O documento propõe uma rede de terminais intermodais em Lisboa para melhorar a logística urbana, reduzir o tráfego de caminhões e emissões. A rede conectaria terminais ferroviários e rodoviários existentes para distribuição de última milha com veículos não-poluentes. O plano visa otimizar rotas de distribuição e aumentar a sustentabilidade do transporte de mercadorias na cidade.

1. LOGÍSTICAURBANA– PROPOSTADE REDE
DE TERMINAIS INTERMODAIS EM LISBOA
Transportes de Mercadorias e Logística – Seminário I/III
Rodrigo Dourado

2. Logística urbana
• Pode integrar diferentes modos de transporte e visa alcançar
uma utilização equilibrada entre eles, a fim de garantir
sustentabilidade urbana.
• Constituído por um grande número de componentes e de
agentes em permanente interação tornando esta atividade
bastante complexa.
• Atuação de diversas entidades com poder de decisão que
influenciam o desempenho do sistema (entidades que atuam
em áreas como usos de solo, meio ambiente, fiscalidade,
regulação, etc.)

3. Logística urbana
• Centros de Consumo de bens e Produtores de mercadorias
• Gerador de desperdícios
• As cidades são as maiores geradores de fluxos de
mercadorias
• O transporte de mercadorias representa 10 a 15% de km
percorridos pelos veículos no interior das cidades
• 3% a 5% do solo urbano é dedicado ao transporte de mercadorias e
logística
• A cidade não recebe apenas as mercadorias mas também
gera carga:
• 20 a 25% de todos os camião.km em áreas urbanas são carga de
saída,
• 40 a 50% é carga de entrada
• 25 a 40% é originado e entregue no interior da cidade
Fonte: Aulas GMU 2011/12

4. Problemas identificados
• Elevada movimentação de camiões de mercadorias no interior da
cidade e poluição associada.
• Sistema pouco racional e gerador de ineficiências.
• Janelas horárias muito restritas
• Congestionamento provocado por estacionamento irregular no
momento de carga/descarga.
• Necessidade de desenvolvimento sustentável e preservação da
qualidade de vida no meio urbano.
Fonte: Aulas GMU 2011/12

5. O caso de Lisboa
• Vias de circulação estreita e/ou trânsito condicionado no
centro da cidade
• Lugares de carga/descarga limitados, mal posicionados e
com pouca fiscalização.
• Regulamento Municipal de cargas e descargas não está,
presentemente, em vigor
• Escasso espaço afeto a operações de cargas e
descargas
• O nível elevado de congestionamento no interior da
cidade pode tornar atrativa a criação de terminais de
micro-logística a curta distância dos pontos de entrega

6. Objetivos
• Reduzir número de veículos pesados a entrar diariamente
na cidade.
• Reduzir emissões de CO2
• Redução de numero de viagens
• Utilização de veículos não-poluentes
• Passar para o conceito de distribuição hub-and-spoke
Ponto-a-ponto Hub-and-spoke
Fonte: Aulas GMU 2011/12

7. Objetivos
• Analisar rede de terminais logísticos urbanos circundantes
à cidade de Lisboa associados à distribuição “last mile”
• Integrar na cadeia logística veículos alternativos não-
poluentes.
• (Re)alocar espaço urbano para atividades logísticas (ex:
áreas industriais e terminais ferroviários abandonados)
• Garantir bom nível de serviço e economicamente viável
• Em linha com algumas das medidas apresentadas no
Estudo de Logística Urbana para a cidade de Lisboa
recentemente apresentado

8. Exemplo Monoprix - Paris
• Monoprix (Samada)
• Ligação entre o armazém localizado a 30 km de Paris
(Combs-la-Ville) e o centro de Paris (Bercy)
• Comboio com 10 a 13 vagões 5 vezes/semana
• Chegada ao terminal: 21h
• Distribuição com veiculos movidos a gás natural
• Desvantagem
• O terminal fica sem atividade grande parte do dia.
Fonte: Projeto TURBOLOG

9. Exemplo Monoprix - Paris
Fonte: Projeto TURBOLOG

10. Exemplo “La petite Reine”
• Conceito “l’Éco-logique”
• Veiculo Elétrico (100 kg)
• Capacidade de carga 180 kg
• Serviços intra-urbanos
• Entregas até 15 km (aut. 30km)
Fonte: www.lapetitereine.com

11. Soluções possíveis - Veículos
Fonte: Google Image Search

12. Solução proposta - Terminais
• Rede de terminais logísticos urbanos circundantes à
cidade de Lisboa associados à distribuição “last mile”
• Integrados na rede viária
• Identificação de locais e espaços que cumpram a função
logística de intermodalidade
• comboio  veículos não-poluentes
• rodoviário  veículos não-poluentes
• Promoção do transporte ferroviário e dos modos suaves
no interior da cidade.
• Otimização de rotas a partir destes terminais que
reduzam numero de viagens, tempos de percurso e kms
percorridos.

13. Solução proposta - Terminais
• Santa Apolónia

14. Solução proposta - Terminais
• Braço de Prata
• Alcântara-Terra

15. Solução proposta - Rede

16. Solução proposta - Mercadoria
• Importante promover sinergias entre os operadores e
expedidores para criação de serviços cooperativos
• Tipologia de carga e fluxos de cada terminal dependente do
perfil logístico da área servida
• Sistema logístico proposto pode ajustar-se:
• Áreas de pouca acessibilidade logística
• Pequenas quantidades a transportar
• Baixa frequência
• Urgência irrelevante
• Alguns exemplos:
• Transporte de Correio
• Distribuição de água e refrigerantes
• Logística inversa
Fonte: LogUrb (adaptado)

17. Solução futurista - TruckTrain®
• Promove utilização mais intensiva e
variada da infraestrutura ferroviária
• Pode operar em terminais mais
pequenos quando comparado com
comboios longos
• Não precisa de espaço para efetuar
manobras de inversão de marcha
• 3 a 7 Contentores
• Possibilidade de transportar mercadoria
paletizada ou sem formato normalizado
• Design modular e tecnologia para
aplicações em fluxos intermodais e
logisticos (palletizados) de rápida
carga/descarga.
Fonte: TruckTrain Project - RailNewcastle

18. Plano da fase seguinte
• Compreender quais os tipos de serviço que se adequam
a este sistema.
• Identificar perfis logísticos na cidade de Lisboa por
zonamento
• Identificar locais geradores de carga no exterior da cidade
• Aferir a capacidade dos terminais propostos e a sua
adequabilidade à atividade logística urbana
• Analisar e comparar os diversos veículos não-poluentes
já testados noutras cidades, que possam servir esta
atividade.
• Calcular área de abrangência destes serviços em relação
à rede proposta. Identificar zonas “escuras”