2. HISTÓRICO
A palavra coqueluche foi importada do
francês coqueluche
O nome coqueluque, surgiu primeiro
como sinônimo de capuz, no início do século
15, e só algumas décadas mais tarde
(oficialmente em 1453) ganhou seu primeiro
registro como nome da doença. Segundo o
dicionário Trésor de la Langue Française,
existem duas hipóteses: a de que as vítimas
da doença tinham o hábito de usar capuz,
para evitar contágio, e a de que a febre as
deixava quentes como se usassem capuz.
3. CONCEITO
É uma doença infecciosa aguda,
transmissível,
de
distribuição
universal.
Compromete
especificamente aparelho respiratório
(traqueia e brônquios) e se caracteriza
por paroxismos de tosse seca. Ocorre
sob as formas endêmica e epidêmica.
Em lactentes, pode resultar em
número elevado de complicações e até
em morte.
5.
Fonte de infecção: o homem que é o único reservatório
natural.
Período de transmissibilidade:
inicia-se na fase catarral, 7 a 10 dias após o contágio e
dura até três semanas após o início dos paroxismos, se
não houver o uso da Eritromicina. Com ouso deste
antibiótico, o paciente pode ser considerado não
contagiante após 5 dias da instituição da terapêutica
6. MODO DE TRANSMISSÃO
contato direto com pessoa doente com pessoa
susceptível, através de gotícula de secreção da
orofaringe eliminada por tosse espirro ou ao
falar.
casos raros pode ocorrer a transmissão por
objetos recentemente contaminados com
secreções do doente
7.
A suscetibilidade é geral.
Imunidade
após adquirir a doença: imunidade duradoura, mas não
permanente;
após receber vacinação básica em média, de 5 a 10 anos
após a última dose da vacina
8. DISTRIBUIÇÃO
É uma doença cosmopolita e endêmica em todo o
mundo,apresentando epidemias muitas vezes
cíclicas.Ocorre durante o ano todo com maior
frequência no verão e outono.
9. QUADRO CLINICO
três estádios, após um período de incubação que varia de 7
a 10 dias:
FASE CATARRAL: de 7 a 14 dias, com tosse, coriza e
lacrimejamento, mimetizando um resfriado comum;
FASE PAROXÍSTICA: caracterizada por acessos de tosse
seguidos de guinchos com expectoração de muco claro,
viscoso e espesso, seguidos de vômitos. Duração de 4 a 6
semanas;
FASE DE CONVALESCENÇA: desaparecimento dos
guinchos com persistência da tosse por até 3 semanas.
complicações as convulsões, pneumonias e encefalopatias,
sangramento nasal, infecções do ouvido, sangramento no
cérebro (hemorragia cerebral), dano cerebral devido à falta
de oxigênio, Incapacidade intelectual e Respiração lenta ou
interrompida (apneia), podendo evoluir a óbito.
10. DIAGNÓSTICO
Clínico, uma vez que a bactéria apresenta dificuldades
laboratoriais para ser isolada, necessitando de meios
específicos e imediata inoculação no meio após a
coleta. não está presente no sangue, portanto a
hemocultura é quase sempre negativa.
suspeita clínica de surtos de tosse paroxística seguida
de guinchos e vômitos, associada à presença de
leucocitose (acima de 20.000 céls./mm3), com
linfocitose.
Em crianças pequenas, em especial no primeiro ano de
vida, o quadro clínico é mais grave, porém mais
inespecífico e os guinchos podem não estar presentes.
A apnéia e a cianose são comuns nesta faixa etária e
complicações neurológicas como crises convulsivas
podem ocorrer.
11. TRATAMENTO
A eritromicina é o antimicrobiano ,mais eficiente e menos
tóxico,capaz de erradicar o agente no organismo em 1 ou 2
dias, quando seu uso for iniciado durante o período catarral
ou no início do período paroxístico, promovendo, a
diminuição do período de transmissibilidade da doença.
Dose indicada – de 40 a 50mg/kg/dia (máxima de 2
gramas/dia), por via oral, dividida em 4 doses iguais, no
período de 7 a 14 dias, segundo critério médico.
Se houver
intolerância à eritromicina, pode-se usar
sulfametoxazol+trimetoprim (SMZ+TMP), por via oral, de 12
em 12 horas, durante 7 a 10 dias, na seguinte dosagem:
• crianças – 40mg (SMZ)/kg/dia e 8mg (TMP)/kg/dia. Com a
ressalva de que a segurança e a eficácia de SMZ+TMP nos
menores de 2 meses não está bem definida;
• adultos e crianças com mais de 40 kg – 800mg
(SMZ)/dia e 160mg (TMP)/dia, de 12 em 12 horas.
12. PROFILAXIA
A vacinação através do Calendário Básico de
Vacinação do Programa Nacional de Imunizações do
Ministério da Saúde .
Durante uma epidemia de coqueluche, crianças não
imunizadas com menos de 7 anos não devem ir à
escola ou encontros públicos, devendo ficar isoladas de
qualquer pessoas desconhecida ou com suspeita de
infecção. Isso deve durar até 14 dias após o último caso
reportado.
14. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Durante o acesso de tosse, o paciente deve ser
colocado em decúbito de drenagem (lateral).
Evita aspiração de vômitos e secreções
respiratórias. – Em episódios de apnéia ou
cianose, aspirar a secreção nasal e oral. Indica-se
oxigenioterapia. Pode-se utilizar respiração
artificial não invasiva (AMBU).
15. DISTRIBUIÇÃO
É uma doença cosmopolita e endêmica em todo o
mundo,apresentando epidemias muitas vezes
cíclicas.Ocorre durante o ano todo com maior
freqüência no verão e outono
17. HISTÓRICO
No passado, a difteria era uma doença temida e
muito comum na infância, dando origem as
epidemias , com mortalidade muito elevada,
sendo uma das principais causas de mortalidade
infantil nas primeiras décadas do século XX
antes mesmo de programas de imunização entrar
em vigor.
18. CONCEITO
É uma doença respiratória infectocontagiosa,
causada
pelo
bacilo
Corynebacterium
diphtheriae, cujas lesões características são
membranas
branco-acinzentadas
aderentes,
circundadas por processo inflamatório que se
instala nas amídalas, faringe, laringe, nariz e, em
alguns casos, nas mucosas e na pele.
20. MODO DE TRANSMISSÃO
contato direto de pessoa doente ou portadores
com pessoa suscetível,através de gotículas de
secreção respiratória, eliminadas por tosse,
espirro ou ao falar.
Caso raros, pode ocorrer a contaminação por
fômites.
21. PERÍODO DE
TRANSMISSIBILIDADE
O período de transmissão em média, até 2
semanas após o início dos sintomas.O tratamento
adequado erradica o bacilo diftérico da
orofaringe, de 24 a 48 horas. O portador pode
eliminar o bacilo por 6 meses ou mais,
22.
Período de incubação
De 1 a 6 dias, podendo ser mais longo
A suscetibilidade é geral
Imunidade
É adquirida pela passagem de anticorpos maternos
via transplacentária, que protegem o bebê nos primeiros
meses de vida, ou através de infecções inaparentes
atípicas, que conferem imunidade em diferentes graus,
dependendo da maior ou menor exposição dos
indivíduos. A imunidade também pode ser adquirida
ativamente, através da vacinação com toxóide diftérico.
23. QUADRO CLINICO
A presença de placas branco-acinzentadas, adere e se
instala nas amígdalas, na faringe, laringe e fossas
nasais, sendo menos frequentemente observadas na
conjuntiva, pele, conduto auditivo, vulva, pênis (póscircuncisão) e cordão umbilical.
O estado geral do paciente, pode apresentar-se
prostrado e pálido; a dor de garganta discreta,
independentemente da localização ou quantidade de
placas existentes, e a febre normalmente não é muito
elevada, variando entre 37,5ºC a 38,5°C, embora
temperaturas mais altas não afastem o diagnóstico.
24.
As formas clínicas :
Faringoamigdaliana ou faringotonsilar (angina diftérica) –
Difteria hipertóxica (difteria maligna)
Nasal (rinite diftérica)
Laríngea (laringite diftérica
Cutânea –
Outras localizações – apesar de raro, o bacilo diftérico pode
acometer a vagina (ulcerações e corrimento purulento), o ouvido
(processo inflamatório exsudativo do duto auditivo externo) e
conjuntiva ocular (a infecção pode ser inaparente ou manifestar-se
sob a forma de conjuntivite aguda, com eventual formação da
membrana).
25.
Casos mais graves
Intenso edema do pescoço, com grande aumento dos
gânglios linfáticos dessa área e edema periganglionar
nas cadeias cervicais e submandibulares. Dependendo
do tamanho e localização da placa pseudomembranosa,
pode ocorrer asfixia mecânica aguda no paciente, o que
muitas vezes exige imediata traqueostomia para evitar
a morte.
As principais complicações:
Miocardite
Neurite
Renais
26.
Diagnóstico Laboratorial
Isolamento e identificação do bacilo, mesmo sem as provas
de toxigenicidade, associados ao quadro clínico e epidemiológico.
Diagnóstico Diferencial
Realizado mediante a identificação e isolamento do C.
diphtheriae através de cultura de material, colhido com técnica
adequada, das lesões existentes,feito com as patologias :
• difteria cutânea – impetigo, ectima, eczema, úlceras;
• difteria nasal – rinite estreptocócica, rinite sifilítica, corpo
estranho nasal;
• difteria amigdaliana ou faríngea – amigdalite estreptocócica,
angina monocítica, angina de Plaut Vicent, agranulocitose;
• difteria laríngea – crupe viral, laringite estridulosa, epiglotite
aguda, inalação de corpo estranho
27. DISTRIBUIÇÃO
Ocorre durante todos os períodos do ano e pode
afetar todas as pessoas não imunizadas,de
qualquer idade, raça ou sexo,porém observa-se
um aumento de sua incidência nos meses frios
(outono e inverno), quando é mais comum a
ocorrência de infecções respiratórias devidas,
principalmente,à aglomeração em ambientes
fechados, que facilitam a transmissão do bacilo.
28. TRATAMENTO
deve ser iniciado imediatamente, mesmo antes que os
resultados dos exames sejam disponibilizados.
A antitoxina diftérica é administrada na forma de
injeção muscular ou IV (intravenosa).
Uso de antibióticos, como penicilina e eritromicina.
Paciente podem precisar de hospital enquanto a
antitoxina está sendo administrada.
Qualquer pessoa que tenha entrado em contato com a
pessoa infectada deve receber imunização ou injeções
de reforço contra difteria.
Indivíduos assintomáticos que são portadores da
difteria devem ser tratados com antibióticos.
29. PROFILAXIA
A única maneira efetiva de prevenir a difteria é a
vacinação, pois a doença, em geral, não confere
imunidade permanente, o que faz com que o
doente deva continuar seu esquema de vacinação
após a alta hospitalar.
30. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
O cuidado de enfermagem se inicia na
hospitalização e vai ate a alta do paciente, são
estes:
Fluídos por IV,Administração de
oxigênio,Repouso,Monitoramento
cardíaco,Inserção de um tubo de
respiração,Correção de bloqueios nas vias aéreas,
paciente deve se afastar de escola ou trabalho ate
a completa recuperação.
32. HISTÓRICO DA DOENÇA
No século XX, publicações relataram a
ocorrência de icterícia após vacinação contra febre
amarela produzida com a utilização de plasma
humano. Durante a II Guerra Mundial, foram
relatados casos de icterícia associados à transfusões
sanguíneas. Nos anos 70, quando o vírus da hepatite
B já havia sido descoberto, surgiram relatos que
sugeriam a hipótese de transmissão sexual entre
heterossexuais ou homossexuais masculinos,
portadores de DST. Em 1978, pelo Decreto 12.479
torna-se obrigatória a realização de sorologia para
hepatite B como triagem em bolsas de sangue nos
hemocentros.
33. SITUAÇÃO DA DOENÇA NO BRASIL
O Brasil é classificado, pela OMS, como tendo
elevada prevalência para a hepatite B na região da
Amazônia Legal e intermediária no restante do país.
NOTIFICAÇÃO
A hepatite B, assim como as outras hepatites
virais, são de notificação compulsória. Todos os
casos suspeitos e/ou confirmados devem ser
notificados na ficha do SINAN (Sistema de
Informações de Agravos de Notificação) e
encaminhados ao órgão responsável pela vigilância
epidemiológica local.
34. AGENTE ETIOLÓGICO
Vírus da Hepatite B (VHB). É um vírus DNA, família
Hepadnaviridae.
RESERVATÓRIO – FONTE DE INFECÇÃO
O homem. Experimentalmente, chimpanzés,
espécies de pato e esquilo.
35. PERÍODO DE INCUBAÇÃO
De 30 a 180 dias (média em torno de 60 a 90 dias).
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
Duas a três semanas antes dos primeiros sintomas e
mantém-se durante a evolução clínica da doença. O
portador crônico pode transmitir por vários anos.
36. MODO DE TRANSMISSÃO
O VHB é altamente infectivo e facilmente transmitido
através da via sexual; transfusões de sangue,
procedimentos
médicos
e
odontológicos
e
hemodiálises sem as adequadas normas de
biossegurança; transmissão vertical (mãe-filho),
contatos íntimos domiciliares (compartilhamento de
escova dental e lâminas de barbear), através de
acidentes pérfuro-cortantes, compartilhamento de
seringas e de material para a realização de tatuagens
e "piercings".
37. SUSCETIBILIDADE E DISTRIBUIÇÃO
O Brasil é classificado, pela OMS, como tendo elevada
prevalência para a hepatite B na região da Amazônia
Legal e intermediária no restante do país.
Estudos do final da década de 80 e início de 90 sugeriam
um gradiente de aumento da freqüência da região sul em
direção à Norte. Assim, considerava-se que ocorriam três
padrões de endemicidade hepatite B: alta, com
prevalência superior a 7%, na região Amazônica, sul do
Espírito Santo e oeste do Paraná e Santa Catarina;
intermediária, com prevalência entre 2 e 7%, nas Regiões
Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste; e baixa, com
prevalência abaixo de 2% na região Sul do país.
Com a implementação de campanhas de vacinação
contra hepatite B, desde 1989, e a vacinação em menores
de 1 ano e em menores de 15 anos nos anos de 1991 e
1996, respectivamente, este padrão tem se modificado.
38. Vacinas
A vacina contra hepatite B está disponível nas salas
de vacinação do SUS para faixas etárias específicas
e para situações de maior vulnerabilidade, conforme
descrito a seguir:
1. Faixas etárias específicas.
• Menores de um ano de idade, a partir do
nascimento, preferencialmente nas primeiras 12
horas após o parto;
• Crianças e adolescentes entre um e 19 anos de
idade.
2. Para todas as faixas etárias
A vacina contra hepatite B está disponível nos
Centros de Referência para Imunobiológicos
Especiais (CRIE), integrante do SUS, conforme
Manual do CRIE, 3ª edição, do MS, 2006, para as
seguintes situações:
39. • vítimas de abuso sexual;
• vítimas de acidentes com material biológico positivo ou
fortemente suspeito de infecção por VHB;
• comunicantes sexuais de portadores de HBV;
• profissionais de saúde;
• doadores de sangue;
• transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea;
• potenciais receptores de múltiplas transfusões de
sangue ou politransfundidos;
• convívio familiar contínuo com pessoas portadoras de
HBV;
40. imunodeprimidos;
• populações indígenas;
• usuários de drogas injetáveis e inaláveis;
• pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos,
instituições de menores, forças armadas, etc.);
• carcereiros de delegacias e penitenciárias;
• profissionais do sexo;
• profissionais de saúde;
• coletadores de lixo hospitalar e domiciliar;
• bombeiros, policiais militares, policiais civis e
policiais rodoviários;
• profissionais envolvidos em atividades de resgate.
41. A imunização contra hepatite B é realizada em três
doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a
segunda dose e de seis meses entre a primeira e a
terceira dose (0, 1 e 6 meses). A vacina, após
administração do esquema completo, induz imunidade
em 90% a 95% dos casos.
As populações como imunocomprometidos, portadores
de insuficiência renal em programas de hemodiálise e
alguns bebês prematuros, devem fazer uso de
esquemas especiais, conforme Manual do CRIE, 3ª
edição, MS, 2006 (BRASIL, 2006b).
Imunoglobulina
Humana
anti-hepatite
tipo
B
42. A Imunoglobulina Humana anti-hepatite tipo B
(IGHAHB), disponível nos CRIE, é indicada para
pessoas não vacinadas, após exposição ao vírus da
hepatite
B,
nas
seguintes
situações:
-1. prevenção da infecção perinatal pelo vírus da
hepatite
B;
-2. vítimas de acidentes com material biológico
positivo ou fortemente suspeito de infecção por HBV,
sem
vacinação
para
hepatite
B;
-3. comunicantes sexuais de casos agudos de
hepatite
B;
-4.
vítimas
de
abuso
sexual;
-5. imunodeprimidos após exposição de risco,
mesmo que previamente vacinados
43. QUADRO CLÍNICO
O início da doença é insidioso, a fase aguda (45 a
180 dias); com falta de apetite, dores abdominais,
náuseas e vômitos; as vezes ocorre dores
musculares e fadiga, seguidas de icterícia (inicio de 5
a 10 dias), pode não haver febre ou febre baixa;
torna-se crônica etc...
44. QUADRO CLÍNICO
Sinais e sintomas A hepatite B pode ou não ser
sintomática. Quando presentes, os sintomas
variam: mal-estar, cefaléia (dor de cabeça), febre
baixa, falta de apetite, cansaço, fadiga, dor nas
articulações, náuseas, vômitos, prurido (coceira),
desconforto abdominal na região do fígado, aversão
a alguns alimentos e cigarro. A icterícia geralmente
inicia-se quando a febre desaparece e pode ser
precedida por colúria (urina escura) e hipocolia
fecal (descoloração das fezes).
45. COMO SE TRATA?
A hepatite B aguda não requer tratamento
medicamentoso específico. Remédios para náuseas,
vômitos e coceira, bem como administração endovenosa
de líquidos (soro) podem ser usados ocasionalmente.
O repouso no leito não deve ser exigido uma vez que não
afeta a evolução para hepatite crônica ou fulminante. A
ingestão de álcool em qualquer quantidade é proibida.
O uso de qualquer medicamento deve ser avaliado pelo
médico, já que muitos necessitam de um bom
funcionamento do fígado para seu desempenho. A forma
fulminante da hepatite aguda exige cuidados intensivos
em hospital, podendo necessitar de transplante hepático
de urgência.
46. PROFILÁXIA
Deve-se educação em saúde; lavagem das mãos
uso de materiais descartáveis (uso parenteral),
vacinação, isolamento com precauções entéricas
durante as duas primeiras semanas da doença e
uma semana após o início das icterícia.
47. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
-Proporcionar
repouso relativo;
- Observar, comunicar e antar nível de
consciência;
- Verificar sinais vitais;
- Observar, comunicar e anotar aceitação
alimentar;
- Observar, comunicar e anotar sinais e
sintomas;
- Controle de peso e jejum;
- Balanço hídrico;
- Proporcionar uma dieta equilibrada;
48. - Oxigenioterapia
- Repouso no leito
- Fazer cateterização enteral;
- Controlar NPT
- Higiene com sabonete neutro
- Avaliar alteração neurológicas
- Monitorar sinais e sintomas de dor abdominais
hematêmese e melena
51. HISTÓRICO
Surto de meningite foi gravado primeiramente em Genebra em 1805.
Gaspard Vieusseux (1746-1814) e Andre Matthey (1778-1842) em
Genebra e Elisa North (1771-1843) em Massachusetts, descreveram a
epidemia meningite (meningocócica). Várias outras epidemias na
Europa e Estados Unidos foram descritas logo depois.
Na África, o primeiro surto foi descrito em 1840. Epidemias africanas
tornou-se muito mais comuns no século XX. A primeira grande um foi
relatado na Nigéria e Gana, em 1905–1908. Os primeiros relatórios
grande número de pessoas morreu de doença.
A primeira evidência que lig infecção bacteriana como causa de
meningite foi escrita por bacteriologia austríaca Anton Vaykselbaum
que descreveu bactérias meningocócicos em 1887.
Heinrich Quincke (1842-1922) utilizou sua nova técnica de punção
lombar (1891) para fornecer uma análise inicial de líquido
cefalorraquidiano (LCR). William Mestrezat (1883-1929) e H.
Houston Merritt (1902-1979) compilados grandes séries de perfis do
CSF em meningite.
Organismo Haemophilus influenzae que causa meningite foi
identificados no final do século XIX.
52. AGENTE ETIOLÓGICO
Haemophilus Influenzae. Um bacilo gramnegativo, imóvel, capsulado, pleomórfico. Possui
diferentes sorotipos (A, B, C, D, e F), sendo o
sorotipo B o principal responsável por doença
invasiva, tal como a Meningite.
53. FONTE DE INFECÇÃO
O homem doente ou portador assintomático,
principalmente os menores de 5 anos.
56. MODO DE TRANSMISSÃO
A transmissão da se dá pelo contato com pessoas
infectadas com a bactéria, mesmo que estes não
apresentem manifestações clínicas. Os germes
passam de pessoa a pessoa através das secreções
da mucosa nasal. Se permanecerem no nariz e na
garganta, provavelmente a pessoa não ficará
doente. Algumas vezes, os germes localizam-se
nos pulmões ou na corrente sanguínea e, então, a
Hib pode causar problemas graves.
57. SUSCETIBILIDADE E
DISTRIBUIÇÃO
A susceptibilidade é geral, mas o risco de adoecer
declina com a idade. O grupo de menores de 5
anos é o mais vulnerável.
Os neonatos raramente adoecem, em virtude da
proteção conferida pelos anticorpos maternos.
Esta imunidade vai declinando até os 3 meses de
idade, com o conseqüente aumento da
susceptibilidade.
58. QUADRO CLÍNICO
Início, geralmente, súbito, com febre, cefaleia intensa,
náuseas, vômitos e rigidez de nuca. Lactentes, raramente,
apresentam sinais de irritação meníngea ou de hipertensão
intracraniana, como rigidez de nuca, convulsões e
opistótono. Os sinais clínicos iniciais são inespecíficos,
comuns a outras doenças desse período, a exemplo de
instabilidade térmica (hipotermia ou hipertermia),
desconforto respiratório, irritabilidade, letargia, recusa
alimentar e vômitos. Pode-se observar, ainda, a presença
de outros sinais e sintomas como: agitação, grito
meníngeo / criança que grita quando manipulada,
principalmente quando as pernas são flexionadas para
troca
de
fraldas
e
recusa
alimentar.
É importante a realização do exame de líquor (líquido
cefaloraquidiano) e do sangue para diagnóstico do agente
infeccioso.
59. TRATAMENTO
Cloranfenicol, na dose de 75 a 100mg/kg/dia, EV,
ate o máximo de 6g/dia, fracionada em 4 doses
diárias (6/6 horas), ou Ceftriaxona, na dose de
100mg/kg/dia, EV, ate o máximo de 4g/dia,
dividida em 2 doses (de 12/12 horas), por 7 a 10
dias.
60. PROFILAXIA
A vacinação é a principal forma de se prevenir
contra a doença e sua eficácia é de 95% a 100%
após a aplicação do esquema completo de
imunização.
Outras formas de prevenção incluem: evitar
aglomerações, manter os ambientes ventilados e
a higiene ambiental.
61. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Inicialmente, o cliente deve ser colocado em precaução respiratória
tanto em função da pneumonia, quanto em função da meningite. O
cliente deve permanecer no quarto de precaução por, pelo menos, 24
horas após o início da antibióticoterapia.
É necessário ainda informar ao cliente e familiares acerca do risco de
contágio. Familiares e colegas de trabalho devem ser orientados a,
caso apresentem febre e outros sinais sugestivos de meningite,
procurar o serviço de saúde mais próximo rapidamente a fim de
receberem profilaxia antimicrobiana e cuidados médicos imediatos.
Os sinais vitais devem ser monitorados continuamente, bem como o
estado neurológico do cliente. Além disso, observar sinais de
irritação meníngea (rigidez da nuca, fotofobia, hiperalgesia), pois são
indicadores de cuidados especiais de enfermagem.
Administrar os fármacos logo que forem prescritos com os devidos
cuidados na administração: no caso da ceftriaxona, administrada por
via intravenosa, não misturar com outros antibióticos e deve ser
diluído em 50-100 mL de solução salina (0,9%) ou soro glicosado 5% e
infundir lentamente.
63. O QUE E TÉTANO?
O tétano é uma doença infecciosa e não
contagiosa, causada pela toxina da Clostridium
tetani - uma bactéria gram-positiva e anaeróbica,
que penetra no organismo via lesões da pele e
provoca espasmos nos músculos voluntários,
principalmente os do pescoço, sendo que os
músculos respiratórios podem ser atingidos,
causando a morte por asfixia.
64. CAUSAS
Esporos da bactéria C. tetani vivem no solo e podem ser
encontrados em todo o mundo. Na forma de esporo, a C.
tetani pode permanecer inativa no solo, mas continuar sendo
infecciosa por mais de 40 anos.
A infecção começa quando os esporos entram no corpo
através de uma ferida ou de um ferimento. Esses esporos
liberam bactérias que se espalham e formam um veneno
chamado tetanospasmina. Esse veneno bloqueia os sinais
neurológicos da coluna vertebral para os músculos, causando
espasmos musculares intensos. Os espasmos podem ser tão
fortes que rompem os músculos ou causam fraturas na
coluna.
O tempo entre a infecção e os primeiros sinais dos sintomas é
geralmente de 7 a 21 dias. A maioria dos casos de tétano nos
Estados Unidos ocorre em indivíduos que não foram
devidamente vacinados contra a doença.
65. PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Do momento da ferida (porta de entrada) ao início
dos sintomas
Em média = 5 a 15 dias
Extremos = 1 a 30 dias
Tétano neonatal = “doença do sétimo dia”
66. PERÍODO DE PROGRESSÃO
Do início dos sintomas até o início dos espasmos
Indica gravidade da doença
Tétano acidental = 24 a 72 horas
Tétano neonatal = 12 a 24 horas
67. SINTOMAS DE TÉTANO
O tétano muitas vezes começa com espasmos
leves nos músculos da mandíbula (tetania). Os
espasmos também afetam os músculos do tórax,
do pescoço, da coluna e do abdome. Os espasmos
nos músculos da coluna muitas vezes causam
arqueamento, chamado de opistótonos.
Os espasmos podem afetar os músculos que
ajudam na respiração, o que pode causar
problemas respiratórios.
A ação muscular prolongada causa contrações
repentinas, fortes e dolorosas de grupos
musculares. Isso é chamado de tetania. Esses
episódios podem causar fraturas e rompimentos
musculares.
68. OUTROS SINTOMAS
Babar
Suor excessivo
Febre
Espasmos nas mãos ou nos pés
Irritabilidade
Dificuldade ao engolir
Micção ou evacuação descontrolada
69. TRATAMENTO DE TÉTANO
Antibióticos,
incluindo
penicilina,
clindamicina,
eritromicina ou metronidazol (o metronidazol tem sido o
mais bemsucedido)
Repouso em um ambiente tranquilo (pouca luz, pouco
barulho e temperatura estável)
Medicamentos para reverter o envenenamento
(imunoglobulina antitetânica)
Relaxantes musculares, como diazepam
Sedativos
Cirurgia para limpar o ferimento e remover a origem do
envenenamento (detritos)
Suporte respiratório com oxigênio, um tubo respiratório
e uma máquina de respiração podem ser necessários.
70. EXPECTATIVAS
Sem tratamento, uma em cada quatro pessoas
infectadas morrem. A taxa de mortalidade de
recém-nascidos com tétano não tratado é ainda
maior. Com o tratamento adequado, menos de 10%
dos pacientes infectados morrem.
As feridas na cabeça ou no rosto parecem ser mais
perigosas do que as feridas em outras partes do
corpo. Se o indivíduo sobreviver à fase aguda da
doença, a recuperação é geralmente concluída.
Episódios não corrigidos de hipoxia (falta de
oxigênio) causados por espasmos musculares na
garganta
podem
causar
danos
cerebrais
irreversíveis.
72. PREVENÇÃO
O tétano pode ser prevenido com a imunização
ativa. A imunização oferece proteção por 10 anos.
Estudos com soldados sugerem que uma boa
imunização persiste por até 12 anos.
Adolescentes mais velhos ou adultos que já
tiveram ferimentos, principalmente ferimentos com
corte, devem receber uma imunização de reforço
contra o tétano se já tiverem se passado 10 anos
desde o último reforço.
73.
Muitas pessoas acreditam que os ferimentos
causados por agulhas enferrujadas são os mais
graves. Isso só é verdade se a agulha estiver suja
e enferrujada, como costuma ser o caso. É a
sujeira na agulha, não a ferrugem, que carrega o
risco de tétano
74. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Manter jejum absoluto e não instalar SNG nas
primeiras 48 horas de internação;
Fazer sondagem vesical permanente se o
paciente não conseguir urinar espontaneamente;
Suprimir qualquer tipo de estímulo, seja ele
sonoro ou luminoso;
Realizar as atividades durante o período máximo
de sedação do paciente;
Manter o paciente em quarto especial onde possa
evitar estímulos de qualquer espécie;
75. Manter vigilância rigorosa para controle da
frequência das contraturas;
Manter punção venosa para casos de
emergências;
Caso seja tétano neonatal, proteger o olho com
gazes umedecidas em soro fisiológico para evitar
lesão na córnea;
Realização da higiene nasotraqueobrônquica por
aspiração;
Realização da higiene corporal;
Mudança de decúbito;
Controle de diurese.
77. HISTÓRICO
O Ministério da Saúde adquiriu a vacina Pentavalente
(DTP,HB,Hib) de dois Laboratórios produtores,
Novartis/Berna e Serum Institute of India Ltd.
As vacinas adquiridas são compostas por toxóides de
difteria e tétano, suspensão celular
inativada de Bordetella pertussis, antígeno de
superfície de hepatite B (HBs-Ag), e
oligossacarídeos conjugados de Haemophilus
influenzae do tipo b).
78. As vacinas conjugadas de polissacarídeos-proteínas
fazem parte de uma nova classe de vacinas,
planejadas para imunizar crianças contra doenças
causadas por bactérias cuja virulência está ligada à
presença
de
cápsula
de
polissacarídeos
extracelulares.
79. Isto inclui a cepa de Haemophilus influenzae tipo b
(Hib). Estes conjugados foram avaliados em crianças
e todos efetivamente elevaram a resposta dependente
da célula T. Demonstrou-se clinicamente que as
vacinas Hib são capazes de induzir imunidade de
proteção nos grupos etários mais suscetíveis (isto é,
crianças nos primeiro
80. Estudos realizados com a vacina demonstraram alta
imunogenicidade, com taxas de soroproteção
equivalentes às da vacina de referência. Entretanto,
para garantir a imunidade a médio e longo prazo, é
necessário que seja feito o esquema completo de
vacinação, incluindo reforço, conforme as normas do
PNI.
81. INDICAÇÃO
A vacina DTP/HB/Hib é indicada para
imunização ativa de crianças a partir de dois meses
de idade contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite
B e doenças causadas por Haemophilus influenzae
tipo b.
Com a introdução da vacina Pentavalente,
reforça-se que em todas as indicações para as
vacinas DTPa, DT, Hib e hepatite B em situações
especiais, devem ser mantidas as recomendações da
Norma para os Centros de Referência para
Imunobiológicos Especiais.
82. CONTRA INDICAÇÃO
Existem poucas contraindicações para a
administração da primeira dose da vacina
DTP/HB/Hib, exceto se há relato de convulsões ou
anormalidades neurológicas graves no período
neonatal que são contraindicações para o
componente pertussis.
A vacina não prejudica indivíduos previamente
infectados com o vírus da hepatite B.
83. NÃO DEVE SER ADMINISTRADA A
CRIANÇAS:
Com
hipersensibilidade
conhecida
a
qualquer
componente da vacina ou ter manifestado sinais de
hipersensibilidade após administração prévia das vacinas
difteria,tétano, coqueluche, hepatite B ou Hib;
Crianças com quadro neurológico em atividade;
Crianças que tenham apresentado, após aplicação de
dose anterior, qualquer das seguintes manifestações:
Febre elevada (temperatura ≥ 39°C) dentro de 48 horas
após a vacinação (e não devido a outras causas
identificáveis)
Convulsões até 72 horas após administração da vacina;
Colapso circulatório, com estado tipo choque ou com
episódio hipotônicohiporresponsivo (EHH), até 48 horas
após a administração de vacina prévia;
Encefalopatia
nos primeiros sete dias após a
administração da vacina prévia.
Púrpura trombocitopênica pós-vacinal
84. Encefalopatia nos primeiros sete dias após a
administração da vacina prévia.
Púrpura trombocitopênica pós-vacinal
Nas situações de eventos adversos graves (EAG)
preencher ficha de notificação e solicitar vacina DTPa
(acelular).
Nos
casos de encefalopatia, está contraindicada
qualquer dose subsequente, seja com a tríplice
bacteriana de células inteiras ou acelular.
Preencher ficha de notificação e solicitar vacina dupla
infantil (DT).
ESTA VACINA É CONTRAINDICADA PARA PESSOAS
COM 7 ANOS DE IDADE OU MAIS.
85. CONSERVAÇÃO E VALIDADE
A vacina deve ser armazenada ao abrigo da luz direta e
em temperaturas
comprovadamente entre +2 e +8ºC;
Observar o prazo de validade descrito na embalagem
externa;
Cuidados
devem ser adotados no transporte e
armazenamento, a fim de manter a
integridade da vacina;
Homogeneizar a suspensão antes da aplicação;
A vacina não pode ser congelada.