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© 2009 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução desde que citada a fonte.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor.

1ª edição. Ano 2009
Tiragem: 3.000 exemplares
Elaboração, distribuição, informações:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
Secretaria de Defesa Agropecuária
Coordenação Geral de Apoio Laboratorial
Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo B, 4º andar, sala 430
CEP: 70043-900, Brasília - DF
Tel.: (61) 3225-5098
Fax.: (61) 3218-2697
www.agricultura.gov.br
e-mail: cgal@agricultura.gov.br
Central de Relacionamento: 0800 704 1995

Coordenação Editorial: Assessoria de Comunicação Social
Impresso no Brasil / Printed in Brazil




                                     Catalogação na Fonte
                         Biblioteca Nacional de Agricultura – BINAGRI

                 Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
                    Regras para análise de sementes / Ministério da Agricultura,
                 Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. –
                 Brasília : Mapa/ACS, 2009.
                    399 p.

                     ISBN 978-85-99851-70-8

                     1. Semente. 2. Inspeção Sanitária. 3. Defesa Vegetal. 4. Análise
                 de Risco. I. Secretaria Defesa Agropecuária. II. Título.

                                                                            AGRIS F03
                                                                          CDU 631.53.03
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
        SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA




             Regras para Análise de Sementes




                     Brasília – 2009
AGRADECIMENTOS

	        - Nossos agradecimentos aos coordenadores dos Grupos constituídos para a revisão da
presente publicação, aos coordenadores técnicos do MAPA, aos coordenadores técnicos convidados, aos
colaboradores e à revisora do trabalho final.
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO. ................................................................................................................15
            .

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................17

CAPÍTULO 1 - AMOSTRAGEM.........................................................................................21

        1.1 OBJETIVO...............................................................................................................22

        1.2 DEFINIÇÕES...........................................................................................................22
                      .

        1.3 PREPARAÇÃO DO LOTE DE SEMENTES E CONDIÇÕES
        PARA AMOSTRAGEM.................................................................................................23

        1.4 OBTENÇÃO DE AMOSTRAS REPRESENTATIVAS. .........................................23
                                                .

        1.5 OBTENÇÃO DE AMOSTRA DE TRABALHO.....................................................27

        1.6 ARMAZENAMENTO DAS AMOSTRAS..............................................................31

        1.7 TESTE DE HETEROGENEIDADE PARA LOTES DE
        SEMENTES ACONDICIONADAS EM RECIPIENTES.............................................31

        QUADRO 1.2 INDICAÇÃO DO TAMANHO MÁXIMO DO LOTE, USO DA
        ESPÉCIE E PESOS MÍNIMOS PARA AMOSTRA MÉDIA, ANÁLISE DE
        PUREZA E OUTRAS SEMENTES POR NÚMERO. ..................................................45
                                             .

        BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................88

CAPÍTULO 2 - ANÁLISE DE PUREZA..............................................................................91

        2.1 OBJETIVO...............................................................................................................92

        2.2 DEFINIÇÕES...........................................................................................................92

        2.3 PRINCÍPIOS GERAIS.............................................................................................94

        2.4 EQUIPAMENTOS...................................................................................................94
                        .

        2.5 PROCEDIMENTO...................................................................................................94

        2.6 CÁLCULO E EXPRESSÃO DE RESULTADOS...................................................102

        2.7. INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS...................................................................106
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




           2.8 DEFINIÇÃO DE SEMENTE PURA......................................................................107

           QUADRO 2.2 DEFINIÇÃO DE SEMENTE PURA POR GÊNERO E FAMÍLIA
           BOTÂNICA...................................................................................................................107

           BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................133

    CAPÍTULO 3 -VERIFICAÇÃO DE OUTRAS CULTIVARES . ......................................135

           3.1 OBJETIVOS.............................................................................................................136

           3.2 APLICAÇÃO...........................................................................................................136
                        .

           3.3 PRINCÍPIOS GERAIS.............................................................................................136

           3.4 INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS..........................................136

           3.5 PROCEDIMENTO...................................................................................................137

           3.6 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS . ..........................................141

           BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................141

    CAPÍTULO 4 - DETERMINAÇÃO DE OUTRAS SEMENTES POR NÚMERO.........143
                                                           .

           4.1 OBJETIVO...............................................................................................................144

           4.2 DEFINIÇÕES...........................................................................................................144

           4.3 PRINCÍPIOS GERAIS.............................................................................................144

           4.4 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DE REFERÊNCIA..........................................144

           4.5 PROCEDIMENTO...................................................................................................144

           4.6 CÁLCULO E COMPARAÇÃO DE RESULTADOS..............................................145

           4.7 INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS....................................................................145

           BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................145

    CAPÍTULO 5 - TESTE DE GERMINAÇÃO .....................................................................147

           5.1 OBJETIVO...............................................................................................................148

           5.2 DEFINIÇÕES...........................................................................................................148

           5.3 MATERIAIS.............................................................................................................156

           5.4 EQUIPAMENTOS PARA GERMINAÇÃO............................................................157


8
SUMÁRIO




       5.5 CONDIÇÕES SANITÁRIAS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS...................159

       5.6 PROCEDIMENTO...................................................................................................159

       5.7 TRATAMENTO PARA PROMOVER A GERMI­ AÇÃO. ....................................164
                                           N     .

       5.8 DURAÇÃO DO TESTE...........................................................................................166

       5.9 INTERPRETAÇÃO DOS TESTES.........................................................................166

       5.10 REPETIÇÃO DO TESTE DE GERMINAÇÃO (RETESTE)...............................167

       5.11 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS...........................................168

       5.12 APLICAÇÃO DAS TABELAS DE TOLERÂNCIA.............................................169

       QUADRO 5.1 INSTRUÇÕES PARA REALIZAR OS TESTES DE GERMINAÇÃO
       DE SEMENTES, POR ESPÉCIE BOTÂNICA.............................................................179

       INSTRUÇÕES ADICIONAIS E RECOMENDAÇÃO PARA SUPERAR
       A DORMÊNCIA............................................................................................................220
                   .

       BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................224

CAPÍTULO 6 - TESTE DE TETRAZÓLIO........................................................................225

       6.1 OBJETIVOS.............................................................................................................226

       6.2 APLICAÇÕES DO TESTE......................................................................................226

       6.3 PRINCÍPIO. .............................................................................................................226
                    .

       6.4 REAGENTE.............................................................................................................226

       6.5 PROCEDIMENTO...................................................................................................227

       6.6 COLORAÇÃO.........................................................................................................229

       6.7 AVALIAÇÃO. ..........................................................................................................229
                    .

       6.8 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. ...........................................230
                                              .

       6.9 TOLERÂNCIAS......................................................................................................231
                      .

       QUADRO 6.1 INSTRUÇÕES PARA O TESTE DE TETRAZÓLIO EM SEMENTES........232

       BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................304




                                                                                                                                         9
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




     CAPÍTULO 7 - DETERMINAÇÃO DO GRAU DE UMIDADE......................................307

              7.1 DETERMINAÇÃO DO GRAU DE UMIDADE POR MÉTODOS DE
              ESTUFA.........................................................................................................................308
                     .

              7.2 DETERMINAÇÃO DO GRAU DE UMIDADE POR MÉTODOS
              EXPEDITOS .................................................................................................................318

              BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................323

     CAPÍTULO 8 - ANÁLISE DE SEMENTES REVESTIDAS.............................................325
                                                .

              8.1 OBJETIVO...............................................................................................................326

              8.2 DEFINIÇÕES...........................................................................................................326

              8.3 AMOSTRAGEM......................................................................................................327

              8.4 ANÁLISE DE PUREZA. .........................................................................................328
                                   .

              8.5 DETERMINAÇÃO DE OUTRAS SEMENTES POR NÚMERO..........................330

              8.6 TESTE DE GERMINAÇÃO....................................................................................331

              8.7 DETERMINAÇÃO DO PESO E TAMANHO DAS SEMENTES
              PELOTIZADAS.............................................................................................................333

              8.8 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. ...........................................333
                                                     .

              BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................334

     CAPÍTULO 9 - TESTE DE SANIDADE DE SEMENTES................................................335

              9.1 OBJETIVO...............................................................................................................336

              9.2 DEFINIÇÕES...........................................................................................................336

              9.3 PRINCÍPIOS GERAIS.............................................................................................336

              9.4 PROCEDIMENTO...................................................................................................337

              9.5 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. ...........................................337
                                                     .

              BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................340

     CAPÍTULO 10 - EXAME DE SEMENTES INFESTADAS
     (DANIFICADAS POR INSETOS)..............................................................................................................341

              10.1 OBJETIVO.............................................................................................................342

              10.2 PRINCÍPIO. ...........................................................................................................342
                            .

10
SUMÁRIO




        10.3 PROCEDIMENTO.................................................................................................342

        10.4 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. .........................................342
                                                .

        BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................342

CAPÍTULO 11 - PESO VOLUMÉTRICO...........................................................................343

        11.1 OBJETIVO.............................................................................................................344

        11.2 EQUIPAMENTOS. ................................................................................................344
                         .

        11.3. PROCEDIMENTO................................................................................................344

        11.4. CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS..........................................344

        BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................344

CAPÍTULO 12 - PESO DE MIL SEMENTES....................................................................345

        12.1 OBJETIVO.............................................................................................................346

       12.2 PROCEDIMENTO.................................................................................................346

       12.3 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. .........................................346
                                               .

       BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................347

CAPÍTULO 13 - NÚMERO DE SEMENTES SEM “CASCA” E NÚMERO DE
SEMENTES COM “CASCA”...............................................................................................349

       13.1 OBJETIVO.............................................................................................................350

       13.2 PROCEDIMENTO.................................................................................................350

       13.3 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. .........................................350
                                               .

       BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................350

CAPÍTULO 14 - TESTE DE UNIFORMIDADE (RETENÇÃO EM PENEIRA)...........351

       14.1 OBJETIVO.............................................................................................................352

       14.2 PROCEDIMENTO ..............................................................................................352

       14.3 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS . ........................................352

       BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................352




                                                                                                                                        11
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




     CAPÍTULO 15 - TESTE DE EMBRIÃO EXCISADO......................................................353

            15.1 OBJETIVO.............................................................................................................354

            15.2 APLICAÇÃO DO TESTE......................................................................................354

            15.3 PRINCÍPIO. ...........................................................................................................354
                          .

            15.4 PROCEDIMENTO.................................................................................................354

            15.5 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS.....................................................................355

            15.6 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. .........................................357
                                                    .

            BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................357

     CAPÍTULO 16 - TESTE DE RAIOS X................................................................................359

            16.1 OBJETIVO.............................................................................................................360

            16.2 DEFINIÇÕES . ......................................................................................................360

            16.3 PRINCÍPIOS GERAIS...........................................................................................360

            16.4 EQUIPAMENTOS.................................................................................................361
                             .

            16.5 PROCEDIMENTO ................................................................................................361

            16.6 AVALIAÇÃO. ........................................................................................................361
                          .

            16.7 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. .........................................362
                                                    .

            BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................362

     CAPÍTULO 17 - TESTE DE SEMENTES POR REPETIÇÕES PESADAS...................363

            17.1 OBJETIVO.............................................................................................................364

            17.2 DEFINIÇÕES . ......................................................................................................364

            17.3 PRINCÍPIOS GERAIS ..........................................................................................364

            17.4 EQUIPAMENTOS ................................................................................................365

            17.5 PROCEDIMENTO.................................................................................................365

            17.6 CÁLCULO E EXPRESSÃO DE RESULTADOS.................................................366

            17.7 INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................366

            BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................366

12
SUMÁRIO




CAPÍTULO 18 - TOLERÂNCIAS........................................................................................367

       18.1 DEFINIÇÃO E OBJETIVO ..................................................................................368

       18.2 PRINCÍPIO. ...........................................................................................................368
                     .

       18.3 PROCEDIMENTO.................................................................................................368

       18.4 TABELAS DE TOLERÂNCIAS E SUAS APLICAÇÕES...................................369

       BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................395




                                                                                                                                        13
APRESENTAÇÃO
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




         A Coordenação Geral de Apoio Laboratorial – CGAL, da Secretaria de Defesa Agropecuária –
SDA, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA é o órgão responsável pela Rede
Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e
possui dentre suas atribuições estabelecer, uniformizar e oficializar métodos para a realização de análises.
         As presentes Regras para Análise de Sementes – RAS tem a finalidade de disponibilizar métodos
para análise de sementes, sendo estes de uso obrigatório nos Laboratórios de Análise de Sementes
credenciados no MAPA, objetivando o cumprimento da Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, publicada
no Diário Oficial da União de 6 de agosto de 2003 e Decreto n° 5.153, de 23 de julho de 2004, publicado
no Diário Oficial da União de 26 de julho de 2004.
         As RAS tiveram sua 1ª edição pelo Ministério da Agricultura, em 1967 e a partir de então foram
publicadas outras atualizações. A presente edição atualiza e substitui a edição de 1992 e é composta de três
volumes: Regras para Análise de Sementes, Manual de Análise Sanitária de Sementes (anexo ao Capítulo
9 – Teste de Sanidade de Sementes) e o Glossário Ilustrado de Morfologia.
         Estas regras foram atualizadas de acordo com as regras internacionais prescritas pela International
Seed Testing Association – ISTA e incorpora a experiência e os avanços nacionais em análise de sementes.
         A CGAL pretende atualizar estas publicações à medida que novos métodos forem validados e de
acordo com a exigência do mercado nacional e internacional.




                                           Abrahão Buchatsky
                                          Coordenador da CGAL
INTRODUÇÃO
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




     	        O objetivo da presente publicação é atualizar as Regras para Análise de Sementes - RAS (Edição
     1992) de acordo com as regras internacionais de análise de sementes da International Seed Testing
     Association - ISTA, suprindo as necessidades dos Laboratórios de Análise de Sementes que atendem ao
     sistema de produção de sementes no Brasil.
     	        As Regras para Análise de Sementes vem sendo publicadas pelo Ministério da Agricultura,
     Pecuária e Abastecimento desde 1967 com a colaboração dos técnicos abaixo relacionados:

     1967: Engenheiros Agrônomos
     	       Oswaldo Bacchi – Coordenador
     	       Anna Maria R. Torres Formoso
             Eduardo Zink
     	       Jacob Tosselo
     	       Leonor Pecil
     	       Odette H. T. Liberal
     1976: Engenheiros Agrônomos:
     	       Odete H. T. Liberal – Coordenadora
     	       Leonor Pecil
     	       Dirce B. Ortolani
     	       Elcy S. Zappia
     	       Francisco C.Krzyzanowski
     	       Colaboradores:
     	       Doris Koehn
     	       Oswaldo Bacchi
     	       Vera D.C.Mello
     	       Walter Rodrigues da Silva
     	       Renato Azevedo Nascimento – Assessor Jurídico
     1992: Elaboradas pelo Grupo de Trabalho instituído pela Portaria nº 37, de 	15/03/1988,     publicada
     no Diário Oficial da União de 24/03/1988:
     	       Anna Maria R. T. Formoso – IPAGRO/SEAG/RS
     	       Dirce Bissoli Ortolani – CATI/SEAA/SP
     	       Elizabete de Castro Oliveira – IBAMA/PR
     	       Helga Sommer – ABRATES
     	       José Neumar Francelino – SNAD/MARA
     	       Júlio Marcos Filho – ESALQ/SP
     	       Maria Magaly V. S. Wetzel – CENARGEN/EMBRAPA/DF
     	       Marlene Malavasi – UFRRJ/RJ
     	       Odete Halfen Teixeira Liberal – EMBRAPA/LARV/SE/RJ
     	       Vera Delfina Colvara Melo – UFPEL/RS
             COLABORADORES:
             Ana Maria Jamardo – IPAGRO/SEAG/RS
     	       Antônio A. do Lago – IAC/CAMPINAS/SP
     	       Diana L. Irigon – UFPEL/RS
     	       Doris Amaral – IPAGRO/SEAG/RS
     	       Doris Groth – UNICAMP/FEAGRI/DPPPA/SP
     	       Helena Giaretta – IPAGRO/SEAG/RS
     	       Heloisa Morato do Amaral – CATI/SEAA/SP
     	       Jaciro Soave – IAC/CAMPINAS/SP
     	       João Nakagawa – UNESP/SP
     	       José Otávio M. Menten – ESALQ/SP
     	       Luis C. B. Nasser – CPAC/EMBRAPA/DF
     	       Maria Ângela A. Tillman – UFPEL/RS
     	       Maria R. Boaretto – IPAGRO/SEAG/RS
     	       Maria M. D. Moraes – ESALQ/SP
     	       Miriam Terezinha Eira – CENARGEN/EMBRAPA/DF




18
1 - INTRODUÇÃO




	      Nilza R. Mecelis – EMBRAPA/IZ/SAPF/SP
	      Orlando A. Lucca Filho – UFPEL/RS
	      Rosa N. de Andrade – IPAGRO/SEAG/RS
	      Rosângele B. R. G. Botin – CATI/SEAA/SP
	      Rubens Sader – UNESP/JABOTICABAL/SP
	      Sandra Regina da Silveira – LARV/SE/RJ
	      Tamir Duarte da Silva – UFSC/SC
      Revisores:
	      Ariete Duarte Folle
	      Lêda Aparecida Mendonça
	      Silvia Oliveira Alencar
      Coordenação de Modernização e Informática – CMI, do Ministério da Agricultura e
Reforma Agrária:
      Programação Visual:
      Hugo Antonio Pessoa Rodrigues
      Lavoisier Salmon da Silva Neiva
      Paulo Roberto Salles Pires
      Valdeci Medeiros
	      Composição:
      Francisco Antonio Corrêa
      Inácio Loiola de Sousa

	        As presentes Regras foram elaboradas sob a Coordenação dos grupos instituídos pela Portaria
nº 62, de 10 de março de 2006, publicada no Diário Oficial da União de 15 de março de 2006, Portaria
nº 30, de 01/02/2007 publicada no Diário Oficial da União de 5 de fevereiro de 2007 e contaram com a
colaboração de técnicos e especialistas de várias Instituições, relacionados a seguir:

        Coordenadora Geral:
        Lêda Aparecida Mendonça – Responsável pela Área de Sementes – CGAL/SDA/MAPA –
leda.mendonca@agricultura.gov.br

         Coordenadores dos Grupos:
         Ernesto do Nascimento Viegas – Coordenador do Grupo I de 10/03/2006 até 01/02/2007 - Portaria
nº 62, de 10 de março de 2006 - LASO/LANAGRO/RS - ernesto.viegas@agricultura.gov.br
         Glaucia Bortoluzzi Maag – Coordenadora do Grupo I a partir do 01/02/2007 - Portaria nº 30, de
01/02/2007 - LASO/LANAGRO/RS - lasolanagrors@agricultura.gov.br
         Glaucia Maria de Figueiredo Almeida – Co- Coordenadora do Grupo III - Portaria nº 62, de 10 de
março de 2006 - LASO/LANAGRO/PE - glaucia.almeida@agricultura.gov.br
         Myriam Aparecida Guimarães Leal Alvisi – Coordenadora do Grupo II - Portaria nº 62, de 10 de
março de 2006 - LASO/LANAGRO/MG - myriam.alvisi@agricultura.gov.br
         Zilva Lopes – Coordenadora do Grupo III - Portaria nº 62, de 10 de março de 2006 - LASO/
LANAGRO/GO- zilva.lopes@agricultura.gov.br

        Coordenadores Técnicos dos LANAGRO’s
        José Mauricio Pereira - LASO/LANAGRO/MG - jose.m.pereira@agricultura.gov.br
        Luiz Artur Costa do Valle - LASO/LANAGRO/MG - luiz.valle@agricultura.gov.br

         Coordenadores Técnicos convidados:
         Doris Groth – Coordenadora do capítulo “Análise de Pureza”- UNICAMP - dorisgroth@ymail.com
         José da Cruz Machado - Coordenador do capítulo “Teste de Sanidade de Sementes” - UFLA -
machado@ufla.br
         José de Barros França Neto – Coordenador do capítulo “Teste de Tetrazólio” - EMBRAPA/SOJA
- jbfranca@cnpso.embrapa.br
         Maria Ângela André Tillmann - Coordenadora do capítulo “Determinação do Grau de Umidade”
- UFPEL - matilman@ufpel.edu.br




                                                                                                          19
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




     Colaboradores:
     Ana Dionísia da Luz C. Novembre - ESALQ/USP - adlcnove@esalq.usp.br
     Angélica Polenz Wielewicki - LASO/LANAGRO/RS - lasolanagrors@agricultura.gov.br
     Anna Maria Rodrigues Torres Formoso - FEPAGRO
     Antônio Carlos de Souza Medeiros – EMBRAPA/FLORESTAS antonio_c_medeiros@yahoo.com.br
     Carlos Machado dos Santos - UFU - cmsantos@umuarama.ufu.br
     Célia Emília César e Figueiredo - MAPA - cemilia@acessa.com.br
     Cláudio Cavariani - UNESP - ccavariani@fca.unesp.br
     Denise Cunha F. dos Santos Dias - UFV - dcdias@ufv.br
     Denise Garcia Santana - UFU - dgsantana@umuarama.ufu.br
     Diana Lisakowski Irigon - UFPEL - dianalingon@terra.com.br
     Doris Groth - UNICAMP - dorisgroth@ymail.com
     Edson Clodoveu Picinini – SEEDS picinini@seeds.com.br
     Eliane Maria Forte Daltro - EMPAER/MT - elianedaltro@gmail.com
     Elusa Pinheiro Claros - LASO/INDEA elusa_pinheiro@hotmail.com
     Eveline Mantovani Alvarenga - UFV - eveline@ufv.br
     Francisco Carlos Krzyzanowski - EMBRAPA/SOJA - fck@cnpso.embrapa.br
     Jônez Leal Severo - UPF
     Lourdes Vasconcelos Paolinelli - IMA
     Luiz Eichelberger - EMBRAPA/TRIGO - luizei@cnpt.embrapa.br
     Marco Antônio Amaral Passos - DCFL/UFR/PE - mpassos@dcfl.ufrpe.br
     Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque - FAMEV/UFMT
     Maria Cristina Leme de Lima Dias - IAPAR mclldias@hotmail.com
     Maria de Fátima Zorato - Aurora Sementes - fatimazoratoaurora@terra.com.br
     Maria Laene Moreira de Carvalho - UFLA - mlaenemc@ufla.br
     Nilson Lemos de Menezes - UFSM - nlmenezes@smail.ufsm.br
     Nilton Pereira da Costa - EMBRAPA/SOJA – “in memorian”
     Osvaldo de Castro Ohlson - LASO/CLASPAR - lascuritiba@terra.com.br
     Priscila Frantin Medina - IAC - pfmedina@iac.sp.gov.br

     Revisora do Trabalho Final:
     Doris Groth – UNICAMP - dorisgroth@ymail.com




20
AMOSTRAGEM
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




     1.1 OBJETIVO

              Obter uma amostra de tamanho adequado para os testes, na qual estejam presentes os mesmos
     componentes do lote de sementes e em proporções semelhantes.
              A quantidade de sementes analisadas é, em geral, muito pequena em relação ao tamanho do lote
     que representa. Para se obter resultados uniformes e precisos em análise de sementes, é essencial que as
     amostras sejam tomadas com todo cuidado e em conformidade com os métodos estabelecidos nas presentes
     Regras para Análise de Sementes – RAS.
              Por mais criterioso que seja o procedimento técnico empregado na análise, os resultados não podem
     indicar senão a qualidade das sementes contidas na amostra submetida a exame, conseqüentemente, todos
     os esforços devem ser feitos para assegurar que a amostra enviada para análise represente, corretamente, a
     composição do lote em questão. Do mesmo modo, ao reduzir essa amostra no laboratório, toda a precaução
     deve ser tomada pelo analista a fim de que as amostras a serem usadas nas diversas determinações, sejam
     por sua vez representativas da amostra remetida ao laboratório de análise de sementes.


     1.2 DEFINIÇÕES

            1.2.1 LOTE

              É uma quantidade definida de sementes, identificada por letra, número ou combinação dos dois,
     da qual cada porção é, dentro de tolerâncias permitidas, homogênea e uniforme para as informações
     contidas na identificação.

            1.2.2 AMOSTRAS

             a) Amostra Simples
                 É uma pequena porção de sementes retirada de um ponto do lote.

             b) Amostra Composta
                É a amostra formada pela combinação e mistura de todas as amostras simples retiradas do lote.
                Esta amostra é usualmente bem maior que a necessária para os vários testes e normalmente
                necessita ser adequadamente reduzida antes de ser enviada ao laboratório.

             c) Amostra Média
                 É a própria amostra composta ou subamostra desta, com tamanho mínimo especificado nestas
                 Regras para Análise de Sementes. É a recebida pelo laboratório para ser submetida à análise.

             d) Amostra Duplicata
                É a amostra obtida da amostra composta e nas mesmas condições da amostra média e
                identificada como “Amostra Duplicata”. É obtida para fins de fiscalização da produção e do
                comércio de sementes, no caso da necessidade de uma reanálise.

             e) Amostra de Trabalho
                 É a amostra obtida no laboratório, por homogeneização e redução da amostra média até os pesos
                 mínimos requeridos e nunca inferiores aos do Quadro 1.2, para os testes prescritos nestas RAS.

             f) Subamostra
                 É a porção de uma amostra obtida pela redução da amostra de trabalho, usando-se um dos
                 equipamentos e métodos de divisão prescritos em 1.5.2.


22
1 - AMOSTRAGEM




       1.2.3 LACRADO/SELADO

          É quando os recipientes individuais, que contêm as sementes, estão fechados de tal modo que não
possam ser abertos e novamente fechados, sem que fique evidente que foram adulterados. Esta definição se
refere a selagem de lotes ou amostras de sementes.

       1.2.4 IDENTIFICADO

        É quando os recipientes possuem uma única marca de identificação, a qual identifica o lote de
sementes nele contido. Todos os recipientes de um lote de sementes devem estar identificados com a mesma
designação única do lote. Esta designação (letra, número ou combinação de ambos) deve constar no Boletim
de Análise de Sementes, tanto de identificação quanto de fiscalização. As amostras devem ser identificadas
de forma que assegurem um vínculo claro entre o lote de sementes e as amostras e subamostras.


1.3 PREPARAÇÃO DO LOTE DE SEMENTES E CONDIÇÕES PARA AMOSTRAGEM

         No ato da amostragem, o lote de sementes deve ser o mais homogêneo possível. Uma amostra
será tanto mais representativa do lote à medida que aumentar o número de amostras simples. Na prática,
entretanto, um lote de sementes nunca é perfeitamente homogêneo, definindo-se como tal uma porção de
sementes cujas partes que o compõe estejam razoável e uniformemente distribuídas por toda a sua massa.
Essa uniformidade se refere a qualquer dos atributos que podem ser determinados em um exame, tais como
pureza, outras sementes por número e germinação.
         Se um lote é suspeito de ser excessivamente heterogêneo, o laboratório deverá realizar o teste de
heterogeneidade (H).

       1.3.1 PESO MÁXIMO DE SEMENTES POR LOTE

         O peso máximo do lote não deve exceder ao indicado na terceira coluna do Quadro 1.2. Para as
espécies não relacionadas no Quadro 1.2, o peso máximo do lote pode ser determinado por comparação
com uma espécie de semente que tenha tamanho e peso semelhantes ao da espécie em análise.

       1.3.2 RECIPIENTES E IDENTIFICAÇÃO DO LOTE

        O lote deve estar acondicionado em recipientes que possam ser selados e identificados de acordo
com a legislação vigente.
        Por ocasião da amostragem, todos os recipientes necessitam estar identificados, para estabelecer
no Boletim de Análise de Sementes a correspondente identificação do lote.


1.4 OBTENÇÃO DE AMOSTRAS REPRESENTATIVAS

       1.4.1 INSTRUÇÕES GERAIS

         A coleta de amostras para fins de fiscalização da produção e do comércio de sementes, cujos dados
de análise serão utilizados na emissão do Boletim Oficial (BASO), deve ser executada somente por pessoa
autorizada pelo órgão competente da fiscalização.
         Quando da amostragem, o lote de sementes deve ser disposto de tal forma que possua no mínimo
duas faces expostas, com espaçamentos entre pilhas e entre pilhas e paredes, que permitam a amostragem
representativa do mesmo.


                                                                                                             23
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




              A pedido do encarregado da amostragem, o proprietário das sementes ou seu representante deve
     fornecer informações completas sobre o lote em questão.
              Sempre que possível, as amostras simples devem ser retiradas do lote por meio de caladores, que
     são instrumentos apropriados para esse fim.
              No caso de sementes em recipientes, devem ser tomadas ao acaso amostras simples em quantidades
     aproximadamente iguais, fazendo-se coletas na parte superior, na mediana ou na inferior do mesmo, porém
     não necessariamente de mais de um local do mesmo recipiente. Quando a semente estiver armazenada ou
     sendo transportada a granel, as amostras simples devem ser retiradas ao acaso de diferentes pontos e em
     diferentes profundidades.
              No caso de sementes que não deslizam facilmente, como certas gramíneas palhentas, a amostragem
     deve ser preferivelmente, feita à mão. À exceção deste caso, devem ser usados instrumentos apropriados de
     amostragem, ver 1.4.2. As amostras também podem ser coletadas durante o beneficiamento ou ensacamento.
              Quando a amostragem for realizada em pequenos recipientes, tais como sacos de papel, ou
     embalagens à prova de umidade, a mesma deverá ser preferencialmente realizada antes do acondicionamento.
     Para sementes já acondicionadas, um número suficiente de recipientes (Quadro 1.1) deve ser aberto,
     amostrado e novamente fechado.
              As amostras simples devem ser misturadas para formar a amostra composta do lote. A redução
     desta, geralmente necessária para formar a amostra média, deve ser feita com o emprego de um divisor
     de amostras adequado (1.5.2.I). Na falta deste, e no caso das sementes que normalmente se aglomeram, a
     redução deve ser feita cuidadosamente pelo método manual (1.5.2.II).
              A amostra composta, quando de tamanho apropriado, será considerada como amostra média
     sem sofrer redução.

            1.4.2 INSTRUMENTOS DE AMOSTRAGEM E SEU USO

             a) Caladores ou Amostradores do Tipo Duplo
                          Este tipo de calador pode ser usado para a maioria das sementes, com exceção de
                algumas espécies citadas no item 1.4.2.d.
                          Consiste de dois cilindros ocos de metal, perfeitamente ajustados um dentro do outro,
                com uma extremidade sólida e afilada. Ambos os cilindros são providos de aberturas ou janelas
                iguais que podem ser justapostas por meio da rotação do cilindro interno. Esses caladores
                variam em comprimento, diâmetro e número de aberturas de acordo com as diferentes espécies
                de sementes e com os vários tamanhos dos recipientes e podem ou não apresentar divisões
                internamente.
                          Os caladores para sementes acondicionadas em sacos devem ter o comprimento
                mínimo aproximado ao da diagonal dessas embalagens, com o diâmetro variando de 1,25-
                2,50cm e com seis a nove aberturas.
                          Os caladores para sementes a granel ou contidas em recipientes rígidos são bem
                maiores, chegando até dois metros de comprimento por 4,0cm de diâmetro e com seis a
                nove aberturas, podendo ser usados tanto no sentido horizontal como vertical. Para serem
                usados verticalmente, devem ser providos de septos transversais internos, que os dividem em
                compartimentos, cada um dos quais correspondendo a uma das aberturas.
                          O calador deve ser inserido diagonalmente na massa de sementes, num ângulo de 30
                graus e com as aberturas desencontradas e em posição fechada. Depois de aberto no interior
                da massa, deve ser girado algumas vezes ou levemente agitado até que fique completamente
                cheio de sementes. Em seguida, deve ser fechado e retirado, despejando-se as sementes, em um
                recipiente apropriado. Devem ser tomados cuidados para não danificar as sementes.




24
1 - AMOSTRAGEM




             Após a retirada do calador, deve-se procurar fechar o orifício do saco de juta,
   algodão ou polipropileno trançado com a ponta do calador. Sacos de papel podem também ser
   amostrados, fechando-se a perfuração com uma fita adesiva especial.

b) Caladores do Tipo Simples - Amostrador Nobbe
             Este tipo de calador serve para a coleta de amostra de sementes acondicionadas em
   sacos, mas não a granel.
             Consiste de um cilindro afilado, suficientemente longo para alcançar o centro da
   embalagem, com uma abertura oval próxima à extremidade afilada e com um cabo perfurado
   por onde as sementes são descarregadas. O comprimento total do calador deve ser de
   aproximadamente 50cm, incluindo o cabo de 10cm e a ponta de 6cm, deixando livre 34cm do
   cilindro. O diâmetro interno mínimo do cilindro deve ser de mais ou menos 1,5cm para cereais,
   2,0cm para milho, 1,0cm para trevos e sementes de tamanho semelhante.
             O calador deve ser cuidadosamente inserido até o centro do saco com a abertura
   voltada para baixo e a ponta para cima, formando com a horizontal um ângulo de 30°. Gira-se
   o calador em 180°, ficando a abertura voltada para cima; retira-se o calador com velocidade
   cada vez menor a fim de que a quantidade de sementes coletadas durante seu percurso aumente
   progressivamente do centro para a periferia do saco. Quando o calador atingir toda a extensão
   do saco, deverá ser retirado com velocidade relativamente constante e agitado suavemente para
   que seja mantida uma corrente uniforme de sementes.
             Os orifícios feitos com o calador devem ser fechados como descrito no subitem 1.4.2.a.


                                              Observação:
   Não é permitido o uso do calador comumente denominado “ladrão” ou “furador”, cujo comprimento
   não vai além de 25cm e não preenche as exigências da amostragem.




c) Amostragem Durante o Beneficiamento
             Durante o beneficiamento de um lote as amostras deverão ser coletadas em intervalos
    regulares durante todo o processo. Quando for usado um recipiente que intercepte o fluxo da
    semente, toda a seção transversal da corrente de sementes deve ser uniformemente amostrada.
    O recipiente pode ser movimentado manual ou mecanicamente através da corrente de sementes.

d) Amostragem Manual
            A amostragem manual é o método mais adequado para espécies de sementes que
   não deslizam facilmente, como as gramíneas palhentas dos gêneros Agropyron, Agrostis,
   Alopecurus, Andropogon, Anthoxantum, Arrhenatherum, Axonopus, Brachiaria, Bromus,
   Cenchrus, Chloris, Cynodon, Cynosurus, Dactylis, Deschampsia, Digitaria, Elymus,
   Elytrigia, Festuca, Holcus, Hyparrhenia, Lolium, Melinis, Panicum, Pascopyrum,
   Paspalum, Poa, Psathyrostachys, Pseudoroegneria, Setaria, Trisetum, Urochloa, Zoysia e
   outros similares. De uma forma geral, deve-se homogeneizar a massa de sementes, agitando-se
   os sacos antes da amostragem.
            É difícil pelo método manual obter amostras representativas a mais de 40cm de
   profundidade e quando for necessário obtê-las, o encarregado da amostragem deve solicitar
   que alguns sacos ou embalagens sejam total ou parcialmente esvaziados para facilitar a
   amostragem, e em seguida, reensacar as sementes.




                                                                                                      25
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




        1.4.3 OBTENÇÃO DA AMOSTRA E INTENSI­ ADE DA AMOSTRAGEM
                                           D

        A intensidade mínima de amostragem deverá obedecer aos seguintes critérios:

         I ─ As indicações contidas no Quadro 1.1.
        QUADRO 1.1 ─ Intensidade de amostragem.

           Lotes de sementes acondicionadas em recipientes com capacidade de até 100kg
         N de recipientes do lote                     Número de amostras simples
                   1–4                             3 amostras simples de cada recipiente
                   5–8                            2 amostras simples de cada recipiente
                  9 – 15                           1 amostra simples de cada recipiente
                 16 – 30                               15 amostras simples no total
                 31 – 59                               20 amostras simples no total
               60 ou mais                              30 amostras simples no total

         Lotes de sementes acondicionadas em recipientes com capacidade de mais de 100kg ou
                                amostragem durante o beneficiamento
      Tamanho do lote                            Número de amostras simples
          Até 500kg                              Pelo menos 5 amostras simples
        501 - 3.000kg              1 amostra simples para cada 300kg, mas não menos do que 5
      3.001 - 20.000kg            1 amostra simples para cada 500kg, mas não menos do que 10
     Acima de 20.000kg            1 amostra simples para cada 700kg, mas não menos do que 40



         II ─ Quando for necessária a retirada de mais de uma amostra simples por recipiente, o número de
                tomadas de amostras simples deve ser uniforme em todos os recipientes;
         III ─ Para as sementes que se apresentam embaladas em pequenos recipientes tais como latas,
                caixas de papelão ou envelopes, o seguinte procedimento deverá ser adotado:

                 a) Um peso de 100 quilos de sementes é tomado como unidade básica e os pequenos
                      recipientes são combinados, de maneira a formar essas unidades de amostragem e não
                      excedendo aquele peso por exemplo:
                    	       20 recipientes de 5 quilos
                    	       33 recipientes de 3 quilos
                    	      100 recipientes de 1 quilo
                    	 1.000 recipientes de 100 gramas
                    	 10.000 recipientes de 10 gramas

                 b) para fins de amostragem, cada unidade básica é considerada como um “recipiente” e a
                     intensidade de amostragem prescrita no Quadro 1.1 deve ser aplicada. A amostragem
                     deve ser feita tomando-se como amostra simples as embalagens inteiras e fechadas,
                     constituintes da unidade básica, em número suficiente para suprir a quantidade mínima
                     de sementes exigidas para a amostra média da espécie em questão;

                 c) se o número de recipientes/embalagens não for suficiente para atingir 100 quilos, a
                     unidade básica será constituída pelo peso total das embalagens existentes.




26
1 - AMOSTRAGEM




       1.4.4 PESOS MÍNIMOS DAS AMOSTRAS MÉDIAS

         a) Os pesos mínimos das amostras médias, de cada espécie de semente, necessários para as diversas
             determinações encontram-se especificados no Quadro 1.2. Excetuam-se as determinações
             cujos pesos se encontram relacionados nos capítulos específicos como Grau de Umidade, Peso
             Volumétrico, Sementes Revestidas e outros;

         b) no caso de amostra recebida no Laboratório de Análise de Sementes ─ LAS ser menor do que
             a especificada nas RAS, o requerente deve ser notificado e a análise suspensa até que nova
             amostra com peso suficiente seja recebida;

         c) no caso de lotes pequenos e de sementes muito caras, é permitido enviar amostras médias menores,
            tendo no mínimo o peso suficiente para a realização dos testes solicitados. A seguinte declaração
            deverá constar no Boletim de Análise de Sementes: “A amostra média pesou apenas ..... g”.
            São considerados lotes pequenos aqueles iguais ou menores do que 1% do peso máximo de lote
            indicado no Quadro 1.2.

       1.4.5 EMBALAGEM, IDENTIFICAÇÃO, SELAGEM E REMESSA DA AMOSTRA

         Cada amostra deve ser identificada de maneira a estabelecer sua conexão com o respectivo lote.
         A embalagem individual a ser usada para a amostra média deve ser de material resistente, como
papel Kraft multifoliado, papelão, algodão, para não se romper durante a remessa ao laboratório. A amostra
deverá ser acompanhada de um Termo de Remessa (formulário próprio) assinado pelo interessado ou seu
representante legal, com todas as informações pertinentes.
         As embalagens individuais devem ser acondicionadas de maneira a evitar danos durante o
transporte, sendo preservadas contra o excesso de calor, umidade e contaminação.
         Amostras cujas sementes serão usadas para testes de germinação não devem ser acondicionadas
em recipientes hermeticamente fechados, enquanto que aquelas utilizadas para determinações como grau
de umidade e peso volumétrico, devem ser remetidas separadamente, em embalagens impermeáveis e
hermeticamente fechadas.
         O responsável pela tomada das amostras deve remetê-las, sem demora, ao Laboratório de Análise
de Sementes. Quando as sementes forem tratadas quimicamente com fungicidas e/ou inseticidas, o nome do
produto, do ingrediente ativo e a dosagem utilizada devem ser fornecidos junto com a amostra.


1.5 OBTENÇÃO DE AMOSTRA DE TRABALHO

       1.5.1 INSTRUÇÕES GERAIS

          A amostra média recebida pelo laboratório necessita ser reduzida a uma ou mais amostras de
trabalho, de peso igual ou ligeiramente maior aos prescritos no Quadro 1.2, as quais serão usadas nas
diversas determinações.
          A amostra média deve ser primeiramente homogeneizada. A amostra de trabalho poderá então ser obtida
tanto por divisões sucessivas como por separação e subseqüente combinação, ao acaso, de pequenas porções.
          É muito importante que essa homogeneização e redução sejam feitas com especial atenção e
cuidado, a fim de que as amostras de trabalho sejam realmente representativas da amostra média, e portanto,
do lote de sementes em análise. Os instrumentos e métodos adequados a este propósito encontram-se
descritos em 1.5.2.
          Qualquer outra amostra de trabalho requerida deve ser retirada independentemente. Depois
de retirada a primeira amostra de trabalho, o remanescente da amostra média deve ser novamente
homogeneizado, antes que uma segunda amostra seja retirada. As sementes restantes constituirão a amostra

                                                                                                                27
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




     de arquivo e deverão ser armazenadas em local apropriado, com controle de temperatura e umidade relativa
     de acordo com a espécie.
              Independentemente do método usado para a obtenção da amostra de trabalho a ser usada na análise
     de pureza, é preferível não tentar tomar exatamente o peso mínimo estabelecido no Quadro 1.2, mas sim,
     uma quantidade de sementes cujo peso seja um pouco maior do que esse mínimo, até um limite de 3% da
     amostra de trabalho. Dessa maneira, impede-se a interferência pessoal de colocar ou retirar da balança
     pequenas porções de sementes.

            1.5.2 EQUIPAMENTOS E MÉTODOS DE DIVISÃO E SEU USO

              Um dos seguintes métodos deve ser usado na obtenção das amostras de trabalho:

               I- Método Mecânico
                  Este método é adequado para todas as sementes que deslizam com facilidade. A amostra passada
     pelo aparelho é dividida em duas partes aproximadamente iguais e homogêneas. Com o intuito de melhor
     homogeneizar a amostra média, esta deve ser passada no mínimo duas vezes pelo divisor e recomposta
     antes da divisão propriamente dita, que é executada por meio de repetidas passagens das sementes pelo
     divisor, removendo-se, em cada vez, metade da porção. O processo de divisões sucessivas é repetido até
     que se obtenha a amostra de trabalho de peso aproximado, porém nunca inferior ao exigido para a espécie.
     Porções obtidas por divisão podem ser combinadas para se obter o peso necessário.
                  Independente do aparelho utilizado, o cuidado com a limpeza interna é de fundamental
     importância antes de cada operação.
                  Os divisores a seguir descritos são os mais comumente usados:

             Divisor Cônico
             Este divisor (tipo Boerner) consiste de uma moega cônica ou alimentador, de um cone invertido
     e de uma série de lâminas separadoras que formam pequenos canais iguais na largura e comprimento. As
     sementes são alternadamente conduzidas, durante sua queda, para duas bicas opostas situadas na base do
     aparelho. Uma válvula na base da moega retém as sementes, as quais devem ser despejadas bem no centro
     da moega. Quando essa válvula é aberta, as sementes caem por gravidade sobre o cone invertido; são
     uniformemente distribuídas para os canais e através das bicas são conduzidas para os recipientes.
             Exemplos de dimensões são relacionados a seguir:
             a) O divisor maior, destinado às sementes iguais ou maiores que as de trigo pode ser construído
                externamente com 81,28cm de altura por 36,38cm de diâmetro, apresenta 38 canais (19 para
                cada bica) de 2,54cm de largura.
             b) O divisor menor, para sementes menores, possui 40,64cm de altura por 15,24cm de diâmetro e
                44 canais (22 para cada bica) de 0,79cm de largura.

              No divisor cônico, deve-se observar:
              • a válvula deve-se mover facilmente, mas não permitir que as sementes passem pelos seus bordos
                quando fechados;
              • devem ser mínimos os ângulos agudos e não deve haver orifício e bordas ásperas nas superfícies sobre as
                quais as sementes deslizam, pois sementes e partículas podem ficar retidas e contaminar outras amostras;
              • os canais devem ter rigorosamente as mesmas medidas.

              A desvantagem deste tipo de divisor é a dificuldade que oferece para a limpeza, sendo esta facilitada
     pelo uso de ar comprimido.




28
1 - AMOSTRAGEM




         Divisor de Solo
         Este tipo de divisor é adequado para as espécies de sementes grandes, sementes palhentas e de
espécies florestais.
         Nesse divisor, cujos princípios de construção são os mesmos do tipo cônico, os canais estão em
linha e não em círculo. O divisor de solo consiste de uma moega provida de canais alternados, dispostos
em direções contrárias, de um suporte para a moega e três a cinco recipientes iguais, usados para captar e
despejar as sementes.
         As dimensões externas mais utilizadas desse divisor são: 35,56cm de comprimento por 25,40cm
de largura e 27,94cm de altura, com cerca de 18 canais medindo cada um 1,27cm de largura. Modelos
apropriados para sementes pequenas também podem ser confeccionados.
         As sementes devem ser uniformemente despejadas por toda extensão da moega, usando-
se um dos recipientes de mesmo comprimento da moega, para que as sementes caiam por gravidade
simultaneamente por todos os canais.

         Divisor centrífugo
         Este divisor não é aconselhável para certas gramíneas forrageiras palhentas como as dos gêneros
Brachiaria, Lolium, Panicum, Paspalum e outras espécies em que são requeridas amostras de trabalho de
peso reduzido.
         Esse divisor (tipo Gamet) emprega a força centrífuga para misturar e espalhar as sementes sobre
a superfície divisora. Nesse aparelho, as sementes caem da moega para um receptáculo de borracha em
forma de taça, o qual, girando a certa velocidade por meio de um motor elétrico, joga as sementes para um
compartimento cilíndrico fechado, dividido em dois setores iguais, cada um dos quais ligado a uma bica,
sendo a amostra dividida em duas porções aproximadamente iguais.

        •	 Manuseio do equipamento
           a- O divisor é nivelado por meio de pés ajustáveis;
           b- o divisor e os quatro recipientes são verificados quanto à limpeza.

        •	 Homogeneização
           a- Um recipiente é colocado sob cada bica;
           b- a amostra inteira é colocada no alimentador. Quando se alimenta a moega, a semente deve
               sempre ser despejada no centro;
           c- o centrifugador é acionado e as sementes passam para dentro dos recipientes;
           d- o aparelho é desligado; recipientes cheios são substituídos por outros vazios; os conteúdos
               dos dois recipientes cheios alimentam simultaneamente a moega, sendo permitido que as
               sementes sejam misturadas no seu fluxo; o centrifugador é acionado;
           e- o procedimento descrito em “d” é repetido pelo menos uma vez.

        •	 Redução da amostra
           a- Recipientes cheios são substituídos por vazios;
           b- o conteúdo de um dos recipientes cheios é colocado de lado e o conteúdo do outro alimenta a
               moega. O centrifugador é acionado;
           c- este procedimento é repetido até que o peso apropriado da amostra seja atingido, obedecendo as
               prescrições estabelecidas no Quadro 1.2. Porções obtidas por divisão podem ser combinadas
               para se obter o peso necessário;
           d- se ao final da divisão for obtido peso inferior ao desejado, dividir a fração deixada de lado,
               conforme item b, até obter o complemento da amostra de trabalho, obedecendo as prescrições
               estabelecidas no Quadro 1.2.




                                                                                                               29
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




             II- Método Manual
                 Sempre que não for possível o emprego de um dos métodos anteriores, a redução da amostra
     média deve ser feita manualmente, obedecendo ao mesmo princípio das divisões sucessivas em que se
     baseiam os divisores de amostra.

            	 Método das divisões sucessivas
             A amostra média do lote deverá ser colocada sobre uma superfície limpa e lisa, manualmente
     homogeneizada, amontoada e dividida ao meio com o auxílio de uma régua ou objeto semelhante.
     Desprezando-se uma das metades, repete-se com a outra metade as mesmas operações anteriores,
     até que seja obtida uma amostra de trabalho com peso igual ou ligeiramente superior ao prescrito
     como mínimo (1.5.1).
             Ao separar as duas porções resultantes de cada divisão, é imprescindível que todo o material
     presente, inclusive o constituído de pequenas partículas como terra e pedra, que normalmente se acumulam
     na parte inferior da amostra, seja também dividido e incluído em cada metade.

              Método das divisões constantes
              Este método é restrito às sementes palhentas, com ganchos, espinhos ou alas, exceto se essas
     estruturas também tenham sido removidas durante o beneficiamento. É o caso de certos gêneros como:
     Agrimonia, Andropogon, Anthoxanthum, Arrhenatherum, Astrebla, Beckmannia, Bouteloua,
     Brachiaria, Briza, Cenchrus, Chloris, Dichanthium, Digitaria, Echinochloa, Ehrharta, Elymus,
     Eragrostis, Gomphrena, Hiparrhenia, Melinis, Oryza, Pennisetum (exceto P. glaucum), Psathyrostachys,
     Scabiosa, Sorghastrum, Stylosanthes (exceto S. guianensis), Trisetum, Urochloa e os seguintes gêneros
     de árvores e arbustos: Acer, Aesculus, Ailanthus, Castanea, Cedrela, Corylus, Fraxinus, Juglans,
     Liriodendron, Platanus, Populus, Quercus, Salix, Tectona e Ulmus.

             Procedimento:
             1-	 A amostra média do lote é colocada sobre uma superfície limpa e lisa;
             2-	a seguir, homogeneizar com as mãos ou com o auxílio de uma espátula, formando um amontoado.
             3-	o amontoado é dividido ao meio, sendo cada metade novamente dividida, resultando em quatro
                porções aproximadamente iguais. Cada uma destas é dividida, resultando em oito porções, as
                quais devem ser dispostas em duas fileiras de quatro;
             4-	combinar e reter as porções alternadas. A primeira e a terceira porção da primeira fileira são
                combinadas com a segunda e quarta da segunda fileira, sendo as demais removidas;
             5-	os itens 2, 3 e 4 são repetidos utilizando as porções retidas do item 4, tantas vezes quantas forem
                necessárias, até que seja obtida a amostra de trabalho com peso igual ou ligeiramente superior
                (1.5.1) ao prescrito para a espécie.

              Método da Colher
              Este método é recomendado para redução de amostras de sementes para o teste de sanidade. Para
     outros testes, é restrito apenas para amostras de espécies de sementes menores do que as de trigo. Uma
     bandeja, uma espátula e uma colher com uma borda reta são requeridas. Após uma mistura preliminar,
     despeje a semente uniformemente sobre a bandeja; não mexa na bandeja a partir deste momento. Com a
     colher em uma mão, a espátula na outra e utilizando as duas, remova pequenas porções da semente de pelo
     menos cinco lugares escolhidos aleatoriamente na bandeja. Porções suficientes da semente são tomadas
     para comporem a amostra de trabalho, conforme Quadro 1.2 e item 1.5.1.




30
1 - AMOSTRAGEM




1.6 ARMAZENAMENTO DAS AMOSTRAS

       1.6.1 ANTES DA ANÁLISE

        Todo esforço deve ser feito para iniciar a análise da amostra no dia do seu recebimento ou reduzir
ao mínimo o tempo entre a amostragem e a análise. Se for necessário conservar a amostra média durante
algum tempo antes da análise, esta deve ser armazenada em local preferencialmente climatizado, de tal
maneira que as alterações na qualidade da semente como dormência, grau de umidade e porcentagem de
germinação sejam as mínimas possíveis.

       1.6.2 DEPOIS DA ANÁLISE

         Uma vez retiradas todas as amostras de trabalho necessárias para as diversas determinações, as
sementes restantes da amostra média são colocadas em recipientes apropriados e irão constituir a amostra
de arquivo. Todas as sobras de sementes resultantes da análise de pureza ou de qualquer outra determinação
deverão ser armazenadas, em separado, por um período equivalente ao da validade do teste de germinação.
         A porção “Semente Pura” poderá ser arquivada, em separado da amostra de arquivo, nas mesmas
condições, para ser usada em outros testes que não o de pureza, nos casos em que a amostra de arquivo seja
insuficiente para realização dos testes.
         As amostras devem ser armazenadas em locais adequados, de acordo com a espécie, com controle de
temperatura e de umidade relativa. O laboratório não pode, entretanto, ser responsabilizado pelo declínio da
porcentagem de germinação durante o armazenamento das amostras de arquivo. Tratamentos com inseticidas
e contra animais roedores são muitas vezes necessários para o armazenamento seguro dessas amostras.
         As amostras enviadas ao laboratório em embalagens herméticas deverão ser armazenadas nas
condições semelhantes às originais de embalagem.

       1.6.3 PESO DOS LOTES E DAS AMOSTRAS PARA ANÁLISES

         O Quadro 1.2 indica respectivamente os nomes botânicos das espécies, os usos das espécies, os
pesos máximos dos lotes, os pesos mínimos das amostras médias e das amostras de trabalho para análise de
pureza e para a determinação de outras sementes por número, bem como o número aproximado de sementes
por grama.
         O peso da amostra de trabalho usado na Análise de Pureza é calculado para conter no mínimo
2.500 sementes.
         O peso da amostra de trabalho usado na Determinação de Outras Sementes por Número é calculado
em no máximo 10 vezes o peso da amostra de pureza, mas limitado a um máximo de 1.000 gramas.


1.7 TESTE DE HETEROGENEIDADE PARA LOTES DE SEMENTES 	 ACONDICIONADAS
EM RECIPIENTES

       1.7.1 OBJETIVO

          Determinar se a heterogeneidade do lote é tecnicamente aceitável para a amostragem com base em
dois testes estatísticos, o teste do valor H e o teste do valor R.
          Nota: A amostragem deve ser recusada se o lote for tão heterogêneo que diferenças entre recipientes
ou amostras simples sejam visíveis ao amostrador (item 1.3). Em casos duvidosos, os testes descritos a
seguir podem ser usados.




                                                                                                                31
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




            1.7.2 PRINCÍPIO

               Um lote de sementes é caracterizado pelo conjunto dos seus componentes. Por exemplo, se a
     característica a ser considerada é a pureza física, os constituintes são: semente pura, outras sementes e material
     inerte e o lote é formado por esses três componentes. Em um lote homogêneo, presume-se que haja a distribuição
     uniforme dos componentes, de forma que uma amostra coletada seja idêntica à outra, quanto às características
     avaliadas. Como isso geralmente não ocorre, espera-se a distribuição ao acaso dos componentes do lote.
               A heterogeneidade dentro de um lote de sementes pode ocorrer devido à distribuição desigual,
     embora contínua, nas porcentagens dos componentes da análise de pureza, nas porcentagens das categorias
     do teste de germinação (como plântulas normais e anormais, sementes duras/dormentes, mortas e em
     algumas circunstâncias as sementes não germinadas, como sementes vazias, sementes sem embrião e
     sementes danificadas por insetos) ou nas outras sementes por número, nos diferentes recipientes de um
     lote. Estes casos são referidos como heterogeneidade dentro da amplitude, avaliada pelo teste do valor
     H. A heterogeneidade também pode resultar de uma distribuição descontínua do atributo avaliado no lote,
     excedendo os limites razoáveis tolerados. Por exemplo, lotes em que há recipientes com sementes de
     qualidade extremamente diferentes e lotes formados pela combinação de dois ou mais lotes com disparidades
     na qualidade das sementes sem uma mistura efetiva. Estes casos são referidos como heterogeneidade fora
     da amplitude, avaliada pelo teste do valor R.
               A heterogeneidade do lote pode ser avaliada pela comparação entre a variância observada entre
     amostras independentes de tamanho similar retiradas de diferentes recipientes e a variância aceitável,
     calculada considerando a distribuição ao acaso dos componentes (teste do valor H), e pela comparação
     entre a diferença máxima encontrada entre essas mesmas amostras com um desvio padrão aceitável (teste
     do valor R). Cada amostra utilizada para o cálculo da variância observada é coletada de um recipiente, não
     sendo mensurada a heterogeneidade dentro do recipiente. Em cada amostra é realizada a análise para o
     atributo avaliado. Se o resultado de um dos dois testes indicar heterogeneidade significativa, o lote deve ser
     declarado heterogêneo. Esse método é impraticável como análise de rotina e não deve ser empregado em
     qualquer característica do lote de sementes cuja ocorrência seja próxima de zero ou de 100%.

            1.7.3 TESTE DO VALOR H

             A variância aceitável é calculada multiplicando-se a variância teórica esperada pela variação ao
     acaso com um “fator f” para variação adicional, levando em conta o nível de heterogeneidade esperado
     quando se utilizam boas práticas de produção de sementes. A variância teórica pode ser calculada pela
     função de distribuição de probabilidade correspondente, que é a distribuição binomial, no caso de Pureza e
     Germinação, ou a distribuição de Poisson, no caso de Outras Sementes por Número.

              1.7.3.1 Definições de Termos e Símbolos
              Amostra-recipiente = amostra tomada de um único recipiente do lote
              Nº =	 número de recipientes do lote
              N =	 número de amostras-recipiente retiradas
              n =	 número de sementes estimado em cada amostra de trabalho (1.000 para a pureza, 100 para
                     germinação e 10.000 para outras sementes)
              X =	 valor do atributo que se quer testar, em cada amostra-recipiente (ex.: porcentagem de
                     sementes puras, outras sementes por número, porcentagem de germinação)
                 = 	 média de todos os valores de X, determinado para o lote
              S = 	 somatório
              W = variância teórica das amostras com relação ao atributo testado
              V = variância observada entre as amostras-recipiente com relação ao atributo testado
              f = fator de correção da variância teórica pelo qual esta é multiplicada para o cálculo da
                     variância aceitável (veja Tabela 1.1)


32
1 - AMOSTRAGEM




                                           Média de todos os valores X determinados para cada amostra-
                                           recipiente

    Nota:
    - Para resultados de porcentagens de componentes da pureza ou de categorias do teste de germinação,
       calcular a média com duas casas decimais se N < 10 e com três casas decimais se N 10.
    - Para resultados de números de outras sementes, calcular a média com uma casa decimal se N < 10 e
      com duas casas decimais se N 10.


                                           Variância aceitável dos resultados de porcentagens dos componentes
                                           da análise de pureza ou de categorias do teste de germinação obtidos
                                           em amostras-recipiente independentes

                                           Variância aceitável de resultados de números de outras sementes
                                           obtidos em amostras-recipiente independentes


                                           Variância observada para o atributo avaliado nas amostras-recipiente
                                           independentes, baseada em todos os valores de X.

                                           Valor H:




Nota: Valores negativos de H são relatados como zero.

   TABELA 1.1 – Fatores de correção ( f ) utilizados no cálculo de W e do valor H.
               Atributo                            Sementes Não Palhentas                       Sementes Palhentas*
  Componentes da Pureza                                 1.1                                            1.2
  Outras Sementes por Número                            1.4                                            2.2
  Categorias do Teste de Germinação**                   1.1                                            1.2
        * Ver definição de Sementes Palhentas no Capítulo 2 − Análise de Pureza (item 2.6.2.3 e 2.8 Quadro 2.2).
        ** (ver 1.7.2).


        1.7.3.2 Amostragem do Lote
        O número de amostras-recipientes independentes a ser tomado não deve ser inferior ao
apresentado na Tabela 1.2.




                                                                                                                      33
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




        TABELA 1.2 – Número de amostras-recipientes a serem coletadas de acordo com o número
                        de recipientes do lote e valores críticos de H para heterogeneidade do
                        lote em nível de 1% de probabilidade.
                      Número de
      Número de
                      Amostras-                 Valores Críticos de H                       Valores Críticos de H para
     recipientes do
                      Recipientes                para Atributos de                             Atributos de Outras
          Lote
                    Independentes               Pureza e Germinação                           Sementes por Número
          (Nº)
                          (N)
                                            Sementes Não           Sementes              Sementes Não               Sementes
                                              Palhentas           Palhentas*               Palhentas               Palhentas*
           5                  5                 2,55                 2,78                   3,25                      5,10
           6                  6                   2,22                2,42                   2,83                     4,44
           7                  7                   1,98                2,17                   2,52                     3,98
           8                  8                   1,80                1,97                   2,30                     3,61
           9                  9                   1,66                1,81                   2,11                     3,32
           10                 10                  1,55                1,69                   1,97                     3,10
         11-15                11                  1,45                1,58                   1,85                     2,90
         16-25                15                  1,19                1,31                   1,51                     2,40
         26-35                17                  1,10                1,20                   1,40                     2,20
         36-49                18                  1,07                1,16                   1,36                     2,13
       50 ou mais             20                  0,99                1,09                   1,26                     2,00
        * Ver definição de Sementes Palhentas no Capítulo 2 − Análise de Pureza (item 2.6.2.3 e 2.8 Quadro 2.2).



              Os recipientes a serem amostrados são escolhidos ao acaso. De cada recipiente será tomada
     uma amostra. Esta será constituída de pequenas porções de sementes, retiradas diagonalmente das partes
     superior, mediana e inferior do recipiente. O peso de cada amostra-recipiente não deve ser menor do que a
     metade do peso indicado para a amostra média (Quadro 1.2).

                1.7.3.3 Procedimento do Teste
                Os atributos adotados para avaliar a heterogeneidade podem ser:
                •	 Porcentagem em peso de qualquer componente da análise de pureza;
                •	 Porcentagem de qualquer categoria do teste de germinação (ver 1.7.2);
                •	 Número total de sementes, número de sementes de um determinado tipo (outra espécie cultivada,
                    sementes silvestres ou sementes nocivas) ou número de sementes de uma determinada espécie
                    encontrado na determinação de outras sementes por número.

              No laboratório, será retirada uma amostra de trabalho de cada amostra-recipiente e esta será
     analisada independentemente das demais amostras para o atributo escolhido.

                a) A porcentagem em peso de qualquer componente pode ser usada, desde que possa ser separada
                    como na Análise de Pureza, por exemplo, em porcentagem de sementes puras, de material
                    inerte, de outras sementes ou de sementes vazias de gramíneas. A amostra de trabalho deve
                    ser de peso tal que contenha 1.000 sementes. Cada amostra de trabalho é separada em duas
                    frações: o componente selecionado e o complemento. As duas frações serão pesadas e será
                    calculada a porcentagem em peso da primeira parte em relação ao conjunto das duas;
                b) Nesse teste, pode ser considerada qualquer categoria de semente ou de uma determinada plântula
                    em um Teste de Germinação, como por exemplo: plântulas normais, plântulas anormais ou
                    sementes duras. De cada amostra-recipiente tomada é realizado, simultaneamente, um teste de
                    germinação com 100 sementes, de acordo com as especificações do Quadro 5.1.


34
1 - AMOSTRAGEM




         c) Outras Sementes por Número podem ser determinadas, por exemplo, para uma determinada espécie
             ou para todas as outras sementes cultivadas ou para todas as sementes silvestres presentes. Cada
             amostra de trabalho deve ser tomada de maneira a conter cerca de 10.000 sementes.

         1.7.3.4 Uso da Tabela 1.2 e Informação dos Resultados
         Se o valor calculado de H exceder o valor tabelado de H (Tabela 1.2, em função de N, do atributo
considerado e da semente ser palhenta ou não), considera-se que o lote mostra heterogeneidade significativa.
Se, entretanto o valor calculado de H for menor ou igual ao valor tabelado, então o lote é considerado como
não heterogêneo.
         Para o resultado do teste de heterogeneidade devem ser informados o valor da média ( ), o número
de amostras (N), o número de sacos no lote (Nº), o valor de heterogeneidade (H) e os seguintes dizeres:
“Este valor de heterogeneidade (H) indica (ou não indica) heterogeneidade significativa”.
         Se estiver fora dos seguintes limites, o valor H não deve ser calculado ou informado:
         •	 Componentes da análise pureza: acima de 99,8% ou abaixo de 0,2%.
         •	 Categorias do teste de germinação: acima de 99% ou abaixo de 1%.
         •	 Outras sementes por número: abaixo de duas por amostra.

       1.7.4 TESTE DO VALOR R

          O teste do valor R avalia a heterogeneidade fora da amplitude por meio da comparação da diferença
máxima encontrada entre as amostras de tamanho similar, retiradas conforme descrito para o teste do valor
H, com os valores de amplitude máxima tolerada. Essa amplitude máxima tolerada é baseada no desvio
padrão teórico aceitável, levando em conta o nível de heterogeneidade esperado quando se utilizam boas
práticas de produção de sementes. Os valores do desvio padrão aceitável foram calculados a partir do
desvio padrão atribuído à variação ao acaso de acordo com a distribuição binomial, para os componentes
da análise de pureza (Tabela 1.3) e para as categorias do teste de germinação (Tabela 1.4), e de acordo com
a distribuição de Poisson para números de outras sementes (Tabela 1.5), multiplicado, nos três casos, pela
raiz quadrada do “fator f”, conforme a Tabela 1.1.

        1.7.4.1 Definições de Termos e Símbolos
        São utilizados os mesmos termos e símbolos definidos em 1.7.3.1 para o teste do valor H, com o
acréscimo da fórmula abaixo:

                                        Amplitude calculada como a diferença máxima entre os resultados
            R = Xmáx - Xmín             obtidos para o atributo avaliado nas amostras-recipiente
                                        independentes analisadas para o lote.

        1.7.4.2 Amostragem do Lote
        A amostragem para o teste do valor R é a mesma do teste do valor H (1.7.3.2); as mesmas amostras
devem ser utilizadas.

         1.7.4.3 Procedimento do Teste
         Os mesmos procedimentos para o teste do valor H (1.7.3.3) são usados para o teste do valor R.
Para os cálculos, o mesmo conjunto de dados deve ser utilizado.

          1.7.4.4 Uso das Tabelas e Informação dos Resultados
          As amplitudes toleradas, isto é, críticas, a serem comparadas com o valor calculado de R estão
listadas nas seguintes Tabelas:
          •	 Tabela 1.3 para os componentes da análise de pureza
          •	 Tabela 1.4 para as categorias do teste de germinação (ver 1.7.2);
          •	 Tabela 1.5 para outras sementes por número

                                                                                                                35
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




              Encontre o valor de em uma das colunas “média” da tabela apropriada. Para entrar na tabela, os
     valores de devem ser arredondados conforme o procedimento usual. Leia a amplitude tolerada:
              na coluna 5-9 quando N = 5 a 9,
              na coluna 10-19 quando N = 10 a 19,
              na coluna 20 quando N = 20
              Se o valor calculado de R excede essa amplitude tolerada, considera-se que o lote apresenta
     heterogeneidade significativa fora da amplitude. Entretanto, se o valor calculado de R é menor ou igual
     à amplitude tolerada listada na tabela, considera-se que o lote não apresenta heterogeneidade fora da
     amplitude para o atributo testado.
              Os resultados do teste do valor R devem ser informados da seguinte forma:
               Listar , N, Nº, o valor calculado de R e acrescentar os dizeres: “Este valor de R indica (ou não
     indica) heterogeneidade significativa”.

            1.7.5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

               Se um dos dois testes, teste do valor H ou teste do valor R, indicar heterogeneidade significativa,
     o lote deve ser declarado heterogêneo. Quando, entretanto, nenhum dos dois testes indicar heterogeneidade
     significativa, então o lote deve ser considerado como não heterogêneo, apresentando um nível não
     significativo de heterogeneidade.

            1.7.6 EXEMPLO PARA VERIFICAR SE O LOTE É OU NÃO HETEROGÊNEO


                              Cálculo realizado pelo teste do valor H e pelo teste do valor R

                          Considere um lote de sementes de soja composto por 100 sacos de 20 quilos, ou seja,
               100 recipientes (Nº=100), sobre o qual haja suspeita de heterogeneidade quanto ao atributo
               porcentagem de plântulas normais do teste de germinação.
                          Para realizar o teste do valor H e do teste do valor R, de acordo com a Tabela 1.2 na
               linha correspondente a “Nº” igual a 50 ou mais, devem ser tomadas 20 amostras-recipientes
               independentes (N=20), de 20 sacos de sementes selecionados ao acaso, uma amostra de cada
               saco, cada uma delas com peso igual ou superior a 500g (metade da amostra média de soja, que
               de acordo com o Quadro 1.2 deve ser de um quilo).
                          Como o atributo a ser testado é a porcentagem de plântulas normais do teste de
               germinação, são retiradas ao acaso 100 sementes de cada amostra-recipiente (n=100 sementes)
               e, para cada amostra-recipiente, é montado um teste de germinação com as 100 sementes. Os
               testes são conduzidos simultaneamente (20 testes no total). Considere que os resultados obtidos
               foram os listados abaixo:


                                    Amostra-recipiente          Plântulas normais (%)
                                            1                             85
                                            2                             80
                                            3                             90
                                            4                             87
                                            5                             84
                                            6                             85
                                            7                             85
                                            8                             90
                                            9                             81
                                           10                             83



36
1 - AMOSTRAGEM




                             11                          82
                             12                          84
                             13                          87
                             14                          88
                             15                          85
                             16                          84
                             17                          88
                             18                          90
                             19                          80
                             20                          89
                                                      ∑X = 1707



                   , logo                  = 85,350

          A média está com três casas decimais porque N 10, conforme 1.7.3.1, “FÓRMULAS”,
“Nota”.
         Para o cálculo da variância aceitável (W) para o atributo porcentagem de plântulas
normais, que é uma das categorias do teste de germinação, deve ser utilizada a fórmula:




          No exemplo dado,     = 85,350, n=100 (número de sementes na amostra de trabalho)
e   = 1,1 (Tabela 1.1, sementes não palhentas, categorias do teste de germinação), logo:


          W=                                    => W = 13,754

       Cálculo da variância observada:

                                         N=20, ∑X = 1707, então:




                                                       =>                                  =>




       Cálculo do valor H:



                        =>



          Como os valores negativos de H são computados como 0 (zero), comparamos esse
valor com o valor tabelado. Na Tabela 1.2, na linha correspondente a 50 ou mais, na coluna para
atributos de pureza e germinação / sementes não palhentas, o valor tabelado é 0,99. Como zero                     18    18
é menor que 0,99, o lote é considerado não heterogêneo pelo teste do valor H.


                                                                                                  18 18            37
                                                                                                    18
                                                                                                           1818
                                                                                                      18
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




              O resultado do teste do valor H é informado da seguinte forma:
                =85,350 (média dos resultados obtidos), N=20 (número de amostras-recipientes),
     Nº=100 (número de recipientes do lote), H=0. Este valor não indica heterogeneidade significativa.

            Cálculo do valor R:

            R = Xmáx - Xmín

              O maior valor de porcentagem de plântulas normais obtido foi 90% e o menor valor
     foi 80%, portanto:

               R = 90 – 80 = 10

                O valor tabelado de R para categorias do teste de germinação está na Tabela 1.4, Parte
     1 (sementes não palhentas), na linha correspondente a 85% (média após arredondamento), na
     coluna N=20. O valor tabelado de R é 22.
                Como o valor calculado (10) é menor do que o valor tabelado (22), considera-se que
     o lote não apresenta heterogeneidade fora da amplitude para porcentagem de plântulas normais,
     pelo teste do valor R.
                O resultado do teste do valor R é informado da seguinte forma:
                  = 85 (média dos resultados obtidos), N=20 (número de amostras-recipientes),
     No=100 (número de recipientes do lote), R=10. Este valor de R não indica heterogeneidade
     significativa.

               CONCLUSÃO:
               O lote deve ser considerado não heterogêneo para a porcentagem de plântulas normais
     do teste de germinação, pois não apresenta heterogeneidade significativa pelo teste do valor H
     nem pelo teste do valor R.




38
1 - AMOSTRAGEM




 TABELA 1.3 – Parte 1 – Amplitudes máximas toleradas para o teste do valor R para
                componentes da análise de pureza de sementes não palhentas, em nível
                de significância de 1% de probabilidade.

  Porcentagem       Amplitude tolerada por                          Amplitude tolerada por
                                              Porcentagem média
    média do         número de amostras                              número de amostras
                                               do componente e
  componente e        independentes (N)                               independentes (N)
                                               seu complemento
seu complemento
                   5-9      10-19      20                           5-9       10-19     20
 99,9      0,1     0,5      0,5        0,6      88,0      12,0      5,0        5,6      6,1
 99,8      0,2     0,7      0,8        0,8      87,0      13,0      5,1        5,8      6,3
 99,7      0,3     0,8      0,9        1,0      86,0      14,0      5,3        5,9      6,5
 99,6      0,4     1,0      1,1        1,2      85,0      15,0      5,4        6,1      6,7
 99,5      0,5     1,1      1,2        1,3      84,0      16,0      5,6        6,3      6,9
 99,4      0,6     1,2      1,3        1,4      83,0      17,0      5,7        6,4      7,0
 99,3      0,7     1,3      1,4        1,6      82,0      18,0      5,9        6,6      7,2
 99,2      0,8     1,4      1,5        1,7      81,0      19,0      6,0        6,7      7,4
 99,1      0,9     1,4      1,6        1,8      80,0      20,0      6,1        6,8      7,5
 99,0      1,0     1,5      1,7        1,9      78,0      22,0      6,3        7,1      7,8
 98,5      1,5     1,9      2,1        2,3      76,0      24,0      6,5        7,3      8,0
 98,0      2,0     2,1      2,4        2,6      74,0      26,0      6,7        7,5      8,2
 97,5      2,5     2,4      2,7        2,9      72,0      28,0      6,9        7,7      8,4
 97,0      3,0     2,6      2,9        3,2      70,0      30,0      7,0        7,8      8,6
 96,5      3,5     2,8      3,1        3,4      68,0      32,0      7,1        8,0      8,7
 96,0      4,0     3,0      3,4        3,7      66,0      34,0      7,2        8,1      8,9
 95,5      4,5     3,2      3,5        3,9      64,0      36,0      7,3        8,2      9,0
 95,0      5,0     3,3      3,7        4,1      62,0      38,0      7,4        8,3      9,1
 94,0      6,0     3,6      4,1        4,5      60,0      40,0      7,5        8,4      9,2
 93,0      7,0     3,9      4,4        4,8      58,0      42,0      7,5        8,4      9,2
 92,0      8,0     4,1      4,6        5,1      56,0      44,0      7,6        8,5      9,3
 91,0      9,0     4,4      4,9        5,4      54,0      46,0      7,6        8,5      9,3
 90,0     10,0     4,6      5,1        5,6      52,0      48,0      7,6        8,6      9,4
 89,0     11,0     4,8      5,4        5,9      50,0      50,0      7,6        8,6      9,4




                                                                                              39
REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES




      TABELA 1.3 – Parte 2 – Amplitudes máximas toleradas para o teste do valor R para
                     componentes da análise de pureza de sementes palhentas*, em nível de
                     significância de 1% de probabilidade.

       Porcentagem               Amplitude tolerada por                  Porcentagem                Amplitude tolerada por
         média do                 número de amostras                       média do                  número de amostras
       componente e                independentes (N)                     componente e                 independentes (N)
     seu complemento                                                   seu complemento
                               5-9          10-19          20                                       5-9          10-19   20
      99,9        0,1          0,5           0,6           0,6          88,0          12,0           5,2          5,8    6,4
      99,8        0,2          0,7           0,8           0,9          87,0          13,0           5,4          6,0    6,6
      99,7        0,3          0,9           1,0           1,1          86,0          14,0           5,5          6,2    6,8
      99,6        0,4          1,0           1,1           1,2          85,0          15,0           5,7          6,4    7,0
      99,5        0,5          1,1           1,3           1,4          84,0          16,0           5,8          6,6    7,2
      99,4        0,6          1,2           1,4           1,5          83,0          17,0           6,0          6,7    7,4
      99,3        0,7          1,3           1,5           1,6          82,0          18,0           6,1          6,9    7,5
      99,2        0,8          1,4           1,6           1,7          81,0          19,0           6,3          7,0    7,7
      99,1        0,9          1,5           1,7           1,8          80,0          20,0           6,4          7,1    7,8
      99,0        1,0          1,6           1,8           1,9          78,0          22,0           6,6          7,4    8,1
      98,5        1,5          1,9           2,2           2,4          76,0          24,0           6,8          7,6    8,4
      98,0        2,0          2,2           2,5           2,7          74,0          26,0           7,0          7,8    8,6
      97,5        2,5          2,5           2,8           3,1          72,0          28,0           7,2          8,0    8,8
      97,0        3,0          2,7           3,0           3,3          70,0          30,0           7,3          8,2    9,0
      96,5        3,5          2,9           3,3           3,6          68,0          32,0           7,4          8,3    9,1
      96,0        4,0          3,1           3,5           3,8          66,0          34,0           7,5          8,5    9,3
      95,5        4,5          3,3           3,7           4,1          64,0          36,0           7,6          8,6    9,4
      95,0        5,0          3,5           3,9           4,3          62,0          38,0           7,7          8,7    9,5
      94,0        6,0          3,8           4,2           4,6          60,0          40,0           7,8          8,8    9,6
      93,0        7,0          4,1           4,6           5,0          58,0          42,0           7,9          8,8    9,7
      92,0        8,0          4,3           4,8           5,3          56,0          44,0           7,9          8,9    9,7
      91,0        9,0          4,6           5,1           5,6          54,0          46,0           7,9          8,9    9,8
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      * Ver definição de Sementes Palhentas no Capítulo 2 − Análise de Pureza (item 2.6.2.3 e 2.8 Quadro 2.2).




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  • 3. © 2009 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução desde que citada a fonte. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor. 1ª edição. Ano 2009 Tiragem: 3.000 exemplares Elaboração, distribuição, informações: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Defesa Agropecuária Coordenação Geral de Apoio Laboratorial Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo B, 4º andar, sala 430 CEP: 70043-900, Brasília - DF Tel.: (61) 3225-5098 Fax.: (61) 3218-2697 www.agricultura.gov.br e-mail: cgal@agricultura.gov.br Central de Relacionamento: 0800 704 1995 Coordenação Editorial: Assessoria de Comunicação Social Impresso no Brasil / Printed in Brazil Catalogação na Fonte Biblioteca Nacional de Agricultura – BINAGRI Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. – Brasília : Mapa/ACS, 2009. 399 p. ISBN 978-85-99851-70-8 1. Semente. 2. Inspeção Sanitária. 3. Defesa Vegetal. 4. Análise de Risco. I. Secretaria Defesa Agropecuária. II. Título. AGRIS F03 CDU 631.53.03
  • 4. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA Regras para Análise de Sementes Brasília – 2009
  • 5.
  • 6. AGRADECIMENTOS - Nossos agradecimentos aos coordenadores dos Grupos constituídos para a revisão da presente publicação, aos coordenadores técnicos do MAPA, aos coordenadores técnicos convidados, aos colaboradores e à revisora do trabalho final.
  • 7.
  • 8. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO. ................................................................................................................15 . INTRODUÇÃO.......................................................................................................................17 CAPÍTULO 1 - AMOSTRAGEM.........................................................................................21 1.1 OBJETIVO...............................................................................................................22 1.2 DEFINIÇÕES...........................................................................................................22 . 1.3 PREPARAÇÃO DO LOTE DE SEMENTES E CONDIÇÕES PARA AMOSTRAGEM.................................................................................................23 1.4 OBTENÇÃO DE AMOSTRAS REPRESENTATIVAS. .........................................23 . 1.5 OBTENÇÃO DE AMOSTRA DE TRABALHO.....................................................27 1.6 ARMAZENAMENTO DAS AMOSTRAS..............................................................31 1.7 TESTE DE HETEROGENEIDADE PARA LOTES DE SEMENTES ACONDICIONADAS EM RECIPIENTES.............................................31 QUADRO 1.2 INDICAÇÃO DO TAMANHO MÁXIMO DO LOTE, USO DA ESPÉCIE E PESOS MÍNIMOS PARA AMOSTRA MÉDIA, ANÁLISE DE PUREZA E OUTRAS SEMENTES POR NÚMERO. ..................................................45 . BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................88 CAPÍTULO 2 - ANÁLISE DE PUREZA..............................................................................91 2.1 OBJETIVO...............................................................................................................92 2.2 DEFINIÇÕES...........................................................................................................92 2.3 PRINCÍPIOS GERAIS.............................................................................................94 2.4 EQUIPAMENTOS...................................................................................................94 . 2.5 PROCEDIMENTO...................................................................................................94 2.6 CÁLCULO E EXPRESSÃO DE RESULTADOS...................................................102 2.7. INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS...................................................................106
  • 9. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES 2.8 DEFINIÇÃO DE SEMENTE PURA......................................................................107 QUADRO 2.2 DEFINIÇÃO DE SEMENTE PURA POR GÊNERO E FAMÍLIA BOTÂNICA...................................................................................................................107 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................133 CAPÍTULO 3 -VERIFICAÇÃO DE OUTRAS CULTIVARES . ......................................135 3.1 OBJETIVOS.............................................................................................................136 3.2 APLICAÇÃO...........................................................................................................136 . 3.3 PRINCÍPIOS GERAIS.............................................................................................136 3.4 INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS..........................................136 3.5 PROCEDIMENTO...................................................................................................137 3.6 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS . ..........................................141 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................141 CAPÍTULO 4 - DETERMINAÇÃO DE OUTRAS SEMENTES POR NÚMERO.........143 . 4.1 OBJETIVO...............................................................................................................144 4.2 DEFINIÇÕES...........................................................................................................144 4.3 PRINCÍPIOS GERAIS.............................................................................................144 4.4 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DE REFERÊNCIA..........................................144 4.5 PROCEDIMENTO...................................................................................................144 4.6 CÁLCULO E COMPARAÇÃO DE RESULTADOS..............................................145 4.7 INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS....................................................................145 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................145 CAPÍTULO 5 - TESTE DE GERMINAÇÃO .....................................................................147 5.1 OBJETIVO...............................................................................................................148 5.2 DEFINIÇÕES...........................................................................................................148 5.3 MATERIAIS.............................................................................................................156 5.4 EQUIPAMENTOS PARA GERMINAÇÃO............................................................157 8
  • 10. SUMÁRIO 5.5 CONDIÇÕES SANITÁRIAS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS...................159 5.6 PROCEDIMENTO...................................................................................................159 5.7 TRATAMENTO PARA PROMOVER A GERMI­ AÇÃO. ....................................164 N . 5.8 DURAÇÃO DO TESTE...........................................................................................166 5.9 INTERPRETAÇÃO DOS TESTES.........................................................................166 5.10 REPETIÇÃO DO TESTE DE GERMINAÇÃO (RETESTE)...............................167 5.11 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS...........................................168 5.12 APLICAÇÃO DAS TABELAS DE TOLERÂNCIA.............................................169 QUADRO 5.1 INSTRUÇÕES PARA REALIZAR OS TESTES DE GERMINAÇÃO DE SEMENTES, POR ESPÉCIE BOTÂNICA.............................................................179 INSTRUÇÕES ADICIONAIS E RECOMENDAÇÃO PARA SUPERAR A DORMÊNCIA............................................................................................................220 . BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................224 CAPÍTULO 6 - TESTE DE TETRAZÓLIO........................................................................225 6.1 OBJETIVOS.............................................................................................................226 6.2 APLICAÇÕES DO TESTE......................................................................................226 6.3 PRINCÍPIO. .............................................................................................................226 . 6.4 REAGENTE.............................................................................................................226 6.5 PROCEDIMENTO...................................................................................................227 6.6 COLORAÇÃO.........................................................................................................229 6.7 AVALIAÇÃO. ..........................................................................................................229 . 6.8 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. ...........................................230 . 6.9 TOLERÂNCIAS......................................................................................................231 . QUADRO 6.1 INSTRUÇÕES PARA O TESTE DE TETRAZÓLIO EM SEMENTES........232 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................304 9
  • 11. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES CAPÍTULO 7 - DETERMINAÇÃO DO GRAU DE UMIDADE......................................307 7.1 DETERMINAÇÃO DO GRAU DE UMIDADE POR MÉTODOS DE ESTUFA.........................................................................................................................308 . 7.2 DETERMINAÇÃO DO GRAU DE UMIDADE POR MÉTODOS EXPEDITOS .................................................................................................................318 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................323 CAPÍTULO 8 - ANÁLISE DE SEMENTES REVESTIDAS.............................................325 . 8.1 OBJETIVO...............................................................................................................326 8.2 DEFINIÇÕES...........................................................................................................326 8.3 AMOSTRAGEM......................................................................................................327 8.4 ANÁLISE DE PUREZA. .........................................................................................328 . 8.5 DETERMINAÇÃO DE OUTRAS SEMENTES POR NÚMERO..........................330 8.6 TESTE DE GERMINAÇÃO....................................................................................331 8.7 DETERMINAÇÃO DO PESO E TAMANHO DAS SEMENTES PELOTIZADAS.............................................................................................................333 8.8 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. ...........................................333 . BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................334 CAPÍTULO 9 - TESTE DE SANIDADE DE SEMENTES................................................335 9.1 OBJETIVO...............................................................................................................336 9.2 DEFINIÇÕES...........................................................................................................336 9.3 PRINCÍPIOS GERAIS.............................................................................................336 9.4 PROCEDIMENTO...................................................................................................337 9.5 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. ...........................................337 . BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................340 CAPÍTULO 10 - EXAME DE SEMENTES INFESTADAS (DANIFICADAS POR INSETOS)..............................................................................................................341 10.1 OBJETIVO.............................................................................................................342 10.2 PRINCÍPIO. ...........................................................................................................342 . 10
  • 12. SUMÁRIO 10.3 PROCEDIMENTO.................................................................................................342 10.4 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. .........................................342 . BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................342 CAPÍTULO 11 - PESO VOLUMÉTRICO...........................................................................343 11.1 OBJETIVO.............................................................................................................344 11.2 EQUIPAMENTOS. ................................................................................................344 . 11.3. PROCEDIMENTO................................................................................................344 11.4. CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS..........................................344 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................344 CAPÍTULO 12 - PESO DE MIL SEMENTES....................................................................345 12.1 OBJETIVO.............................................................................................................346 12.2 PROCEDIMENTO.................................................................................................346 12.3 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. .........................................346 . BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................347 CAPÍTULO 13 - NÚMERO DE SEMENTES SEM “CASCA” E NÚMERO DE SEMENTES COM “CASCA”...............................................................................................349 13.1 OBJETIVO.............................................................................................................350 13.2 PROCEDIMENTO.................................................................................................350 13.3 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. .........................................350 . BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................350 CAPÍTULO 14 - TESTE DE UNIFORMIDADE (RETENÇÃO EM PENEIRA)...........351 14.1 OBJETIVO.............................................................................................................352 14.2 PROCEDIMENTO ..............................................................................................352 14.3 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS . ........................................352 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................352 11
  • 13. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES CAPÍTULO 15 - TESTE DE EMBRIÃO EXCISADO......................................................353 15.1 OBJETIVO.............................................................................................................354 15.2 APLICAÇÃO DO TESTE......................................................................................354 15.3 PRINCÍPIO. ...........................................................................................................354 . 15.4 PROCEDIMENTO.................................................................................................354 15.5 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS.....................................................................355 15.6 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. .........................................357 . BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................357 CAPÍTULO 16 - TESTE DE RAIOS X................................................................................359 16.1 OBJETIVO.............................................................................................................360 16.2 DEFINIÇÕES . ......................................................................................................360 16.3 PRINCÍPIOS GERAIS...........................................................................................360 16.4 EQUIPAMENTOS.................................................................................................361 . 16.5 PROCEDIMENTO ................................................................................................361 16.6 AVALIAÇÃO. ........................................................................................................361 . 16.7 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS. .........................................362 . BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................362 CAPÍTULO 17 - TESTE DE SEMENTES POR REPETIÇÕES PESADAS...................363 17.1 OBJETIVO.............................................................................................................364 17.2 DEFINIÇÕES . ......................................................................................................364 17.3 PRINCÍPIOS GERAIS ..........................................................................................364 17.4 EQUIPAMENTOS ................................................................................................365 17.5 PROCEDIMENTO.................................................................................................365 17.6 CÁLCULO E EXPRESSÃO DE RESULTADOS.................................................366 17.7 INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................366 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................366 12
  • 14. SUMÁRIO CAPÍTULO 18 - TOLERÂNCIAS........................................................................................367 18.1 DEFINIÇÃO E OBJETIVO ..................................................................................368 18.2 PRINCÍPIO. ...........................................................................................................368 . 18.3 PROCEDIMENTO.................................................................................................368 18.4 TABELAS DE TOLERÂNCIAS E SUAS APLICAÇÕES...................................369 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................395 13
  • 15.
  • 17. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES A Coordenação Geral de Apoio Laboratorial – CGAL, da Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA é o órgão responsável pela Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e possui dentre suas atribuições estabelecer, uniformizar e oficializar métodos para a realização de análises. As presentes Regras para Análise de Sementes – RAS tem a finalidade de disponibilizar métodos para análise de sementes, sendo estes de uso obrigatório nos Laboratórios de Análise de Sementes credenciados no MAPA, objetivando o cumprimento da Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, publicada no Diário Oficial da União de 6 de agosto de 2003 e Decreto n° 5.153, de 23 de julho de 2004, publicado no Diário Oficial da União de 26 de julho de 2004. As RAS tiveram sua 1ª edição pelo Ministério da Agricultura, em 1967 e a partir de então foram publicadas outras atualizações. A presente edição atualiza e substitui a edição de 1992 e é composta de três volumes: Regras para Análise de Sementes, Manual de Análise Sanitária de Sementes (anexo ao Capítulo 9 – Teste de Sanidade de Sementes) e o Glossário Ilustrado de Morfologia. Estas regras foram atualizadas de acordo com as regras internacionais prescritas pela International Seed Testing Association – ISTA e incorpora a experiência e os avanços nacionais em análise de sementes. A CGAL pretende atualizar estas publicações à medida que novos métodos forem validados e de acordo com a exigência do mercado nacional e internacional. Abrahão Buchatsky Coordenador da CGAL
  • 19. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES O objetivo da presente publicação é atualizar as Regras para Análise de Sementes - RAS (Edição 1992) de acordo com as regras internacionais de análise de sementes da International Seed Testing Association - ISTA, suprindo as necessidades dos Laboratórios de Análise de Sementes que atendem ao sistema de produção de sementes no Brasil. As Regras para Análise de Sementes vem sendo publicadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desde 1967 com a colaboração dos técnicos abaixo relacionados: 1967: Engenheiros Agrônomos Oswaldo Bacchi – Coordenador Anna Maria R. Torres Formoso Eduardo Zink Jacob Tosselo Leonor Pecil Odette H. T. Liberal 1976: Engenheiros Agrônomos: Odete H. T. Liberal – Coordenadora Leonor Pecil Dirce B. Ortolani Elcy S. Zappia Francisco C.Krzyzanowski Colaboradores: Doris Koehn Oswaldo Bacchi Vera D.C.Mello Walter Rodrigues da Silva Renato Azevedo Nascimento – Assessor Jurídico 1992: Elaboradas pelo Grupo de Trabalho instituído pela Portaria nº 37, de 15/03/1988, publicada no Diário Oficial da União de 24/03/1988: Anna Maria R. T. Formoso – IPAGRO/SEAG/RS Dirce Bissoli Ortolani – CATI/SEAA/SP Elizabete de Castro Oliveira – IBAMA/PR Helga Sommer – ABRATES José Neumar Francelino – SNAD/MARA Júlio Marcos Filho – ESALQ/SP Maria Magaly V. S. Wetzel – CENARGEN/EMBRAPA/DF Marlene Malavasi – UFRRJ/RJ Odete Halfen Teixeira Liberal – EMBRAPA/LARV/SE/RJ Vera Delfina Colvara Melo – UFPEL/RS COLABORADORES: Ana Maria Jamardo – IPAGRO/SEAG/RS Antônio A. do Lago – IAC/CAMPINAS/SP Diana L. Irigon – UFPEL/RS Doris Amaral – IPAGRO/SEAG/RS Doris Groth – UNICAMP/FEAGRI/DPPPA/SP Helena Giaretta – IPAGRO/SEAG/RS Heloisa Morato do Amaral – CATI/SEAA/SP Jaciro Soave – IAC/CAMPINAS/SP João Nakagawa – UNESP/SP José Otávio M. Menten – ESALQ/SP Luis C. B. Nasser – CPAC/EMBRAPA/DF Maria Ângela A. Tillman – UFPEL/RS Maria R. Boaretto – IPAGRO/SEAG/RS Maria M. D. Moraes – ESALQ/SP Miriam Terezinha Eira – CENARGEN/EMBRAPA/DF 18
  • 20. 1 - INTRODUÇÃO Nilza R. Mecelis – EMBRAPA/IZ/SAPF/SP Orlando A. Lucca Filho – UFPEL/RS Rosa N. de Andrade – IPAGRO/SEAG/RS Rosângele B. R. G. Botin – CATI/SEAA/SP Rubens Sader – UNESP/JABOTICABAL/SP Sandra Regina da Silveira – LARV/SE/RJ Tamir Duarte da Silva – UFSC/SC Revisores: Ariete Duarte Folle Lêda Aparecida Mendonça Silvia Oliveira Alencar Coordenação de Modernização e Informática – CMI, do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária: Programação Visual: Hugo Antonio Pessoa Rodrigues Lavoisier Salmon da Silva Neiva Paulo Roberto Salles Pires Valdeci Medeiros Composição: Francisco Antonio Corrêa Inácio Loiola de Sousa As presentes Regras foram elaboradas sob a Coordenação dos grupos instituídos pela Portaria nº 62, de 10 de março de 2006, publicada no Diário Oficial da União de 15 de março de 2006, Portaria nº 30, de 01/02/2007 publicada no Diário Oficial da União de 5 de fevereiro de 2007 e contaram com a colaboração de técnicos e especialistas de várias Instituições, relacionados a seguir: Coordenadora Geral: Lêda Aparecida Mendonça – Responsável pela Área de Sementes – CGAL/SDA/MAPA – leda.mendonca@agricultura.gov.br Coordenadores dos Grupos: Ernesto do Nascimento Viegas – Coordenador do Grupo I de 10/03/2006 até 01/02/2007 - Portaria nº 62, de 10 de março de 2006 - LASO/LANAGRO/RS - ernesto.viegas@agricultura.gov.br Glaucia Bortoluzzi Maag – Coordenadora do Grupo I a partir do 01/02/2007 - Portaria nº 30, de 01/02/2007 - LASO/LANAGRO/RS - lasolanagrors@agricultura.gov.br Glaucia Maria de Figueiredo Almeida – Co- Coordenadora do Grupo III - Portaria nº 62, de 10 de março de 2006 - LASO/LANAGRO/PE - glaucia.almeida@agricultura.gov.br Myriam Aparecida Guimarães Leal Alvisi – Coordenadora do Grupo II - Portaria nº 62, de 10 de março de 2006 - LASO/LANAGRO/MG - myriam.alvisi@agricultura.gov.br Zilva Lopes – Coordenadora do Grupo III - Portaria nº 62, de 10 de março de 2006 - LASO/ LANAGRO/GO- zilva.lopes@agricultura.gov.br Coordenadores Técnicos dos LANAGRO’s José Mauricio Pereira - LASO/LANAGRO/MG - jose.m.pereira@agricultura.gov.br Luiz Artur Costa do Valle - LASO/LANAGRO/MG - luiz.valle@agricultura.gov.br Coordenadores Técnicos convidados: Doris Groth – Coordenadora do capítulo “Análise de Pureza”- UNICAMP - dorisgroth@ymail.com José da Cruz Machado - Coordenador do capítulo “Teste de Sanidade de Sementes” - UFLA - machado@ufla.br José de Barros França Neto – Coordenador do capítulo “Teste de Tetrazólio” - EMBRAPA/SOJA - jbfranca@cnpso.embrapa.br Maria Ângela André Tillmann - Coordenadora do capítulo “Determinação do Grau de Umidade” - UFPEL - matilman@ufpel.edu.br 19
  • 21. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES Colaboradores: Ana Dionísia da Luz C. Novembre - ESALQ/USP - adlcnove@esalq.usp.br Angélica Polenz Wielewicki - LASO/LANAGRO/RS - lasolanagrors@agricultura.gov.br Anna Maria Rodrigues Torres Formoso - FEPAGRO Antônio Carlos de Souza Medeiros – EMBRAPA/FLORESTAS antonio_c_medeiros@yahoo.com.br Carlos Machado dos Santos - UFU - cmsantos@umuarama.ufu.br Célia Emília César e Figueiredo - MAPA - cemilia@acessa.com.br Cláudio Cavariani - UNESP - ccavariani@fca.unesp.br Denise Cunha F. dos Santos Dias - UFV - dcdias@ufv.br Denise Garcia Santana - UFU - dgsantana@umuarama.ufu.br Diana Lisakowski Irigon - UFPEL - dianalingon@terra.com.br Doris Groth - UNICAMP - dorisgroth@ymail.com Edson Clodoveu Picinini – SEEDS picinini@seeds.com.br Eliane Maria Forte Daltro - EMPAER/MT - elianedaltro@gmail.com Elusa Pinheiro Claros - LASO/INDEA elusa_pinheiro@hotmail.com Eveline Mantovani Alvarenga - UFV - eveline@ufv.br Francisco Carlos Krzyzanowski - EMBRAPA/SOJA - fck@cnpso.embrapa.br Jônez Leal Severo - UPF Lourdes Vasconcelos Paolinelli - IMA Luiz Eichelberger - EMBRAPA/TRIGO - luizei@cnpt.embrapa.br Marco Antônio Amaral Passos - DCFL/UFR/PE - mpassos@dcfl.ufrpe.br Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque - FAMEV/UFMT Maria Cristina Leme de Lima Dias - IAPAR mclldias@hotmail.com Maria de Fátima Zorato - Aurora Sementes - fatimazoratoaurora@terra.com.br Maria Laene Moreira de Carvalho - UFLA - mlaenemc@ufla.br Nilson Lemos de Menezes - UFSM - nlmenezes@smail.ufsm.br Nilton Pereira da Costa - EMBRAPA/SOJA – “in memorian” Osvaldo de Castro Ohlson - LASO/CLASPAR - lascuritiba@terra.com.br Priscila Frantin Medina - IAC - pfmedina@iac.sp.gov.br Revisora do Trabalho Final: Doris Groth – UNICAMP - dorisgroth@ymail.com 20
  • 23. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES 1.1 OBJETIVO Obter uma amostra de tamanho adequado para os testes, na qual estejam presentes os mesmos componentes do lote de sementes e em proporções semelhantes. A quantidade de sementes analisadas é, em geral, muito pequena em relação ao tamanho do lote que representa. Para se obter resultados uniformes e precisos em análise de sementes, é essencial que as amostras sejam tomadas com todo cuidado e em conformidade com os métodos estabelecidos nas presentes Regras para Análise de Sementes – RAS. Por mais criterioso que seja o procedimento técnico empregado na análise, os resultados não podem indicar senão a qualidade das sementes contidas na amostra submetida a exame, conseqüentemente, todos os esforços devem ser feitos para assegurar que a amostra enviada para análise represente, corretamente, a composição do lote em questão. Do mesmo modo, ao reduzir essa amostra no laboratório, toda a precaução deve ser tomada pelo analista a fim de que as amostras a serem usadas nas diversas determinações, sejam por sua vez representativas da amostra remetida ao laboratório de análise de sementes. 1.2 DEFINIÇÕES 1.2.1 LOTE É uma quantidade definida de sementes, identificada por letra, número ou combinação dos dois, da qual cada porção é, dentro de tolerâncias permitidas, homogênea e uniforme para as informações contidas na identificação. 1.2.2 AMOSTRAS a) Amostra Simples É uma pequena porção de sementes retirada de um ponto do lote. b) Amostra Composta É a amostra formada pela combinação e mistura de todas as amostras simples retiradas do lote. Esta amostra é usualmente bem maior que a necessária para os vários testes e normalmente necessita ser adequadamente reduzida antes de ser enviada ao laboratório. c) Amostra Média É a própria amostra composta ou subamostra desta, com tamanho mínimo especificado nestas Regras para Análise de Sementes. É a recebida pelo laboratório para ser submetida à análise. d) Amostra Duplicata É a amostra obtida da amostra composta e nas mesmas condições da amostra média e identificada como “Amostra Duplicata”. É obtida para fins de fiscalização da produção e do comércio de sementes, no caso da necessidade de uma reanálise. e) Amostra de Trabalho É a amostra obtida no laboratório, por homogeneização e redução da amostra média até os pesos mínimos requeridos e nunca inferiores aos do Quadro 1.2, para os testes prescritos nestas RAS. f) Subamostra É a porção de uma amostra obtida pela redução da amostra de trabalho, usando-se um dos equipamentos e métodos de divisão prescritos em 1.5.2. 22
  • 24. 1 - AMOSTRAGEM 1.2.3 LACRADO/SELADO É quando os recipientes individuais, que contêm as sementes, estão fechados de tal modo que não possam ser abertos e novamente fechados, sem que fique evidente que foram adulterados. Esta definição se refere a selagem de lotes ou amostras de sementes. 1.2.4 IDENTIFICADO É quando os recipientes possuem uma única marca de identificação, a qual identifica o lote de sementes nele contido. Todos os recipientes de um lote de sementes devem estar identificados com a mesma designação única do lote. Esta designação (letra, número ou combinação de ambos) deve constar no Boletim de Análise de Sementes, tanto de identificação quanto de fiscalização. As amostras devem ser identificadas de forma que assegurem um vínculo claro entre o lote de sementes e as amostras e subamostras. 1.3 PREPARAÇÃO DO LOTE DE SEMENTES E CONDIÇÕES PARA AMOSTRAGEM No ato da amostragem, o lote de sementes deve ser o mais homogêneo possível. Uma amostra será tanto mais representativa do lote à medida que aumentar o número de amostras simples. Na prática, entretanto, um lote de sementes nunca é perfeitamente homogêneo, definindo-se como tal uma porção de sementes cujas partes que o compõe estejam razoável e uniformemente distribuídas por toda a sua massa. Essa uniformidade se refere a qualquer dos atributos que podem ser determinados em um exame, tais como pureza, outras sementes por número e germinação. Se um lote é suspeito de ser excessivamente heterogêneo, o laboratório deverá realizar o teste de heterogeneidade (H). 1.3.1 PESO MÁXIMO DE SEMENTES POR LOTE O peso máximo do lote não deve exceder ao indicado na terceira coluna do Quadro 1.2. Para as espécies não relacionadas no Quadro 1.2, o peso máximo do lote pode ser determinado por comparação com uma espécie de semente que tenha tamanho e peso semelhantes ao da espécie em análise. 1.3.2 RECIPIENTES E IDENTIFICAÇÃO DO LOTE O lote deve estar acondicionado em recipientes que possam ser selados e identificados de acordo com a legislação vigente. Por ocasião da amostragem, todos os recipientes necessitam estar identificados, para estabelecer no Boletim de Análise de Sementes a correspondente identificação do lote. 1.4 OBTENÇÃO DE AMOSTRAS REPRESENTATIVAS 1.4.1 INSTRUÇÕES GERAIS A coleta de amostras para fins de fiscalização da produção e do comércio de sementes, cujos dados de análise serão utilizados na emissão do Boletim Oficial (BASO), deve ser executada somente por pessoa autorizada pelo órgão competente da fiscalização. Quando da amostragem, o lote de sementes deve ser disposto de tal forma que possua no mínimo duas faces expostas, com espaçamentos entre pilhas e entre pilhas e paredes, que permitam a amostragem representativa do mesmo. 23
  • 25. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES A pedido do encarregado da amostragem, o proprietário das sementes ou seu representante deve fornecer informações completas sobre o lote em questão. Sempre que possível, as amostras simples devem ser retiradas do lote por meio de caladores, que são instrumentos apropriados para esse fim. No caso de sementes em recipientes, devem ser tomadas ao acaso amostras simples em quantidades aproximadamente iguais, fazendo-se coletas na parte superior, na mediana ou na inferior do mesmo, porém não necessariamente de mais de um local do mesmo recipiente. Quando a semente estiver armazenada ou sendo transportada a granel, as amostras simples devem ser retiradas ao acaso de diferentes pontos e em diferentes profundidades. No caso de sementes que não deslizam facilmente, como certas gramíneas palhentas, a amostragem deve ser preferivelmente, feita à mão. À exceção deste caso, devem ser usados instrumentos apropriados de amostragem, ver 1.4.2. As amostras também podem ser coletadas durante o beneficiamento ou ensacamento. Quando a amostragem for realizada em pequenos recipientes, tais como sacos de papel, ou embalagens à prova de umidade, a mesma deverá ser preferencialmente realizada antes do acondicionamento. Para sementes já acondicionadas, um número suficiente de recipientes (Quadro 1.1) deve ser aberto, amostrado e novamente fechado. As amostras simples devem ser misturadas para formar a amostra composta do lote. A redução desta, geralmente necessária para formar a amostra média, deve ser feita com o emprego de um divisor de amostras adequado (1.5.2.I). Na falta deste, e no caso das sementes que normalmente se aglomeram, a redução deve ser feita cuidadosamente pelo método manual (1.5.2.II). A amostra composta, quando de tamanho apropriado, será considerada como amostra média sem sofrer redução. 1.4.2 INSTRUMENTOS DE AMOSTRAGEM E SEU USO a) Caladores ou Amostradores do Tipo Duplo Este tipo de calador pode ser usado para a maioria das sementes, com exceção de algumas espécies citadas no item 1.4.2.d. Consiste de dois cilindros ocos de metal, perfeitamente ajustados um dentro do outro, com uma extremidade sólida e afilada. Ambos os cilindros são providos de aberturas ou janelas iguais que podem ser justapostas por meio da rotação do cilindro interno. Esses caladores variam em comprimento, diâmetro e número de aberturas de acordo com as diferentes espécies de sementes e com os vários tamanhos dos recipientes e podem ou não apresentar divisões internamente. Os caladores para sementes acondicionadas em sacos devem ter o comprimento mínimo aproximado ao da diagonal dessas embalagens, com o diâmetro variando de 1,25- 2,50cm e com seis a nove aberturas. Os caladores para sementes a granel ou contidas em recipientes rígidos são bem maiores, chegando até dois metros de comprimento por 4,0cm de diâmetro e com seis a nove aberturas, podendo ser usados tanto no sentido horizontal como vertical. Para serem usados verticalmente, devem ser providos de septos transversais internos, que os dividem em compartimentos, cada um dos quais correspondendo a uma das aberturas. O calador deve ser inserido diagonalmente na massa de sementes, num ângulo de 30 graus e com as aberturas desencontradas e em posição fechada. Depois de aberto no interior da massa, deve ser girado algumas vezes ou levemente agitado até que fique completamente cheio de sementes. Em seguida, deve ser fechado e retirado, despejando-se as sementes, em um recipiente apropriado. Devem ser tomados cuidados para não danificar as sementes. 24
  • 26. 1 - AMOSTRAGEM Após a retirada do calador, deve-se procurar fechar o orifício do saco de juta, algodão ou polipropileno trançado com a ponta do calador. Sacos de papel podem também ser amostrados, fechando-se a perfuração com uma fita adesiva especial. b) Caladores do Tipo Simples - Amostrador Nobbe Este tipo de calador serve para a coleta de amostra de sementes acondicionadas em sacos, mas não a granel. Consiste de um cilindro afilado, suficientemente longo para alcançar o centro da embalagem, com uma abertura oval próxima à extremidade afilada e com um cabo perfurado por onde as sementes são descarregadas. O comprimento total do calador deve ser de aproximadamente 50cm, incluindo o cabo de 10cm e a ponta de 6cm, deixando livre 34cm do cilindro. O diâmetro interno mínimo do cilindro deve ser de mais ou menos 1,5cm para cereais, 2,0cm para milho, 1,0cm para trevos e sementes de tamanho semelhante. O calador deve ser cuidadosamente inserido até o centro do saco com a abertura voltada para baixo e a ponta para cima, formando com a horizontal um ângulo de 30°. Gira-se o calador em 180°, ficando a abertura voltada para cima; retira-se o calador com velocidade cada vez menor a fim de que a quantidade de sementes coletadas durante seu percurso aumente progressivamente do centro para a periferia do saco. Quando o calador atingir toda a extensão do saco, deverá ser retirado com velocidade relativamente constante e agitado suavemente para que seja mantida uma corrente uniforme de sementes. Os orifícios feitos com o calador devem ser fechados como descrito no subitem 1.4.2.a. Observação: Não é permitido o uso do calador comumente denominado “ladrão” ou “furador”, cujo comprimento não vai além de 25cm e não preenche as exigências da amostragem. c) Amostragem Durante o Beneficiamento Durante o beneficiamento de um lote as amostras deverão ser coletadas em intervalos regulares durante todo o processo. Quando for usado um recipiente que intercepte o fluxo da semente, toda a seção transversal da corrente de sementes deve ser uniformemente amostrada. O recipiente pode ser movimentado manual ou mecanicamente através da corrente de sementes. d) Amostragem Manual A amostragem manual é o método mais adequado para espécies de sementes que não deslizam facilmente, como as gramíneas palhentas dos gêneros Agropyron, Agrostis, Alopecurus, Andropogon, Anthoxantum, Arrhenatherum, Axonopus, Brachiaria, Bromus, Cenchrus, Chloris, Cynodon, Cynosurus, Dactylis, Deschampsia, Digitaria, Elymus, Elytrigia, Festuca, Holcus, Hyparrhenia, Lolium, Melinis, Panicum, Pascopyrum, Paspalum, Poa, Psathyrostachys, Pseudoroegneria, Setaria, Trisetum, Urochloa, Zoysia e outros similares. De uma forma geral, deve-se homogeneizar a massa de sementes, agitando-se os sacos antes da amostragem. É difícil pelo método manual obter amostras representativas a mais de 40cm de profundidade e quando for necessário obtê-las, o encarregado da amostragem deve solicitar que alguns sacos ou embalagens sejam total ou parcialmente esvaziados para facilitar a amostragem, e em seguida, reensacar as sementes. 25
  • 27. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES 1.4.3 OBTENÇÃO DA AMOSTRA E INTENSI­ ADE DA AMOSTRAGEM D A intensidade mínima de amostragem deverá obedecer aos seguintes critérios: I ─ As indicações contidas no Quadro 1.1. QUADRO 1.1 ─ Intensidade de amostragem. Lotes de sementes acondicionadas em recipientes com capacidade de até 100kg N de recipientes do lote Número de amostras simples 1–4 3 amostras simples de cada recipiente 5–8 2 amostras simples de cada recipiente 9 – 15 1 amostra simples de cada recipiente 16 – 30 15 amostras simples no total 31 – 59 20 amostras simples no total 60 ou mais 30 amostras simples no total Lotes de sementes acondicionadas em recipientes com capacidade de mais de 100kg ou amostragem durante o beneficiamento Tamanho do lote Número de amostras simples Até 500kg Pelo menos 5 amostras simples 501 - 3.000kg 1 amostra simples para cada 300kg, mas não menos do que 5 3.001 - 20.000kg 1 amostra simples para cada 500kg, mas não menos do que 10 Acima de 20.000kg 1 amostra simples para cada 700kg, mas não menos do que 40 II ─ Quando for necessária a retirada de mais de uma amostra simples por recipiente, o número de tomadas de amostras simples deve ser uniforme em todos os recipientes; III ─ Para as sementes que se apresentam embaladas em pequenos recipientes tais como latas, caixas de papelão ou envelopes, o seguinte procedimento deverá ser adotado: a) Um peso de 100 quilos de sementes é tomado como unidade básica e os pequenos recipientes são combinados, de maneira a formar essas unidades de amostragem e não excedendo aquele peso por exemplo: 20 recipientes de 5 quilos 33 recipientes de 3 quilos 100 recipientes de 1 quilo 1.000 recipientes de 100 gramas 10.000 recipientes de 10 gramas b) para fins de amostragem, cada unidade básica é considerada como um “recipiente” e a intensidade de amostragem prescrita no Quadro 1.1 deve ser aplicada. A amostragem deve ser feita tomando-se como amostra simples as embalagens inteiras e fechadas, constituintes da unidade básica, em número suficiente para suprir a quantidade mínima de sementes exigidas para a amostra média da espécie em questão; c) se o número de recipientes/embalagens não for suficiente para atingir 100 quilos, a unidade básica será constituída pelo peso total das embalagens existentes. 26
  • 28. 1 - AMOSTRAGEM 1.4.4 PESOS MÍNIMOS DAS AMOSTRAS MÉDIAS a) Os pesos mínimos das amostras médias, de cada espécie de semente, necessários para as diversas determinações encontram-se especificados no Quadro 1.2. Excetuam-se as determinações cujos pesos se encontram relacionados nos capítulos específicos como Grau de Umidade, Peso Volumétrico, Sementes Revestidas e outros; b) no caso de amostra recebida no Laboratório de Análise de Sementes ─ LAS ser menor do que a especificada nas RAS, o requerente deve ser notificado e a análise suspensa até que nova amostra com peso suficiente seja recebida; c) no caso de lotes pequenos e de sementes muito caras, é permitido enviar amostras médias menores, tendo no mínimo o peso suficiente para a realização dos testes solicitados. A seguinte declaração deverá constar no Boletim de Análise de Sementes: “A amostra média pesou apenas ..... g”. São considerados lotes pequenos aqueles iguais ou menores do que 1% do peso máximo de lote indicado no Quadro 1.2. 1.4.5 EMBALAGEM, IDENTIFICAÇÃO, SELAGEM E REMESSA DA AMOSTRA Cada amostra deve ser identificada de maneira a estabelecer sua conexão com o respectivo lote. A embalagem individual a ser usada para a amostra média deve ser de material resistente, como papel Kraft multifoliado, papelão, algodão, para não se romper durante a remessa ao laboratório. A amostra deverá ser acompanhada de um Termo de Remessa (formulário próprio) assinado pelo interessado ou seu representante legal, com todas as informações pertinentes. As embalagens individuais devem ser acondicionadas de maneira a evitar danos durante o transporte, sendo preservadas contra o excesso de calor, umidade e contaminação. Amostras cujas sementes serão usadas para testes de germinação não devem ser acondicionadas em recipientes hermeticamente fechados, enquanto que aquelas utilizadas para determinações como grau de umidade e peso volumétrico, devem ser remetidas separadamente, em embalagens impermeáveis e hermeticamente fechadas. O responsável pela tomada das amostras deve remetê-las, sem demora, ao Laboratório de Análise de Sementes. Quando as sementes forem tratadas quimicamente com fungicidas e/ou inseticidas, o nome do produto, do ingrediente ativo e a dosagem utilizada devem ser fornecidos junto com a amostra. 1.5 OBTENÇÃO DE AMOSTRA DE TRABALHO 1.5.1 INSTRUÇÕES GERAIS A amostra média recebida pelo laboratório necessita ser reduzida a uma ou mais amostras de trabalho, de peso igual ou ligeiramente maior aos prescritos no Quadro 1.2, as quais serão usadas nas diversas determinações. A amostra média deve ser primeiramente homogeneizada. A amostra de trabalho poderá então ser obtida tanto por divisões sucessivas como por separação e subseqüente combinação, ao acaso, de pequenas porções. É muito importante que essa homogeneização e redução sejam feitas com especial atenção e cuidado, a fim de que as amostras de trabalho sejam realmente representativas da amostra média, e portanto, do lote de sementes em análise. Os instrumentos e métodos adequados a este propósito encontram-se descritos em 1.5.2. Qualquer outra amostra de trabalho requerida deve ser retirada independentemente. Depois de retirada a primeira amostra de trabalho, o remanescente da amostra média deve ser novamente homogeneizado, antes que uma segunda amostra seja retirada. As sementes restantes constituirão a amostra 27
  • 29. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES de arquivo e deverão ser armazenadas em local apropriado, com controle de temperatura e umidade relativa de acordo com a espécie. Independentemente do método usado para a obtenção da amostra de trabalho a ser usada na análise de pureza, é preferível não tentar tomar exatamente o peso mínimo estabelecido no Quadro 1.2, mas sim, uma quantidade de sementes cujo peso seja um pouco maior do que esse mínimo, até um limite de 3% da amostra de trabalho. Dessa maneira, impede-se a interferência pessoal de colocar ou retirar da balança pequenas porções de sementes. 1.5.2 EQUIPAMENTOS E MÉTODOS DE DIVISÃO E SEU USO Um dos seguintes métodos deve ser usado na obtenção das amostras de trabalho: I- Método Mecânico Este método é adequado para todas as sementes que deslizam com facilidade. A amostra passada pelo aparelho é dividida em duas partes aproximadamente iguais e homogêneas. Com o intuito de melhor homogeneizar a amostra média, esta deve ser passada no mínimo duas vezes pelo divisor e recomposta antes da divisão propriamente dita, que é executada por meio de repetidas passagens das sementes pelo divisor, removendo-se, em cada vez, metade da porção. O processo de divisões sucessivas é repetido até que se obtenha a amostra de trabalho de peso aproximado, porém nunca inferior ao exigido para a espécie. Porções obtidas por divisão podem ser combinadas para se obter o peso necessário. Independente do aparelho utilizado, o cuidado com a limpeza interna é de fundamental importância antes de cada operação. Os divisores a seguir descritos são os mais comumente usados: Divisor Cônico Este divisor (tipo Boerner) consiste de uma moega cônica ou alimentador, de um cone invertido e de uma série de lâminas separadoras que formam pequenos canais iguais na largura e comprimento. As sementes são alternadamente conduzidas, durante sua queda, para duas bicas opostas situadas na base do aparelho. Uma válvula na base da moega retém as sementes, as quais devem ser despejadas bem no centro da moega. Quando essa válvula é aberta, as sementes caem por gravidade sobre o cone invertido; são uniformemente distribuídas para os canais e através das bicas são conduzidas para os recipientes. Exemplos de dimensões são relacionados a seguir: a) O divisor maior, destinado às sementes iguais ou maiores que as de trigo pode ser construído externamente com 81,28cm de altura por 36,38cm de diâmetro, apresenta 38 canais (19 para cada bica) de 2,54cm de largura. b) O divisor menor, para sementes menores, possui 40,64cm de altura por 15,24cm de diâmetro e 44 canais (22 para cada bica) de 0,79cm de largura. No divisor cônico, deve-se observar: • a válvula deve-se mover facilmente, mas não permitir que as sementes passem pelos seus bordos quando fechados; • devem ser mínimos os ângulos agudos e não deve haver orifício e bordas ásperas nas superfícies sobre as quais as sementes deslizam, pois sementes e partículas podem ficar retidas e contaminar outras amostras; • os canais devem ter rigorosamente as mesmas medidas. A desvantagem deste tipo de divisor é a dificuldade que oferece para a limpeza, sendo esta facilitada pelo uso de ar comprimido. 28
  • 30. 1 - AMOSTRAGEM Divisor de Solo Este tipo de divisor é adequado para as espécies de sementes grandes, sementes palhentas e de espécies florestais. Nesse divisor, cujos princípios de construção são os mesmos do tipo cônico, os canais estão em linha e não em círculo. O divisor de solo consiste de uma moega provida de canais alternados, dispostos em direções contrárias, de um suporte para a moega e três a cinco recipientes iguais, usados para captar e despejar as sementes. As dimensões externas mais utilizadas desse divisor são: 35,56cm de comprimento por 25,40cm de largura e 27,94cm de altura, com cerca de 18 canais medindo cada um 1,27cm de largura. Modelos apropriados para sementes pequenas também podem ser confeccionados. As sementes devem ser uniformemente despejadas por toda extensão da moega, usando- se um dos recipientes de mesmo comprimento da moega, para que as sementes caiam por gravidade simultaneamente por todos os canais. Divisor centrífugo Este divisor não é aconselhável para certas gramíneas forrageiras palhentas como as dos gêneros Brachiaria, Lolium, Panicum, Paspalum e outras espécies em que são requeridas amostras de trabalho de peso reduzido. Esse divisor (tipo Gamet) emprega a força centrífuga para misturar e espalhar as sementes sobre a superfície divisora. Nesse aparelho, as sementes caem da moega para um receptáculo de borracha em forma de taça, o qual, girando a certa velocidade por meio de um motor elétrico, joga as sementes para um compartimento cilíndrico fechado, dividido em dois setores iguais, cada um dos quais ligado a uma bica, sendo a amostra dividida em duas porções aproximadamente iguais. • Manuseio do equipamento a- O divisor é nivelado por meio de pés ajustáveis; b- o divisor e os quatro recipientes são verificados quanto à limpeza. • Homogeneização a- Um recipiente é colocado sob cada bica; b- a amostra inteira é colocada no alimentador. Quando se alimenta a moega, a semente deve sempre ser despejada no centro; c- o centrifugador é acionado e as sementes passam para dentro dos recipientes; d- o aparelho é desligado; recipientes cheios são substituídos por outros vazios; os conteúdos dos dois recipientes cheios alimentam simultaneamente a moega, sendo permitido que as sementes sejam misturadas no seu fluxo; o centrifugador é acionado; e- o procedimento descrito em “d” é repetido pelo menos uma vez. • Redução da amostra a- Recipientes cheios são substituídos por vazios; b- o conteúdo de um dos recipientes cheios é colocado de lado e o conteúdo do outro alimenta a moega. O centrifugador é acionado; c- este procedimento é repetido até que o peso apropriado da amostra seja atingido, obedecendo as prescrições estabelecidas no Quadro 1.2. Porções obtidas por divisão podem ser combinadas para se obter o peso necessário; d- se ao final da divisão for obtido peso inferior ao desejado, dividir a fração deixada de lado, conforme item b, até obter o complemento da amostra de trabalho, obedecendo as prescrições estabelecidas no Quadro 1.2. 29
  • 31. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES II- Método Manual Sempre que não for possível o emprego de um dos métodos anteriores, a redução da amostra média deve ser feita manualmente, obedecendo ao mesmo princípio das divisões sucessivas em que se baseiam os divisores de amostra. Método das divisões sucessivas A amostra média do lote deverá ser colocada sobre uma superfície limpa e lisa, manualmente homogeneizada, amontoada e dividida ao meio com o auxílio de uma régua ou objeto semelhante. Desprezando-se uma das metades, repete-se com a outra metade as mesmas operações anteriores, até que seja obtida uma amostra de trabalho com peso igual ou ligeiramente superior ao prescrito como mínimo (1.5.1). Ao separar as duas porções resultantes de cada divisão, é imprescindível que todo o material presente, inclusive o constituído de pequenas partículas como terra e pedra, que normalmente se acumulam na parte inferior da amostra, seja também dividido e incluído em cada metade. Método das divisões constantes Este método é restrito às sementes palhentas, com ganchos, espinhos ou alas, exceto se essas estruturas também tenham sido removidas durante o beneficiamento. É o caso de certos gêneros como: Agrimonia, Andropogon, Anthoxanthum, Arrhenatherum, Astrebla, Beckmannia, Bouteloua, Brachiaria, Briza, Cenchrus, Chloris, Dichanthium, Digitaria, Echinochloa, Ehrharta, Elymus, Eragrostis, Gomphrena, Hiparrhenia, Melinis, Oryza, Pennisetum (exceto P. glaucum), Psathyrostachys, Scabiosa, Sorghastrum, Stylosanthes (exceto S. guianensis), Trisetum, Urochloa e os seguintes gêneros de árvores e arbustos: Acer, Aesculus, Ailanthus, Castanea, Cedrela, Corylus, Fraxinus, Juglans, Liriodendron, Platanus, Populus, Quercus, Salix, Tectona e Ulmus. Procedimento: 1- A amostra média do lote é colocada sobre uma superfície limpa e lisa; 2- a seguir, homogeneizar com as mãos ou com o auxílio de uma espátula, formando um amontoado. 3- o amontoado é dividido ao meio, sendo cada metade novamente dividida, resultando em quatro porções aproximadamente iguais. Cada uma destas é dividida, resultando em oito porções, as quais devem ser dispostas em duas fileiras de quatro; 4- combinar e reter as porções alternadas. A primeira e a terceira porção da primeira fileira são combinadas com a segunda e quarta da segunda fileira, sendo as demais removidas; 5- os itens 2, 3 e 4 são repetidos utilizando as porções retidas do item 4, tantas vezes quantas forem necessárias, até que seja obtida a amostra de trabalho com peso igual ou ligeiramente superior (1.5.1) ao prescrito para a espécie. Método da Colher Este método é recomendado para redução de amostras de sementes para o teste de sanidade. Para outros testes, é restrito apenas para amostras de espécies de sementes menores do que as de trigo. Uma bandeja, uma espátula e uma colher com uma borda reta são requeridas. Após uma mistura preliminar, despeje a semente uniformemente sobre a bandeja; não mexa na bandeja a partir deste momento. Com a colher em uma mão, a espátula na outra e utilizando as duas, remova pequenas porções da semente de pelo menos cinco lugares escolhidos aleatoriamente na bandeja. Porções suficientes da semente são tomadas para comporem a amostra de trabalho, conforme Quadro 1.2 e item 1.5.1. 30
  • 32. 1 - AMOSTRAGEM 1.6 ARMAZENAMENTO DAS AMOSTRAS 1.6.1 ANTES DA ANÁLISE Todo esforço deve ser feito para iniciar a análise da amostra no dia do seu recebimento ou reduzir ao mínimo o tempo entre a amostragem e a análise. Se for necessário conservar a amostra média durante algum tempo antes da análise, esta deve ser armazenada em local preferencialmente climatizado, de tal maneira que as alterações na qualidade da semente como dormência, grau de umidade e porcentagem de germinação sejam as mínimas possíveis. 1.6.2 DEPOIS DA ANÁLISE Uma vez retiradas todas as amostras de trabalho necessárias para as diversas determinações, as sementes restantes da amostra média são colocadas em recipientes apropriados e irão constituir a amostra de arquivo. Todas as sobras de sementes resultantes da análise de pureza ou de qualquer outra determinação deverão ser armazenadas, em separado, por um período equivalente ao da validade do teste de germinação. A porção “Semente Pura” poderá ser arquivada, em separado da amostra de arquivo, nas mesmas condições, para ser usada em outros testes que não o de pureza, nos casos em que a amostra de arquivo seja insuficiente para realização dos testes. As amostras devem ser armazenadas em locais adequados, de acordo com a espécie, com controle de temperatura e de umidade relativa. O laboratório não pode, entretanto, ser responsabilizado pelo declínio da porcentagem de germinação durante o armazenamento das amostras de arquivo. Tratamentos com inseticidas e contra animais roedores são muitas vezes necessários para o armazenamento seguro dessas amostras. As amostras enviadas ao laboratório em embalagens herméticas deverão ser armazenadas nas condições semelhantes às originais de embalagem. 1.6.3 PESO DOS LOTES E DAS AMOSTRAS PARA ANÁLISES O Quadro 1.2 indica respectivamente os nomes botânicos das espécies, os usos das espécies, os pesos máximos dos lotes, os pesos mínimos das amostras médias e das amostras de trabalho para análise de pureza e para a determinação de outras sementes por número, bem como o número aproximado de sementes por grama. O peso da amostra de trabalho usado na Análise de Pureza é calculado para conter no mínimo 2.500 sementes. O peso da amostra de trabalho usado na Determinação de Outras Sementes por Número é calculado em no máximo 10 vezes o peso da amostra de pureza, mas limitado a um máximo de 1.000 gramas. 1.7 TESTE DE HETEROGENEIDADE PARA LOTES DE SEMENTES ACONDICIONADAS EM RECIPIENTES 1.7.1 OBJETIVO Determinar se a heterogeneidade do lote é tecnicamente aceitável para a amostragem com base em dois testes estatísticos, o teste do valor H e o teste do valor R. Nota: A amostragem deve ser recusada se o lote for tão heterogêneo que diferenças entre recipientes ou amostras simples sejam visíveis ao amostrador (item 1.3). Em casos duvidosos, os testes descritos a seguir podem ser usados. 31
  • 33. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES 1.7.2 PRINCÍPIO Um lote de sementes é caracterizado pelo conjunto dos seus componentes. Por exemplo, se a característica a ser considerada é a pureza física, os constituintes são: semente pura, outras sementes e material inerte e o lote é formado por esses três componentes. Em um lote homogêneo, presume-se que haja a distribuição uniforme dos componentes, de forma que uma amostra coletada seja idêntica à outra, quanto às características avaliadas. Como isso geralmente não ocorre, espera-se a distribuição ao acaso dos componentes do lote. A heterogeneidade dentro de um lote de sementes pode ocorrer devido à distribuição desigual, embora contínua, nas porcentagens dos componentes da análise de pureza, nas porcentagens das categorias do teste de germinação (como plântulas normais e anormais, sementes duras/dormentes, mortas e em algumas circunstâncias as sementes não germinadas, como sementes vazias, sementes sem embrião e sementes danificadas por insetos) ou nas outras sementes por número, nos diferentes recipientes de um lote. Estes casos são referidos como heterogeneidade dentro da amplitude, avaliada pelo teste do valor H. A heterogeneidade também pode resultar de uma distribuição descontínua do atributo avaliado no lote, excedendo os limites razoáveis tolerados. Por exemplo, lotes em que há recipientes com sementes de qualidade extremamente diferentes e lotes formados pela combinação de dois ou mais lotes com disparidades na qualidade das sementes sem uma mistura efetiva. Estes casos são referidos como heterogeneidade fora da amplitude, avaliada pelo teste do valor R. A heterogeneidade do lote pode ser avaliada pela comparação entre a variância observada entre amostras independentes de tamanho similar retiradas de diferentes recipientes e a variância aceitável, calculada considerando a distribuição ao acaso dos componentes (teste do valor H), e pela comparação entre a diferença máxima encontrada entre essas mesmas amostras com um desvio padrão aceitável (teste do valor R). Cada amostra utilizada para o cálculo da variância observada é coletada de um recipiente, não sendo mensurada a heterogeneidade dentro do recipiente. Em cada amostra é realizada a análise para o atributo avaliado. Se o resultado de um dos dois testes indicar heterogeneidade significativa, o lote deve ser declarado heterogêneo. Esse método é impraticável como análise de rotina e não deve ser empregado em qualquer característica do lote de sementes cuja ocorrência seja próxima de zero ou de 100%. 1.7.3 TESTE DO VALOR H A variância aceitável é calculada multiplicando-se a variância teórica esperada pela variação ao acaso com um “fator f” para variação adicional, levando em conta o nível de heterogeneidade esperado quando se utilizam boas práticas de produção de sementes. A variância teórica pode ser calculada pela função de distribuição de probabilidade correspondente, que é a distribuição binomial, no caso de Pureza e Germinação, ou a distribuição de Poisson, no caso de Outras Sementes por Número. 1.7.3.1 Definições de Termos e Símbolos Amostra-recipiente = amostra tomada de um único recipiente do lote Nº = número de recipientes do lote N = número de amostras-recipiente retiradas n = número de sementes estimado em cada amostra de trabalho (1.000 para a pureza, 100 para germinação e 10.000 para outras sementes) X = valor do atributo que se quer testar, em cada amostra-recipiente (ex.: porcentagem de sementes puras, outras sementes por número, porcentagem de germinação) = média de todos os valores de X, determinado para o lote S = somatório W = variância teórica das amostras com relação ao atributo testado V = variância observada entre as amostras-recipiente com relação ao atributo testado f = fator de correção da variância teórica pelo qual esta é multiplicada para o cálculo da variância aceitável (veja Tabela 1.1) 32
  • 34. 1 - AMOSTRAGEM Média de todos os valores X determinados para cada amostra- recipiente Nota: - Para resultados de porcentagens de componentes da pureza ou de categorias do teste de germinação, calcular a média com duas casas decimais se N < 10 e com três casas decimais se N 10. - Para resultados de números de outras sementes, calcular a média com uma casa decimal se N < 10 e com duas casas decimais se N 10. Variância aceitável dos resultados de porcentagens dos componentes da análise de pureza ou de categorias do teste de germinação obtidos em amostras-recipiente independentes Variância aceitável de resultados de números de outras sementes obtidos em amostras-recipiente independentes Variância observada para o atributo avaliado nas amostras-recipiente independentes, baseada em todos os valores de X. Valor H: Nota: Valores negativos de H são relatados como zero. TABELA 1.1 – Fatores de correção ( f ) utilizados no cálculo de W e do valor H. Atributo Sementes Não Palhentas Sementes Palhentas* Componentes da Pureza 1.1 1.2 Outras Sementes por Número 1.4 2.2 Categorias do Teste de Germinação** 1.1 1.2 * Ver definição de Sementes Palhentas no Capítulo 2 − Análise de Pureza (item 2.6.2.3 e 2.8 Quadro 2.2). ** (ver 1.7.2). 1.7.3.2 Amostragem do Lote O número de amostras-recipientes independentes a ser tomado não deve ser inferior ao apresentado na Tabela 1.2. 33
  • 35. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES TABELA 1.2 – Número de amostras-recipientes a serem coletadas de acordo com o número de recipientes do lote e valores críticos de H para heterogeneidade do lote em nível de 1% de probabilidade. Número de Número de Amostras- Valores Críticos de H Valores Críticos de H para recipientes do Recipientes para Atributos de Atributos de Outras Lote Independentes Pureza e Germinação Sementes por Número (Nº) (N) Sementes Não Sementes Sementes Não Sementes Palhentas Palhentas* Palhentas Palhentas* 5 5 2,55 2,78 3,25 5,10 6 6 2,22 2,42 2,83 4,44 7 7 1,98 2,17 2,52 3,98 8 8 1,80 1,97 2,30 3,61 9 9 1,66 1,81 2,11 3,32 10 10 1,55 1,69 1,97 3,10 11-15 11 1,45 1,58 1,85 2,90 16-25 15 1,19 1,31 1,51 2,40 26-35 17 1,10 1,20 1,40 2,20 36-49 18 1,07 1,16 1,36 2,13 50 ou mais 20 0,99 1,09 1,26 2,00 * Ver definição de Sementes Palhentas no Capítulo 2 − Análise de Pureza (item 2.6.2.3 e 2.8 Quadro 2.2). Os recipientes a serem amostrados são escolhidos ao acaso. De cada recipiente será tomada uma amostra. Esta será constituída de pequenas porções de sementes, retiradas diagonalmente das partes superior, mediana e inferior do recipiente. O peso de cada amostra-recipiente não deve ser menor do que a metade do peso indicado para a amostra média (Quadro 1.2). 1.7.3.3 Procedimento do Teste Os atributos adotados para avaliar a heterogeneidade podem ser: • Porcentagem em peso de qualquer componente da análise de pureza; • Porcentagem de qualquer categoria do teste de germinação (ver 1.7.2); • Número total de sementes, número de sementes de um determinado tipo (outra espécie cultivada, sementes silvestres ou sementes nocivas) ou número de sementes de uma determinada espécie encontrado na determinação de outras sementes por número. No laboratório, será retirada uma amostra de trabalho de cada amostra-recipiente e esta será analisada independentemente das demais amostras para o atributo escolhido. a) A porcentagem em peso de qualquer componente pode ser usada, desde que possa ser separada como na Análise de Pureza, por exemplo, em porcentagem de sementes puras, de material inerte, de outras sementes ou de sementes vazias de gramíneas. A amostra de trabalho deve ser de peso tal que contenha 1.000 sementes. Cada amostra de trabalho é separada em duas frações: o componente selecionado e o complemento. As duas frações serão pesadas e será calculada a porcentagem em peso da primeira parte em relação ao conjunto das duas; b) Nesse teste, pode ser considerada qualquer categoria de semente ou de uma determinada plântula em um Teste de Germinação, como por exemplo: plântulas normais, plântulas anormais ou sementes duras. De cada amostra-recipiente tomada é realizado, simultaneamente, um teste de germinação com 100 sementes, de acordo com as especificações do Quadro 5.1. 34
  • 36. 1 - AMOSTRAGEM c) Outras Sementes por Número podem ser determinadas, por exemplo, para uma determinada espécie ou para todas as outras sementes cultivadas ou para todas as sementes silvestres presentes. Cada amostra de trabalho deve ser tomada de maneira a conter cerca de 10.000 sementes. 1.7.3.4 Uso da Tabela 1.2 e Informação dos Resultados Se o valor calculado de H exceder o valor tabelado de H (Tabela 1.2, em função de N, do atributo considerado e da semente ser palhenta ou não), considera-se que o lote mostra heterogeneidade significativa. Se, entretanto o valor calculado de H for menor ou igual ao valor tabelado, então o lote é considerado como não heterogêneo. Para o resultado do teste de heterogeneidade devem ser informados o valor da média ( ), o número de amostras (N), o número de sacos no lote (Nº), o valor de heterogeneidade (H) e os seguintes dizeres: “Este valor de heterogeneidade (H) indica (ou não indica) heterogeneidade significativa”. Se estiver fora dos seguintes limites, o valor H não deve ser calculado ou informado: • Componentes da análise pureza: acima de 99,8% ou abaixo de 0,2%. • Categorias do teste de germinação: acima de 99% ou abaixo de 1%. • Outras sementes por número: abaixo de duas por amostra. 1.7.4 TESTE DO VALOR R O teste do valor R avalia a heterogeneidade fora da amplitude por meio da comparação da diferença máxima encontrada entre as amostras de tamanho similar, retiradas conforme descrito para o teste do valor H, com os valores de amplitude máxima tolerada. Essa amplitude máxima tolerada é baseada no desvio padrão teórico aceitável, levando em conta o nível de heterogeneidade esperado quando se utilizam boas práticas de produção de sementes. Os valores do desvio padrão aceitável foram calculados a partir do desvio padrão atribuído à variação ao acaso de acordo com a distribuição binomial, para os componentes da análise de pureza (Tabela 1.3) e para as categorias do teste de germinação (Tabela 1.4), e de acordo com a distribuição de Poisson para números de outras sementes (Tabela 1.5), multiplicado, nos três casos, pela raiz quadrada do “fator f”, conforme a Tabela 1.1. 1.7.4.1 Definições de Termos e Símbolos São utilizados os mesmos termos e símbolos definidos em 1.7.3.1 para o teste do valor H, com o acréscimo da fórmula abaixo: Amplitude calculada como a diferença máxima entre os resultados R = Xmáx - Xmín obtidos para o atributo avaliado nas amostras-recipiente independentes analisadas para o lote. 1.7.4.2 Amostragem do Lote A amostragem para o teste do valor R é a mesma do teste do valor H (1.7.3.2); as mesmas amostras devem ser utilizadas. 1.7.4.3 Procedimento do Teste Os mesmos procedimentos para o teste do valor H (1.7.3.3) são usados para o teste do valor R. Para os cálculos, o mesmo conjunto de dados deve ser utilizado. 1.7.4.4 Uso das Tabelas e Informação dos Resultados As amplitudes toleradas, isto é, críticas, a serem comparadas com o valor calculado de R estão listadas nas seguintes Tabelas: • Tabela 1.3 para os componentes da análise de pureza • Tabela 1.4 para as categorias do teste de germinação (ver 1.7.2); • Tabela 1.5 para outras sementes por número 35
  • 37. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES Encontre o valor de em uma das colunas “média” da tabela apropriada. Para entrar na tabela, os valores de devem ser arredondados conforme o procedimento usual. Leia a amplitude tolerada: na coluna 5-9 quando N = 5 a 9, na coluna 10-19 quando N = 10 a 19, na coluna 20 quando N = 20 Se o valor calculado de R excede essa amplitude tolerada, considera-se que o lote apresenta heterogeneidade significativa fora da amplitude. Entretanto, se o valor calculado de R é menor ou igual à amplitude tolerada listada na tabela, considera-se que o lote não apresenta heterogeneidade fora da amplitude para o atributo testado. Os resultados do teste do valor R devem ser informados da seguinte forma: Listar , N, Nº, o valor calculado de R e acrescentar os dizeres: “Este valor de R indica (ou não indica) heterogeneidade significativa”. 1.7.5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Se um dos dois testes, teste do valor H ou teste do valor R, indicar heterogeneidade significativa, o lote deve ser declarado heterogêneo. Quando, entretanto, nenhum dos dois testes indicar heterogeneidade significativa, então o lote deve ser considerado como não heterogêneo, apresentando um nível não significativo de heterogeneidade. 1.7.6 EXEMPLO PARA VERIFICAR SE O LOTE É OU NÃO HETEROGÊNEO Cálculo realizado pelo teste do valor H e pelo teste do valor R Considere um lote de sementes de soja composto por 100 sacos de 20 quilos, ou seja, 100 recipientes (Nº=100), sobre o qual haja suspeita de heterogeneidade quanto ao atributo porcentagem de plântulas normais do teste de germinação. Para realizar o teste do valor H e do teste do valor R, de acordo com a Tabela 1.2 na linha correspondente a “Nº” igual a 50 ou mais, devem ser tomadas 20 amostras-recipientes independentes (N=20), de 20 sacos de sementes selecionados ao acaso, uma amostra de cada saco, cada uma delas com peso igual ou superior a 500g (metade da amostra média de soja, que de acordo com o Quadro 1.2 deve ser de um quilo). Como o atributo a ser testado é a porcentagem de plântulas normais do teste de germinação, são retiradas ao acaso 100 sementes de cada amostra-recipiente (n=100 sementes) e, para cada amostra-recipiente, é montado um teste de germinação com as 100 sementes. Os testes são conduzidos simultaneamente (20 testes no total). Considere que os resultados obtidos foram os listados abaixo: Amostra-recipiente Plântulas normais (%) 1 85 2 80 3 90 4 87 5 84 6 85 7 85 8 90 9 81 10 83 36
  • 38. 1 - AMOSTRAGEM 11 82 12 84 13 87 14 88 15 85 16 84 17 88 18 90 19 80 20 89 ∑X = 1707 , logo = 85,350 A média está com três casas decimais porque N 10, conforme 1.7.3.1, “FÓRMULAS”, “Nota”. Para o cálculo da variância aceitável (W) para o atributo porcentagem de plântulas normais, que é uma das categorias do teste de germinação, deve ser utilizada a fórmula: No exemplo dado, = 85,350, n=100 (número de sementes na amostra de trabalho) e = 1,1 (Tabela 1.1, sementes não palhentas, categorias do teste de germinação), logo: W= => W = 13,754 Cálculo da variância observada: N=20, ∑X = 1707, então: => => Cálculo do valor H: => Como os valores negativos de H são computados como 0 (zero), comparamos esse valor com o valor tabelado. Na Tabela 1.2, na linha correspondente a 50 ou mais, na coluna para atributos de pureza e germinação / sementes não palhentas, o valor tabelado é 0,99. Como zero 18 18 é menor que 0,99, o lote é considerado não heterogêneo pelo teste do valor H. 18 18 37 18 1818 18
  • 39. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES O resultado do teste do valor H é informado da seguinte forma: =85,350 (média dos resultados obtidos), N=20 (número de amostras-recipientes), Nº=100 (número de recipientes do lote), H=0. Este valor não indica heterogeneidade significativa. Cálculo do valor R: R = Xmáx - Xmín O maior valor de porcentagem de plântulas normais obtido foi 90% e o menor valor foi 80%, portanto: R = 90 – 80 = 10 O valor tabelado de R para categorias do teste de germinação está na Tabela 1.4, Parte 1 (sementes não palhentas), na linha correspondente a 85% (média após arredondamento), na coluna N=20. O valor tabelado de R é 22. Como o valor calculado (10) é menor do que o valor tabelado (22), considera-se que o lote não apresenta heterogeneidade fora da amplitude para porcentagem de plântulas normais, pelo teste do valor R. O resultado do teste do valor R é informado da seguinte forma: = 85 (média dos resultados obtidos), N=20 (número de amostras-recipientes), No=100 (número de recipientes do lote), R=10. Este valor de R não indica heterogeneidade significativa. CONCLUSÃO: O lote deve ser considerado não heterogêneo para a porcentagem de plântulas normais do teste de germinação, pois não apresenta heterogeneidade significativa pelo teste do valor H nem pelo teste do valor R. 38
  • 40. 1 - AMOSTRAGEM TABELA 1.3 – Parte 1 – Amplitudes máximas toleradas para o teste do valor R para componentes da análise de pureza de sementes não palhentas, em nível de significância de 1% de probabilidade. Porcentagem Amplitude tolerada por Amplitude tolerada por Porcentagem média média do número de amostras número de amostras do componente e componente e independentes (N) independentes (N) seu complemento seu complemento 5-9 10-19 20 5-9 10-19 20 99,9 0,1 0,5 0,5 0,6 88,0 12,0 5,0 5,6 6,1 99,8 0,2 0,7 0,8 0,8 87,0 13,0 5,1 5,8 6,3 99,7 0,3 0,8 0,9 1,0 86,0 14,0 5,3 5,9 6,5 99,6 0,4 1,0 1,1 1,2 85,0 15,0 5,4 6,1 6,7 99,5 0,5 1,1 1,2 1,3 84,0 16,0 5,6 6,3 6,9 99,4 0,6 1,2 1,3 1,4 83,0 17,0 5,7 6,4 7,0 99,3 0,7 1,3 1,4 1,6 82,0 18,0 5,9 6,6 7,2 99,2 0,8 1,4 1,5 1,7 81,0 19,0 6,0 6,7 7,4 99,1 0,9 1,4 1,6 1,8 80,0 20,0 6,1 6,8 7,5 99,0 1,0 1,5 1,7 1,9 78,0 22,0 6,3 7,1 7,8 98,5 1,5 1,9 2,1 2,3 76,0 24,0 6,5 7,3 8,0 98,0 2,0 2,1 2,4 2,6 74,0 26,0 6,7 7,5 8,2 97,5 2,5 2,4 2,7 2,9 72,0 28,0 6,9 7,7 8,4 97,0 3,0 2,6 2,9 3,2 70,0 30,0 7,0 7,8 8,6 96,5 3,5 2,8 3,1 3,4 68,0 32,0 7,1 8,0 8,7 96,0 4,0 3,0 3,4 3,7 66,0 34,0 7,2 8,1 8,9 95,5 4,5 3,2 3,5 3,9 64,0 36,0 7,3 8,2 9,0 95,0 5,0 3,3 3,7 4,1 62,0 38,0 7,4 8,3 9,1 94,0 6,0 3,6 4,1 4,5 60,0 40,0 7,5 8,4 9,2 93,0 7,0 3,9 4,4 4,8 58,0 42,0 7,5 8,4 9,2 92,0 8,0 4,1 4,6 5,1 56,0 44,0 7,6 8,5 9,3 91,0 9,0 4,4 4,9 5,4 54,0 46,0 7,6 8,5 9,3 90,0 10,0 4,6 5,1 5,6 52,0 48,0 7,6 8,6 9,4 89,0 11,0 4,8 5,4 5,9 50,0 50,0 7,6 8,6 9,4 39
  • 41. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES TABELA 1.3 – Parte 2 – Amplitudes máximas toleradas para o teste do valor R para componentes da análise de pureza de sementes palhentas*, em nível de significância de 1% de probabilidade. Porcentagem Amplitude tolerada por Porcentagem Amplitude tolerada por média do número de amostras média do número de amostras componente e independentes (N) componente e independentes (N) seu complemento seu complemento 5-9 10-19 20 5-9 10-19 20 99,9 0,1 0,5 0,6 0,6 88,0 12,0 5,2 5,8 6,4 99,8 0,2 0,7 0,8 0,9 87,0 13,0 5,4 6,0 6,6 99,7 0,3 0,9 1,0 1,1 86,0 14,0 5,5 6,2 6,8 99,6 0,4 1,0 1,1 1,2 85,0 15,0 5,7 6,4 7,0 99,5 0,5 1,1 1,3 1,4 84,0 16,0 5,8 6,6 7,2 99,4 0,6 1,2 1,4 1,5 83,0 17,0 6,0 6,7 7,4 99,3 0,7 1,3 1,5 1,6 82,0 18,0 6,1 6,9 7,5 99,2 0,8 1,4 1,6 1,7 81,0 19,0 6,3 7,0 7,7 99,1 0,9 1,5 1,7 1,8 80,0 20,0 6,4 7,1 7,8 99,0 1,0 1,6 1,8 1,9 78,0 22,0 6,6 7,4 8,1 98,5 1,5 1,9 2,2 2,4 76,0 24,0 6,8 7,6 8,4 98,0 2,0 2,2 2,5 2,7 74,0 26,0 7,0 7,8 8,6 97,5 2,5 2,5 2,8 3,1 72,0 28,0 7,2 8,0 8,8 97,0 3,0 2,7 3,0 3,3 70,0 30,0 7,3 8,2 9,0 96,5 3,5 2,9 3,3 3,6 68,0 32,0 7,4 8,3 9,1 96,0 4,0 3,1 3,5 3,8 66,0 34,0 7,5 8,5 9,3 95,5 4,5 3,3 3,7 4,1 64,0 36,0 7,6 8,6 9,4 95,0 5,0 3,5 3,9 4,3 62,0 38,0 7,7 8,7 9,5 94,0 6,0 3,8 4,2 4,6 60,0 40,0 7,8 8,8 9,6 93,0 7,0 4,1 4,6 5,0 58,0 42,0 7,9 8,8 9,7 92,0 8,0 4,3 4,8 5,3 56,0 44,0 7,9 8,9 9,7 91,0 9,0 4,6 5,1 5,6 54,0 46,0 7,9 8,9 9,8 90,0 10,0 4,8 5,4 5,9 52,0 48,0 8,0 8,9 9,8 89,0 11,0 5,0 5,6 6,1 50,0 50,0 8,0 8,9 9,8 * Ver definição de Sementes Palhentas no Capítulo 2 − Análise de Pureza (item 2.6.2.3 e 2.8 Quadro 2.2). 40