SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 33
Descargar para leer sin conexión
Introdução aos Métodos Computacionais


    Professor: Raul B. V. Pessolani
Análise de sistemas de engenharia

             Problema físico

Erro                             Simplificações e
                                 aproximações
            Modelo matemático
            Ex: Equação Diferencial

Erro                              Discretização

             Modelo numérico
            Ex: Modelo de Elementos
                    Finitos


                                                    2
Análise de sistemas de engenharia

   A seleção do modelo matemático depende do tipo de
    problema:
        Distribuição de temperatura.
        Campo de tensões.

   Um bom modelo deve:
        Considerar os aspectos essenciais do problema.
        Desprezar os fatores secundários.
        Fornecer resultados próximos das respostas reais.

   Se as previsões do modelo não estão de acordo com as
    respostas reais é necessário refinar o modelo:
        Incluir aspectos inicialmente desprezados.

                                                             3
Análise de sistemas de engenharia

   Modelos numéricos são aproximações dos modelos
    matemáticos.

   Um método numérico é confiável se ele converge para a
    solução exata do modelo matemático.
       Garantia de convergência com o refinamento.
       Velocidade de convergência.
       Custo computacional envolvido.
       Facilidade de implementação e utilização.

   A solução numérica de um problema não pode ser
    melhor do que o modelo matemático utilizado.
                                                            4
Discretização

Problema: Determinação do perímetro de um círculo.


                     R




Dividindo em n partes:

                   l = 2Rsen(α/2)
            α      α = 2π/n
                    L = n l = 2πR sen(α/2)
                                   α/2
                                                     5
Discretização

    Laprox/Lexato                  log(Laprox/Lexato- 1)




Verifica-se que a solução converge para o resultado exato.

A velocidade de convergência é boa ?
                                                             6
Importância dos métodos numéricos

   Os problemas da engenharia envolvem a solução de
    equações diferenciais ordinárias ou parciais.

   Soluções analíticas exatas (fechadas) só existem em
    casos especiais:
       Geometria e condições de contorno simples.
       Certos tipos de carregamento.
       Material homogêneo.

   A solução de problemas reais requer a utilização de
    métodos numéricos (aproximados):
       Método das Diferenças Finitas.
       Método dos Elementos Finitos.
       Método dos Elementos de Contorno.
                                                          7
Análise por elementos finitos


         Malha           elemento


                                         Geometria
                                         Material


apoios                  nó
                                     carregamento



                                                    8
Passos da Análise

1.   Dividir o domínio do problema em regiões (elementos
     finitos) de geometria simples:
         Triângulos, quadriláteros, tetraedros, hexaedros,...
         Os elementos adjacentes são conectados através dos nós.

2.   Aproximar os deslocamentos no interior dos elementos:
         Interpolar a partir dos valores nodais.
         Utilizar funções simples: lineares, quadráticas,...

3.   Obter e resolver as equações de equilíbrio em função dos
     deslocamentos nodais (graus de liberdade).
4.   Calcular respostas no interior dos elementos:
         Deformações a partir do campo de deslocamentos.
         Tensões a partir das deformações.
                                                                    9
Vantagens

   Aplicação a qualquer problema de campo:
       Tensões, transferência de calor, percolação, etc.

   Não há restrição quanto a geometria do problema nem quanto ao
    carregamento e as condições de contorno do problema.
   O material pode variar de elemento para elemento.
   O modelo de elementos finitos aproxima o comportamento físico na
    região a ser analisada segundo funções de interpolação: Constantes,
    lineares, quadráticas,...
   Um modelo pode incluir componentes com diferentes comportamentos:
       Barras, vigas, placas, cascas, sólidos, etc.
   A aproximação é melhorada facilmente refinando a malha de
    elementos finitos ⇒ convergência.

                                                                          10
Exemplo de aplicação: estrutura de edifício




http://www.csiberkeley.com/                 11
Análise de um tanque esférico




      http://www.csiberkeley.com/
                                    12
Contato pneu-pavimento (não linearidade)




http://www.manufacturingcenter.com/dfx/    13
Trem de pouso




     http://www.abaqus.com/
                              14
Fuselagem




 http://www.abaqus.com/
                          15
Fuselagem




Cargas e apoios
                  Configuração pós-flambagem

                                          16
Pontes




                           Depois do terremoto



San Francisco Bay Bridge




http://www.adina.com/

                                                 17
Pontes




         18
Passos da Simulação Numérica

   Análise preliminar:
       Obter uma solução aproximada do problema.
       Modelo analítico simplificado, fórmulas, análise
        experimental, análises anteriores, etc.

   Análise por Métodos Numéricos:
       Pré-processamento:
            Modelagem: geometria, apoios, carregamento, materiais, ...
            Geração de malha.
       Análise numérica.
       Pós-processamento:
         
             Deformadas, modos de vibração/flambagem, animações,...
         
             Contornos e gráficos de tensões.
                                                                     19
Análise de navios – Malha Global




                                   20
Análise de Navios - Carregamento




                                   21
Análise de Navios – Detalhamento




                                   22
Exmeplo do Método dos Elementos de
             Contorno

   Tubulação de 3 metros de comprimento, cubo de 2 metros de lado e o
    fluxo livre é de 1m/s
   Discretização inicial com 22 elementos



                                 Qoo = 1 m/s

             Qoo = 1 m/s




                                                                         23
Resultados – Validação


   Discretização final com 2400 elementos
   Avaliação da faixa central, pois se aproxima à solução 2D que possui
    solução analítica




                                                                           24
Validação - Solução analítica x Solução Programa




V p=2 RV ∞ SEN  θ 
                                                 Raio = 1
                                                 Voo = 1.0
                                                    Vp
                                                    =0.27
                                                    =0.58
                                                    =0.87
                                                    =1.08
                                                    =1.14
                                                    =1.59
                                                    =1.76
                                                    =1.89
                                                    =1.95
                                                    =1.99



                                                            25
Jaqueta para Plataforma




                          26
Aeronave para AeroDesign




                           27
Passos da Simulação Numérica

                           1. Pré-Análise
Escolher o modelo          Obter resultados aproximados       Planejar a discretização
Matemático                 Para posterior validação
                                                                                             2. Pacote
            3. Análise dos Resultados
                                                                                         PRÉ-PROCESSAMENTO
                                                       Alteração
                                            SIM        Dados.


                    Devo refinar mais a malha?
                    Devo mudar o tipo de elemento?                                           ANÁLISE
                    Devo mudar o Método?

                                           SIM

                    NÃO
                               Os resultados são coerentes?
       PARAR                                                                             PÓS-PROCESSAMENTO
                               Há erros grosseiros?

                                                                                                        28
Análise dos resultados
   Avaliação qualitativa:
       A resposta “parece” certa ?
         
             As simetrias esperadas estão presentes?
         
             As condições de contorno são respeitadas?
         
             As maiores deformações (ou tensões) estão nos pontos
             esperados?
                Verificar se a estrutura está em equilíbrio ou se a massa se

                 mantém
   Avaliação quantitativa
       A resposta está correta?
            Comparar resultados obtidos com as soluções preliminares.
            Verificar se o nível de discretização é satisfatório
             especialmente quando há picos na solução.

                                                                           29
Por que estudar a teoria?

   Por que estudar a teoria?
       Programas comerciais são utilizados a bastante tempo.
       Intensivamente testados: fabricantes e usuários.
       Os programas atuais possuem interface amigável.
            Sua utilização não requer grandes conhecimentos.

   A obtenção de resultados confiáveis requer:
       Conhecimento do comportamento físico:
            Mecânica dos Fluídos , Resistência dos Materiais, ...
       Conhecimento dos diferentes Métodos:
         
             Comportamento dos elementos, características dos algoritmos
             aproximações e limitações
                                                                           30
Principais questões envolvidas na análise

   Estático x dinâmico
       As cargas atuantes são periódicas ou impulsivas ?
       A estrutura é muito flexível ?
       A freqüência do carregamento é próxima a da estrutura ?
       O comportamento do material é dependente do tempo ?

   Linear x não-linear
       Os deslocamentos/rotações são significativos ?
       A relação tensão-deformação pode ser considerada linear ?
       O material sofre deformações permanentes ?
       Existe a formação de trincas ?



                                                                    31
Tipos de análise

   Acoplada (multi-física) x desacoplada
       Termo-mecânico.
       Solo-estrutura.
       Fluido-estrutrura.

   Estado da prática:
       Depende do ramo de aplicação.
       Engenharia civil: estática, linear e desacoplada.
       Análise dinâmica: terremotos, edifícios altos,...
       Análise não-linear: problemas especiais.

                                                            32
Método das Diferenças Finitas

   Problema da Difusão e propagação da onda
    acústica




    Bor    Área do modelo
    da


          Algoritmos de absorção
                         testados




                                               33

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

1º Experimento - Motor Elétrico (Eletromagnetismo)
1º Experimento - Motor Elétrico (Eletromagnetismo)1º Experimento - Motor Elétrico (Eletromagnetismo)
1º Experimento - Motor Elétrico (Eletromagnetismo)
PIBID Joel Job
 
Lista de exercícios - estática dos fluidos 2015
Lista de exercícios  - estática dos fluidos 2015Lista de exercícios  - estática dos fluidos 2015
Lista de exercícios - estática dos fluidos 2015
Gian Correia
 
Rochas sedimentares (1)
Rochas sedimentares (1)Rochas sedimentares (1)
Rochas sedimentares (1)
francisogam
 
Defeitos nos sólidos
Defeitos nos sólidosDefeitos nos sólidos
Defeitos nos sólidos
PublicaTUDO
 
07 propriedades termicas
07 propriedades termicas07 propriedades termicas
07 propriedades termicas
A X.S
 
Electricidade magnetismo
Electricidade magnetismoElectricidade magnetismo
Electricidade magnetismo
Ricardo Antunes
 
Aula07 geo pg_sens_remoto_pdi
Aula07 geo pg_sens_remoto_pdiAula07 geo pg_sens_remoto_pdi
Aula07 geo pg_sens_remoto_pdi
railano
 
95916269 fisica-eletricidade-e-fis-moderna-questoes-de-vestibular-2011
95916269 fisica-eletricidade-e-fis-moderna-questoes-de-vestibular-201195916269 fisica-eletricidade-e-fis-moderna-questoes-de-vestibular-2011
95916269 fisica-eletricidade-e-fis-moderna-questoes-de-vestibular-2011
Edi Carlos M. de Lima
 

La actualidad más candente (20)

Exercicios resolvidos hidraulica
Exercicios resolvidos hidraulicaExercicios resolvidos hidraulica
Exercicios resolvidos hidraulica
 
Óptica Geométrica - Estudo das lentes esféricas
Óptica Geométrica - Estudo das lentes esféricasÓptica Geométrica - Estudo das lentes esféricas
Óptica Geométrica - Estudo das lentes esféricas
 
Apostila logica proposicoes-conectivos-tabela-verdade
Apostila logica proposicoes-conectivos-tabela-verdadeApostila logica proposicoes-conectivos-tabela-verdade
Apostila logica proposicoes-conectivos-tabela-verdade
 
Mecânica dos Fluidos
Mecânica dos FluidosMecânica dos Fluidos
Mecânica dos Fluidos
 
1º Experimento - Motor Elétrico (Eletromagnetismo)
1º Experimento - Motor Elétrico (Eletromagnetismo)1º Experimento - Motor Elétrico (Eletromagnetismo)
1º Experimento - Motor Elétrico (Eletromagnetismo)
 
Física Quântica
Física QuânticaFísica Quântica
Física Quântica
 
Estruturas Cristalinas
Estruturas CristalinasEstruturas Cristalinas
Estruturas Cristalinas
 
Lista de exercícios - estática dos fluidos 2015
Lista de exercícios  - estática dos fluidos 2015Lista de exercícios  - estática dos fluidos 2015
Lista de exercícios - estática dos fluidos 2015
 
Rochas sedimentares (1)
Rochas sedimentares (1)Rochas sedimentares (1)
Rochas sedimentares (1)
 
Defeitos nos sólidos
Defeitos nos sólidosDefeitos nos sólidos
Defeitos nos sólidos
 
07 propriedades termicas
07 propriedades termicas07 propriedades termicas
07 propriedades termicas
 
2. forças que atuam nas estruturas
2. forças que atuam nas estruturas2. forças que atuam nas estruturas
2. forças que atuam nas estruturas
 
Fracionamento de isótopos estáveis
Fracionamento de isótopos estáveisFracionamento de isótopos estáveis
Fracionamento de isótopos estáveis
 
Electricidade magnetismo
Electricidade magnetismoElectricidade magnetismo
Electricidade magnetismo
 
Estruturas cristalinas
Estruturas cristalinasEstruturas cristalinas
Estruturas cristalinas
 
Polias
PoliasPolias
Polias
 
Aula 6 propriedades mecânicas , emgenharia
Aula 6 propriedades mecânicas  , emgenhariaAula 6 propriedades mecânicas  , emgenharia
Aula 6 propriedades mecânicas , emgenharia
 
Aula07 geo pg_sens_remoto_pdi
Aula07 geo pg_sens_remoto_pdiAula07 geo pg_sens_remoto_pdi
Aula07 geo pg_sens_remoto_pdi
 
95916269 fisica-eletricidade-e-fis-moderna-questoes-de-vestibular-2011
95916269 fisica-eletricidade-e-fis-moderna-questoes-de-vestibular-201195916269 fisica-eletricidade-e-fis-moderna-questoes-de-vestibular-2011
95916269 fisica-eletricidade-e-fis-moderna-questoes-de-vestibular-2011
 
Fenômeno do transporte aula 01
Fenômeno do transporte aula 01Fenômeno do transporte aula 01
Fenômeno do transporte aula 01
 

Destacado

Uma Arquitetura para a Utilização de Computação nas Nuvens nos Ambientes de C...
Uma Arquitetura para a Utilização de Computação nas Nuvens nos Ambientes de C...Uma Arquitetura para a Utilização de Computação nas Nuvens nos Ambientes de C...
Uma Arquitetura para a Utilização de Computação nas Nuvens nos Ambientes de C...
Henrique Gabriel Gularte Pereira
 

Destacado (8)

Tratamento de incertezas climáticas em otimização e modelos computacionais de...
Tratamento de incertezas climáticas em otimização e modelos computacionais de...Tratamento de incertezas climáticas em otimização e modelos computacionais de...
Tratamento de incertezas climáticas em otimização e modelos computacionais de...
 
CFD
CFDCFD
CFD
 
CFD Aula 6
CFD Aula 6CFD Aula 6
CFD Aula 6
 
CFD Aula 3
CFD Aula 3CFD Aula 3
CFD Aula 3
 
Gerir referências bibliográficas: Mendeley
Gerir referências bibliográficas: MendeleyGerir referências bibliográficas: Mendeley
Gerir referências bibliográficas: Mendeley
 
Uma Arquitetura para a Utilização de Computação nas Nuvens nos Ambientes de C...
Uma Arquitetura para a Utilização de Computação nas Nuvens nos Ambientes de C...Uma Arquitetura para a Utilização de Computação nas Nuvens nos Ambientes de C...
Uma Arquitetura para a Utilização de Computação nas Nuvens nos Ambientes de C...
 
Tutorial Mendeley
Tutorial MendeleyTutorial Mendeley
Tutorial Mendeley
 
Cálculo numérico, aspectos teóricos e computacionais 2 edição - márcia a. g...
Cálculo numérico, aspectos teóricos e computacionais   2 edição - márcia a. g...Cálculo numérico, aspectos teóricos e computacionais   2 edição - márcia a. g...
Cálculo numérico, aspectos teóricos e computacionais 2 edição - márcia a. g...
 

Similar a Introdução metodos computacionais

Modelo de regressão linear: aspectos teóricos e computacionais
Modelo de regressão linear: aspectos teóricos e computacionais Modelo de regressão linear: aspectos teóricos e computacionais
Modelo de regressão linear: aspectos teóricos e computacionais
Rodrigo Rodrigues
 
Pesquisa Operacional 1_Aula 2
Pesquisa Operacional 1_Aula 2Pesquisa Operacional 1_Aula 2
Pesquisa Operacional 1_Aula 2
Joabe Amaral
 
Analise dimensional
Analise dimensionalAnalise dimensional
Analise dimensional
Rafael Cwb
 

Similar a Introdução metodos computacionais (20)

Agrupamento espectral
Agrupamento espectralAgrupamento espectral
Agrupamento espectral
 
Diogo t.robaina edp
Diogo t.robaina edpDiogo t.robaina edp
Diogo t.robaina edp
 
Otimização convexa e cvx
Otimização convexa e cvxOtimização convexa e cvx
Otimização convexa e cvx
 
Cálculo numérico
Cálculo numéricoCálculo numérico
Cálculo numérico
 
Cinemática inversa de um manipulado robótico de quatro graus de liberdade uti...
Cinemática inversa de um manipulado robótico de quatro graus de liberdade uti...Cinemática inversa de um manipulado robótico de quatro graus de liberdade uti...
Cinemática inversa de um manipulado robótico de quatro graus de liberdade uti...
 
Introdução à otimização convexa.
Introdução à otimização convexa.Introdução à otimização convexa.
Introdução à otimização convexa.
 
Cinematica inversa de um manipulador robotico de quatro graus de liberdade ut...
Cinematica inversa de um manipulador robotico de quatro graus de liberdade ut...Cinematica inversa de um manipulador robotico de quatro graus de liberdade ut...
Cinematica inversa de um manipulador robotico de quatro graus de liberdade ut...
 
mech-course.pdf
mech-course.pdfmech-course.pdf
mech-course.pdf
 
CFD Aula 5
CFD Aula 5CFD Aula 5
CFD Aula 5
 
Simulacao conf chapas [modo de compatibilidade]
Simulacao conf chapas [modo de compatibilidade]Simulacao conf chapas [modo de compatibilidade]
Simulacao conf chapas [modo de compatibilidade]
 
Operações do Sistema Elétrico de Potência
Operações do Sistema Elétrico de PotênciaOperações do Sistema Elétrico de Potência
Operações do Sistema Elétrico de Potência
 
Modelo de regressão linear: aspectos teóricos e computacionais
Modelo de regressão linear: aspectos teóricos e computacionais Modelo de regressão linear: aspectos teóricos e computacionais
Modelo de regressão linear: aspectos teóricos e computacionais
 
Pac elementos finitos 1 a parte
Pac elementos finitos 1 a partePac elementos finitos 1 a parte
Pac elementos finitos 1 a parte
 
Elementos finitos 1 a parte
Elementos finitos 1 a parteElementos finitos 1 a parte
Elementos finitos 1 a parte
 
Pesquisa Operacional 1_Aula 2
Pesquisa Operacional 1_Aula 2Pesquisa Operacional 1_Aula 2
Pesquisa Operacional 1_Aula 2
 
Introdução aos kits Lego RCX
Introdução aos kits Lego RCXIntrodução aos kits Lego RCX
Introdução aos kits Lego RCX
 
Analise dimensional
Analise dimensionalAnalise dimensional
Analise dimensional
 
Classificação: Dimensão VC e Máquinas de Vetores Suporte (SVMs)
Classificação: Dimensão VC e Máquinas de Vetores Suporte (SVMs)Classificação: Dimensão VC e Máquinas de Vetores Suporte (SVMs)
Classificação: Dimensão VC e Máquinas de Vetores Suporte (SVMs)
 
Aula6final
Aula6finalAula6final
Aula6final
 
[José Ahirton Lopes] Support Vector Machines
[José Ahirton Lopes] Support Vector Machines[José Ahirton Lopes] Support Vector Machines
[José Ahirton Lopes] Support Vector Machines
 

Más de Universidade Federal Fluminense

Más de Universidade Federal Fluminense (20)

Etica nas ações profissionais
Etica nas ações profissionaisEtica nas ações profissionais
Etica nas ações profissionais
 
As virtudes na profissão e na universidade
As virtudes na profissão e na universidadeAs virtudes na profissão e na universidade
As virtudes na profissão e na universidade
 
éTica nas ações profissionais
éTica nas ações profissionaiséTica nas ações profissionais
éTica nas ações profissionais
 
éTica nas ações profissionais
éTica nas ações profissionaiséTica nas ações profissionais
éTica nas ações profissionais
 
Rompendo barreiras para gerar nov as idéias
Rompendo barreiras para gerar nov as idéiasRompendo barreiras para gerar nov as idéias
Rompendo barreiras para gerar nov as idéias
 
Identificação do problema
Identificação do problemaIdentificação do problema
Identificação do problema
 
Etica e ciencia
Etica e cienciaEtica e ciencia
Etica e ciencia
 
Liderança
LiderançaLiderança
Liderança
 
Exito ou fracasso
Exito ou fracassoExito ou fracasso
Exito ou fracasso
 
Metodologia de pesquisa nv
Metodologia de pesquisa nvMetodologia de pesquisa nv
Metodologia de pesquisa nv
 
Exito ou fracasso
Exito ou fracassoExito ou fracasso
Exito ou fracasso
 
O desafio da amizade
O desafio da amizadeO desafio da amizade
O desafio da amizade
 
As invenções e a revolução industrial
As invenções e a revolução industrialAs invenções e a revolução industrial
As invenções e a revolução industrial
 
As potencias humanas e os modelos de felicidade
As potencias humanas e os modelos de felicidadeAs potencias humanas e os modelos de felicidade
As potencias humanas e os modelos de felicidade
 
As virtudes cardeais no ambiente profissional
As virtudes cardeais no ambiente profissionalAs virtudes cardeais no ambiente profissional
As virtudes cardeais no ambiente profissional
 
1. introdução ao método dos elementos de contorno
1. introdução ao método dos elementos de contorno1. introdução ao método dos elementos de contorno
1. introdução ao método dos elementos de contorno
 
8. ciencia e fe 1
8. ciencia e fe 18. ciencia e fe 1
8. ciencia e fe 1
 
Modelagem mef
Modelagem mefModelagem mef
Modelagem mef
 
Motivação
MotivaçãoMotivação
Motivação
 
O papel das vitrudes na formação do carater
O papel das vitrudes na formação do caraterO papel das vitrudes na formação do carater
O papel das vitrudes na formação do carater
 

Último

Último (6)

ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
 
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
 

Introdução metodos computacionais

  • 1. Introdução aos Métodos Computacionais Professor: Raul B. V. Pessolani
  • 2. Análise de sistemas de engenharia Problema físico Erro Simplificações e aproximações Modelo matemático Ex: Equação Diferencial Erro Discretização Modelo numérico Ex: Modelo de Elementos Finitos 2
  • 3. Análise de sistemas de engenharia  A seleção do modelo matemático depende do tipo de problema:  Distribuição de temperatura.  Campo de tensões.  Um bom modelo deve:  Considerar os aspectos essenciais do problema.  Desprezar os fatores secundários.  Fornecer resultados próximos das respostas reais.  Se as previsões do modelo não estão de acordo com as respostas reais é necessário refinar o modelo:  Incluir aspectos inicialmente desprezados. 3
  • 4. Análise de sistemas de engenharia  Modelos numéricos são aproximações dos modelos matemáticos.  Um método numérico é confiável se ele converge para a solução exata do modelo matemático.  Garantia de convergência com o refinamento.  Velocidade de convergência.  Custo computacional envolvido.  Facilidade de implementação e utilização.  A solução numérica de um problema não pode ser melhor do que o modelo matemático utilizado. 4
  • 5. Discretização Problema: Determinação do perímetro de um círculo. R Dividindo em n partes: l = 2Rsen(α/2) α α = 2π/n L = n l = 2πR sen(α/2) α/2 5
  • 6. Discretização Laprox/Lexato log(Laprox/Lexato- 1) Verifica-se que a solução converge para o resultado exato. A velocidade de convergência é boa ? 6
  • 7. Importância dos métodos numéricos  Os problemas da engenharia envolvem a solução de equações diferenciais ordinárias ou parciais.  Soluções analíticas exatas (fechadas) só existem em casos especiais:  Geometria e condições de contorno simples.  Certos tipos de carregamento.  Material homogêneo.  A solução de problemas reais requer a utilização de métodos numéricos (aproximados):  Método das Diferenças Finitas.  Método dos Elementos Finitos.  Método dos Elementos de Contorno. 7
  • 8. Análise por elementos finitos Malha elemento Geometria Material apoios nó carregamento 8
  • 9. Passos da Análise 1. Dividir o domínio do problema em regiões (elementos finitos) de geometria simples:  Triângulos, quadriláteros, tetraedros, hexaedros,...  Os elementos adjacentes são conectados através dos nós. 2. Aproximar os deslocamentos no interior dos elementos:  Interpolar a partir dos valores nodais.  Utilizar funções simples: lineares, quadráticas,... 3. Obter e resolver as equações de equilíbrio em função dos deslocamentos nodais (graus de liberdade). 4. Calcular respostas no interior dos elementos:  Deformações a partir do campo de deslocamentos.  Tensões a partir das deformações. 9
  • 10. Vantagens  Aplicação a qualquer problema de campo:  Tensões, transferência de calor, percolação, etc.  Não há restrição quanto a geometria do problema nem quanto ao carregamento e as condições de contorno do problema.  O material pode variar de elemento para elemento.  O modelo de elementos finitos aproxima o comportamento físico na região a ser analisada segundo funções de interpolação: Constantes, lineares, quadráticas,...  Um modelo pode incluir componentes com diferentes comportamentos:  Barras, vigas, placas, cascas, sólidos, etc.  A aproximação é melhorada facilmente refinando a malha de elementos finitos ⇒ convergência. 10
  • 11. Exemplo de aplicação: estrutura de edifício http://www.csiberkeley.com/ 11
  • 12. Análise de um tanque esférico http://www.csiberkeley.com/ 12
  • 13. Contato pneu-pavimento (não linearidade) http://www.manufacturingcenter.com/dfx/ 13
  • 14. Trem de pouso http://www.abaqus.com/ 14
  • 16. Fuselagem Cargas e apoios Configuração pós-flambagem 16
  • 17. Pontes Depois do terremoto San Francisco Bay Bridge http://www.adina.com/ 17
  • 18. Pontes 18
  • 19. Passos da Simulação Numérica  Análise preliminar:  Obter uma solução aproximada do problema.  Modelo analítico simplificado, fórmulas, análise experimental, análises anteriores, etc.  Análise por Métodos Numéricos:  Pré-processamento:  Modelagem: geometria, apoios, carregamento, materiais, ...  Geração de malha.  Análise numérica.  Pós-processamento:  Deformadas, modos de vibração/flambagem, animações,...  Contornos e gráficos de tensões. 19
  • 20. Análise de navios – Malha Global 20
  • 21. Análise de Navios - Carregamento 21
  • 22. Análise de Navios – Detalhamento 22
  • 23. Exmeplo do Método dos Elementos de Contorno  Tubulação de 3 metros de comprimento, cubo de 2 metros de lado e o fluxo livre é de 1m/s  Discretização inicial com 22 elementos Qoo = 1 m/s Qoo = 1 m/s 23
  • 24. Resultados – Validação  Discretização final com 2400 elementos  Avaliação da faixa central, pois se aproxima à solução 2D que possui solução analítica 24
  • 25. Validação - Solução analítica x Solução Programa V p=2 RV ∞ SEN  θ  Raio = 1 Voo = 1.0 Vp =0.27 =0.58 =0.87 =1.08 =1.14 =1.59 =1.76 =1.89 =1.95 =1.99 25
  • 28. Passos da Simulação Numérica 1. Pré-Análise Escolher o modelo Obter resultados aproximados Planejar a discretização Matemático Para posterior validação 2. Pacote 3. Análise dos Resultados PRÉ-PROCESSAMENTO Alteração SIM Dados. Devo refinar mais a malha? Devo mudar o tipo de elemento? ANÁLISE Devo mudar o Método? SIM NÃO Os resultados são coerentes? PARAR PÓS-PROCESSAMENTO Há erros grosseiros? 28
  • 29. Análise dos resultados  Avaliação qualitativa:  A resposta “parece” certa ?  As simetrias esperadas estão presentes?  As condições de contorno são respeitadas?  As maiores deformações (ou tensões) estão nos pontos esperados?  Verificar se a estrutura está em equilíbrio ou se a massa se mantém  Avaliação quantitativa  A resposta está correta?  Comparar resultados obtidos com as soluções preliminares.  Verificar se o nível de discretização é satisfatório especialmente quando há picos na solução. 29
  • 30. Por que estudar a teoria?  Por que estudar a teoria?  Programas comerciais são utilizados a bastante tempo.  Intensivamente testados: fabricantes e usuários.  Os programas atuais possuem interface amigável.  Sua utilização não requer grandes conhecimentos.  A obtenção de resultados confiáveis requer:  Conhecimento do comportamento físico:  Mecânica dos Fluídos , Resistência dos Materiais, ...  Conhecimento dos diferentes Métodos:  Comportamento dos elementos, características dos algoritmos aproximações e limitações 30
  • 31. Principais questões envolvidas na análise  Estático x dinâmico  As cargas atuantes são periódicas ou impulsivas ?  A estrutura é muito flexível ?  A freqüência do carregamento é próxima a da estrutura ?  O comportamento do material é dependente do tempo ?  Linear x não-linear  Os deslocamentos/rotações são significativos ?  A relação tensão-deformação pode ser considerada linear ?  O material sofre deformações permanentes ?  Existe a formação de trincas ? 31
  • 32. Tipos de análise  Acoplada (multi-física) x desacoplada  Termo-mecânico.  Solo-estrutura.  Fluido-estrutrura.  Estado da prática:  Depende do ramo de aplicação.  Engenharia civil: estática, linear e desacoplada.  Análise dinâmica: terremotos, edifícios altos,...  Análise não-linear: problemas especiais. 32
  • 33. Método das Diferenças Finitas  Problema da Difusão e propagação da onda acústica Bor Área do modelo da Algoritmos de absorção testados 33