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Catedral Metodista de Piracicaba



     Os
   Grandes
   Mestres
                       na
Catedral Metodista de Piracicaba


   Dietrich Buxtehude (1637-1707)
 George Philipp Telemann (1681-1767)
      William Boyce (1711-1779)
    Felix Mendelssohn (1809-1847)
   Franz Joseph Haydn (1732-1809)
      Cesar Franck (1822-1890)
              Ernst Mahle

      Liturgia do culto vespertino de louvor a Deus,
      celebrado no dia 07 de junho de 2009, às 19h,
     no Templo da Catedral Metodista de Piracicaba.

        Participação especial do Coro Sinfônico da
  Escola de Música de Piracicaba “Maestro Ernst Mahle”
Como Igreja, Adoramos Ao Senhor
Prelúdio:
   Aleluia. William Boyce (1711-1779)
Acolhida e chamado à adoração:
    “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as
abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas:
com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para
os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da
sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça”.
(Is 6:1-4)
Oração:
Hino de adoração:
   Vou exaltar. George Philipp Telemann (1681-1767)
  Como Igreja, Confessamos Ao Senhor
Chamado à confissão:
    “Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no
meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!”
(Is 6:5)
Oração silenciosa:
Proclamação do Perdão:
   “Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar
com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua
iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado”. (Is 6:6-7)
  Como Igreja, Louvamos Ao Senhor
Chamado ao Louvor:
Hino de louvor:
   Cantate Domine (Cantai a Deus). Dietrich Buxtehude (1637-1707)
Ofertório:
Hino de louvor e ação de graças:
   HE, 125 (2ª música)
Consagração das ofertas:
Ministério do Acolhimento:
  Como Igreja, Ouvimos O Senhor
Leitura bíblica:
    “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”.
(Is 6:8a)
Hino:
   O que vigia Israel. Felix Mendelssohn (1809-1847). Trad. João Wilson Faustini, 1955
Mensagem:
   Rev. Paulo Dias Nogueira
  Como Igreja, Nos Dedicamos Ao Senhor
Leitura bíblica:
   “Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim”. (Is 6:8b)
Momento de oração:
  Como Igreja, Celebramos A Ceia Do Senhor
Hino:
   Panis angelicus. Cesar Franck (1822-1890), transcrito por John Rutter. São Thomás de
Aquino (1225-1274).

               Panis angélicus,                               O Pão dos Anjos,
             fit panis hóminum;                           Torna-se pão dos homens,
    Dat panis coelicus figúris términum.         E o Pão dos céus dá fim aos velhos símbolos.
    O res mirábilis, mandúcat Dominum             Oh Coisa admirável! O Senhor é a comida
         Pauper, sérvus, et húmilis.                   Do pobre e humilde servidor!!!
                    Amen                                           Amém.
Como Igreja, Somos Enviados Pelo Senhor
   Coro Sinfônico: Missa Brevis Sti Joannis de Deo Hob. XXII:7. Franz Joseph Haydn
(1732-1809): Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Benedictus, Agnus Dei.
   Kyrie                                    Kyrie
   Kyrie eleison                            Senhor tem piedade de nós
   Christe eleison                          Cristo tem piedade de nós
   Kyrie eleison                            Senhor tem piedade de nós

   Gloria in excelsis Deo!                  Gloria a Deus nas alturas!
   Et in terra pax hominibus bonæ volun-    E paz na terra aos homens de boa von-
   tatis                                    tade.
   Laudamus te, benedicimus te              Nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos
   Adoramus te, glorificamus te             Nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos
   Gratias agimus tibi,                     Nós Vos damos graças
   propter magnam gloriam tuam              Por Vossa imensa glória

   Domine, Deus, Rex cælestis,              Senhor, Deus, Rei dos céus,
   Deus Pater omnipotens                    Deus-Pai Todo Poderoso
   Domine Fili unigenite,                   Senhor Filho de Deus unigênito
   Jesu Christe                             Jesus Cristo
   Domine, Deus, Agnus Dei,                 Senhor, Deus, Cordeiro de Deus
   Filius Patris                            Filho do Homem
   Qui tollis peccata mundi,                Que tira o pecado do mundo,
   Miserere nobis                           Tende piedade de nós
   Qui tollis peccata mundi,                Vós que tirais o pecado do mundo,
   Suscipe deprecationem nostram            Acolhei a nossa suplica
   Qui sedes ad dexteram Patris,            Vós que estais à direita do Pai,
   Miserere nobis                           Tende piedade de nós
   Quoniam Tu solus Sanctus                 Porque só Vós sois o santo
   Tu solus Dominus                         Só Vós sois o Senhor
   Tu solus Altissimus                      Só Vós o Altíssimo
   Jesu Christe,                            Jesus Cristo,

   Cum Sancto Spiritu                       Com o Espírito Santo
   In gloria Dei Patris                     Na glória de Deus-Pai
   Amen!                                    Amem!

   Credo in unum Deum                       Creio em um só Deus

   Patrem omnipotentem,                     Pai Todo-Poderoso
   Factorem cæli et terræ,                  Criador dos céus e da terra
   visibilium omnium et invisibilium        De tudo o que é visível e invisível
   Et in unum Dominum, Iesum Chris-         E no Senhor Jesus Cristo
   tum,
   Filium Dei unigenitum                    Filho Unigênito de Deus
   Et ex Patre natum, ante omnia sæcula     E nascido do Pai antes de todos os séculos
                                            Deus de Deus, Luz da Luz
   Deum de Deo, lumen de lumine,            Deus verdadeiro do Deus verdadeiro
                                            Foi gerado e não criado, consubstancial
   Deum verum de Deo vero                   ao
   Genitum, non Factum, consubstatialem     Pai:
   Patri:
   Per quem omnia facta sunt                Por quem tudo foi feito
   Qui propter nos homines,                 E que, por nós, homens
Et propter nostram salutem,            Para nossa salvação
  Descendit de cælis                     Desceu dos céus
                                         E encarnou pelo poder do Espírito San-
  Et incarnatus est de Spiritu Sancto,   to,
                                         Nascendo da Virgem Maria: e fez-se
  Ex Maria Virgine: et homo factus est   homem.
  Crucifixus etiam pro nobis:            Crucificado também por nós:
  Sub Pontio Pilato,                     Sob ordem de Pôncio Pilatos,
  Passus et sepultus est                 Padeceu e foi sepultado.

  Et resurrexit tertia die,              E ressuscitou ao terceiro dia
  Secundum Scripturas                    Conforme as escrituras.
  Et ascendit in cælum:                  E subiu aos céus
  Sedet ad dexteram Patris               Onde está sentado à direita do Pai
  Et iterum venturus est cum gloria,     Voltará novamente com glória,
  Iudicare vivos et mortuos:             Para julgar os vivos e os mortos,
  Cuius non erit finis                   E o seu Reino não terá fim.
  Et in Spiritum Sanctum,                Creio no Espírito Santo
  Dominum et vivificantem:               Senhor que dá a vida.
  Qui ex Patre Filioque procedit         Que provém do Pai e do Filho
  Qui cum Patre et Filio,                E com o Pai e o Filho
  Simul adoratur, et conglorificatur:    É adorado e glorificado:
  Qui locutus est per Prophetas          Ele que falou pelos profetas.
  Et unam, sanctam, catholicam,          Creio numa única, santa, católica
  Et apostolicam Ecclesiam               E apostólica Igreja
  Confiteor unum baptisma,               Confesso único batismo,
  In remissionem peccatorum              Para remissão dos pecados
  Et exspecto resurrectionem mortuorum   Et espero pela ressurreição dos mortos
  Et vitam venturi sæculi                E a vida no mundo que há de vir.
  Amen                                   Amém.

  Sanctus, Sanctus, Sanctus              Santo, Santo, Santo
  Dominus, Deus Sabaoth                  Senhor Deus do Universo
                                         O Céu e a Terra proclamam a Vossa
  Pleni sunt cæli et terra gloria tua    glória.
  Hosanna, in excelsis                   Hossana nas alturas

  Benedictus                             Bendito
  Qui venit in nomine Domini             É aquele que vem em nome do Senhor
  Hosanna in excelsis                    Hosana nas alturas

  Agnus Dei                              Cordeiro de Deus
  Qui tollis peccata mundi               Que tirais o pecado do mundo
  miserere nobis                         Tende piedade de nós
  Agnus Dei                              Cordeiro de Deus
  Qui tollis peccata mundi               Que tirais o pecado do mundo
  Dona nobis pacem                       Dai-nos a paz
Oração Final e Benção:
Poslúdio:
  Aleluia – Ernst Mahle
 Participações Especiais
Catedral Metodista de Piracicaba:
  Celebrante: Rev. Paulo Dias Nogueira
Organista: Vera Cantoni
   Ministério do Acolhimento
Escola de Música de Piracicaba “Maestro Ernst Mahle”:
   Regente: Maestro Ernst Mahle
   Coro Sinfônico da Escola de Música de Piracicaba “Maestro Ernst Mahle”
   Sopranos: Ana Foizer, Cidinha Mahle, Débora Letícia, Érica Gualazzi, Ester Holcman,
Graziele Tinós, Marina Falda, Mônica Moraes, Raissa Amaral, Renata Bandel, Vera Vieira.
   Contraltos: Adelina Pinotti, Ângela Tuppy, Eneida Lobo, Luciana Pimpinato, M. Regina
Eckert, Odete Ribeiro, Sônia Dechen.
   Tenores: Alex Cazzonatto, Anderson Oliveira, Antonio Pessotti, Claudio Costa, Cláudio
Vieira, Daniel Pedroso, Everson Paduan.
   Baixos: Danilo Sarti, Edison Cerignoni, Elizeu Pozzani, Levy dos Santos, Manuel Elias,
Norberto Vieira, Willian de Barros.
Informações sobre o gênero Missa
    A Missa é um gênero ligado às tradições e ao rito das Cerimônias Cúlticas da Igreja Cristã.
Como o próprio nome diz, a missa é uma obra para vozes que reproduz integralmente o texto
da missa, em latim. Este tipo de obra era composta para integrar os momentos litúrgicos.
Porém, como hoje as celebrações cristãs respondem às mais diversas demandas culturais, essas
obras, por suas características sacras, são executadas no espaço sagrado, mas freqüentemente
fora da liturgia do culto. As missas são formadas por seis partes: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus,
Benedictus e Agnus Dei. Durante muito tempo na história, a língua oficial da igreja e do culto
foi o latim, daí o porque das muitas peças nesta língua.
Missa Brevis Sancti Joannis de Deo Hob. XXII,7 – Franz Joseph Haydn
    O nome de Franz Joseph Haydn (1732-1809) é quase sinônimo da música do final do séc.
XVIII. Haydn recebeu uma sólida formação musical como menino de coro da Catedral de Sto.
Estevão em Viena. Ao atingir a puberdade, foi dispensado do coro e viveu com dificuldades à
custa de trabalhos temporários como professor.
    Enquanto as suas últimas missas são consideradas obras que coroam todas as suas compo-
sições sacras, as primeiras missas foram consideradas de forma bastante distinta, com reparos
de desigualdades na condução das vozes e de falhas ao nível da ligação música-texto. Cinco das
oito missas compostas entre 1750 e 1782, caem na categoria de missa brevis. São extremamente
curtas e forçam mesmo os extensos textos do Gloria e Credo numa forma compacta através da
declamação simultânea de certas passagens do texto.
    Com a Missa Sancti Nicolai (1772) e a Missa St. Joannis de Deo (c.1775), a série de missae
breves começada em 1750 atinge as suas primeiras obras-primas.
    A Missa St. Joannis de Deo (também chamada Kleine Orgelmesse, Pequena Missa de Ór-
gão) foi a mais divulgada das primeiras missas de Haydn – e é a única missa brevis da qual se
conserva a partitura autógrafa completa.
    O título refere-se ao monge português João Cidade (1495-1550) – a quem o Bispo de Tuy
chamava “João de Deus” – cuja dedicação aos pobres e doentes levou à fundação da Ordem
Hospitaleira de S. João de Deus (ou dos Irmãos da Caridade).
    Sendo a última das suas missas breves, a Missa brevis Sancti Joannis de Deo é uma obra
concisa, encomenda da Ordem Hospitaleira. A encomenda especificava uma duração limitada
e um único solo mais extenso, o Benedictus, para soprano e órgão concertante. A orquestração
inclui dois violinos e baixo contínuo (o trio de igreja vienense). Haydn seguiu rigorosamente
estas instruções e como resultado nasceu uma missa que pela sua duração tem permanecido
muito mais a uso na liturgia. O Kyrie inicia-se calmo e continua com uma graciosidade que
nunca se afaste do texto “Senhor, misericórdia.”
    No Gloria e no Credo, Haydn condensou os textos, pondo em música diversas frases simul-
tâneas. A sobreposição de vários textos, já utilizada nas suas primeiras missas, encontra-se tam-
bém nalguns seus contemporâneos. Por detrás desta técnica encontramos a tentativa de evitar
o demorar da celebração no altar permitindo a progressão paralela entre a prece silenciosa do
celebrante e a música do coro. Apesar da brevidade incomum do Gloria (31 compassos), o texto
é ainda assim tratado de forma diferenciada. Assim, o versículo Agnus Dei contrasta claramente
melodica e ritmicamente com a apresentação mais animada do Gratias.
    O Sanctus/Benedictus é a secção mais extensa da obra, com o solo do Benedictus, conside-
rado o ponto culminante da obra. O virtuosismo do canto, repartido entre o soprano e o órgão,
justifica bem o subtítulo de Pequena Missa de Órgão.
    Da mesma forma que nas missas contemporâneas de Mozart, o coração e o espírito são
conduzidos ao ponto central da liturgia, ao cântico de louvor Àquele “que vem em nome do
Senhor”. O Agnus Dei retoma o estilo meditativo do Kyrie, terminando a obra com a mesma
suavidade com que se iniciou.
    Uma música que desperta os sentimentos religiosos – todas as missas de Haydn estão subor-
dinadas a esta idéia. A partitura autógrafa tem o título “Missa St. Joannis de Deo“ e termina
com uma nota do próprio Haydn “laus Deo et BVM et S. Joanni de Deo”.

   César Franck (1822-1890)
   César-Auguste-Jean-Guillaume-Hubert Franck (Liège, 10 de dezembro de 1822 — Paris, 8
de novembro de 1890) foi um organista e compositor belga.
   Com quinze anos, após os estudos em sua cidade natal, foi para Paris onde passou a fre-
qüentar o conservatório. Suas primeiras composições datam desta época e incluem quatro trios
para piano e cordas (Trio op.1 no.1), além de peças para piano. Rute, uma cantata bíblica, foi
composta com sucesso no conservatório em 1846. Deixou inacabada a ópera Le Valet de Ferme,
iniciada em 1851.
    Durante muitos anos, Franck levou uma vida retirada, dedicando-se ao ensino e a seus deve-
res de organista, adquirindo renome como improvisador. Escreveu também uma missa, motetos,
peças para órgão e outros trabalhos de cunho religioso.
    Professor do Conservatório de Paris em 1872, naturalizou-se francês no ano seguinte. Sua
obra-prima é o poema sinfônico Les Béatitudes. Foi recebida, no entanto, com frieza na única
execução pública durante a vida do autor. Outros poemas sinfônicos de Franck são Les Éolides,
de 1876, Le Chasseur Maudit, de 1883 e Psyche, de 1888.

   Dietrich Buxtehude (1637-1707).
   O mestre-organista Dietrich Buxtehude foi um dos maiores expoentes do período barroco
alemão. Na cidade alemã de Lübeck, onde viria a morrer em 9 de maio de 1707, com 70 anos
de idade, Buxtehude exerceu as funções de Werkmeister e organista da Marienkirche desde
1668. Em 1703, Buxtehude foi visitado pelo jovem virtuoso Haendel, já reconhecido como um
excelente artista. Dois anos mais tarde, Bach viajou para Lübeck na esperança de ouvir a famosa
Abendmusiken (música noturna) tocada por Buxtehude, com quem passou os meses seguintes
a aprender a técnica.

   George Philipp Telemann (1681-1767).
    Nasceu em Magdeburgo, em 14 de março de 1681. De formação autodidata como instru-
mentista e compositor, o jovem teve que lutar para seguir sua carreira de músico, já que sua fa-
mília se opunha decididamente. Seu pai, Heinrich Telemann, foi diácono e vinha de uma família
que, por várias gerações, formara pastores protestantes. A tradição de sua família obrigava-o a
receber uma formação universitária. Telemann foi bom aluno no colégio e, ainda adolescente, era
capaz de escrever versos em alemão, latim e francês. A partir dos 10 anos tocava com perfeição
flauta, violino e outros instrumentos, mas não conhecia teoria musical. Seu único período de
aprendizagem musical coincidiu com os anos em que freqüentou o liceu, onde estudou com Be-
nedict Christiani, compositor de música sacra. Em 1701, a fim de agradar a família, iniciou os
estudos de Direito na Universidade de Leipzig, abandonando-os pouco depois. Meses depois de
ter se instalado em Leipzig fundou um Collegium Musicum formado por quarenta estudantes.
Esta instituição, conhecida pelo nome de Colegium Telemanniano, passou a ser dirigida, a partir
de 1729, por Johann Sebastian Bach. Em 1704 foi nomeado organista e mestre de capela da
Neue Kirche ou igreja Nova de Leipzig, a capela universitária. Em 1712, o compositor trocou o
serviço da corte por outras funções artísticas em Frankfurt am Main. Foi contratado para dirigir
a música em duas igrejas: a de Barfüsser e a de Santa Catarina. Apesar da magnífica posição que
tinha em Frankfurt, Telemann mudou-se para Hamburgo em 1715, mas continuou a enviar para
Frankfurt suas obras religiosas até 1757. Segundo a tradição de Hamburgo, o compositor era
obrigado a compor todos os anos uma paixão e peças para as datas cívicas e religiosas. Em 1722
começou a dirigir a Ópera de Hamburgo, que estava em crise, e conseguiu animar a vida musical
desta cidade, permitindo o acesso de todos os cidadãos (e não apenas os nobres) aos concertos,
mediante o pagamento de uma entrada. A partir de 1740, a sua atividade como compositor
diminuiu. Morreu em Hamburgo, no dia 25 de junho de 1767, aos 86 anos de idade. É autor
de 40 óperas, 12 séries de cantatas para todos os domingos e festas do ano, 46 paixões, 600 aber-
turas à francesa, inúmeros oratórios, obras incidentais e música de câmara.

   William Boyce (1711-1779).
   Boyce nasceu em 11 de setembro de 1711 e faleceu em 7 de fevereiro de 1779). É ampla-
mente considerado como um dos mais importantes compositores Ingleses do século 18. Nascido
em Londres, Boyce foi um menino cantor na Catedral de São Paulo. Sua primeira nomeação
profissional veio em 1734 como organista na Capela Oxford. Foi também profissional do King’s
Musick em 1755 e se tornou um dos organistas na Capela Real em 1758. Quando Boyce não
pôde mais continuar no seu ofício de organista por causa da surdez que o acometeu, foi aposen-
tado e passou a trabalhar na finalização da compilação da obra de Maurice Greene na Cathedral
Music. Boyce é mais conhecido pelo seu conjunto de oito sinfonias, seus hinos e suas Odes.
Boyce foi em grande parte esquecido após a sua morte e ele continua um compositor com obras
pouco executadas nos dias de hoje, embora algumas delas tenham sido redescobertas em 1930,
editadas por Constant Lambert e, por vezes, sido apresentadas, sempre com muito sucesso.
Felix Mendelssohn (1809-1847).
    Há exatamente 200 anos nascia Felix Mendelssohn, uma data que sempre é lembrada no
meio musical do mundo inteiro. De acordo com a lenda, o compositor alemão, um rico judeu
com grande talento musical, teria encontrado partituras de Johann Sebastian Bach de uma forma
pouco convencional. Mendelssohn estaria se preparando para oferecer um jantar aos convidados
e, quando entrou na cozinha, percebeu que o papel em que a carne estava embrulhada eram na
verdade partituras de Bach. Felix Mendelssohn era neto do filósofo judeu alemão Moses Men-
delssohn e, quando criança, seus pais se converteram ao cristianismo e adotaram o sobrenome
Bartholdy. Algumas de suas maiores obras -- como “Sonho de uma Noite de Verão”-- foram
escritas antes que ele completasse 18 anos. Entre outras obras-primas estão seus quartetos de
cordas, concerto de violino em Mi Menor e o oratório “Elijah”. Por causa de sua origem judai-
ca, seus trabalhos foram banidos durante o governo nazista na Alemanha. Durante o mandato
de Hitler, centenas de composições, manuscritos, cartas e até pinturas feitas por Mendelssohn
tiveram de ser contrabandeadas para cidades como Varsóvia e Cracóvia, e depois espalhadas pelo
mundo quando a Alemanha ocupou a Polônia.

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  • 1. Catedral Metodista de Piracicaba Os Grandes Mestres na Catedral Metodista de Piracicaba Dietrich Buxtehude (1637-1707) George Philipp Telemann (1681-1767) William Boyce (1711-1779) Felix Mendelssohn (1809-1847) Franz Joseph Haydn (1732-1809) Cesar Franck (1822-1890) Ernst Mahle Liturgia do culto vespertino de louvor a Deus, celebrado no dia 07 de junho de 2009, às 19h, no Templo da Catedral Metodista de Piracicaba. Participação especial do Coro Sinfônico da Escola de Música de Piracicaba “Maestro Ernst Mahle”
  • 2. Como Igreja, Adoramos Ao Senhor Prelúdio: Aleluia. William Boyce (1711-1779) Acolhida e chamado à adoração: “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça”. (Is 6:1-4) Oração: Hino de adoração: Vou exaltar. George Philipp Telemann (1681-1767) Como Igreja, Confessamos Ao Senhor Chamado à confissão: “Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!” (Is 6:5) Oração silenciosa: Proclamação do Perdão: “Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado”. (Is 6:6-7) Como Igreja, Louvamos Ao Senhor Chamado ao Louvor: Hino de louvor: Cantate Domine (Cantai a Deus). Dietrich Buxtehude (1637-1707) Ofertório: Hino de louvor e ação de graças: HE, 125 (2ª música) Consagração das ofertas: Ministério do Acolhimento: Como Igreja, Ouvimos O Senhor Leitura bíblica: “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”. (Is 6:8a) Hino: O que vigia Israel. Felix Mendelssohn (1809-1847). Trad. João Wilson Faustini, 1955 Mensagem: Rev. Paulo Dias Nogueira Como Igreja, Nos Dedicamos Ao Senhor Leitura bíblica: “Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim”. (Is 6:8b) Momento de oração: Como Igreja, Celebramos A Ceia Do Senhor Hino: Panis angelicus. Cesar Franck (1822-1890), transcrito por John Rutter. São Thomás de Aquino (1225-1274). Panis angélicus, O Pão dos Anjos, fit panis hóminum; Torna-se pão dos homens, Dat panis coelicus figúris términum. E o Pão dos céus dá fim aos velhos símbolos. O res mirábilis, mandúcat Dominum Oh Coisa admirável! O Senhor é a comida Pauper, sérvus, et húmilis. Do pobre e humilde servidor!!! Amen Amém.
  • 3. Como Igreja, Somos Enviados Pelo Senhor Coro Sinfônico: Missa Brevis Sti Joannis de Deo Hob. XXII:7. Franz Joseph Haydn (1732-1809): Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Benedictus, Agnus Dei. Kyrie Kyrie Kyrie eleison Senhor tem piedade de nós Christe eleison Cristo tem piedade de nós Kyrie eleison Senhor tem piedade de nós Gloria in excelsis Deo! Gloria a Deus nas alturas! Et in terra pax hominibus bonæ volun- E paz na terra aos homens de boa von- tatis tade. Laudamus te, benedicimus te Nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos Adoramus te, glorificamus te Nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos Gratias agimus tibi, Nós Vos damos graças propter magnam gloriam tuam Por Vossa imensa glória Domine, Deus, Rex cælestis, Senhor, Deus, Rei dos céus, Deus Pater omnipotens Deus-Pai Todo Poderoso Domine Fili unigenite, Senhor Filho de Deus unigênito Jesu Christe Jesus Cristo Domine, Deus, Agnus Dei, Senhor, Deus, Cordeiro de Deus Filius Patris Filho do Homem Qui tollis peccata mundi, Que tira o pecado do mundo, Miserere nobis Tende piedade de nós Qui tollis peccata mundi, Vós que tirais o pecado do mundo, Suscipe deprecationem nostram Acolhei a nossa suplica Qui sedes ad dexteram Patris, Vós que estais à direita do Pai, Miserere nobis Tende piedade de nós Quoniam Tu solus Sanctus Porque só Vós sois o santo Tu solus Dominus Só Vós sois o Senhor Tu solus Altissimus Só Vós o Altíssimo Jesu Christe, Jesus Cristo, Cum Sancto Spiritu Com o Espírito Santo In gloria Dei Patris Na glória de Deus-Pai Amen! Amem! Credo in unum Deum Creio em um só Deus Patrem omnipotentem, Pai Todo-Poderoso Factorem cæli et terræ, Criador dos céus e da terra visibilium omnium et invisibilium De tudo o que é visível e invisível Et in unum Dominum, Iesum Chris- E no Senhor Jesus Cristo tum, Filium Dei unigenitum Filho Unigênito de Deus Et ex Patre natum, ante omnia sæcula E nascido do Pai antes de todos os séculos Deus de Deus, Luz da Luz Deum de Deo, lumen de lumine, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro Foi gerado e não criado, consubstancial Deum verum de Deo vero ao Genitum, non Factum, consubstatialem Pai: Patri: Per quem omnia facta sunt Por quem tudo foi feito Qui propter nos homines, E que, por nós, homens
  • 4. Et propter nostram salutem, Para nossa salvação Descendit de cælis Desceu dos céus E encarnou pelo poder do Espírito San- Et incarnatus est de Spiritu Sancto, to, Nascendo da Virgem Maria: e fez-se Ex Maria Virgine: et homo factus est homem. Crucifixus etiam pro nobis: Crucificado também por nós: Sub Pontio Pilato, Sob ordem de Pôncio Pilatos, Passus et sepultus est Padeceu e foi sepultado. Et resurrexit tertia die, E ressuscitou ao terceiro dia Secundum Scripturas Conforme as escrituras. Et ascendit in cælum: E subiu aos céus Sedet ad dexteram Patris Onde está sentado à direita do Pai Et iterum venturus est cum gloria, Voltará novamente com glória, Iudicare vivos et mortuos: Para julgar os vivos e os mortos, Cuius non erit finis E o seu Reino não terá fim. Et in Spiritum Sanctum, Creio no Espírito Santo Dominum et vivificantem: Senhor que dá a vida. Qui ex Patre Filioque procedit Que provém do Pai e do Filho Qui cum Patre et Filio, E com o Pai e o Filho Simul adoratur, et conglorificatur: É adorado e glorificado: Qui locutus est per Prophetas Ele que falou pelos profetas. Et unam, sanctam, catholicam, Creio numa única, santa, católica Et apostolicam Ecclesiam E apostólica Igreja Confiteor unum baptisma, Confesso único batismo, In remissionem peccatorum Para remissão dos pecados Et exspecto resurrectionem mortuorum Et espero pela ressurreição dos mortos Et vitam venturi sæculi E a vida no mundo que há de vir. Amen Amém. Sanctus, Sanctus, Sanctus Santo, Santo, Santo Dominus, Deus Sabaoth Senhor Deus do Universo O Céu e a Terra proclamam a Vossa Pleni sunt cæli et terra gloria tua glória. Hosanna, in excelsis Hossana nas alturas Benedictus Bendito Qui venit in nomine Domini É aquele que vem em nome do Senhor Hosanna in excelsis Hosana nas alturas Agnus Dei Cordeiro de Deus Qui tollis peccata mundi Que tirais o pecado do mundo miserere nobis Tende piedade de nós Agnus Dei Cordeiro de Deus Qui tollis peccata mundi Que tirais o pecado do mundo Dona nobis pacem Dai-nos a paz Oração Final e Benção: Poslúdio: Aleluia – Ernst Mahle Participações Especiais Catedral Metodista de Piracicaba: Celebrante: Rev. Paulo Dias Nogueira
  • 5. Organista: Vera Cantoni Ministério do Acolhimento Escola de Música de Piracicaba “Maestro Ernst Mahle”: Regente: Maestro Ernst Mahle Coro Sinfônico da Escola de Música de Piracicaba “Maestro Ernst Mahle” Sopranos: Ana Foizer, Cidinha Mahle, Débora Letícia, Érica Gualazzi, Ester Holcman, Graziele Tinós, Marina Falda, Mônica Moraes, Raissa Amaral, Renata Bandel, Vera Vieira. Contraltos: Adelina Pinotti, Ângela Tuppy, Eneida Lobo, Luciana Pimpinato, M. Regina Eckert, Odete Ribeiro, Sônia Dechen. Tenores: Alex Cazzonatto, Anderson Oliveira, Antonio Pessotti, Claudio Costa, Cláudio Vieira, Daniel Pedroso, Everson Paduan. Baixos: Danilo Sarti, Edison Cerignoni, Elizeu Pozzani, Levy dos Santos, Manuel Elias, Norberto Vieira, Willian de Barros. Informações sobre o gênero Missa A Missa é um gênero ligado às tradições e ao rito das Cerimônias Cúlticas da Igreja Cristã. Como o próprio nome diz, a missa é uma obra para vozes que reproduz integralmente o texto da missa, em latim. Este tipo de obra era composta para integrar os momentos litúrgicos. Porém, como hoje as celebrações cristãs respondem às mais diversas demandas culturais, essas obras, por suas características sacras, são executadas no espaço sagrado, mas freqüentemente fora da liturgia do culto. As missas são formadas por seis partes: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei. Durante muito tempo na história, a língua oficial da igreja e do culto foi o latim, daí o porque das muitas peças nesta língua. Missa Brevis Sancti Joannis de Deo Hob. XXII,7 – Franz Joseph Haydn O nome de Franz Joseph Haydn (1732-1809) é quase sinônimo da música do final do séc. XVIII. Haydn recebeu uma sólida formação musical como menino de coro da Catedral de Sto. Estevão em Viena. Ao atingir a puberdade, foi dispensado do coro e viveu com dificuldades à custa de trabalhos temporários como professor. Enquanto as suas últimas missas são consideradas obras que coroam todas as suas compo- sições sacras, as primeiras missas foram consideradas de forma bastante distinta, com reparos de desigualdades na condução das vozes e de falhas ao nível da ligação música-texto. Cinco das oito missas compostas entre 1750 e 1782, caem na categoria de missa brevis. São extremamente curtas e forçam mesmo os extensos textos do Gloria e Credo numa forma compacta através da declamação simultânea de certas passagens do texto. Com a Missa Sancti Nicolai (1772) e a Missa St. Joannis de Deo (c.1775), a série de missae breves começada em 1750 atinge as suas primeiras obras-primas. A Missa St. Joannis de Deo (também chamada Kleine Orgelmesse, Pequena Missa de Ór- gão) foi a mais divulgada das primeiras missas de Haydn – e é a única missa brevis da qual se conserva a partitura autógrafa completa. O título refere-se ao monge português João Cidade (1495-1550) – a quem o Bispo de Tuy chamava “João de Deus” – cuja dedicação aos pobres e doentes levou à fundação da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus (ou dos Irmãos da Caridade). Sendo a última das suas missas breves, a Missa brevis Sancti Joannis de Deo é uma obra concisa, encomenda da Ordem Hospitaleira. A encomenda especificava uma duração limitada e um único solo mais extenso, o Benedictus, para soprano e órgão concertante. A orquestração inclui dois violinos e baixo contínuo (o trio de igreja vienense). Haydn seguiu rigorosamente estas instruções e como resultado nasceu uma missa que pela sua duração tem permanecido muito mais a uso na liturgia. O Kyrie inicia-se calmo e continua com uma graciosidade que nunca se afaste do texto “Senhor, misericórdia.” No Gloria e no Credo, Haydn condensou os textos, pondo em música diversas frases simul- tâneas. A sobreposição de vários textos, já utilizada nas suas primeiras missas, encontra-se tam- bém nalguns seus contemporâneos. Por detrás desta técnica encontramos a tentativa de evitar o demorar da celebração no altar permitindo a progressão paralela entre a prece silenciosa do celebrante e a música do coro. Apesar da brevidade incomum do Gloria (31 compassos), o texto é ainda assim tratado de forma diferenciada. Assim, o versículo Agnus Dei contrasta claramente melodica e ritmicamente com a apresentação mais animada do Gratias. O Sanctus/Benedictus é a secção mais extensa da obra, com o solo do Benedictus, conside- rado o ponto culminante da obra. O virtuosismo do canto, repartido entre o soprano e o órgão, justifica bem o subtítulo de Pequena Missa de Órgão. Da mesma forma que nas missas contemporâneas de Mozart, o coração e o espírito são conduzidos ao ponto central da liturgia, ao cântico de louvor Àquele “que vem em nome do Senhor”. O Agnus Dei retoma o estilo meditativo do Kyrie, terminando a obra com a mesma suavidade com que se iniciou. Uma música que desperta os sentimentos religiosos – todas as missas de Haydn estão subor- dinadas a esta idéia. A partitura autógrafa tem o título “Missa St. Joannis de Deo“ e termina com uma nota do próprio Haydn “laus Deo et BVM et S. Joanni de Deo”. César Franck (1822-1890) César-Auguste-Jean-Guillaume-Hubert Franck (Liège, 10 de dezembro de 1822 — Paris, 8 de novembro de 1890) foi um organista e compositor belga. Com quinze anos, após os estudos em sua cidade natal, foi para Paris onde passou a fre- qüentar o conservatório. Suas primeiras composições datam desta época e incluem quatro trios
  • 6. para piano e cordas (Trio op.1 no.1), além de peças para piano. Rute, uma cantata bíblica, foi composta com sucesso no conservatório em 1846. Deixou inacabada a ópera Le Valet de Ferme, iniciada em 1851. Durante muitos anos, Franck levou uma vida retirada, dedicando-se ao ensino e a seus deve- res de organista, adquirindo renome como improvisador. Escreveu também uma missa, motetos, peças para órgão e outros trabalhos de cunho religioso. Professor do Conservatório de Paris em 1872, naturalizou-se francês no ano seguinte. Sua obra-prima é o poema sinfônico Les Béatitudes. Foi recebida, no entanto, com frieza na única execução pública durante a vida do autor. Outros poemas sinfônicos de Franck são Les Éolides, de 1876, Le Chasseur Maudit, de 1883 e Psyche, de 1888. Dietrich Buxtehude (1637-1707). O mestre-organista Dietrich Buxtehude foi um dos maiores expoentes do período barroco alemão. Na cidade alemã de Lübeck, onde viria a morrer em 9 de maio de 1707, com 70 anos de idade, Buxtehude exerceu as funções de Werkmeister e organista da Marienkirche desde 1668. Em 1703, Buxtehude foi visitado pelo jovem virtuoso Haendel, já reconhecido como um excelente artista. Dois anos mais tarde, Bach viajou para Lübeck na esperança de ouvir a famosa Abendmusiken (música noturna) tocada por Buxtehude, com quem passou os meses seguintes a aprender a técnica. George Philipp Telemann (1681-1767). Nasceu em Magdeburgo, em 14 de março de 1681. De formação autodidata como instru- mentista e compositor, o jovem teve que lutar para seguir sua carreira de músico, já que sua fa- mília se opunha decididamente. Seu pai, Heinrich Telemann, foi diácono e vinha de uma família que, por várias gerações, formara pastores protestantes. A tradição de sua família obrigava-o a receber uma formação universitária. Telemann foi bom aluno no colégio e, ainda adolescente, era capaz de escrever versos em alemão, latim e francês. A partir dos 10 anos tocava com perfeição flauta, violino e outros instrumentos, mas não conhecia teoria musical. Seu único período de aprendizagem musical coincidiu com os anos em que freqüentou o liceu, onde estudou com Be- nedict Christiani, compositor de música sacra. Em 1701, a fim de agradar a família, iniciou os estudos de Direito na Universidade de Leipzig, abandonando-os pouco depois. Meses depois de ter se instalado em Leipzig fundou um Collegium Musicum formado por quarenta estudantes. Esta instituição, conhecida pelo nome de Colegium Telemanniano, passou a ser dirigida, a partir de 1729, por Johann Sebastian Bach. Em 1704 foi nomeado organista e mestre de capela da Neue Kirche ou igreja Nova de Leipzig, a capela universitária. Em 1712, o compositor trocou o serviço da corte por outras funções artísticas em Frankfurt am Main. Foi contratado para dirigir a música em duas igrejas: a de Barfüsser e a de Santa Catarina. Apesar da magnífica posição que tinha em Frankfurt, Telemann mudou-se para Hamburgo em 1715, mas continuou a enviar para Frankfurt suas obras religiosas até 1757. Segundo a tradição de Hamburgo, o compositor era obrigado a compor todos os anos uma paixão e peças para as datas cívicas e religiosas. Em 1722 começou a dirigir a Ópera de Hamburgo, que estava em crise, e conseguiu animar a vida musical desta cidade, permitindo o acesso de todos os cidadãos (e não apenas os nobres) aos concertos, mediante o pagamento de uma entrada. A partir de 1740, a sua atividade como compositor diminuiu. Morreu em Hamburgo, no dia 25 de junho de 1767, aos 86 anos de idade. É autor de 40 óperas, 12 séries de cantatas para todos os domingos e festas do ano, 46 paixões, 600 aber- turas à francesa, inúmeros oratórios, obras incidentais e música de câmara. William Boyce (1711-1779). Boyce nasceu em 11 de setembro de 1711 e faleceu em 7 de fevereiro de 1779). É ampla- mente considerado como um dos mais importantes compositores Ingleses do século 18. Nascido em Londres, Boyce foi um menino cantor na Catedral de São Paulo. Sua primeira nomeação profissional veio em 1734 como organista na Capela Oxford. Foi também profissional do King’s Musick em 1755 e se tornou um dos organistas na Capela Real em 1758. Quando Boyce não pôde mais continuar no seu ofício de organista por causa da surdez que o acometeu, foi aposen- tado e passou a trabalhar na finalização da compilação da obra de Maurice Greene na Cathedral Music. Boyce é mais conhecido pelo seu conjunto de oito sinfonias, seus hinos e suas Odes. Boyce foi em grande parte esquecido após a sua morte e ele continua um compositor com obras pouco executadas nos dias de hoje, embora algumas delas tenham sido redescobertas em 1930, editadas por Constant Lambert e, por vezes, sido apresentadas, sempre com muito sucesso. Felix Mendelssohn (1809-1847). Há exatamente 200 anos nascia Felix Mendelssohn, uma data que sempre é lembrada no meio musical do mundo inteiro. De acordo com a lenda, o compositor alemão, um rico judeu com grande talento musical, teria encontrado partituras de Johann Sebastian Bach de uma forma pouco convencional. Mendelssohn estaria se preparando para oferecer um jantar aos convidados e, quando entrou na cozinha, percebeu que o papel em que a carne estava embrulhada eram na verdade partituras de Bach. Felix Mendelssohn era neto do filósofo judeu alemão Moses Men- delssohn e, quando criança, seus pais se converteram ao cristianismo e adotaram o sobrenome Bartholdy. Algumas de suas maiores obras -- como “Sonho de uma Noite de Verão”-- foram escritas antes que ele completasse 18 anos. Entre outras obras-primas estão seus quartetos de cordas, concerto de violino em Mi Menor e o oratório “Elijah”. Por causa de sua origem judai- ca, seus trabalhos foram banidos durante o governo nazista na Alemanha. Durante o mandato de Hitler, centenas de composições, manuscritos, cartas e até pinturas feitas por Mendelssohn tiveram de ser contrabandeadas para cidades como Varsóvia e Cracóvia, e depois espalhadas pelo mundo quando a Alemanha ocupou a Polônia.