “dança rural, em fileiras
opostas e cantada, cujo nome indica origem tupi, mas que
coreograficamente se mostra muito influenciada pelos processos africanos
de dançar. A origem da dança é incerta.”
A Catira Az de Ouro gravou em 1978 um LP, pelo selo Continental, com
músicas de Jaci Cesário, até hoje, principal compositor do grupo.
85. Faz parte da história do grupo Folclórico Catira Az de Ouro a inclusão da
canção “Catireiro Barrigudo” na coletânea “Violeiros do Brasil”,
organizada por Almir Sater, a repercussão dessa música foi tamanha que
passou a fazer parte da trilha sonora do filme “As Tranças de Maria”.
Em 2001, participou, representando o Brasil, juntamente com outros
grupos do 3º Festival de Folclore Internacional de São Bernardo do Campo,
na categoria Melhor Arranjo Instrumental.
Atualmente o grupo se apresenta em SESIs, SESCs e prefeituras do Brasil
todo.
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90. Orquestra de Violeiros de Mauá
Na segunda noite do mês de agosto de 1990, 30 violeiros se reuniram no
Salão Paroquial da Igreja de Nossa Senhora das Vitórias, em Mauá-SP.
Apoiados pelo Padre Fábio Faria de Oliveira, que estava à frente da
comunidade, o grupo resolveu adotar o nome de “Orquestra de Violeiros de
Mauá”, a qual foi idealizada e fundada pelo professor de música e ministro da
Palavra na Comunidade João Aletto Filho.
Com o decorrer do tempo, outros violeiros foram sendo convidados a
participar dos ensaios; passados quatro meses de sua criação, a orquestra já
contava com 50 integrantes. Foi quando, em 2 de dezembro do mesmo ano,
participaram da primeira missa, tocando, cantando e animando a celebração.
Logo surgiram convites: primeiro de outras comunidades de Mauá, depois de
cidades vizinhas, do Interior de São Paulo e de outros estados. Após um ano
de existência, a orquestra já tinha mais de 100 componentes, com violões,
violas, sanfonas, berrantes, contra-baixo, percussão e outros instrumentos.
91. Os discos da orquestra contam com um repertório variado de
músicas sertanejas raiz, entre as quais encontramos clássicos do
gênero como: “Saudade de Minha Terra”, “Menino da Porteira”,
“O Último Julgamento”, “Chico Mineiro”, “Cabocla Tereza” e
outros. Consta também repertório de músicas Latino-americanas,
MPB e músicas sacras.
É importante salientar que nos ensaios há sempre um espaço
dedicado à reflexão da Palavra de Deus e à Oração, afinal nada
mais justo que louvar e agradecer Àquele que inspira essa
melodia de união, fraternidade, criatividade e fé no trabalho e na
arte!!
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96. Pinturas de Hans Grudzinski
Hans Sulliman Grudzinski: trabalhou na década de 60, na Porcelana
Mauá onde seu maior feito profissional foi a participação no processo de
implantação de produção de porcelana fina. Trabalhando na seção de
modelação da porcelana, habilmente soube agregar à sua criação
artística individual a técnica de produção industrial.
Dessa maneira, utilizou-se de inspiração de suas gravuras para fazer o
decalque e os desenhos nas porcelanas, geralmente nas bordas de
xícaras e pires.
Grudzinski decidiu deixar o seu ofício de modelador de porcelana, em
1967, devido ao reconhecimento artístico. Seus trabalhos tiveram
alcance internacional.
Faleceu em 22 de março de 1986 e em 1991, algumas de sua obras foram
adquiridas pela Prefeitura do Município de Mauá e integram o acervo da
Pinacoteca de Mauá.
100. Rio Tamanduatei
Um dos rios mais importantes do Estado tem suas nascentes na porção
sudeste do município no Jardim Adelina, apresenta extensão de 35 km,
sendo 9 km em Mauá e deságua no rio Tietê, em frente ao Parque Anhembi.
“ Pensar o rio, suas nascentes e afluentes, como entes dialogantes na
cidade e com a cidade implica tratar de nossa chance de sustentar a vida
urbana. O rio plenamente urbano civiliza vales, encostas e várzeas das
cidade e dialoga com a maioria de suas pequenas águas afluentes, cujos
nomes são também civilizatórios, parte integrante da cultura brasileira:
Corumbé, Taboão, Bocaína”. Temos em nossa cidade a Casa Bandeirista
Museu Barão de Mauá que foi construída à beira do rio, como monumento
que resguarda a história das expedições bandeirantes em direção ao sertão.
As águas do Tamanduateí sempre foram utilizadas nos processos
industriais, no passado pelas porcelanas com a Paulista que construiu o
tanque que ficou conhecido como “Tanque da Paulista” que também era o
local de lazer dos moradores e visitantes, atualmente as águas do rio são
utilizadas como água de reuso no processo industrial.
101. “Tamanduateí, rio civilizatório, Patrimônio ambiental e cultural da nossa cidade,
rio irmão que segue conosco, sujo e lacrimoso como os excluídos. Ainda
volteias como cavalo bravo e reage aos chicotes da imposição. Testemunha a
história urbana e a sofre plenamente. No entanto, Santa Luzia nos garante
olhos de ver para além do esgoto. A hemorragia pode ser reversível. Basta que
ouçamos tanto a negativa do inomável quanto a consciência de sua presença
próxima a nossas mão sujas, suadas e necessitadas das águas do futuro
breve”,
105. Trabalho premiado pelo Tesouros do Brasil “Tamanduateí, patrimônio cultural
de Mauá”.
Aluna da EMEJA Clarice Lispector entrevistando munícipe sobre o rio
Tamanduateí
106. Etapa do trabalho da “EM Cora Coralina” “Tamanduateí,
um outro olhar para o rio” – Análise da água.
107.
108. Teatro Municipal
Exemplar de arquitetura do século XXI, bem de interesse cultural, localizado
no Parque do Paço, foi inaugurado no dia 10 de dezembro de 2001, constitui-
se um prédio moderno,com contornos arquitetônicos contemporâneos,
tornando-se um dos principais espaços culturais da cidade, onde ocorre
diversos eventos artísticos como exposição de artes plásticas, concertos,
apresentações de peças teatrais, apresentações artísticas dentre outras.
114. Educandário Imaculado
Coração de Maria
Construído no terreno cedido pela família Pedroso, no início da
década de 1960, o Educandário(instituição que tinha por finalidade
desenvolver trabalhos educacionais e sociais) começou a funcionar,
de fato, somente em 1966, sob a direção das Irmãs da Imaculada,
integrantes da Congregação Vicenta Maria. Ali, as freiras foram
responsáveis pelo desenvolvimento de importantes projetos sociais,
tais como a manutenção de um grupo escolar primário regular, no
qual estudavam anualmente cerca de duzentos alunos carentes e,
também, o atendimento e encaminhamento de menores abandonadas.
Porém, contrariando as expectativas da comunidade local,
entregaram o edifício à administração municipal, que o utilizou para
diversos fins até o ano de 2008 quando foi doado para o Governo do
Estado.
120. Marco de Pedra de 1925
Erguido quando da construção de um bueiro em 1925 (Pedreira
Vicente Agnello). Localiza-se na Av. Capitão João em frente ao
McDonald.
124. Um imigrante chega a São Paulo
Fulvio Pennacchi nasceu em 1905 em Villa Collemandina, cidade italiana
na região de Garfagnana, um dos sítios ocupados pelos pracinhas
brasileiros durante a 2ª Guerra Mundial. Faleceu em São Paulo, no ano de
1992. Na Itália, estudou na Academia de Lucca, com o grande pintor Pio
Serneghini, formando-se em 1927. Dois anos depois, chegava ao Brasil,
fixando-se na cidade de São Paulo, onde desenvolveu toda sua carreira
artística.
Realizando-se na cerâmica
De 1950 em diante, certamente para tentar romper tal isolamento,
Pennacchi passou a se dedicar com crescente interesse à cerâmica,
executando numerosas Vias Crucis, presépios, imagens, figuras,
pássaros, galos e mesmo objetos utilitários, assim explicando a gênese
desse novo meio expressivo:
«A cerâmica nasceu de algumas experiências feitas por iniciativa de
Paulo Rossi Osir e, apoiado pela inteligente amabilidade do industrial
Cândido Cerqueira Leite, pude utilizar os fornos de sua fábrica e, nesses
125. «Como agradecimento pelo seu incansável apoio, executei em 1951 um
grande mural afresco na sua residência em Mauá (Vila Guarani), tendo como
base a Festa de São João (O Balão), com alguma ajuda de Mário Zanini e do
Rossi. Este mural é, sem dúvida, a minha
maior e mais espontânea realização referente ao folclore brasileiro.»
Este afresco foi removido para Campos do Jordão devido a construção da
igreja dos Mórmons.
129. Igreja Nossa Senhora
Aparecida e
São Sebastião
Situada a quase quatro quilômetros do centro de Mauá, no
atual Sertãozinho, a Capela Nossa Senhora Aparecida e São
Sebastião era, na verdade, um oratório particular, isto é, local
de oração com imagens de santos construído geralmente no
interior de chácaras e fazendas. Com este intuito, os Beber,
ricos proprietários locais, edificaram, em 1915, essa capela,
considerada importante referência histórico-religiosa na
região.
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135. Vista da Porcelana Mauá na década de 40, à
esquerda, atual Praça 22 de Novembro.
136. Fachada do Prédio da antiga
Porcelana Mauá
Durante as décadas de 50 e 60, a cidade foi considerada a capital
nacional da porcelana, devido à qualidade dos produtos das
indústrias locais. Entre estas, destacava-se a Porcelana Mauá,
estabelecida no município desde 1937, e considerada a pioneira do
ramo em porcelana fina no Brasil
141. Grupo Escolar Visconde
de Mauá
Casarão todo em madeira que restara da antiga chácara dos Merloni,
cedido ao Estado pela família dos Magini. Além dessa construção, havia
um espaço onde os alunos podiam brincar nos intervalos e aprender
técnicas agrícolas. Inclusive a célebre paineira, hoje considerada um marco
histórico na cidade, já existia no local, herança da chácara.
O prédio funcionou como Grupo Escolar Visconde de Mauá até 1957,
quando mudou de prédio e foi desmembrado nos atuais Viscondinho (EE
Visconde de Mauá) e Viscondão (Atual EE Profª. Therezinha Sartori).
145. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL, MEIO AMBIENTE E
DIVERSIDADE CULTURAL
Não basta apenas preservar legalmente, na prática, é necessário o
reconhecimento desse bem pela população no sentido de conhecer a
história e externar a memória do que fomos e o que somos. A identidade
de uma cidade, a riqueza comum que herdamos como cidadãos é o que
vai ser transmitido de geração a geração.
146. GT de Educação Patrimonial, Meio Ambiente e Diversidade Cultural
formado por representantes das:
Secretaria da Cultura, Esportes e Lazer
Secretaria da Educação
Secretaria de Desenvolvimento Econômico
Secretaria de Meio Ambiente
Secretaria de Planejamento
Membros do CONDEPHAAT-MA (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Artístico, Arquitetônico e Turístico do Município de Mauá.)
SAMA
ONG Naega
Sociedade Civil
147. Organização e pesquisa:
Nelson Tucci Vieira
Sandra Regina Chinchio
Revisão de texto: Teresinha de Jesus Ribeiro Barbante
Músicas
Orquestra de Violeiros de Mauá – Paisagem Sertaneja (Oswaldo Fávero)
148. Fontes de pesquisa:
ALVES, Prof. Luiz Roberto. O Olhar dialógico: As nascentes do rio e o
nascimento da consciência do sustento da cidade
Caderno Ambiental Mauá
DOTTA, Historiador Renato Alencar. Patrimônios tombados de Mauá
PUNTSCHART, Prof. Dr. William. Memórias da cidade
Núcleo de História e Memória de Mauá. Cultura e cidadania: Meio século de
autonomia em Mauá 1954/2004
PUNTSCHART, Prof. Dr. William. CD-ROM Patrimônio de Mauá
SALA, Dalton. DVD Casas Bandeiristas Paulista
Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais.
www.pitoresco.com.br/brasil/penacchi/penacchi.htm
www.abcdmaior.com.br
www.radiozfm.org