Este documento apresenta os relatos de dois espíritos desencarnados, Maurício e Marta, que buscam esclarecimento sobre suas situações atuais após a morte. Maurício, que morreu aos 11 anos, perambulava aflito revivendo sua morte violenta, enquanto Marta, que morreu aos 25 anos por overdose, ainda se encontra sob o efeito das drogas. A equipe espiritual fornece esclarecimentos sobre os casos de ambos e ora para sua recuperação com a ajuda de Jesus.
1. Verdades da vida
além da
vida
Espíritos Diversos
Alda Maria Salazar Silva Pinto
2. 1 . “Nossa Senhora, valei-me!!!”
“Penoso vos é o sacrifício de amardes os
que vos ultrajam e perseguem; mas, pre-cisamente,
esse sacrifício é que vos torna
superiores a eles.” ESE, cap. XII, 10.
Eu não quero mesmo ficar, não tenho nada pra falar!
Deixa eu ir embora daqui! Quero ir pra longe, bem longe,
quero ficar com meus amigos! Quero assombrar as pesso-as!
Quero matar as pessoas de medo! Que ódio! Que ódio!
Ódio da vida! Ódio de Deus! Ódio de tudo! Não quero mor-rer!
Não quero ficar morto! Desaforo! Quero viver! Quero
viver mesmo na minha vida ruim! Quero passar fome! Quero
viver na droga! Não quero ficar aqui! Quero sofrer frio, quero
nadar no chafariz. Não quero ficar, deixa eu ir embora!
O que vocês querem comigo?! Vejam como estou: todo
sujo, fedendo, com fome e frio! Deixa eu ir, sei onde vou
encontrar um cantinho pra ficar em paz!!! Sossegado no meu
canto, mas cheio de revolta no coração! Aquele policial ban-dido
que me matou vai sofrer, eu sei que posso atormentar
ele até ele morrer! Ah, Meu Deus! Nossa Senhora! O que vai
ser de mim agora?? Apague essa luz! Apague essa luz! Quem
está aí e quer judiar de mim assim? Apague esta luz, por fa-vor,
por piedade, quem está aí fazendo essa maldade? Não
consigo ver... Parece que vou desfalecer... Quem está aí? Por
que não aparece e diz o que quer? Meu Deus! Meu Jesus!
Parece Nossa Senhora! Ah! Parece... O que vai ser de mim
agora, não consigo me mexer... Estou tremendo todo! Meu
3. Deus! O que é isso?! Estou perdendo as forças... Será que
vou morrer de novo? Será que isso pode acontecer? Nossa
Senhora, valei-me!!!
Maurício
Esclarecimento da Equipe Espiritual
Maurício desencarnou com 11 anos, em 1998, na cida-de
do Rio de Janeiro, vitimado por uma “bala perdida”. Até
agora perambulava aflito, vivendo e revivendo a mesma situ-ação
em grande sofrimento! Passava a maior parte dos seus
dias nas ruas, próximo do local onde morava, no morro, mas
não ia para casa. Não gostava do padrasto, por quem sentia
grande aversão, mas adorava a mãe, e por isso sofria muito!
Hoje, finalmente, conseguimos ajudá-lo. Ficará aqui co-nosco
e, aos poucos, será evangelizado pela equipe da casa
e, assim, buscará novos caminhos! Que Jesus nos abençoe!
Deixamos aqui nossa gratidão!
4. 2 . “Preciso de uma orientação...
Preciso de um esclarecimento!”
“... em vez de procurar a paz do cora-ção,
única felicidade real neste mun-do,
ele se mostra ávido de tudo o que
o agitará e turbará, e, coisa singular! o
homem, como que de intento, cria para
si tormentos que está nas suas mãos evi-tar.”
ESE, cap. V, 23.
Quero falar, preciso me comunicar! Quero desabafar!
Preciso de orientação! Não consigo aceitar a situação em que
me encontro. Moça bonita sei que sou e, de repente, vejo-me
praticamente deformada: meu corpo cheio de manchas
escuras e purulentas. Lembro de uma doença horrível, cujo
nome nem quero falar.
O que é isso? O que foi que me aconteceu? Só porque
gosto de gozar a vida é que isso me aconteceu. Isso é uma
injustiça. Nunca soube nada disso. Isso é covardia! Vocês são
covardes! Quem me fez isso?! Lá em casa mamãe e eu sem-pre
falávamos a verdade uma para a outra e tínhamos um
trato: quando ela quisesse me castigar, ela avisava logo e, aí,
eu... Ah, me preparava! Não sou boba! Pelo menos por um
tempo, digamos assim, eu andava na linha, fazendo direiti-nho
o que ela me pedia...
Mas, aqui, e agora? O que houve? O que fiz para estar
assim? Sempre trabalhei para ganhar meu dinheirinho. Quan-do
podia até ajudava em casa... Na verdade, também gostava
5. muito de dar uma “cheiradinha”. Gostava não, acho que ain-da
gosto! Mas estou tão assustada que não consigo pensar em
mais nada além do desejo que trago agora de ser esclarecida
quanto a esta situação em que me encontro!
E agora, o que vocês têm a me dizer?! Quero, preciso
sair deste estado deplorável em que me encontro! Não sei
o que fazer! Dizerem que morri é piada! Sinto algumas sen-sações
estranhas, percebo umas coisas diferentes e chego a
acreditar que estou sob o efeito da droga. É uma sensação
horrível! Quero acordar. Se for ainda o efeito da droga...
tudo bem! Mas é que às vezes parece diferente, estranho!
Muito, muito desagradável! Diria mesmo horripilante! Minha
cabeça perde o controle da situação e pareço estar vivendo
um pesadelo! Ajudem-me, por favor! Preciso saber de verda-de
o que está me acontecendo! Preciso de uma orientação...
Preciso de um esclarecimento!
O que lembro bem é que saí sexta-feira à noite para
uma hiper-super-festa com meus amigos. Bem, amigos mais
ou menos. Digamos que pessoas como eu, que gostam das
mesmas coisas, especialmente dessas que já contei para vo-cês.
Amigos de verdade a gente não encontra nesse meio,
não. A única coisa que não nos une ali é a amizade! Cada um
por si, querendo tirar o maior proveito possível da situação!
E o pior, sei o quanto estar ali é perigoso para mim, mas não
consigo resistir à força que me atrai para lá... É muito, muito
mais forte do que eu... Se me descobrirem ali, minha família,
lá no meu trabalho... ficarão todos muito, muito espantados
com essa minha atitude! Tem dias que eu até acho que eles
desconfiam... Sei lá, prefiro não pensar nisso! Estou aqui,
agora, acreditando que vocês poderão me ajudar de alguma
forma... Por favor, me ajudem! Estou horrível! Não quero ficar
assim... não quero estar aqui, sentindo isso que estou sen-
6. tindo. Se vocês têm poder, me ajudem! Preciso muito! Ah!
Como preciso! Por favor!!!
Marta
Esclarecimento da Equipe Espiritual / Luciano
Marta desencarnou aos 25 anos, em decorrência de
overdose, numa noite de sexta-feira, em maio de 1997. Ain-da
se encontra sob o efeito da droga. Momentos ligeiros de
lucidez se alternam com horas intermináveis de desespero e
total alienação. Sentimentos de culpa misturados a sentimen-tos
de responsabilidade ligados à família e ao trabalho fazem
com que fortes contrações de desespero aflijam sua mente,
interferindo na sua recuperação!
Roguemos a Jesus por esta jovem, que não resistiu ao
convite da droga, numa busca apressada da felicidade! Com-prometida
com um trabalho que seria de grande proveito
para a comunidade onde nasceu e foi criada, deixou-se le-var
euforicamente pelo desejo de ser feliz, desviando-se do
caminho que lhe proporcionaria a felicidade real. Os sen-timentos
de culpa vêm do seu subconsciente, onde estava
armazenado seu programa reencarnatório. Este, aos poucos,
estava sendo liberado! À medida que seus passos se tornavam
mais firmes, ela sentia por intuição uma leve, suave vibração,
que seria a sustentação da sua opção!
Encontrou seu companheiro no ambiente de trabalho,
mas o recusou porque ele não gozava de boa condição ma-terial.
E seria aí, justamente aí, com ele, que daria prossegui-mento
ao seu programa evolutivo, aos compromissos aqui as-
7. sumidos. A partir daquela ocasião, seus arquivos começaram
a se desorganizar, e ela começou a perder, em parte, o su-porte
para sua jornada terrestre. Buscando outros caminhos,
atraída por suas heranças pretéritas, foi, pouco a pouco, reto-mando
comportamentos que já deveriam ter sido educados
no bem... Lamentavelmente, não resistiu ao mundo e a suas
atrações festivas. Retorna nossa moça ao colo misericordioso
de Jesus, sem ter conseguido dar muitos passos consolidados
na nova proposta de elevação!
Renovamos junto a ela nossos propósitos de erguê-la
para o nosso querido Mestre, cuidando de suas chagas com
suaves poções de amor, para não intoxicá-la no seu remorso,
na sua culpa! Ajudem-nos igualmente com suas vibrações, ne-cessitamos
de auxílio sempre! Jesus seja conosco! Com afeto,
Luciano e a Equipe