A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
MDL projetos desenvolvimento
1. Fundação Armando Álvares Penteado
Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e questões globais
Desenvolvimento de Projetos
no âmbito do MDL
Ricardo Esparta, Marco Mazaferro
EQAO
1, 6, 8 e 13 de agosto de 2012
2. Programa/cronograma estimado
• 1/agosto (Ricardo Esparta)
– Ciência da mudança do clima
– Perfil de emissões e oportunidades no Brasil
– Políticas de enfrentamento do aquecimento global
• 6/agosto (Ricardo Esparta)
– O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
– Desenvolvimento de um projeto MDL
• 8/agosto (Ricardo Esparta)
– Metodologias aprovadas, fatores de emissão, confecção do DCP, Estimativas
preliminares/viabilidade
– Detalhando os passos do ciclo do projeto
– Estudo de caso
• 13/agosto (Marco Mazaferro)
– EU-ETS e “Allowances”, MDL e “CERs”, preço do carbono
– Formas de comercialização, business case, perspectiva de mercado
– Exercício para entrega no final da aula
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Desenvolvimento Sustentável e Questões Globais
3. Literatura base
G.H. Brundtland (2012). Environment and development challenges: The
Imperative to act.
CGEE (2010). Manual de Capacitação - Mudança Climática e Projetos de
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
Ecosystem Marketplace & Bloomberg New energy Finance (2011). Back to the
Future: State of the voluntary carbon markets 2011.
A. R. J. Esparta (2008). Redução de emissões de gases de efeito estufa no
setor elétrico brasileiro: a experiência do MDL do Protocolo de Quioto e uma
visão futura. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo.
I. Frondizi (2009). O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - Guia de
Orientação.
J. Goldemberg e O. Lucon (2009). Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento.
IPCC (2007). Climate Change 2007 - Synthesis Report.
A. Kollmuss et al.WWF (2008). Making sense of the voluntary carbon market -
A Comparison of carbon offset standards.
J. Marcovitch (2010). Economia da Mudança do Clima no Brasil: Custos e
Oportunidades.
Thomson Reuters Point Carbon (2012). A market wainting for Godot.
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Desenvolvimento Sustentável e Questões Globais
4. Experiência profissional
• Co-fundador da EQAO/Ecopart/Ecoinvest (dez. 2000)
• Vinte e oito projetos MDL com ~ 8 milhões de CERs/RCEs emitidas
(~ R$ 250 milhões de faturamento)
• Quarenta e sete projetos MDL registrados, 37 projetos em geração
de eletricidade por fontes renováveis de energia (biomassa, PCH e
eólica)
• Quatro metodologias MDL aprovadas (AM0027, AM0045, AM0075 e
AM0104)
• Membro do “CDM-Accreditation Panel”
• Participação como desenvolvedor e acionista em projetos de
geração de eletricidade por fontes renováveis
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5. Central Geradora Eólica Gargaú
1. Contrato público, PROINFA
2. Primeiro parque eólico comercial do sudeste (São
Francisco de Itabapoana - RJ): 28,05 MW, ~70.000
MWh/ano
3. Plano de Gestão Sócio-Ambiental: projeto praia limpa,
reflorestamento, uso de mão de obra local...
4. Início de operação: outubro de 2010
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6. Central Geradora Eólica Gargaú
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7. Central Geradora Eólica Gargaú
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8. Agosto 2012 8/71
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9. Ciência da Mudança do Clima*
• Quarto Relatório de Avaliação do IPCC
2500 revisores (especialistas científicos)
800 autores
Representantes de 130 países
• Visão do Secretário Geral da ONU
“A mudança do clima é uma ameaça ao desenvolvimento em
qualquer país”
“O IPCC confirmou inequivocamente o aquecimento do nosso
sistema climático e relacionou-o diretamente à atividade
humana”
“Reduzir ou mesmo reverter as tendências atuais de
aquecimento global é o desafio fundamental da nossa época”
*Baseado na apresentação de R. K. Pachauri na 27ª Sessão do IPCC em Valencia, Espanha, em 17 de novembro de 2007.
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10. Ciência da Mudança do Clima
• Porque respeito os céticos do aquecimento global.
Alexandre Mansur, Blog do Planeta, Revista Época*
• O meteorologista Luiz Carlos Molion, da Universidade Federal
de Alagoas, diz que a Terra está esfriando, e que os grandes
centros de pesquisa combinaram de deturpar ou esconder os
dados corretos que mostrariam isso.
• O meteorologista Ricardo Augusto Felício, da USP, diz que a
Terra está esquentando, mas que é um fenômeno natural.
• O biólogo alemão Joseph Reichholf, do Zoológico de Munique,
diz que a Terra está esquentando, que pode ser por efeito da
ação humana, mas que será bom para nós.
*http://colunas.revistaepoca.globo.com/planeta/2012/05/18/por-que-respeito-os-ceticos-do-aquecimento-global/
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11. Ciência da Mudança do Clima
• Caso “climategate” surgiu após mensagens particulares furtadas de cientistas que
participam do IPCC serem publicadas. Nessas mensagens os cientistas
explicitavam o desejo de escolher dados para “adaptar” melhor a realidade à teoria
que eles defendem, falavam de subterfúgios para sonegar dados a pessoas que
tentam minar seus trabalhos com questionamentos públicos intermináveis, entre
outros possíveis desvios éticos.
• Investigação concluiu que esses cientistas, apesar do que escreveram nessas
mensagens particulares, não praticaram nenhum desvio ético no trabalho
realizado para o IPCC e, portanto, as conclusões dos relatórios do IPCC
permanecem válidas e estão em acordo com o melhor conhecimento científico
existente.
• Conclusão
• 1) os cientistas envolvidos no “escândalo climategate” são seres humanos, ou seja,
quando falam informalmente e entre colegas e amigos não são 100% éticos,
• 2) não existe nenhuma evidência de que não tenham sido 100% éticos no seu trabalho
para o IPCC e,
• 3) o IPCC é um mensageiro cientificamente bem qualificado e conta com uma grande
transparência e razoável distribuição de “outros interesses”.
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12. Ciência da Mudança do Clima
• Advancing the Science of Climate Change* (2010). US National
Academy of Science, National Academy of Engineering, Institute
of Medicine, National Research Council.
• Climate change is occurring, is caused largely by human activities,
and poses significant risks for—and in many cases is already
affecting—a broad range of human and natural systems.
• The nation needs a comprehensive and integrative climate change
science enterprise, one that not only contributes to our fundamental
understanding of climate change but also informs and expands
America’s climate choices.
*Disponível em http://www.nap.edu/catalog.php?record_id=12782
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13. Ciência da Mudança do Clima
New York Times - July 28, 2012
The Conversion of a Climate-Change Skeptic by R. A. MULLER*
• Call me a converted skeptic. Three years ago I identified problems
in previous climate studies that, in my mind, threw doubt on the
very existence of global warming. Last year, following an intensive
research effort involving a dozen scientists, I concluded that
global warming was real and that the prior estimates of the rate of
warming were correct. I’m now going a step further: Humans are
almost entirely the cause…
• *Richard A. Muller, a professor of physics at the University of California, Berkeley, and a former
MacArthur Foundation fellow, is the author, most recently, of “Energy for Future Presidents:
The Science Behind the Headlines.”
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14. Ciência da Mudança do Clima
• Climate change: a summary of the science* (2010). The Royal
Society.
• There is strong evidence that the warming of the Earth over the last
half-century has been caused largely by human activity, such as the
burning of fossil fuels and changes in land use, including agriculture
and deforestation.
• The size of future temperature increases and other aspects of climate
change, especially at the regional scale, are still subject to
uncertainty. Nevertheless, the risks associated with some of these
changes are substantial.
• It is important that decision makers have access to climate science of
the highest quality, and can take account of its findings in formulating
appropriate responses.
*Disponível em http://royalsociety.org/policy/publications/2010/climate-change-summary-science/
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15. Diferentes ao que a ciência nos diz
• Imaginemos a seguinte situação:
• Você foi a dez médicos e nove deles disseram que todos os teus sintomas e os
diagnósticos realizados indicam uma doença para a qual não existe um
tratamento 100% comprovado. Apesar disso recomendam um tratamento de
acordo com o melhor método do conhecimento científico disponível.
• Um médico diz que você não tem absolutamente nada, não precisa fazer
nenhum tratamento e, todos os sintomas e diagnósticos são imprecisos ou
foram forjados.
• Opinião pessoal: apesar de reconhecer o quanto eu gostaria que seja verdade
que não tenho nenhum problema e que é realmente possível que nove entre
dez médicos estejam errados, decidiria iniciar o tratamento.
• Atualmente, nove entre dez cientistas que estudam a mudança do clima
consideram que o aumento da concentração dos gases de efeito estufa
na atmosfera é a melhor explicação científica disponível para as
mudanças observadas no clima do planeta. E concordam que há ainda
algum nível de incerteza nesse conhecimento científico, mas que essa
incerteza não justifica inação.
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16. Ética da mudança do clima
The Ethics of Climate Change: Pay Now or Pay More Later. J. Broome (2008)
• O que devemos fazer a respeito da mudança global do clima? A ciência, incluindo
a economia, pode ajudar a descobrir as causas e efeitos. Pode ajudar a indicar o
que podemos fazer. Entretanto, o que devemos fazer é uma questão ética.
• A questão do clima é ética porque qualquer resposta deve considerar interesses
conflitantes de pessoas/sociedades diferentes. Se o mundo tiver que fazer algo,
algumas pessoas, principalmente aqueles em melhores condições econômicas na
presente geração, terão que reduzir suas emissões de gases de efeito estufa para
livrar gerações futuras da de uma vida mais limitada em um mundo mais quente.
• As gerações futuras serão mais afetadas pelos possíveis efeitos danosos da
mudança global do clima. Entretanto, se houver crescimento econômico, essas
gerações terão mais recursos que a presente geração para atacar o problema.
• A presente geração tem que decidir se devemos tentar reduzir esse risco de dano
futuro ou se devemos deixar nossos descendentes, supostamente mais ricos,
cuidarem de si mesmos.
• Mesmo uma chance ínfima de grandes catástrofes e problemas advindos da
mudança do clima conduz a discussões éticas importantes e inevitáveis.
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17. Evidências da mudança do clima (Fonte: Nasa)
• Aumento do nível do mar: o nível do mar subiu 17 cm no século XX. No período 1999-2008
subiu a uma taxa equivalente a mais de 30 cm por século.
• Aumento global da temperatura: Todas as reconstruções da temperatura global superficial
indicam aquecimento desde 1880. A maior parte desse aquecimento aconteceu a partir da
década de 1970, com os 20 anos mais quentes ocorrendo desde 1980 e os 10 mais
quentes nos últimos 12 anos.
• Aquecimento dos oceanos: os oceanos absorveram parte importante desse calor adicional,
com os 700m superficiais aquecendo 0.17 graus Celsius desde 1969.
• Afinamento das camadas de gelo: dados da Nasa indicam a Groenlândia perdendo 150-
250 km3 de gelo entre 2002 e 2006 e a Antártica 152 km3 entre 2002 e 2005.
• Redução da extensão e espessura do gelo no Ártico: a extensão e a espessura do gelo no
Ártico decresce constantemente nas últimas décadas.
• Retração dos glaciares: geleiras estão em retração em quase todo o mundo, incluindo os
Alpes, Himalaia, Andes, Montanhas Rochosas, Alaska e África.
• Aumento da concentração de CO2 no oceano: tem aumentado consistentemente desde
1750 e atualmente a uma taxa de 2 bilhões por ano, aumentando cerca de 30% a acidez
dos oceanos.
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18. Ciência da Mudança do Clima (atualização)
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19. Ciência da Mudança do Clima
• Emissões cresceram 70% entre 1970 e 2004 (de 28,7
para 49 GtCO2e)
• Maior crescimento no setor energético (145%) e
transporte (120%)
• Tendência de aumento mantida nas próximas décadas:
25 a 90% entre 2000 e 2030, ou seja um aumento entre
9,7 e 36,7 GtCO2e/a
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20. Ciência da Mudança do Clima
• Potenciais econômicos de mitigação em 2030
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21. Ciência da Mudança do Clima
• Potencial de redução de 16 a 31 GtCO2e/a (custo < 100
US$/tCO2e)
• Opções de mitigação (eficiência energética,
substituição de combustíveis fósseis, renováveis,
nucleares, “CCS”, redução de desmatamento, outras
não-CO2)
• Opções de políticas setoriais (redução de subsídios a
combustíveis fósseis, taxas de carbono, bio-
combustíveis, normas de CO2, rotulagem de
equipamentos e códigos de construção, padrões de
performance para a indústria, permissões, uso
eficiente de fertilizantes, incentivos para
reflorestamento, regulação de tratamento de resíduos...
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22. Como se preparar?
• O que significaria para a sua empresa aceitar uma
congelamento de emissões de GEEs por um período de
5 a 10 anos?
• E se fosse necessária uma redução de emissões?
• Quais ações são fisicamente viáveis? Tecnicamente
viáveis? Economicamente viáveis?
• Inventário corporativo de emissões pode ser um
primeiro passo de custo relativamente baixo.
• Participar politicamente da discussão pode ser
interessante.
• Essenciais: entendimento do tema, transparência e
participação da sociedade, simplicidade…
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23. Quando afinal devemos começar a agir?
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24. Emissões de GEEs no Mundo em 2000
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25. Inventário de emissões do Brasil em 2005
15%
3%
19%
61%
2%
Emissões em CO2e em 2005
GWP
Energia
Processos Industriais
Agricultura
Mudança no Uso da Terra e
Florestas
Tratamento de Resíduos
Total das emissões de GEE no Brasil em 2005 : 2,19 Gt CO2e
Ref.: Segunda Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (2010).
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26. Inventário de emissões do Brasil
Ref.: Segunda Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (2010).
Setor
Ano
Unidade
CO2
CH4
N2O
NMVOC
Var. 90 / 00 61 -9 14 -16
Var. 90 / 05 74 27 43 -6
Var. 90 / 00 40 73 87 47
Var. 90 / 05 45 79 114 86
Var. 90 / 00 35
Var. 90 / 05 70
Var. 90 / 00 13 18
Var. 90 / 05 34 43
Var. 90 / 00 64 52 52
Var. 90 / 05 64 53 53
Var. 90 / 00 276 35 37
Var. 90 / 05 349 42 54
Var. 90 / 00 63 20 21 7
Var. 90 / 05 65 37 45 27
Energia %
Processos Industriais %
Uso de Solventes e
Outros Produtos
%
Agropecuária %
TOTAL %
Mudança do Uso da
Terra e Florestas
%
Tratamento de
Resíduos
%
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27. Inventário de emissões do Brasil em 2005
Ref.: Segunda Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (2010).
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Gt
EmissõesLíquidas em CO2eq
Uso da Terra e Florestas
Agropecuária
ProcessosIndustriais
Tratamento de Resíduos
Energia
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28. Agosto 2012 28/71
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29. Tema complexo e multidisciplinar
Fonte: Economia do Clima – Estudos econômicos das mudanças climáticas no Brasil, 2009
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30. Emissões per capita
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31. Desenvolvimento Econômico e Emissões
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32. Aspectos que norteiam o debate
• Princípio da precaução
• Poluidor pagador
• Responsabilidades comuns porém
diferenciadas
– Países desenvolvidos
– Países em desenvolvimento
• Crescimento: econômico/energético/emissões
• Transferência de tecnologias
• Pobreza e impacto climático
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33. Aspectos que norteiam o debate
• Metas indicativas dos países desenvolvidos
– Redução de 20-40% até 2020
– Comprometimento de redução de 80% até 2080
– Lideram a iniciativa mostrando a viabilidade de uma
economia de baixo carbono
• Metas indicativas dos países em desenvolvimento
– Comprometimento com metas futuras
– Desenvolvimento de um plano de mitigação nacional
– Meta de 2 ton. de CO2/habitante até 2050
• Comércio de emissões
– Barateiam o custo de redução
– Possibilitam a inserção dos mais pobres no modelo
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34. Política Nacional de Mudança do Clima
• Lei Federal nº 12.187, 29/12/2009
• Art. 12. - Para alcançar os objetivos da PNMC, o País adotará,
como compromisso nacional voluntário, ações de mitigação das
emissões de gases de efeito estufa, com vistas em reduzir entre
36,1% e 38,9% suas emissões projetadas até 2020.
• A Política a Nacional de Mudança do Clima se desdobra em cinco
planos setoriais:
– Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia
Legal (redução de 80%);
– Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento e das
Queimadas no Cerrado (redução de 40%);
– Plano Decenal de Expansão de Energia;
– Plano para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na
Agricultura; e
– Plano de Redução de Emissões da Siderurgia.
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35. Política Nacional de Mudança do Clima
• Ações de mitigação nacionalmente apropriadas (NAMAs - National
Apropriated Mitigation Actions)
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36. Política Estadual de Mudanças Climáticas
• Estado de São Paulo, lei 13.798, 9/11/2009
• Artigo 32 - O Poder Executivo, por intermédio da
Secretaria do Meio Ambiente, deverá finalizar e
comunicar, até dezembro de 2010, o inventário das
emissões por atividades antrópicas dos gases de
efeito estufa que definirão as bases para o
estabelecimento de metas pelo estado.
– § 1º - O Estado terá a meta de redução global de 20%
(vinte por cento) das emissões de dióxido de
carbono (CO2), relativas a 2005, em 2020.
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37. Inventário de emissões: escopos
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38. Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
• Art.12, §2. - O objetivo do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo deve ser prestar assistência
às Partes não incluídas no Anexo I para que possam
atingir o desenvolvimento sustentável e contribuir
para o objetivo final da Convenção, e assistir às
Partes incluídas no Anexo I para que possam
cumprir a sua limitação quantificada de emissões e
compromissos de redução assumidos no Artigo 3.
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39. MDL - Partes Anexo I e Não Anexo
Art.12, §3. - Sob o MDL:
• (a) As Partes não incluídas no Anexo I podem se
beneficiar de atividades de projetos que resultem
em reduções certificadas de emissões; e
• (b) As Partes incluídas no Anexo I podem usar as
reduções certificadas de emissões, resultantes de
tais atividades de projetos, para contribuir com o
cumprimento de parte de sua limitação quantificada
de emissões e compromissos de redução assumidos
no Artigo 3, como determinado pela Conferência das
Partes na qualidade de reunião das Partes deste
Protocolo.
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40. MDL - Elegibilidade
• Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEEs)
devem ser adicionais àquelas que ocorreriam na
ausência da atividade certificada de projeto .
• A atividade de projeto deve assistir a Parte não incluída
no Anexo I a atingir o desenvolvimento sustentável.
• A atividade de projeto deve levar a benefícios reais,
mensuráveis e de longo prazo relacionados com a
mitigação da mudança do clima (metodologia aplicável
aprovada pelo conselho executivo do MDL).
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41. Cenário de referência (“baseline”)
20081990 2012 2016
Ano
Emissões de GEEs
5%
?? %
Projeção de Emissões
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42. Ciclo de projeto
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43. Ciclo de projeto no Brasil
1. Elaboração de documento de concepção de projeto (DCP),
usando metodologia de linha de base e plano de
monitoramento aprovados;
2. Validação (verifica se o projeto está em conformidade com a
regulamentação do Protocolo de Quioto);
3. Aprovação pela Autoridade Nacional Designada – AND, que no
caso do Brasil é a Comissão Interministerial de Mudança
Global do Clima – CIMGC (verifica a contribuição do projeto
para o desenvolvimento sustentável);
4. Submissão ao Conselho Executivo para registro;
5. Monitoramento;
6. Verificação/certificação;
7. Emissão de unidades segundo o acordo de projeto.
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44. 1 - Elaboração do DCP
Elaborado pelos participantes do projeto contendo descrição:
• das atividades de projeto;
• dos participantes da atividade de projeto;
• da metodologia da linha de base;
• das metodologias para cálculo da redução de emissões de
gases de efeito estufa e para o estabelecimento dos limites da
atividade de projeto e das fugas;
• do plano de monitoramento.
Deve conter, ainda:
• a definição do período de obtenção de créditos,
• a justificativa para adicionalidade da atividade de projeto,
• o relatório de impactos ambientais,
• os comentários dos atores e informações quanto à utilização
de fontes adicionais de financiamento.
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45. 2 - Validação
• Responsabilidade de uma Entidade Operacional
Designada (credenciada pelo CDM-EB)
• Processo de avaliação independente de uma
atividade de projeto no tocante aos requisitos do
MDL, com base no DCP.
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46. 3 - Aprovação
• Responsabilidade da Autoridade Nacional Designada
• Processo pelo qual a AND das Partes envolvidas confirmam a
participação voluntária e a AND do país onde são
implementadas as atividades de projeto do MDL atesta que
dita atividade contribui para o desenvolvimento sustentável do
país.
• No caso do Brasil, os projetos são analisados pelos integrantes
da Comissão Interministerial, que avaliam DCP, o relatório de
validação e a contribuição da atividade de projeto para o
desenvolvimento sustentável do país.
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47. 4 - Registro
• Responsabilidade do Conselho Executivo do MDL
• Aceitação formal, pelo Conselho Executivo, de um
projeto validado como atividade de projeto do MDL.
• Nesta etapa são novamente analisadas a
aplicabilidade da metodologia escolhida e a
adicionalidade do projeto.
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48. 5 - Monitoramento
• Responsabilidade dos participantes do projeto
• Recolhimento e armazenamento de todos os dados
necessários para calcular a redução das emissões de
gases de efeito estufa, de acordo com a metodologia
de linha de base estabelecida no DCP, que tenham
ocorrido dentro dos limites da atividade de projeto e
dentro do período de obtenção de créditos.
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49. 6 - Verificação/Certificação
• (Verificação) Responsabilidade de uma Entidade Operacional
Designada (Certificação) Responsabilidade do Conselho
Executivo do MDL
• Processo de auditoria periódico e independente para revisar os
cálculos acerca da redução de emissões de gases de efeito
estufa ou de remoção de CO2 resultantes de uma atividade de
projeto do MDL que foram enviados ao Conselho Executivo por
meio do DCP.
• Esse processo é feito com o intuito de verificar se reduções de
emissões efetivamente ocorreram.
• Após a verificação, o Conselho Executivo certifica que uma
determinada atividade de projeto atingiu um determinado
nível de redução de emissões de gases de efeito estufa durante
um período de tempo específico
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50. 7 - Emissão das RCEs
• Responsabilidade do Conselho Executivo do MDL
• Ocorre quando o Conselho Executivo tem certeza de
que todas as etapas de reduções de emissões de
gases de efeito estufa decorrentes das atividades de
projeto foram cumpridas.
• Assegura que estas reduções de emissões são reais,
mensuráveis e de longo prazo.
• As RCEs são emitidas pelo Conselho Executivo e
creditadas aos participantes de uma atividade de
projeto na proporção por eles definida e,
dependendo do caso, podendo ser utilizadas como
forma de cumprimento parcial das metas de redução
de emissão de gases de efeito estufa.
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51. Projetos MDL de pequena escala
• Definição
– projetos de energia renovável com capacidade
instalada até 15 MWelétrico (ou 45 MWtérmico).
– projetos de aumento de eficiência energética
que resultem em reduções de até 60 GWh/ano.
– outros projetos que reduzam emissões de GEEs
e que diretamente emitam menos de 15 mil
toneladas de dióxido de carbono equivalente
por ano.
– CoP-MoP2
• Redução máxima de 60.000 tCO2e/ano
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52. Estrutura de uma metodologia
• Aplicabilidade
• Fronteiras do projeto
• Seleção do cenário de referência/linha de base
• Adicionalidade
• Emissões da linha de base
• Emissões do projeto
• Fugas
• Reduções de emissões
• Procedimentos de monitoramento
• Parâmetros e dados monitorados
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53. Metodologias aprovadas
• Escopo de setores (“sectoral scopes”)
1. Energy industries (renewable- / non-renewable
sources)
2. Energy distribution
3. Energy demand
4. Manufacturing industries
5. Chemical industry
6. Construction
7. Transport
8. Mining/mineral production
9. Metal production
...
15. Agriculture
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54. Metodologias aprovadas selecionadas (AMS)
• Metodologias aprovadas, projetos de pequena escala
– AMS-I.A - Electricity generation by the user
– AMS-I.B - Mechanical energy for the user
– AMS-I.C - Thermal energy for the user
– AMS-I.D - Grid connected renewable electricity
generation
– AMS-II.A - Supply-side energy efficiency
improvements - transmission and distribution
– AMS-II.B - Supply-side energy efficiency
improvements – generation
– AMS.III.E - Avoidance of CH4 production of biomass
decay
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55. Metodologias aprovadas selecionadas (AM)
• Metodologias aprovadas, (“regular scale projects”)
– AM10 - Landfill gas capture and electricity generation
projects where landfill gas capture is not compulsory
– AM14 - Natural gas-based package cogeneration
– AM18 - Steam optimization systems
– AM19 - Renewable energy project activities replacing
part of the electricity production of one single fossil-
fuel-fired power plant
– AM26 - Methodology for zero-emissions grid-
connected electricity generation from renewable
sources … in countries with merit order based
dispatch grid
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56. Metodologias aprovadas selecionadas (AM)
• Metodologias aprovadas, (“regular scale projects”)
– ACM02 - Consolidated methodology for grid-connected
electricity generation from renewable sources
– ACM04 - Consolidated methodology for waste gas
and/or heat for power generation
– ACM06 - Consolidated methodology for grid-connected
electricity generation from biomass residues
– ACM07 - Methodology for conversion from single cycle
to combined cycle power generation
– ACM09 - Consolidated methodology for industrial fuel
switching from coal or petroleum fuels to natural gas
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57. Desenvolvimento de novas metodologias
• O Painel de metodologia e o árduo caminho da
aplicabilidade: “adaptando a realidade à teoria”.
• A realidade parece com a teoria: pedido de
esclarecimento
• A realidade é um pouco mais complexa: pedidos de
desvio
• A realidade é mais complexa: pedidos de revisão
• A realidade “precisa” de uma nova teoria: proposição
de uma nova metodologia
– Top-down: pequena escala
– Bottom-up: grande e pequena escala
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58. Fatores de emissão de GEEs
• “Carbono-intensidade” de combustíveis (IPCC,
2006)
– Gás natural: 53,3 kgCO2/GJ
– GLP: 63,1 kgCO2/GJ
– Gasolina: 69,3 kgCO2/GJ
– Óleo diesel: 70,4 kgCO2/GJ
– Óleo combustível (“residual fuel oil”): 73,5 kgCO2/GJ
– Carvão metalúrgico (“coking coal”): 94,6 kgCO2/GJ
– Carvão sub-betuminoso: 96,1 kgCO2/GJ
– Coque de carvão mineral: 108,2 kgCO2/GJ
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59. Fontes de energia e eficiência do uso final
• Eficiência termodinâmica de conversão
– (Energia útil ou final) / (energia total)
• Eletricidade: eletricidade/energia química
• Energia química do combustível: poder calorífico
líquido
• Oxidação do combustível
– Combustíveis gasosos: 99,5%
– Combustíveis líquidos: 99,0%
– Combustíveis sólidos: 98,0%
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60. Exemplo de cálculo fator de emissão
• Combustível fóssil com menor “carbono-
intensidade”: gás natural
• Fator de emissão: 15,3 tC/TJ = 5,51×10-2
tC/MWhtérmico
• Oxidação do combustível: 99,5% (IPCC)
• Eficiência termodinâmica: 50% (best available
technology, BAT)
– Fator de emissão: ~ 109,6 kgC/MWhelétrico
~ 401,9 kgCO2/MWhelétrico
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61. Fatores de emissão de uso final
tC/TJ kgC/MWh
ε 1 = eficiência termodinâmica
(calor para eletricidade)
20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 55%
Nafta 20.0 72.0 356.4 285.1 237.6 203.7 178.2 158.4 142.6 129.6
Gás natural 15.3 55.1 274.0 219.2 182.7 156.6 137.0 121.8 109.6 99.6
Óleo diesel 20.2 72.7 360.0 288.0 240.0 205.7 180.0 160.0 144.0 130.9
Óleo combustível 21.1 76.0 376.0 300.8 250.7 214.9 188.0 167.1 150.4 136.7
Carvão 29.5 106.2 520.4 416.3 346.9 297.4 260.2 231.3 208.2 189.2
Nafta 20.0 72.0 1306.8 1045.4 871.2 746.7 653.4 580.8 522.7 475.2
Gás natural 15.3 55.08 1004.8 803.8 669.8 574.1 502.4 446.6 401.9 365.4
Óleo diesel 20.2 72.72 1319.9 1055.9 879.9 754.2 659.9 586.6 527.9 480.0
Óleo combustível 21.1 75.96 1378.7 1102.9 919.1 787.8 689.3 612.7 551.5 501.3
Carvão 29.5 106.2 1908.1 1526.4 1272.0 1090.3 954.0 848.0 763.2 693.8
ε2 = oxidação do combustível gás = 99.5% líquido = 99.0% sólido = 98.0%
* Fonte: Revised 1996 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories, Vol. 2, p. 1-6
** 100% de oxidação do combustível e 100% de eficiência da transformação calor para eletricidade
Emissão na geração de eletricidade [kgCO2/MWh]
Fator de emissão*
100%**
Emissão na geração de eletricidade [kgC/MWh]
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62. Avaliando o potencial de um projeto MDL
• “Internalização” de informações estratégicas.
• Estimativa do potencial de redução de emissões do
projeto (física, técnica e comercial) → acesso a
desenvolvedores de projeto MDL
• Decisão de como prosseguir (internamente,
terceirização, ...).
• (Específico para MDL) planejar e executar
meticulosamente o monitoramento.
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63. Fronteiras do projeto e fontes de emissão
• As fronteiras do projeto (“project boundary”) abrangem
todas as emissões de gases de efeito estufa, sob
controle dos participantes das atividades de projeto
que sejam significativas e atribuíveis, de forma
razoável, a essas atividades.
• Fontes identificadas na metodologia assim como gases
a serem considerados: dióxido de carbono (CO2),
metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hexafluoreto de
enxofre (SF6), perfluorcarbonos (CF4, C2F6) e
hidrofluorcarbonos (HFCs).
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64. Emissões da linha de base, do projeto e fugas
• Emissões do cenário de referência (linha de
base) identificado na metodologia
• Emissões diretamente causadas pela atividade
de projeto implementada
• A fuga (“leakage”) corresponde ao aumento de
emissões de gases de efeito estufa que ocorra
fora das fronteiras da atividade de projeto do
MDL e que, ao mesmo tempo, seja mensurável
e atribuível à atividade de projeto.
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65. Estrutura de um DCP
• Descrição geral
• Aplicação da metodologia de linha de base e
monitoramento
• Duração do projeto e período de credito
• Impactos ambientais
• Comentários públicos
• Anexos
– Contato dos participantes do projeto, informação
sobre “Official Development Assistance”,
informação sobre o cenário de referência e plano de
monitoramento
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66. Adicionalidade
• Identificação de
alternativas à atividade
de projeto
• Análise de
investimento:
identificação da
alternativa mais atrativa
• Análise de barreiras
• Análise da prática
comum
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67. EODs e validação
• São responsáveis pela publicação do DCP para
comentários públicos (e por quase todas as interações
com o secretariado da Convenção do Clima)
• Devem ter representação no Brasil para validar
projetos que desejam solicitar carta de aprovação
• Ativas no Brasil em maio de 2011: BVC, DNV, ERM,
Rina, SGS, TÜV-Nord, TÜV-Süd,...
• Visita de validação
• Verificação da aplicação correta da metodologia e
coleta de evidências confirmando as informações.
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68. Aprovação nacional (CIMGC)-1
• Tradução para o português do “PDD” e do relatório de
validação “final”: Documento de Concepção do Projeto
(correções na tradução são freqüentes)
• Consulta a atores locais (cuidado com prazos)
– Prefeitura(s), Câmara(s) dos vereadores, Órgãos ambientais
estaduais, Órgãos ambientais municipais, Fórum Brasileiro de
ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e
desenvolvimento, Associações comunitárias, Ministério
Público...
• Verificação da aplicação da metodologia e da
adicionalidade
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69. Aprovação nacional (CIMGC)-2
• Declarações de conformidade trabalhista e
ambiental
• Declaração de ponto focal de comunicação
• Compromisso de informação de emissões de
RCEs
• Anexo III da resolução CIMGC 1 - Contribuição do
projeto para o desenvolvimento sustentável
– Sustentabilidade ambiental local
– Condições de trabalho e geração de empregos
– Distribuição de renda
– Capacitação e desenvolvimento tecnológico
– Integração regional e articulação com outros setores
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70. Exemplo de elaboração comparativa do DCP
de um projeto registrado
• Piratini Energia: pequena escala, geração de
eletricidade para a rede a partir de resíduos de
serrarias, metano evitado (RCEs emitidos;
AMS-I.D e AMS-III.E)
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71. Contato
A. Ricardo J. Esparta e Marco A. N. Mazaferro
EQAO
Rua Padre João Manoel 222
01411-000 São Paulo-SP
Tel. (11) 3063-9068
E-mail: ricardo.esparta@eqao.com.br
marco.mazaferro@eqao.com.br
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