O documento descreve a síndrome do impacto no ombro, definindo-a como uma condição dolorosa causada pelo pinçamento dos tecidos moles entre a cabeça do úmero e o arco coracoacromial. Detalha suas possíveis etiologias, classificações, patologias associadas, sinais e sintomas clínicos, exames para diagnóstico e opções de tratamento clínico e cirúrgico.
2. Definição
• Descrito por Neer em 1972
• Geralmente uma condição dolorosa em que os
tecidos moles do manguito rotador e da bursa
no espaço subacromial, são comprimidos entre
a cabeça do úmero e o arco coracoacromial.
• É uma das maiores causas de dor e disfunção
no ombro, com diversos fatores etiológicos.
• Para entender melhor é preciso compreender a
articulação do ombro
3.
4. Etiologia
Sua etiologia é diversa podendo ser:
• Trauma
• Atrito
• Área crítica de Codman
• Impacto subacromial
• Tipos de curvatura do acrômio
5. Etiologia
• Área crítica de codman: área hipovascularizada
próxima a inserção do músculo supra-espinhal, sendo também a
superfície articular menos vascularizada que a superfície bursal.
6. Etiologia
• Tipos de acrômio: pois acrômios com curvaturas muito
acentuadas podem levar a diminuição do espaço subacromial
causando um maior atrito entres os tecidos moles locais.
Tipo I Tipo II Tipo III
7. Classificação
• Extrínseco: Resultantes da diminuição do espaço supra-umeral e
traumas repetitivos nos tecidos moles durante a elevação do braço. Incluem
retração da cápsula posterior, mau controle dos músculos do manguito rotador
e escapulares, postura escapulotorácica com desequilíbrio muscular além de
laceração de tecidos moles presentes no espaço supra-umeral.
• Intrínseco: Associados diretamente com o pinçamento do espaço
subacromial, incluindo as alterações vasculares dos tendões do manguito
rotador, variações estruturais do acrômio alterações tróficas no espaço
coracoacromial ou na cabeça do úmero além das alterações degenerativas na
articulação acromioclavicular.
• Primárias:Decorrente do desgaste mecânico do manguito rotador
no espaço supra-umeral
• Secundárias: Decorrente da mecânica defeituosa seja por
hipermobilidade ou instabilidade articular glenoumeral podendo ser
unidirecional ou multidirecional.
8. Classificação
• Estágio I: Edemas e hemorragias presentes, geralmente
acomete indivíduos menores de 25 anos.
• Estágio II: Tendinites, bursites e fibrose podem estar
presentes, geralmente acomete indivíduos entre 25 e 40 anos.
• Estágio III: Rupturas de tendões e esporão ósseo podem
estar presentes, geralmente acomete indivíduos maiores de 40
anos.
9. Patologias
• Bursite subacromial
• Bursite subdeltoídea
• Tendinite supra-espinhal
• Tendinite infra-espinhal
• Tendinite bicipital podendo ter ou não
ruptura
• Lesão dos músculos do Manguito Rotador
10. Quadro clínico
• QUADRO CLÍNICO
• Dor:
• Crepitação:
• Diminuição da FM:
• Sinal do “braço caído”:
• Capsulite Adesiva (contratura):
• Tendinite ou Ruptura da Cabeça Longa do Bíceps:
• Hipomobilidade articular
11. Diagnóstico
• HMA e HMP: Tipo de trauma, evolução ,
presença de dor , tratamentos a que foi
submetido e duração de tratamento
• Exame clínico especializado: testes
especiais, goniometria e força muscular
• Exames de imagem: Radiografia,
Ultrassom, Ressonância magnética,
• Teste da Xilocaína
12. Tratamento
Clínico:
• AINH
• Corticóides
• Repouso (tipóia) e suspensão das atividades de
caráter repetitivo
CIRÚRGICO:
• Acromioplastia
• Ressecção do ligamento coracoacromial (raro)
• Reparo tendinoso ou debridamento
• Bursectomia: quando há espessamento e destruição
da bursa.
13. Fisioterapia
Fases I e II
• Objetivos: Diminuir dor e edema
• Controlar o quadro inflamatório,
• Aumentar a flexibilidade e extensibilidade muscular e
capsular,
• Aumentar FM e resistência.
• Educação do paciente (adesão ao tratamento)
• Treinamento específico para retorno da função
• Progressão de tratamento funcional
• Melhorar concientização postural
14. Fisioterapia
Fase III
• Acompanhar o Pós operatório de acromioplastia ou reparo de
tecidos.
• Controle de dor e inflamação.
• Prevenir perda de mobilidade.
• Restaurar mobilidade indolor da articulação.
• Prevenir atrofias musculares.
• Corrigir desvios posturais.
• Melhorar conscientização corporal.
15. Fisioterapia
Para todas as fases
Educação do paciente através de orientação para prevenção de reincidências
das patologias envolvidas.
FIM.