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12                             JULHO/2008                                      Publicação da Seção Sindical dos Docentes da UFSM / ANDES

 ARTIGO


   O pensamento
   crítico respira
  A volta da Filosofia no Ensino Médio o problema da pouca valorização
tem um valor histórico, por resgatar uma profissional e salarial do professor da
questão que foi banida pela ditadura educação básica, independente da área
militar em 1971, retornando somente de atuação. Pois é aí que reside o princi-
agora (2 de junho de 2008) sob a sanção pal entrave da pouca expectativa dos
do presidente em exercício, José de jovens, não pela Filosofia ou pela
Alencar. Ao lado do retorno da Socio- Sociologia, mas pelas licenciaturas
logia, é uma contribuição educacional como um todo.
decisiva para o desenvolvimento da            Hoje, no Brasil, novos cursos de
consciência crítica e criativa na formação graduação em Filosofia estão sendo
dos jovens, justamente num momento em criados, como é o caso da Universidade
que a amplificação do mundo das               Federal de São Paulo. Assim como
informações se dá sob as “lógicas                    novos cursos de mestrado e
de resultado” impostas pelo                             doutorado em Filosofia.
mercado, que impõem às                                     Há 30 anos era necessá-
pessoas comportamentos e             “É preciso             rio procurar um douto-
modos de racionalidade                                       rado de excelência no
cada vez mais irrefletidos             romper a              exterior. Hoje o Brasil
e automáticos. Os gran-               lógica dos             alcançou esse nível de
des dilemas do mundo                                         qualidade na produção
contemporâneo (desigual-
                                     resultados”           e na pesquisa. Sincroni-
dade social, crise ecológica,                             camente, uma nova
violência, etc.) exigem uma                            atenção está sendo dada em
formação acadêmica e científica                    termos de publicações mais
sob o princípio da responsabilidade para acessíveis ao grande público, como
com os destinos da humanidade.              coleções de obras clássicas de
  O retorno da Filosofia e da Sociologia Filosofia, e mesmo de um amplo
amplia em muito o espaço de trabalho conjunto de novas revistas temáticas no
para jovens que se interessam por essas modo magazine, ambos vendidos em
áreas do conhecimento, rompendo com o bancas de revistas. Mesmo no cinema e
mito conservador de que não há futuro na televisão, a Filosofia e a Sociologia
profissional nesses métiers. Como nunca, começam a ter um lugar revalorizado na        senso crítico já é ferir a racionalidade e   instrumental do saber, defendendo a
hoje, em vários Estados brasileiros, está esfera pública.                              o pensamento. Nada de novo! Mas,             inter-relação humanística entre as várias
havendo concursos para a docência             O pensamento reacionário, saudoso        talvez, por isso valha lembrar Adorno,       áreas do conhecimento. Ajudar a romper
nessas áreas. Há tanto espaço que o dos idos anos da ditadura, apoiado na              que em suas últimas lições reiterava sua     as redomas da tacanha lógica do mercado
governo FHC vetou o retorno da Filoso- canga hiper-ideológica da suposta               luta para que a Filosofia e a Sociologia     no terreno das idéias e do ensino é fazer o
fia e da Sociologia sob o argumento de neutralidade do conhecimento, sugere            nunca ficassem distantes uma da outra.       pensamento crítico respirar.
que não haveria profissionais suficientes que o retorno obrigatório do ensino          De fato, há que se oferecer bons
para cobrir a demanda escolar. Entretan- dessas disciplinas na formação média          motivos para a oposição ferrenha do
to, deve-se sublinhar que o Brasil ainda será apenas uma “lavagem cerebral”.           pensamento estacionário. E um deles é
                                                                                                                                     Paulo Denisar Fraga
                                                                                       enfrentar com força a fragmentação                   Professor de Filosofia da Unijuí
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 DICA CULTURAL
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                                              Quem imagina que a Guerra fria é coisa do passado, precisa rever seus conceitos. Ao menos no cinema, a luta dos espiões do
                                            bem contra os do mal nunca cessou. Na segunda semana de junho, as telas voltaram a mostrar essa briga subterrânea do bem
                                            contra o mal. Os amantes do seriado "Agente 86" (Get Smart) serão brindados não só com um longa-metragem, mas com a
                                            comercialização dos DVDs da série que muito sucesso fez na década de 60. Impulsionado pela onda de remakes, chegou a vez
                                            do apaixonante “Agente 86”.
                                              Enquanto não podemos (bem, na internet já existem cópias para download) assistir essa nova versão do espião trapalhão
                                            (interpretado agora por Steve Carell, também produtor executivo da nova versão), existe a possibilidade de aproveitarmos o
                                            lançamento do box com todo o seriado que retratou a luta entre o mal (K.A.O.S) e o representante do bem (o CONTROLE),
                                            com humor e muita ironia. De brusco, ridicularizou tanto a realidade da guerra fria entre as organizações de espionagem
                                            como a ficção das películas de James Bond. Se esse seriado deixou fãs entusiasmados até hoje, tudo indica que a nova versão
                                            acompanhará o estilo cômico de quarenta anos.
                                              Os episódios do seriado “Agente 86” eram transmitidos semanalmente, com a duração de 30 minutos (onde se incluíam os
                                            anúncios, totalizando 50), e estão sendo lançados pela distribuidora Warner Bros. A música se mantém, assim como a
                                            seqüência da abertura, do corredor e das portas que se abrem ou fecham na passagem do agente.
                                              (* Jornalista, professor do departamento de Ciências da Comunicação da UFSM)

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Retorno da Filosofia e Sociologia no Ensino Médio

  • 1. 12 JULHO/2008 Publicação da Seção Sindical dos Docentes da UFSM / ANDES ARTIGO O pensamento crítico respira A volta da Filosofia no Ensino Médio o problema da pouca valorização tem um valor histórico, por resgatar uma profissional e salarial do professor da questão que foi banida pela ditadura educação básica, independente da área militar em 1971, retornando somente de atuação. Pois é aí que reside o princi- agora (2 de junho de 2008) sob a sanção pal entrave da pouca expectativa dos do presidente em exercício, José de jovens, não pela Filosofia ou pela Alencar. Ao lado do retorno da Socio- Sociologia, mas pelas licenciaturas logia, é uma contribuição educacional como um todo. decisiva para o desenvolvimento da Hoje, no Brasil, novos cursos de consciência crítica e criativa na formação graduação em Filosofia estão sendo dos jovens, justamente num momento em criados, como é o caso da Universidade que a amplificação do mundo das Federal de São Paulo. Assim como informações se dá sob as “lógicas novos cursos de mestrado e de resultado” impostas pelo doutorado em Filosofia. mercado, que impõem às Há 30 anos era necessá- pessoas comportamentos e “É preciso rio procurar um douto- modos de racionalidade rado de excelência no cada vez mais irrefletidos romper a exterior. Hoje o Brasil e automáticos. Os gran- lógica dos alcançou esse nível de des dilemas do mundo qualidade na produção contemporâneo (desigual- resultados” e na pesquisa. Sincroni- dade social, crise ecológica, camente, uma nova violência, etc.) exigem uma atenção está sendo dada em formação acadêmica e científica termos de publicações mais sob o princípio da responsabilidade para acessíveis ao grande público, como com os destinos da humanidade. coleções de obras clássicas de O retorno da Filosofia e da Sociologia Filosofia, e mesmo de um amplo amplia em muito o espaço de trabalho conjunto de novas revistas temáticas no para jovens que se interessam por essas modo magazine, ambos vendidos em áreas do conhecimento, rompendo com o bancas de revistas. Mesmo no cinema e mito conservador de que não há futuro na televisão, a Filosofia e a Sociologia profissional nesses métiers. Como nunca, começam a ter um lugar revalorizado na senso crítico já é ferir a racionalidade e instrumental do saber, defendendo a hoje, em vários Estados brasileiros, está esfera pública. o pensamento. Nada de novo! Mas, inter-relação humanística entre as várias havendo concursos para a docência O pensamento reacionário, saudoso talvez, por isso valha lembrar Adorno, áreas do conhecimento. Ajudar a romper nessas áreas. Há tanto espaço que o dos idos anos da ditadura, apoiado na que em suas últimas lições reiterava sua as redomas da tacanha lógica do mercado governo FHC vetou o retorno da Filoso- canga hiper-ideológica da suposta luta para que a Filosofia e a Sociologia no terreno das idéias e do ensino é fazer o fia e da Sociologia sob o argumento de neutralidade do conhecimento, sugere nunca ficassem distantes uma da outra. pensamento crítico respirar. que não haveria profissionais suficientes que o retorno obrigatório do ensino De fato, há que se oferecer bons para cobrir a demanda escolar. Entretan- dessas disciplinas na formação média motivos para a oposição ferrenha do to, deve-se sublinhar que o Brasil ainda será apenas uma “lavagem cerebral”. pensamento estacionário. E um deles é Paulo Denisar Fraga enfrentar com força a fragmentação Professor de Filosofia da Unijuí precisa enfrentar com a devida seriedade Para o obscurantismo, incentivar o DICA CULTURAL AGENTE 86 Quem viu? Rondon de Castro (*) Duração: 110 min. Diretor: Peter Segal FILME Quem imagina que a Guerra fria é coisa do passado, precisa rever seus conceitos. Ao menos no cinema, a luta dos espiões do bem contra os do mal nunca cessou. Na segunda semana de junho, as telas voltaram a mostrar essa briga subterrânea do bem contra o mal. Os amantes do seriado "Agente 86" (Get Smart) serão brindados não só com um longa-metragem, mas com a comercialização dos DVDs da série que muito sucesso fez na década de 60. Impulsionado pela onda de remakes, chegou a vez do apaixonante “Agente 86”. Enquanto não podemos (bem, na internet já existem cópias para download) assistir essa nova versão do espião trapalhão (interpretado agora por Steve Carell, também produtor executivo da nova versão), existe a possibilidade de aproveitarmos o lançamento do box com todo o seriado que retratou a luta entre o mal (K.A.O.S) e o representante do bem (o CONTROLE), com humor e muita ironia. De brusco, ridicularizou tanto a realidade da guerra fria entre as organizações de espionagem como a ficção das películas de James Bond. Se esse seriado deixou fãs entusiasmados até hoje, tudo indica que a nova versão acompanhará o estilo cômico de quarenta anos. Os episódios do seriado “Agente 86” eram transmitidos semanalmente, com a duração de 30 minutos (onde se incluíam os anúncios, totalizando 50), e estão sendo lançados pela distribuidora Warner Bros. A música se mantém, assim como a seqüência da abertura, do corredor e das portas que se abrem ou fecham na passagem do agente. (* Jornalista, professor do departamento de Ciências da Comunicação da UFSM)