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“Carlos Gracejou. (…) Pois bem, a ideia era vir a
Sintra, respirar o ar de Sintra, passar o dia em Sintra
(…). Não, Cruges não se arrependia. Até achava
delicioso o passeio, gostara sempre muito de Sintra…
(…)
Partiram.
Era uma manhã muito fresca, toda azul e branca, sem
uma nuvem, com um lindo sol que não aquecia, e
punha nas ruas, nas fachadas das casas, barras alegres
de claridade dourada.”
No capítulo VIII, podemos verificar que
Carlos da Maia viaja com o maestro
Cruges para Sintra, numa bela manhã
solarenta.
Depois de um longo caminho entre
Aveiro e Sintra chegámos à maravilhosa
Quinta da Regaleira! Visitar a Quinta da
Regaleira é uma autêntica viagem a um
mundo imaginário de símbolos e
metáforas. Todos os seus pontos, desde o
Palácio da Regaleira ao Poço Iniciático,
constituem algo de transcendente e
misterioso, que foi fabuloso visitar.
Carlos e Cruges partem então para Sintra,
tendo Carlos ,como objetivo, encontrar a bela
senhora que vira no “peristilo do Hotel
Central”.
“Carlos, no entanto, pensava no motivo que o trazia a
Sintra (…); havia já duas semanas que ele não avistava
[Maria Eduarda] (…) supunha que ela estava em Sintra.”
Inicialmente estava previsto alojarem-se no
Lawrence, no entanto acabaram hospedados no
Hotel Nunes, já que Carlos tinha um pequeno
receio de que Maria Eduarda o reconhecesse e
percebesse que ele tinha ido à sua procura.
“- A Lawrence onde é? - perguntou [Cruges].
- Nós não vamos para a Lawrence - disse Carlos (…).
Tomara-o uma timidez, a que se misturava um laivo de
orgulho, o receio melindrado de ser indiscreto, seguindo-a
assim a Sintra, ainda que ela o não reconhecesse, indo
instalar-se sob as mesmas telhas, apoderando-se de um
lugar à mesma mesa... E ao mesmo tempo repugnou-lhe a
ideia de lhe ser apresentado pelo Dâmaso (…)
- Vamos para o Nunes, que se come melhor!”
Logo após chegarmos a Sintra e termos
tomado o nosso caminho pedestre rumo à
Quinta da Regaleira, fizemos uma breve
paragem em frente ao Hotel Lawrence.
Foi-nos então dito que, na obra, Carlos
pensava que Maria Eduarda estava lá
hospedada, devido ao par de botins
pousados no parapeito da janela.
Foi-nos dito também que o hotel em que
Cruges e Carlos ficaram hospedados
(Hotel Nunes) é o atual Tivoli Sintra.
No Nunes, Carlos encontra Eusebiozinho
acompanhado com duas mulheres
espanholas e com o seu amigo Palma
(que é apresentado a Carlos).
“-Oh! Eusebiozinho!
Carlos correu, olhou… Era ele, o viúvo, acabando de
almoçar, com duas raparigas espanholas.
(…)
Eusebiozinho apresentou o seu amigo Palma: e o seu
amigo Palma, ouvindo o nome conhecido de Carlos
da Maia, quis logo mostrar, diante de um gentleman,
que era um gentleman também.”
Cruges e Carlos resolvem dar um passeio
rumo a Seteais com o objectivo de
encontrarem a senhora, mas em vez disso
encontram Alencar.
“Eram duas horas quando os dois amigos saíram
enfim do hotel, a fazer esse passeio a Seteais – que
desde Lisboa tentava tanto o maestro.
(…)
Um som de rodas interrompeu-os (…). Carlos
ergueu-se logo, certo de que era «ela». (…) A caleche
passou (…) e logo atrás (…) apareceu (…) um
homem alto todo de preto (…).
-Olha o Alencar! Oh! grande Alencar!...”
Não foi possível visitar o Palácio de
Seteais. Sabe-se, no entanto, que a
situação atual deste palácio é bem
diferente da obra, sendo atualmente um
hotel de luxo e restaurante da Sociedade
Hotel Tivoli.
Ao não se encontrar com a dama que o
havia maravilhado no hotel Central,
Carlos sente-se triste e desapontado e,
após esta tentativa falhada de encontrar
a senhora, os dois homens voltam para
Lisboa.
“E aquela natureza de Sintra, ao escurecer, dizia ele,
começava a entristecê-lo.
Então concordara em jantar ali, na Lawrence (…) e
partir depois ao nascer do luar.”
Não estava na hora de jantar mas sim de
almoçar e, logo após o almoço, tivemos a
liberdade de ir provar as famosas
queijadinhas de Sintra, da também
famosa “Piriquita”.
O tempo passou a correr e tivemos então
de tomar viagem em direção ao Teatro
Olga Cadaval, onde assistimos à
representação de “Os Maias”.
Esta foi sem dúvida uma
visita de estudo muito
produtiva, tendo ajudado
bastante a entender a obra
“Os Maias” e também a
conhecer um pouco mais da
vila de Sintra.

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Viagem a Sintra com Carlos da Maia e Cruges na obra Os Maias

  • 1.
  • 2. “Carlos Gracejou. (…) Pois bem, a ideia era vir a Sintra, respirar o ar de Sintra, passar o dia em Sintra (…). Não, Cruges não se arrependia. Até achava delicioso o passeio, gostara sempre muito de Sintra… (…) Partiram. Era uma manhã muito fresca, toda azul e branca, sem uma nuvem, com um lindo sol que não aquecia, e punha nas ruas, nas fachadas das casas, barras alegres de claridade dourada.” No capítulo VIII, podemos verificar que Carlos da Maia viaja com o maestro Cruges para Sintra, numa bela manhã solarenta. Depois de um longo caminho entre Aveiro e Sintra chegámos à maravilhosa Quinta da Regaleira! Visitar a Quinta da Regaleira é uma autêntica viagem a um mundo imaginário de símbolos e metáforas. Todos os seus pontos, desde o Palácio da Regaleira ao Poço Iniciático, constituem algo de transcendente e misterioso, que foi fabuloso visitar.
  • 3. Carlos e Cruges partem então para Sintra, tendo Carlos ,como objetivo, encontrar a bela senhora que vira no “peristilo do Hotel Central”. “Carlos, no entanto, pensava no motivo que o trazia a Sintra (…); havia já duas semanas que ele não avistava [Maria Eduarda] (…) supunha que ela estava em Sintra.” Inicialmente estava previsto alojarem-se no Lawrence, no entanto acabaram hospedados no Hotel Nunes, já que Carlos tinha um pequeno receio de que Maria Eduarda o reconhecesse e percebesse que ele tinha ido à sua procura. “- A Lawrence onde é? - perguntou [Cruges]. - Nós não vamos para a Lawrence - disse Carlos (…). Tomara-o uma timidez, a que se misturava um laivo de orgulho, o receio melindrado de ser indiscreto, seguindo-a assim a Sintra, ainda que ela o não reconhecesse, indo instalar-se sob as mesmas telhas, apoderando-se de um lugar à mesma mesa... E ao mesmo tempo repugnou-lhe a ideia de lhe ser apresentado pelo Dâmaso (…) - Vamos para o Nunes, que se come melhor!” Logo após chegarmos a Sintra e termos tomado o nosso caminho pedestre rumo à Quinta da Regaleira, fizemos uma breve paragem em frente ao Hotel Lawrence. Foi-nos então dito que, na obra, Carlos pensava que Maria Eduarda estava lá hospedada, devido ao par de botins pousados no parapeito da janela. Foi-nos dito também que o hotel em que Cruges e Carlos ficaram hospedados (Hotel Nunes) é o atual Tivoli Sintra.
  • 4. No Nunes, Carlos encontra Eusebiozinho acompanhado com duas mulheres espanholas e com o seu amigo Palma (que é apresentado a Carlos). “-Oh! Eusebiozinho! Carlos correu, olhou… Era ele, o viúvo, acabando de almoçar, com duas raparigas espanholas. (…) Eusebiozinho apresentou o seu amigo Palma: e o seu amigo Palma, ouvindo o nome conhecido de Carlos da Maia, quis logo mostrar, diante de um gentleman, que era um gentleman também.” Cruges e Carlos resolvem dar um passeio rumo a Seteais com o objectivo de encontrarem a senhora, mas em vez disso encontram Alencar. “Eram duas horas quando os dois amigos saíram enfim do hotel, a fazer esse passeio a Seteais – que desde Lisboa tentava tanto o maestro. (…) Um som de rodas interrompeu-os (…). Carlos ergueu-se logo, certo de que era «ela». (…) A caleche passou (…) e logo atrás (…) apareceu (…) um homem alto todo de preto (…). -Olha o Alencar! Oh! grande Alencar!...” Não foi possível visitar o Palácio de Seteais. Sabe-se, no entanto, que a situação atual deste palácio é bem diferente da obra, sendo atualmente um hotel de luxo e restaurante da Sociedade Hotel Tivoli.
  • 5. Ao não se encontrar com a dama que o havia maravilhado no hotel Central, Carlos sente-se triste e desapontado e, após esta tentativa falhada de encontrar a senhora, os dois homens voltam para Lisboa. “E aquela natureza de Sintra, ao escurecer, dizia ele, começava a entristecê-lo. Então concordara em jantar ali, na Lawrence (…) e partir depois ao nascer do luar.” Não estava na hora de jantar mas sim de almoçar e, logo após o almoço, tivemos a liberdade de ir provar as famosas queijadinhas de Sintra, da também famosa “Piriquita”. O tempo passou a correr e tivemos então de tomar viagem em direção ao Teatro Olga Cadaval, onde assistimos à representação de “Os Maias”.
  • 6. Esta foi sem dúvida uma visita de estudo muito produtiva, tendo ajudado bastante a entender a obra “Os Maias” e também a conhecer um pouco mais da vila de Sintra.