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By Victor Simões
Crise na
                      Comunidade
EXISTE UM GRANDE PROBLEMA NO FUTEBOL DA ROCINHA.
             A alegria pelo título da Taça das Favelas
            oculta a angústia de não haver substitutos
            para o tráfico como patrocinador do futebol
                      da maior favela do Brasil
Seleção da
                    Rocinha
 Não era um sábado qualquer para 22 garotos da favela da
                       Rocinha.

                 Era 11 de fevereiro, o dia da
          final da “Taça das Favelas”, campeonato
      disputado por adolescentes de 64 comunidades
                      do Rio de Janeiro.

  O time da maior favela da América Latina, e a segunda
maior do Brasil, chegara à decisão sem tomar um gol sequer.
                              .
                              .
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                              .

      E venceu o campeonato ganhando por 3 x 1 do
   time do Jacarezinho, o melhor ataque do torneio, com
A História




 Tudo diante de centenas de amigos e familiares na arquibancada e com transmissão ao vivo no
 SporTV. Na hora de levantar o caneco, teve chuva de papel picado e mulata sambando. Na volta
para casa, teve até desfile no alto de um caminhão. Mas depois, o inevitável reencontro com a dura
                             realidade, repleta de carências e paradoxos.

    O time que defendeu a Rocinha foi selecionado a partir de uma peneira com mais de 200
 adolescentes, de 15 a 17 anos, faixa etária permitida na taça. Em 13 de novembro, uma semana
 antes da peneira, o Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar), tropa de elite da
   polícia do Rio, havia ocupado a favela, forçando a fuga dos traficantes (ou parte deles) que
dominavam o lugar — e também ditavam as normas no universo do futebol local, que tem até uma
                                 ―Rocinha Champions League‖.
A História




   Justamente no período em que os garotos deveriam se preparar para o campeonato das suas
 vidas, a ―pacificação‖ mudou tudo e criou um paradoxo intrigante: apesar da desejável saída dos
 bandidos, os garotos se ressentiam de ter perdido o apoio que o mesmo tráfico dava ao futebol.

  ―Sábado passado perdemos um amistoso porque não conseguimos transporte. Antes, isso não
  acontecia‖, dizia um aflito Jefferson Rocha, 16 anos, zagueiro. ―Eles faziam o que agora a gente
espera que a associação de moradores faça, mas ninguém faz. Nem ela, nem ninguém‖, afirma Igor
                                    Ferreira, 17 anos, lateral-direito.

   O sentimento dos garotos em relação ao futebol é, de certo modo, parecido com o de toda a
     comunidade quanto ao restante das coisas: um misto de esperança por dias melhores e
        desconfiança de que o estado não traga as mudanças prometidas e necessárias.
Rocinha Champions
                          League               A Rocinha tem sua seleção e também seu
                                             torneio local. Em vez de Barcelona, Chelsea
                                              e Internazionale, a ―Champions League da
                                                       Rocinha‖ tem Travessa do
                                               Oliveira, Favelinha, Cachopinha e Roupa
                                                Suja — times batizados em referência a
                                              lugares da favela. A edição de 2011 contou
                                             48 times na categoria principal, para maiores
                                                de 20 anos, incluindo equipes de outros
                                                    bairros e comunidades cariocas.

O campeonato foi criado em 1988, como Copa do Morro, com apenas quatro times, e foi crescendo
até se tornar um dos principais eventos do calendário da favela. Ainda nos anos 90, os traficantes
decidiram ―brincar‖ de cartolas, inscrevendo equipes ou financiando algumas já existentes. ―Cada
 ‗dono‘ tinha seu time. Geralmente, como muitos meninos, eles queriam ser jogadores de futebol.

  Então, para compensar sua frustração, participavam dos campeonatos colocando dinheiro‖, diz
Victor Simões, atacante nascido e criado na Rocinha, atualmente no árabe Al-Ahli, referindo-se aos
                         criminosos que comandavam o tráfico na favela.
Rocinha Champions
                          League                   O traficante Antônio Bonfim Lopes, o
                                                ―Nem‖, por exemplo, decidiu apadrinhar o
                                              time Rua 4, que leva o nome de onde nasceu e
                                              foi criado – ele mesmo participava de peladas
                                                  com seus amigos de infância. A equipe
                                                 venceu todas as edições do campeonato
                                               desde que ele assumiu o comando do morro
                                                   em 2005 e passou a apoiar o time. Um
                                                   expediente comum dos traficantes era
                                                contratar ―reforços‖ — bons jogadores, às
                                                vezes de fora da Rocinha — para defender
                                                                seus times.
O campeonato cresceu tanto que passou a ter divisões de base. E boa parte dos jovens talentos da
   Rocinha era atraída para esses ―times de bandido‖ — como dizem os próprios garotos. Nas
    divisões de base, os traficantes não pagavam salários, mas distribuíam brindes. Pagavam
     lanches, davam uniformes e chuteiras de presente. No ano passado, Nem deu uma Nike
                 Mercurial, de cerca de 200 reais, para cada jogador do seu time.

Além disso, os ―padrinhos‖ providenciavam transporte para equipes da favela irem a campeonatos
 e amistosos fora e pagavam os honorários dos juízes de seus jogos — enquanto os outros times
  faziam rateio entre os jogadores para pagar os 50 a 100 reais que um árbitro normalmente cobra
para apitar. Receber lanche e transporte e economizar com o rateio do juiz pode parecer pouco para
 defender time de traficante. Ou não, se levarmos em conta que a renda mensal de uma família da
                    Rocinha é de 727 reais, em média, segundo o Censo de 2010.
Rocinha Champions
                           League
 O volante Sandro dos Santos, 16 anos, por
exemplo, conseguiu a oportunidade com que
  todos os seus colegas sonham: jogar nas
     categorias de base do Bangu, time da
primeira divisão do Campeonato Carioca. Mas
   ele só consegue ir treinar duas vezes por
  semana no clube da zona oeste da cidade
  porque o treinador o ajuda — o pai paga a
passagem de ida, e o técnico, a de volta, além
                 de um lanche.

 ―Ele é muito gente boa e acredita no meu futebol‖, explica Sandro. Para os garotos que ainda não
  têm um treinador assim, receber mimos de um traficante para jogar num dos melhores times da
comunidade acaba sendo algo sedutor. Até Simões admite ter jogado em um time apadrinhado por
                        traficante. ―É inevitável. Só não pode se corromper.

      Você vai jogar lá, mas tem que saber seu caminho, ter cabeça para não se desviar‖, diz o
  jogador, uma referência de sucesso para os garotos da Rocinha, como cria da comunidade que
conseguiu se tornar profissional. Para aliviar a consciência de seus afilhados — e a dos pais deles
—, o próprio Nem tinha um discurso. ―Minha mãe ficava preocupada de a gente se misturar. Mas ele
 mesmo falava que era pra gente não se meter com o tráfico. Poderia até ter mais garoto envolvido
    com isso, mas ele não deixava‖, diz um dos meninos, que jogava no time do traficante e, por
isso, preferiu não se identificar. Sua declaração, no entanto, deixa claro como os traficantes faziam
                         a cabeça e davam uma de mocinhos para os meninos.
O
  Victor Simões posa com a
   Bola de Ouro da última
                                                          EXEMPLO
temporada na Arábia Saudita




                                Restam quatro rodadas para o fim da liga nacional.
                              O líder é o Al Shabab, com 53 pontos, seguido de perto
                                   pelo Al Ahli, com 52. Mas entre os artilheiros a
                                     vantagem é de Victor Simões, que soma 19
                                    gols, contra 17 do árabe Nasser Al Shamrani.
O
                                                             EXEMPLO



  Nascido e criado na favela da Rocinha, o atacante que tem 51 gols marcados em 62
 jogos, conhece bem a dura realidade do lugar e colabora na realização do sonho desses
   milhares de garotos, de ser jogador profissional. E hoje, de corpo presente, junto com
 essas crianças, venho pedir o seu apoio, que será de suma importância para salvar esses
                      meninos do tráfico e dar-lhes uma opção de vida.
   São crianças pobres, que são obrigadas a trabalhar desde cedo para ajudar em suas
 casas, crianças que sonham, que perdem sua infância para ajudar seus pais em casa, que
descem o morro e ficam nos sinais pedindo ajuda. Isso quando não perdem suas vidas para
                   o tráfico, onde a ilusão de uma vida fácil os corrompe.
Sem sua ajuda Pirncipe Faisal Bin Khalid bin Abdullah bin Abdulaziz Alsaud
           estes garotos não terão com o que sonhar. Não poderão sonhar como
                                 futuros craques do futebol.
COMO AJUDAR A FORMAR CAMPEÕ




―Minha mãe me apóia, mas quando ela está nervosa, grita comigo.
Diz que tenho que parar de jogar bola e trabalhar. Mas eu não vou
                     largar o meu sonho‖,
diz Marcus Vinícius, 17 anos , camisa 10 da Rocinha e autor do primeiro gol do time
   na decisão. ―Só fico me perguntando o que eu posso fazer para chegar lá mais
                                      rápido.‖
COMO AJUDAR A FORMAR CAMPEÕ
Para continuarmos com o projeto e para podermos dar esperanças de um futuro á
    milhares de crianças da maior favela da América Latina, a comunidade da
Rocinha, contamos com o auxilio do Principe Faisal Bin Khalid bin Abdullah
bin Abdulaziz Alsaud . Necessitamos de objetos de treino, camisas e chuteiras
             para darmos boa condição de treino a esses meninos.
 Abaixo uma lista de materiais necessários para darmos continuidade ao projeto.

- 06 BOLAS CAMPO
- 04 BOLAS SALÃO
-10 BAMBOLES ( AROS )
-20 "TARTARUGAS" OU " CHAPEU CHINÊS "
-10 CANOS ( 1,5 M )
-03 ELASTICOS DE TRAÇAÕ ( FORÇA )
-20 CONES pq
-10 CONES MÉDIOS
-01 BOMBA DE BOLAS
-30 COLETES ( 3 CORES )
-01 JOGO DE UNIFORME DE JOGO
-01 JOGO DE UNIFORME PASSEIO
- TERMICA PARA ÁGUA
-01 BOLSA DE VIAGEM ( GD ) PARA TRANSPORTAR OS
-UNIFORMES , COLETES ...

... E MUITA VONTADE DE VENCER !!!
COMO AJUDAR A FORMAR CAMPEÕ
     Contamos com o Principe Faisal Bin Khalid bin Abdullah bin
  Abdulaziz Alsaud para não deixarmos esse sonho morrer. Com está
 ajuda podemos dar um passo a mais na melhoria da vida e da realização
                     do sonho desses garotos.




Sandro da Rocinha, pode          Queremos nossos campeões
 ser o próximo artilheiro          brilhando pelo mundo.
        do Al-Ahli.
COMO AJUDAR A FORMAR CAMPEÕ
Não podemos deixar um time de campeões




  virarem traficantes, drogados e assassinos...
By Victor Simões

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Crise no futebol da Rocinha

  • 2. Crise na Comunidade EXISTE UM GRANDE PROBLEMA NO FUTEBOL DA ROCINHA. A alegria pelo título da Taça das Favelas oculta a angústia de não haver substitutos para o tráfico como patrocinador do futebol da maior favela do Brasil
  • 3. Seleção da Rocinha Não era um sábado qualquer para 22 garotos da favela da Rocinha. Era 11 de fevereiro, o dia da final da “Taça das Favelas”, campeonato disputado por adolescentes de 64 comunidades do Rio de Janeiro. O time da maior favela da América Latina, e a segunda maior do Brasil, chegara à decisão sem tomar um gol sequer. . . . . . E venceu o campeonato ganhando por 3 x 1 do time do Jacarezinho, o melhor ataque do torneio, com
  • 4. A História Tudo diante de centenas de amigos e familiares na arquibancada e com transmissão ao vivo no SporTV. Na hora de levantar o caneco, teve chuva de papel picado e mulata sambando. Na volta para casa, teve até desfile no alto de um caminhão. Mas depois, o inevitável reencontro com a dura realidade, repleta de carências e paradoxos. O time que defendeu a Rocinha foi selecionado a partir de uma peneira com mais de 200 adolescentes, de 15 a 17 anos, faixa etária permitida na taça. Em 13 de novembro, uma semana antes da peneira, o Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar), tropa de elite da polícia do Rio, havia ocupado a favela, forçando a fuga dos traficantes (ou parte deles) que dominavam o lugar — e também ditavam as normas no universo do futebol local, que tem até uma ―Rocinha Champions League‖.
  • 5. A História Justamente no período em que os garotos deveriam se preparar para o campeonato das suas vidas, a ―pacificação‖ mudou tudo e criou um paradoxo intrigante: apesar da desejável saída dos bandidos, os garotos se ressentiam de ter perdido o apoio que o mesmo tráfico dava ao futebol. ―Sábado passado perdemos um amistoso porque não conseguimos transporte. Antes, isso não acontecia‖, dizia um aflito Jefferson Rocha, 16 anos, zagueiro. ―Eles faziam o que agora a gente espera que a associação de moradores faça, mas ninguém faz. Nem ela, nem ninguém‖, afirma Igor Ferreira, 17 anos, lateral-direito. O sentimento dos garotos em relação ao futebol é, de certo modo, parecido com o de toda a comunidade quanto ao restante das coisas: um misto de esperança por dias melhores e desconfiança de que o estado não traga as mudanças prometidas e necessárias.
  • 6. Rocinha Champions League A Rocinha tem sua seleção e também seu torneio local. Em vez de Barcelona, Chelsea e Internazionale, a ―Champions League da Rocinha‖ tem Travessa do Oliveira, Favelinha, Cachopinha e Roupa Suja — times batizados em referência a lugares da favela. A edição de 2011 contou 48 times na categoria principal, para maiores de 20 anos, incluindo equipes de outros bairros e comunidades cariocas. O campeonato foi criado em 1988, como Copa do Morro, com apenas quatro times, e foi crescendo até se tornar um dos principais eventos do calendário da favela. Ainda nos anos 90, os traficantes decidiram ―brincar‖ de cartolas, inscrevendo equipes ou financiando algumas já existentes. ―Cada ‗dono‘ tinha seu time. Geralmente, como muitos meninos, eles queriam ser jogadores de futebol. Então, para compensar sua frustração, participavam dos campeonatos colocando dinheiro‖, diz Victor Simões, atacante nascido e criado na Rocinha, atualmente no árabe Al-Ahli, referindo-se aos criminosos que comandavam o tráfico na favela.
  • 7. Rocinha Champions League O traficante Antônio Bonfim Lopes, o ―Nem‖, por exemplo, decidiu apadrinhar o time Rua 4, que leva o nome de onde nasceu e foi criado – ele mesmo participava de peladas com seus amigos de infância. A equipe venceu todas as edições do campeonato desde que ele assumiu o comando do morro em 2005 e passou a apoiar o time. Um expediente comum dos traficantes era contratar ―reforços‖ — bons jogadores, às vezes de fora da Rocinha — para defender seus times. O campeonato cresceu tanto que passou a ter divisões de base. E boa parte dos jovens talentos da Rocinha era atraída para esses ―times de bandido‖ — como dizem os próprios garotos. Nas divisões de base, os traficantes não pagavam salários, mas distribuíam brindes. Pagavam lanches, davam uniformes e chuteiras de presente. No ano passado, Nem deu uma Nike Mercurial, de cerca de 200 reais, para cada jogador do seu time. Além disso, os ―padrinhos‖ providenciavam transporte para equipes da favela irem a campeonatos e amistosos fora e pagavam os honorários dos juízes de seus jogos — enquanto os outros times faziam rateio entre os jogadores para pagar os 50 a 100 reais que um árbitro normalmente cobra para apitar. Receber lanche e transporte e economizar com o rateio do juiz pode parecer pouco para defender time de traficante. Ou não, se levarmos em conta que a renda mensal de uma família da Rocinha é de 727 reais, em média, segundo o Censo de 2010.
  • 8. Rocinha Champions League O volante Sandro dos Santos, 16 anos, por exemplo, conseguiu a oportunidade com que todos os seus colegas sonham: jogar nas categorias de base do Bangu, time da primeira divisão do Campeonato Carioca. Mas ele só consegue ir treinar duas vezes por semana no clube da zona oeste da cidade porque o treinador o ajuda — o pai paga a passagem de ida, e o técnico, a de volta, além de um lanche. ―Ele é muito gente boa e acredita no meu futebol‖, explica Sandro. Para os garotos que ainda não têm um treinador assim, receber mimos de um traficante para jogar num dos melhores times da comunidade acaba sendo algo sedutor. Até Simões admite ter jogado em um time apadrinhado por traficante. ―É inevitável. Só não pode se corromper. Você vai jogar lá, mas tem que saber seu caminho, ter cabeça para não se desviar‖, diz o jogador, uma referência de sucesso para os garotos da Rocinha, como cria da comunidade que conseguiu se tornar profissional. Para aliviar a consciência de seus afilhados — e a dos pais deles —, o próprio Nem tinha um discurso. ―Minha mãe ficava preocupada de a gente se misturar. Mas ele mesmo falava que era pra gente não se meter com o tráfico. Poderia até ter mais garoto envolvido com isso, mas ele não deixava‖, diz um dos meninos, que jogava no time do traficante e, por isso, preferiu não se identificar. Sua declaração, no entanto, deixa claro como os traficantes faziam a cabeça e davam uma de mocinhos para os meninos.
  • 9. O Victor Simões posa com a Bola de Ouro da última EXEMPLO temporada na Arábia Saudita Restam quatro rodadas para o fim da liga nacional. O líder é o Al Shabab, com 53 pontos, seguido de perto pelo Al Ahli, com 52. Mas entre os artilheiros a vantagem é de Victor Simões, que soma 19 gols, contra 17 do árabe Nasser Al Shamrani.
  • 10. O EXEMPLO Nascido e criado na favela da Rocinha, o atacante que tem 51 gols marcados em 62 jogos, conhece bem a dura realidade do lugar e colabora na realização do sonho desses milhares de garotos, de ser jogador profissional. E hoje, de corpo presente, junto com essas crianças, venho pedir o seu apoio, que será de suma importância para salvar esses meninos do tráfico e dar-lhes uma opção de vida. São crianças pobres, que são obrigadas a trabalhar desde cedo para ajudar em suas casas, crianças que sonham, que perdem sua infância para ajudar seus pais em casa, que descem o morro e ficam nos sinais pedindo ajuda. Isso quando não perdem suas vidas para o tráfico, onde a ilusão de uma vida fácil os corrompe. Sem sua ajuda Pirncipe Faisal Bin Khalid bin Abdullah bin Abdulaziz Alsaud estes garotos não terão com o que sonhar. Não poderão sonhar como futuros craques do futebol.
  • 11. COMO AJUDAR A FORMAR CAMPEÕ ―Minha mãe me apóia, mas quando ela está nervosa, grita comigo. Diz que tenho que parar de jogar bola e trabalhar. Mas eu não vou largar o meu sonho‖, diz Marcus Vinícius, 17 anos , camisa 10 da Rocinha e autor do primeiro gol do time na decisão. ―Só fico me perguntando o que eu posso fazer para chegar lá mais rápido.‖
  • 12. COMO AJUDAR A FORMAR CAMPEÕ Para continuarmos com o projeto e para podermos dar esperanças de um futuro á milhares de crianças da maior favela da América Latina, a comunidade da Rocinha, contamos com o auxilio do Principe Faisal Bin Khalid bin Abdullah bin Abdulaziz Alsaud . Necessitamos de objetos de treino, camisas e chuteiras para darmos boa condição de treino a esses meninos. Abaixo uma lista de materiais necessários para darmos continuidade ao projeto. - 06 BOLAS CAMPO - 04 BOLAS SALÃO -10 BAMBOLES ( AROS ) -20 "TARTARUGAS" OU " CHAPEU CHINÊS " -10 CANOS ( 1,5 M ) -03 ELASTICOS DE TRAÇAÕ ( FORÇA ) -20 CONES pq -10 CONES MÉDIOS -01 BOMBA DE BOLAS -30 COLETES ( 3 CORES ) -01 JOGO DE UNIFORME DE JOGO -01 JOGO DE UNIFORME PASSEIO - TERMICA PARA ÁGUA -01 BOLSA DE VIAGEM ( GD ) PARA TRANSPORTAR OS -UNIFORMES , COLETES ... ... E MUITA VONTADE DE VENCER !!!
  • 13. COMO AJUDAR A FORMAR CAMPEÕ Contamos com o Principe Faisal Bin Khalid bin Abdullah bin Abdulaziz Alsaud para não deixarmos esse sonho morrer. Com está ajuda podemos dar um passo a mais na melhoria da vida e da realização do sonho desses garotos. Sandro da Rocinha, pode Queremos nossos campeões ser o próximo artilheiro brilhando pelo mundo. do Al-Ahli.
  • 14. COMO AJUDAR A FORMAR CAMPEÕ Não podemos deixar um time de campeões virarem traficantes, drogados e assassinos...