1. Proposta de Trabalho
1 – Como se caracteriza o comportamento das personagens:
Ramón Sampedro: era um homem com os seus ideais muito definidos, um home m
que até á idade adulta tinha uma vida normal como tantos outros, viajou por todo o
mundo, tinha sonhos, era apaixonado pela vida, até que numa ida à praia que ele tanto
gostava não correu como o costume, Ramón deu um mergulho no mar no momento
errado e ficou tetraplégico.
Ramón era um homem inteligente, culto, de ideias próprias, tinha gosto por música
clássica, criava invenções para seu uso e gostava de escrever poesia, poesia essa que
com a ajuda da sua advogada deu origem a um livro. Com as suas invenções conseguiu
ter maneira de escrever, de atender o telefone, e até criou a sua própria cadeira de rodas.
Mas nada disto fez com que ele perde-se a ideia que tinha que era a de “morrer com
dignidade”, para ele era insuportável viver do modo como estava a já 28 anos, a única
coisa que queria era que lhe autorizassem a morrer pelo meio da eutanásia. Acreditava
que tinha todo o direito sobre a sua vida e que devia de poder decidir sobre ela.
Ramón utilizava as suas invenções para fazer com que o seu pai e o seu sobrinho
fizessem algo juntos, era essa a maneira que ele arranjou para não deixar o seu pai só.
Ele tinha algo de especial atrai-a as pessoas que se aproximavam dele. A algumas ele
deu força para viver a outras transmitiu vontade de morrer.
Manuela: era uma mulher de trabalho e que mesmo não concordando com a opinião
do cunhado respeitava-a, ela tratava dele desde o acidente, todo o seu tempo era passado
em casa para poder tratar de Ramón e estar sempre presente para quando ele chama-se.
Ela vivia quase em função do cunhado, não parecia ter vida própria, tratava de todos e
ninguém se preocupava em tratar dela.
José: era um homem amargo, não consegui compreender nem aceitar a ideia fixa do
irmão querer morrer, era um homem sem instrução que trabalhava no campo para
sustentar toda a família. José não queria que o irmão morresse e se ele o fizesse não iria
ser dentro de sua casa porque ele não iria permitir. Não lutava contra o irmão mas
também não fazia nada para o ajudar a conseguir a morte. Ele não conseguia aceitar a
2. vontade do irmão porque achava que ele tinha tudo o que precisava para viver, visto que
toda a família vivia em sua função e ninguém lhe deixava faltar nada.
Júlia: a advogada que sofria de uma doença degenerativa que a estava a matar
lentamente. Júlia interessa-se pelo caso de Ramón e oferece-se para ajuda-lo a conseguir
o que quer de modo legal, ajudando-o com o tribunal. Ela acaba por começar a
aproximar-se de Ramón e envolve-se com ele a ponto de lhe dizer que o vai ajudar a
morrer e que se mata junto com ele. Júlia era uma personagem fragilizada, uma mulher
que a cada dia que passa se vê a morrer um pouco, que está sujeita a cada momento de
ter um AVC e piorar, por todos estes momentos ela começa a pensar da mesma maneira
que Ramón. Á última hora Júlia desiste e não aparece no dia combinado com Ramón,
que era o dia em que ela lhe iria entregar o 1º exemplar do livro de poesia. Júlia não
cumpriu com a sua palavra porque o seu marido descobriu e conseguiu convence-la a
não avançar. Assim ela enviou-o o exemplar do livro por correio e nunca mais voltou a
ver Ramón.
Rosa: era uma mulher simples, tinha dois filhos de pais diferentes, homens esses que a
abandonaram, era uma mulher só, que trabalhava numa fábrica e fazia noites como
locutora de rádio, adorava a rádio. Conheceu Ramón porque viu uma reportagem sobre
ele e achou que se fosse a sua casa o iria convencer a desistir da ideia de morrer. O
resultado foi muito mau, Rosa saiu de lá a chorar e só algum tempo depois é que lá
voltou levando com ela os seus filhos. Ela acaba por começar a passar muito tempo e m
casa de Ramón a ponto de disputar tarefas com a cunhada dele, ele dá a Rosa força para
viver e isso faz com que ela se apaixone por ele. Um dia ele diz-lhe que se ela gosta
mesmo dele então não devia de o tentar fazer viver mas sim deixa-lo com a sua vontade
de morrer e até ajuda-lo a conseguir o seu objectivo. Com tudo isto, Rosa um dia diz a
Ramón que está disposta a participar no plano que ele tem para conseguir morrer e
assim leva-o para uma casa junto do mar e ao fim de algum tempo consegue m
concretizar o plano.
Padre Francisco: um homem tetraplégico, que claramente como padre que era
acreditava piamente que quem decide se devemos morrer é Deus e não o ser Humano,
um homem que dependia de todos mas que mesmo assim achava que valia a pena viver
porque a vida tinha muitas coisas boas para lhe dar. Esta ideia era muito diferente do
que pensava Ramón, o que levou o Padre a visita-lo e tentar convence-lo a desistir, claro
que não foi bem sucedido e ainda ouviu algumas coisas que não gostou e às quais não
conseguiu responder.
3. 2- A minha opinião em relação as suas atitudes
Júlia: interessa-se pelo caso de Ramón, na minha opinião porque era doente e precisava
de algo que a ajudasse a viver, ela ao princípio teve uma atitude de força, mas com o
tempo e o seu envolvimento com a situação, passou a frágil e quer seguir os passos de
Ramón, caminhando com ele para a morte. Mais tarde desistiu da ideia de morrer
sujeitando-se aquilo que a sua doença lhe reservava.
Rosa: uma mulher abandonada, que luta pela sobrevivência, corajosa, trabalhadora.
Quando conhece a história de Ramón procura por ele na esperança de o conseguir
ajudar, mas no fundo está a procura de ajuda para si própria. Com o seu envolvimento
com Ramón, passa de uma mulher fragilizada a uma mulher decidida, uma mulher
determinada a conseguir concretizar o desejo do homem por quem se apaixonou. A
Rosa passou a ser uma grande mulher confiante depois desta experiencia de vida.
Padre Francisco: um homem de fé, Padre de profissão, que não aceita a decisão de
Ramón, porque sendo ele também tetraplégico e não querendo ele morrer, não aceitava
a opinião de Ramón. Era um homem egoísta, que achava que a sua opinião era a
correcta, criticou a família de Ramón sem sequer a conhecer o que mostrou um lado
errado como Padre que era. Mas quando visitou o Ramón ouviu algo que não consegui
responder.
3- Interprete:
Na minha opinião, existe uma grande incompatibilidade entre o nº1 do artº. 47 Do
Código Deontológico dos Médicos e a Prática da Eutanásia. Se o Código diz que, “O
médico deve guardar respeito pela vida humana desde o seu inicio”, então não permitir
que um ser humano tenha controlo sobre a sua própria vida é errado. Ou seja, quando
chegam ao seu limite, quando sentem que estão no fundo, que já não consegue m
suportar mais a maneira indigna como estão a viver, se nos dizem que um médico te m
de ter respeito pela vida Humana desde o seu inicio, porque motivo não deixam o ser
Humano decidir quando acha que a sua existência deve de acabar?!
Uma maneira digna de acabar com a vida para algumas pessoas é a Eutanásia, e na
minha opinião cada um tem o direito de decidir sobre si mesmo.