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RIO DE JANEIRO – HÁ 100 ANOS


                   1908-2008
                                  Parte I de III

            Continuação do trabalho do ano passado: 1907-2007




Textos em itálico: Ferreira da Rosa, 1928 (mantida a ortografia original)


     Pesquisa, formatação e texto: Cau Barata (Carlos Eduardo de Almeida Barata)
FORTE DE COPACABANA
                       6 de Janeiro de 1908
     O FIM DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DE COPACABANA



                                    A devoção da Virgem de N.S. de
                                Copacabana muitos anosBolívia, em um
                                  Durante teve berço na o canto das
                                Santuário dado Posto defoi somenteno
                                    pedras Península 6 Copacabana,
                                   habitado por pescadores. Já no
                                   Lago Titicaca, tendo sido a primeira
                                  imagem daXVIII, o Marquês de
                                     século Virgem esculpida por um
                               indígena descendente de Incas, indo ocupar
                                   Lavradio (1769-1799) propos a
                                o dito Seminário, tirando daí o seu nome.
                                 derrubada da Igreja para construir
                               A primeira imagem venerada no Brasil foi
                                em seu lugar uma fortificação para
                               entronizada na Santa Casa de Misericórdia
                                    nos defender dos corsários.
                                               em 1638.

Imagem primitiva que existia                                                Nossa Senhora de
   no altar-mór da Igreja                                                     Copacabana
FORTE DE COPACABANA
         6 de Janeiro de 1908
O FIM DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DE COPACABANA



  A primeira referência que se tem da Igreja de Nossa
  Senhora de Copacabana, no bairro que hoje tem seu
  nome, remonta ao ano de 1732 e, próxima a ela, em
       1747, construiu-se casas para romeiros.
     Saía daquela templo, beirando os rochedos, um
    caminho em direção ao Arpoador, conhecido por
       Caminho da Igrejinha, hoje Rua Francisco
                      Otaviano.
FORTE DE COPACABANA
Finalmente, no princípio do século XX, o Ministro da Guerra, Marechal Hermes da Fonseca,
  considerando o lugar apropriado para um Forte, obteve a concordancia do Presidente da
                                 República Afonso Pena.




 O Major Tasso Fragoso foi incumbido de organizar o Projeto; e o coronel de Engenharia
           Eugenio Luiz França Filho a construção do Forte de Copacabana.
       Em 6 de janeiro de 1908, foi lançada a pedra fundamental desta obra militar.
FORTE DE COPACABANA
                         Foi inaugurado em 28.09.1914.
  Depois da inauguração do Forte de Copacabana, o Governo entrou em acordo com a Mitra
Arquidiocesana, na questão da aquisição da Igreja de N.S. de Copacabana, abrindo para esse fim
                      um crédito especial até a quantia de 80:000$000.




 Dois meses depois, por Decreto de 20 de Março de 1918, ficou desapropriada a Igreja, com a
   finalidade de demoli-la, para dar continuidade às construções do Forte de Copacabana.
                        Em 1919 foi iniciada a construção do Quartel.
ELES CHEGARAM
   12 de Janeiro de 1908




“INVASÃO” NORTE-AMERICANA ?
12 de Janeiro de 1908
                           Domingo
A multidão se acotuvelava no cais Pharoux, na Santa Luzia, na Lapa,
       Glória e Flamengo, e pelos morros próximos ao mar.




                                  “Na manhã de domingo do dia 12 de janeiro,
                                  difundida a notícia de que a formidável esquadra
                                  se aproximava do nosso pôrto, grande massa de
                                  povo afluiu ao litoral e a todos os pontos elevados
                                  da cidade donde pudesse descortinar a barra.
                                  A baía de Guanabara apresentava aspecto festivo,
                                  cheia de lanchas e embarcações de todos os tipos,
                                  apinhadas de curiosos. A Cantareira organizou
                                  um serviço especial, a 2$000 por pessoa, para se
                                  ir até à entrada da barra ver o soberbo
                                  espetáculo da chegada dos navios.” (Dunlop)
12 de Janeiro de 1908
                          Domingo
Às 14 hóras e 45 minutos aparece a primeira unidade de uma grande
    esquadra norte-americana que chegava no Rio de Janeiro.

                     Eram 16 encouraçados, 5
                        barcos auxiliares e 7
                     torpedos, em uma viagem
                       a volta do Continente,
                         sob o comando do
                             Almirante
                        Robley D. Evans
                          (1846-1912).




                      Robley Dunglison Evans
12 de Janeiro de 1908
                                 Domingo
            Um a um dos 16 encoraçados foram se aproximando do porto.




                       Entrou a 1.ª Divisão do 1.º esquadrão:
 USS Connecticut, de 16.000 toneladas (Cap. Hugo Osterhaus). Em seguida, surgiram o
Kansas (Cap. Charles E. Vreeland), Lousiana (Cap. Richard Wainwright), e Vermont (Cap.
                     William P. Potter), todos de 16.000 toneladas.
12 de Janeiro de 1908
                           Domingo

Uma rara fotografia do USS Connecticut no Rio de Janeiro
    “Finalmente, às 2 ½ da tarde, apontaram por detrás da fortaleza de São
         João as unidades americanas. Vinham em fila, equdistantes,
      vagarosamente. Ao passar defronte de Santa Cruz, o “Connecticut”
       saudou a terra, respondendo a fortaleza com as salvas de estilo.
    Fundeada a esquadra, seguiram-se as cortesias protocolares e, durante
        dez dias, a oficialidade compareceu a recepções oferecidas pelo
      Presidente da República, Dr. Afonso Augusto Moreira Pena, e pelo
   embaixador dos estados Unidos, Irving Dudley; banquete de 600 talheres
    no Palácio Monroe, oferecido pelo Ministro do Exterior, Barão do Rio
   Brancõ; almoço nas Paineiras, oferecido pelo Ministro da Marinha, vice-
    almirante Alexandrino de Faria de Alencar; «garden-party» promovido
    pelo Club Naval; bailes no Clube dos Diários; festas no Moulin Rouge;
      excursões em automóveis à Tijuca; visitas ao Jardim Botânico, etc.
        Houve também um jantar oferecido pelo Dr. Hebert Moses, no
        Restaurante Franziskaner, na Galeria Cruzeiro.” (Dunlop)


               Crédito da Imagem: http://www.greatwhitefleet.info
12 de Janeiro de 1908
                               Domingo
                        E eles continuam entrando........




                      Entrou a 2.ª Divisão do 1.º esquadrão:
USS Virgínia (Cap. Seaton Schroeder), Geórgia (Cap. Henry McCrea), New-Jersey (Cap.
William H. H. Southerland) e Rhode-Island (Cap. Joseph B. Murdock), todos de 15.000
                                    toneladas.
12 de Janeiro de 1908
                       Domingo

Uma rara fotografia do USS New-Jersey no Rio de Janeiro




           Crédito da Imagem: http://www.greatwhitefleet.info
12 de Janeiro de 1908
                                 Domingo
                          E eles continuam entrando........




                        Entrou a 3.ª Divisão do 2.º esquadrão:
Minesota, de 16.000 toneladas, e os Ohio (Cap. Charles W. Bartlett), Maine (Cap. Giles B.
        Harber), e Missouri (Cap. Greenlief A. Merriam), de 12.500 toneladas .
12 de Janeiro de 1908
                         Domingo




Crédito da Imagem: foto de Brown & Schaffer - http://www.greatwhitefleet.info
12 de Janeiro de 1908
                               Domingo
                        E eles continuam entrando........




                      Entrou a 4.ª Divisão do 2.º esquadrão:
Alabama (Cap. Ten Eyck DeW. Veeder), Illinois (Cap. John M. Bowyer), Kentucky (Cap.
Walter C. Cowles), Kearsage (Cap. Hamilton Hutchins), de 11.500 toneladas, cada um.
12 de Janeiro de 1908
                         Domingo – a invasão
A maruja – 12.800 homens – teve licença de vir a terra, em grupos de dois a tres
                   mil, por dia. Uma verdadeira invasão.
                           E como não se perder ?
       Elaborou-se um mapa do centro comercial da Cidade (abaixo):
12 de Janeiro de 1908
                       AJUDANDO A RECEBER
   Foram distribuídos mapas, endereços, guias,
    panfletos, e instruções de como facilitar o
          movimento dos marinheiros.
   O mapa da página anterior ficava inserido no
 livreto ao lado, com instruções e lista dos locais
   para visitação. Convocou-se os membros da
 Colonia Americana do Rio de Janeiro, a YMCA
local (Associação Cristã para homens jovens), e o
 Consulado Geral Americano. Abaixo, o edifício
      de YMCA em Rio de Janeiro em 1909.
12 de Janeiro de 1908
Estação das Barcas – Praça XV. No canto esquerdo a antiga sede da YMCA (Foto de
       Cau Barata – 2006). Comparando com a foto de Brow and Shaffer (1909),
             percebe-se a retirada da cúpula que ficava sobre a porta lateral.
12 de Janeiro de 1908
                           EXCURSIONANDO
  Colocou-se a Cantareira a disposição. Tiquetes da Rio de Janeiro Tramway, Ligth &
Power Co., para excursões. Reservou-se um carro especial da Tramway Station. Visitas
ao Jardim Botanico, a Laranjeiras, ao Corcovado, as Paineiras. Um passeio no bonde de
  Santa Teresa. Saída de carros elétricos da praça Tiradentes para o Alto da Boa Vista.
  Visita ao Museu Nacional. Passeio no Leme. Excursão ao Jardim Zoológico de Vila
 Isabel. Barca para Niterói. Etc. Tudo documentado no folheto e nas imagens deixadas
                                      pelos marujos.
12 de Janeiro de 1908
   O RIO DE JANEIRO DE 1908
NAS IMAGENS PERPETUADAS PELOS MARUJOS




      Crédito da Imagem: http://www.greatwhitefleet.info
12 de Janeiro de 1908
                     O RIO DE JANEIRO DE 1908
  “Foi uma verdadeira invasão por todos os recantosPELOS MARUJOS bulício que
              NAS IMAGENS PERPETUADAS da cidade, um imenso
  animou as nossas ruas e praças, emprestrando-lhes grande alegria e movimento. Aos
magotes, enchiam as lojas, cafés, bares, restaurantes e casas de diversões. Traziam dólares
que trocavam por 3$200 da nossa moeda, parecendo-lhes triplicar o dinheiro.” (Dunlop)




                                                                  Segundo Dunlop, “dois sobrinhos do
                                                                  Tio Sam, no antigo beco da Pouca
                                                                  Vergonha (atual rua Vinte de
                                                                  Abril)”, cortejando nossas antigas
                                                                  profissionais.
                                                                  Pergunta-se: quantos brasileiros de
                                                                  sangue norte-americano nasceram
                                                                  em setembro de 1908 ?
                       Crédito da Imagem: http://www.greatwhitefleet.info
12 de Janeiro de 1908
                           O CONSUMO
Para um total de 13.300 homens: 459 toneladas de carne fresca; 18,6 toneladas
de carne defumada; 45,9 toneladas de carne de carneiro; 6,8 toneladas de carne
de vitela; 68,8 toneladas de carne de porco; 68,8 toneladas de lombo de porco;
 23 toneladas de toucinho defumado; 137,7 toneladas de presunto defumado;
  550,8 toneladas de farinha de trigo; 27,9 toneladas de milho; 9 toneladas de
                       aveia; 11 toneladas de cacau; etc.
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                 28 de janeiro de 1908
 Conforme ficou dito no trabalho anterior (1907-2007), em outubro de 1907, foi
   nomeada a Comissão Executiva da Exposição Nacional de Agriçultura e
Indústria, sob a presidência do Engenheiro Antonio Olyntho dos Santos Pires.



               A Exposição Nacional, realizada para comemorar o
                  centenário da Abertura dos Portos às Nações
               Amigas, decretada pelo Príncipe Regente D.João,
               em 28 de janeiro de 1808, foi inaugurada em 1908.




    Um formigueiro de operários e artífices. Extraordinário movimento de carros
 transportando pedra, tijolos, madeira. Preparou-se o terreno, apropriou-se edifícios
  existentes, construiu-se pavilhões. Arquitetos, pedreiros, carpinteiros, mecânicos,
 estucadores, bombeiros, eletricistas, ladrilheiros, pintores de liso e artistas pintores
                                 (Ferreira da Rosa).
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                                       1908



Amanhecem embandeirados muitos estabelecimentos, consulados, edifícios de jornais. No Salão
 da Bôlsa dão concertos a Banda do Corpo de Infantaria da Marinha e a Filarmônica da “Luz
Steárica” – esta enviada pelo Presidente da Companhia, Dr. Julio Ottoni (Ferreira da Rosa).
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                   1908




                                            Cau Barata
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                                           1908
“Nasceu de uma feliz inspiração de nossa imprensa a idéia de se prom,over a Exposição Nacional
 de 1908, comemorativa do centenário da emancipação comercialo e industrial do Brasil. Bem
 aceita por todos os espíritos progressistas, a idéia adquiru desde logo consistência” (Dunlop).




 “Coube a Praia Vermelha, a que se prendem tantas e tão belas tradições nacionais, a honra de ser
escolhida para teatro deslumbrante do certema. Em breve, um formigueiro de operários, arquitetos
     e engenheiros ali trabalhava febrilmente, dia e noite, preparando o terreno com aterros e
desaterros, adaptando edifícios já existentes, construíndo pavilhões e reformando o antigo cais, na
                              base do penhasco da Urca. ” (Dunlop).
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                                         1908
“O velho bairro da Praia Vermelha trasmuda-se por completo. Tôda a área compreendida entre o
  fim da rua General Severiano e o antigo edifício da Escola Militar, onde pouca coisa havia a
 divisar, além do vasto casarão do Hospício Nacional de Alienados (depois Universidade do
 Brasil), e a deserta praia da Saudade (hoje Iate Clube), transforma-se, como por encanto,
             numa cidade, verdadeira fantasia das mil e uma noites.” (Dunlop)




   “Revestiu-se da maior solenidade e brilhantismo a cerimônia da inauguração da Exposição
Nacional, no dia 11 de agôsto de 1908. Ninguém dormira: os operários e empregados trabalharam
       continuamente; os engenheiros não tiveram um momento de descanso.” (Dunlop)
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                                        1908
“Anunciado que a partir de 1 hora da tarde seriam abertos os portões, desde cêdo começou a
chegada do povo, aglomermndo-se na entrada. Vieram depois os Ministros de Estado,
  altas autoridades civis e militares, membros dos Coirpos Diplomáticos e Consular,
                          senadores, deputados, etc..” (Dunlop)




 “Cêrca das 2 horas, os clarins anunciaram a chegada do Presidente da República, Dr. Affonso
Augusto Moreira Penna. Tôdas as bandas de música executaram a um tempo o Hino Nacional, e
             as bateriasa do Colégio Militar deram as salvas de estilo.” (Dunlop)
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                                          1908
“Após a cerimônia da inauguração, S. Excia. Visitou os paviulhões, e às 5 horas da tarde retirou-
   se na sua carruagem. À noite, parecia que a cidade inteira havia se deslocado para a Praia
 Vermelha. A multidão era incalculável. Barcas da Cantareira, bondes, carruagens e automóveis
                ali despejavam, de instante a instante, ondas de povo.” (Dunlop)




 “No recinto da Exposição, os restaurantes, bares, diversões de tôda a ordem estavam repleto Por
tôdas as alamedas e jardins, como no interior dos pavilhões, viam-se milhares de pessoas num vai-
  vem contínuo. Nos mastros dos pavilhões tremulavam flâmulas de côres variadas e a bandeira
                                      nacional.” (Dunlop)
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                                          1908
  “O que mais impressionava, porém, era a iluminação. Havia mais luz e mais fulgor do que se
  fôsse dia. A iluminação feérica foi, realmente, a grande nota sensacional da noite.” (Dunlop)




“Às 10 horas começaram os fogos de artifício. Dezenas de foguetes subiram de um jato, iniciando-
 se então a queima dos ogos de maravilhoso efeito. Durante uma hora inteira foi uma sucessão de
                               encantos intraduzíveis” (Dunlop)
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                                          1908
“Causou também grande sucesso o cinematógrafo montado por Paschoal Segreto, que passou uma
  fita de vista geral da cidade do Rio de Janeiro, tirada do alto do Pão de Açúcar, pelo arrojado
                  “operador-foto-cinematográico” Emílio Guimarães.” (Dunlop)

         Pergunto: onde estará este raríssimo filme do Rio de Janeiro, de 1908 ?




O Arco monumenatal, à entrada da Exposição, iluminado à noite com 8.000 lâmpadas
                                   coloridas.
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                              1908
                  A grandiosidade da Exposição
Figuram na Exposição 726 estabelecimentos industriais com sede no então
               Distrito Federal (Rio de Janeiro), sendo:
                        19 de fiação e tecidos;
                          9 de roupa branca;
                            29 de chapéus;
                            61 de calçado;
                           14 de sombreiros
                           e guarda-chuva,
                            7 de gravatas,
                              4 de luvas,
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                               1908
                  A grandiosidade da Exposição
Figuram na Exposição 726 estabelecimentos industriais com sede no então
               Distrito Federal (Rio de Janeiro), sendo:
                         19 de fiação e tecidos;
                          9 de roupa branca;
                            29 de chapéus;
                            61 de calçado;
                           14 de sombreiros
                           e guarda-chuva,
                            7 de gravatas,
                              4 de luvas,
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                               1908
                  A grandiosidade da Exposição
Figuram na Exposição 726 estabelecimentos industriais com sede no então
               Distrito Federal (Rio de Janeiro), sendo:
                         19 de fiação e tecidos;
                          9 de roupa branca;
                            29 de chapéus;
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                              4 de luvas,
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                        1908
             A grandiosidade da Exposição
                    8 de perfumaria
               59 de móveis e decorações
                14 de massas alimentares
                      22 de cerveja
                22 de bebidas alcoólicas
                      11 de cigarros
                 16 de flores artificiais,
            40 de fundição e obras de metal
                   11 de sabão e velas
         12 de vassouras, brochas, escôvas, etc.,
                   6 de papel pintado
Exposição Nacional de Agricultura e Indústria
                                        1908
 No dia 5 de outubro de 1908 termina a série de espetáculos iniciada a 12 de agosto no
                  Teatro da Exposição Nacional da Praia Vermelha.

                                                                Repertório:


                                                       As doutoras, de França Júnior;
                                                  Quebranto e A nuvem, de Coelho Neto;
                                                     O defunto, de Filinto de Almeida;
                                                   A herança, de Júlia Lopes de Almeida;
                                                  As asas de um anjo, de José de Alencar;
                                                     Deus e a natureza, de Artur Rocha;
                                                      Um duelo no Leme, de José Piza;
A Sonata ao luar, de Goulart de Andrade;
Não consultes médico, de Machado de Assis;
História de uma moça rica, de Pinheiro Guimarães;
O Noviço e O irmão das almas, de Martins Pena;
O dote e Vida e morte, de Artur Azevedo, diretor do Teatro.
FIM DA PRIMEIRA PARTE




 Pesquisa, formatação e texto: Cau Barata
   (Carlos Eduardo de Almeida Barata)

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Rio

  • 1. RIO DE JANEIRO – HÁ 100 ANOS 1908-2008 Parte I de III Continuação do trabalho do ano passado: 1907-2007 Textos em itálico: Ferreira da Rosa, 1928 (mantida a ortografia original) Pesquisa, formatação e texto: Cau Barata (Carlos Eduardo de Almeida Barata)
  • 2. FORTE DE COPACABANA 6 de Janeiro de 1908 O FIM DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DE COPACABANA A devoção da Virgem de N.S. de Copacabana muitos anosBolívia, em um Durante teve berço na o canto das Santuário dado Posto defoi somenteno pedras Península 6 Copacabana, habitado por pescadores. Já no Lago Titicaca, tendo sido a primeira imagem daXVIII, o Marquês de século Virgem esculpida por um indígena descendente de Incas, indo ocupar Lavradio (1769-1799) propos a o dito Seminário, tirando daí o seu nome. derrubada da Igreja para construir A primeira imagem venerada no Brasil foi em seu lugar uma fortificação para entronizada na Santa Casa de Misericórdia nos defender dos corsários. em 1638. Imagem primitiva que existia Nossa Senhora de no altar-mór da Igreja Copacabana
  • 3. FORTE DE COPACABANA 6 de Janeiro de 1908 O FIM DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DE COPACABANA A primeira referência que se tem da Igreja de Nossa Senhora de Copacabana, no bairro que hoje tem seu nome, remonta ao ano de 1732 e, próxima a ela, em 1747, construiu-se casas para romeiros. Saía daquela templo, beirando os rochedos, um caminho em direção ao Arpoador, conhecido por Caminho da Igrejinha, hoje Rua Francisco Otaviano.
  • 4. FORTE DE COPACABANA Finalmente, no princípio do século XX, o Ministro da Guerra, Marechal Hermes da Fonseca, considerando o lugar apropriado para um Forte, obteve a concordancia do Presidente da República Afonso Pena. O Major Tasso Fragoso foi incumbido de organizar o Projeto; e o coronel de Engenharia Eugenio Luiz França Filho a construção do Forte de Copacabana. Em 6 de janeiro de 1908, foi lançada a pedra fundamental desta obra militar.
  • 5. FORTE DE COPACABANA Foi inaugurado em 28.09.1914. Depois da inauguração do Forte de Copacabana, o Governo entrou em acordo com a Mitra Arquidiocesana, na questão da aquisição da Igreja de N.S. de Copacabana, abrindo para esse fim um crédito especial até a quantia de 80:000$000. Dois meses depois, por Decreto de 20 de Março de 1918, ficou desapropriada a Igreja, com a finalidade de demoli-la, para dar continuidade às construções do Forte de Copacabana. Em 1919 foi iniciada a construção do Quartel.
  • 6.
  • 7. ELES CHEGARAM 12 de Janeiro de 1908 “INVASÃO” NORTE-AMERICANA ?
  • 8. 12 de Janeiro de 1908 Domingo A multidão se acotuvelava no cais Pharoux, na Santa Luzia, na Lapa, Glória e Flamengo, e pelos morros próximos ao mar. “Na manhã de domingo do dia 12 de janeiro, difundida a notícia de que a formidável esquadra se aproximava do nosso pôrto, grande massa de povo afluiu ao litoral e a todos os pontos elevados da cidade donde pudesse descortinar a barra. A baía de Guanabara apresentava aspecto festivo, cheia de lanchas e embarcações de todos os tipos, apinhadas de curiosos. A Cantareira organizou um serviço especial, a 2$000 por pessoa, para se ir até à entrada da barra ver o soberbo espetáculo da chegada dos navios.” (Dunlop)
  • 9. 12 de Janeiro de 1908 Domingo Às 14 hóras e 45 minutos aparece a primeira unidade de uma grande esquadra norte-americana que chegava no Rio de Janeiro. Eram 16 encouraçados, 5 barcos auxiliares e 7 torpedos, em uma viagem a volta do Continente, sob o comando do Almirante Robley D. Evans (1846-1912). Robley Dunglison Evans
  • 10. 12 de Janeiro de 1908 Domingo Um a um dos 16 encoraçados foram se aproximando do porto. Entrou a 1.ª Divisão do 1.º esquadrão: USS Connecticut, de 16.000 toneladas (Cap. Hugo Osterhaus). Em seguida, surgiram o Kansas (Cap. Charles E. Vreeland), Lousiana (Cap. Richard Wainwright), e Vermont (Cap. William P. Potter), todos de 16.000 toneladas.
  • 11. 12 de Janeiro de 1908 Domingo Uma rara fotografia do USS Connecticut no Rio de Janeiro “Finalmente, às 2 ½ da tarde, apontaram por detrás da fortaleza de São João as unidades americanas. Vinham em fila, equdistantes, vagarosamente. Ao passar defronte de Santa Cruz, o “Connecticut” saudou a terra, respondendo a fortaleza com as salvas de estilo. Fundeada a esquadra, seguiram-se as cortesias protocolares e, durante dez dias, a oficialidade compareceu a recepções oferecidas pelo Presidente da República, Dr. Afonso Augusto Moreira Pena, e pelo embaixador dos estados Unidos, Irving Dudley; banquete de 600 talheres no Palácio Monroe, oferecido pelo Ministro do Exterior, Barão do Rio Brancõ; almoço nas Paineiras, oferecido pelo Ministro da Marinha, vice- almirante Alexandrino de Faria de Alencar; «garden-party» promovido pelo Club Naval; bailes no Clube dos Diários; festas no Moulin Rouge; excursões em automóveis à Tijuca; visitas ao Jardim Botânico, etc. Houve também um jantar oferecido pelo Dr. Hebert Moses, no Restaurante Franziskaner, na Galeria Cruzeiro.” (Dunlop) Crédito da Imagem: http://www.greatwhitefleet.info
  • 12. 12 de Janeiro de 1908 Domingo E eles continuam entrando........ Entrou a 2.ª Divisão do 1.º esquadrão: USS Virgínia (Cap. Seaton Schroeder), Geórgia (Cap. Henry McCrea), New-Jersey (Cap. William H. H. Southerland) e Rhode-Island (Cap. Joseph B. Murdock), todos de 15.000 toneladas.
  • 13. 12 de Janeiro de 1908 Domingo Uma rara fotografia do USS New-Jersey no Rio de Janeiro Crédito da Imagem: http://www.greatwhitefleet.info
  • 14. 12 de Janeiro de 1908 Domingo E eles continuam entrando........ Entrou a 3.ª Divisão do 2.º esquadrão: Minesota, de 16.000 toneladas, e os Ohio (Cap. Charles W. Bartlett), Maine (Cap. Giles B. Harber), e Missouri (Cap. Greenlief A. Merriam), de 12.500 toneladas .
  • 15. 12 de Janeiro de 1908 Domingo Crédito da Imagem: foto de Brown & Schaffer - http://www.greatwhitefleet.info
  • 16. 12 de Janeiro de 1908 Domingo E eles continuam entrando........ Entrou a 4.ª Divisão do 2.º esquadrão: Alabama (Cap. Ten Eyck DeW. Veeder), Illinois (Cap. John M. Bowyer), Kentucky (Cap. Walter C. Cowles), Kearsage (Cap. Hamilton Hutchins), de 11.500 toneladas, cada um.
  • 17. 12 de Janeiro de 1908 Domingo – a invasão A maruja – 12.800 homens – teve licença de vir a terra, em grupos de dois a tres mil, por dia. Uma verdadeira invasão. E como não se perder ? Elaborou-se um mapa do centro comercial da Cidade (abaixo):
  • 18. 12 de Janeiro de 1908 AJUDANDO A RECEBER Foram distribuídos mapas, endereços, guias, panfletos, e instruções de como facilitar o movimento dos marinheiros. O mapa da página anterior ficava inserido no livreto ao lado, com instruções e lista dos locais para visitação. Convocou-se os membros da Colonia Americana do Rio de Janeiro, a YMCA local (Associação Cristã para homens jovens), e o Consulado Geral Americano. Abaixo, o edifício de YMCA em Rio de Janeiro em 1909.
  • 19. 12 de Janeiro de 1908 Estação das Barcas – Praça XV. No canto esquerdo a antiga sede da YMCA (Foto de Cau Barata – 2006). Comparando com a foto de Brow and Shaffer (1909), percebe-se a retirada da cúpula que ficava sobre a porta lateral.
  • 20. 12 de Janeiro de 1908 EXCURSIONANDO Colocou-se a Cantareira a disposição. Tiquetes da Rio de Janeiro Tramway, Ligth & Power Co., para excursões. Reservou-se um carro especial da Tramway Station. Visitas ao Jardim Botanico, a Laranjeiras, ao Corcovado, as Paineiras. Um passeio no bonde de Santa Teresa. Saída de carros elétricos da praça Tiradentes para o Alto da Boa Vista. Visita ao Museu Nacional. Passeio no Leme. Excursão ao Jardim Zoológico de Vila Isabel. Barca para Niterói. Etc. Tudo documentado no folheto e nas imagens deixadas pelos marujos.
  • 21. 12 de Janeiro de 1908 O RIO DE JANEIRO DE 1908 NAS IMAGENS PERPETUADAS PELOS MARUJOS Crédito da Imagem: http://www.greatwhitefleet.info
  • 22. 12 de Janeiro de 1908 O RIO DE JANEIRO DE 1908 “Foi uma verdadeira invasão por todos os recantosPELOS MARUJOS bulício que NAS IMAGENS PERPETUADAS da cidade, um imenso animou as nossas ruas e praças, emprestrando-lhes grande alegria e movimento. Aos magotes, enchiam as lojas, cafés, bares, restaurantes e casas de diversões. Traziam dólares que trocavam por 3$200 da nossa moeda, parecendo-lhes triplicar o dinheiro.” (Dunlop) Segundo Dunlop, “dois sobrinhos do Tio Sam, no antigo beco da Pouca Vergonha (atual rua Vinte de Abril)”, cortejando nossas antigas profissionais. Pergunta-se: quantos brasileiros de sangue norte-americano nasceram em setembro de 1908 ? Crédito da Imagem: http://www.greatwhitefleet.info
  • 23. 12 de Janeiro de 1908 O CONSUMO Para um total de 13.300 homens: 459 toneladas de carne fresca; 18,6 toneladas de carne defumada; 45,9 toneladas de carne de carneiro; 6,8 toneladas de carne de vitela; 68,8 toneladas de carne de porco; 68,8 toneladas de lombo de porco; 23 toneladas de toucinho defumado; 137,7 toneladas de presunto defumado; 550,8 toneladas de farinha de trigo; 27,9 toneladas de milho; 9 toneladas de aveia; 11 toneladas de cacau; etc.
  • 24. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 28 de janeiro de 1908 Conforme ficou dito no trabalho anterior (1907-2007), em outubro de 1907, foi nomeada a Comissão Executiva da Exposição Nacional de Agriçultura e Indústria, sob a presidência do Engenheiro Antonio Olyntho dos Santos Pires. A Exposição Nacional, realizada para comemorar o centenário da Abertura dos Portos às Nações Amigas, decretada pelo Príncipe Regente D.João, em 28 de janeiro de 1808, foi inaugurada em 1908. Um formigueiro de operários e artífices. Extraordinário movimento de carros transportando pedra, tijolos, madeira. Preparou-se o terreno, apropriou-se edifícios existentes, construiu-se pavilhões. Arquitetos, pedreiros, carpinteiros, mecânicos, estucadores, bombeiros, eletricistas, ladrilheiros, pintores de liso e artistas pintores (Ferreira da Rosa).
  • 25. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 1908 Amanhecem embandeirados muitos estabelecimentos, consulados, edifícios de jornais. No Salão da Bôlsa dão concertos a Banda do Corpo de Infantaria da Marinha e a Filarmônica da “Luz Steárica” – esta enviada pelo Presidente da Companhia, Dr. Julio Ottoni (Ferreira da Rosa).
  • 26. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 1908 Cau Barata
  • 27. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 1908 “Nasceu de uma feliz inspiração de nossa imprensa a idéia de se prom,over a Exposição Nacional de 1908, comemorativa do centenário da emancipação comercialo e industrial do Brasil. Bem aceita por todos os espíritos progressistas, a idéia adquiru desde logo consistência” (Dunlop). “Coube a Praia Vermelha, a que se prendem tantas e tão belas tradições nacionais, a honra de ser escolhida para teatro deslumbrante do certema. Em breve, um formigueiro de operários, arquitetos e engenheiros ali trabalhava febrilmente, dia e noite, preparando o terreno com aterros e desaterros, adaptando edifícios já existentes, construíndo pavilhões e reformando o antigo cais, na base do penhasco da Urca. ” (Dunlop).
  • 28. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 1908 “O velho bairro da Praia Vermelha trasmuda-se por completo. Tôda a área compreendida entre o fim da rua General Severiano e o antigo edifício da Escola Militar, onde pouca coisa havia a divisar, além do vasto casarão do Hospício Nacional de Alienados (depois Universidade do Brasil), e a deserta praia da Saudade (hoje Iate Clube), transforma-se, como por encanto, numa cidade, verdadeira fantasia das mil e uma noites.” (Dunlop) “Revestiu-se da maior solenidade e brilhantismo a cerimônia da inauguração da Exposição Nacional, no dia 11 de agôsto de 1908. Ninguém dormira: os operários e empregados trabalharam continuamente; os engenheiros não tiveram um momento de descanso.” (Dunlop)
  • 29. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 1908 “Anunciado que a partir de 1 hora da tarde seriam abertos os portões, desde cêdo começou a chegada do povo, aglomermndo-se na entrada. Vieram depois os Ministros de Estado, altas autoridades civis e militares, membros dos Coirpos Diplomáticos e Consular, senadores, deputados, etc..” (Dunlop) “Cêrca das 2 horas, os clarins anunciaram a chegada do Presidente da República, Dr. Affonso Augusto Moreira Penna. Tôdas as bandas de música executaram a um tempo o Hino Nacional, e as bateriasa do Colégio Militar deram as salvas de estilo.” (Dunlop)
  • 30. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 1908 “Após a cerimônia da inauguração, S. Excia. Visitou os paviulhões, e às 5 horas da tarde retirou- se na sua carruagem. À noite, parecia que a cidade inteira havia se deslocado para a Praia Vermelha. A multidão era incalculável. Barcas da Cantareira, bondes, carruagens e automóveis ali despejavam, de instante a instante, ondas de povo.” (Dunlop) “No recinto da Exposição, os restaurantes, bares, diversões de tôda a ordem estavam repleto Por tôdas as alamedas e jardins, como no interior dos pavilhões, viam-se milhares de pessoas num vai- vem contínuo. Nos mastros dos pavilhões tremulavam flâmulas de côres variadas e a bandeira nacional.” (Dunlop)
  • 31. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 1908 “O que mais impressionava, porém, era a iluminação. Havia mais luz e mais fulgor do que se fôsse dia. A iluminação feérica foi, realmente, a grande nota sensacional da noite.” (Dunlop) “Às 10 horas começaram os fogos de artifício. Dezenas de foguetes subiram de um jato, iniciando- se então a queima dos ogos de maravilhoso efeito. Durante uma hora inteira foi uma sucessão de encantos intraduzíveis” (Dunlop)
  • 32. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 1908 “Causou também grande sucesso o cinematógrafo montado por Paschoal Segreto, que passou uma fita de vista geral da cidade do Rio de Janeiro, tirada do alto do Pão de Açúcar, pelo arrojado “operador-foto-cinematográico” Emílio Guimarães.” (Dunlop) Pergunto: onde estará este raríssimo filme do Rio de Janeiro, de 1908 ? O Arco monumenatal, à entrada da Exposição, iluminado à noite com 8.000 lâmpadas coloridas.
  • 33. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 1908 A grandiosidade da Exposição Figuram na Exposição 726 estabelecimentos industriais com sede no então Distrito Federal (Rio de Janeiro), sendo: 19 de fiação e tecidos; 9 de roupa branca; 29 de chapéus; 61 de calçado; 14 de sombreiros e guarda-chuva, 7 de gravatas, 4 de luvas,
  • 34. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 1908 A grandiosidade da Exposição Figuram na Exposição 726 estabelecimentos industriais com sede no então Distrito Federal (Rio de Janeiro), sendo: 19 de fiação e tecidos; 9 de roupa branca; 29 de chapéus; 61 de calçado; 14 de sombreiros e guarda-chuva, 7 de gravatas, 4 de luvas,
  • 35. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 1908 A grandiosidade da Exposição Figuram na Exposição 726 estabelecimentos industriais com sede no então Distrito Federal (Rio de Janeiro), sendo: 19 de fiação e tecidos; 9 de roupa branca; 29 de chapéus; 61 de calçado; 14 de sombreiros e guarda-chuva, 7 de gravatas, 4 de luvas,
  • 36. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 1908 A grandiosidade da Exposição 8 de perfumaria 59 de móveis e decorações 14 de massas alimentares 22 de cerveja 22 de bebidas alcoólicas 11 de cigarros 16 de flores artificiais, 40 de fundição e obras de metal 11 de sabão e velas 12 de vassouras, brochas, escôvas, etc., 6 de papel pintado
  • 37. Exposição Nacional de Agricultura e Indústria 1908 No dia 5 de outubro de 1908 termina a série de espetáculos iniciada a 12 de agosto no Teatro da Exposição Nacional da Praia Vermelha. Repertório: As doutoras, de França Júnior; Quebranto e A nuvem, de Coelho Neto; O defunto, de Filinto de Almeida; A herança, de Júlia Lopes de Almeida; As asas de um anjo, de José de Alencar; Deus e a natureza, de Artur Rocha; Um duelo no Leme, de José Piza; A Sonata ao luar, de Goulart de Andrade; Não consultes médico, de Machado de Assis; História de uma moça rica, de Pinheiro Guimarães; O Noviço e O irmão das almas, de Martins Pena; O dote e Vida e morte, de Artur Azevedo, diretor do Teatro.
  • 38. FIM DA PRIMEIRA PARTE Pesquisa, formatação e texto: Cau Barata (Carlos Eduardo de Almeida Barata)