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Traumatismo Dentário


O paciente que sofre trauma deve ser acompanhado, e geralmente é por um
endodontista, que vai avaliar risco de necrose e/ou de reabsorção. O dente traumatizado
deve ser radiografado de tempos em tempos (ver necrose, obliteração do canal porque
forma dentina em função do trauma e o canal fica estreito, ver reabsorção radicular).

Estar atento a pacientes que praticam esporte!!

O prognostico depende do tipo de injúria e do adequado plano de tratamento

      Exame clínico:
      -Rx: mesial ou distal e outra oclusal para ver se o dente moveu dentro do alvéolo.
      Também pedir uma panorâmica pra ver fraturas nos ossos gnáticos;
      -Anamnese, historia médica, historia do trauma (local, quando ocorreu, como
      ocorreu)
      -Teste de sensibilidade
      -As lesões podem ocorrer em dente, em periodonto, em tecido mole ou em tecido
      ósseo.

      Lesões aos tecidos dentários:
      1-Trinca de esmalte:
            -uma linha de fratura; não trata, pois não tem perda de estrutura

      2-Fratura de Esmalte:
            -Quando o paciente diz que só traumatizou um dente, tem que olhar a boca
      toda para verificar se outros dentes fraturaram ou se traumatizou alguma outra
      área.
            -Deve ser feita uma proteção da região, limpeza e restauração.

      3- Fratura de esmalte e dentina sem exposição pulpar:
            -Proteção, lavar com clorexidina e restaurar
            -Deve-se acompanhar o paciente, pois este tem risco de avançar para
      endodontia já que pode ocorrer uma inflamação posterior – no primeiro mês,
      depois de 6 em 6 meses no período mínimo de 3 anos.
            -Diagnóstico – teste de sensibilidade (ex: palpação) e radiografia
            -Prognóstico: pequena chance de necrose pulpar

      4- Fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar:
            -expõe a polpa ao meio oral
            -tem que ver o tempo de exposição: ate no maximo 24h pra fazer
      capeamento direto
            -tem que ver o nível de desenvolvimento radicular. (se for jovem e expor
      pouco – capeamento direto; expos muito – pulpotomia)
-Tem risco de trauma no ligamento periodontal – ver se o dente se moveu
dentro do alvéolo;
       -Diagnóstico: teste de sensibilidade pulpar alterado, radiografias (3
angulações). Todo trauma gera uma alteração na resposta de sensibilidade em
função de um estiramento da polpa, então a tendência é uma resposta negativa
       -Tratamento: deve ser avaliado o tipo de trauma, características do dente e
plano de tratamento restaurador; Maior a área exposta, mais indicada a
pulpotomia.
       -Dente com ápice fechado – tratamento endodôntico radical
       -Dente com ápice aberto – tentar manter a polpa viva – capeamento pulpar
direto, pulpotomia, se não conseguir manter a polpa, apicificação.
       -Reparo pulpar- não tem dor, não tem lesão na Rx, continua a formar a raiz,
forma uma barreira mineral e o dente volta a responder nos testes. Acompanhar
por 3 anos.

5- Fratura corono-radicular sem exposição:
      -é rara; fratura em bisel, entrando no ligamento periodontal
      -Tratamento multidisciplinar – gengivectomia; não tem que fazer endodontia;

6- Fratura Radicular:
       -Não é muito comum;
       -o que esta dentro do alvéolo não é deslocado, o que desloca é o que esta
para fora dele.
       -pode ser horizontal ou obliqua
       -quanto mais para apical a fratura for, melhor o prognostico, pois na parte
coronária ficará a maior parte de sustentação.
       -mobilidade ou deslocamento
       -Teste de vitalidade alterado por causa do trauma, fazer radiografias em
diversas angulações,
       -Tratamento: em dente sem deslocamento, não precisa tratar; tendo
deslocamento, deve reposicionar o dente e ficar com imobilização flexível (por meio
de um splint – colocar um fio de nylon para unir os dentes, que nem a barra
ortodôntica) por 4 semanas . Quando mais rápido atender o paciente, melhor o
prognóstico.
       -Se for muito para cervical, deve reposicionar e colar com fio ortodôntico,
fazendo uma imobilização rígida. Avaliar se ocorre a cicatrização do traço de
fratura.
       -Cicatrização do traço de fratura: cicatrização por tecido calcificado,
cicatrização por tecido conjuntivo (o organismo identifica como se fossem 2 raízes e
começa a formar ligamento periodontal na região de fratura), cicatrização com osso
e tecido conjuntivo, ou tecido inflamatório (ausência da cicatrização, por necrose).
       - Se entre um traço de fratura e outro houver um tecido, só seria possível
tratar metade do dente, então o dente passaria a ser um dente com ápice aberto. O
tratamento seria como se fosse fazer uma apicificação.
Lesões aos tecidos de sustentação:

      1- Luxações:
           -Além de fraturar a coroa, o dente movimentou dentro do alvéolo

       A) Concussão:
             -Traumas como cotoveladas no dente
             -Não há deslocamento dentro do alvéolo
             -Causa edema e hemorragia no ligamento periodontal
             -Geralmente sem dor, sem seqüelas; o dente fica um pouco mais sensível à
percussão e mastigação.
             -O paciente não costuma procurar o dentista por isso, por ser um trauma
leve. O tratamento é só acompanhar.

      B) Subluxação:
           -ruptura de fibras do ligamento periodontal, causando um sangramento
           -Não desloca no alvéolo
           -Dente sensível a percussão e mastigação
           -Imobilizar com um splint por 2 semanas
           -Prognóstico: necrose pulpar (forame apical atrésico); obliteração pulpar
           -Conseqüências:
                 *Necrose: Dente fica mais escuro
                 *Metamorfose cálcica: o dente calcifica e fica intratável.

      C) Luxação Lateral:
             -dente desloca para palatina (lingual) ou vestibular e o ápice em direção
contrária; pode quebrar a tábua óssea
             -Rompimento do ligamento periodontal e do suprimento neurovascular da
polpa
             -Área de compressão do ligamento periodontal e do osso  geram áreas de
necrose devido à falta de nutrição; pode haver reabsorção radicular.
             -Diagnóstico: visual; dente normalmente preso na nova posição; percussão
causando um som alto e metálico (devido à anquilose); teste de sensibilidade negativo;
radiografia (periapical com ângulos variados e oclusal)
             -Tratamento: reposicionamento do dente (provavelmente terá que exercer
muita pressão); imobilização semi-rígida por 4 semanas; monitoramento da vitalidade
pulpar; acompanhar; coroa fica descolorida; Dente com ápice fechado, tratamento
endodôntico; se tiver ápice aberto, fazer apicificação

      D) Luxação extrusiva:
            -forças oblíquas deslocam o dente para fora do alvéolo no sentido axial, mas
não sai completamente do alvéolo (as fibras gengivais mantêm o dente no alvéolo)
            -Rompimento do ligamento periodontal e do suprimento neurovascular da
polpa
            -Diagnóstico: dente alongado, com certa mobilidade; radiografias;
Tratamento: reposicionar o dente no alvéolo se o paciente aparecer dentro de
24h (mais que isso, pode formar coagulo e não vai dar pra reposicionar); imobilização
semi-rígida por 2 semanas; monitorar sensibilidade pulpar
            -Dente com ápice aberto, ver se continua formando a raiz; faz os testes e se
necrosar fazer apicificação;
            -Dente com ápice fechado, tem grandes chances de necrosar, fazer
tratamento endodôntico


      E) Luxação intrusiva:
             -Rompimento de todo o ligamento periodontal e fratura o alvéolo
             -Prognóstico: entre 5 e 10 anos esse dente será perdido
             -Diagnóstico: em adultos, observar a diferença na altura dos dentes
afetados; teste de sensibilidade negativo, teste de percussão – som alto e metálico
             -Tratamento: dente aberto – aguardar por 3 semanas a erupção espontânea
e reposicionamento ortodôntico, monitorar a vitalidade pulpar; dente fechado –
reposicionamento ortodôntico ou cirúrgico (puxar com o fórceps);
             -Prognóstico depende do tipo de trauma (gravidade), ver se tem várias lesões,
avaliar o estagio de desenvolvimento radicular;
             -Seqüelas: necrose, calcificação pulpar; reabsorção radicular

2-Avulsão:
      -Resulta de um impacto frontal que expele o dente do alvéolo
      -O prognostico depende do período do dente fora do alvéolo e da conservação do
dente nesse período
      -O re-implante deve ser imediato; Deve pegar o dente pela coroa, colocar em um
meio liquido e levar ao dentista; Evitar esfregar o dente pois irá retirar o ligamento
periodontal e ira dificultar que ele volte a se formar.
      -Dentes decíduos não devem ser re-implantados pois representam risco pro germe
permanente ;
      -Deve limpar o alvéolo e curetá-lo antes de re-implantar,
      -Tratamento: tempo fora do alvéolo deve ser menor de 60 minutos; se estiver
contaminado, lavar com solução salina e mantê-lo em solução; dente com ápice aberto –
cobrir com minociclina para tentar fazer uma re-vascularização; Dente com ápice
fechado – tratar endodônticamente 7 a 10 dias depois.
      -Tratar com antibiótico sistêmico: tetraciclina (menos quando dente estiver em
formação), penicilina
      -Imobilizar com splint flexível por 2 semana

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  • 1. Traumatismo Dentário O paciente que sofre trauma deve ser acompanhado, e geralmente é por um endodontista, que vai avaliar risco de necrose e/ou de reabsorção. O dente traumatizado deve ser radiografado de tempos em tempos (ver necrose, obliteração do canal porque forma dentina em função do trauma e o canal fica estreito, ver reabsorção radicular). Estar atento a pacientes que praticam esporte!! O prognostico depende do tipo de injúria e do adequado plano de tratamento Exame clínico: -Rx: mesial ou distal e outra oclusal para ver se o dente moveu dentro do alvéolo. Também pedir uma panorâmica pra ver fraturas nos ossos gnáticos; -Anamnese, historia médica, historia do trauma (local, quando ocorreu, como ocorreu) -Teste de sensibilidade -As lesões podem ocorrer em dente, em periodonto, em tecido mole ou em tecido ósseo. Lesões aos tecidos dentários: 1-Trinca de esmalte: -uma linha de fratura; não trata, pois não tem perda de estrutura 2-Fratura de Esmalte: -Quando o paciente diz que só traumatizou um dente, tem que olhar a boca toda para verificar se outros dentes fraturaram ou se traumatizou alguma outra área. -Deve ser feita uma proteção da região, limpeza e restauração. 3- Fratura de esmalte e dentina sem exposição pulpar: -Proteção, lavar com clorexidina e restaurar -Deve-se acompanhar o paciente, pois este tem risco de avançar para endodontia já que pode ocorrer uma inflamação posterior – no primeiro mês, depois de 6 em 6 meses no período mínimo de 3 anos. -Diagnóstico – teste de sensibilidade (ex: palpação) e radiografia -Prognóstico: pequena chance de necrose pulpar 4- Fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar: -expõe a polpa ao meio oral -tem que ver o tempo de exposição: ate no maximo 24h pra fazer capeamento direto -tem que ver o nível de desenvolvimento radicular. (se for jovem e expor pouco – capeamento direto; expos muito – pulpotomia)
  • 2. -Tem risco de trauma no ligamento periodontal – ver se o dente se moveu dentro do alvéolo; -Diagnóstico: teste de sensibilidade pulpar alterado, radiografias (3 angulações). Todo trauma gera uma alteração na resposta de sensibilidade em função de um estiramento da polpa, então a tendência é uma resposta negativa -Tratamento: deve ser avaliado o tipo de trauma, características do dente e plano de tratamento restaurador; Maior a área exposta, mais indicada a pulpotomia. -Dente com ápice fechado – tratamento endodôntico radical -Dente com ápice aberto – tentar manter a polpa viva – capeamento pulpar direto, pulpotomia, se não conseguir manter a polpa, apicificação. -Reparo pulpar- não tem dor, não tem lesão na Rx, continua a formar a raiz, forma uma barreira mineral e o dente volta a responder nos testes. Acompanhar por 3 anos. 5- Fratura corono-radicular sem exposição: -é rara; fratura em bisel, entrando no ligamento periodontal -Tratamento multidisciplinar – gengivectomia; não tem que fazer endodontia; 6- Fratura Radicular: -Não é muito comum; -o que esta dentro do alvéolo não é deslocado, o que desloca é o que esta para fora dele. -pode ser horizontal ou obliqua -quanto mais para apical a fratura for, melhor o prognostico, pois na parte coronária ficará a maior parte de sustentação. -mobilidade ou deslocamento -Teste de vitalidade alterado por causa do trauma, fazer radiografias em diversas angulações, -Tratamento: em dente sem deslocamento, não precisa tratar; tendo deslocamento, deve reposicionar o dente e ficar com imobilização flexível (por meio de um splint – colocar um fio de nylon para unir os dentes, que nem a barra ortodôntica) por 4 semanas . Quando mais rápido atender o paciente, melhor o prognóstico. -Se for muito para cervical, deve reposicionar e colar com fio ortodôntico, fazendo uma imobilização rígida. Avaliar se ocorre a cicatrização do traço de fratura. -Cicatrização do traço de fratura: cicatrização por tecido calcificado, cicatrização por tecido conjuntivo (o organismo identifica como se fossem 2 raízes e começa a formar ligamento periodontal na região de fratura), cicatrização com osso e tecido conjuntivo, ou tecido inflamatório (ausência da cicatrização, por necrose). - Se entre um traço de fratura e outro houver um tecido, só seria possível tratar metade do dente, então o dente passaria a ser um dente com ápice aberto. O tratamento seria como se fosse fazer uma apicificação.
  • 3. Lesões aos tecidos de sustentação: 1- Luxações: -Além de fraturar a coroa, o dente movimentou dentro do alvéolo A) Concussão: -Traumas como cotoveladas no dente -Não há deslocamento dentro do alvéolo -Causa edema e hemorragia no ligamento periodontal -Geralmente sem dor, sem seqüelas; o dente fica um pouco mais sensível à percussão e mastigação. -O paciente não costuma procurar o dentista por isso, por ser um trauma leve. O tratamento é só acompanhar. B) Subluxação: -ruptura de fibras do ligamento periodontal, causando um sangramento -Não desloca no alvéolo -Dente sensível a percussão e mastigação -Imobilizar com um splint por 2 semanas -Prognóstico: necrose pulpar (forame apical atrésico); obliteração pulpar -Conseqüências: *Necrose: Dente fica mais escuro *Metamorfose cálcica: o dente calcifica e fica intratável. C) Luxação Lateral: -dente desloca para palatina (lingual) ou vestibular e o ápice em direção contrária; pode quebrar a tábua óssea -Rompimento do ligamento periodontal e do suprimento neurovascular da polpa -Área de compressão do ligamento periodontal e do osso  geram áreas de necrose devido à falta de nutrição; pode haver reabsorção radicular. -Diagnóstico: visual; dente normalmente preso na nova posição; percussão causando um som alto e metálico (devido à anquilose); teste de sensibilidade negativo; radiografia (periapical com ângulos variados e oclusal) -Tratamento: reposicionamento do dente (provavelmente terá que exercer muita pressão); imobilização semi-rígida por 4 semanas; monitoramento da vitalidade pulpar; acompanhar; coroa fica descolorida; Dente com ápice fechado, tratamento endodôntico; se tiver ápice aberto, fazer apicificação D) Luxação extrusiva: -forças oblíquas deslocam o dente para fora do alvéolo no sentido axial, mas não sai completamente do alvéolo (as fibras gengivais mantêm o dente no alvéolo) -Rompimento do ligamento periodontal e do suprimento neurovascular da polpa -Diagnóstico: dente alongado, com certa mobilidade; radiografias;
  • 4. Tratamento: reposicionar o dente no alvéolo se o paciente aparecer dentro de 24h (mais que isso, pode formar coagulo e não vai dar pra reposicionar); imobilização semi-rígida por 2 semanas; monitorar sensibilidade pulpar -Dente com ápice aberto, ver se continua formando a raiz; faz os testes e se necrosar fazer apicificação; -Dente com ápice fechado, tem grandes chances de necrosar, fazer tratamento endodôntico E) Luxação intrusiva: -Rompimento de todo o ligamento periodontal e fratura o alvéolo -Prognóstico: entre 5 e 10 anos esse dente será perdido -Diagnóstico: em adultos, observar a diferença na altura dos dentes afetados; teste de sensibilidade negativo, teste de percussão – som alto e metálico -Tratamento: dente aberto – aguardar por 3 semanas a erupção espontânea e reposicionamento ortodôntico, monitorar a vitalidade pulpar; dente fechado – reposicionamento ortodôntico ou cirúrgico (puxar com o fórceps); -Prognóstico depende do tipo de trauma (gravidade), ver se tem várias lesões, avaliar o estagio de desenvolvimento radicular; -Seqüelas: necrose, calcificação pulpar; reabsorção radicular 2-Avulsão: -Resulta de um impacto frontal que expele o dente do alvéolo -O prognostico depende do período do dente fora do alvéolo e da conservação do dente nesse período -O re-implante deve ser imediato; Deve pegar o dente pela coroa, colocar em um meio liquido e levar ao dentista; Evitar esfregar o dente pois irá retirar o ligamento periodontal e ira dificultar que ele volte a se formar. -Dentes decíduos não devem ser re-implantados pois representam risco pro germe permanente ; -Deve limpar o alvéolo e curetá-lo antes de re-implantar, -Tratamento: tempo fora do alvéolo deve ser menor de 60 minutos; se estiver contaminado, lavar com solução salina e mantê-lo em solução; dente com ápice aberto – cobrir com minociclina para tentar fazer uma re-vascularização; Dente com ápice fechado – tratar endodônticamente 7 a 10 dias depois. -Tratar com antibiótico sistêmico: tetraciclina (menos quando dente estiver em formação), penicilina -Imobilizar com splint flexível por 2 semana